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FORMAÇÃO MODERNA NO BRASIL

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prof. lídia quièto 
HISTÓRIA DA ARQUITETURA 2 
ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL 
Formação do pensamento moderno: neocolonial, Revolução de 30, mudanças no ensino e o papel de Lúcio Costa 
 
 
 
7 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO 
CONTEXTO: REPÚBLICA 
Abolição da escravatura 
Industrialização 
República 
 
Desagregação da sociedade agrária 
patriarcal (senhores de terras e 
escravos) 
Ascensão da burguesia urbana 
(comerciantes, industriais, 
funcionários públicos, militares) 
Nova camada social 
(proletariado industrial) 
Trouxe alterações no programa da casa, sua 
redução e distribuição funcional. Casas de grande 
porte foram adaptadas para escolas, asilos ou 
instituições, palácios da República, casa de 
cômodo, ou tiveram seus lotes desmembrados 
Novos materiais 
Democratização 
Novos programas: intensificação da vida urbana 
 
Acúmulo de bens: consumo 
Vilas operárias e vilas higiênicas 
CONFLITOS 
classes, programas, técnicas, métodos 
de trabalho, materiais 
PRECEDENTES NO BRASIL 
virada do século XIX/XX 
TRANSFORMAÇÕES URBANAS 
Objetivo sanitário: crescimento desordenado, aglomeração, pestes (febre amarela, cólera, 
peste bubônica). 
 
Intenção plástica: afirmar uma nova identidade da república e o papel do Estado 
 
Arquitetura que representasse o progresso do modelo capitalista e industrial 
 
Lógica higienista, prevenção de pestes e doenças através de uma configuração do espaço que 
promovesse a saúde 
 
Imagem de modernidade associada às capitais europeias com Boulevards arborizados e largas 
avenidas lineares 
Reforma Pereira Passos 
O “Haussman brasileiro” 
Rio de Janeiro tem sua população multiplicada de 500 mil 
habitantes para 3 milhões e 500 mil em menos de 50 anos. 
NOVA IDENTIDADE: 
Equipamentos de cultura (Biblioteca 
Nacional, Teatro Municipal, Escola 
Nacional de Belas Artes) 
Edifícios públicos 
Estética dos espaços públicos, postes, 
calçadas, pisos, praças 
SOCIAL: Projetos de habitação popular 
(projeto Sas) 
SANITÁRIO: 
Derrubada de morros para 
a melhor circulação do ar 
Canalização de rios 
Aeração das habitações 
Abastecimento de água 
Tratamento de esgoto 
 
MOBILIDADE: 
Abertura da Avenida Central 
(atual Rio Branco), Mem de Sá e 
Beira Mar 
Abertura de túneis 
Bondes elétricos 
Urbanização de Copacabana 
ECONÔMICO: 
Reconfiguração do Porto 
Sem Passos o Rio permaneceria uma agradável cidade de 
colônia. Com Passos... Ingressou de vez no rol das grandes 
capitais do mundo; Rio, paisagem admirável, transformou-se 
em Rio, grande cidade... 
Rodrigues Alves 
Rio de Janeiro, Capital Federal 
Embelezamento e saneamento 
Avenida Central: intervenção na malha colonial 
Traçado da 
futura Av. 
Central 
Morro do Castelo, 1890 
Avenida Central 
Av. Central sentido Sul 1902, 1905 
Av. Central sentido Sul, 1910 
Av. Central sentido Norte, 1910 
Avenida Beira-Mar 
Praia de Botafogo 
Pavilhão Mourisco 
A avenida Beira-Mar com 
seus jardins e pavilhões, 
tornou-se referência para 
a elite, pois em suas 
imediações localizavam-se 
alguns dos mais elegantes 
palacetes da cidade. 
Praia de Botafogo 
2. NEOCOLONIAL 
MOVIMENTO NEOCOLONIAL 
Tem sua origem na conferência do 
arquiteto português, radicado em São 
Paulo, Ricardo Severo “A Arte 
Tradicional do Brasil” em 1914 
 
