Buscar

Resumo Direito Processual do Trabalho.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo Direito Processual do Trabalho 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
 São órgãos da justiça do trabalho: TST, TRT e juiz do trabalho. Artigo 111 CF. 
 
TST: composto de 27 ministros, brasileiros, com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo presidente 
da republica apos aprovação por maioria absoluta do senado federal. Formado por juízes de carreia ou o 
quinto constitucional da OAB ou do MPT. Tem que ter no mínimo 10 anos de pratica jurídica. Artigo 111 – A. 
 
TRT: artigo 115 CF. O TRT é composto de no mínimo 7 juízes sendo eles brasileiros com mais de 30 anos, 
menos de 65 anos, nomeados pelo presidente. Aplica-se também a regra do quinto constitucional. Ao todo, 
são 24 TRTs, sendo que os Estados de Tocantins, Acre, Roraima e Amapá não possuem TRTs. 
 
Juízes do trabalho: o ingresso na carreira é através de concurso público de provas e títulos sendo 
necessário ser bacharel em direito com 3 anos de atividade jurídica. Se torna vitalício após dois anos de 
cargo, ou seja, só vai perder o cargo apos uma sentença condenatória transitada em julgado. O cargo inicial é 
de juiz substituto. 
 
 Órgãos auxiliares da Justiça do trabalho: secretaria, oficial de justiça. 
Distribuída a ação a secretaria da vara vai realizar a citação, o processo de inicio não passa pelo juiz. O prazo 
para marcar a audiência tem que ser de no mínimo cinco dias de diferença da data da citação, para que a 
parte possa apresentar a defesa. 
 
Secretaria: local onde são armazenados os processos. 
 
Oficial de justiça: também faz a avaliação do bem penhorado. 
 
Distribuidor: nos termos do artigo 841 CLT distribuída a ação a secretaria vai citar o réu no prazo de 48 
horas para ele comparecer em audiência e apresentar defesa que deve ser designada respeitando o prazo 
mínimo de 5 dias da citação. 
 
COMPETÊNCIA 
1. Absoluta: 
a) Funcional: tem como objetivo definir qual órgão vai julgar a ação. Em alguns caos a competência 
poderá ser do TRT, como em casos de ação rescisória, mandado de segurança e dissidio coletivo. 
b) Material: regra que define qual matéria o juiz do trabalho pode julgar. Competência da JT para as ações 
decorrentes da fiscalização do trabalho. Tem ainda competência para execução das contribuições 
previdenciárias decorrentes das sentenças ou acordos, conforme sumula vinculante 53 STF e sumula 368 
TST. 
 
2. Relativa: 
a) Territorial: artigo 651 CLT, saber o local em que vai ajuizar a ação. Trata-se da regra para definir o local 
do ajuizamento da ação. Regra geral o local do ajuizamento é o da prestação dos serviços, mas existem 
exceções como no caso de empregado viajante, ou seja, aquele que não tem local fixo de trabalho, assim 
em tal hipótese ajuíza a ação no local da agencia ou filial em que é vinculado e na falta ajuíza ação no local 
de seu domicilio; empregado brasileiro transferido para o exterior em que pode ajuizar ação no Brasil desde 
que não tenha norma internacional proibindo; empresa transitória, ou seja, sem local fixo, em que o 
empregado pode ajuizar a ação no local da contratação ou onde a empresa esta no momento da prestação 
de serviço. 
b) Em razão do valor da causa: só serve para definir procedimento, não competência. 
 
PARTES E PROCURADORES NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
1. Jus postulandi: artigo 791 CTL. Direito conferido aos empregados e empregadores de postularem 
pessoalmente perante a JT sem a necessidade de advogado. O jus postulandi limita-se as varas do 
trabalho e aos TRTs, conforme sumula 425 TST, não alcançando a ação rescisória, ação cautelar, MS e os 
recursos ao TST, qual seja o Recurso de Revista. 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
Serão devidos pela mera sucumbência nos termos do artigo 85 CPC. 
Sumulas 219 e 329 TST. Os honorários advocatícios não decorrem pura e simplesmente da sucumbência. 
 
Os honorários advocatícios sucumbenciais dependem de dois requisitos cumulativos: a parte deverá estar 
assistida por sindicato, conforme artigos 14e seguintes da lei 5584/70; e, a parte deverá ser beneficiária da 
justiça gratuita, conforme artigo 790, $3 CLT. O beneficio da justiça gratuita poderá ser concedido ao 
empregado que recebe até dois salários mínimo ou possui salário maior desde que não tenha condições de 
arcar com as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. O limite dos honorários 
nesse caso é de 15%. 
 
