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Resumo Direito Processual doTrabalho OAB

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Licensed to Briso Souza Ferreira - Email: brisogsouza@gmail.com
Introdução
 Direito Processual do Trabalho é um conjunto de princípios, regras e 
instituições que se destinam a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais 
na solução dos conflitos individuais ou coletivos, oriundos das relações de 
trabalho.
Visa, pois, a resoluções de dissídios trabalhistas, possibilitando tanto 
ao empregado, quanto ao empregador, satisfazer um prejuízo que por 
ventura tenha tido na relação de trabalho.
 Posteriormente estudaremos os princípios peculiares do direito 
processual do trabalho. 
Embora o direito processual comum seja fonte subsidiária do Direito 
Processual do Trabalho, conforme norma esculpida no artigo 769 da CLT, 
o direito Processual do Trabalho é um ramo específico do Direito, e, 
portanto, possui seus próprios princípios. 
Fique sabendo!
Príncipios:
a) Princípio da Proteção: As regras do Direito do Trabalho são 
interpretadas mais favoravelmente ao empregado, devido sua 
inferioridade econômica.
Licensed to Briso Souza Ferreira - Email: brisogsouza@gmail.com
b) Princípio da Celeridade: Tal princípio funda-se no fato de que o 
empregado precisa receber mais rapidamente as verbas que lhes são 
devidas, vez que são de natureza alimentar, devendo, portanto, haver mais 
simplificação de procedimento para que o processo seja o mais célere 
possível. 
c) Princípio da ultra ou da extrapolação: O art. 467 da CLT permite ao Juiz o 
pagamento das verbas rescisórias incontroversas com acréscimo de 50%, 
caso não tenham sido pagas na primeira audiência em que comparecer o 
réu, ainda que inexista pedido do autor. 
d) Princípio da iniciativa ex ofício: O art. 765 mostra que o Juiz tem a 
liberdade de dirigir o processo e pode designar qualquer diligência 
necessária.
e) Princípio da Oralidade: O Processo do Trabalho é essencialmente um 
procedimento oral. Existe, pois, uma maior concentração dos atos 
processuais em audiência, possibilitando uma maior interatividade entre o 
Juiz e as partes. 
 
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Organização da
Justiça do Trabalho
A Justiça Trabalhista possui três graus de Jurisdição: Varas do 
Trabalho; TRT e TST. Para instituir um TRT são necessários pelo menos 7 
juízes. As turmas são compostas por 5 juízes, mas em cada processo são 
sorteados 3 para julgar: o relator, o revisor e o presidente. Os TRTs atuam 
em primeira e em segunda instâncias.
Ademais, de acordo com a EC 45, o TST voltou a ser composto por 27 
juízes togados. O pleno não é mais órgão julgador de processo comum, é 
órgão administrativo. No TST temos ainda: as Turmas, SDI e SDC. O TST 
atua em todas as instancias. SDI e SDC são 4ª instância.
Justiça Nacional
Justiça Especial
Justiça do Trabalho
Justiça Eleitoral
Justiça Militar
Justiça Comum
Justiça Comum
Justiça Federal
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Competência da
Justiça do Trabalho
Referente às competências funcional e territorial dos órgãos da 
Justiça do Trabalho, não são estabelecidas pela Carta Magna, mas pela lei. 
É o que preceitua o art.113 da CF/88: “A lei disporá sobre a constituição, 
investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício 
dos órgãos da Justiça do Trabalho”.
A competência pode ser levada em conta em razão da matéria, em 
razão da função e em razão do lugar.
Competência em razão da matéria
Tem-se entendido que a determinação da competência material da 
Justiça do Trabalho é fixada em decorrência da causa de pedir e do pedido, 
mesmo se a decisão de mérito que vier a ser prolatada envolver a 
aplicação de normas de direito civil ou de outros setores do edifício 
jurídico.
Uma demanda que possui pedidos de natureza trabalhista e que são 
fundamentados na CLT é de competência da Justiça do Trabalho, a qual 
processará e julgará certa ação.
A incompetência em razão da matéria é de natureza absoluta e, 
consequentemente, deve ser declarada de ofício pelo juiz, 
independentemente de provocação das partes do processo, mas cabe ao 
réu alegá-la antes de discutir o mérito, ou seja, em sede de preliminar, sob 
pena de arcar com as custas de retardamento.
Competência em razão da função
A distribuição das imputações dos órgãos componentes da Justiça do 
Trabalho concernem, de acordo com que dispõe a Constituição, as leis de 
processo e os regimentos internos dos tribunais trabalhistas.
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Esses órgãos da Justiça do Trabalho que possuem competências funcionais são as 
varas do trabalho, os TRT’s e o TST.
Competência funcional das varas trabalhistas:
Com a extinção dos juízes classistas, nas varas do trabalho, a competência 
funcional foi atribuída ao juiz titular ou substituto, o qual era conhecido com juiz 
togado.
Pode-se observar nos arts.652 e 653 da CLT e no art.114 da CF/88 a função 
que compete às Varas do Trabalho.
Compete funcionalmente à Vara do Trabalho do local onde ocorreu lesão ou 
ameaça a interesses ou direitos metaindividuais (difusos, coletivos ou individuais 
homogêneos) processar e julgar ação civil pública promovida pelo Ministério 
Público do Trabalho – MPT ou associação sindical, por força do art.83, III, da Lei 
Complementar n.75/93, combinado com o art.2º da Lei n.7.347/85 e o art.93 da 
Lei n.8.078/90”.
Competência funcional dos TRT’s:
A competência dos TRT’s é modificada à medida que estes são divididos ou 
não por turmas.
Estas hipóteses podem ser observadas nos arts.678, 679 e 680 da CLT.
Sobre as funções atribuídas aos Presidentes dos Tribunais Regionais do 
Trabalho, as mesmas encontram-se elencadas no art.682, CLT.
Competência funcional do TST:
A uniformização jurisprudencial trabalhista é a função essencial atribuída ao 
TST.
Compete, pois, ao TST, em linhas gerais, julgar recursos de revista, recursos 
ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRT’s e dissídios coletivos 
de categorias organizadas em nível nacional, como bancários, aeronautas, 
aeroviários, petroleiros e outros, além de mandados de segurança, embargos 
opostos a suas decisões e ações rescisórias.
Competência em razão do lugar (ratione loci)
É definida de acordo com a abrangência geográfica no qual o órgão jurisdicional 
age.
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A competência territorial, como também pode ser denominada, comumente 
é conferida às varas trabalhistas, pelo fato de serem os órgãos de 1ª instância da 
Justiça do Trabalho, sendo determinadas as competências por lei federal.
Compete aos TRT’s processar e julgar tanto de maneira originária (ex.: 
dissídio coletivo) como em grau recursal (ex.: recurso ordinário) no interior do 
espaço geográfico em regra correspondente a um Estado da Federação. Vale dizer, 
o TRT tem competência territorial limitada a determinada região.
Já a competência do TST abrange todo o território nacional.
A competência ratione loci é manifestada no art.651 da CLT, podendo a 
mesma ser classificada em: local da prestação de serviço; empregado agente ou 
viajante comercial; empregado brasileiro que trabalha no exterior e empresa que 
realiza atividade fora do local de celebração do contrato.
Local da prestação de serviço
De acordo com o que preceitua o art.651, caput, da Consolidação das Leis do 
Trabalho: “A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada 
pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro”.
A ação trabalhista deve, como regra geral, ser demandada pelo empregado 
no último local em que este ofereceu os seus serviços ao seu empregador, mesmo 
que tenha sido acordado em outra localidade ou país para desempenhar suas 
funções aqui no Brasil e não seja o local onde se localiza sua residência.
Na hipótese deste empregado ter trabalhado em diversos estabelecimentos e 
locais, é investido à vara trabalhista do localonde o contrato está ultimamente 
sendo executado a competência territorial para solver um possível litígio que vier a 
subsistir, e não de cada local dos estabelecimentos da empresa no qual tenha 
prestado serviços. Nesta regra geral de competência, estão abrangidos pela regra 
do art.651, caput, da CLT todos os empregados que prestaram ou prestam serviços 
no Brasil, independentemente de serem nativos ou estrangeiros.
Empregado agente ou viajante comercial:
Segundo dispõe o §1º do art.651 da CLT: “A competência das Juntas de 
Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, 
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro”.
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Na hipótese de haver como autor ou réu a pessoa do agente ou viajante 
comercial, a vara competente será a da localidade onde se encontra a filial ou a 
agência da empresa, sendo o empregado subordinado àquelas.
Não possuindo esta empresa nem filial nem agência, competirá à vara 
localizada onde o empregado possui domicílio ou aquela que mais se aproxima 
deste.
Empregado brasileiro que trabalha no exterior:
Consoante o §2º do art.651 da CLT dispõe: “A competência das Juntas de 
Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios 
ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja 
brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário”.
Nesta suposição supramencionada, a competência será imputada às Varas 
do Trabalho onde se encontra o local da prestação de serviços, havendo 
empregado brasileiro como parte da questão trabalhista e desde que não haja 
tratado internacional ratificado pelo Brasil dispondo de maneira diversa.
