Fatores Bióticos: Interações

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Fatores bióticos 
Interações 
Parte 3: Competição 
A. G. Tansley (1917)‏ 
n  Primeiro estudo 
experimental 
demonstrando 
competição entre 
espécies 
G. silvestre 
cresceu melhor 
em solos 
calcários (o 
mesmo ocorre na 
natureza)‏ 
Quando 
plantados juntos, 
G. silvestre 
prevaleceu em 
solo calcário 
G. saxatile 
cresceu melhor 
em solos ácidos 
turfosos (o 
mesmo ocorre na 
natureza)‏ 
Quando 
plantados juntos, 
G. saxatile 
prevaleceu sobre 
solo ácido 
Plantio experimental, com condições de 
luminosidade, umidade e temperatura iguais 
Competição 
n  É qualquer uso ou defesa de um recurso 
por um indivíduo que reduz a 
disponibilidade daquele recurso para 
outros indivíduos 
 
 
Competição: construindo o conceito... 
Competição intraespecífica: hiena-hiena 
Competição interespecífica: hiena-leão 
Negativo e recíproco Qualidade do efeito à 
Organismo? à 
Competição: construindo o conceito... 
Competição por exploração 
(competição direta por recurso) 
Competição por interferência 
(ex.: marcação de território) 
Competição: construindo o conceito... 
Competição por exploração 
competição direta por espaço e alimento 
Craca e marisco: 
O espaço ocupado por uma sp. 
não está disponível para outra no 
costão. 
Insetos herbívoros: 
O alimento consumido 
não está mais disponível 
para outros herbívoros. 
Competição por interferência 
(Territorialidade: reprodução e alimento) 
Competição: construindo o conceito... 
Território reprodutivo 
por vocalização em 
anfíbios. 
Defesa e monopólio de 
recurso alimentar 
Competição por interferência 
(Alelopatia) 
Competição: construindo o conceito... 
É a capacidade de as plantas 
produzirem substâncias químicas 
que, liberadas no ambiente de 
outras, influenciam de forma 
favorável ou desfavorável o seu 
desenvolvimento. 
 
Ex. Casuarina suprimindo a 
germinação de outras plantas. 
Qual a diferença entre 
alelopatia e amensalismo? 
Qual a diferença entre 
alelopatia e amensalismo? 
n  Amensalismo à - 0 
n  Uma população é afetada de modo adverso 
por outra, mas esta última não é beneficiada 
nem prejudicada 
n  Alelopatia à as espécies envolvidas são 
competidoras em potencial 
n  Intraespecífica 
n  Dependente da 
densidade 
Competição intraespecífica 
 
Patella cochlear 
Competição intraespecífica 
 
Patella cochlear 
	
  
o = tamanho máximo, x = biomassa 
Begon & Mortimer (1986) 
Competição interespecífica 
Interação interespecífica (duas ou mais 
populações de espécies diferentes) com 
efeitos negativos recíprocos que 
possam ser medidos em parâmetros 
populacionais. 
Efeitos negativos: 
1.  Diminui a taxa de natalidade. 
2.  Aumenta taxa de mortalidade. 
3.  Diminui taxa de crescimento populacional. 
4.  Menor tamanho populacional em equilíbrio (em 
K). 
Resultados esperados: 
1.  Extinção ou 
2.  Coexistência 
Competição interespecífica 
n  Normalmente causa redução nas 
populações de ambas as espécies 
envolvidas 
n  A competição e seus vários resultados 
dependem do relacionamento dos 
consumidores com seus recursos 
 
Recursos 
n  Recursos são 
quaisquer substâncias 
ou fatores que são 
consumidos por um 
organismo 
n  Recursos sustentam 
taxas de crescimento 
populacional 
crescentes à medida 
que sua 
disponibilidade no 
ambiente aumenta 
 
Renovabilidade 
n  Os recursos podem ser classificados de 
acordo com a maneira pela qual seus 
consumidores os afetam 
n  Recursos Não Renováveis: não são 
regenerados 
n  Recursos Renováveis: são constantemente 
regenerados 
Recursos renováveis 
n  Recursos que tem uma fonte externa ao 
sistema 
n  Recursos gerados dentro do ecossistema 
e cujas abundâncias são diretamente 
reduzidas por seus consumidores 
n  Recursos regenerados dentro do 
ecossistema, mas recurso e consumidor 
estão conectados indiretamente 
 
n  Fonte externa: sol para plantas 
n  Recursos de dentro do ecossistema: 
n  Presa 
n  Plantas para herbívoros 
n  Regeneração indireta: ciclo N 
 
 
Recursos limitantes 
 
n  O que é usado por um organismo não pode ser 
usado por outro 
n  Entretanto, nem todos os recursos limitam as 
populações de consumidores 
n  O potencial de um recurso para limitar o 
crescimento populacional depende de sua 
disponibilidade em relação à demanda 
n  Lei do Mínimo de Liebig = um recurso sendo limitante 
 
n  Cyclotella meneghiniana (Diatomácea)‏ 
n  Silicatos e fosfatos são os fatores 
limitantes 
n  Crescimento limitado primordialmente 
por estes dois fatores 
n  Asterionella e 
Cyclotella foram 
usadas para 
estudar a 
competição por 
silicato e fosfato 
n  A maioria dos 
experimentos 
confirma as 
previsões 
n  Experimento: fertilização (nitrato e 
fosfato) de Impatiens parviflora sob 
diferentes níveis de luz, durante a 
germinação (por 5 semanas)‏ 
 
n  Dois recursos podem ter efeitos sinérgicos 
n  Impatiens parviflora 
n  A luz intensificou o crescimento das plantas fertilizadas, mais do 
que as não-fertilizadas 
n  A capacidade de Impatiens usar luz depende de outros recursos 
(nutrientes)‏ 
n  Experimento: influência da 
fertilização com nitrogênio 
e fósforo no crescimento 
de Impatiens até cinco 
semanas 
Exclusão competitiva 
n  Experimento de Gause com cultura de 
Paramecium em laboratório 
 
n “Duas espécies não podem coexistir 
indefinidamente sobre um mesmo 
recurso limitante” 
 
n  P. caudatum 
não persiste 
em cultura 
com P. aurelia 
Exclusão competitiva 
Begon, Townsend & Harper (2007) 
Competição no costão 
Connell (1961) 
Assimetria na competição 
n  Lagarto-do-cânion Sceloporus merriami 
n  Lagarto-de-árvore Urosaurus ornatus 
n  Ambos predam insetos nas superfícies das 
rochas 
Predadores influenciam a diversidade dos níveis tróficos inferiores 
Mais alto 
(predadores) 
Intermediário 
Mais baixo 
(herbívoros) 
N
ív
ei
s 
tr
ó
fi
co
s 
Pisaster Heliaster 
(modificado a partir de Ricklefs 
Influência da predação 
‘ 
Predação influenciando a 
competição (baseado em 
Paine, 1966) 
‘ 
Predação influenciando a 
competição (baseado em 
Paine, 1966) 
n  Capítulo 19: Competição – exceto página 
342 (modelagem matemática para 
crescimento logístico)‏ 
Ricklefs, R.E. A economia da Natureza (5a 
edição)‏