Normalmente se cobra 30% do êxito – honorários contratuais. 
Exceções: os honorários advocatícios decorrem da mera sucumbência, conforme súmula 219 TST, 
combinada com OJ 421 SDI – 1 TST, sem prejuízo dos honorários contratuais. As exceções são: ação 
rescisória na JT; quando o sindicato atua como substituto processual (legitimidade extraordinária, ou seja, o 
sindicato atua em nome próprio defendendo direito alheio, como por exemplo quando o trabalhador vai no 
sindicato falando que quer entrar com ação contra empresa, assim o sindicato vai entrar com ação 
defendendo direito alheio); no caso de mera ralação de trabalho que não seja relação de emprego; no caso 
de ação de indenização por danos materiais ou morais decorrentes de acidente de trabalho ou doença 
ocupacional ajuizada na justiça comum antes da emenda constitucional 45/2004 e remetida à JT após a 
reforma do judiciário. 
Honorários contratuais vão para o advogado, honorários sucumbenciais vão para o sindicato, com exceção 
das exceções. 
 
ATOS, TERMOS, PRAZOS E NULIDADES PROCESSUAIS TRABALHISTAS 
1. Notificação inicial, postal, automática do reclamado. 
Artigo 841 CLT. Notificação inicial é a citação, no entanto, a CLT utiliza a palavra notificação pois a JT na 
origem era um órgão administrativo vinculado ao poder executivo. Em regra, essa notificação é postal, ou 
seja, por correio por meio de AR. Esse ato é automático pois representa um ato automático de servidor da 
secretaria da vara. Conforme a CLT, recebida e protocolada a RT será aberto um prazo de 48 horas para 
que o servidor da secretaria da vara remeta ao reclamado a notificação e a contra fé para que ele querendo 
compareça em audiência e apresente a sua defesa. O juiz do trabalho tem contato com a inicial apenas em 
audiência. 
 
2. Recebimento da notificação postal pelo reclamado. 
Súmula 16 TST: presunção relativa. Presume-se recebida a notificação no prazo de 48 horas de sua 
postagem. Exceção: o não recebimento ou a entrega após o decurso do prazo constitui ônus da prova do 
destinatário. 
A notificação postal precisa ser pessoal? Prevalece o entendimento de que basta a entrega no endereço da 
reclamada, não se exigindo a pessoalidade. 
Entre o recebimento da notificação postal e a data ada audiência, deverá haver um prazo mínimo de 5 dias, 
conforme artigo 841 CLT. 
 
2. Notificação por edital 
Artigo 841, $1 CLT. Trata-se de uma exceção. Ocorre quando o reclamado não for encontrado e quando o 
reclamado criar embaraços ao recebimento da notificação postal. É comum os juízes do trabalho 
determinarem a notificação por oficial de justiça antes da utilização do edital. 
 
CARACTERISTICAS DOS ATOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS 
Os atos processuais em regra são públicos. Com exceção dos sigilosos, como defesa da intimidade e 
interesse social, em caso por exemplo de assedio sexual ou ato de improbidade. 
 
Os atos processuais são praticados em dias uteis. Exceção: penhora prevista no artigo 770, $ único CLT que 
diz que a penhora poderá ser realizada em dias não uteis mediante expressa autorização judicial. 
Atos processuais devem ser realizados das 6hs às 20hs. Não confundir com o horário das audiências trabalhistas que 
são das 8hs às 18hs não podendo exceder 5 horas seguidas, salvo matéria urgente, conforme artigo 813 CLT. 
 
REGRAS DE CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS 
Artigo 774 e 775 CLT e sumulas 1 e 262 TST. 
Exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.Se o dia do começo, o dia do inicio da contagem ou o dia do vencimento cair em dia não útil, prorroga-se para 
o primeiro dia útil subsequente, com exceção de férias coletivas dos magistrados e recesso forense. Sumula 
262, II TST fala que as férias coletivas dos ministros do TST + o recesso forense resultam na suspensão dos 
prazos. 
 
Suspensão: volta de onde parou. Interrupção: volta do começo. 
 
Artigo 229 CPC, prazo em dobro para litisconsortes com diferentes procuradores. OJ 310 SDI-1 TST, diz que 
esse artigo não é aplicável na JT por incompatibilidade com o principio da celeridade trabalhista. 
 
AUDIÊNCIA TRABALHISTAS 
Em regra, as audiências são publicas realizadas na sede do juízo ou tribunal em dias uteis previamente 
fixados das 8hs às 18hs não podendo exceder 5 horas seguidas salvo quando envolver matéria urgente. 
Artigo 815, $ único CLT, que traz uma tolerância de atraso para o juiz do trabalho no comparecimento ao 
local da realização da audiência. A tolerância em caso de atraso do juiz é de 15 minutos. Se essa tolerância 
for ultrapassada as partes poderão se retirar havendo anotação no livro de registro de audiências. Isso não 
se confunde com atraso na pauta pois o juiz já se encontra na localidade. Existe uma tolerância de atraso 
da parte no comparecimento ao local de realização da audiência? OJ 245 SDI 1 TST, que prevê a 
tolerância zero e diz que inexiste previsão legal de tolerância de atraso para a parte. 
Artigo 849 CLT: audiência em regra é una e continua, mas existe a possiblidade do fracionamento. 
 
1. Audiência inicial, inaugural ou de conciliação: artigo 846 e 847 CLT. Tentativa de conciliação. 
Recebimento da defesa do reclamado. 
 
