Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professor: Marçal Rosas e Kelly Gomes Curso: Engenharia de Energias Renováveis Período: 2017.2 Carga Horária: 60h Caracterização de Materiais Análises Térmicas Sumário 1. Termogravimetria (TG) Definições; Equipamento; Exemplos e Aplicações; 2. Análise Térmica Diferencial (DTA) e Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC) DTA; DSC; Definições; Equipamento; Exemplos e Aplicações; Definição geral Análise Térmica é um termo que abrange um grupo de técnicas nas quais uma propriedade física ou química de um material é monitorada em função do tempo ou temperatura, enquanto a temperatura da amostra, sob uma atmosfera específica, é submetida a uma programação controlada. (ICTA/ASTM) Objetivo: Introdução Exemplos de Técnicas Introdução Podem ser usadas em “paralelo” , “concorrentes” ou “simultânea”!!! Em que ...(que materiais) Substâncias inorgânicas, metais, cerâmicas, materiais eletrônicos, polímeros, substâncias orgânicas, farmacêuticas, alimentos e organismo biológicos. Dinâmica • A amostra é submetida a um aquecimento ou resfriamento a taxa constante; • Monitora-se as propriedades em função da temperatura (programa); Isotérmico • A amostra é mantida a temperatura constante; • Monitora-se as propriedades em função do tempo a uma temperatura constante. Como ... (modos de operação) Vantagens 1. A amostra pode ser estudada numa larga faixa de Temperaturas usando várias temperaturas programadas; 2. Quase todas as formas físicas de amostras podem ser utilizadas (sólido, líquido, gel); 3. Necessidade de pequenas quantidades de amostras (0,1 µg a 10 mg); 4. Padronização de atmosfera; 5. O tempo requerido para execução dos experimentos normalmente é curto (de minutos a algumas horas); Eventos Térmicos Quando uma substância sólida qualquer é aquecida em uma atmosfera inerte, o resultante aumento na movimentação molecular, atômica ou iônica pode levar a mudanças na estrutura cristalina, a sinterização, fusão ou sublimação do material. Caso as forças intramoleculares forem mais fracas que as forças intermoleculares, a substância pode decompor formando novos fragmentos de moléculas, que podem volatilizar nas temperaturas alcançadas. Ex. Eventos Térmicos Caso ocorra interação com a atmosfera, reações mais complicadas podem ocorrer. Ex. Quando mais de uma substância está presente no início, existem mais possibilidades de interações pelo aquecimento e pelas novas fases: Essas reações podem ser acompanhadas de mudança de entalpia e/ou massa (uso de mais de uma técnica). Eventos Térmicos Resumo dos principais eventos térmicos. Ex. Termogravimetria (TG ou TGA) Termogravimetria é a técnica na qual a mudança da massa de uma substância é medida em função da temperatura enquanto esta é submetida a uma programação de temperatura controlada. Pode-se medir: evaporação, sublimação, decomposição, oxidação, redução e adsorção e dessorção de gás. Termogravimetria (TG ou TGA) Determinação precisa de temperaturas para as quais iniciam-se processos de decomposição e oxidação, e temperatura em que a velocidade de decomposição ou oxidação é máxima. Princípio Modo de Aplicação Monitoramento da massa em função da temperatura (no modo varredura) ou em função do tempo (no modo isoterma) Isotérmico ou estático; Quase-estático; Dinâmico Termogravimetria (TG ou TGA) Mudança de massa Físicas Não há mudança de massa Químicas Sublimação Vaporização Absorção Dessorção Adsorção Oxidação Redução Decomposição Sólido Fusão Cristalização Transição Vítrea gás Sólido gás + sólido gás + sólido Sólido sólido + sólido gás +sólido Termogravimetria (TG ou TGA) Curvas tipo (i): Este tipo de curva é característico de uma amostra que não apresenta variações de massa no ciclo térmico aplicado. Curvas tipo (ii): A rápida perda inicial de massa é em muitos casos associada à perda de umidade da amostra ou à dessorção de gases. Curvas tipo (iii): representa a decomposição da amostra em um único estágio. Termogravimetria (TG ou TGA) Curvas tipo (iv) e (v): curvas apresentam estágios múltiplos de decomposição. Na tipo (iv) pode-se determinar as temperaturas limite de estabilidade dos reagentes. Curvas tipo (v) tendem a apresentar um comportamento mais próximo ao tipo (iv) quando a amostra é submetida a menores velocidades de aquecimento. Curvas tipo (vi): curva típica de ganho de massa. Ex. oxidação de metais. Curvas tipo (vii): curva difícil de ser observado. Ex.: oxidação da prata e posterior decomposição. Termogravimetria (TG ou TGA) Para ajudar na interpretação é comum se utilizar simultaneamente a derivada da função da curva (DTG). Termogravimetria (Equipamentos) Constituído basicamente de forno, microbalança, termopares e sentido de fluxo de gás. Termogravimetria (Equipamentos) Forno Temperatura: -170º a 2800º; Taxa : de 1 a 50º/min; Termogravimetria (Equipamentos) Termopares , balanças e cadinhos Termogravimetria (Equipamentos) Calibração Materiais com temperatura de fusão bem definida; Materiais que perdem as propriedades ferromagnéticas a uma temperatura bem definida. Termogravimetria (Equipamentos) Fatores que interferem na