Primeiros projetos de Ricardo Severo e 
Vitor Dubrugas 
 
Tem como referência a produção luso-
brasileira, arquitetura colonial 
 
Tinha como objetivo o afastamento dos 
estilos europeus que fundamentavam a 
produção eclética para a construção de 
uma arquitetura genuinamente 
brasileira 
 
Foi um movimento romântico, de 
retorno ao passado que se estendeu por 
toda a América Latina 
“Com efeito, para criar uma arte que 
seja nossa e de nosso tempo, cumprirá, 
qualquer que seja a orientação, que não 
se pesquisem motivos, origens e fontes 
de inspiração para muito longe de nós 
próprios, do meio em que decorreu o 
nosso passado e no qual terá que 
prosseguir nosso futuro”. 
 
Ricardo Severo, 1916 
Vitor Dubrugas e Ricardo Severo 
Teve maior expressão e desenvolvimento no 
Rio de Janeiro pela tradição histórica da cidade 
e pela presença de exemplares notáveis 
 
Outro fator foi o envolvimento do médico e 
admirador da Arte Brasileira José Mariano 
Filho que patrocinou concursos e estimulou a 
fundação de revistas especializadas 
 
Concurso para uma “Casa Brasileira” dentro 
das tradições luso-brasileiras, promovido pelo 
IAB em 1921 
 
Concurso “Solar Brasileiro”, em 1923. 1º lugar: 
Ângelo Bruhns e 2º lugar: Lúcio Costa (ainda 
estudante) 
 
“De resto, como se poderiam eles informar, se 
na própria escola não existe uma cadeira de 
cultura artística e histórica dedicada à arte 
nacional?” 
José Mariano Filho 
Grupo Escolar Pedro II Petrópolis, Escritório Técnico 
Heitor de Mello, 1920. 
Projeto vencedor 
do Concurso “Casa 
Brasileira”, Nereu 
Sampaio e Gabriel 
Fernandes, 1921. 
Solar Majope, José 
Mariano, execução 
Mário Perry, 1923 
Além do aspecto formal, há o desejo de 
adequar a arquitetura ao clima: 
 
“Empregae o ferro, ou a madeira se não 
despuzerdes do ferro, mas não simulae a 
materia de nenhum deles... Não poderíamos 
pensar numa casa a moda daquellas que 
faziam a felicidade dos nossos avós... Nós só 
podemos reviver o estylo architectonico, se 
esse estylo puder representar e atender as 
exigências prementes da vida moderna, por 
assim dizer, universal que vivemos” José 
Mariano Filho, “Os Dez Mandamentos do 
Estylo Neo-Colonial”, 1923 
 
Exposição Internacional Comemorativa do 
Centenário da Independência na área do 
desmonte do Morro do Castelo trouxe a 
utilização do repertório neocolonial em 
alguns dos 13 pavilhões brasileiros 
 
O único remanescente é hoje o Museu 
Histórico Nacional 
Viagens de estudos à Minas Gerais para 
organização de um catálogo de detalhes da 
arquitetura colonial brasileira. 
 
Participaram Nereu Sampaio em São João del 
Rey e Congonhas, Nestor Figueiredo em Ouro 
Preto, Ângelo Bruhns, Lúcio Costa em 
Diamantina 
Pavilhão do Brasil Exposição da Filadélfia, Lúcio Costa, 1920. 
Escola Argentina, Nereu Sampaio e Gabriel Fernandes Escola Normal DF, 
Arquitetura fundamentada nas raízes 
nacionais, ainda de cunho historicista 
Reviver formas/elementos da 
arquitetura colonial brasileira: 
azulejos portugueses, colunas 
torcidas, acabamentos curvos na 
fachada, telhado cerâmico, treliçados, 
venezianas 
“Cansados de copiar o que fazem os 
estrangeiros, chegamos à conclusão 
que é necessário fazer qualquer coisa 
de acordo com a história, raça, a alma 
da nação, em todas as nossas 
manifestações artísticas”. 
Revista Fon-Fon, 1921. 
Escola Normal RJ, José Cortez e Ângelo Bruhms, 1928. 
3. SEMANA DE ARTE DE 1922 
SEMANA DE ARTE MODERNA 
1922 
REVOLUÇÃO E NACIONALISMO: ruptura com o passado e independência 
cultural. É um manifesto contra a tradição. 
 