2. Audiência de instrução ou em prosseguimento: artigo 848 CLT. Colheita de provas orais. Interrogatório e 
depoimento pessoal das partes. Oitiva de testemunhas. Oitiva de peritos e assistentes técnicos se houver 
pericia. 
 
3. Audiência de julgamento: artigo 850, 851 e 852 CLT. Serve apenas para publicação da sentença. 
 
1. Representação processual das partes em audiência. 
Artigo 843, $1 CLT: trata do empregador e diz que seu representante processual é o gerente ou qualquer 
outro preposto. 
Característica do preposto: as suas declarações obrigação o empregador. Caberá confissão ficta ou real. 
Deve ter conhecimento dos fatos, mas não precisa ter presenciado os fatos. 
Sumula 377 TST: em regra, o preposto deverá ser empregado, com exceção de empregador doméstico e 
micro e pequena empresa. 
Se o reclamante der causa a 2 arquivamentos seguidos pelo não comparecimento em audiência ocorre a 
perempção trabalhista, conforme artigo 731, 732, 786 e 844 CLT. Perempção é a perda do direito de ajuizar 
ação na justiça do trabalho pelo prazo de 6 meses. 
Sumula 122 TST: revelia – com exceção de apresentação de atestado medico que declare a 
impossibilidade de locomoção. 
Se o empregador e o preposto não comparecer, mas o advogado sim, munido de procuração e defesa 
escrita, há revelia? Sim, conforme sumula 122 TST. 
Exceção: não ocorre revelia com a apresentação de atestado médico que declare a impossibilidade de 
locomoção do empregador e do preposto. Essa declaração tem que ser expressa. 
PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS CELERES 
1. Procedimentos sumário ou dissidio de alçada 
Primeiro rito de procedimento sumário trabalhista. Artigo 2, $3 e $4 da lei 5.584/70. Abrange as demandas 
cujo valor da causa vai até 2 salários mínimos. Em regra, não cabe a interposição de recursos no rito 
sumário. Cabe recurso se a sentença ventilar matéria constitucional. Prevalece o entendimento do 
cabimento do recurso extraordinário, conforme artigo 102, III, CF. 
 
2. Procedimento sumaríssimo 
Segundo rito célere trabalhista previsto nos artigos 852 – A e 852 – I CLT. Valor da causa é acima de 2 até 
40 salários mínimos. Abrange apenas dissídios individuais, coletivos não. Estão excluídas as demandas em 
que é parte a administração pública direta, autárquica e fundacional, que é a Fazenda Pública. Trata-se de 
uma prerrogativa processual, ou seja, não pode aplicar o sumaríssimo contra a fazenda pública pois no 
sumaríssimo o processo é rápido. 
Estão incluídas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
A reclamação trabalhista deverá observar dois requisitos específicos, quais sejam: pedido certo ou 
determinado e indicará o valor correspondente, ou seja, o pedido tem que ser liquido. Não cabe citação por 
edital no procedimento sumaríssimo em qualquer hipótese, assim se é preciso citação por edital deverá 
converter o processo em ordinário. 
Se qualquer desses requisitos não for cumprido incidirão duas consequências processuais. 
 
O autor deverá incluir corretamente o nome e endereço do reclamado. 
 
Caso não cumpra esses requisitos haverá o arquivamento da RT + condenação do reclamante em custas 
sobre o valor da causa. 
 
A apreciação da demanda deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias contados do ajuizamento da 
reclamação trabalhista. 
 
Prova testemunhal: até 2 testemunhas no rito sumaríssimo. No comum/ordinário, até 3 e o inquérito para 
apuração de falta grave, até 6 testemunhas. 
 
Somente será deferida a intimação da testemunha que comprovadamente convidada deixar de comparecer. 
Isso é chamado de carta convite ou prova do convite prévio. 
 
Recurso de revista no procedimento sumaríssimo: artigo 896, $9 CLT + sumula 442 TST. 3 hipóteses de 
cabimento, quais sejam: acórdão do TRT contraria a constituição federal ou súmula do TST ou súmula 
vinculante do STF. 
 
PETIÇÃO INICIAL 
Artigo 840 CLT, artigo 319 CPC. 
1. Classificação da petição inicial trabalhista. 
Pode ser verbal ou escrita. Jus postulandi. No entanto, procedimentos especiais não admitem petição 
verbal, como por exemplo, dissidio coletivo e inquérito para apuração de falta grave. 
 
Artigo 786 CLT: uma vez deduzida a reclamação verbal, ela será destruída. Em seguida, o reclamante terá 
cinco dias para retornar à vara e reduzi-la a termo. Se a pessoa não retornar para reduzir a petição inicial à 
termo ocorrerá a perempção, que é a perda do direito de reclamar perante a justiça do trabalho por 6 meses. 
Poderá ocorrer perempção também quando o reclamante da causa a dois arquivamentos seguidos por 
ausência à audiência, conforme artigo 732 CLT. Quando ocorre perempção a prescrição ainda continua 
correndo. 
 
