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Artigo A importância das políticas sociais no Brasil

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A importância das políticas sociais no Brasil
Maria Silvane dos Santos1
RESUMO
As políticas públicas estão em um universo de atendimento as populações de carência abaixo
da linha de pobreza e que se reflete em uma condição em que os dados são aferidos
mundialmente ponto o país em uma classificação internacional. Alguns índices são expostos
mundialmente para que sejam corrigidas as defasagens sociais em todo de diversas áreas. O
principal problema é como atender as populações através de órgão públicos e nesse sentido, o
Centro de Referência da Assistência Social aparece em primeiro plano para equacionar
diversas situações de vulnerabilidade humana como forma de corrigir estruturas sociais de
pobreza e almejar uma situação melhor no atendimento a uma parcela da população em
situação de risco social ou de vulnerabilidade, quer seja por questões sociais de violência ou
mesmo pelo uso de drogas. Esse artigo trata das políticas públicas no Brasil através do Centro
de Referência da Assistência Social – CRAS.
Palavra-chave: Assistência Social. Políticas Públicas. CRAS.
INTRODUÇÃO
O Brasil depois da Constituição de 1988, também chamada Constituição Cidadã,
passou a adotar inúmeras políticas sociais para a diminuição das desigualdades sociais, para
isso o Brasil foi dividido em diversas áreas de acordo com o nível de pobreza, assim grande
parte do país, principalmente o nordeste, foi dividido em territórios, também conhecido como
Territórios da Cidadania, para melhorar o atendimento as populações cujos índices de
desenvolvimento humano estavam muito abaixo da linha de pobreza através do índice das
Nações Unidas.
Essa primeira providência foi necessária para que se pudesse equacionar diversas
políticas de atendimento a populações de áreas em que as políticas públicas raramente
chegavam através dos governos municipais ou mesmo dos estaduais. Assim as políticas de
atendimento, além das que estão preconizadas na Constituição Federal, se destaca o papel dos
1 Aluna de Pós-Graduação da Estácio de Sá.
Centro de Referência de Assistência Social em que congrega uma série de atividades sociais
tendo como papel principal o acolhimento em diversas áreas sociais.
A concepção mais próxima de uma atividade em que as políticas públicas estejam
alinhadas a um processo de acolhimento as populações menos favorecidas, e muitas vezes sob
risco social, é surge os Centros de Referências de Assistência Social para garantia das
políticas públicas e sua aplicação nas 
O Centro de Referência da Assistência Social nas políticas públicas no Brasil
O Centro de Referência da Assistência Social- CRAS é uma unidade pública
responsável pela oferta de serviços continuados de proteção básica, com matricialidade
familiar e ênfase no território. É a “porta de entrada” dos usuários à rede de proteção social
básica do Sistema Único da Assistência Social - SUA. A Pesquisa se justifica, uma vez que
terá por foco analisar o perfil das famílias que demandam os serviços e benefícios
disponibilizados pela Política Assistência Sociais, através do Centro de Referência da
Assistência Social - CRAS.
O trabalho oferecido no Centro de Referencia da Assistência Social- CRAS, com
ênfase na família, deve privilegiar a dimensão socioeducativa da Política de Assistência
Social. Dessa forma, todas as ações profissionais devem ter como diretriz central a construção
do protagonismo e da autonomia na garantia dos direitos com superação das condições de
vulnerabilidade social e das potencialidades de riscos.
 Assim sendo neste contexto, destaca-se o Centro Referência da Assistência Social
- CRAS, uma vez que esta vem atender e trabalhar com a comunidade e suas famílias. No
entanto, fazer o levantamento do perfil das famílias atendidas pelo Centro de Referência da
Assistência Social - CRAS é fundamental para a construção e definição das ações
desenvolvidas. Esses indicadores poderão possibilitar um novo olhar da comunidade, tanto
pelos profissionais quanto pela gestão municipal. 