Importa frisar que o Brasil estabelece, mediante sua lei, dois raciocínios: o 
direito processual e o direito material.
O primeiro estabelece que a competência territorial é atribuída à Vara do 
Trabalho, para que esta processe e julgue demanda. Já no segundo, determina 
que neste vínculo de emprego prevalece a lei do país onde esteve ou esteja sendo 
processado o serviço.
O critério subjetivo adotado pelo art.651, §2º, da CLT diz respeito ao 
empregado brasileiro, nato ou naturalizado, que prestar serviços no estrangeiro.
A vara trabalhista para julgar a ação será onde se acha a sede ou filial desta 
empresa no Brasil ou o local onde ocorreu a negociação antes do brasileiro ser 
transferido para o exterior.
Não havendo no Brasil nem sede nem filial da empresa, mostra-se 
perfeitamente possível a notificação do empregado por carta rogatória, sendo 
competente a Vara do Trabalho, por aplicação analógica do CPC.
Empresa que realiza atividade fora do local de celebração do contrato:
Nas expressões do §3º do art.651 da CLT: “Em se tratando de empregador 
que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é 
assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do 
contrato ou no da prestação dos respectivos serviços”.
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Conforme interpretação do parágrafo do artigo acima citado é possibilitado ao 
empregado ajuizar uma ação no foro do local onde foi feita a contratação ou onde o 
serviço é prestado.
Em se tratando de empregador que arregimente o empregado domiciliado em 
outro município ou outro Estado da federação, poderá o trabalhador optar por 
ingressar com a reclamatória na Vara do Trabalho de seu domicílio, na do local da 
contratação ou na do local da prestação dos serviços.
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
Conflito de competência, cognominado pela CLT de conflito de jurisdição, é um 
incidente processual que ocorre quando dois órgãos judiciais proclamam-se 
competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para processar 
e julgar determinado processo.
Sobre esses conflitos de jurisdição, nos dizeres do art.803 da CLT:
 “Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: 
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na administração 
da Justiça do Trabalho; 
b) Tribunais Regionais do Trabalho; 
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; 
d) Câmaras do Tribunal Superior do Trabalho”.
Tais conflitos podem ser sugeridos pelos próprios juízos ou tribunais 
trabalhistas, o MPT, atuando como órgão agente ou interveniente, ou a própria 
parte interessada, pessoalmente ou mediante representação (art.805, CLT).
Nas expressões do art.806 da CLT: “É vedado à parte interessada suscitar 
conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de 
incompetência”.
A parte que suscitar o conflito de competência deve provar a sua existência de 
maneira documental (art.807, CLT).
De acordo com o que o art.808 da CLT propõe: 
“Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou 
entre uma e outras, nas respectivas regiões; 
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b) pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou 
entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais 
diferentes; 
c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do Trabalho e de 
Previdência Social; 
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do 
Trabalho e as da Justiça Ordinária”.
O processamento do conflito de competência na esfera trabalhista é 
regulado pelos arts.809 e 810 da CLT.
COMPETE A JUSTIÇA DO TRABALHO
1. Processar e julgar as ações oriundas de relação de trabalho abrangidos os entes 
de direito público externo (Estados estrangeiros e organismos internacionais) e 
também contra a administração direta e indireta (poder executivo da União, 
Estados, DF e Municípios, assim como as autarquias, fundações, Empresas Públicas 
e Sociedades de Economia Mista).
A ADI nº 3395 do STF, exclui da competência da Justiça do Trabalho toda e 
qualquer interpretação que incluía na competência da justiça do trabalho a relação 
entre o poder público e seus estatutários ou pessoas que possuem outros regimes 
administrativos, existindo 3 categorias desses trabalhadores:
a- Os Celetistas = esses te com o poder público um vínculo de emprego;
b- Os Estatutários = possuem um vínculo administrativo;
c- Trabalhador temporário = possuem com o Poder Público outro regime 
administrativo
ATENÇÃO: A súmula 363 do STJ atribui a Justiça Comum a competência para 
processar e julgar os honorários de profissionais liberais. 
2. Processar e julgar dano moral e patrimonial decorrentes das relações de 
trabalho: em um acidente de trabalho, por exemplo, a pessoa pode morrer ou 
sobreviver, se sobreviver, o empregado pode entrar com uma Ação de indenização 
contra o empregador, mas se ele morrer, a Ação cabe aos seus sucessores.
ATENÇÃO: A súmula 366 do STJ hoje não é mais válida.
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3. Ações decorrentes do direito de greve: a súmula vinculante 23 do STF, atribui a 
competência da Justiça do Trabalho, processar e julgar as ações possessórias 
decorrentes do exercício do direito de greve da iniciativa privada, mesmo que por 
exemplo, ocorra um esbulho, uma turbação ou apenas uma ameaça.
4. Processar e julgar Mandado de Segurança: não tem competência para julgar 
crimes.
ATENÇÃO:
- ADI nº 3684 e Art. 109/CF = diz que crimes contra a organização do trabalho são de 
competência da Justiça Federal.
- Súmula Vinculante 25 do STF = compete à Justiça do Trabalho, ilícita a prisão civil 
de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito, cabendo Habeas 
Corpus para a soltura do mesmo, de competência do TRT.
5. Para a representação sindical, ações entre Sindicato x Sindicato, Sindicato x 
Empregado e Sindicato x Empregador.
6. Processar e julgar as penalidades administrativas impostas aos empregadores:impostas pelo órgão de fiscalização das relações de trabalho, se existe ou não o 
cumprimento da legislação trabalhista (fiscalizada pelo auditor fiscal do trabalho).
7. Executar de ofício as contribuições sociais decorrentes das sentenças: proferidas 
pela Justiça do Trabalho.
8. Julgar os conflitos de competência entre seus órgãos.
9. Outras controvérsias previstas em lei.
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Competência Material da
Justiça do Trabalho
A JT tem competência para julgar relação de consumo? (Art. 3º, §2º, 
CDC). Posição do TST: pelo ângulo do consumidor (destinatário final), será 
relação de consumo. Pelo ângulo do prestador de serviços, incidirão as 
regras do CC, sendo a Justiça do Trabalho competente.
A JT tem competência para julgar ação de cobrança de honorários 
advocatícios? Posição majoritária na doutrina e jurisprudência: sim, pois 
se trata de relação de trabalho. Só caberão na JT, quando comprovar 
insuficiência financeira e estiver assistido, por advogado do sindicato de 
classe, bem como nas ações rescisórias, sindicais, e de relações de 
trabalho. Súmula 219, TST.
Compete à Justiça Estadual processar e julgar a ação de cobrança 
ajuizada por profissional liberal contra cliente.
A JT tem competência criminal? Ver art. 114, I, IV e IX, CF. A JT não 
tem competência para julgar as ações penais (decisão do STF em liminar na 
ADIN 3684). 114, IV, CF. A Justiça do Trabalho pode mandar prender por 
crime de desacato, crime de falso testemunho, e disso cabe habeas corpus, 
para o TRF.
 AJUFE - ADI 3395-6 / STF: A Justiça do Trabalho não tem competência 
para julgar as ações envolvendo servidores públicos estatutários.
 Art. 37, IX, CF – contratação por tempo determinado para atender 
necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos da 
Lei 8.745/93. O TST cancelou OJ 205 da SDI- I tendo em vista recentes 
decisões do STF.
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Mandado de segurança: com a reforma do judiciário, a competência 
foi ampliada, abrangendo atos de outras autoridades (ex.: auditor fiscal do 
trabalho).
Habeas corpus: possível nos casos de decretação de prisão do depositário 
infiel na execução trabalhista. Não pode mais a prisão, havendo esta, 
deverá ser intentado HC.
Acidente de trabalho: art. 465, CTL. As ações de dano moral ou material 
decorrentes do acidente de trabalho são de competência da Justiça do 
Trabalho. A configuração do acidente de trabalho são de competência da 
Justiça Comum.
 Conforme a Súm. 411 do TST não há conflito de competência entre TRT e 
Vara do Trabalho a ele vinculado. Sum. 411. Se a decisão recorrida, em 
agravo regimental, aprecia a matéria na fundamentação, sob o enfoque 
das Súmulas nºs 83 do TST e 343 do STF, constitui sentença de mérito, 
ainda que haja resultado no indeferimento da petição inicial e na extinção 
do processo sem julgamento do mérito. Sujeita-se, assim, à reforma pelo 
TST, a decisão do Tribunal que, invocando controvérsia na interpretação da 
lei, indefere a petição inicial de ação rescisória.
 Súm. 392 do TST – danos morais – competência da Justiça do Trabalho.
Acidente de Trabalho: 2 regras:
1ª regra: ação acidentária / lide previdenciária: competência da Justiça 
Comum Estadual (Súm.
15 do STJ e Súm. 235 e 501 do STF).
2ª regra: ação de indenização por danos morais ou materiais. 
Competência da Justiça do trabalho.
