Habeas corpus Alessandra NOVO (1)

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Habeas corpus
ANTECEDENTES HISTÓRICOS 
ORIGEM: INGLATERRA 
MAGNA CARTA DE 1215
PETITION OF RIGHTS DE 1628
HC ACT DE 1679
BILL OF RIGHTS DE 1689
FONTE: Guilherme Madeira
ANTECEDENTES HISTÓRICOS - BRASIL
No Brasil havia inicialmente textos legislativos que previam as chamadas Cartas de Seguro.
Após a partida de D. João VI para Portugal D. Pedro I emite o Dec. de 23.05 de 1821 que pode ser considerado nosso Bill of Rights e assim estabelece em um dos mais belos textos da nossa história legislativa: 
"Constando-me que alguns Governadores, Juízes Criminais e Magistrados, violando o sagrado depósito da jurisdição que se lhes confiou, mandam prender por mero arbítrio e antes de culpa formada, pretextando inúmeras denúncias em segredo, suspeitas veementes e outros motivos horrorosos à humanidade, para impunemente conservar em masmorras, vergados com os pesos de ferros, homens que se congregavam por os bens que lhes oferecera a instituição das Sociedades Civis, o primeiro dos quais é sem dúvida a segurança individual." 
O texto previa o direito à liberdade, mas não fazia menção ao habeas corpus.
O habeas corpus não foi consagrado na Constituição do Império, porém, ficou pela redação de seu art. 179, VIII, podia subtrair a ideia do habeas corpus: 
“Ninguém poderá ser preso sem culpa formada, exceto nos casos declarados na lei; e nestes dentro de 24 horas contadas da entrada da prisão, sendo em cidades, vilas ou outras povoações próximas aos lugares da residência do juiz e nos lugares remotos dentro de um prazo razoável, que a lei marcará, atenta a extensão do território, o juiz por uma nota por ele assinada, fará constar ao réu o motivo da prisão, os nomes do seu acusador, e os das testemunhas, havendo-as”.
Antes mesmo da primeira previsão constitucional, o Código Criminal de 1830 e o Código de Processo Penal em 1832 previram disciplinas referentes ao remédio heroico.
FONTE: Guilherme Madeira
HABEAS CORPUS/ CONSTITUIÇÕES
NOÇÕES GERAIS
O habeas corpus é uma ação autônoma de impugnação; 
Tem caráter penal; 
Possui a finalidade de proteger a liberdade de locomoção do indivíduo. 
Tanto esta liberdade quanto o próprio remédio constitucional possuem previsão como direito e garantia fundamental do ser humano na Constituição Federal
A liberdade e o habeas corpus são cláusulas pétreas.
As ações de habeas corpus são gratuitas, como disposto no próprio art. 5.º, LXXXVII, da Constituição Federal. 
ARTIGO 5º, CF/88
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL E NATUREZA JURÍDICA DO HABEAS CORPUS
O Código de Processo Penal também faz alusão da referida ação no art. 647 do CPP, segundo o qual "Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar". 
O Código de Processo Penal trata o HC como recurso: o capítulo X, que cuida do habeas corpus e seu processo, encontra-se inserido no Título II, que versa sobre os recursos em geral. 
Fonte: Renato Brasileiro
CRÍTICA À POSIÇÃO TOPOGRÁFICA DO HABEAS CORPUS NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Apesar de sua posição topográfica no CPP, o HC não tem natureza jurídica de recurso.
É ação autônoma de impugnação, de natureza constitucional, vocacionada à tutela da liberdade de locomoção.
Por vezes funciona com aspectos recursais, quando se presta a impugnar decisões judiciais. Ocorre, por exemplo, quando o juiz recebe uma denúncia contra alguém com ausência de lastro probatório suficiente para instauração do processo e o acusado impetra HC, objetivando o trancamento do processo.
FONTE: Renato Brasileiro
RECURSO
Pressupõe existência de um processo.
É instrumento de impugnação de decisões judiciais. 
Precisa ser tempestivo.
A legitimidade do recurso deve ser aferida, e quando interposto por parte ilegítima, não será reconhecido.