Oswald Andrade: divulgação dos princípios futuristas e defesa de uma 
produção inspirada na “paisagem, na luz, na cor, na vida trágica e opulenta 
do interior do Brasil”. 
 
Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, John Graz, 
Brecheret, Villa Lobos, Antonio Garcia Moya. 
Samba, Di Cavalcanti, 1925 A boba, Anita Malfatti, 
1915 
O artesão, Vicente do Rego 
Monteiro, s.d. 
Floresta tropical, 
John Graz, s.d. 
Abapuru, Tarcila do Amaral, 1928 
Monumento às Bandeiras, Bercheret, 1921 
A semana de Arte de 1922 
não influenciou diretamente 
a produção da arquitetura 
para uma linguagem 
moderna/ purista, mas cria 
um contexto de oposição 
que abre caminho para a 
discussão em toda a 
produção artística.
Os retirantes, Candido Portinari, 1944 
Projeto de Residência, Antonio Garcia Moya, 1928. 
Estudo para um mercado, Antonio Garcia Moya, s.d. 
“SER MODERNO É SER NACIONALISTA”. 
WARCHAVCHIK 
PRIMEIRAS OBRAS 
Arquiteto russo, formado na Itália, 
formação clássica. 
 
Arquitetura prática, e econômica, 
de volumes e linhas puras, 
elementos funcionais, ênfase na 
verdade construtiva e simplicidade 
 
Conhece a produção de Le 
Corbusier. 
 
Escreve semanalmente em o Jornal 
II Piccolo e publica alguns textos, 
manifestos no Correio da Manhã. 
Casa do arquiteto, primeira casa moderna brasileira, 1927 
Casa Max Gral, 1928 
Casa Modernista, 1929 
Residência Rua Bahia, São Paulo, 1930 
Edifício Mina Klabin, 1944 
Habitação social na Gamboa, 1933 
Em parceria com Lúcio Costa 
4. REVOLUÇÃO DE 1930 
REVOLUÇÃO DE 1930 
Crise Mundial de 1929 
(Grande Depressão) 
 
Intenção de transformar o 
Brasil de país rural para 
industrializado e urbano 
 
Movimento Tenentista 
(década de 1920) ideário 
da industrialização, afastar 
os senhores de café, 
ampliar o poder voto e 
instituir uma base legal 
para a classe trabalhadora 
 
Golpe de 1930, que depôs 
o presidente da república , 
impediu a posse do 
presidente eleito Júlio 
Prestes e pôs fim 
à República Velha 
Posse de Getúlio Vargas dá início a 
Republica Nova que busca atender aos 
desejos do movimento tenentista 
 
Cria o Ministério da Educação e Saúde 
(MÊS) e o Ministério do Trabalho, 
Indústria e Comércio. 
 
Nomeia interventores e destitui os 
governadores eleitos com o apoio da 
oligarquia cafeeira. 
 
Revolução Constitucionalista de 1932 
em defesa de uma nova Constituição 
Ao assumir o governo em 1930, 
Getúlio Vargas nomeia 
interventores, há substituição 
de diretores do Serviço Público. 
 
Deposição de José Mariano 
Filho da direção da Escola 
Nacional de Belas Artes e posse 
de Lúcio Costa. 
 
