Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VI – Propriedades Mecânicas dos Metais Analisador de dureza Rockwell. Departamento de Engenharia de Materiais EM 737- Tecnologia de Ligas Metálicas Dr. Ivaldo Leão Ferreira Grupo de Pesquisa em Solidificação DEMA-FEM-UNICAMP 6.1 Introdução � Materiais quando em serviço estão sujeitos a esforços. O comportamento mecânico do material reflete a sua resposta ao esforço aplicado. � As propriedades mecânicas são avaliadas por execução de experimentos em laboratórios. � A natureza da carga pode ser: tração, compressão, cisalhamento e torção. Propriedades Mecânicas dos Metais cisalhamento e torção. � As condições de carregamento dos corpos-de-prova podem ser constantes ao longo do tempo ou variar continuamente, assim como as condições ambientes de ensaio. 6.1 Introdução � A natureza da carga pode ser: tração, compressão, cisalhamento e torção. Propriedades Mecânicas dos Metais 6.1 Introdução � Os ensaios utilizam corpos-de-prova padronizados segundo normas de ensaios, tais como ASTM, ABNT, DIN, etc. � No Brasil prevalece a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Nos EUAs prevalece a ASTM – American Society for Testing and Materials. Na Alemanha a DIN – Deutsches Institut für Normung. Propriedades Mecânicas dos Metais � A função do engenheiro metalúrgico e de materiais está na produção e fabricação de materiais para atender as exigências de serviços conforme previsto por análises de tensões. 6.2 Conceitos de Tensão Deformação � Se uma carga é estática, ou se esta se altera de forma relativamente lenta ao longo do tempo, sendo aplicada uniformemente sobre uma seção reta do corpo-de-prova, o comportamento mecânico pode ser analisado por um gráfico tensão em função da deformação. � São possíveis três formas de aplicação das cargas: Tração, compressão e cisalhamento. Propriedades Mecânicas dos Metais compressão e cisalhamento. 6.2 Ensaio de Tração � Definição: Aplicação de uma carga uniaxial de tração em um corpo-de-prova geralmente cilíndrico e maciço; Mede-se a variação comprimento como função da aplicação da carga; Fornece dados quantitativos e é o ensaio mais amplamente utilizado; Sofre influência: Temperatura, velocidade, anisotropia, Propriedades Mecânicas dos Metais � Equipamento: Pode ser mecânico ou hidráulico, com uma parte fixa e outra móvel, responsável pela aplicação de carga trativa uniaxial. Registra-se σ (tensão) em função de ε (deformação). Sofre influência: Temperatura, velocidade, anisotropia, microestrutura, tratamento térmico, ambiente. 6.2 Ensaio de Tração l P Propriedades Mecânicas dos Metais P So lo 6.2 Ensaio de Tração Propriedades Mecânicas dos Metais 6.2 Ensaio de Tração � Corpo-de-Prova: Geralmente barra cilíndrica; comprimento lo e diâmetro d0; 50 ±±±±0,1 e R 12,5 57 12.5 ±±±±0,2 200 62,5 ±±±±0,1 d R 10 75 12.5 ±±±±0,2 200 Carga: Tensão Convencional de Engenharia; Propriedades Mecânicas dos Metais � Carga: Tensão Convencional de Engenharia; 0S P C =σ � Carga: Deformação Convencional de Engenharia; 00 0 l l l ll f C ∆ = − =ε 1 Pa = 1 N/m2 = 10 kgf/mm2 1 MPa = 106 Pa [adimensional] = [mm/mm] 6.2 Ensaio de Tração Propriedades Mecânicas dos Metais 6.2 Ensaio de Compressão � Definição: Conduzido de forma semelhante ao de tração, exceto pela força compressiva e que o corpo-de-prova se contrai ao longo da direção de aplicação da tensão; As mesmas equações empregadas no ensaio de tração são utilizadas no ensaio de compressão; P =σ 0 lll f ∆ = − =ε Propriedades Mecânicas dos Metais � A carga compressiva é por definição negativa, o que produz tensão negativa. As deformações compressivas são também negativas. 0S P C =σ 00 0 l l l ll f C ∆ = − =ε � Em relação ao ensaio de tração, pouca informação adicional é obtida. Aplicado a materiais onde ocorre grandes deformações como em aplicações de fabricação. 