HABEAS CORPUS
Pode ser impetrado independentemente de um processo penal em curso;
Pode ser impetrado contra decisões judiciais e contra atos administrativos ou de particulares;
Pode ser utilizado inclusive após o trânsito em julgado. Não necessita de tempestividade, podendo ser utilizado sempre que houver constrangimento ilegal à liberdade de locomoção
Pode ser requerido por qualquer do povo. (Curiosidade: o ex-presidente Lula teve diversos HC impetrados em seu favor)
Presidente do STJ nega 143 habeas corpus a Lula
Segundo a ministra Laurita Vaz, é garantido a qualquer cidadão o direito de acionar a Justiça contra ilegalidades ou abuso de poder, mas “não é a consagrada ação constitucional de habeas corpus a via própria para se manejar “atos populares”, notadamente como o que a petição inicial traz, sem nenhum substrato jurídico adequado”.
A ministra criticou, ainda, a forma como as petições foram entregues, em papel e durante recesso eleitoral, “ocupando vários servidores e movimentando diversos órgãos do tribunal, sobrecarregando a rotina de trabalho, já suficientemente pesada”.
INTERESSE DE AGIR NA AÇÃO DE HABEAS CORPUS
NECESSIDADE DA TUTELA: violência ou coação decorrente da ilegalidade ou abuso de poder.
A ameaça deve ser concreta. Não pode ser meramente hipotética.
HC exige a indicação específica e individualizada – de fatos concretos.
ADEQUAÇÃO: é instrumento adequado APENAS quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de ter restringida a sua liberdade de locomoção.
A Constituição Republicana de 1891 protegia o exercício de direitos de ordem civil, comercial, constitucional ou administrativa, desde que fosse líquido e que para o seu exercício, fosse necessária a liberdade de locomoção. (Renato Brasileiro)
Somente com a reforma constitucional de 1926 e demais Constituições, a utilização do HC ficou mais restrita como nos dias atuais.
ADEQUAÇÃO
O habeas corpus pode ser empregado para impugnar medidas cautelares de natureza criminal diversas da prisão. STF. 2ª Turma. HC 147426/AP e HC 147303/AP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 18/12/2017 (Info 888). 
Autorização judicial de quebra de sigilos (ex.: bancário, fiscal): admite-se o HC, uma vez que pode, da investigação, advir condenação a pena privativa de liberdade.
HIPÓTESES EM QUE NÃO SE AUTORIZA HC POR FALTA DE ADEQUAÇÃO
Persecução penal referente à infração penal à qual seja cominada somente a pena de multa
Quando já tiver havido o cumprimento da pena privativa de liberdade
Exclusão de militar, perda de patente ou função pública
Visita de detento
Perda de direitos políticos
Impeachment
Suspensão do direito de dirigir veículo automotor
SUJEITOS
SUJEITO ATIVO – QUALQUER PESSOA, INCLUINDO MENOR, INCAPAZ, ANALFABETO, PESSOA JURÍDICA. NÃO É ADMITDO HABEAS CORPUS ANÔNIMO.
SUJEITO PASSIVO – AUTOR DA ILEGALIDADE OU DO ABUSO DE PODER. NORMALMENTE É UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO, MAS NADA IMPEDE QUE SEJA IMPETRADO CONTRA ATO PARTICULAR.
PACIENTE – É O BENEFICIADO PELA ORDEM. NESSE CASO NÃO PODE SER PESSOA JURÍDICA. PESSOA JURÍDICA PODE IMPETRAR HABEAS CORPUS EM FAVOR DE PESSOA FÍSICA.
ESPÉCIES
a) preventivo: concedido quando há ameaça de violência  ou coação à liberdade de locomoção, onde o paciente visa obtenção de um salvo- conduto (660, § 4º, do CPP); 
b)repressivo: quando o sujeito estiver a sofrer violência ou coação ilegal em sua liberdade de locomoção.
CURIOSIDADE
Alguns autores se referem a outras espécies de habeas corpus:
Profilático: destinado a suspender atos processuais ou impugnar medidas que possam importar em futura prisão com aparência de ilegalidade. (Norberto Avena)
Trancativo: visa obstar o inquérito ou processo penal.
Doutrina majoritária critica, entendendo que, nesses casos, existe um mero efeito do HC liberatório ou preventivo.
HIPÓTESESDE CABIMENTO
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
PROCEDIMENTO
É UMA AÇÃO CONSTITUCIONAL DE CARÁTER PENAL E DE PROCEDIMENTO ESPECIAL, ISENTA DE CUSTAS, QUE VISA EVITAR OU CESSAR VIOLÊNCIA OU AMEAÇA NA LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO POR ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER.
