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Industria Curtume

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE ENGENHARIA - UFGD 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA PRODUÇÃO 
 
 
 
Alan Ribeiro 
Agatha Caroline 
Ana Carolina Jasansky 
 
 
 
 
CURTUMES & CIA 
Curtimento de couros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dourados – MS 
Novembro/2018 
Alan Ribeiro 
Agatha Caroline 
Ana Carolina Jasansky 
 
 
 
 
 
 
CURTUMES & CIA 
Curtimento de couros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dourados – MS 
Novembro/2018 
Trabalho apresentado á prof.ª Mariana 
Menegazzo como nota parcial na disciplina de 
Gerenciamento Ambiental da Produção do 8º 
semestre do curso de Engenharia de Produção. 
CURTUMES & CIA 
1. EMPRESA 
1.1. Processo Estudado 
Curtume é o seguimento fabril especializado em transformar e comercializar a 
pele animal em couro comercial através do processo de curtimento. A industria 
Curtumes & Cia é responsável por produzir e comercializar o couro no processo Wet 
Blue, ou seja, o couro ainda se encontra em seu estagio inicial, passando somente 
pelo curtimento no cromo e não recebeu outros tipos de processos que adicionam cor 
e textura ao mesmo. 
 
1.2. Localização da indústria 
O transporte do couro é um fator de extrema relevância, pois além do couro cru 
ter um prazo muito curto de validade, não são aplicados nenhum tipo de conservantes 
para não atrapalharem a penetração de produtos químicos durante o processo de 
curtimento do mesmo. Deste modo, o couro deve ser transportado no menor tempo 
possível, caso contrario, terá que ser disponibilizado um transporte refrigerado, 
aumentando o seu custo. 
A instalação da indústria no estado de Mato Grosso do Sul seria promissor á a 
redução do custo de transportes e disponibilidade de matéria prima. O estado é 
detentor do segundo maior rebanho bovino e possui o segundo maior frigorifico do 
mundo, instalado na capital sul-mato-grossense. 
Através dessas vertentes analisadas, a localização do Curtumes & Cia será na 
cidade de Campo Grande/MS. 
IMAGEM 1 – Mapa de Mato Grosso do Sul com destaque em Campo Grande 
 
Fonte: Wikipédia 
 
1.3. Estratégia de produção 
Como estratégia de produção, a empresa busca sempre aumentar sua 
qualidade e diminuindo custos através do planejamento e controle da produção, 
aplicando praticas que envolvem eliminação de perdas e redução de desperdícios 
dentro do processo, deste modo, se inserindo no mercado de maneira competitiva 
com demais concorrentes do setor. 
Com o objetivo de instituir uma cultura organizacional que motive os 
colaboradores a sempre melhorarem a qualidade dos produtos e o aumento da 
produtividade, a empresa apresenta missão, visão e valores aos quais estão ligados 
a cultura almejada na indústria. 
1.3.1. Missão 
“Sermos reconhecidos em âmbito nacional por aquilo que nos propusemos a 
fazer, ofertando produtos de qualidade aos consumidores, solidez aos fornecedores e 
melhorias na qualidade de vida de nossos colaboradores” 
1.3.2. Visão 
“O Curtumes & Cia visa promover o desenvolvimento de produtos através da 
produção sustentável, diminuindo os impactos ambientais causados pela atividade e 
promovendo a utilização correta e proveitosa de todos os recursos disponíveis, se 
tornando referencia nacional da área.” 
1.3.3. Valores 
 Atitude de dono 
 Determinação 
 Disciplina 
 Disponibilidade 
 Simplicidade 
 Franqueza 
 Humildade 
 
1.4. Sistema de produção 
As instalações fabris de um curtume, são dadas somente pra essa finalidade, por 
possuírem maquinas altamente especializadas neste processo e não servido á outros 
tipos de atividades sem serem estas. Com isso, para a rentabilidade da indústria e 
para que seja absolvido o grande custo envolvido da instalação do mesmo, a sua 
produção deve ser feita em larga escala e de forma padronizada. 
Tais características são provenientes do processamento em massa, de modo que 
sua produção baseia-se em apenas um produto e há uma linha de produção, porem 
sua produção apresenta uma espera durante dois processos: o curtimento do couro 
na cal (caleiro) e o curtimento em cromo (fulão), assim como esquematizada no 
fluxograma de processos no tópico a seguir. 
 