6.2 Ensaio de Compressão � Definição: Conduzido de forma semelhante ao de tração, exceto pela força compressiva e que o corpo-de-prova se contrai ao longo da direção de aplicação da tensão; P D Placa Móvel P Trinca e Propriedades Mecânicas dos Metais P h0h D0 D ff Mesa Corpo de prova P h0hf Corpo de prova Trinca e ruptura 6.2 Ensaio de Cisalhamento e Torção � Definição: Conduzido de forma que a força aplicada é puramente cisalhante; � A deformação de cisalhamento γ é definida como a tangente do ângulo de deformação θ. Propriedades Mecânicas dos Metais 0S P =τ 6.2 Ensaio de Cisalhamento e Torção � Definição: A torção é uma variação do cisalhamento puro, onde o componente é torcido e as forças torcionais produzem um movimento de rotação em torno do eixo longitudinal. ττττ ττττmáx θθθθ D = 2R �r dS ττττ Propriedades Mecânicas dos Metais dR dS ( C )( B ) D = 2R l �ττττ �r Mt ( A ) ττττ ττττ I r dSr r dSrM rDr r t ττ τ === ∫∫ = = 0 2 2 0 . 6.2 Considerações Geométricas � Um corpo-de-prova cilíndrico sujeito a uma tensão de tração σ sendo aplicada paralelamente ao eixo. Considere um plano p-p’ orientado segundo um ângulo arbitrário θ em relação ao plano da face na extremidade do corpo-de-prova. Então sobre o plano p-p’ a tensão não é mais puramente tração é suas componentes de tração e cisalhamento segundo a mecânica dos materiais, em termos de σ e θ, logo Propriedades Mecânicas dos Metais + ==′ 2 2cos1 cos2 θ σθσσ ==′ 2 2sen cos.sen θ σθθστ e, 6.3 Deformação Elástica – Tensão x Def � O grau de deformação de um material depende da magnitude da tensão imposta. εσ E= � Para a maioria dos metais a tensão e a deformação são proporcionais entre si na região elástica, de acordo com a Lei de Hook, E – Módulo de Elasticidade ou módulo de Young [GPa ou psi]; Propriedades Mecânicas dos Metais � A deformação elástica ocorre quando tensão e deformação são proporcionais não havendo deformação permanente (A). � No gráfico tensão versus deformação, o coeficiente linear da curva até o limite onde nenhuma deformação permanente seja observada é o módulo de elasticidade, E. � O módulo de elasticidade é uma medida da rigidez ou resistência do material a deformação elástica. 6.2 Ensaio de Tração Propriedades Mecânicas dos Metais 6.3 Deformação Elástica – Tensão x Def � A região elástica – Método do carregamento- descarregamento Propriedades Mecânicas dos Metais � Para um comportamento não-linear, a determinação de módulo de elasticidade pode ser através dos métodos da secante, tangente e da histerese mecânica. 6.3 Deformação Elástica – Tensão x Def � Em escala atômica, a deformação elástica macroscópica se manifesta como pequenas alterações no espaçamento interatômico. � Assim, a magnitude do módulo de elasticidade representa a medida da resistência à separação de átomos adjacentes, ou força de ligação interatômica. dF Propriedades Mecânicas dos Metais 0rr dr dFE = ∝ Alumínio (B) Aço (A) σσσσ εεεεεεεεA = 0,001 εεεε B = 0,003 σσσσ 210 MPa 6.3 Deformação Elástica – Tensão x Def � Assim, a magnitude do módulo de elasticidade representa a medida da resistência à separação de átomos adjacentes, ou força de ligação interatômica. Força, F dr dF Propriedades Mecânicas dos Metais Separação, r 6.3 Deformação Elástica – Tensão x Def MetalMetal TTFF (ºC)(ºC) MóduloMódulo de Elasticidadede Elasticidade (MPa)(MPa) Chumbo (Pb) 327 14.000 Magnésio (Mg) 650 45.500 Alumínio (Al)660 70.000 Propriedades Mecânicas dos Metais Prata (Ag) 962 72.000 Ouro (Au) 1064 79.000 Cobre (Cu) 1085 127.000 Níquel (Ni) 1453 209.000 Ferro (Fe) 1538 210.000 Molibdênio (Mo) 2610 304.000 Tungstênio (W) 3410 414.000 6.3 Deformação Elástica – Tensão x Def � Considerações quanto ao Módulo de Elasticidade: � Quanto maior o módulo de elasticidade maior a temperatura de fusão; � Desta forma, oupolímerosmetaiscerâmi EEE >>cos covalentemetálicoiônico EEE >> � O aumento da