Apesar de estar muito 
envolvido com o movimento 
neocolonial e amigo de José 
Mariano, havia conhecido 
estilos “francamente 
modernos” em sua viagem 
recente à Europa e defende a 
corrente moderna, 
especialmente a abordagem de 
Le Corbusier. 
“Fazemos cenografia, estilo, arqueologia... Casas espanholas 
de terceira mão, miniaturas de castelos medievais, falsos 
coloniais, tudo, menos arquitetura (...) Acho impensável que 
os nossos arquitetos deixem a Escola conhecendo 
perfeitamente a nossa arquitetura da época colonial – não 
com o intuito da transposição ridícula de seus motivos, ou de 
mandar fazer falsos móveis de jacarandá – os verdadeiros são 
lindos – mas de aprender as boas lições que ela nos dá de 
simplicidade perfeita, adaptação ao meio e à função, e 
consequente beleza”. 
Lúcio Costa, 1930 
Lúcio Costa foi diretor da 
ENBA em 1931 
Reforma no Salão de Belas Artes 
integrando na mostra obras 
modernas de pintura e arquitetura: 
Gregori Warchavchik e Lúcio Costa 
 
Contratação de novos professores 
alinhados a prática artística e 
pensamento moderno como: Burle 
Marx, Gregori Warchavchik, 
Alexander Buddeus e 
posteriormente Affonso Eduardo 
Reidy 
 
Introdução de novas fontes de 
pesquisa com vocabulário plástico 
de sólidos geométricos 
elementares e nova técnica de 
apresentação: exata e pura. 
 
“Escola racionalista ou 
funcionalista” onde “A fachada 
dizia, deve ser o reflexo da planta”. 
Buddeus 
Como presidentes do Centro Acadêmico, Luiz Nunes (pioneiro 
na abordagem moderna no nordeste, disseminador do 
movimento) e Jorge Machado Moreira (autor do projeto da 
cidade Universitária do RJ ganhador de distintos prêmios) 
 
Teve como alunos, Alcides Rocha-Miranda, Ernani 
Vasconcelos, Oscar Niemeyer, Milton Roberto entre outros 
arquitetos com produção de alta qualidade que marcaram o 
movimento moderno. 
 
Conflito entre Lúcio Costa e José Mariano com envolvimento 
de alunos e greves que colocou em evidência o movimento 
renovador. Não se tratava de uma polêmica entre duas 
pessoas, mas entre duas doutrinas, uma de um 
tradicionalismo romântico; outra, racionalista e moderna, 
perscrutava o futuro 
VISITA DE FRANK LLOYD WRIGHT 
A visita acontece em agosto de 1931 para 
o julgamento do Concurso Farol de 
Colombo junto com Eliel Saarinen e Acosta 
y Lara 
 
Uma delegação de alunos pede apoio a 
Frank Lloyd afirmando que a ENBA bania 
livros da arquitetura moderna que os 
apoia fazendo menções e apelos em todas 
as suas aparições públicas 
 
“Por minha fé, a greve das Belas-Artes 
começou a esquentar. Não lembro onde 
nem quantas vezes tomei a palavra nem 
quantos artigos escrevi para O Globo e A 
Manhã, as folhas marcantes do Brasil”. 
“Ah esses riodejaneirenses são vivos e 
cheios de fogo. Jamais imaginei que 
latinos me agradassem tanto” 
 
Frank Lloyd Wright 
Visita a casa moderna projetada por Warchavchik em 
Copacabana e se impressiona com a composição pura e 
geométrica do edifício. Ao voltar aos Estados Unidos 
projeta a Casa da Cascata utilizando pela primeira vez 
volumes temáticos puros 
 
Tais fatos definem o caminho da arquitetura moderna 
brasileira. A Reforma seria implantada apenas em 1946, 
com a fundação da Faculdade Nacional de Arquitetura 
(FNA) da Universidade do Brasil, atual UFRJ. 
5. PENSAMENTO DE LÚCIO COSTA 
LÚCIO COSTA 
FUNDAMENTAÇÃO 
O texto aparece datado de 1934, o que o faz 
simultâneo ao projeto da Vila Monlevade e, 
portanto, anterior ao projeto do Ministério da 
Educação e Saúde, à instituição do SPHAN, e ao 
contato próximo do autor tanto com Mário de 
Andrade (que se efetivaria no próprio ambiente 
da UDF, onde o autor de Macunaíma ocuparia o 
posto de diretor), quanto com Le Corbusier 
(originado em convivência diária no legendário 
workshop de 1936). Antecede, também, o 
"advento Niemeyer", cuja posição-chave no 
campo arquitetônico brasileiro começaria a se 
definir justamente no decorrer do processo 
projetual do Ministério, para consagrar-se mais 
adiante com o Pavilhão de Nova York (assinado 
em parceria com Lucio Costa) e de maneira 
definitiva logo a seguir com o conjunto da 
LÚCIO COSTA 
FUNDAMENTAÇÃO 
arquitetura moderna poderia tirar proveito das 
lições da arquitetura colonial luso-brasileira. 
Yves Bruand 
 