O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, é um órgão de políticas
públicas voltado para a Assistência Social para a população, em que a sua concepção de
funcionamento está voltada para os municípios, para a concessão de benefícios diretos com
políticas públicas, voltados para minimizar a necessidade da população, não como políticas
públicas coletivas, mas sim, para o atendimento individual das pessoas necessitadas, que
buscam o órgão de atendimento. O governo central assim define o Centro de Referência da
Assistência Social – (MDSA; 2007) 
O Centro de Referência da Assistência da Social - CRAS é um espaço
governamental para desenvolver ações complementares em atendimento ao Bolsa Família e as
suas ramificações estabelecidas através deste programa, como programas de inclusão social -
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, e programas de geração de trabalho e
renda que possui uma capilaridade com a Assistência Social. (MDSA; 2007) 
No tocante a geração de emprego e renda, há uma mobilização ainda maior em
conjunto com outros órgãos de políticas públicas em atendimento a diversas atividades, como
a Agricultura Familiar e Educação do Campo ou Educação Rural.(MDSA; 2007) 
Esta contribuição acadêmica tenta mostrar o que se faz o Centro de Referência da
Assistência Social - CRAS e como são desenvolvidas as atividades para a recuperação ou
inserção dos idosos e jovens no mercado de trabalho ou mesmo em situação de risco social,
com aulas de dança, e diversas atividades para a emancipação da população pobre do entorno.
No Maranhão a política de assistência social ainda é muito incipiente devido as
condições em que se encontram os municípios com o Índice de Desenvolvimento Humano -
IDH baixo e das correntes políticas que assentam as diretrizes governamentais. É importante
salientar que a instalação de um Centro de Referência não é estabelecida em todas as políticas
públicas no país, que geralmente estão descontinuadas da Política Nacional de Assistência
Social.(IBGE, 2017)
 A família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por
matrimônio ou união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou
elementar. Designa-se por família um conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco
entre si e vive na mesma casa formando um lar. A família é considerada uma instituição
responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos
no meio social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de fundamental
importância. É no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão
de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes
perpetuados através de gerações. O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia,
afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de
algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam
a unidade familiar. (MDS, 2017; p. 21)
Em Biologia, a família é uma categoria da classificação sistemática que fica entre o
gênero e a ordem. Entre os familiares, é possível identificar dois graus de
proximidade: a família nuclear e família extensa. A família nuclear normalmente é
composta pelos pais e irmãos, enquanto a família extensa é composta por avós, tios,
primos, etc. (WIKIPEDIA,2017)
A família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as mudanças
religiosas, econômicas e socioculturais do contexto em que se encontram inseridas. Ela é um
espaço sociocultural que podeser continuamente renovado e reconstruído; o conceito de
próximo encontra-se realizado mais que em outro espaço social qualquer, e pode ser visto
como um espaço político de natureza criativa e inspiradora sendo vital para qualquer
circunstância a transmissão de valores socialmente aceites. Assim, a família deverá ser
encarada como um todo que integra contextos mais vastos como a comunidade em que se
insere (MDS, 2014).
Uma profunda reforma institucional deu início ao processo de modernização da
política de assistência social brasileira prevista pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei
nº. 8 742, de 07 de dezembro de 1993 – a Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS
I) (A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II) o
amparo às crianças e adolescentes carentes; III) a promoção da integração ao
mercado de trabalho; IV) a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de
deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V) a garantia de 1
(um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao
idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família (BRASIL,1993, p.34)
Ratificando a Constituição Federal a LOAS introduz uma nova concepção e
formatação da assistência social, como vemos em seu artigo 1º:
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade
Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um
conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas”(BRASIL, 2015 p.12). 
Um de seus maiores desafios indicados para a assistência social é o de integrar-se
às políticas setoriais em busca da universalização dos direitos sociais para os segmentos
sociais que enfrentam maiores dificuldades e que, por isso mesmo, merecem proteção e
amparo. Entre eles estão: a criança e o adolescente em risco ou sem amparo familiar, os
idosos desprotegidos, os portadores de deficiências e, sobretudo, as famílias empobrecidas e
em situação de crise. Desde a promoção da integração ao mercado de trabalho até a
universalização dos direitos sociais a LOAS propõe uma política inclusiva e integral, prestada
como direito do cidadão, tendo por base um novo padrão ético e civilizatório que se quer
imprimir na sociedade brasileira. 
Assim, a LOAS inaugura uma nova era para a assistência social brasileira,
projetando romper com uma longa tradição cultural e política e estabelecendo os objetivos,
princípios doutrinários e organizativas e diretrizes da área. Ao mesmo tempo, estabelece uma
nova matriz para a Assistência Social brasileira, iniciando um processo que tem como
perspectiva torná-la visível como política pública e direito dos que dela necessitarem.
