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Centro Universitário Leonardo Da Vinci
 
Curso Bacharelado em Serviço Social
 
do Da Vinci
 
 
	 
LUCIMAR BORGES
 
 
 
(
SES
0883
)
 
 
 
 
PROJETO DE
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
:
 A IMPORTÂNCIA DO 
ASSISTENTE SOCIAL 
JUNTO AOS AÇÕES DESENVOLVIDA PARA O GRUPO DE 
MULHERES DO PAIF
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARARANGUÁ
 
 
2022
 
 
 
LUCIMAR BORGES
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: A IMPORTÂNCIA DO 
ASSISTENTE SOCIAL JUNTO AOS AÇÕES DESENVOLVIDA PARA O GRUPO DE 
MULHERES DO PAIF 
 
 
 
 
 
 
O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. 
 
 Nome do Tutor – Orientador Samara Corrêa Demétrio Bihl CRESS: 5117 12ª Região 
 
Supervisora: Joanete Paulino de Borba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARARANGUÁ
2022 
 
PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: A IMPORTÂNCIA DO 
ASSISTENTE SOCIAL JUNTO AOS AÇÕES DESENVOLVIDA PARA O GRUPO DE 
MULHERES DO PAIF
POR
LUCIMAR BORGES
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe atribuída à nota “______” (_____________________________), pela banca examinadora formada por:
__________________________________________________________ 
Presidente: Prof.ª Samara Corrêa Demétrio Bihl – Orientador Local
_____________________________________________________
Membro: Joanete Paulino De Borba - Supervisor de campo
_____________________________________________________
Membro: Ariana Colombo da Silva
LUCIMAR BORGES
21 DE NOVEMBRO DE 2022
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
“Posso todas as coisas, naquele que me fortalece”. (Filipenses 4,13)”
RESUMO
Dessa maneira este trabalho tem como objetivo falar um pouco sobre o papel dos assistentes sociais na operacionalização do PAIF, como sendo porta de entrada das famílias ao SUAS, e de que forma a ação profissional pode interferir na vida dessas mulheres que em suma protagonizam as políticas sociais. Nesse sentido, o/a assistente social possui um papel fundamental de captar estes sujeitos e inseri-los nas políticas e rede de serviços que possam, em conjunto, trabalhar sua autonomia e atender às suas demandas. Assim a atuação do Assistente Social dentro do Centro de Referência da Assistência Social-CRAS, pautado na relevância deste profissional, visto que a maioria das demandas que chegam aos CRAS são destinadas a estes profissionais. São usuários da proteção social básica que buscam soluções para os seus problemas. O CRAS é unidade pública estatal descentralizada da política de assistência social responsável pela organização e oferta de serviço da proteção social básica do Sistema Único da assistência Social (SUAS), nas áreas de vulnerabilidade e risco social, neste contexto este trabalho foi realizado a partir de observações e pesquisas no município de Jacinto Machado SC.
PALAVRAS-CHAVE: PAIF, Ética, Conhecimento, Instrumento, Serviço Social.
LISTAS DE SIGLAS 
 
BE 	 	Benefícios Eventuais 
BPC 	Benefício de Prestação Continuada 
CADÚNICO Cadastro Único 
	CF 	 
	Constituição Federal 
	CRAS 
	Centro de Referência em Assistência Social 
	CREAS 
	Centro de Referência Especializado em Assistência Social 
	IGD 
	Índice de Gestão Descentralizado 
	INSS 
	Instituto Nacional de Seguro Social 
	LA 	 
	Liberdade Assistida 
	LOAS 
	Lei Orgânica de Assistência Social 
	MDS 
	Ministério de Desenvolvimento Social 
	NIS 
	Número da Identificação Social 
NOB/SUAS Norma Operacional Básica/SUAS 
	PAEFI 
	Programa de Atendimento Especializado a Família e ao Indivíduo 
	PAIF 
	Programa de Atendimento ao Indivíduo e Família 
	PNAS 
	Política Nacional de Assistência Social 
	PPA 
	Plano Plurianual 
	PSC 
	Prestação de Serviços à Comunidade 
	SUAS 
	Sistema Único de Assistência Social 
	TCC 
 
 
	Trabalho de Conclusão de Curso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO
 