O STJ cancelou a Súm. 366 que estabelecia a competência da Justiça 
Comum Estadual para a ação de indenização movida pela viúva ou filho de 
empregado falecido em acidente de trabalho. Súm. 367 STJ – remessa dos 
autos da Justiça Comum para a Justiça do Trabalho.
Títulos executivos extrajudiciais trabalhistas: (art. 876, caput, CLT)
 TAC (termo de análise de conduta);
 Termo de conciliação firmado perante a CCP (comissão de conciliação 
prévia);
 Oriundo da multa aplicada pelo TEM e inscrita na Dívida Ativa da União.
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Art. 114 - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes 
da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, 
I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da 
lei.
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à 
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio 
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o 
conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao 
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão 
do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar 
dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
Fique sabendo!
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Competência Territorial
Antes da Emenda Constitucional 45/2004, a Justiça do Trabalho tinha 
competência para: 
a) Conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre 
trabalhadores e empregadores; e 
b) Executar as suas próprias sentenças.
Entretanto, no atual texto, houve também a retirada de previsão 
expressa da competência para executar as próprias sentenças, até porque 
não seria necessário, por se tratar de decorrência lógica do processamento 
da ação.
Outrossim, possui competência para processar e julgar ações oriundas 
de relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da 
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios.
A Competência da Justiça do Trabalho não abrange apenas as 
controvérsias ocorridas durante a relação trabalhista, mas também as 
relações pré e pós contratuais. Ademais, o STF decidiu que a Justiça do 
Trabalho é competente para processar e julgar controvérsias relativas ao 
meio-ambiente do trabalho, ainda que em face da Administração Pública. 
Além das ações relativas ao cadastramento no Programa de Integração 
Social (PIS) e no FGTS.
Art. 651, CLT - Caput – regra: local da prestação dos serviços; Se o 
empregado prestar serviços em mais de um local – será competente o 
foro do último lugar da prestação de serviço. Todavia, há uma posição 
moderna que defende a competência concorrente.
Fique sabendo!
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Empregado agente ou viajante comercial – neste caso a ação deve ser 
proposta onde o empregado prestar serviços e for subordinado, sendo que 
na falta de cumulatividade desses requisitos a ação deverá ser proposta 
onde o empregado reside, ou na localidade mais próxima (quando no local 
onde ele reside não tem JT).
1. Empregador viajante: neste caso a ação deve ser proposta tanto no local 
da contratação, como também no da prestação dos respectivos serviços.
2. Empregado contratado no Brasil para prestar serviços no exterior: 
Anteriormente era aplicada a súmula 207 do TST, e tendo sidoa mesma 
revogada, aplicar-se-á CLT: 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência 
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou 
a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 
27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao 
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou 
no da prestação dos respectivos serviços.
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Competência Internacional 
Material ou em 
Razão de Pessoa
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
Regras de direito processual: brasileiras;
Regras de direito material: Artigo 651,§3, da CLT.
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro
§3 - em se tratando de empregador que promova realização de atividades 
fora do lugar do contrato de trabalho é assegurado ao empregado 
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da 
prestação dos respectivos serviços. 
Obs.: a cláusula de eleição é incompatível com o processo do trabalho.
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA
Art. 114, CF:
I – ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, 
Estados, Municípios e DF.
Súmula 363, STJ.
ADI 3684-0 – justiça do trabalho não tem competência criminal.
ADI 3395-6 – justiça do trabalho não tem competência para julgar ações 
envolvendo qualquer relação estatutária ou de caráter jurídico 
administrativo.
IV – ações de indenização por danos materiais ou morais decorrentes da 
relação de trabalho. (Súmula 392, TST).
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Dissídios
Dissídios
a) Individuais:
a. Simples – apenas um reclamante
b. Plúrimo – mais de um reclamante
c. Especial – inquérito judicial (falta grave de empregado estável); até 6 
testemunhas cada parte
b) Coletivos
A diferença do dissídio individual para o coletivo não diz respeito ao 
número de reclamantes, mas sim ao pedido. No dissídio individual o 
pedido é pessoal e no dissídio coletivo o pedido diz respeito a uma 
categoria.
Todos os dissídios individuais têm início nas Varas do Trabalho.
Os dissídios coletivos em regra, têm competência originária nos TRTs. 
Ademais, caso os dissídios coletivos extravasem o âmbito regional, sua 
competência originária será a do TST.
Os dissídios coletivos em regra, têm competência originária nos 
TRTs. Ademais, caso os dissídios coletivos extravasem o âmbito regional, 
sua competência originária será a do TST.
 ATENÇÃO
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Dissídio Individual
Nos dissídios individuais discutem-se interesses concretos de pessoas 
determinadas, visando à aplicação de normas jurídicas preexistentes.
O Dissídio Individual caracteriza-se pela existência de pretensão pessoal do 
litigante.
 Assim, mesmo que haja mais de um postulante, um autor ou um 
reclamante, haverá um dissídio individual simples.
Quando a legislação processual da CLT não existir norma regulamentadora, 
deve o intérprete socorrer-se do Código de Processo Civil, desde que haja 
compatibilidade das normas deste com as do processo trabalhista.
Portanto, caracteriza-se dissídio individual pela natureza do conflito, 
independentemente do número de litigantes, ou seja, ainda que haja diversos 
reclamantes, desde que as pretensões sejam pessoais e exclusivas, o dissídio 
individual será simples, porém, por envolver mais de um autor, formando-se um 
litisconsórcio ativo, é denominado de plúrimo.
Denomina-se processo de alçada da junta aquele cujo valor dado à causa 
não ultrapasse duas vezes o salário mínimo vigente, e do qual não cabe recurso, 
salvo se versar sobre matéria constitucional.
O dissídio individual especial ou inquérito judicial é uma modalidade de 
ação trabalhista que objetiva apuração de falta grave atribuída a empregado 
estável, para a rescisão judicial do contrato de trabalho. É um dissídio privativo 
de empregador, o requerente.
CONCEITO
É o processo judicial através do qual o Estado concilia ou decide os litígios entre 
empregado e empregador singularmente considerados. A finalidade da relação 
jurídica é dupla e sucessiva. Primeiro conciliar; não ocorrendo a primeira, há 
então o julgamento.
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PROCEDIMENTO 
Denominação dos dissídios individuais em processo do trabalho:
- processo trabalhista
- dissídio trabalhista
- reclamação trabalhista
- ação trabalhista
AS FASES DO PROCESSO
- Fase postulatória: da propositura da ação até a defesa
- Fase probatória/instrutória: momento de realização de provas
- Fase decisória: o órgão jurisdicional profere seu juízo de valor
- Fase recursal
- Fase executória: execução forçada da sentença.
CLASSIFICAÇÃO
Segundo os sujeitos:
Dissídio individual simples: envolve como autor um empregado, e como réu um 
ou mais empregadores.
Dissídio individual plúrimo: é o litisconsórcio de dois ou mais empregados agindo 
contra um ou mais empregadores. Caracteriza-se pela pluralidade de autores.
Segundo o procedimento:
Dissídio individual comum ou ordinário: são aqueles que seguem o rito previsto 
p/ o processo individual geral.
Dissídios individuais especiais: existem em 4 espécies:
1. Procedimento descrito na L. 5.584/70, em seus art. 2º, §3º e §4º, cabível nos 
processos de alçada, ou seja, aqueles que possuem valor da causa até dois 
salários mínimos. 
2. Rito sumaríssimo: instituído através da L. 9.957/2000, cabível em causas de 
até 40 salários mínimos.
3. Inquérito para apuração de falta grave
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4. Medidas cautelares e especiais do CPC: A CLT não possui cautelares descritas 
em seu texto. Possui medidas de antecipação de tutela (sustação liminar de 
transferência de empregado e reintegração de empregado dirigente sindical). 
Assim, as medidas cautelares e os procedimentos especiais previstos no CPC, 
quando compatíveis, são aplicáveis na Justiça do Trabalho.
Representação no dissídio individual 
Pode ser: 
a) Legal - decorrente de expressa autorização de lei (ex. representação do menor 
por quem exerça o pátrio poder); 
b) Convencional - autorizada por lei, mas dependente de manifestação de 
vontade (ex. a representação do empregador por preposto habilitado); 
c) Geral - exercida para todos os atos do processo (ex. a representação do incapaz 
pelo pai ou mãe, tutor, ou curador); 
d) Parcial - para apenas alguns atos processuais (ex. art. 843, § 2º, da CLT).
e) Menor de 14 a 18 anos - é representado pelo responsável legal (art. 793 da 
CLT). Após 18 anos, poderá ingressar em Juízo pessoalmente, sem representação 
ou assistência - art. 792.
f) Representação do empregador por preposto (art. 843, § 1º, da CLT) - exige-se 
que este tenha conhecimento dos fatos, pois suas declarações obrigam o 
preponente. Indicar preposto que não tem conhecimento dos fatos subtrai da 
parte adversa o direito de fazer prova, pelo depoimentopessoal - configuração de 
procedimento temerário. A CLT não exige que o preposto seja empregado. O 
Regulamento Geral do Estatuto da OAB proíbe o exercício simultâneo da 
representação como advogado e como preposto (art. 3º).
g) Substituição processual pelo Sindicato em dissídio individual - o TST entende 
que há restrições (Enunciado 310); entretanto, tal limitação não aparece no inciso 
III do art. 8º da Constituição, nem nas leis mais recentes sobre o tema - Leis 
7.788/89 - art. 8º - e 8.073/90.