2. Requisitos da petição inicial 
a) Subjetivos: clareza, concisão, precisão. 
b) Objetivos: artigo 840, $1 CLT – endereçamento, qualificação das partes (empregado – data de 
nascimento e nome da mãe). Qualificadas as partes, deve ser feita uma breve exposição dos fatos. Em 
seguida, haverá o pedido seguido de data, local e assinatura. 
Além disso, a CLT prevê que a petição inicial será apresentada em cópias, uma para ficar nos autos e outra 
para cada réu do processo. 
Artigo 319 CPC: pedido de citação, protesto por provas, valor da causa. 
3. Requisitos externos ou extrínsecos 
Documentos que serão juntados com a petição. 
Artigo 830 CLT: no processo do trabalho, admite-se a juntada de documentos em copia simples, desde que 
o advogado declare a autenticidade da cópia. 
Impugnada a autenticidade do documento, a parte que o produziu será chamada a levar o original ou cópia 
autenticada à secretaria da vara e, o escrivão declarara sua autenticidade. 
O momento de juntar documento é o primeiro momento em que a parte tiver de falar nos autos, ou seja, 
com a RT ou defesa. 
É possível juntar documento em fase recursal? Sim, conforme súmula 8 TST que diz que é possível juntar 
documento em fase recursal se provado o justo impedimento. 
Não existe rol de testemunhas na RT. 
4. Aditamento da petição inicial 
O aditamento pode acontecer até a audiência, que é o momento que o réu vai apresentar defesa. Após a 
defesa pode aditar, mas precisade consentimento da parte contrária. 
5. Emenda da petição inicial 
Corrigir a petição inicial. Sumula 263 TST. Separa os dois tipos de vícios que uma petição inicial pode ter, 
qual seja, vicio insanável, ou seja, algo que não da para corrigir, como por exemplo uma inépcia. Essa 
sumula diz que se a petição tiver algum dos vícios do artigo 330 CPC a petição será inepta. 
Se for um vicio sanável, por exemplo, o advogado esqueceu de assinar a peça ou juntar a procuração, 
segundo a súmula 263 TST o juiz deve abrir prazo de 10 dias para a parte emendar a inicial. 
RESPOSTAS DO RECLAMADO 
1. Fundamento legal 
Artigo 847 CLT. As defesas devem ser feitas em audiência de forma verbal no prazo de 20 minutos. Deve 
apresentar a contestação, exceções e reconvenção. 
 
a) Contestação 
É a defesa de mérito, artigo 335 a 342 CPC. Principio da impugnação especificada e principio da 
eventualidade são os dois princípios que regem a contestação. Impugnação especificada significa que não 
se admite defesa por negativa geral devendo ser impugnados todos os pedidos. Assim, se tiver 50 pedidos 
diferentes a empresa tem que impugnar um por um, ela não pode simplesmente falar que o autor não tem 
razão em nada. Se ela deixar de impugnar algum pedido, haverá confissão sob esse pedido que ela 
esqueceu. Já o principio da eventualidade significa que tem que alegar tudo de uma vez só, ou seja, a 
contestação é feita de uma única vez, assim deve ser alegada toda a matéria de defesa, sob pena de 
preclusão. Artigo 336 CPC. Uma contestação é dividida em três partes, assim em primeiro lugar o réu tem 
que alegar as preliminares, como por exemplo uma inépcia da inicial; após as preliminares, tem que alegar 
as prejudiciais, como por exemplo, a prescrição; depois, tem que alegar também o mérito. 
Preliminares estão previstas no artigo 337 CPC. 
Prejudiciais são as prescrições e a compensação. Compensação são créditos recíprocos do autor e do réu. 
O momento da empresa alegar essa compensação é na defesa na parte das prejudiciais. Artigo 767 CLT e 
súmula 48 TST. A compensação só pode ser alegada na contestação. Súmula 18 TST, verbas trabalhistas. 
 