TGA/DTG Principais fatores que podem afetar as medidas de TGA/DTG. • Fatores Instrumentais: taxa de aquecimento; atmosfera; geometria do forno e porta amostra. • Características da Amostra: quantidade; contato amostra/atmosfera; tamanho da partícula; consutividade térmica. Fatores que interferem na TGA/DTG Efeito da Taxa de Aquecimento Fatores que interferem na TGA/DTG Efeito da Atmosfera do Forno Fatores que interferem na TGA/DTG Efeito da Massa Fatores que interferem na TGA/DTG Efeito da forma da Amostra Exemplos de TGA/DTG Curva TGA do CaC2O4.H2O; mi = 8,704 ; atm. Ar 150 mL min -1 • Xs é a massa inicial e permanece estável entre os pontos 1 e 2, e Ys a massa final que permanece estável a partir do ponto 3; • No ponto 2 inicia-se a decomposição térmica de Xs, liberando Zg; • No ponto 3 acaba a decomposição térmica de Xs, restando Ys, termicamente estável; • A linha T, extrapola a curva de reação; • Extrapolando as linhas de base e a linha T, podemos obter os pontos Tonset e Tendset, definidos como início e fim do evento térmico; • Entre os patamares dos pontos 1,2,3 e 4 temos a quantidade de massa desprendida da amostra na reação. Informações contidas na curva A curva termogravimétrica foi plotada considerando o percentual de perda de massa no eixo vertical “Y” e a evolução da temperatura no eixo horizontal “X” e usada para a estimativa de cálculo da quantidade de Ca(OH)2 presente em cada amostra seguindo as reações químicas. Método Quantitativo Método Quantitativo Método Quantitativo Onde “A”é a perda de massa na curva TG correspondente a desidratação do Ca(OH)2, e “B”é a massa perdida correspondente a reação de descarbonatação. Exemplos Exemplos Análise Térmica Diferencial– DTA Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC Princípio Monitoramento de eventos que envolvem troca de calor: eventos endotérmicos e exotérmicos; Propriedades são medidas sempre em relação a uma referência: • diferença de temperatura entre amostra e referência –DTA; • quantidade de calor envolvida em um evento – DSC; Análise Térmica Diferencial – DTA Princípio DTA – registro da diferença de temperatura entre amostras e um material de referência, a medida que ambos são submetidos a um mesmo ciclo térmico. Análise Térmica Diferencial – DTA Princípio DTA – registro da diferença de temperatura entre amostras e um material de referência, a medida que ambos são submetidos a um mesmo ciclo térmico. Análise Térmica Diferencial – DTA • O uso principal da DTA é detectar a temperatura inicial dos processos térmicos qualitativamente caracterizá-los como endotérmico e exotérmico, reversível ou irreversível, transição de primeira ordem ou de segunda ordem, etc; • Variação na capacidade calorífica da amostra aparece como um deslocamento da linha base; • Mudanças na amostra tais como fusão, solidificação e cristalização são registradas sob a forma de picos. Análise Térmica Diferencial – DTA Análise Térmica Diferencial – DTA Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC O DSC foi desenvolvido com o intuito de evitar as dificuldades encontradas no DTA ou compensá-las, criando um equipamento capaz de quantificar a energia envolvida nas reações. Existem dois tipos de equipamentos que realizam a Calorimetria Diferencial de Varredura, o primeiro é denominado de DSC de compensação de energia e o segundo é DSC de fluxo de calor. Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC O DSC Compensação de Calor Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC O DSC Fluxo de Calor Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC Análise das curvas Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC Exemplo de curvas Curva genérica para um experimento DSC/DTA. I) mudança de linha de base sem pico; II e III) picos endotérmicos; IV) pico exotérmico Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC Exemplo de curvas Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC Exemplo de curvas Evento 1: grande desvio da linha de base no início do experimento (geralmente endotérmico); Evento 2: transição a 0º C; Evento 3: aparente fusão associada a fusão vítrea; Evento 4: pico exotérmico durante aquecimento antes da temperatura de decomposição; Evento 5: alteração da linha de base após picos endotérmicos ou exotérmicos; Evento 6: picos endotérmicos agudos durante reações exotérmicas. Diferenças entre DTA e DSC Quantificação Diferenças entre DTA e DSC Quantificação Calorimetria Diferencial de Varredura - DSC Efeito da Taxa de Aquecimento Diferenças entre DTA e DSC É importante destacar que as duas técnicas são distintas. Na análise térmica diferencial (DTA) é medida a diferença de temperatura entre a amostra e um material de referência inerte. Já na DSC o parâmetro medido é a diferença de energia (entalpia) Diferenças entre DTA e DSC Equipamentos DTA e DSC IONASHIRO, M. Giolito: Fundamentos da Termogravimetria, Análise Térmica Diferencial, Calorimetria Exploratória Diferencial. São Paulo: Giz, 2005. Princípios e Aplicações de Análise Térmica – Trabalho de Gabriela Bueno Denari e Éder Tadeu Gomes Cavalheiro, São Carlos, Julho/Agosto 2012. Referências
Compartilhar