LITISCONSÓRCIO NO DISSÍDIO INDIVIDUAL
Quando a ação é movida por vários empregados, há litisconsórcio ativo 
facultativo ou cumulação de ações (art. 842 da CLT); na pluralidade de réus, pode 
haver litisconsórcio passivo facultativo (quando se postula responsabilização 
solidária de empresas de grupo econômico, por exemplo) ou necessário (entre o 
empregador e o ente público, na rescisão por factum principis), conforme o caso.
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JUS POSTULANDI
Prevê a CLT a inexigibilidade de patrocínio por mandatário ad judicia nos 
dissídios individuais (art. 791); com a edição do Estatuto da OAB (Lei 8.906/94) 
houve entendimento de que estaria revogada tacitamente a regra da CLT. 
Contudo, o STF - Adin 1.127-8 - suspendeu liminarmente a eficácia do art. 1º, I, 
do Estatuto da Ordem, mantendo-se o entendimento do cabimento do jus 
postulandi na Justiça do Trabalho e Juizados Especiais. Prevalece o princípio da 
inafastabilidade do acesso ao Judiciário (art. 5º, XXXV e XXXIV, a, da 
Constituição). O estagiário não pode exercer atos de advocacia (Estatuto da OAB, 
art. 3º, § 2º); quando muito pode acompanhar a parte, para fazer 
aconselhamento, mas não pode celebrar acordos, muito menos postular em 
Juízo, sem a presença de advogado.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Prevê a Lei 5.584/70 que a assistência judiciária gratuita ao trabalhador 
será promovida pelo sindicato de sua categoria. Exige-se que o mesmo receba no 
máximo o equivalente a dois salários mínimos mensais, ou faça declaração de 
sua insuficiência econômica (Lei 7.115/83). Não se exige mais atestado de 
pobreza. O empregador que não tenha meios de arcar com as despesas 
processuais também pode se socorrer da assistência judiciária gratuita, com base 
na Lei 1.060/50.
CONDIÇÕES DA AÇÃO E PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Comissões de Conciliação Prévia: Uma característica diferenciada em 
relação ao processo do trabalho se estabeleceu desde o advento da L. 
9.958/2000, que criou as Comissões de Conciliação Prévia.
A busca de soluções mais rápidas dos conflitos trabalhistas se divide em 
duas esferas:
Há a implantação de procedimentos mais simplificados, os aplicando para 
questões menos complexas, ou de menor valor econômico, ou então para 
questões que cumulem as duas situações. Estas questões continuam a serem 
resolvidas pelo Poder Judiciário, apenas faz-se o privilégio da efetividade sobre a 
segurança jurídica. Exemplo desta técnica são leis como as dos Juizados Especiais 
e do Rito Sumaríssimo na Justiça do Trabalho.
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Outra espécie de solução seriam as extrajudiciais, ou seja, buscam desafogar o 
Poder Judiciário, fazendo com que conflitos que seriam resolvidos por este poder, 
sejam dissolvidos fora deste poder. Exemplo desta técnica é a lei de comissões 
prévias, e a lei de arbitragem.
Comissões se dividem quanto a sua origem, e quanto a esta podem ser (art. 
625-A, CLT):
- De instituição unilateral, por empresas ou grupo de empresas.
- De instituição coletiva, pelo sindicado
A regulamentação destas espécies é diferente. A regulamentação das comissões 
de empresa está na lei (art. 625-B), e a das comissões coletivas surge da 
negociação coletiva (art. 625-C).
Os membros destas comissões coletivas não precisam ser dirigentes sindicais 
(inclusive, muito difícil que o sejam), serão pessoas indicadas por um e outro lado.
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QUESTÕES COMENTADAS DOS ÚLTIMOS EXAMES
XVI EXAME
Julgado dissídio coletivo entre uma categoria profissional e a patronal, em que 
foram concedidas algumas vantagens econômicas à categoria dos empregados, estas 
não foram cumpridas de imediato pela empresa Alfa Ltda.. Diante disso, o sindicato 
profissional decidiu ajuizar ação de cumprimento em face da empresa. Sobre o caso 
apresentado, assinale a afirmativa correta.
 
A) Deverá aguardar o trânsito em julgado da decisão, para ajuizar a referida ação.
B) Poderá ajuizar a ação, pois o trânsito em julgado da sentença normativa é 
dispensável.
C) Não juntada a certidão de trânsito em julgado da sentença normativa, o feito será 
extinto sem resolução de mérito.
D) Incabível a ação de cumprimento, no caso.
 
Comentário: Súmula 246 TST: É dispensável o trânsito em julgado da sentença 
normativa para a propositura da ação de cumprimento. Alternativa correta: B
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Ritos Trabalhistas
Espécies:
1. Comum/ordinário:
 Mais completo;
 Demandas cujo valor da causa supera 40 salários mínimos;
 Cada parte poderá ouvir até três testemunhas (art. 821 da CLT);
 O retro mencionado dispositivo legal estabelece que no Inquérito Policial 
para apuração de falta grave, cada parte poderá ouvir até 6 testemunhas.
2. Sumário/dissídio de alçada:
 Célere, art. 2°, §§ 3° e 4° da Lei n. 5584/70;
 Demanda cujo valor da causa é de até 2 salários mínimos.
 Obs.: neste procedimento em regra não é cabível a interposição de 
recursos, salvo se a sentença envolver matéria constitucional. Recurso este 
que será o Recurso extraordinário
 Obs2: a lei é omissa quanto ao número máximo de testemunhas. 
Prevalece o entendimento que cada parte poderá ouvir até três 
testemunhas.
3. Sumaríssimo (Lei 9957/00 – inclusão dos arts. 852-A a 852-I)
 Valor da causa que não exceda 40 salários mínimos. Prevalece o 
entendimento, que o advento do procedimento sumaríssimo, não revogou 
o procedimento sumário. Então o valor da causa será acima de 2 salários 
mínimos;
 Poderão ser ouvidas até duas testemunhas para cada parte
4. Procedimentos especiais trabalhistas - Trazem regras especiais:
A. Inquérito judicial para apuração de falta grave.
B. Dissídio coletivo
C. Ação de cumprimento
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QUESTÕES COMENTADAS DOS ÚLTIMOS EXAMES
XVIII EXAME
Em sede de reclamação trabalhista sob o rito sumaríssimo, as testemunhas do autor 
não compareceram à audiência, apesar de convidadas verbalmente por ele. Na 
audiência, nada foi comprovado acerca da alegação do convite às testemunhas. 
Diante disso, assinale a afirmativa correta.
 A) A audiência deverá prosseguir, pois não cabe a intimação das testemunhas, uma 
vez que não foi comprovado o convite a elas.
B) As testemunhas deverão ser intimadas porque a busca da verdade real é um 
princípio que deve sempre prevalecer.
C) As testemunhas deverão ser conduzidas coercitivamente, porque não se admite 
que descumpram seu dever de cidadania.
D) O feito deverá ser adiado para novo comparecimento espontâneo das 
testemunhas.
 
Comentário: art. 852-H, §3º da CLT: “§ 3º Só será deferida intimação de testemunha 
que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a 
testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva”. 
Alternativa correta: A
XX EXAME
Em audiência trabalhista sob o rito sumaríssimo, o advogado da ré aduziu que suas 
testemunhas estavam ausentes. Sem apresentar qualquer justificativa ou 
comprovante de comunicação às testemunhas, requereu o adiamento do feito. 
Diante disso, estando presentes as testemunhas do autor, o juiz indagou do 
advogado do autor se ele concordava ou não com o adiamento, requerendo 
justificativa. Sobre o caso relatado, na qualidade de advogado do autor, assinale a 
afirmativa correta.
A) Deve concordar com o adiamento, já que ausentes as testemunhas, essas 
poderão serintimadas para comparecimento na próxima audiência.
B) Deve se opor ao adiamento, requerendo o prosseguimento do feito, pois, não 
havendo comprovação do convite às testemunhas, a audiência não poderá ser 
adiada para intimação das mesmas.
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C) Deve se opor ao adiamento imediato, requerendo a oitiva de suas testemunhas 
e protestar por depoimentos pessoais para, na próxima audiência, serem ouvidas 
as testemunhas da ré.
D) Deve concordar com o adiamento, pois a lei não exige justificativa ou 
comprovação de convite às testemunhas.
COMENTÁRIOS: A resposta é encontrada no art. 852-H da CLT, que traz regras 
especiais sobre a produção da prova testemunhal no rito sumaríssimo. O §3º, que 
se aplica aqui, diz que a intimação das testemunhas ausentes depende de prova do 
convite feito às mesmas, o que não há na hipótese, impedindo o adiamento da 
audiência para intimação das testemunhas.
