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Pró-reitoria de EaD e CCDD 1 Abstrato e Lógica no Ensino Médio Aula 4 Prof. Roberto José Medeiros Junior Pró-reitoria de EaD e CCDD 2 Conversa Inicial O objetivo desta aula é compreender a importância do papel desempenhado pelo livro didático no ensino de matemática, avaliando em que medida ele contribui para o processo de ensino e aprendizagem, tendo em vista que, muitas vezes, é o único suporte de que os professores dispõem para preparar suas aulas. Contextualizando A preocupação com os livros didáticos no Brasil começa a tomar força com a Legislação do Livro Didático, criada em 1938 pelo Decreto-Lei 1006. Nesse período já o livro era considerado como uma ferramenta da educação política e ideológica, sendo considerado o Estado como censor no uso desse material didático. O mecanismo jurídico que regulamenta legalmente a questão do livro didático é o decreto 91 54/85 que implementou o Programa Nacional do Livro Didático [PNLD], o qual, no seu artigo 2º estabelece a avaliação rotineira dos mesmos. Recentemente a Resolução/ CD/FNDE nº 603, de 21 de fevereiro de 2001, passou a ser o mecanismo que organiza e regula o Plano Nacional sobre o Livro Didático. (Núñez et al., 2016) Os professores utilizam o livro como o principal instrumento para orientar o currículo escolar e o planejamento anual de Matemática. A sequência dos conteúdos apresentados pela disciplina, as atividades de aprendizagem e avaliação para o ensino são metas estabelecidas no plano de ensino. O uso do livro didático como material didático pelo professor, ao lado do currículo, dos programas e outros materiais, instituiu-se historicamente como um dos instrumentos mais utilizados e referenciados nas relações didáticas e na preparação do docente para o ensino. Sobre a importância do livro didático como fonte de consulta para os conteúdos que serão ministrados na escola e a dualidade imposta pelo uso de Pró-reitoria de EaD e CCDD 3 apostilas no ensino médio, leia o seguinte artigo, de Fonseca e Vilela (2016): http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 636X2014000200557&lang=pt É importante ressaltar que o livro didático é um recurso pedagógico, e que ele não deve ser o único dispositivo a ser utilizado pelo professor em sala de aula, e sim um dos meios para auxiliá-lo no processo de ensino. Além disso, é parte integrante da prática docente complementar o livro didático, tanto no que diz respeito a ampliar suas informações e atividades e contornar deficiências, quanto a adequá-lo à realidade do local onde ele será utilizado, considerando as especificidades do grupo de alunos envolvidos. Tema 1 – O Livro Didático “O livro didático, além do diálogo com a ciência de referência, atende a demandas sociais e pedagógicas diversas, como [...] as expectativas sociais de uma formação cidadã, o currículo escolar, a metodologia de ensino- aprendizagem, o mercado editorial, dentre outras” (Caimi, 2016). Ao avaliar a produção de um livro didático de matemática, avaliam-se eixos temáticos, sendo que estes estão relacionados à contextualização e à interdisciplinaridade dos conteúdos. É importante observar a presença de conteúdos essenciais ao ensino médio, quais sejam, números e operações, álgebra, geometria, grandezas e medidas e tratamento da informação. Na avaliação das obras, salienta-se como principais competências: avaliar histórica e socialmente os conhecimentos matemáticos, especialmente no domínio da geometria; vincular os conteúdos dos anos iniciais do ensino médio ao das séries finais do ensino fundamental, quanto ao tratamento de números e operações; abordar álgebra e estudo das funções desde o 9º ano do ensino Pró-reitoria de EaD e CCDD 4 fundamental, promovendo a construção gradual do pensamento algébrico; criar estratégias e experiências de validação das propriedades matemáticas sobre a construção do raciocínio dedutivo. É importante ler e integrar a avaliação dos livros didáticos à análise de conteúdos dos livros de matemática de editoras brasileiras feita pelo professor Elon Lages Lima, na obra: Exame de textos: análise de livros de matemática para o ensino médio (2001). Acesse o posfácio do livro pelo link abaixo: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/veiculos_de_comu nicacao/RPM/RPM46/RPM46_10.PDF Assista ao vídeo produzido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE) sobre a origem e concepção do livro didático, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1G6CTHzCyy8 Tema 2 – O Livro Didático e as Diretrizes Curriculares Nacionais Livros didáticos seguem parâmetros estabelecidos e normatizados conforme diretrizes curriculares nacionais. Dado que o Brasil tem dimensões continentais, a linguagem de um livro didático de matemática não poderia, por exemplo, conter regionalismos. Além disso, os conteúdos de matemática tratam