 
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................9 
2 APRESENTAÇÃO DO TEMA.................................................................................. 9 
2.1 RETROPESCTIVA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL.....................................13
2.2 O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO..........................................................14
2.3 AS PERSPECTIVAS DA RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL........................16
2.4 A CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988........17
2.5 A LEI ORGÂNICA DE ASSISTENCIA SOCIAL...................................................18
2.6 O CÓDIGO DE ÉTICA.........................................................................................20
2.7 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS.......................................23
2.8 TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTÊNCIAIS..................21
3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL.…15 
3.1 CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS.....................28
3.2 CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) DE JACINTO MACHADO / SC
3.3 DIREITOS SOCIAIS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL...........................................10 
3.4 DIREITO GARANTIDO PARA O GRUPO DE MULHERES DO PAIF....................13 
3.5 O QUE É PROGRAMA DE ATENDIMENTO AO INDIVÍDUO E FAMÍLIA (PAIF).........................................................................................................................14 
3.6 A RESPONSABILIDADE DO ASSISTENTE SOCIAL.......................................... 14 
4 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 16 
5 OBJETIVOS DA PESQUISA.................................................................................. 17 
5.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................... 17 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................18 
6 METODOLOGIA DE PESQUISA............................................................................ 18 
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA.................................................................19
8 CONCLUSÕES........................................................................................................20
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 21 
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho de conclusão de curso tem como proposta principal, apresentar o projeto de trabalho de conclusão de curso criado com base no que foi estudado no decorrer do curso bacharelado em Serviço Social, do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, a pesquisa foi realizado na Coordenadoria Municipal de Assistência Social do município de Jacinto Machado com o tema a importância do assistente social junto aos ações desenvolvida para o grupo de mulheres do PAIF. 
Assim trabalhar com o grupo de mulheres do PAIF mostra a importância da coletividade, destaca-se a igualdade de acesso aos direitos e o respeito às diferenças sociais, além do compromisso de manter o sigilo quanto aos assuntos debatidos, de modo a propiciar a escuta das usuárias, a construção e reflexão crítica de conhecimentos coletivos e o reconhecimento delas como protagonistas na vida em sociedade 
Neste trabalho, tem-se como base o levantamento de demandas que foi realizado no decorrer do estágio supervisionado, levando em consideração os serviços ofertados e as demandas atendidas no equipamento, assim como as formas de intervenção realizadas no Centro de Referência de AssistênciaSocial, frente a garantia dos direitos dos usuários sendo muitos desconhece de seus direitos, e as estratégias utilizadas para o enfrentamento a essas problemáticas e as futuras ações que serão aplicadas no projeto, norteando o objetivo geral do Projeto de Intervenção, que é o de conhecer o sujeito e sua trajetória de vida para o fortalecimento e promoção da sua independência, se reconhecer como cidadão , autonomia, fortalecer o vínculo familiar e comunitário. 
Tendo em vista a falta de conhecimento da população usuária dos serviços, benefícios, programas e projetos ofertados, apresentando fragilidades, pela Assistência Social e como acessar as políticas públicas, sendo esses direitos dos cidadãos. 
 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
Dessa maneira o tema escolhido foi a importância do assistente social junto aos ações desenvolvida para o grupo de mulheres do PAIF. A Secretaria Municipal de Assistência Social foi criada 15 de Abril de 2013 depois de uma TAC do Ministério Público (Termo de Ajustamento de Conduta), um instrumento utilizado na administração pública brasileira com a finalidade de promover a adequação de conduta tida como irregulares pela legislação ou contrárias ao interesse público. 
A Secretaria Municipal de Assistência Social tem por objetivo atender usuários que passam por momentos de vulnerabilidade que necessitem de auxílio natalidade, funeral e cesta básica. Atende também os usuários que passam por situação de risco social – ou seja, situações de violação de direitos por ocorrência de: violência física ou psicológica, abuso ou exploração sexual; abandono, rompimento ou fragilização de vínculos ou afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medidas. A gestão também atende as famílias, cadastrando os usuários que têm perfil para o Cadastro Único, quem realiza este Cadastro também pode ser inserido no Programa Bolsa Família. 
O CRAS, responsável pela Proteção Social Básica em Jacinto Machado, atende famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social, referente à: exclusão, discriminação ou enfraquecimento de indivíduos ou grupos, provocado por fatores, tais como pobreza, crises econômicas, nível educacional deficiente, localização geográfica precária e baixos níveis de capital social, humano, ou cultural dentre outros, que gera fragilidade dos atores no meio social. 
Esse equipamento oferta Serviços de suma importância para os usuários, elencou alguns Serviços para esse público alvo, o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). O PAIF é um serviço que visa estabelecer trabalho de caráter continuado, a fim de fortalecer a função de proteção das famílias, prevenindo a ruptura de laços, promovendo o acesso e usufruto de direitos e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida destes. Utiliza como ferramentas visitas domiciliares, entrevistas, planejamento junto às famílias e atividades que envolvam toda a comunidade. O SCFV busca auxiliar o PAIF, que é o principal serviço. Este visa também fortalecer as relações familiares, ofertando para o público de 06 à 17 anos, e para Idosos acima de 60 anos, atividades que promovam sua emancipação, conhecimento de seus direitos, estimulando o desenvolvimento de potencialidades, habilidades e talentos, fomentando e incentivando a ampliação de seus conhecimentos através das atividades educativas, informativas, culturais, esportivas e de lazer. 
No período de continuidade do estágio obrigatório não remunerado II no CRAS foram observados diversos atendimentos pontuais: entrevistas, encaminhamentos, mediação de conflitos e visitas domiciliares entre outros. 
A análise histórica da formação do núcleo familiar, é possível identificar alterações na família, por meio de um conjunto de disposições, que não são somente apontados nuclear, sendo para o poder público um desafio em constituir políticas públicas, ponderando novos padrões de família que ocorrem na atualidade. Entretanto, o Estado não consegue prover todas as demandas sociais, transferindo a responsabilidade de defesa para a família, tirando o foco do responsável pelas desproporções sociais (WEGRZYNOVSKI, 2015. p. 166). 
· Proporcionar informativos aos usuários do grupo do PAIF para que assim eles conheçam as condições para acessar os benefícios como o Programa Bolsa Família (PBF) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). 
· Fortalecer vínculos de afetividade entre os familiares e comunidade. 
· Articular reuniões, roda de conversa a fim de promover a participação social. 
Sendo assim, com relação ao desenvolvimento do trabalho social com famílias, tanto os cadernos de orientações já citados como as Orientações Técnicas do PAIF, indicam a necessidade da elaboração de um Plano de Acompanhamento construído gradualmente com e pela família, envolvendo como estratégia os recursos do território e da rede de atendimento das diversas políticas públicas e Sistema de Garantia de Direitos. 
 