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Audiência
CONCEITO
No direito significa a realização de um ato, presidido pelo Juiz, no 
qual as partes se encontram com a finalidade de escutar tudo o que estes 
têm a dizer, colher as provas, tomar o depoimento das partes e das 
testemunhas.
No direito do trabalho, em vista do principio da celeridade 
processual, previsto no inciso LXXVIII do artigo 5° da Constituição Federal, 
a audiência trabalhista procura reunir a maior parte dos atos processuais 
em uma única audiência, a chamada audiência UNA, porém muitas vezes o 
juiz não consegue realizar todos os atos em uma única audiência em 
virtude da complexidade do ato ou até mesmo pelo numero de audiências 
quem tem que realizar em um dia, e em alguns casos as audiências são 
fracionadas.
 PRINCÍPIOS APLICÁVEIS NA AUDIÊNCIA TRABALHISTA
a) ORALIDADE – Normalmente os procedimentos na audiência trabalhista 
são feitos oralmente, não sendo necessário o uso da escrita, sendo que as 
partes devem expor ao magistrado, de forma objetiva, suas teses e 
pretensões.
b) PRIMAZIA DA REALIDADE – O juiz não deve se satisfazer apenas com as 
provas documentais, devendo ouvir as partes e verificar os fatos 
verdadeiros. Por exemplo, o empregado que sempre realizou horas extras, 
porem o empregador obrigava a anotar o cartão de ponto com o horário 
convencional de labor, nesse caso a prova documental não condiz com a 
realidade buscada.
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c) PRINCIPIO DA DESIGUALDADE – No direito processual trabalhista, o empregado 
é considerado a parte menos suficiente tendo em vista a realidade social, para que 
prevaleça a igualdade o magistrado deve tratar de forma diferenciada o 
empregado, em razão do artigo 9° da CLT, que prevê que serão nulos de pleno 
direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a 
aplicação dos preceitos contidos na CLT.
d) PRINCIPIO DO CONTRADITÓRIO – Previsto no inciso LV do artigo 5° da CF, 
estabelece que os acusados e litigantes possuem direito ao contraditório e a ampla 
defesa, assim todas as oportunidades concedidas a uma parte devem ser 
concedidas a outra.
e) PRINCIPIO DA PUBLICIDADE – No processo do trabalho, como em qualquer 
outro processo, de acordo com o artigo 813 da CLT, as audiências são públicas, 
exceto em alguns casos, como os que colocam o empregado em situação 
vexatória, serão realizadas em segredo de justiça.
 DESIGNAÇÃO E INSTALAÇÃO DA AUDIÊNCIA
Vale dizer que de acordo com o artigo 840 da CLT, a reclamação trabalhista 
poderá ser escrita ou verbal. Porém, quando realizada verbalmente, está deverá 
ser reduzida a termo.
Depois de recebida e protocolada a petição inicial o chefe de secretaria ou o 
escrivão, remeterá a segunda via ao reclamado que deverá comparecer em 
audiência a qual será marcada depois de cinco dias, respeitada a regra do art. 841 
da CLT. De acordo com o artigo 813 da CLT as audiências na justiça do trabalho 
deveram ser realizadas das 08h00min ás 18h00min horas em dias úteis e não 
poderão ultrapassar o limite de 5 horas seguidas, salvo em caso de urgência.
Em casos especiais poderá ser designado outro local para realização das 
audiências, mediante edital afixado e com 24 horas de antecedência. A notificação 
do reclamado em regra é realizada via postal, e presume-se recebida em 48 horas 
depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso 
desse prazo constitui ônus da prova do destinatário (súmula 16 do TST).
Na hora marcada o escrivão ou chefe de secretaria irá apregoar as partes, 
testemunha e demais pessoas que deveram comparecer.
Se até 15 minutos após a hora marcada, o juiz não houver comparecido, os 
presentes poderão retirar-se, devendo apenas constar no livro de registro das 
audiências.
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PARTES E TESTEMUNHAS
Deverão comparecer na audiência, além do magistrado e do escrivão, o 
reclamante e o reclamado, mesmo que sem os seus representantes (advogados).
Caso o reclamante não possa comparecer a audiência poderá fazer 
substituir-se por outro empregado ou pelo sindicato de sua categoria, frise-se que a 
substituição apenas é feita para que a audiência seja remarcada, pois apenas quem 
pode prestar o depoimento e relatar os fatos é o autor da ação (artigo 843, § 2° 
CLT). É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente ou qualquer outro 
preposto que tenha conhecimento dos fatos, art. 843 § 2º da CLT, visto que no caso 
concreto é muito difícil que o empregador disponha de tempo para comparecer a 
audiência na justiça laboral.
A jurisprudência tem entendido que o preposto do empregador deva ser 
necessariamente seu empregado, conforme súmula 377 do TST, exceto quando a 
reclamação de empregado doméstico, microempresa e empresa de pequeno porte.
“Súmula 377 do TST – preposto – exigência de condição de empregado – Exceto 
quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno 
empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. 
Inteligência do artigo 843, § 1º da CLT e do artigo 54 da LC 123/2006.”
As partes poderão fazer-se acompanhar de advogado, que deverá apresentar 
o competente mandato, que poderá ser tácito ou “apud acta” (apenas consta o 
nome do advogado na ata de audiência), com poderes simples, ou escrito, por 
instrumento particular ou público, com poderes específicos ou especiais. De acordo 
com o artigo 23 do código de ética de disciplina da OAB, o advogado não pode 
figurar ao mesmo tempo como preposto e patrono do empregador ou cliente.
 
AUSÊNCIA DAS PARTES E TESTEMUNHAS
O reclamante e o reclamado devem, obrigatoriamente e de acordo com o 
artigo 845 da CLT, comparecer à audiência, mesmo que não estejam 
acompanhados de seus representantes (advogados), sendo penalizada a parte 
ausente que não apresente justificativa. As partes devem convidar as testemunhas, 
que também devem comparecer independente de intimação ou notificação, pois é 
de interesse das partes a produção de prova testemunhal. As testemunhas que 
foram convidadas, mas mesmo assim não comparecerem, serão intimadas de oficio 
ou a requerimento da parte, podendo, ainda, serem conduzidas coercitivamente.
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Caso o reclamante não compareça à primeira audiência a reclamação 
trabalhista será arquivada e este, caso não seja beneficiário da justiça gratuita, será 
condenado ao pagamento das custas processuais no importe de 2% do valor dado à 
causa. Poderá propor novamente a ação.
Se a ação for arquivada pela segunda vez deverá ser respeitado o prazo 
contido no artigo 732 da CLT, podendo apenas propor pela terceira vez após seis 
meses entre a segunda e terceira vez, sendo que, de acordo com a súmula 268 do 
TST, interrompe-se a prescrição para os pedidos idênticos. Porém se move a 
terceira vez e não comparece, ocorre a perempção, assim não podendo promover 
nova reclamação contra o mesmo empregador.A ausência do reclamante quando já contestada a reclamação trabalhista, 
devidamente intimado da segunda audiência, não importa em arquivamento da 
ação e sim em confissão, inteligência das súmulas n° 9 e item I da súmula n° 74 do 
TST.
“Súmula TST n° 9 – AUSÊNCIA DO RECLAMANTE – A ausência do reclamante, 
quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa 
arquivamento do processo.”
“Súmula TST n° 74 – CONFISSÃO.
I – Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela 
cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria 
depor.”
De acordo com o artigo 844 da CLT, caso a reclamada não compareça à 
primeira audiência, ainda que presente seu advogado (súmula 122 TST), será 
declarada a revelia e confissão quanto à matéria de fato, desde que os fatos sejam 
reafirmados, pelo reclamante, em depoimento pessoal, nos termos do artigo 315 
da GP/CR 23/2006 do TRT da 2° Região. Caso esteja presente apenas o advogado, 
este poderá requerer a juntada, apenas, dos documentos que acompanham a 
defesa, nos termos do item II, súmula n° 74 do TST e de acordo com o artigo 317 do 
provimento GP/CR 23/2006 do TRT da segunda região, requerer a oitiva do 
reclamante, e ainda a oitiva de testemunhas de acordo com o artigo 9° da CLT.
“Súmula TST n° 74 – CONFISSÃO.
II – a prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com 
a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o 
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indeferimento de provas posteriores.
A revelia pode ser elidida com a apresentação de atestado médico que comprove a 
impossibilidade de locomoção do empregador ou do preposto, de acordo com a 
súmula n° 122 do TST.”
“Súmula TST n° 122 – REVELIA – ATESTADO MÉDICO – A reclamada, ausente à 
audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu 
advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a 
apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a 
impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da 
audiência.”
TIPOS DE AUDIÊNCIA
Via de regra e de acordo com o artigo 849 da CLT, a audiência trabalhista é 
UNA, ou seja, todos os atos devem ser praticados em uma única oportunidade, 
tais como a tentativa de conciliação, a apresentação de contestação, oitiva das 
partes, produção de todas as provas, julgamento e notificação das partes.