de contextos baseados em eixos temáticos, quais sejam: Estruturas lógicas; Números e operações; Espaço e forma; Grandezas e medidas; Pró-reitoria de EaD e CCDD 5 Álgebra e funções; Tratamento da informação. O texto acessível pelo link a seguir traz, de forma resumida, quais conteúdos do ensino médio podem ser explorados em cada um dos eixos temáticos propostos acima: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf Sem a intenção de ser um guia para orientar a escolha do livro didático, é interessante observar os aspectos elencados a seguir: livros didáticos expostos em uma estante não melhoram a aprendizagem; livros e professores, juntos e bem preparados, podem desempenhar papel central na melhoria da educação matemática para a maioria dos alunos; livros didáticos e professores de matemática deveriam ser eficazes em apresentar aos alunos problemas com enunciados potencialmente heurísticos (que primam pela analogia a problemas recorrentes da matemática); livros didáticos e professores de matemática deveriam estar dispostos a analisar em grande profundidade de cobertura a matriz curricular: muito mais do que conteúdo do livro didático, é necessário avaliar se existe potencial para os estudantes realmente aprenderem o assunto definido como meta para este ou aquele ano letivo. O artigo “O livro didático e suas implicações na prática do professor nas escolas públicas de Guajará-Mirim”, de Rosa Verceze e Eliziane Silvino relata uma pesquisa de campo realizada em Escolas Públicas Municipais do Ensino Fundamental I da Cidade de Guajará-Mirim, Rondônia. Procura [...] investigar a relação de pertinência do material didático com o conteúdo que está sendo trabalhado, bem como averiguar se o conhecimento empírico e as vivências culturais dos alunos estão sendo considerados durante a administração das aulas. Pró-reitoria de EaD e CCDD 6 (Verceze; Silvino, 2008, p. 84) O texto pode ser acessado na íntegra pelo link: http://periodicos.uesb.br/index.php/praxis/article/viewFile/328/361 Tema 3 – Currículo de Matemática no Ensino Médio Ao analisar criticamente a produção curricular oficial para o ensino médio no Brasil, há que se identificar e discutir significados, limites e possibilidades de um currículo de Matemática que tenha como pressuposto responder às necessidades objetivas, socioeconômicas e culturais dos alunos e da comunidade escolar. O currículo é entendido aqui como artefato histórico deconstrução social, de disputas e de relações de poder, para o estabelecimento de regimes de convencimento e de aceitação de verdades imutáveis. Como conceber a existência de um documento oficial que impõe regras e dogmas, conteúdos e direcionamentos, sem a participação ativa do professor que está em sala de aula? Para ajudá-lo nessa reflexão, leia o artigo O professor como profissional reflexivo, de Dinéia Hypolitto, disponível em: http://www.usjt.br/proex/arquivos/produtos_academicos/204_18.pdf Hoje, o currículo de matemática para o ensino médio está fundamentado na matriz de referência de conteúdos para essa etapa da aprendizagem, com base em orientações metodológicas do ensino médio e nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM). De acordo com esses materiais, é possível encontrar a seguinte estrutura curricular: Pró-reitoria de EaD e CCDD 7 Figura 1 – Estrutura curricular do ensino de Matemática para o ensino médio Para conhecer a pesquisa O currículo de matemática no ensino médio do Brasil e a diversidade de percursos formativos, de José Carlos de Oliveira Costa, acesse: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06122011- 162114/pt-br.php Em entrevista concedida à Univesp TV, o professor Oliveira Costa relata que o currículo de Matemática, no Brasil, difere em grande parte dos currículos europeus equivalentes, no que tange ao direcionamento da disciplina em cursos de graduação ofertados pelas universidades. Assista ao vídeo com a entrevista seguindo o link: https://www.youtube.com/watch?v=2u44sGuz6pk Tema 4 – O Conhecimento Escolar Dentro do livro didático, a expectativa é que “novos” conhecimentos sejam tratados e que o professor vivencie com seus alunos a busca por adquirir conhecimentos novos. A questão aqui é: um “novo” conhecimento apresentado pela escola, Pró-reitoria de EaD e CCDD 8 pelo livro didático ou pelo professor tem lugar de destaque no currículo? “Procuraremos realçar sua importância para todos os que se envolvem no processo curricular e destacaremos o processo de sua elaboração em diferentes níveis do sistema educativo” (Moreira et al., 2007, p. 20). Subjacente a uma resposta imediata à questão está “a crença de que a escola precisa preparar-se para bem socializar os conhecimentos matemáticos e facilitar o acesso do estudante a outros saberes” (Moreira et al., 2007, p. 20), sempre interdisciplinarmente, para que o conhecimento transcenda as “fronteiras” do