temperatura decresce a magnitude do módulo de elasticidade; Propriedades Mecânicas dos Metais 6.3 Deformação Elástica – Tensão x Def Propriedades Mecânicas dos Metais 6.3 Deformação Elástica – Tensão x Def � A tensão e a deformação de cisalhamento são também proporcionais, podendo ser descrita da forma, γτ G= onde, G representa o módulo de cisalhamento ou transversal, correspondendo a curva tensão-deformação de cisalhamento. Propriedades Mecânicas dos Metais Liga Metálica / Metal Módulo de Elasticidade, E [GPa] Módulo de Cisalhamento, G [GPa] Al 69 25 Cu 110 46 Aço 207 83 Ti 107 45 W 407 160 6.4 Anelasticidade � A deformação elástica não é independente do tempo; � Para a maioria dos materiais empregados em engenharia, existirá uma componente de deformação elástica que é dependente do tempo; � A deformação elástica continuará mesmo após o descarregamento da tensão de tração por um tempo finito para que o corpo-de-prova retorne ao comprimento inicial; Propriedades Mecânicas dos Metais para que o corpo-de-prova retorne ao comprimento inicial; � A este comportamento dar-se o nome de anelasticidade devido aos processos microscópicos e atomísticos que acompanham a deformação; � Para materiais poliméricos, esta componente é significativa sendo conhecida por comportamento viscoelástico. 6.5 Propriedades Elásticas dos Materiais � Quando uma tensão de tração é imposta numa direção z, o material deforma-se na direção z e sofre constrição nas direções laterais x e y como conseqüência. � Se a tensão aplicada for unilateral e se o material for isotrópico, εy = εx. O coeficiente de Poisson, define a razão entre a deformação axial e lateral. σσσσ Propriedades Mecânicas dos Metais σσσσ z σσσσ z x z y z y z x ε ε ε ε ν −=−= Para metais : 0,25 a 0,35 Para cerâmicos : 0,20 a 0,30 Para polímeros : 0,30 a 0,50 Valor teórico : 0,25 6.5 Propriedades Elásticas dos Materiais � Para materiais isotrópicos, os módulos de cisalhamento e de elasticidade se relacionam pela expressão ( )ν+= 12GE � Para maioria dos metais, EG 4,0≅ � Para materiais anisotrópicos, as propriedades elásticas Propriedades Mecânicas dos Metais � Para materiais anisotrópicos, as propriedades elásticas somente são completamente determinadas pela especificação de diversas constantes devido a variação das mesmas nas diversas direções cristalográficas. 6.6 Deformação Plástica � Para maioria dos metais, para deformações além de 0.005, a tensão não será mais proporcional a deformação, ocorrendo uma deformação permanente e não recuperável ou plástica. Propriedades Mecânicas dos Metais 6.6 Deformação Plástica � A partir de uma perspectiva atômica, a deformação plástica corresponde a quebra de ligações com átomos vizinhos originais com formação em seguida de novas ligações com novos átomos vizinhos. Propriedades Mecânicas dos Metais � Em materiais não-cristalinos, a deformação plástica ocorre mediante escoamento viscoso. 6.6 Escoamento e Limite de Escoamento � Projeta-se estruturas e componentes somente dentro da região elástica. � Torna-se importante o conhecimento do nível de tensão onde ocorre o escoamento. � Alguns metais apresentam transição elastoplástica gradual, chamado de limite de proporcionalidade. Propriedades Mecânicas dos Metais 6.6 Escoamento e Limite de Escoamento � Para certas ligas metálicas este limite pode não ser determinado com precisão. � Por convenção, constrói-se uma linha reta paralela a porção elástica com deformação de 0,002 para metais e ligas em geral. A intersecção desta linha com a curva tensão- deformação, caracterizando a tensão limite de escoamento. A tensão associada é a tensão limite de escoamento. Propriedades Mecânicas dos Metais Metais e ligas em geral : n = 0,2 % (εεεε = 0,002) Cobre e suas ligas: n = 0,5 % (εεεε = 0,005) Ligas metálicas duras: n = 0,1 % (εεεε = 0,001) Cerâmicos : n = 0,1 % (εεεε = 0,001) 6.6 Escoamento e Limite de Escoamento Propriedades Mecânicas dos Metais 6.6 Limite de Resistência à Tração � Após o escoamento, a tensão necessária para continuar a deformação aumenta até um valor máximo, M e então diminui até a fratura do material no ponto F. Propriedades Mecânicas dos Metais Metais Polímeros � O limite de resistência à tração é a tensão no ponto máximo da curva tensão-deformação de engenharia. 