2.1 RETROPESCTIVA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
O Serviço Social é uma profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho, que emerge e se gesta entre os anos de 1930 e 1940, no contexto de aprofundamento do capitalismo monopolista brasileiro e do reconhecimento da questão social. Recentemente, comemoramos 80 anos de uma profissão legitimada e reconhecida na sociedade brasileira, que contou com a presença e atuação de muitas mulheres para que isso acontecesse. Todavia, isso parece não ter visibilidade e reconhecimento no meio profissional.
Nos últimos anos, tem havido uma extensa produção bibliográfica sobre a história do Serviço Social no Brasil9. O livro de Iamamoto e Carvalho (1996) é fundamental para compreender o significado histórico da profissão no processo de reprodução das relações sociais na sociedade capitalista brasileira e sua inserção na divisão social e técnica do trabalho, mediante o uso de categorias fundamentais da análise marxista. Como afirmam os autores, “a apreensão do significado histórico da profissão só é desvendada em sua inserção na sociedade capitalista, pois ela se afirma como instituição peculiar na e a partir da divisão social do trabalho” (IAMAMOTO; CARVALHO, 1996, p. 16). Esse tipo de análise permitiu apreender as implicações políticas, históricas e sociais do exercício profissional, como também as dimensões objetivas e subjetivas que permeiam o trabalho do assistente social. No Brasil, com o avanço do chamado Movimento de Reconceituação do Serviço Social10, a vertente crítico-dialética (NETTO, 2011), paulatinamente, consegue hegemonia na direção da categoria profissional através de um amplo movimento de revisão global, em diferentes níveis: teórico, metodológico, operativo e político.
O Serviço Social surge no Brasil na década de 30, em um momento onde a situação encontrava-se turbulenta devido as manifestações, conflitos de classes, devido ao crescimento numérico e qualitativo da classe operaria urbana e as lutas contra a exploração do trabalho e pela defesa dos direitos de cada cidadão. A igreja Católica controlava todo processo de ajuda ao próximo e benefícios aos menos favorecidos.
Desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. O perfil predominante do assistente social historicamente é o de um profissional que implementa políticas sociais e atua na relação direta com a população usuária. Hoje exige-se um trabalhador qualificado na esfera da execução, mas também na formulação e gestão de políticas sociais, públicas e empresariais: um profissional propositivo, com a sólida formação ética, capaz de contribuir ao esclarecimento dos direitos sociais e dos meios de exercê-los, dotado de uma ampla bagagem de informação, permanentemente atualizada, para se situar em um mundo globalizado. Iamamoto (2000, p.113).
Podemos assim dizer que existem pontos em comum entre a igreja católica e o Serviço Social, que é lutar pela desigualdadesocial, em defesa de melhores condições de trabalho, construindo uma sociedade mais justa e humanizada, fazendo com que o Estado tenha consciência da grande responsabilidade de seu papel de promover o bem estar social e econômico. Diante do legado histórico da profissão, pode-se ressaltar o protagonismo crescente dos assistentes sociais na prestação de serviços sociais, no campo do planejamento, da gestão e execução das políticas, dos programas, dos projetos e serviços sócio assistenciais, no avanço da área acadêmica, na avaliação do processo de formação profissional, na área da pesquisa, na área de produção de conhecimento e na própria organização política da categoria.
2.2 O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO
O Movimento de Reconceituação é o marco do Serviço Social que vem propor a ruptura das práticas tradicionais, é através deste movimento que surge um perfil profissional mais crítico, capaz de atuar nos desafios postos à profissão.
o Movimento de Reconceituação do Serviço Social. Compreende-se que esta nova fase da profissão teve início no contexto da ditadura militar que ocorreu no Brasil de 1964 a 1985, fomentada por interesses imperialistas que buscavam um espraiamento do modelo econômico capitalista, ou mesmo para reter uma expansão do comunismo na América Latina. 
Entendemos por renovação o conjunto de características novas, que no marco das constrições da autocracia burguesa, o Serviço Social articulou, à base do rearranjo de suas tradições (...), procurando investir-se como instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática, através de respostas a demandas sociais e da sua sistematização, e de valorização teórica, mediante a remissão às teorias e disciplinas sociais. Netto (2005, P.131). 
O período da ditadura militar começou com o golpe de 64 feito por militares, a partir do golpe o governo passou a ser regido pelos militares e se apresentava sob duas faces: a ideológica e a repressiva, reproduziam uma ideia em que tudo que o poder governamental fazia era para o bem da população, era para o desenvolvimento do país, assim faziam com que um grande contingente populacional reproduzisse essa ideia. Aqueles que iam de encontro com ideal burguês sofriam grande repressão e violência, física e moral, que fez com muitas pessoas fossem mortas, ou outros exilados (NETTO, 2005).
A prática dos assistentes sociais era de subalternidade, agiam como meros executores de políticas sociais, pois reproduziam um sentido de ordem na autocracia burguesa, agiam como mantedores da ordem e controle da sociedade. Com a reorganização da sociedade por parte do Estado, foram feitas mudanças no país que refletiram modificações ao cenário do Serviço Social em dois âmbitos: o da prática e da formação profissional.
2.3 AS PERSPECTIVAS DA RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
O processo de renovação do Serviço Social, sendo um esforço para adequar a profissão às exigências propostas pelo processo sociopolítico emergente no pós 64. Conforme Netto (2011), o Serviço Social ajustou-se ao projeto do governo para atender ao “grande capital”. Assim, na perspectiva modernizadora, o Serviço Social ajustouse ao projeto econômico do governo militar. 
[...] uma perspectiva modernizadora para as concepções profissionais - um esforço no sentido de adequar o Serviço Social, enquanto instrumento de intervenção inserido no arsenal de técnicas sociais a ser operacionalizado no marco de estratégias de desenvolvimento capitalista, às exigências postas pelos processos sócio-políticos emergentes no pós-64.Netto (2005, p.154)
Nesse contexto, o Serviço Social é considerado um instrumento de intervenção inserido no arsenal de técnica social a serem operacionalizadas e voltadas às estratégias de desenvolvimento capitalista. Além disso, é o vetor de renovação que mais influenciou a massa da categoria profissional. O principal representante da modernização conservadora do Serviço Social é José Lucena Dantas, que se orientou pela teoria funcionalista, a qual prevê o funcionamento da sociedade enquanto um sistema harmônico. A expressão das ideias da perspectiva modernizadora do Serviço Social é encontrada nos dois seminários de teorização do Serviço Social realizados durante a ditadura militar: o Seminário de Araxá (1967) e o de Teresópolis (1970). Esses encontros permitiram que essa perspectiva fosse formulada por seus participantes e nos documentos que daí se originaram e no consenso do olhar em torno da profissão do Serviço Social. São considerados instrumentos de suporte às políticas de desenvolvimento social.
O Serviço Social brasileiro, nas últimas décadas, no lastro das lutas sociais contra a ditadura (1964-85) e pela defesa do Estado de direito, fez um radical giro na sua dimensão ética e política. Sua base normativa é formada pela Lei da Regulamentação da Profissão (1993), pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino de graduação (1996) e pelo Código de Ética do Assistente Social (1993), pilares do projeto profissional brasileiro. Ele foi alimentado teoricamente pela tradição marxista - no diálogo com outras matrizes analíticas - e politicamente pela aproximação às forças vivas que movem a história: as lutas, organizações e movimentos sociais. Seu núcleo central é a compreensão da história a partir das classes sociais, conflitos, o reconhecimento da centralidade do trabalho e dos trabalhadores A partir dos anos 1980 depura-se a aproximação na área de Serviço Social aos textos originais de Marx, em especial à sua Crítica da economia política.
[...] o trabalhador (assistente) social trabalha, ao mesmo tempo, mediações complexas das relações de poder e intermediações de recursos, serviços e oportunidades, para que o sujeito individual ou coletivo tenha assegurados seus direitos, suas condições de vida e a ressignificação de sua trajetória social num contexto também ressignificado. (FALEIROS, 2005, p. 28).