Porém, caso não seja possível realizar todos os atos em uma única audiência, 
o juiz poderá fracioná-la em audiência inicia, instrução e julgamento e julgamento.
- Inicial – o único objetivo é a busca da conciliação, caso a tentativa reste 
infrutífera, será recebida pelo juiz a defesa da reclamada, abrindo-se vista ao 
reclamante e a designação de uma nova audiência para que se de continuidade ao 
processo.
- Instrução e Julgamento – visa o colhimento de todas as provas, a oitiva das 
partes, das testemunhas do reclamante e do reclamado e todas as provas que o 
magistrado ache necessário, ocorrendo o julgamento ao final ou marcando outra 
data para o prosseguimento.
- Julgamento – nessa não é necessário a presença das partes, visto que seu 
objetivo é o julgamento do processo, sendo que as partes são comunicadas da 
decisão por oficial de justiça, via postal ou e-mail.
FASES DA AUDIÊNCIA
Tentativa conciliatória – logo no início da audiência, e de acordo com o 
artigo 846 da CLT, o juiz deve verificar se as partes já conversaram sobre um 
possível acordo, caso seja realizado o acordo entre as partes o juiz irá homologá-lo 
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e este é irrecorrível (art. 831, § 1° da CLT) apenas podendo ser impugnado através 
de ação rescisória (Súmula 259, TST).
Caso o juiz entenda que o acordo não é benéfico para uma das partes, de 
acordo com a súmula 418 do TST, não é obrigado a homologá-lo.
Caso as partes não tenham interesse em um acordo o juiz deve prosseguir a 
audiência.
Fase instrutória – caso não exista acordo, deve-se seguir para a instrução do 
processo, com a apresentação da defesa, que pode ser escrita ou oral, porém a 
praxe é a defesa escrita.
Após a apresentação da defesa será colhido o depoimento pessoal do 
reclamante e do reclamado, podendo o advogado fazer perguntas para o juiz que 
irá decidir se a pergunta é conveniente.
Logo em seguida será colhido o depoimento das testemunhas do reclamante 
e após o depoimento das testemunhas do reclamado, ou o inverso no caso de 
inversão do ônus da prova, também poderão ser feitas perguntas às testemunhas.
O advogado do reclamante poderá apresentar a sua replica oralmente ou por 
escrito ou também de forma remissiva.
Segunda tentativa conciliatória – Depois de colhidas todas as provas o juiz 
faz uma nova proposta de conciliação, caso recusada pelas partes segue para o 
julgamento.
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QUESTÕES COMENTADAS DOS ÚLTIMOS EXAMES
XV EXAME
1) Jorge, que presta serviços a uma companhia aérea na China, é autor de um 
processo em face da Viação Brasil S/A, sua ex-empregadora. Na data da audiência, 
Jorge estará, comprovadamente, trabalhando na China. Considerando que Jorge tem 
interesse no desfecho rápido de seu processo, deverá
 
A) requerer o adiamento para data próxima.
B) dar procuração com poderes específicos ao seu advogado para que este o 
represente.
C) fazer-se representar por outro empregado da mesma profissão ou pelo seu 
sindicato.
D) deixar arquivar a demanda e ajuizar uma nova.
 
Comentário: Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o 
reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus 
representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de 
Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato 
de sua categoria. (Redação dada pela Lei nº 6.667, de 3.7.1979)
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, 
não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se 
representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato. Alternativa correta: C
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Sequência de Atos
Processuais
1. Em regra a reclamação trabalhista (art. 840 CLT) poderá ser verbal ou 
escrita. Todavia algumas petições inicias trabalhistas são obrigatoriamente 
escritas: dissídio coletivo e inquérito judicial.
2. Notificação inicial postal automática do reclamado. (Art. 841 CLT). 
Nesse caso o servidor da secretaria da vara remeterá a segunda via da 
reclamação ao reclamado para que ele querendo compareça em audiência 
e apresente a sua defesa. Dessa forma juiz do trabalho apenas tem contato 
com a inicial em audiência.
3. Recebimento da notificação postal pelo reclamado. 
Presume-se recebida a notificação no prazo de 48 de sua postagem. 
O não recebimento ou a entrega após o decurso do prazo constitui ônus 
da prova do destinatário. Súmula 16 do TST. Obs. 2: considera-se válida a 
notificação entregue a qualquer empregado da empresa, ao porteiro ou 
zelador do edifício ou até mesmo depositada na caixa do correio. TST: 
não se exige a notificação pessoal, basta a entrega no endereço do 
reclamado.
Fique sabendo!
4. Audiência Trabalhista: 
• Entre o recebimento da notificação postal e a data da audiência deverá 
decorrer um prazo mínimo de 5 dias corridos. A audiência é em regra 
contínua/una (art. 849 CLT). A audiência apesar de una, na prática é 
dividida em: inicial, instrução e julgamento.
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• Em audiência o reclamante poderá ser substituído por um colega 
de profissão ou representante do sindicato, em caso de doença ou 
motivo ponderoso. A substituição se dará apenas para fins de 
justificar a falta do reclamante.
• O reclamado poderá ser substituído por gerente ou preposto que 
tenham conhecimento dos fatos.O conhecimento dos fatos não 
precisa ser direto (quem precisa disso é a testemunha). O TST 
entende que preposto deve ser empregado da empresa que 
representa, salvo se for microempresa ou ação contra empregador 
doméstico.
• Se o reclamante não comparece à audiência inicial o processo 
será extinto sem julgamento do mérito. Poderá entrar novamente 
no dia seguinte, se ele falta novamente, 2° arquivamento. Para 
entrar uma 3ª vez deverá esperar 6 meses. Havendo o 3° 
arquivamento ocorrerá a perempção da matéria.
No caso de ausência da reclamada em audiência inicial, será 
decretada a revelia, sendo consideradas verdadeiras todas as alegações, 
exceto insalubridade e periculosidade Caso o reclamante ou o reclamado 
não compareçam à audiência de instrução ficam condicionados à pena de 
confissão quanto à matéria de fato, não gerando o arquivamento nem 
revelia.
a) Aberta a audiência haverá a primeira tentativa de conciliação (art. 846 
CLT). Dois caminhos:
Acordo: termo de conciliação (art. 831, parágrafo único, da CLT)
Partes: (súmula 100, V, TST) trata-se de decisão irrecorrível, transitando 
em julgado na data da homologação judicial (e não na data de publicação). 
Todavia é cabível o ajuizamento de ação rescisória. Não cabe recurso, mas 
cabe ação Recisória. 
 
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INSS: é possível a interposição de recurso ordinário para a discussão de 
contribuições sociais. Prazo em dobro (16 dias) para o Recurso Ordinário.
b) Não havendo acordo, teremos a defesa do reclamado, na CLT art. 847 
temos que a defesa é oral (20 min) mas a praxe forense admite a defesa 
escrita.
c) Instrução, art. 848 CLT.
 Interrogatório e depoimento pessoal das partes
 Oitiva de testemunhas.
 Oitiva de peritos e assistentes técnicos
d) Razoes finais, não excedentes de 10 min para cada parte (art. 850 CLT); 
a jurisprudência admite memoriais escritos até após a sentença.
e) 2ª tentativa de conciliação (850 CLT)
f) Sentença (art. 852, CLT)
 
Súmula 259 TST. Conforme a sumula 418 do TST o juiz do trabalho não é 
obrigado a homologar um acordo, não sendo cabível a impetração de 
mandado de segurança. Art. 764, § 3ª CLT estabelece que é cabível o 
acordo em qualquer fase do processo.
Fique sabendo!
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Procedimento Sumaríssimo
• Abrange apenas dissídios individuais;
• Não é aplicado quando for parte a administração pública direta, 
autárquica e fundacional (fazenda pública). Aplicado para empresas 
públicas e sociedades de economia mista (pessoas jurídicas de direito 
privado).
• A reclamação trabalhista deverá respeitar requisitos específicos na 
inicial: pedido certo ou determinado (valor correspondente) = pedido 
líquido.
• O autor deverá indicar corretamente o nome e endereço do 
reclamado, não sendo cabível citação por edital. Caso um desses 
requisitos não seja observado a reclamação será arquivada e o 
reclamante será condenado ao pagamento de custas sobre o valor da 
causa.
• O recurso de revista é cabível em apenas duas hipóteses (art. 896, § 6° 
CLT)
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Provas
Os meios de produção de provas encontram-se disponíveis às partes 
para que possam, de forma ampla, demonstrar em juízo todos os fatos e 
evidências que almejam, bem como fundamentar-se nas mais diversas das 
vezes, com o sentido de influenciar o convencimento do julgador.
O Novo Código de Processo Civil, que é fonte subsidiária de aplicação 
no processo do trabalho, traz em seu artigo 369 que “As partes têm o 
direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente 
legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a 
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir 
eficazmente na convicção do juiz”. Ainda, não se pode deixar de mencionar 
a importância do objeto de prova estar devidamente ligado a fatos 
pertinentes, controvertidos e acima de tudo, fatos relevantes para o 
deslinde processual.