b) Exceções: 
São defesas de aspectos formais do processo, artigo 799 a 802 CLT. Segundo o artigo 799 CLT, duas 
exceções são capazes de suspender o processo trabalhista, sendo elas a exceção de suspeição e a 
exceção de incompetência, que suspendem o processo trabalhista. Suspeição são motivos que 
comprometem a imparcialidade do juiz, quando um juiz é suspeito e não pode julgar aquele processo por 
ser imparcial. A CLT fala somente de suspeição, mas entende-se que as regras de impedimentos também 
se aplicam ao processo do trabalho. Suspeição são causas subjetivas que comprometem a imparcialidade 
do juiz. Impedimento são causas objetivas. A exceção a que se refere o artigo 799 é relativa, pois a 
absoluta deve ser reconhecida de oficio. Quando se alega suspeição, artigo 802 CLT, o juiz tem 48 horas 
para julgar, se ele julgar procedente, encaminha-se para o suplente, pois ele reconheceu que é suspeito; se 
ele julgar improcedente, ele tem 15 dias para mandar os autos para o TRT com suas razoes, conforme 
artigo 146 CPC. 
Com relação a incompetência, artigo 800 CLT, apresentada a exceção o juiz deve abrir vista à parte 
contrária em 24 horas. Depois que ele abriu vista, ele irá julgar na próxima audiência, assim, o juiz irá 
marcar uma audiência para fazer o julgamento. Assim, ele pode dar uma decisão de procedência ou de 
improcedência. Caso julgue procedente, ele esta dizendo ser incompetente para tratar de tal processo, 
assim terá que fazer a remessa dos autos para a autoridade competente; se ele julgar improcedente, o 
processo segue no julgamento. 
Dessas decisões cabe recurso? Essa decisões são interlocutórias, assim não cabe recurso, conforme artigo 
893, $1 CLT, mas conforme artigo 799, $2 CLT, cabe recurso em decisões de exceção de incompetência 
que reconheçam a incompetência da justiça do trabalho ou de um TRT. 
c) Reconvenção: 
É um contra ataque do réu, artigo 343 CPC. O réu vai fazer um pedido em relação ao autor. A reconvenção 
é uma ação autônoma, assim se o autor desistir da ação principal mesmo assim a reconvenção segue. 
Pode então ser apresentada uma reconvenção sem contestação. 
 
PROVAS TRABALHISTAS 
1. Introdução 
Regras de distribuição do ônus da prova. Artigo 818 CLT, que diz que a prova das alegações incumbe à 
parte que as fizer. Isso nada mais é do que o principio da necessidade da prova. Assim, fato alegado e não 
provado é inexistente no mundo jurídico. Posição majoritária é a de aplicação subsidiária do artigo 373CPC. 
2. Autor/ Reclamante 
Tem que provar fato constitutivo do seu direito, como por exemplo, hora extra ou requisitos cumulativos da 
equiparação salarial. 
3. Réu/ Reclamado 
Tem que provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante, como por exemplo, 
prescrição, justa causa, reconhecimento da prestação de serviços, mas na qualidade de mero trabalhador. 
Em algumas situações o empregado tem muita dificuldade na produção probatória, como por exemplo, 
assedio sexual, assedio moral e discriminação no ambiente de trabalho. 
Aplicar a teoria da inversão do ônus da prova, artigo 6, VIII CDC, em razão da hipossuficiência do autor ou 
da verossimilhança das alegações. Na inversão do ônus diminui-se a responsabilidade do autor e aumenta 
a do réu. 
- Cartão de ponto britânico ou inglês: súmula 338, III TST, invalido como meio de prova, inverte o ônus da 
prova. 
- artigo 373, $1 CPC, criou a carga dinâmica do ônus da prova: diante das peculiaridades do caso concreto, 
em decisão fundamentada, o juiz poderá atribuir o ônus probatório a quem tenha melhores condições de 
produzir a prova. 
 
PROVA PERICIAL 
Precisa de pericia quando houver necessidade de conhecimentos técnicos ou especializados, como no 
caso de adicional de insalubridade ou periculosidade, em casos de acidente de trabalho, em caso de 
doença ocupacional. Sempre quando houver pedido de adicional de insalubridade ou periculosidade a 
pericia será necessária? Em regra, a pericia é indispensável, conforme artigo 195, $2 CLT, com exceção do 
pagamento espontâneo do adicional, que torna o fato incontroverso e dispensa a pericia, conforme súmula 
453 TST. 
Artigo 3 da lei 5.584/1970: regras procedimentais: perito único, designado pelo juiz, que fixará um prazo 
para entrega do laudo. 
Cada parte tem a faculdade de indicar um assistente técnico. 
Quem paga os honorários do perito, conforme artigo 790 – B CLT é a parte sucumbente na pretensão 
objeto da pericia, salvo se beneficiária da justiça gratuita. Assim, quem paga é a parte que perde a pericia. 
OJ 98 SDI – 2 TST: é ilegal a exigência de deposito prévio dos honorários periciais, sendo cabível a 
impetração do MS. 
Honorários do assistente técnico: sumula 341 TST, quem paga é a parte que fez a indicação, ainda que 
vencedora no objeto da pretensão da pericia. 
PROVA TESTEMUNHAL 
Número máximo de testemunhas: artigos 821 e 852 – H, $2 CLT. 
Procedimento ordinário: 3 Inquérito judicial para apuração de falta grave: 6 
Procedimento sumaríssimo: 2 
Procedimento sumário: 3 
 