A rememoração é abstrata, ambígua, 
multivalente, não se esgotando de modo algum 
na tradição local. 
Carlos Eduardo Comas 
 
O completo entendimento das características 
construtivas e dos repertórios formais que no 
Brasil se difundiram e combinaram define, em 
Lucio Costa, o raciocínio moderno sobre a base 
vernacular como o principal instrumento de 
projeto e intelecção. 
Guilherme Winisk 
CASAS SEM DONO 
1932 – 1936 
Projetos não executados, 
elaborados como estudos, 
fruto da escassez de trabalho 
e de estudos de obras e 
escritos modernos 
 
Rigorosa geometria e o 
processo de combinar 
volumes puros de Gropius e 
Mies 
 
Uso de planos associados a 
materialidade como Mies 
 
Repertório de Le Corbusier, 
especialmente o pilotis 
 
Busca pelo “abrasileiramento” 
do repertório moderno, assim 
como Warchavchik 
PAVILHÃO DO BRASIL 
1939, parceria com Oscar Niemeyer 
CASA SAAVEDRA 
1940 
HOTEL PARK 
1944 
A natureza escolheu o homem 
para ser o veículo da tecnologia. 
Lúcio Costa 
Penso que o fundamento do pensamento estético de Lucio Costa radica na percepção da relação entre 
natureza e cultura como um fluxo. 
Ronaldo Brito 
EDIFÍCIOS DO PARQUE GUINLE 
1943 
6. ESCOLA CARIOCA 
ARQUITETURA MODERNA 
VERTENTES 
1. PERÍODO DE FORMAÇÃO: PURISMO 
 
2. CONSOLIDAÇÃO: ESTILO INTERNACIONAL 
A partir da segunda Guerra Mundial e da 
Exposição International Style (1932) 
 
3. VARIAÇÔES: 
A partir de 1945 
 
VERTENTE CONTEXTUALISTA 
Busca adaptar a estética compositiva
às 
demandas climáticas regionais 
 
VERTENTE EXPRESSIONISTA 
Exposição Surrealista de 1947 
Valorização da forma como expressão 
Busca da monumentalidade 
O efeito de massa, de solidez estática, até agora a 
principal qualidade, praticamente desapareceu; em seu 
lugar há um efeito de volume, ou, mais exatamente, de 
superfícies planas que demarcam um volume. O símbolo 
arquitetônico não é mais o tijolo denso, mas a caixa 
aberta. (Henry-Russel Hitchcock e Philip Johnson) 
Mudança do paradigma formal: modelo aberto com 
ênfase em aspectos do contexto, vernaculares, na 
expressividade de formas orgânicas e escultóricas, na 
textura dos materiais, aspecto construtivo, técnico e 
estrutural da obra 
Princípios formais: (1) arquitetura como volume, como 
jogo dinâmico de planos mais do que massa; (2) 
predomínio da regularidade na composição, substituindo 
a simetria axial; (3) ausência de decoração que surge da 
perfeição técnica e expressividade construtivas 
ESCOLA CARIOCA 
Parceria entre Gregory Warchavichik e 
Lúcio Costa em meados dos anos 20. 
 
Estudo das obras de Walter Gropius, Mies 
van der Rohe e principalmente as teorias 
de Le Corbusier. 
 
Frank Lloyd Wright visita o Brasil em 1931 
 
Le Corbusier visita o Brasil em 1936 como 
consultor para o projeto do MES. 
 
Adaptação do estilo Internacional para o 
contexto brasileiro. 
 