saber. Como norte, tomamos a percepção do que não deve ser feito na organização dos saberes: “a descontextualização dos saberes e das práticas, que costuma fazer com que o conhecimento [matemático] passe a impressão de ‘pronto’, ‘acabado’, impermeável a críticas e discussões” (Moreira et al., 2007, p. 23). O aluno “acaba aprendendo simplesmente o produto [final], o resultado de um longo trajeto, cuja complexidade não é ofertada e também se perde” (Moreira et al., 2007, p. 23). Se a descontextualização dos saberes e das práticas é assunto relevante para a abstração e lógica no ensino médio, considere as críticas ao modelo de contextualização forçada apresentadas nesta tese de Doutorado em Educação da Universidade Federal do Ceará, de autoria de Elizabeth Matos Rocha (2008): http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/3143/1/2008_Tes_EMRocha. pdf Os “saberes” também são saberes docentes, aqueles que refletem a prática dos que fazem a matemática escolar e o modo como “professores se constituem profissionalmente em pensamentos, ações e saberes em espaços de formação e prática docente” (Guérios, 2016), num contexto de trabalho Pró-reitoria de EaD e CCDD 9 coletivo e colaborativo. Sobre essa temática acesse o artigo da professora Doutora Ettiène Guérios (UFPR), disponível em: http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/docs_25/espa cos.pdf Assista ao vídeo do programa Conexão Ciência (2016), que trata das várias formas de se construir o conhecimento, salientando que os saberes tradicionais são adquiridos através da vivência e do empirismo: https://www.youtube.com/watch?v=ZKFsomUrbpw Trocando ideias Acesse o site do MEC/FNDE, que traz as informações necessárias para a escolha do livro didático na escola; disponível em: http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/livro-didatico- apresentacao Com seu colega e com a ajuda da tutoria, acesse o Guia de livros didáticos PNLD 2017, da disciplina de Matemática, leia e destaque do texto uma das “Resenhas de matemática”. Com base em sua leitura, apresente o que o livro tem “de bom” a oferecer no âmbito escolar. Na Prática Na sua prática escolar, ou mesmo durante sua formação acadêmica, ao observar com cuidado os livros didáticos existentes na escola, foi possível verificar se eles incluíam, entre os conteúdos selecionados, debates, discordâncias, processos de revisão e de questionamento, que marcariam os conhecimentos e os saberes em muitos de seus contextos originais? Escolha três livros didáticos de Matemática do ensino médio em sua escola — ou de alguma escola próxima a você — e pesquise se eles fazem menções às disputas que se travam, por exemplo, no avanço do próprio Pró-reitoria de EaD e CCDD 10 conhecimento científico e matemático. Registre suas observações. Para resolver esse caso, revisite os apontamentos feitos sobre História da Matemática, revisite sua prática escolar, seu estágio, ou mesmo as discussões feitas com seus colegas de turma ou com a tutoria. Escolha três livros didáticos e siga as orientações apontadas passo a passo, a seguir: 1. Procure por três livros de Matemática para o ensino médio aprovados na escola para o PNLD de 2013 em diante. 2. Selecione um capítulo ou unidade temática e destaque-a. 3. No destaque, leia e registre sua percepção sobre como são conduzidos ou apresentados os “saberes”/conhecimentos matemáticos e se eles se dão de forma interdisciplinar e com algum apelo à promoção de debates, mesmo que unicamente científicos. Solução esperada É importante que a escolha dos títulos se limite a livros didáticos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2013 a 2016, ou seja, de publicações recentes. A escolha do capítulo tem relação com o proposto na atividade prática, pois de imediato ela dá uma pista do que o aluno entende por “debate” nas ciências. Por exemplo, não esperamos encontrar nessa atividade um capítulo que trate de probabilidade, pois este é um conhecimento de matemática que advém de um debate sobre álgebra. Sendo, assim, um debate sobre matemática entre matemáticos, ele estaria muito mais para a lógica e o algebrismo, a geometria e a álgebra, os números e as operações lógicas, do que para a leitura e interpretação de gráficos em estatística. Pró-reitoria de EaD e CCDD 11 Referências APPLE, M. W. Educação e poder. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Vídeo, 7’30”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1G6CTHzCyy8> Acesso em: 27 set. 2016. _____. Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Apresentação. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/livro-didatico- apresentacao> Acesso em: 27 set. 2016. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio. Ciências da natureza, matemáticae suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. v. 2. 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