PODE SER IMPETRADO POR QUALQUER PESSOA, NÃO SENDO NECESSÁRIA A PRESENÇA DE ADVOGADO OU QUALQUER OUTRA PESSOA QUALIFICADA, PODENDO INCLUSIVE, SER ESCRITO À MÃO.
 PETIÇÃO
A petição do "habeas corpus" deverá conter: 
1- o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça; 
2- a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor; 
3- a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências" (art. 654, § 1º do CPP). 
É possível a concessão de liminar no "habeas corpus“.
COMPETÊNCIA
1) A competência para o processo e julgamento do HC leva em consideração, como premissa inicial, as figuras do paciente e da autoridade coatora.
2) Em regra, tratando-se de autoridade coatora dotada de foro por prerrogativa de função, a competência para o processamento do HC recai sobre o Tribunal a que compete julgar os crimes por ela perpetrados.
3) A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier de autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição.
4) Supressão de instância: para que um HC possa ser reconhecido por instância superior, é necessária a provocação de juízes inferiores acerca da matéria que se pretende impugnar, sob pena de indevida supressão de instância, salvo em situações teratológicas ou de manifesta ilegalidade. O correto é aguardar o pronunciamento final do órgão jurisdicional de menor graduação para permitir-se o conhecimento de novo HC junto à instância superior, se ainda houver interesse de agir.
EXEMPLO: AUTORIDADE COATORA – DELEGADO DE POLÍCIA
HC deve ser impetrado ao juiz de 1ª instância da comarca ou subseção judiciária.
A competência do juiz de 1ª instância se dá quando o constrangimento ilegal é perpetrado por particular ou autoridade sem foro (ex.: delegado)
 
JUIZ DE 1ª INSTÂNCIA DENEGA A ORDEM DE HC
Deve ser interposto recurso em sentido estrito - RESE- para o TJ ou TRF
Nada impede a utilização de novo habeas corpus contra a mesma decisão em instância superior.
Eventual concessão da ordem de HC por juiz de 1º grau também é submetida ao reexame necessário
 
TJ OU TRF NEGAM O RESE 
Cabimento de recurso ordinário constitucional – ROC - ao STJ
Possibilidade de novo HC

STJ DENEGA O ROC
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Vale ressaltar que o ROC no STF, pressupõe que o HC tenha sido denegado em ÚNICA INSTÂNCIA por um tribunal superior. Assim, se o STJ denegar HC em ROC, não caberá ROC de ROC.
Exceção: decisões teratológicas
Crítica: conceito vago sobre o que vem a ser decisão teratológica. O STF decide o que é e o que não é em cima de critérios duvidosos.
ORDEM 
DELEGADO
JUIZ DE 1ª INSTÂNCIA
TJ OU TRF
STJ
STF
Desembargador do TRF-4 manda soltar Lula no domingo de 8 de julho de 2018
ASPECTOS DA DECISÃO
O desembargador PLANTONISTA Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, deferiu liminar determinando a soltura do ex-presidente Lula neste domingo (8/7). A decisão foi proferida em Habeas Corpus ajuizado pelos deputados do Partido dos Trabalhadores Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira.
De acordo com a decisão monocrática de Favreto, a prisão do ex-presidente foi decretada sem nenhuma fundamentação, apenas com base na Súmula 122 do próprio TRF-4, sobre execução provisória da pena, sem que exista definição sobre o assunto no Supremo Tribunal Federal.
O instituto afirma que, “encerrada a jurisdição criminal de segundo grau, deve ter início a execução da pena imposta ao réu, independentemente da eventual interposição de recurso especial ou extraordinário”.
Logo após a decisão liminar de Favreto, Moro, de férias, soltou um despacho afirmando que não cumprirá a decisão porque o desembargador não tem competência para determinar a soltura do ex-presidente Lula. 
AUTORIDADE INCOMPETENTE PODE DAR HC?
DESEMBARGADOR DO TRF 4 NÃO ERA AUTORIDADE COMPETENTE, UMA VEZ QUE A ORDEM DE PRISÃO DO LULA VEIO DO TRF.
LOGO O TRF ERA AUTORIDADE COATORA.
ASSIM, O STJ QUE DEVERIA TER RECEBIDO A ORDEM DE HC.
