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ESTADO SOCIAL DEMOCRATA Participantes: Antonio Alves Medeiros Filho Evandro Pereira Cordeiro Francisco de Assis Cerqueira Miguel Borges Talita Ribeiro Brito Welbertron Pontes Origem da Social-Democracia A social-democracia nasceu como corrente revolucionária. Surgiu depois que o marxismo derrotou, no campo ideológico, o proudhonismo e o lassalismo, concepções anarquistas e pequeno-burguesas que predominavam no movimento operário dos meados do século XIX até a Comuna de Paris. Passo a passo, nos países economicamente desenvolvidos, criaram-se novos partidos proletários, baseados na doutrina marxista, para lutar contra a burguesia, por uma democracia social. Veio daí a sua designação. Em 1889, agruparam-se na II Internacional. Marx e Engels acompanharam com atenção o surgimento de tais partidos, procurando imprimir-lhes um nítido caráter de classe, vigilantes contra os remanescentes de ideias adversas da fase anterior. O que é social democracia? A Social-democracia é uma ideologia política surgida no fim do século XIX a partir de uma cisão interna do socialismo. Essa ideologia sempre esteve ligada a ideia de necessidade de representação partidária, a definição do que se entende como social-democrata acaba dependendo muito da interpretação que tem o partido que adota esse termo. Apontava para a importância de conquista da democracia através da universalização do voto e da possibilidade de participação política por meio de assembleias populares. O que defendem os sociais democratas? Defendem a necessidade de ampliação da democracia para além da esfera política, apontando para a emancipação da classe trabalhadora e a ruptura com o sistema de classes sociais (o que significaria também a realização da democracia na esfera econômica). Defende as liberdades civis, os direitos de propriedade e a democracia representativa, na qual os cidadãos escolhem os rumos do governo por meio de eleições regulares com partidos políticos que competem entre si. O crescimento e a massificação desses partidos trouxe algumas consequências; como a necessidade de compor alianças com outros setores (não só a classe operária) e o distanciamento entre a base dos partidos e os seus dirigentes, estes último tornando-se cada vez mais alinhados aos interesses da burguesia. O progressismo na social democracia A social democracia sofre de uma aparente contradição, pois ao mesmo tempo em que é coletivista em assuntos econômicos (ao defender a intervenção do Estado na economia e prover serviços públicos abrangentes), é individualista nas questões de ordem social e moral. A social democracia não tem como um de seus valores a manutenção da ordem social vigente ou a defesa dos comportamentos tradicionais. Nesse contexto, a social democracia adapta-se bem às ideias progressistas no campo social. Esse fato acaba gerando certa confusão nas pessoas, que acabam enxergando indistintamente as ideias progressistas das ideias de centro-esquerda, sem perceber que na verdade o progressismo é contraposto mais pelo conservadorismo e não pela direita como um todo. Críticas à social democracia Uma das críticas é a tendência a baixos níveis de crescimento econômico, pois muitas vezes os objetivos sociais acabam tornando-se antagônicos à eficiência econômica, como quando o governo aumenta artificialmente o valor dos salários, mantém taxas de câmbio desequilibradas para evitar a inflação, usa empresas estatais ineficientes para prover bens e serviços ou aumenta os impostos para financiar o Estado. Outra crítica comum é que a busca do Estado em mitigar ao máximo os riscos inerentes à vida implicaria menor autonomia das pessoas e seria uma tentação para políticos transformarem o Estado em uma instituição paternalista. Críticas à social democracia Críticos apontam que o próprio sucesso do sistema pode acionar os mecanismos de seu enfraquecimento. O aumento da segurança social, tanto pela previdência – como a ampliação das situações cobertas ou do número de beneficiários – quanto por meio de programas sociais impõe aumentos de gastos públicos que devem ser cobertos por encargos sociais, a maioria dos quais incide sobre a folha de pagamento. Nesse cenário, o custo do trabalho eleva-se e os empresários buscam alternativas para diminuir a necessidade de mão de obra, como a automatização ou a transferência para outros países. Essa situação compromete o objetivo de manter o pleno emprego. Por conseguinte, há mais pessoas desempregadas, que impõem um custo maior à seguridade social, que por sua vez conta com menos contribuintes para sustentá-la. Ou seja, pode-se iniciar um ciclo vicioso que resultará em uma crise de sustentabilidade do sistema.
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