Em síntese, a LOAS introduziu mudanças estruturais e conceituais na assistência
social pública, transformando e criando, por meio dela, um cenário com atores, estratégias e
práticas, que deverão se articular e articular relações interinstitucionais mais profícuas com a
sociedade. Essas normas legais apresentam uma nova concepção em termos de gestão e do
controle social ao afirmar novos paradigmas para a política de assistência social: garantia de
cidadania, proteção social, caráter não contributivo, necessária integração entre o econômico e
o social e primazia da responsabilidade do Estado na universalização de direitos e de acessos
aos serviços. 
Esse novo desenho institucional, com comando único, descentralização, planos e
fundos prevê a criação de conselhos de gestão e de controle social e a integração às demais
políticas setoriais. Surge, portanto, um sistema descentralizado e participativo de assistência
social, cuja estrutura engloba as instâncias de articulação política, de avaliação e proposição
de diretrizes, de deliberação, de pactuação, entre outras, respeitando as diretrizes de
participação popular e controle social. 
Nesse processo de discussão e regulamentação merecem destaque as cinco
Conferências Nacionais de Assistência Social, realizadas nos últimos dez anos, que
deliberaram, avaliaram e propuseram novas bases de regulação da Política de Assistência
Social e contribuíram com a “formação de competências de gestão, consensos e avanços nesta
política.
Porém, não resta dúvida que as NOBS exerceram um papel fundamental na
superação no enfrentamento das posições conservadoras até que se conseguisse chegar a
definição de um a política e de um sistema para a assistência social. Vejamos o papel
importante que elas exerceram. A NOB/98 ampliou a regulação da Política Nacional de 1998
e definiram estratégias, princípios e diretrizes para operacionalizar a Política Nacional de
Assistência Social de 1998. Explicitando a diferenciação quanto ao financiamento dos
serviços, programas e projetos essa normativa ampliou as atribuições dos Conselhos de
Assistência Social e propôs a criação de espaços de negociação e pactuação, de caráter
permanente, para a discussão quanto aos aspectos operacionais da gestão do sistema
descentralizado e participativo da Assistência Social. A assistência social no Brasil surgiu com
base na filantropia e nas ações solidarias religiosas, tais ações consistiam na prestação de
ajuda aos necessitados pela igreja católica, cuja pratica permaneceu até por volta de 1940.
Posteriormente foi dado origem a Legião Brasileira de Assistência - LBA com o
por objetivo de atender aos familiares dos pracinhas que combateram na Segunda Guerra
Mundial, oferecendo o atendimento materno infantil como sua característica prima. No
entanto com o decorrer do tempo essas ações se estenderam as populações consideradas
vulneráveis, em meio ao contexto do desenvolvimento social. Em meio ao panorama da
expansão da sociedade brasileira as classes trabalhadoras começaram a reivindicar seus
direitos, em busca de melhores condições de vida e de trabalho, tal ação funcionou como mola
propulsora a idealização das políticas sociais. Com a Constituição Federal de 1988 a
Assistência Social foi qualificada por estar como uma política de seguridade social prevista no
art. 194 da mesma:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.(BRASIL,1981, p.)
No entanto, essas políticas eram criadas com o intuito de funcionar como
estratégia para manter sob controle a população, ou seja, evitar as revoltas visando a cobrança,
pelos menos favorecidos financeiramente, contra o governo. Fazendo com que os mesmos se
permanecessem sob o domínio deste, mesmo em condições desiguais.
De fato, as políticas sociais passam a serem tratadas como forma estratégica do
Estado em assegurar à harmonia social, garantindo mínimos sociais a sociedade
civil, para que a mesma não venha se revoltar contra o sistema vigente, ou seja, o
capitalismo. (BRASIL, 2005, p.22).