ALÉM DISSO, EM SEDE DE PLANTÃO JUDICIAL, NÃO CABE RECONSIDERAÇÃO DE MATÉRIA. PODE SER FEITO APENAS NOVO PEDIDO.
HABEAS CORPUS COLETIVO
É cabível a impetração de habeas corpus coletivo?
SIM.
A ação coletiva é um dos únicos instrumentos capazes de garantir o acesso à justiça dos grupos mais vulneráveis socioeconomicamente. Nesse sentido, o STF tem admitido com maior amplitude a utilização da ADPF e do mandado de injunção coletivo.
O habeas corpus, por sua vez, se presta a salvaguardar a liberdade. Assim, se o bem jurídico ofendido é o direito de ir e vir, quer pessoal, quer de um grupo determinado de pessoas, o instrumento processual para resgatá-lo é o habeas corpus, individual ou coletivo.
Para o STF, apesar de não haver uma previsão expressa no ordenamento jurídico, existem dois dispositivos legais que, indiretamente, revelam a possibilidade de habeas corpus coletivo. Trata-se do art. 654, § 2º e do art. 580, ambos do CPP.
O art. 654, § 2º estabelece que compete aos juízes e tribunais expedir ordem de habeas corpus de ofício. O art. 580 do CPP, por sua vez, permite que a ordem concedida em determinado habeas corpus seja estendida para todos que se encontram na mesma situação.
Assim, conclui-se que os juízes ou Tribunais podem estender para todos que se encontrem na mesma situação a ordem de habeas corpus concedida individualmente em favor de uma pessoa.
Fonte: Dizer o Direito
Pode-se aplicar, por analogia, a regra do mandado de segurança coletivo
A CF/88 prevê que o mandado de segurança é cabível quando não for o caso de habeas corpus (art. 5º, LXIX). Existe, portanto, uma equivalência entre esses dois remédios constitucionais.
A Constituição prevê a existência do mandado de segurança coletivo (art. 5º, LXX). Por dedução, pode-se reconhecer a possibilidade do habeas corpus coletivo.
Quem é legitimado para impetrar habeas corpus coletivo?
Diante da inexistência de regramento legal, o STF entendeu que se deve aplicar, por analogia, o art. 12 da Lei nº 13.300/2016, que trata sobre os legitimados para propor mandado de injunção coletivo.
Assim, possuem legitimidade para impetrar habeas corpus coletivo:
1) o Ministério Público;
2) o partido político com representação no Congresso Nacional;
3) a organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano;
4) a Defensoria Pública.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
(...)
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
Apesar da previsão do art. 318, IV e V, do CPP, muitas mulheres, mesmo estando grávidas ou com filhos menores de 12 anos, permanecem recolhidas nas unidades prisionais cumprindo prisão preventiva.
Em poucos casos, os juízes concediam a prisão domiciliar.
Diante desta realidade, advogadosde um movimento chamado “Coletivo de Advogados em Direitos Humanos” (CADHu) impetraram habeas corpus coletivo no STF pedindo que a Corte reconhecesse, de forma ampla e geral, que as presas grávidas ou com filhos menores de 12 anos possuem direito à prisão domiciliar.
Após a impetração, a DPU interveio neste habeas corpus.
MÉRITO DA IMPETRAÇÃO
Grave deficiência estrutural no sistema carcerário 
“Cultura do encarceramento”
O Brasil não tem conseguido garantir sequer o bem-estar de gestantes e mães que estão soltas
Legislação prevê direitos às mulheres presas que não estão sendo assegurados
Direitos dos filhos também são desrespeitados
Qual deve ser o critério para a substituição?
REGRA
Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres presas que sejam
- gestantes
- puérperas (que deram à luz há pouco tempo)
- mães de crianças (isto é, mães de menores até 12 anos incompletos) ou
- mães de pessoas com deficiência.
EXCEÇÃO
Não deve ser autorizada a prisão domiciliar se:
1) a mulher tiver praticado crime mediante violência ou grave ameaça;
2) a mulher tiver praticado crime contra seus descendentes (filhos e/ou netos);
3) em outras situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício.
Observações
Obs 1: o raciocínio acima explicado vale também para adolescentes que tenham praticado atos infracionais.
Obs 2: a regra e as exceções acima explicadas também valem para a reincidente. O simples fato de que a mulher ser reincidente não faz com que ela perca o direito à prisão domiciliar.
FONTE: Dizer o Direito
QUESTÃO DISCURSIVA