Com a inserção das disciplinas das ciências sociais os profissionais passaram a ter uma visão crítica da sociedade e de sua própria atuação, assim sendo são apresentadas as três perspectivas por Netto (2005), nesse processo de renovação do Serviço Social, perspectiva modernizadora, perspectiva de reatualizarão do conservadorismo e a intenção de ruptura.
2.4 A CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
A Constituição Federal de 1988 constituiu um grande marco no direito brasileiro ao prever o chamado “Sistema da Seguridade Social”, incluindo-se nesse conceito tanto a previdência como a assistência social. Por previdência entende-se aquela visa proteger apenas os trabalhadores enquanto a assistência tem o intuito de garantir que nenhum cidadão fique satisfazer suas necessidades mínimas.
Passado o período muito difícil da ditadura militar entre os anos de 1964 e 1985, o Brasil passa por um novo processo de redemocratização, começa assim uma nova era para todo o povo brasileiro, um tempo em que se vê a necessidade de devolver ao povo todos os seus direitos que outrora foram retirados, diante de um sistema ditatorial.
A Constituição Federal Brasileira de 1988 9CF 880 ao afiançar os direitos humanos e sociais como responsabilidade pública e estatal operou ainda que conceitualmente, fundamentais mudanças, pois acrescentou na agenda dos entes públicos, um conjunto de necessidades até então consideradas de âmbito pessoal ou individual (SPOSATI, 2009, P.13)
Assim a assistência social após a Constituição de 1988 teve alguns efeitos da expansão do sistema de proteção social no Brasil são apontados: diminuição da desigualdade de renda; construção da capacidade institucional na área da assistência social; o significado social, político e simbólico da inclusão de um amplo segmento populacional a um sistema público de assistência social.
2.5 A LEI ORGÂNICA DE ASSISTENCIA SOCIAL
Com a consolidação da Constituição Federal de 1988 foi possível uma nova realidade para Assistência Social brasileira, fazendo a inclusão no âmbito da seguridade social. A mesma foi regulamentada pela lei n 8.742/93, a Loas efetivada como políticasocial pública, fazendo assim com que a assistência social planejasse um novo curso na história dos pais, uma nova trajetória em meio ao campo dos direitos, como um caráter de universalidade de total responsabilidade do Estado (BRASIL,2008).
 A lei da Loas instituiu benefícios, serviços, programas e projetos destinados ao enfretamento da exclusão social dos segmentos mais vulnerabilidades da população, fica regulamentada através dos Art. 203 e 204 da Constituição Federal de 1988 como política social pública, não contributiva, credenciando-a portanto no campo dos direitos sociais.
	Encontra-se na LOAS (BRASIL, 1993, S/P):
Art. 1 A assistência social, direito do cidadão e do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
		A lei orgânica da Assistência Social define objetivos da profissão, dando ênfase à proteção à família, maternidade, infância, adolescência e consequentemente a velhice, no qual também a assistência vem ser integrada a outra políticas, sempre focando o enfretamento da pobreza e a luta dos direitos sociais. (ZANLUCA, 2013).
Esta lei vem dividida pelos seguintes capítulos (RUARO, 2013):
· Capitulo I - Das Definições e dos Objetivos;
· Capitulo II - DOS Princípios e das Diretrizes;
· Capitulo III - Da organização e da Gestão;
· Capitulo IV - Dos Benefícios, dos Serviços, dos Programas e dos Projetos de Assistência Social;
· Capitulo V - Do Financiamento da Assistência Social;
· Capitulo VI - Das disposições e Transitórias.
Dentre as várias diretrizes dessa política temos um benefício conhecido popularmente como benefício da Loas, para assim ter esse benefício é necessário que o usuário esteja dentro das normas do artigo 20 da Lei 8742/93.in verbis.
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. § 1 o Para os efeitos do disposto no caput, entende-se como família o conjunto de pessoas elencadas no art. 16 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, desde que vivam sob o mesmo teto. § 2º Para efeito de concessão deste benefício, a pessoa portadora de deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho.§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa à família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.§ 4º O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo o da assistência médica.§ 5º A situação de internado não prejudica o direito do Idoso ou do portador de deficiência ao benefício.§ 6 o A concessão do benefício ficará sujeita a exame médico pericial e laudos realizados pelos serviços de perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.§ 7 o Na hipótese de não existirem serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura.§ 8 o A renda familiar mensal a que se refere o § 3o deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido.
Para o indivíduo requerer o benefício é preciso ir até o INSS, com todos os documentos necessários, agendamento para este fim, o mesmo pode ser solicitado via internet (BRASIL 2008). Caso está solicitação seja indeferida o mesmo poderá recorrer, via administrativa e mesmo assim ser indeferido novamente, este poderá ingressar na esfera judicial, sendo competência da Justiça Federal (BRASIL 2008).
2.6 O CÓDIGO DE ÉTICA 
Quando se fala sobre ética profissional ela tem suas variantes para cada grupo, porém tem algo em comum que quando seu objeto de trabalho é a vida, dois pontos que precisa ter em mente é o respeito à dignidade humana. A ética nos leva a compreender as motivações em que os sujeitos variam os seus comportamentos, as formas dentro das normas do seu tempo.
A formação da consciência profissional é fator essencial em qualquer profissão e que um Código de Ética constitui valioso instrumento de apoio e orientação para os Assistentes Sociais; O Serviço Social adquire no mundo atual uma amplitude técnica e cientifica, impondo aos membros da profissão maiores encargos e responsabilidades.
O Conselho Federal de Assistentes Sociais – CFAS, no uso suas atribuições conferidas pelo item IV art. 9° do Regulamento aprovado pelo Decreto 994 de 15 de maio de 1962, resolve aprovar o Código de Ética alicerçado nos direitos fundamentais do homem e as exigências do bem‐ comum, princípios estes reconhecidos pela própria filosofia do Serviço Social.
[...] não existe uma ética única, universal, absoluta e válida para todos. Isto é, a ética esbarra necessariamente na tensão dever- liberdade. A opção que deve marcar o ato ético de um indivíduo, entretanto, tem como elementos fundantes os valores que inspiram a sua concepção de mundo, a sua visão de homem, tomando como pressuposto a constituição histórica só ser social (SILVA,2011, P.137).
O serviço social como outras profissões liberais, onde sua principal função é lidar com vidas, é necessário que o sentido ético materialize-se com o código de ética, onde esse vai nortear os direitos e deveres desse profissional com os usuários e outros profissionais Ao longo de toda trajetória do Serviço Social brasileiro obtivemos cinco códigos de ética.
1 - 1947: Vinculado com a doutrina social da igreja. 
2 - 1965: Revelando traços da renovação profissional no contexto da modernização conservadora posta pela autocracia burguesa (Netto, 1991)
3 - 1975: Ele exigia a “ação disciplinadora do Estado, conferindo-lhe o direito de dispor sobre atividades profissionais”, no contexto da ditadura militar no Brasil.
4 - 1986: Começou a ter uma quebra nas legalidades de códigos anteriores e descaracterizou-se a tendência legalista do código anterior.
5 - 1993: A ruptura com o conservadorismo ético: o primeiro código de ética com postura crítica.
Esses valores devem estar de acordo com o Código de Ética e devem ser tratados de forma a viabilizarem os direitos dos usuários. No entanto, depende também, essa garantia de acesso aos direitos através do profissional do Serviço Social das escolhas que este profissional irá fazer, posicionando-se diante da realidade em que ele está inserido.
Paiva e Salles (2010, p. 180) afirmam que a construção desse novo Código foi realizada diante de duas preocupações: torná-lo um instrumento efetivo no processo de amadurecimento político da categoria bem como um aliado na mobilização e qualificação dos assistentes sociais diante dos enormes desafios e demandas da sociedade brasileira. Urgia transformá-lo num mecanismo concreto de defesa da qualidade dos serviços profissionais que desempenhamos. E, complementarmente, havia que constituí-lo como um mecanismo eficaz de defesa do nosso exercício profissional, por meio da garantia da legalidade de seus preceitos, fornecendo respaldo jurídico à profissão.