Trata-se de uma política onde as desigualdades sociais são consideradas enquanto
fator que deve ser combatido, com vista a garantir proteção as pessoas que se encontram em
situações de risco, e assim tornar os direitos universais, abrangendo a todos independente de
sua classe, ou demais características que de certa forma acabam por excluir muitos da vida
social. A partir desta foram criados diversos programas com a finalidade de proteger os
cidadãos que seencontram a margem da sociedade, dentre esses programas estão o SUAS e o
CRAS. O Sistema Único da Assistência Social foi criado em função dos atos deliberativos da
IV Conferencia Nacional de Assistência Social, estando previsto na Lei Orgânica de
Assistência Social, tendo:
[...] suas bases de implantação consolidadas em 2005, por meio da sua Norma
Operacional Básica do SUAS (NOB/Suas), que apresenta claramente as
competências de cada órgão federado e os eixos de implementação e consolidação
da iniciativa. (BRASIL, 2005, p.1).
Consiste em um programa público com vista a organização dos serviços de
assistência social descentralizadas no Brasil. Tem por base a gestão participativa, onde são
articulados esforços e recursos dos governos federal municipal e estadual com o intuito de
financiar a política nacional de a. social. Da sua formação faz parte o poder público e a
sociedade civil as quais são participantes integralmente do compartilhamento do processo
gestor. 
A desigualdade social, chamada muitas vezes de desigualdade econômica, é um
problema social presente em todos os países do mundo, decorrente da má distribuição de
renda e, ademais, pela falta de investimento na área social. No geral, a desigualdade social
ocorre, nos países chamados subdesenvolvidos ou não desenvolvidos, mediante falta de uma
educação de qualidade, de melhores oportunidades no mercado de trabalho, e também da
dificuldade de acesso aos bens culturais, históricos pela maior parte da população. Em outras
palavras, a maioria fica a mercê de uma minoria que detém os recursos, o que gera as
desigualdades. Estudos afirmam que a desigualdade social surgiu com o capitalismo, ou seja,
o sistema econômico que passa a perpetrar a ideia de acumulação de capital e de propriedade
privada; ao mesmo tempo em que incita o princípio da maior competição e o nível das
pessoas baseados no capital e no consumo. 
O CRAS é uma unidade publica estatal de base territorial, localizado em uma área
de vulnerabilidade social. Realiza-se sob orientação do Gestor Municipal de
Assistência Social com mapeamento e a organização da rede sócio assistencial e
promove a isenção das famílias nos serviços prestados na proteção social básica.
Presta serviços como: Programas de Atenção Integral as Famílias; programa de
inclusão produtiva e projetos de enfrentamento a pobreza; Centro de Convivência
para idosos; serviços para crianças, adolescentes, jovens e outros. A taxa de
vulnerabilidade social, definida na NOB/SUAS (2005) é um importante indicador da
necessidade de oferta de serviços, onde cada município deve identificar os territórios
de maior vulnerabilidade e instalar o CRAS. De acordo com Brasil (2005), espaço
físico do CRAS deve ser compatível com os serviços nele ofertados. Deve abrigar
no mínimo três ambientes com suas funções, uma recepção, uma sala ou mais para
entrevistas e um salão para reunião com grupos de famílias, além das áreas
convencionas de serviços. Também deve possuir uma identidade pessoal própria,
com placa padrão. O principal programa ofertado pelo CRAS é o Programa de
Atenção a Família – PAIF, ele desenvolve ações e serviços básicos continuados para
as famílias. Foi criado em 18 de abril de 2004 pela portaria nª78 pelo MDS, onde
passou a integrar a rede de serviços de ação continuada da Assistência
Social(MDS,2017)
O CRAS tem como princípios, articular e potencializar os programas, serviços e
ações federais, estaduais e municipais em execução, na perspectiva de transformar o
atendimento pontual em políticas públicas e de protagonismo da população. O CRAS é um
equipamento estatal que possui característica de gratuidade, continuidade, sistematicidade,
investimento público permanente, responsabilidade estatal de gestão entre outras. É uma
unidade efetivadora de referencia e da contra referencia tanto para as famílias como para os
serviços ofertados em sua área de abrangência. É responsável pela oferta de serviços
continuados de proteção social básica de assistência social, as famílias, grupos e indivíduos
em situação de vulnerabilidade social. É a porta de entrada dos usuários da rede de proteção
social básica do SUAS. 