Abordagem sistemática do projeto de 
arquitetura, paisagismo, urbanismo, 
decoração. 
 
Como o movimento neocolonial buscava a 
identidade brasileira e a função social da 
arte, mas o moderno buscava o genuíno 
EXPOSIÇÃO BRAZIL BUILDS 
1943 
A exposição compunha-se de painéis fotográficos e 
respectivos textos explicativos, um conjunto de três 
maquetes - do Ministério de Educação e Saúde, do Pavilhão 
Brasileiro na Feira Internacional de Nova York (1939), e da 
Residência Arnstein - e ainda de um audiovisual que 
combinava a projeção de slides em cores com um texto 
gravado em fita. Como produto final foi publicado o livro 
Brazil Builds, de autoria de Philip Goodwin. 
 
Após a exibição em Nova York, a exposição circulou entre 
1943 e 1945 por várias cidades da América do Norte, tais 
como Boston, Filadélfia, São Francisco, Pittsburgh, Toronto 
e Cidade do México, entre as principais, tendo sido 
também apresentada em Londres. 
 
No Brasil, foi exposta inicialmente no Rio de Janeiro, 
seguindo posteriormente para Belo Horizonte, São Paulo, 
Santos, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e 
Jundiaí. 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE 
1936 – 1944 
 A equipe, formada por Carlos Leão, Affonso Eduardo 
Reidy, Jorge Moreira, Ernani Vasconcelos e Oscar 
Niemeyer e liderada por Lúcio Costa, realiza o primeiro 
edifício que incorpora em grande escala os cinco 
pontos da arquitetura corbusiana. Ao mesmo tempo, 
lança mão de uma plasticidade incomum e recupera 
elementos "nacionais", como os painéis de azulejo 
E lembrar da atuação decisiva de Gustavo Capanema, convocando Lúcio Costa (...) e também Le 
Corbusier, daí surgindo esse prédio esplendido que é o atual Palácio da Cultura. E o clima de confiança 
que faltava se estabeleceu, permitindo a construção de novos edifícios. 
 
Oscar Niemeyer 
 
VISITA DE LE CORBUSIER 
1936 
Se na primeira fase a 
arquitetura moderna brasileira 
ficou marcava pelo 
“racionalismo e funcionalismo”, 
a segunda se caracteriza pela 
expressão da estrutura 
independente e do brise-soleil 
associados a produção e 
pensamento de Le Corbusier 
Após algumas proposições e 
estudos da equipe para o 
projeto do edifício do MES, a 
insatisfação de Lúcio Costa o 
leva a sugerir a Gustavo 
Capanema e Carlos 
Drummond de Andrade a 
vinda de Le Corbusier para 
uma consultoria 
 
Uma conferência de seis dias 
foi realizada para o 
ensinamento da sua teoria e 
abordagem de projeto. 
 
Fez dois projetos no Rio de 
Janeiro, um para o ministério 
e outro para a cidade 
universitária, que inspiraram 
a equipe. 
Referências bibliográficas 
 
XAVIER, Alberto. Depoimento de uma Geração. São Paulo, Cosac e Naify: 2003. 
 
CURTIS, Willian J. R. Arquitetura Moderna desde 1900. Porto Alegre: Bookman, 
2008. 
Capítulo 21 
 
FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo: 
Martins Fontes, 2003. 
capítulo 1, parte II 
 
MENDES, Chico; VERÍSSIMO, Chico; BITTAR, William. Arquitetura no Brasil: de 
Deodoro a Fiqueiredo. Rio de Janeiro: Novo Milênio, 2015. 
5.3 - O Movimento Neocolonial 
5.5 – Arq. Moderna no Brasil – origens 
5.6 – A revolução de 30 e a reforma da ENBA 
7.1 – O edifício do MES 
 
SANTOS, Paulo. Quatro Séculos de Arquitetura. Rio de Janeiro: IAB, 1981. 
Capítulo 2: CAPÍTULO 3 - Período Republicano 
 
Warchavchik: 
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/10.113/3929 
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