 Essas preocupações culminaram na construção do Código de Ética de 1993, onde contém os onze Princípios Éticos Fundamentais:
1. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;
 2. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;
 3. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras; 
4. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;5. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
 6. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;
 7. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual; 
8. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação exploração de classe, etnia e gênero;
9. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;
10. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;
11. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física (CFESS, 1993).
Dentre as condutas em que o Assistente Social precisa exercer está o polêmico sigilo profissional, este requer uma postura de responsabilidade extrema, pois dados, informações sobre a vida e situação em que se encontra esse usuário é necessário uma preservação mesmo que não tenha sido revelado diretamente.
Tanto a Lei de Regulamentação da Profissão do Serviço Social (Lei 8662/93), assim como a proposta das Diretrizes Curriculares para Formação Profissional em Serviço Social e, também, o Código de Ética Profissional de Assistência Social (1993), são elementos importantes que dão a sustentação e regulamentação legal do projeto profissional do Serviço Social.
2.7 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS
O Sistema Único de Assistência Social (Suas) comporta quatro tipos de gestão: da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios. As responsabilidades da União passam principalmente pela formulação, apoio, articulação e coordenação de ações. Os estados, por sua vez, assumem a gestão da assistência social dentro de seu âmbito de competência, tendo suas responsabilidades definidas na Norma Operacional Básica (NOB/Suas).
A constituição Federal de 1988 possui um caráter eminentemente social, pois o artigo 6° de fine que “[...] são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho. A moradia, o lazer, a segurança, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Reconhece, assim, a assistência como um direito fundamental, partindo do pressuposto de que esses direitos fundamentais são do ser humano, reconhecidos e positivados na esfera da Constituição. A Assistência Social passa a ser um direito que exige do Estado prestações positivas no sentido de efetivar a garantia e a aplicação da lei.
		O Sistema único de Assistência Social – SUAS, foi criado em 2005, com o objetivo de quebrar o método tradicional do assistencialismo, é descentralizado, e participativo, que tem por função a gestão do conteúdo especifico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira.
Com base no art. 6° da Loas se conclui, nos termos da lei, que o SUAS é um mecanismo organizador dos preceitos, disposições, ações e procedimentos, previstos na LOAS e PNAS. Seu objetivo é o de garantir, do ponto de vista operacional e em caráter sistêmico (funcionalmente interligados), a implementação e gestão da Política. (PEREIRA, 1988, p. 69).
		A consolidação do SUAS vem se dando na medida em que definiu as atribuições, responsabilidades e competências, estabeleceu padrões de atendimento, tipificou os serviços, organizou o co-financiamento e estabeleceu mecanismos para a provisão dos recursos necessários ao funcionamento das ofertas e proteção da política. O Suas organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros.
2.8 TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTÊNCIAIS 
A Resolução 109 do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) tipifica os Serviços Sócio assistenciais disponíveis no Brasil organizando-os por nível de complexidade do Sistema Único de Assistência Social: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade.
No nível de Proteção Social Básica, estão os serviços de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF); de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; e de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas.
Na Média Complexidade, são encaixados a Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI); Serviço Especializado em Abordagem Social, Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC); Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias.
I - Serviços de Proteção Social Básica:
a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF;
b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos;
c) Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas.
A proteção social básica tem como objetivos as situações de riscos por meio de desenvolvimento de potencialidade e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Ela destina-se a população que vive em situações de fragilidade decorrente da pobreza e da ausência de renda, do acesso precário aos serviços púbicos e da fragilização dos vínculos afetivos. A proteção social básica atua por diferentes unidades entre elas está o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), os principais serviços ofertados pelo CRAS são: Serviços de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF), Serviço de Conveniência e Fortalecimento de vinculo (SCFV), Serviço de Proteção Social Básica no domicilio, esses serviços visam garantir direitos sociais e contribuir para a melhora na qualidade de vida da população em situação de fragilidade sócia através do fortalecimento dos laços familiares.
 A proteção social especial destina-se a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Para integrar as ações da proteção social especial é necessário que o cidadão esteja enfrentando situações de violações de direitos como violência física, psicológica, abuso ou exploração sexual, abandono, fragilização de vínculos, afastamento do convívio familiar. Sendo assim ela atua com natureza protetiva, são ações que requer acompanhamento familiar e individual com maior flexibilidade nas soluções. O centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) é a unidade pública municipal responsável pela oferta de serviços da proteção especial, ele tem o papel de executar, coordenar e fortalecer a articulação dos serviços da rede sócio assistencial com as demais políticas públicas e com o sistema judiciário
A proteção especial está dividida em dois níveis de complexidade que é média e alta.
II - Serviços de Proteção Social Especial de Média Complexidade:
a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos - PAEFI;
b) Serviço Especializado em Abordagem Social;
c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida - LA, e de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC;
d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas Famílias; 
e) Serviço Especializado paraPessoas em Situação de Rua.
A média complexidade oferta atendimento especializado a famílias e indivíduos que vivenciam situações de vulnerabilidade com direitos violados ainda inseridos no núcleo familiar nesse caso a convivência familiar ainda está mantida embora os vínculos possam estar fragilizados ou embora ate mesmo ameaçados. Esse serviço demanda maior especialização no acompanhamento familiar e flexibilidade nas soluções protetivas.
São considerado serviços de proteção social especial de alta complexidade:
III - Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade:
a) Serviço de Acolhimento Institucional, nas seguintes modalidades: - abrigo institucional; 
Casa - Lar; - Casa de Passagem; - Residência Inclusiva;
b) Serviço de Acolhimento em República;
c) Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora;
d) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências.
Aqueles que oferecem atendimentos as famílias e indivíduos que se encontram em situação de abandono, ameaça ou violação de direito necessitando de um acolhimento provisório fora do seu núcleo familiar de origem. Esse serviço visa garantir proteção integral ao indivíduo ou a família em situação de risco pessoal ou social com vínculos familiar rompido ou extremamente fragilizado por meio de serviços que garantem acolhimento com ambiente e estrutura física adequada, oferecendo condições de moradia, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade, é necessário também assegurar o fortalecimento dos vínculos familiares, comunitário e o desenvolvimento da autonomia dos usuários. 
Este documento é sem dúvidas um marco para a Assistência Social, ele demarca uma nova concepção da Assistência Social.
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL 
 