É uma unidade que organiza a vigilância social, monitoramento dos indicadores
sociais e dos impactos causados ações, em, uma área de abrangência e concretiza o
direito socioassistencial quanto a garantia de acesso a serviços de proteção social
básica como matricialidade sociofamiliar e ênfase no território de referência.
(MDS,2007)
Entende-se por proteção social de Assistência Social um conjunto de ações,
cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS para redução e
prevenção do impacto dos vínculos sociais e naturais ao ciclo da vida, à dignidade
humana e à família como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e
relacional. (Orientações Técnicas do Centro de Referência de Assistência Social –
CRAS1 Capitulo 1 p.9 (MDS,2007)
As ações e serviços de Assistência Social foram divididos em dois níveis de
proteção ao cidadão: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e de Alta
Complexidade. Esta divisão foi definida em 2004, pela Política Nacional de Assistência
Social que organiza programas, serviços, projetos e benefícios socioassistenciais de acordo
com a complexidade do atendimento. É importante acompanhar as definições postas pelo
LOAS e acordadas pela NOB/SUAS. O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) passa a
adotar dois níveis de proteção social: a proteção básica e a proteção especial.
 
Art. 6A. I - A proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e
benefícios da assistência social que visa a preveni situações de vulnerabilidade e
risco social por meio do desenvolvimento da potencialidade e aquisições e do
fortalecimento de vinculo famílias e comunitários, (incluído pela Lei n º 12.435, de
2011) (NOB-RH/SUAS: ANOTADA E COMENTADA p115)
O próprio termo e os tipos de atendimentos que compõem essa modalidade de
proteção social já indicam tratar-se da proteção primordial do usuário, das suas necessidades
primaria e básicas no ciclo da vulnerabilidade social, dando conta, portanto, da cobertura de
serviços que visam a minimização dos agravos da pobreza, o apoio à sustentabilidade
financeira e social e fortalecimento dos vínculos afetivo relacionais.
O Centro de Referência da Assistência Social – CRAS é na Política Nacional de
Assistência Social como uma unidade pública estatal de base territorial, localizado em áreas
de vulnerabilidade social. Executa serviços de proteção social básica, organiza e coordena a
rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social, atuando com
famílias e indivíduos, através do Programa de Atenção Integral às Famílias, em seu contexto
comunitário, visando a orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário. Portanto o Centro
de Referência da Assistência Social - CRAS deve levar em consideração novas referências do
conceito de família e partindo do suposto de que são funções básicas das famílias: prover a
proteção e a socialização dos seus membros; constituir-se como referências morais, de
vínculos afetivos e sociais; construção de identidade pessoal e grupal. Essa ação deve ser feita
com referência territorializada, que valorize as heterogeneidades, as particularidades de cada
grupo familiar, a diversidade de culturas e que promova o fortalecimento dos vínculos
familiares e comunitários. A proteção básica tem como objetivo prevenir situações de risco
por meio do desenvolvimento de potencialidadese aquisições e o fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade
social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos
serviços públicos, dentre outros) e/ou fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de
pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre
outras).(MDS,2007)
A Proteção Social Básica tem como porta de entrada do Sistema Único da
Assistência Social os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS. É um trabalho de
caráter continuado que visa a fortalecer a função de proteção das famílias, prevenindo a
ruptura de laços, promovendo o acesso e usufruto de direitos e contribuindo para a melhoria
da qualidade de vida.(MDSA,2007)
Promover o fortalecimento da função projetiva da família; a prevenção da ruptura
dos vínculos familiares e comunitários; a promoção de ganhos sociais e materiais às famílias;
a promoção do acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços
socioassistenciais; e o apoio a famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que
necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de
vivências familiares. De caráter preventivo e proativo, realizado em grupos, de modo a
garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com seu ciclo de vida. É um
serviço que propicia um espaço de convivência, de participação e cidadania, desenvolvimento
do protagonismo e da autonomia das crianças e adolescentes, a partir dos interesses,
demandas e potencialidades dessa faixa etária. Incluem atividades lúdicas, culturais e
esportivas como forma de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção
social.
Ocorrem por meio do trabalho em grupos e organizam-se de modo a ampliar
trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade,
fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária.