* DOS PRINCÍPIOS PROBATÓRIOS NO PROCESSO DO TRABALHO
1) Da Necessidade da Prova
Os fatos alegados em juízo, em especial os controvertidos, 
necessitam de provas para serem admitidos como verdadeiros, disto 
decorrendo o princípio da necessidade da prova. Com efeito, de acordo 
com os critérios estabelecidos na lei, a prova do fato incumbirá a quem a 
ele aproveite e, a necessidade está em que o Juiz não se pode deixar 
impressionar com meras alegações expendidas pelas partes, devendo-se 
obedecer a determinação legal de que o magistrado deve formar sua 
convicção segundo o conjunto fático-probatório apresentado nos autos. 
Em conseqüência disto, fica fatalmente afastada eventual parcialidade por 
parte do juízo, que não pode decidir a lide de acordo com seu 
entendimento pessoal. 
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2) Da Unidade da Prova
De acordo com esse princípio, a prova produzida nos autos deve ser 
valorada como um todo, de modo que fica afastada a possibilidade de decisão do 
magistrado em favor de apenas uma das partes, com exceção dos casos em que 
a controvérsia permitir o acolhimento de apenas uma das versões apresentadas 
nos autos.
Desta forma, segundo o aludido princípio, deve ser apreciado no todo o conjunto 
probatório (documentos, testemunhas, perícias e demais meios admitidos em 
lei) para verificação dos fatos que originaram os pedidos dos litigantes.
3) Da Lealdade ou Probidade da Prova
O princípio da lealdade da prova está intimamente ligado com a busca da 
verdade real, que veda o acolhimento de versões fáticas falsas em prejuízo de 
alguma das partes ou com o fim de obter-se objetivo ilegal. A prova, tal como o 
processo em geral, tem um propósito marcadamente ético; por isso, em um 
plano ideal se pode afirmar que todos os sujeitos do processo (Juiz, partes, 
advogados e o mais) têm interesse em que a verdade dos fatos seja encontrada, 
pura, sem laivos de meia-verdade ou de falsa-verdade. 
4) Da Igualdade de Oportunidades
Às partes é conferida a faculdade de, querendo, produzir provas, conforme já 
referido anteriormente. Por força do princípio da igualdade de oportunidades, 
“aos litigantes se deve conceder a mesma oportunidade para requererem a 
produção de provas, ou para produzi-las, sob pena de infringência dessa garantia 
conduzir, virtualmente, à nulidade do processo, por restrição do direito de 
defesa”. Porém, o mesmo autor da citação anterior afirma que só o prejuízo da 
parte não é suficiente para que seja reconhecida e declarada a nulidade 
processual, mas a isso deve somar-se a argüição correlata no primeiro momento 
em que lhe for oportunizada manifestação nos autos ou em audiência (por meio 
de “protesto”), segundo a regra do artigo 795 da CLT.
5) Da Legalidade
A produção probatória deve obedecer a preceitos legais, observando-se 
critérios como tempo, lugar, meio, adequação, entre outros. Diante disso, 
observa-se que tal princípio veda o livre-arbítrio das partes no tocante aos meios 
probatórios utilizados para provar os fatos atrelados à demanda.
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6) Da Obrigatoriedade da Prova
O princípio da obrigatoriedade da prova vincula o juiz a proceder o 
julgamento segundo as provas produzidas no processo, fundamento devidamente 
seu entendimento, não podendo contrariá-las, não ficando afastado, porém o 
princípio do livre convencimento, através do qual o juiz “possa atender a outros 
fatos e circunstâncias mencionadas nos autos, como faculta a lei, ainda que não 
tenham sido alegados pelas partes”.
● A PROVA EMPRESTADA
A utilização desta prova encontra amparo nos princípios da 
instrumentalidade das formas e da economia e celeridade processual, bem como 
seu uso deve ser pautado nos princípios do contraditório, da ampla defesa, da 
legalidade e da proibição das provas ilícitas. No entanto, deve-se ater que a 
utilização desse meio de prova encontra muita resistênciaem nosso ordenamento 
jurídico. A jurisprudência trabalhista vem entendendo pela admissibilidade da 
prova emprestada nos casos em que exista contemporaneidade com a época de 
prestação de serviços, e em casos em que seja oportunizado o contraditório, para 
que a parte contrária na relação processual possa se manifestar quanto à 
produção da prova.
Um exemplo atual de utilização de prova emprestada na Justiça do Trabalho 
diz respeito à utilização de prova pericial emprestada nos casos em que ocorra a 
desativação ou desaparecimento do local de trabalho. A esse respeito, é possível 
observar a redação da OJ 278 da SDI-1 do TST, a qual estabelece que “a realização 
de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for 
possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o 
julgador utilizar-se de outros meios de prova”.
● AS PRESUNÇÕES JURÍDICAS
As presunções, no âmbito dos meios de prova, estão ligadas às suposições 
quanto à existência e veracidade de determinados fatos, ou mesmo, acerca da 
validade de certos documentos. A presunção pode encontrar seu supedâneo na 
lei, em experiências anteriores e até mesmo em costumes.
As presunções absolutas, também denominadas de presunções jure et de 
jure, são presunções das quais não se admite prova em contrário. Presume-se aqui 
uma verdade absoluta e inafastável. 
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Um exemplo, comumente utilizado pela doutrina no que tange à 
presunção absoluta, diz respeito ao artigo 482, “d” da CLT, o qual assegura a 
dispensa por justa causa para o empregado condenado criminalmente com 
trânsito em julgado.
No que diz respeito às presunções relativas, também denominadas 
presunções juris tantum, admitem-se as provas em sentido contrário. Aqui não 
existe uma verdade absoluta, pois, qualquer meio de prova pode ser hábil em 
elidir as presunções relativas. Como exemplo, a Súmula 12 do TST assevera que 
“as anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado 
não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris tantum.”
● VALORAÇÃO DA PROVA
De acordo com o sistema de valoração de provas do livre convencimento 
motivado, o qual vigora em nosso ordenamento jurídico, o juiz possui ampla 
liberdade para valoração da prova em observância ao princípio da persuasão 
racional. O artigo 765 da CLT estabelece que “os juízos e Tribunais do Trabalho 
terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido 
das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao 
esclarecimento delas”. Da mesma forma, o artigo 371 do NCPC corrobora esse 
entendimento ao disciplinar que “O juiz apreciará a prova constante dos autos, 
independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as 
razões da formação de seu convencimento”.
Não obstante, existem situações que podem acabar trazendo dúvidas ao 
julgador enquanto na apreciação da prova. Diante de tal situação faz-se 
necessária observação de alguns critérios norteadores para a valoração da 
prova por parte do magistrado, conforme assevera a melhor doutrina, quais 
sejam: a) aplicação do princípio in dúbio pro operário no processo trabalhista; 
b) não aplicação do princípio in dúbio pro operário e total observância de 
decisão contra quem detinha o ônus da prova; e c) aplicação do princípio da 
persuasão racional.
Destarte que diante dessas três possibilidades, o entendimento 
jurisprudencial majoritário é no sentido de não aplicação do princípio in dúbio 
pro operário ao processo do trabalho, devendo o juiz decidir em casos de 
dúvidas quanto à apreciação da prova, contra a parte que detinha o ônus da 
prova, conforme o julgado que se segue:
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● AS PROVAS DOCUMENTAIS
As provas que são produzidas através de documentos, no processo 
trabalhista encontram seu amparo na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) 
em seus artigos 777, 780, 787, 830 e se necessário, subsidiariamente dentro do 
Código de Processo Civil. O documento é o meio idôneo utilizado como prova 
material da existência de um fato, abrangendo não só os escritos, mas também 
os gráficos, as fotografias os desenhos, reproduções cinematográficas, etc.
Em se tratando de cópias de provas documentais na Justiça do Trabalho, 
as mesmas serão autenticadas pelo advogado, sob sua responsabilidade, 
conforme é preconizado na CLT, em seu artigo 830, e só quando necessário será 
solicitado que a parte que os pediu, apresente os originais; a parte que a 
produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o 
original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e 
certificar a conformidade entre esses documentos. Diversas provas só podem 
ser comprovadas através de documentos escritos. Conforme o artigo 464, da 
CLT, a comprovação de pagamento de salário só pode se dar através de prova 
documental, não sendo aceita pelo juiz a prova testemunhal.
Da mesma forma ocorre com a comprovação das horas extras (art. 59, 
CLT).
Outro ponto a ser citado, não menos importante, é o caso do registro de 
entrada e saída dos funcionários que deve ser registrado de maneira manual, 
mecânica ou eletrônica. (Art. 74, § 2º, da CLT).
● PROVAS PERICIAIS
A produção da prova pericial, no processo do trabalho, poderá ser 
requerida pela parte ou determinada pelo juiz quando o mesmo julgar 
necessário que uma prova seja avaliada a partir de conhecimentos técnicos e 
científicos, conforme preleciona o artigo 156 do NCPC.