Percebe-se que o Sistema Único de Assistência Social – SUAS ao apresentar os seus eixos estruturantes, inovou ao incorporar a concepção da matricialidade sócio familiar, centralizando o foco da proteção social na família, por considerá-la como o principal núcleo social de proteção e desenvolvimento dos indivíduos e das relações familiares, reiterando a importância da atenção e proteção do Estado. A centralidade na família permite ainda, superar a focalização por segmentos de modo que a atenção transite do individualismo para a coletividade. 
É necessário ainda, compreender que o aumento do número destas famílias decorre de intensas e profundas transformações de ordens “econômicas, sociais, culturais e comportamentais que vão se sucedendo ao longo do tempo e que produzem variações nas trajetórias das mulheres, fazendo com que essa chefia tenha múltiplos significados” (Macedo 2008, p.6). Portanto, torna-se imprescindível apreender o conjunto de fatores econômicos, políticos e sociais que contribuem com tal situação. 
Assim foram realizados várias ações como divulgação da reunião através de informativos para obter maior número de usuários presentes, sendo entregue pela estagiária a domicilio ou no local do estágio; reservar a sala de reuniões reservar a as do CRAS para realizar os encontros com os usuários; preparação do material a ser utilizado nos encontros, tais como; slides, organização dos conteúdos a serem apresentados e coffee break; Preparar uma recepção para os usuários convidados e assim trabalhar com o usuário conhecimento das Políticas Públicas, abordando as vulnerabilidades sociais e trabalhando a autoestima dos usuários que sofrem com a exclusão social, proporcionada pela desigualdade social; Pedir para que a convidada Psicóloga Ieda Machado -se apresente e realize sua palestra sobre as vulnerabilidades sociais e seus impactos na sociedade; Organizar o espaço para o Cofee Break, pedindo para que os usuários sintam se a vontade e sirvam-se; Rever datas e preparar mais encontros a serem realizados com os usuários. 
3.1 CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS
A Constituição Federal de 1988 definiu que a Assistência Social, junto com a Saúde e a Previdência, formaria a Seguridade Social, para que toda a população tivesse acesso à proteção social. A partir disto, a Assistência Social passou a ser uma política pública. No dia 15 de outubro de 2004, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprovou a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), que definiu o funcionamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), responsável pela organização e aplicação da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), em todos os municípios brasileiros. Para proteger as famílias de situações de risco, o SUAS então criou os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
3.2 CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) DE JACINTO MACHADO / SC
O Centro de Referência de Assistência Social, ou simplesmente CRAS Jacinto Machado, é um serviço do Estado com objetivo de ser a porta de entrada para a assistência social. Com objetivo de fortalecer o convívio familiar e da comunidade, o CRAS Jacinto Machado Bella Vista é localizado principalmente em áreas com maior índice de vulnerabilidade social.
O CRAS Jacinto Machado é um órgão responsável por facilitar o acesso das famílias aos serviços, benefícios e projetos voltados para a Assistência Social. O funcionamento do órgão é possível devido o conhecimento e rastreamento do território de atuação do CRAS. Atualmente, o CRAS é considerado uma referência para população local e também para os serviços setoriais.
Geralmente, o funcionamento do CRAS é dividido em dois pilares: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família. Entre o público-alvo do atendimento do CRAS estão:
· Idosos
· Pessoas cadastradas no Cadastro Único
· Crianças resgatadas em situação de trabalho infantil
· Pessoas portadoras de deficiência
· Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC)
· Beneficiários do Programa Bolsa Família.
Basicamente, o CRAS em Jacinto Machado oferece os serviços de:
· Articulação entre os assistentes sociais de Jacinto Machado;
· Prevenção de riscos e ameaças sociais;
· PAIF
· Orientação e encaminhamento apropriado para famílias carentes
· Cadastro para benefícios sociais, como Bolsa Família, BPS e Minha Casa Minha Vida.
Todo cidadão de Jacinto Machado que deseja participar de algum programa social do governo social, como por exemplo o Bolsa Família ou Plano Brasil sem Miséria, deverá procurar a unidade do CRAS Jacinto Machado e solicitar o cadastro.
3.3 DIREITOS SOCIAIS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 	 
 