6.6 Limite de Resistência à Tração � Na tensão máxima uma constrição ou empescoçamento começa a se formar no corpo-de-prova. � A resistência à fratura corresponde a tensão aplicada quando ocorre a fratura. Propriedades Mecânicas dos Metais Metais 6.6 Limite de Resistência à Tração � Observação: Para fins de projeto de estruturas e componentes a tensão limite de escoamento é o parâmetro utilizado. Propriedades Mecânicas dos Metais 6.6 Ductilidade � A ductilidade é uma medida do grau de deformação plástica suportado quando ocorreu a fratura. � Quanto a ductilidade uma material pode ser considerado como dúctil ou frágil. Propriedades Mecânicas dos Metais 6.6 Ductilidade � A ductilidade pode ser expressa em termos do alongamento percentual, 100% 0 0 x l ll AL f − = onde lf representa o comprimento no momento da fratura. � A ductilidade também pode ser expressa em termos do Propriedades Mecânicas dos Metais � A ductilidade também pode ser expressa em termos do redução de área percentual, 100% 0 0 x S SS RA f − = onde Sf representa a área do corpo-de-prova no momento da fratura. OBS.: As magnitudes de AL% e RA% são em geral diferentes. 6.6 Ductilidade � Também é a medida que uma peça se deforma plasticamente antes de fraturar, sendo importante em operações de fabricação (laminação, extrusão, forjamento, estampagem, etc...). � Por convenção, materiais frágeis são aqueles que a deformação de fratura é inferior a 5%. � A magnitude das tensões limite de escoamento e limite de Propriedades Mecânicas dos Metais � A magnitude das tensões limite de escoamento e limite de resistência à tração diminui com aumento de temperatura. O módulo de elasticidade é insensível a tratamentos térmicos. 6.6 Ductilidade � Influência da temperatura sobre a ductilidade (φ), tensão de escoamento (σe) e tensão última (σu). − = 0 0 S SS fϕ Propriedades Mecânicas dos Metais 6.6 Resiliência � É a capacidade do material absorver energia quando deformado elasticamente, e recuperá-la após o descarregamento. ∫= e dU r ε εσ 0 � Para uma região elástica linear, Propriedades Mecânicas dos Metais � Para uma região elástica linear, eerU εσ2 1 = � Aplicando a Lei de Hook, logo, EU e eer 22 1 2σ εσ ==εσ E= � Materiais resilientes são aqueles que apresentam elevados limites de escoamento e pequenos módulos de elasticidade, sendo usados como molas. 6.6 Tenacidade � É a capacidade do material absorver energia até a sua fratura. Propriedades Mecânicas dos Metais εεεε σσσσ 0 εεεεf Material Dúctil (A) Área de um retângulo f ue tU ε σσ 2 + = εεεε σσσσ 0 Material Frágil (B) futU εσ3 2 = εεεεf6.7 Tensão e Deformação Real � Na tensão convencional de engenharia no ponto de tensão máxima, ponto U, aparenta que o material se tornou mais fraco, todavia este efeito é ilusório devido a secção transversal utilizada na tensão convencional ser mantida constante e igual a S0. S P C =σ U σ Real FA � Tensão convencional, σC: Propriedades Mecânicas dos Metais 0S C =σ ε0 Convencional FA � Tensão real, σR: S P R =σ � Deformação real, εR : 0 0 l ll C − =ε logo, l dld R =ε 6.7 Tensão e Deformação Real � Deformação real, εR (até o ponto anterior a estricção ): � Deformação Convencional, εC : 0 0 l ll C − =ε l dld =ε ∴ ∫= l l R l dl 0 ε ∴ 0 ln l l R =ε Havendo conservação do volume, Propriedades Mecânicas dos Metais Havendo conservação do volume, cte00 == lSlS ∴ dSldlS −= ∴ S S S dS l dl S S R l l 0ln 00 =−== ∫∫ ε 1 0 += Cl l ε ∴ ( )1lnln 0 += Cl l ε ∴ ( )1ln += CR εε 6.7 Tensão e Deformação Real � Tensão real, εR (até o ponto anterior a estricção ): Logo, ( )CR S S εε +== 1lnln 0 ∴ S S C = + ε1 0 S P R =σ ∴ ( )C C R S P S P ε ε σ += + = 1 1 00 ∴ ( )CCR εσσ += 1 � Estas equações são válidas até o surgimento do Propriedades Mecânicas dos Metais � Estas equações são válidas até o surgimento do empescoçamento do corpo-de-prova. 