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CORONAVIRIDAE UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA FAMÍLIA CORONAVIRIDAE Taxonomia: Da Ordem Nidovirales: A família Coronaviridae é composta pelos gêneros Coronavírus e Torovírus. Características da Família: Vírus grandes, envelopados, pleomórficos; Ubiquitários; Replicam-se no citoplasma; Possuem única molécula de RNA de fita simples. Fonte: Lovato e Dezengrine (2007). Esses vírus apresentam diferenças morfológicas, mas são agrupados nessa ordem por possuírem uma estratégia única e comum de replicação M: proteína de membrana; E, S: glicoproteínas do envelope; N:nucleoproteína.;RNA:genoma FAMÍLIA CORONAVIRIDAE Infectam uma enorme variedade de mamíferos e aves; Humano → infecção do trato respiratório, responsáveis por mais de 30% dos resfriados, pneumonia asiática (SARS); Outros animais → doença respiratória e gastrointestinal, podendo encontrar-se também, associados a hepatite, peritonite e encefalite. Fonte: Depositphotos FAMÍLIA CORONAVIRIDAE Mais de 13 espécies, tem poder patogénico limitado ao hospedeiro natural (Homem, bovinos, porcos, roedores, gatos, cães e aves); Vírus aviários constituem sérios agentes patogénicos, sendo responsáveis por perdas económicas notáveis; Os Torovírus, são vírus responsáveis por doença entérica em certos animais (bois e cavalos). FAMÍLIA CORONAVIRIDAE Gênero: Coronavírus Forma esférica e diâmetro de 80-120 nm; O envelope com peplômeros (espículas) que dão à partícula viral um aspecto de coroa, derivando daí o nome da família; O genoma dos coronavírus está associado com múltiplas cópias de uma fosfoproteína viral (N),formando um nucleocapsídeo helicoidal. Fonte:huffingtonpost.fr/2014/01/14/-photos-virus-mortels_n_4593269.html Possuem o maior genoma conhecido entre os vírus RNA e estão envolvidos principalmente em doenças respiratórias e digestivas de animais e humanos. FAMÍLIA CORONAVIRIDAE Gênero: Coronavírus Os coronavírus, sofrem mutações freqüentes no seu genoma em função dos erros cometidos pela RNA polimerase, além de terem uma alta freqüência de recombinação. Fonte:www.moh.gov.om/en/-/--9-77 Seu genoma é constituído por uma longa molécula de RNA de cadeia simples, com polaridade positiva e com aproximadamente 27-33kb; Coronavírus Hospedeiros restritos; São exigentes em culturas de células; Infectam principalmente superfícies mucosas: Doenças respiratórias e entéricas - perdas econômicas → suíno e bovino; Doenças hepáticas ou do SNC (MHV- Mouse Hepatitis Vírus); Infecções sistêmicas (FIPV- Feline Infections Peritonitis vírus). Coronavírus Reatividade sorológica; Hospedeiro natural; Sequência de nucleotídeos. Fonte: UFSM REPLICAÇÃO 1º Ligação dos vírions, pela glicoproteína S, aos receptores na membrana celular; 2º Utilizam a aminopeptidase N como receptor; Aminopeptidase N é uma metaloprotease associada à MP; 3º A penetração dos vírions na célula hospedeira pode ocorrer por duas vias: Após endocitose, pela fusão do envelope viral com a membrana da vesícula endocítica; Fusão do envelope com a MP na superfície da célula. REPLICAÇÃO 4º Assim que o genoma é liberado no citoplasma, o gene 1 (pol) é traduzido em poliproteína, para a produção da replicase viral; 5º A polimerase viral utiliza o RNA genômico como modelo para fazer uma cópia de RNA intermediário de sentido negativo. 6º A partir deste RNA são produzidas cópias de RNA de extensão genômica que serão incluídas nas partículas virais e cópias de mRNA subgenômicos, que serão traduzidos nas demais proteínas estruturais necessárias para a produção da progênie viral. REPLICAÇÃO 1) Ligação aos receptores celulares; 2)Endocitose; 3) Penetração por fusão do envelope com a membrana endocítica; 4) Tradução da região 5’ do genoma e produção da polimerase; 5) Síntese da cópia antigenômica; 6) Síntese dos mRNAs subgenômicos; 7a e 7b) Tradução dos mRNAs subgenômicos em proteínas estruturais; 8) Síntese do RNA genômico; 9) Conjugação do RNA genômico com proteínas do nucleocapsídeo; 10) Brotamento do nucleocapsídeo no RER ou Golgi; 11) Transporte da progênie viral em vesículas até a MP; 12) Egresso por exocitose. Fonte: UFSM coronavírus canino - coronavirose (1-3) Conhecida como Gastroenterite Contagiosa Canina; De natureza viral, altamente contagioso,sendo transmitido pelas fezes infectadas do hospedeiro ou contato de mucosas e secreções; coronavírus canino - coronavirose (2-3) O desenvolvimento do vírus se concentra nos intestinos dos cães, e podem levar a inflamações intestinais graves, desidratação, e diarréia prolongada; O diagnóstico é realizado por exames específicos laboratoriais, pois os sintomas assemelham-se à parvovirose; O coronavírus canino afeta apenas o epitélio localizado na extremidade superior das microvilosidades, sem afetar as criptas; Autópsia de cão portador da coronavirose e parvovirose, com aumento considerável do volume dos intestinos decorrente a ação viral. Gastroenterite grave. coronavírus canino - coronavirose (3-3) Por não existir um medicamento específico para combater o vírus, o foco é no alívio dos sintomas, principalmente da desidratação, além de medicação para os vômitos e para a diarreia; A melhor forma de preveni-la é a vacinação administrada quando o cão ainda é filhote (por volta dos 45 dias de vida). A vacina Polivalente vai protegê-lo por toda vida da Coronavirose e de outras doenças virais. REFERÊNCIAS Correia, Vanessa e Albuquerque, Sara; Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS); Universidade de Évora Virologia; 2004. Tonon, Camila Gabriela et al; Coronavírus Canino; Revista Científica Eletrônica da FAIT; 2015 Virologia veterinária / Eduardo Furtado Flores(organizador). – Santa Maria : Ed. da UFSM, 2007.
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