Vale ressaltar que esses limites são aplicáveis às partes e não ao juiz do trabalho, uma vez que o juiz pode 
ouvir quantas testemunhas ele quiser. Artigo 765 CLT que diz que o juiz do trabalho é o diretor do 
processo. 
No procedimento sumário, prevalece o entendimento do número máximo de 3 testemunhas. 
Súmula 357 TST: muitas vezes quando entramos com a ação tem testemunhas que ainda trabalham na 
empresa. Entre cometer o crime de falso testemunha e salvar o emprego a pessoa vai optar por salvar o 
emprego, assim por isso que existe muito crime de falso testemunha, pois a testemunha não quer falar a 
verdade e sim salvarseu emprego, assim ela não vai falar mais da empresa. Por isso preciso normalmente 
de uma testemunha que já tenha saído da empresa. Só que ai a empresa vai entrar com contradita dizendo 
que a testemunha é suspeita pois se ela entrou com ação contra a empresa ela quer seu mal. Assim, veio 
essa súmula que diz que o simples fato da testemunha estar litigando ou já ter litigado contra o mesmo 
empregador, não a torna suspeita. No entanto, isso Não se confunde com a troca de favores, já que a troca 
de favores torna suspeita a testemunha. 
Além disso, temos regras procedimentais para a testemunha: 
- No procedimento ordinário, as testemunhas comparecerão em audiência independentemente de 
intimação. As que não comparecerem, serão intimadas ex officio ou a requerimento das partes, ficando 
sujeitas à condução coercitiva e multa, conforme artigo 825 CLT. 
- No procedimento sumaríssimo, artigo 852 – H, $2 e $3 CLT, diz que somente será deferida a intimação da 
testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer, chamado de carta convite ou prova 
do convite prévio. 
 
PROVA DOCUMENTAL 
Artigo 830 CLT: serão aceitas as cópias simples, declaradas autenticas, sob responsabilidade pessoal do 
advogado. 
Súmula 8 TST: juntada de documento em fase recursal. Essa sumula permite a juntada em duas hipóteses: 
se provado o justo impedimento para a sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior da 
sentença. 
PRESCRIÇÃO TRABALHISTA 
Artigo 7, XXIX, CF e artigo 11, I CLT. Existe uma prescrição que é chamada de quinquenal ou parcial e 
essa prescrição é de 5 anos na vigência do contrato de trabalho. Sumula 308, I TST: da data do 
ajuizamento da RT pode-se reclamar os últimos 5 anos trabalhados. 
Existe também a prescrição bienal ou total que são os dois anos após a extinção do contrato. 
Exceção: contra menor de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição, conforme artigo 440 CLT. 
FGTS: decisão do STF que criou a teoria da modulação dos efeitos. O Supremo aplicou a teoria daquilo 
que completar primeiro, ou seja, 30 anos contados da data da lesão ou 5 anos a partir da data da decisão. 
Essa decisão esta na sumula 362 TST. 
 
RECURSOS TRABALHISTAS 
Artigo 893 CLT traz os principais recursos trabalhistas, sendo eles Recurso Ordinário, Recurso de Revista, 
Agravo de Instrumento, Agravo de Petição, Embargos no TST infringentes, Embargos no TST de 
divergência, embargos de declaração (897 – A CLT), recurso extraordinário, recurso ordinário 
constitucional, agravo regimental, recurso adesivo. 
1. Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas 
a) Tempestividade: 8 dias, com exceção de ED que é 5 dias e Rext e Roc, 15 dias. 
 
b) Preparo: pagamento das custas e do depósito recursal. As custas, artigo 789 a 790 – B CLT, serão 
calculadas no percentual de 2%. Quem paga as custas é o vencido. O empregado só paga custas no caso 
de total improcedência dos pedidos, a menos que tenha justiça gratuita e ai não pagará nada. Portanto, na 
procedência total ou parcial, quem paga é o empregador. O deposito, por sua vez, é uma garantia da 
condenação. A ideia do depósito é garantir que a empresa pague quanto ela deve para o empregado, 
artigo 899CLT. como normalmente quem é condenado é o empregador, quem paga o deposito recursal 
quem paga é apenas o empregador. O empregado NUNCA paga deposito recursal. Empregador doméstico 
também paga depósito recursal. Súmula 161 TST, que diz que só há depósito recursal quando houver 
condenação em dinheiro. Súmula 128 TST, a cada novo recurso deve pagar, até o limite da condenação. 
Se a empresa depositar em valor menor ocorrerá a deserção do recurso, assim, o juiz não irá abrir prazo 
para que a parte complemente seu depósito, conforme OJ DFI – 1 140 TST, que diz que a diferença no 
preparo, ainda que de valor ínfimo, torna deserto o recurso. Súmula 86 do TST, a massa falida é 
desobrigada do depósito recursal e das custas, mas a empresa em recuperação judicial não é isenta. 
Súmula 128, III TST, que trata da condenação solidária de duas ou mais empresas e diz que havendo 
condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito feito por uma delas aproveita as demais, salvo 
se a empresa que efetuou o depósito pleitear sua exclusão da lide. Se for responsabilidade subsidiária, 
todo mundo tem que fazer o depósito. 
 
c) Efeitos dos recursos trabalhistas: devolutivo, artigo 899 CLT. A sentença sempre poderá ser 
provisoriamente executada. Existe uma forma que o advogado tem para tentar pedir o efeito suspensivo 
para o recurso, conforme súmula 414, I TST que trata da ação cautelar que diz que por meio dessa ação o 
advogado pode tentar um efeito suspensivo ao recurso. 
 
d) Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: artigo 893, $1 CLT. Quando não concorda 
com alguma coisa a parte deve protestar, para depois quando sair a sentença e for fazer o recurso, 
aproveitar e recorrer também daquilo que foi protestado. Exceções: artigo 799, $2 CLT e súmula 214 TST, 
que trata das exceções e são as decisões em exceção de incompetência terminativas do feito na justiça do 
trabalho ou em um TRT. 
 