6.7 Tensão e Deformação Real � Além da região de empescoçamento, utiliza-se a seguinte relação, n RR Kεσ = Onde K e n são constantes que dependem do material. O parâmetro n é denominado expoente de encruamento e apresenta valor inferior a unidade. Propriedades Mecânicas dos Metais 6.7 Tensão e Deformação Real � Além da região de empescoçamento, utiliza-se a seguinte relação, n RR Kεσ = Liga Metálica / Metal n K [MPa] Aço Baixo C 0,26 530 Aço 4340 0,15 640 Propriedades Mecânicas dos Metais Aço 4340 0,15 640 Aço Inox 304 0,45 1275 Alumínio 2024 0,54 315 Latão Cu-30%pZn 0,49 895 � Estas constantes são dependentes do estado do material, isto é, deformação plástica, tratamento térmico, etc. 6.8 Recup. Elástica na Deferm. Plástica � Com a liberação da carga, na região de deformação plástica durante um ensaio de tração, uma fração da deformação total é recuperada na forma de deformação elástica. Propriedades Mecânicas dos Metais 6.10 Dureza � É uma medida da resistência de uma material a uma deformação plástica localizada, sendo esta uma impressão ou risco. � Os primeiros ensaios de dureza baseavam-se na habilidade de um material riscar o outro. � A escala construída varia de 1 para material macio e 10 para o diamante. Propriedades Mecânicas dos Metais para o diamante. � Ao longo de anos, técnicas baseadas em pequenos penetradores com cargas controladas relacionando profundidade ou tamanho de impressão foram desenvolvidas. � O material macio teria uma impressão maior e mais profunda e o oposto ocorreria para o material duro. 6.10 Dureza � Razões para se utilizar os ensaios de dureza: 1. São simples e baratos; 2. São não-destrutivos; � Existem inúmeros ensaios de durezas: Rockwell, Brinell, Vickers, Knoop, etc. Propriedades Mecânicas dos Metais 3. Podem ser correlacionados a outras propriedades mecânicas, como limite de resistência à tração; 6.10 Ensaio de Dureza Rockwell Rockwell (A, C, D) Rockwell (B, F, G) Propriedades Mecânicas dos Metais t P Lateral Impressão Cone de Diamante 120 o Rockwell (A, C, D) P (60 kgf, 150 kgf, 100 kgf) Rockwell (B, F, G) P (100 kgf, 60 kgf, 150 kgf) t P Lateral Impressão Esfera de aço D = 1/16´´ - 1/8´´ 6.10 Ensaio de Dureza Rockwell � Apresenta diversas escalas devido à combinação de vários penetradores e diferentes cargas. � Consiste no ensaio de dureza executado pela aplicação de uma pré-carga seguida de uma carga principal. � Os penetradores são esferas de aço endurecido de 1.588, 3.175, 6.350 e 12.70 mm de diâmetro e um penetrador cônico de diamante para materiais duros. Propriedades Mecânicas dos Metais de diamante para materiais duros. � O índice de dureza é obtido pela diferença de profundidade de penetração entre a aplicação da pré-carga e da carga principal. � São possíveis duas variações deste ensaio: Rockwell e Rockwell superficial. 6.10 Ensaio de Dureza Rockwell � Na dureza Rockwell, aplica-se uma pré-carga cuja menor é de 10 kgf e uma carga principal que pode ser 60, 100 ou 150 kgf. � A escala é alfabética de A para menor e K para maior. Símbolo da Escala Penetrador Carga Principal [ kgf] A Diamante 60 B Esfera de 1.588 mm 100 Propriedades Mecânicas dos Metais B Esfera de 1.588 mm 100 C Diamante 150 D Diamante 100 E Esfera com 3.175 mm 100 F Esfera com 1.588 mm 60 G Esfera com 1.588 mm 150 H Esfera com 3.175 mm 60 K Esfera com 3.175 mm 150 6.10 Ensaio de Dureza Rockwell � Na dureza Rockwell Superficial, aplica-se sobre corpos-de- prova finos e delgados, uma pré-carga cuja menor é de 3 