 No artigo 226 da Constituição Federal, expressa que é de responsabilidade do estado a proteção para a família, reconhecendo como alicerce da sociedade, como sujeito de direitos. Com a Constituição Federal de 1988, surgiu um espaço para debate, reflexão mudanças no modelo e práticas de proteção dos direitos sociais, ultrapassando as antigas práticas assistencialistas e clientelistas A política de Assistência Social considera a família como sendo um espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primária, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser cuidada e protegida. (PNAS,2004, p.42). 
Sendo assim, as famílias passam a ser acolhidas independente da sua configuração familiar, podendo ser formada por mãe e filhos, pai e filhos, ou avós e netos, casais homossexuais, ou até mesmo pessoas que moram em repúblicas, todas as pessoas ou grupos que residem em um mesmo domicílio são considerados como sendo uma família, tendo o acesso garantido de seus direitos. 
 
3.4 DIREITO GARANTIDO PARA O GRUPO DE MULHERES DO PAIF. 
 
É a partir do trabalho com famílias no serviço PAIF que se organizam os serviços referenciados ao CRAS. A articulação dos serviços socioassistenciais do território com o PAIF garante o desenvolvimento do trabalho social com as famílias dos usuários desses serviços, permitindo identificar suas demandas e potencialidades dentro da perspectiva familiar, rompendo com o atendimento segmentado e descontextualizado das situações de vulnerabilidade social vivenciadas. 
Proporcionar informativosaos usuários do grupo do PAIF para que assim eles conheçam as condições para acessar os benefícios como o Programa Bolsa Família (PBF) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). 
Fortalecer vínculos de afetividade entre os familiares e comunidade. Articular reuniões, roda de conversa a fim de promover a participação social.Como já mencionado no tópico anterior, as equipes vinculadas ao CRAS desenvolvem por meio de ações continuadas o PAIF e o SCFV. Neste contexto, o assistente social realiza os grupos socioeducativos para facilitar o esclarecimento de informações sobre diversos temas, para o fortalecimento protetivo da família, prevenindo o rompimento de vínculos e possibilitando o acesso da população aos serviços, programas, projetos e benefícios sócio assistenciais e também as demais políticas públicas. 
Ter assegurado vivências pautadas pelo respeito a si próprio e aos outros, fundamentadas em princípios éticos de justiça e cidadania, ter acesso a oportunidades que estimulem e/ou fortaleçam a (re) construção de seus projetos de vida, oportunidades de convívio e de desenvolvimento de potencialidades, informações sobre direitos sociais, civis e políticos e condições sobre o seu usufruto, oportunidades de escolha e tomada de decisão, experiências para relacionar-se e conviver em grupo, administrar conflitos por meio do diálogo, compartilhando modos de pensar, agir e atuar coletivamente, experiências que possibilitem lidar de forma construtiva com potencialidades e limites e possibilidade de avaliar as atenções recebidas, expressar opiniões e participar na construção de regras e definição de responsabilidades. O trabalho social com famílias é viabilizado por meio de uma série de atividades e procedimentos realizados pela equipe que atua no Centro de Referência da Assistência Social/CRAS. Essas ações devem ser planejadas e avaliadas com a participação das famílias usuárias, das organizações e movimentos populares do território, visando o aperfeiçoamento do Serviço, a partir de sua melhor adequação às necessidades locais, bem como o fortalecimento do protagonismo das famílias, dos espaços de participação democrática e de instâncias de controle social. 
 
3.5 O QUE É PROGRAMA DE ATENDIMENTO AO INDIVÍDUO E FAMÍLIA (PAIF) 
O Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) oferta ações sócio assistenciais de prestação continuada, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito. 
O trabalho social com famílias é realizado no âmbito do PAIF. É um conjunto de procedimentos realizados com o objetivo de contribuir para a convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades de intervenção na vida social de uma família. Este trabalho estimula as potencialidades das famílias e da comunidade, promove espaços coletivos de escuta e troca de vivências. 
Uma das formas do serviço é por meio da Equipe Volante, que integra a equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). O seu principal objetivo é a prestação de serviços de assistência social às famílias que residem em locais de difícil acesso, como áreas rurais, comunidades indígenas, quilombolas, assentamento, dentre outras comunidades e povos tradicionais.
3.6 A RESPONSABILIDADE DO ASSISTENTE SOCIAL 
 
O assistente social está à frente para intervir na realidade e ser um profissional capaz de proporcionar respostas às demandas individuais e coletivas, mesmo estas sendo desafiadoras e conflituosas. O Serviço Social, por ser uma profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho, e tendo como base o Projeto Ético Político8 da profissão, insere-se num arsenal de possibilidades para lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. 
O Assistente Social no CRAS faz o planejamento e a execução de políticas públicas e de programas sociais voltados para o bem-estar coletivo e a integração do indivíduo na sociedade. Ele trabalha com questões como exclusão social, acompanhando, analisando e propondo ações, para melhorar as condições de vida de crianças, adolescentes e adultos, é necessário trabalhar todo o contexto em que o indivíduo está inserido, como pessoas do seu convívio social. Fortalecendo os vínculos com a sua família e comunitário, lembra-se que o conceito de família vai muito além de pai, mãe e filhos, sendo que há outras configurações familiares na atualidade. 
O Assistente Social deverá acompanhar as famílias atendidas, não apenas buscar uma ação imediata, mas ações que modifiquem realmente a situação em que elas vivem, buscando amenizar as raízes das vulnerabilidades encontradas, impedindo que estas se alastrem causando rompimentos dos vínculos. Esse acompanhamento deve ter como objetivo potencializar as famílias, tornando-as protagonistas de suas histórias. Sendo assim, é necessário que o profissional tenha em mente que cada família atendida possui sua particularidade e sua própria organização e que suas ações devem ser pautadas no seu projeto ético político, buscando práticas que não sejam baseadas no senso comum e carregadas de preconceitos. É necessária a formação de um profissional crítico, que não aja segundo princípios assistencialistas e clientelistas, mas que reconheça suas ações como frutos de políticas públicas pautadas em leis. As ações realizadas devem ser planejadas, buscando mudanças efetivas na realidade, prevenindo ações improvisadas e sem direção, que podem acarretar uma prática focalizada e assistencialista. 
 