A CLT previa a produção de provas periciais em seu artigo 826, no qual 
cada parte poderia escolher seu perito, que apenas prestava o compromisso 
com a verdade. Todavia este dispositivo foi revogado pela Lei nº 5.584/1970, 
passando esta a vigorar no ordenamento jurídico com a seguinte redação:
Art. 3º Os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo 
Juiz, que fixará o prazo para entrega do laudo.
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Parágrafo único. Permitir-se-á a cada parte a indicação de um assistente, cujo 
laudo terá que ser apresentado no mesmo prazo assinado para o perito, sob pena 
de ser desentranhado dos autos.
Tal medida vem para que não haja divergência nas provas, o que traria confusão 
ao juiz e com isso dificuldade para julgar o caso. Sendo assim, para evitar que 
haja parcialidade na produção de alguns tipos de prova, sempre que possível, os 
peritos devem ser agentes do Estado.
Por vezes uma das partes pede que seja realizada prova pericial, todavia se 
o juiz avaliar que tal prova não se faz necessária ou que será impossível 
produzi-la, e até mesmo quando o elemento probatório for tão nítido que não se 
faz necessário conhecimento técnico para percebê-lo, o juiz poderá indeferir o 
pedido de perícia, conforme descrito no Código de Processo Civil, em seu artigo 
464.
● PROVAS TESTEMUNHAIS
Testemunha é um terceiro em relação á lide que vem prestar depoimento 
em juízo, por ter conhecimento dos fatos narrados pelas partes. A testemunha é 
a maneira mais insegura de se produzir provas, porém se tornou muito usada na 
justiça do trabalho, já que por vezes é a única maneira do reclamante fazer prova 
referente às suas alegações. Isso ocorre, pois, na maioria dos casos os 
reclamantes não têm acesso aos documentos que ficam em poder da empresa. 
Entretanto, algumas pessoas são impedidas de ser testemunha na justiça do 
trabalho, conforme estabelece o art. 228 do Código Civil, sendo elas:
Art. 228.Não podem ser admitidos como testemunhas:
I – os menores de dezesseis anos;
IV – o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V – os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro 
grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade.
§1º Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o 
depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
§ 2o A pessoa com deficiênciapoderá testemunhar em igualdade de condições 
com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos de tecnologia 
assistiva.
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O art. 829 da CLT prevê que o testemunho de parente até o terceiro grau civil, 
amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes não terá eficácia, sendo que 
seu depoimento valerá como simples informação. Porém, cumpre salientar 
nosso entendimento de que é um tanto difícil a definição e comprovação de 
“amigo íntimo” e “inimigo íntimo”.
● Provas no novo CPC e seus reflexos no Processo do Trabalho
A Ética está diretamente ligada a produção de provas, conforme vemos no 
art. 273 do NCPC – adotou-se a Teoria Dinâmica da Distribuição do ônus da 
Prova ou seja: não haverá mais a situação estática de (Autor prova fato 
constitutivo, Réu prova fato impeditivo, modificativo e extintivo). Agora o Juiz 
da causa, analisando quem tem mais possibilidade de trazer a prova, pode fazer 
uma mudança na distribuição do ônus probandi.
A súmula 338 TST - I - E ônus do empregador que conta com mais de 10 
(dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da 
CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera 
presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida 
por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 
21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em 
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 
da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes 
são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às 
horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial 
se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)
Outra coisa importante, é a fundamentação da distribuição da prova (o 
porque distribuiu a produção de uma determinada prova daquela maneira), 
permitindo que a parte se prepare para produzir sua prova, sendo 
fundamentada essa distribuição durante a instrução e não na fase de 
julgamento.
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● Do ônus da prova no Processo do Trabalho
No processo civil é vigente a ideia de que ao autor cumpre provar os fatos 
constitutivos de seu direito e ao réu cumpre fazer prova dos fatos modificativos, 
impeditivos e extintivos do direito do autor, constando tal regra em expressa 
disposição no artigo 373 do NCPC.
Porém, há divergências doutrinárias a cerca da aplicação supletiva do artigo 
deste artigo ao processo do trabalho.
Há quem afirme que este dispositivo é inaplicável ao processo do trabalho, 
alegando que inexiste omissão sobre a distribuição do ônus da prova na CLT a 
justificar a aplicação subsidiária das disposições do processo civil. Nestes termos, 
entende que a disposição constante no artigo 818 da CLT de que “A prova das 
alegações incumbe à parte que as fizer” é suficiente para solucionar as controvérsias 
trabalhistas.
Ademais, ressaltam que os artigos em questão, inclusive, encerram efeitos 
processuais diversos, o que faz mediante a apresentação do seguinte exemplo:
“[…] O empregado alega que foi despedido sem justa causa legal (logo, a princípio o 
ônus probandi é seu); o réu, entrementes, afirma que não o despediu (mas não alega 
abandono de emprego). Não provando o empregado o despedimento injusto, o seu 
pedido (indenização, aviso prévio, etc.), à luz do processo civil seria rejeitado, na 
medida em que o fato era constitutivo do seu direito, sendo certo que o réu, ao 
negar a despedida, não opôs nenhum dos fatos integrantes da tríade (impeditivos, 
modificativos e extintivos) a que o legislador civil jungiu em matéria de ônus da 
prova.” Assim, aplicando-se o artigo 373 do NCPC ao caso exemplificado, não seria 
obtida a solução da controvérsia, enquanto, segundo o artigo 818 da CLT, seria ônus 
da prova do réu a ausência de dispensa do empregado, sob pena de confissão ficta 
quanto aos fatos alegados pelo autor.
Esses portanto, consideram que há incompatibilidade entre os critérios 
estatuídos no CPC e na CLT, não havendo que se falar que o artigo 818 do último 
diploma é insuficiente para solucionar questões sobre o ônus da prova no processo 
do trabalho.
Outra corrente, por sua vez, admite a adoção do artigo 373 do NCPC ao 
processo do trabalho, não como meio de suprir omissões do artigo 818 do CLT 
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(que são entendidas como inexistentes), mas sim em caráter de 
complementaridade e esclarecimento, sendo necessária a transcrição do seguinte 
comentário:
“[…] Se interpretássemos essa regra ao pé da letra, chegaríamos a situações 
inusitadas. Se o reclamante alegasse que trabalhava em certo horário, seria dele a 
prova. Se na contestação a empresa alegasse que o horário era outro, seria ela que 
teria de fazer a prova. Contudo, se o reclamante alegasse outra coisa na réplica, 
então o ônus da prova retornaria a ele. Assim, teríamos um entendimento elástico 
do que viria a ser ônus da prova com base na regra do art. 818 da CLT. No entanto, 
essa orientação deve ser complementada pelo art. 373 do CPC.”
Importante ressaltar que a distribuição do ônus da prova, segundo os critérios 
do artigo do CPC foi expressamente acolhida pelo TST, segundo o qual compete ao 
empregador fazer prova dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito 
do obreiro à equiparação salarial. Há outros que entendem estarem as regras 
estatuídas no CPC diretamente relacionadas com o princípio da aptidão para a 
prova, sendo o artigo 818 da CLT insuficiente para a solução de conflitos.
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Processo de Conhecimento
Petição Inicial: A Petição Inicial é o ato pelo qual o processo se inicia, 
traçando os limites da lide, tendo em vista que a sentença do Juiz deve 
ficar restrita ao seu conteúdo. Seus requisitos encontram-se elencados no 
art. 840 da CLT, vejamos:
Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente 
da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do 
reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte 
o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu 
representante.
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias 
datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no 
que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Audiência Trabalhista
A Audiência Trabalhista é onde se realiza quase a totalidade da fase 
probatória. As Audiências podem ser: a) Unas ou b) Bipartidas. O horário 
das Audiências deverá ser entre às 08:00hs e 18:00hs, em dias úteis, ainda, 
deverá esta ter, no máximo, 5 (cinco) horas seguidas, salvo nas hipóteses 
de haver matéria urgente. 
As audiências são públicas, exceto nos processos que tramitam em 
segredo de justiça. O segredo de justiça poderá ser decretado quando: a) 
houver exigência de interesse público; b) a ação disser respeito a questões 
de Direito de Família.
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A ausência do reclamante importará no arquivamento do processo, 
ainda que o reclamado também esteja ausente na audiência inicial. 
Ademais, acaso o reclamante der causa a dois arquivamentos, ficará 
impossibilitado de ajuizar a ação pelo prazo de 6 meses. Bem assim, em 
caso de ausência do reclamado, este irá arcar com o reconhecimento de 
sua revelia, aplicando-se, inclusive, os efeitos de sua confissão ficta.
Fique sabendo!
Resposta ao Réu
Após a primeira tentativa de acordo, o réu terá 20 minutos para 
apresentar a sua defesa de forma oral. É praxe, entretanto, que o 
reclamado já a leve impressa em papel. 
A resposta poderá ser: a) Exceção: as exceções são espécies

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