kgf e uma carga principal que pode ser 15, 30 ou 45 kgf. � A escala é alfabética de N , T e W. Símbolo da Escala Penetrador Carga Principal [ kgf] 15N Diamante 15 30N Diamante 30 Propriedades Mecânicas dos Metais 30N Diamante 30 45N Diamante 45 15T Esfera com 1.588 mm 15 30T Esfera com 1.588 mm 30 45T Esfera com 1.588 mm 45 15W Esfera com 3.175 mm 15 30W Esfera com 3.175 mm 30 45W Esfera com 3.175 mm 45 6.10 Ensaio de Dureza Rockwell � Ex: 80 HRC, dureza de 80 na escala Rockwell C. O valor 60 HR30W significa dureza 60 na escala Rockwell superficial 30W. � A escala Rockwell é designada por HR seguido de uma identificação. � Teoricamente, as escalas Rockwell variam de 0 a 130. Todavia, nenhum valor abaixo de 20 ou acima de 100 deve Propriedades Mecânicas dos Metais Todavia, nenhum valor abaixo de 20 ou acima de 100 deve ser tomado, por motivos de imprecisão dos valores. Muda-se então para a escala inferior ou superior. � O corpo-de-prova deve apresentar espessura de 10 vezes a profundidade de impressão e as impressões devem distar de 3 diâmetros do penetrador umas das outras. 6.10 Ensaio de Dureza Brinell ]N[P; dDD.D. P.2102,0HB 22 −−pi = d D P Lateral d Impressão Esfera de Aço (HBs) ou Carbeto de Tungstênio (HBw) (D = 10 mm) Propriedades Mecânicas dos Metais D d CP EsferaP 6.10 Ensaio de Dureza Brinell � O penetrador pode ser de aço endurecido ou de carbeto de tungstênio, com diâmetro de 10 mm. � Consiste de um penetrador esférico duro sendo forçado contra a superfície a ser testada. � As cargas variam de 500 a 3000 kgf com incrementos de 500 kgf, com tempo de manutenção da carga de 10 a 30 s. � A dureza Brinell, designada por HB, é função tanto da Propriedades Mecânicas dos Metais � A dureza Brinell, designada por HB, é função tanto da magnitude da carga como do diâmetro da impressão. � O procedimento é medir o diâmetro da impressão, através de uma escala na lente de um microscópio especial do equipamento, convertendo o diâmetro em índice de dureza HB por meio de um gráfico. � As recomendações do corpo-de-prova HB são as mesmas para o corpo-de-prova HR. 6.10 Ensaio de Dureza Vickers e Knoop � O penetrador de diamante muito pequeno de geometria piramidal. � Estes são também conhecidos como ensaios de microdureza, pois quantificam dureza a nível microestrutural. � As cargas variam de 1 a 1000 gf. � A impressão é observada e medida sobre um microscópio, sendo convertida no índice de dureza HV ou HK. Propriedades Mecânicas dos Metais sendo convertida no índice de dureza HV ou HK. � Exige a preparaçãoda superfície (lixamento e polimento). � As escalas Vickers e Knoop são próximas. A HK é utilizada em materiais cerâmicos. 6.10 Conversão de Dureza � Deve-se ter cautela na conversão e extrapolação de dureza, uma vez que são utilizadas técnicas experimentais distintas para os ensaios de dureza. � As conversões detalhadas para diversos metais e ligas, encontra-se na norma ASTM E 140 “Standard Hardness Conversion Tables for Metals”. Propriedades Mecânicas dos Metais 6.10 Conversão de Dureza Propriedades Mecânicas dos Metais 6.10 Relação entre Dureza e LRT � É possível correlacionar dureza a outras propriedades mecânicas. Por exemplo, dureza HB e o limite de resistência à tração. Cada material apresenta uma correlação determinada. Para aços de baixo carbono, Propriedades Mecânicas dos Metais [MPa]HB45.3 xLRT = 6.11 Variabilidade das Propriedades � Cuidados devem ser tomados na avaliação das propriedades dos materiais, uma vez que lotes diferentes dos mesmos materiais, por exemplo, aço 4340 ou 1045, por apresentar divergência de propriedades causados por defeitos inerentes aos processos de fabricação. x n ∑ � Media de uma propriedade em vários ensaios: Propriedades Mecânicas dos Metais n x x n i i∑ = = 1 � Desvios de uma propriedade em vários ensaios: ( ) 2 1 2 1 1 − − = ∑ = n xx s n i i
Compartilhar