4. JUSTIFICATIVA 
 
O trabalho social realizado com as famílias no PAIF depende do “saber fazer” do trabalhador do serviço. Um saber fazer que se alimenta continuamente dos saberes e aprendizados adquiridos por gestores, conselhos, trabalhadores e pelas famílias usuárias do Serviço. Os objetivos do PAIF só são devidamente atingidos quando a família conquista, progressivamente, uma condição protagonista e autônoma, interagindo de maneira viva e proativa em suas decisões, nas relações interpessoais e com o espaço onde se estabelecem as diversas relações sociais. 
O propósito é otimizar o trabalho social no dia a dia do atendimento; estimular os trabalhadores; incentivar a adesão das famílias ao serviço; priorizar a atuação no e com o território e, ainda, fomentar a participação de todos os envolvidos desde o planejamento até a execução e avaliação das ações. Espera-se que, assim, trabalhadores e famílias sejam os protagonistas das transformações individuais, comunitárias e sociais. 
Apresentar as metas para cada ação pretendida, descrevendo o prazo que cada ação será desempenhada. Pode haver uma meta ou mais, conforme a demanda a ser trabalhada. 
-Metas em curto prazo: reconhecer o papel das políticas públicas e quando fazer uso das mesmas; 
-Metas em médio prazo: fortalecer vínculos com familiares e comunidade; 
-Metas em longo prazo: fazer com que o usuário reconheça seu papel na sociedade atual, buscando desenvolver uma qualificação profissional ou até mesmo um grau de escolaridade. 
 
5. OBJETIVOS DA PESQUISA 
 
Auxiliar os usuários do PAIF no conhecimento do exercício das políticas públicas de Assistência Social, tudo através de reuniões, explicando como são ofertados os serviços socioassistenciais. 
O serviço prevê, também, o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. O serviço PAIF integra o nível de proteção social básica do SUAS. (Tipificação Nacional de Serviços 
Socioassistenciais). 
 
5.1 OBJETIVO GERAL 
 
Proporcionar aos usuários junto ao grupo de mulheres que frequentam o PAIF, através de palestras, roda de conversar, os direitos que cada um possui junto as políticas públicas. Oferecendo aos usuários maior empoderamento e proporcionando o resgate da sua cidadania, e também fortalecer os vínculos com seus familiares. 
 
5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Orientar os usuários atendidos pela equipe do CRASque frequenta o grupo do PAIF, a importância dos seus direitos e deveres, reconhecendo os programas e projetos que são ofertados por esse equipamento, incentivando-os a adquirir autonomia para lidar bem com os enfrentamentos que lhe são presentes no dia- a- dia. 
 
· Proporcionar informativos aos usuários do grupo do PAIF para que assim eles conheçam as condições para acessar os benefícios como o Programa Bolsa Família (PBF) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). 
· Fortalecer vínculos de afetividade entre os familiares e comunidade. 
· Articular reuniões, roda de conversa a fim de promover a participação social. 
 
 
6. METODOLOGIA DE PESQUISA 
 
 Dessa maneira os materiais utilizados e que serviu de base para o desenvolvimento deste trabalho foi por meio de pesquisas pela internet, estudos bibliográficos, levantamento bibliográfico, em busca do conhecimento existe sobre o meio físico regional, foram consultados trabalhos desenvolvidos anteriormente, juntamente com alguns dados gerados no desenvolvimento da pesquisa. 
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA
O Assistente Social é um profissional do Serviço Social que exerce um papel fundamental no desenvolvimento das ações no CRAS. Seu trabalho é baseado nas atividades dentro da instituição, dentre elas: a função interventiva junto às famílias e comunidades por meio de metodologias próprias do Serviço Social e sistemática, no processo de efetivação das políticas sociais, tendo esse profissional, o devido discernimento dos objetivos propostos na 968 Id on Line Rev. Mult. Psic. V.13, N. 44, p. 962-977, 2019 - ISSN 1981-1179 Edição eletrônica em http://idonline.emnuvens.com.br/id política de efetivação dentro da realidade atual no âmbito de suas atribuições e competências: artigo 04 e 05 da Lei 8.662/93. O Assistente Social configura-se no âmbito da relação entre o Estado e a sociedade participando do processo de reprodução dos interesses do Estado e da preservação da ordem vigente, visando responder às necessidades de determinada classe trabalhadora.
Vale ressaltar, que o PAIF consiste no trabalho social com as famílias, tem caráter continuado e o CRAS é a unidade que organiza os serviços do PAIF e também os demais serviços da proteção social básica. O PAIF no município de Jacinto Machado Santa Catarina, cumpre mesmo que parcialmente o trabalho socioassistencial realizando: acolhida, visita domiciliar, grupos e reuniões socioeducativas, entrevistas, orientação e encaminhamentos, comunicação e defesa de direitos, promoção de acesso à documentação pessoal, cursos profissionalizantes entre outros. O estudo realizado nos permitiu observar que devido ao número elevado de famílias Mesmo num município pequeno, não ocorre à participação efetiva das famílias inseridas no PAIF nas atividades e reuniões do CRAS, pois as mesmas alegam que a distância pôr serem do interior é um fator que contribui para a baixa adesão das nas ações do PAIF. Desta forma, seria necessária a implantação de carros para a busca dessas famílias, para que os usuários da política de Assistência Social e conseqüentemente do PAIF, possam criar vínculos com a equipe técnica, com a comunidade, para se trabalhar a questão a superação do estado de Vulnerabilidade Social familiar.
8 CONCLUSÕES
Assim concluímos este trabalho percebendo que a Política de Assistência Social de Jacinto Machado Santa Catarina instituiu linhas de ação norteadoras exigindo: padrão de qualidade no atendimento aos usuários; a articulação de ações, serviços e programas inseridos nos níveis de proteção social básica e especial com outras políticas setoriais, o que demanda uma quantidade de profissionais para atender não só as famílias inseridas no PAIF, mas todos os usuários da Política de Assistência Social. 
Apesar dos desafios posto no presente trabalho, o PAIF está trabalhando o fortalecimento da função protetiva da família, contribuindo na melhoria da qualidade de vida da mesma. Trabalha-se com a promoção de aquisições sociais e matérias as famílias, potencializando o protagonismo e a autonomia das famílias e comunidade, também promove o acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social básica, além de permitir acesso das famílias aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de direitos das mesmas.
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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CRAVEIRO, Adriéli Volpato. Trajetória Histórica da Profissão do Serviço Social. 2016. 
 
FALEIROS, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. São Paulo: Cortez.2008. 
 
MIOTO; R. C. T. Família, trabalho com família e Serviço Social. Serviço Social em Revista, Londrina, v.12, n.2, p. 163-176, 2010. 
 
PETERLE, Paôla Danielly Uliana; MOREIRA, Renata Couto. Mulheres unidas contra a violência – MUCAV: Relato de experiência de um coletivo de mulheres em São 
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