2. Recursos em espécie 
a) Agravo de Instrumento: artigo 896 – B CLT. Finalidade de destrancar recurso, como por exemplo 
quando o Recurso Ordinário não é conhecido. O AI tem depósito recursal no valor do 50% do valor do 
depósito do recurso que se pretende destrancar, salvo se tratando de AI interposto contra decisão que não 
conhece RR fundado em violação à súmula ou OJ do TST, quando será isento de preparo. 
 
b) Recurso ordinário: artigo 895 CLT. Cabe de decisões definitivas ou terminativas da vara do trabalho ou 
do juiz de direito investido e do TRT em processos de sua competência originária. Juiz de direito investido é 
aquele que julga o processo quando não há vara do trabalho, conforme artigo 112 CF. Quem julga o RO é o 
TRT, quando de decisões do juiz da primeira vara. Casos em que o TRT tem competência originária é em 
caso de MS, ação rescisória, dissídio coletivo. Assim, nesse caso quem julga o RO é o TST. 
 
c) Agravo de petição: é o recurso da execução. 
 
d) Recurso de revista: artigo 896 CLT. É um recurso de natureza extraordinária. Nos termos da súmula 
425 TST, não cabe jus postulandi no RR. Sumula 126 TST, não cabe o RR para reexame de fatos ou 
provas. Recurso dirigido ao TST. Ele somente analisará matérias jurídicas e não fatos. Sua finalidade é a 
uniformização da jurisprudência e a guarda da lei federal e da constituição. HIPÓTESES DE CABIMENTO 
DE RR: somente cabe em dissídios individuais, não coletivos. O recurso que cabe em dissidio coletivo é o 
Recurso Ordinário, também no TRT dirigido ao TST. Somente cabe de decisões do TRT em grau de RO. 
Assim, de uma decisão da vara tem que entrar com RO e da decisao do RO tem que entrar com RR. Cabe 
de decisões do TRT em grau de RO que: contrariem outro TRT, já que se for de um mesmo TRT cabe 
decisão de incidente de uniformização de jurisprudência e não RR; decisões do TRT em grau de RO que 
contrariem a SDI do TST; decisões que contrariem súmula ou OJ do TST; decisões do TRT que contrariem 
sumula vinculante do STF; de decisões que contrariem lei federal ou CF. PRESSUPOSTOS RECURSAR 
ESPECIFICOS: principio da transcendência, presente no artigo 896 – A CLT, que trata da repercussão 
geral e diz que o recurso de revista tem que interessar à toda a sociedade e não somente à parte; 
prequestionamento, artigo 896, $1 – A CLT e sumula 297 TST, que trata de manifestação expressa do TRT 
sobre matéria do RR. O recurso cabível para obter prequestionamento é os ED. 
 
e) Embargos no TST: recurso para o TST de decisão do próprio TST, presente no artigo 894 CLT. 
f) Embargos de declaração: artigo 897 – A CLT. Cabe em caso de omissão, contradição, obscuridade e 
em caso de manifesto equivoco no exame dos pressupostos recursaisextrínsecos, que são os 
pressupostos recursais objetivos. 
g) Recurso adesivo: sumula 283 TST. Só é admite em caso de RO, RR, agravo de petição e embargos no 
TST. 
 