É um serviço que contribui no processo de envelhecimento saudável, no
desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares
e do convívio comunitário e na prevenção de situação de risco social. As intervenções são
pautadas nos interesses e demandas dessa faixa etária e devem incluir vivências que valorizam
suas experiências e que estimulem e potencialize a condição de escolher e decidir. Incluem
ainda atividades que valorizam as vivências grupais, experimentações artísticas, culturais,
esportivas e de lazer(MDS,2007).
Contribuir com a promoção do acesso de pessoas com deficiência e pessoas idosas
à rede socioassistencial, bem como aos serviços de outras políticas públicas, entre elas:
educação, trabalho, saúde, transporte especial e programas de desenvolvimento de
acessibilidade, serviços setoriais e de defesa de direitos e programas especializados de
habilitação e reabilitação (MDS, 2007). 
A inclusão produtiva desenvolve a capacidade de autonomia das famílias usuárias
da Política de Assistência Social, através do incentivo a geração do trabalho e renda,
promovendo ações de capacitação, instrumentalização para o trabalho e formação de grupos
de produção.(MDS,2007)
Benefícios Eventuais são benefícios da Política Nacional de Assistência Social
(MDS,2004), de caráter suplementar e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em
virtude de morte, nascimento, calamidade pública e situações de vulnerabilidade temporária
(MDS,2007).
Beneficio de prestação continuada é um benefício da Política de Assistência
Social, que integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência
Social – SUAS e para acessá-lo não é necessário ter contribuído com a Previdência Social. É
um benefício individual, não vitalício e intransferível, que assegura a transferência mensal de
1 (um) salário mínimo ao idoso, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa com
deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Em ambos os casos, devem comprovar não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem
tê-lo provido por sua família. A renda mensal familiar per capita deve ser inferior a ¼ (um
quarto) do salário mínimo vigente. O usuário e/ou um responsável deverá dirigir-se a unidade
dói Instituto Nacional de Seguro Social - INSS mais próxima ou ao Centro de Referência
Social – CRAS. O procedimento para concessão do Beneficio Prestação Continuada – BPC,
não necessita de intermediário (assessoria jurídica, advogado etc.). Pode ser feito de forma
GRATUITA. Basta dirigir-se diretamente ao Centro de Referência de Assistência Social -
CRAS ou ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS (MDS, 2007)
CONCLUSÃO
É notório o trabalho que os órgãos do governo tendem a estabelecer com a
população e fazer com que sejam atendidas a maior parcela possível de pessoas para que haja
uma melhoria na qualidade de vida. É preciso que se aborde com maior clareza essas
estruturas governamentais visto que muitas delas são desconhecidas da população e que
pouco procura, apesar de haver uma certa propaganda nesse sentido de promover ações
sociais no sentido de equacionar as diferente formas de atendimento social. 
A razão dessa problemática está na associação de políticas públicas em
consonância com ações políticas em que se enquadram outras ações partidárias em que são
levantadas questões de atendimentos sociais como ações não de governos mas de pessoas
políticas em que denotam uma falta de visão entre a ação social e o benefício social.
É uma proposta para se conceber uma visão de equilíbrio se ações voltadas para
um país tão diferente socialmente e tão desigual em suas estruturas.
REFERENCIAS
BAIMA, Glória Maria Nina. Manual para normalização de trabalhos acadêmicos.
Eduema: São Luís, 2014.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em 20.10.17
MDS, CADERNO ASSISTÊNCIA SOCIAL. Brasília:2017.
MDS, Caderno de Orientações: Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família e
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Brasília:2014
MDS, Cadernos - CapacitaSUAS: Vigilância Socioassistencial: Garantia do Caráter Público
da Política de Assistência Social. Brasília:2005
MDS, Direito e assistência social. Brasília, DF: 2014. 
MDS, FUNDAMENTOS ÉTICO-POLÍTICOS E RUMOS TEÓRICO-
METODOLÓGICOS PARA FORTALECER O TRABALHO SOCIAL COM
FAMÍLIAS NA PNAS. Brasília: 1993
MDS, Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS/
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. – 1. ed. – Brasília: 2009.
MDSA, CRAS: um lugar de (re)fazer histórias. Ano 1, n. 1, 2007. – Brasília :MDS, 2007.
VERGARA, Sylvia Constant, Relatórios e Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas,
2004.
WIKIPEDIA, em www.wikipedia.org. Acesso em 22.10.17

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