DISSÍDIO COLETIVO 
Quando envolve o sindicato. Trata-se do conflito entre entes coletivos. A doutrina classifica em três 
espécies. 
1. Dissidio coletivo de natureza econômica 
Tem como objetivo a criação de novos direitos para a categoria. A doutrina classifica o dissidio em três 
espécies: dissidio coletivo de natureza econômica originária, consiste no primeiro dissidio, ou seja, aquele 
que vai criar pela primeira vez o direito à categoria; dissidio coletivo de natureza econômica de extensão, 
que esta previsto no artigo 868 CLT e tem como objetivo estender o direito conquistado para o restante da 
categoria; dissídio coletivo de natureza econômica de revisão, possui previsão no artigo 873 CLT e ocorre 
após um ano do originário. Sendo um dissidio envolvendo uma categoria de uma respectiva região quem 
vai julgar é o TRT daquela região, agora se for dissidio de diferentes regiões quem vai julgar é o TST. 
Competência: na hipótese de dissidio coletivo de âmbito regional a competência será do respectivo TRT. Já 
na hipótese de dissidio coletivo de competência supra regional, ou seja, quando envolver mais de uma 
região a competência será do TST. 
Sentença normativa é a decisão do dissidio coletivo de natureza econômica. Trata-se da ferramenta do 
poder normativo, ou seja, da função atípica do poder judiciário trabalhista de criar direitos, normatizar. 
Possui prazo de quatro anos e sua coisa julgada é formal, atípica. 
Para ajuizar um dissidio coletivo é necessário a concordância da parte contrária. 
Requisito especifico: nos termos do artigo 114, $2 CF, o dissidio coletivo de natureza econômica exige 
como requisito especifico o comum acordo entre as partes. 
A sentença normativa caso não cumprida, como qualquer outra sentença, precisa ser executada. A 
execução da sentença normativa é através de uma ação chamada de ação de cumprimento. Assim, o 
tribunal deu a sentença normativa mas para ganhar o que conseguiu tem que entrar com ação de 
cumprimento. Essa ação é de competência da vara do trabalho. Assim, a sentença normativa é do tribunal, 
mas quem executa essa sentença é o juiz do trabalho. 
AÇÃO DE CUMPRIMENTO: possui previsão no artigo 872 CLT e consiste na execução da sentença 
normativa. A competência para essa ação é da vara do trabalho. 
2. Dissidio coletivo de natureza jurídica 
Dissidio coletivo para interpretar uma norma. 
3. Dissidio coletivo de natureza de greve 
Dissidio utilizado para acabar com uma greve. Nos termos da lei da greve ela é uma suspensão temporária. 
INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE 
Testemunhas: 6. O prazo para ajuizar o inquérito é de 30 dias a partir da suspensão. Trata-se da medida 
processual para apurar a falta grave praticada pelo dirigente sindical ou pelo estável decenal. 
Artigos 853 a 855 CLT. A petição inicial deve ser escrita; cada parte pode ouvir até seis testemunhas; a 
ação deverá ser ajuizada no prazo decadencial de 30 dias a partir da suspensão. 
 
AÇÃO RESCISÓRIA 
Exige um depósito que tem natureza de punição no valor de 20% do valor da causa. Cabe ação rescisória 
da sentença de juiz corrupto que praticou prevaricação, corrupção ou concussão. Se a parte provar que não 
tem condições financeiras fica isenta deste depósito. Trata-se de uma ação que visa a desconstituição de 
uma decisão e possui as seguintes peculiaridades: é necessária a coisa julgada material; deve ser ajuizada 
no prazo decadencial de 2 anos. Nos termos do artigo 836 CLT, é necessário um depósito prévio no 
importe de 20% do valor da causa salvo miserabilidade jurídica. Tal depósito possui natureza punitiva, ou 
seja, na hipótese da ação rescisória ser julgada improcedente ou não conhecida por unanimidade de voto o 
autor perde o depósito para o réu. Tipicidade: ação rescisória deve se enquadrar em uma das hipóteses do 
artigo 966 CPC. 
A competência é dos tribunais, TRT ou TST. 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: em regra geral só é cabível honorários sucumbenciais em justiça gratuita 
ou quando for pelo sindicato, mas na ação rescisória há o direito pelos honorários sucumbenciais em todos 
os casos, assim aplica-se o processo de honorários da justiça comum. Súmula 219 TST. É cabível 
honorários sucumbenciais na ação rescisória. 
Nos termos da sumula 425 TST, não cabe jus postulandi na ação rescisória. A ação rescisória deve 
enquadrar a tipicidade ou seja, tem que estar de acordo com alguma das hipóteses previstas no CPC. No 
entanto, ainda que não coloque o artigo na ação não tem problema a ação vai valer e não tem inépcia. 
Assim, ainda que a causa de pedir não conste exatamente o fundamento legal o TST irá aceitar. Se usada 
a ação rescisória com fundamento por violação à letra de lei, ao menos o artigo de lei violado tem que ser 
falado e deve estar correto. 
Causa de pedir: nos termos da súmula 408 do TST, não há inépcia da inicial quando o autor não aponta 
qual a hipótese do artigo 966 CPC ou quando aponta o inciso errado. Entretanto, tratando-se de ação 
rescisória por fundamento à violação à letra de lei o artigo de lei violado deve ser mencionado 
corretamente. 
Pedido: na ação rescisória o autor apresenta como regra duas pretensões nos termos do artigo 968, 
I, CPC, quais sejam, rescisão da decisão e um novo julgamento. Recebida a ação rescisória o relator irá 
citar o réu para apresentar defesa, mas se ele não apresentar defesa não haverá efeito de confissão, pois o 
que se ataca na ação rescisória não é o réu e sim a decisão do juiz e a decisão do juiz não pode ficar 
sujeita aos efeitos da inercia da parte contrária. Recebida a ação rescisória nos termos do artigo 970 CPC o 
relator vai citar o réu para apresentar defesa no prazo de 15 a 30 dias. Na hipótese do réu não apresentar 
contestação, a sumula 398 TST deixa certo que não há confissão pois o que se ataca é a decisão do juiz. 
Legitimidade: o artigo 967 CPC afirma que é parte legitima para ajuizar ação rescisória o autor e réu do 
processos originário, o terceiro interessado e o MP. Sumulas 406 e 407 TST, tratam da possibilidade de 
atuação do MP, bem como regulamentam a legitimidade do sindicato.

Continue navegando