1.5. Fluxograma de processos 
Através do fluxograma de processos é possível obter uma analise global da 
atividade analisada, possibilitando a visualização de problemas e eventuais 
melhorias. 
IMAGEM 2 – Fluxograma de Processos 
 
Desta maneira, o fluxograma auxilia na obtenção de problemas ambientais que 
ocorrem em todos os processos da atividade, demonstrando de modo geral como 
abrangem a organização como um todo. 
2. Legislação Ambiental – Licenciamento Federal, Estadual e Municipal 
 
 No Brasil não existe uma legislação especifica os aspectos ambientais relativos 
a indústria do couro, apesar de ser uma atividade industrial altamente poluidora 
(GANEM, 2007). A lei n.º 11.211, de 19 de dezembro de 2005, pauta alguns aspectos 
sobre a indústria do couro, definindo condições exigíveis para a identificação do couro 
e das matérias-primas sucedâneas, utilizados na confecção de calçados e artefatos. 
A referida lei tem por objetivo valorizar a matéria-prima couro e proteger o consumidor 
quanto à autenticidade do produto, definindo o couro como um “produto oriundo 
exclusivamente de pele animal por qualquer processo, constituído essencialmente de 
derme” (art. 7º, I) e obriga os fabricantes ou importadoras de calçados, artefatos e 
outros a identificar, por meio de símbolos, os materiais empregados na fabricação dos 
respectivos produtos, quando destinados a consumo no mercado brasileiro (art. 2º). 
 Apesar de não existir uma legislação especifica para aspectos ambientais para 
indústria de curtume, as legislações abaixo aplicam-se perfeitamente para o setor: 
a) Lei n.º 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente 
e institui o licenciamento ambiental e a avaliação de impacto ambiental 
como instrumentos dessa política. 
b) Decreto 99.274/1990, que regulamenta a Lei 6.938/1981. 
c) Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n.º 001/ 
1986, que trata do estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de 
Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA). 
d) Resolução CONAMA n.º 237/1997, que distribui as competências, em 
matéria de licenciamento, entre o Ibama, os Estados e os Municípios; 
e) Resolução CONAMA n.º 357/2005, que “dispõe sobre a classificação dos 
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem 
como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá 
outras providências”. 
 A implantação de uma indústria de curtume depende da aprovação do 
projeto de impacto ambiental pelas Secretárias do Meio Ambiente dos Estados. Segue 
abaixo algumas etapas: 
I. Registro da empresa nos seguintes órgãos: 
a) Junta comercial; 
b) Secretária Estadual de Fazenda; 
c) Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento; 
d) Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada 
a recolher por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada 
ano, a Contribuição Sindical Patronal 
e) INSS/FGTS; 
f) Corpo de Bombeiros Militar. 
II. Visita a prefeitura da cidade onde pretende montar a sua indústria para 
fazer a consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e 
Número Oficial, Alvará de Localização e Licenciamento ambiental 
(Licença Prévia, de Instalação e Operação). 
 Em geral, os sistemas estaduaisde licenciamento disciplinam a localização, 
instalação, operação e ampliação de atividades e serviços que constituem fontes de 
poluição ou degradação do meio ambiente. Por serem considerados como potenciais 
fontes poluidoras de água, solo e do ar, as indústrias curtumes estão sujeitos a 
fiscalização do Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura Estadual, Vigilância 
Sanitária, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e IBAMA. A Resolução CONAMA n.º 
237/97, de dezembro de 1997, delega a competência dos estados em emitir as 
licenças ambientais bem como normas peculiares aplicáveis em cada região. 
 No estado de Mato Grosso do Sul o órgão responsável pelas licenças é o 
IMASUL (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), e em Campo Grande o 
SILAM (Sistema Municipal de Licenciamento e Controle Ambiental) é responsável por 
atuar no controle ambiental, especialmente quanto à implantação e o funcionamento 
de empreendimentos e atividades potencialmente causadoras de impacto ambiental. 
 Para obter o licenciamento adequado, a Curtumes&Cia deverá apresentar 
como requisito de caráter obrigatório devido sua classificação de categorias de 
atividades ao IMASUL como subsídio à tomada de decisão sobre o pedido de 
licenciamento ambiental os seguintes documentos: 
1. Estudo Ambiental Preliminar (EAP) e; 
2. Estudo de Impacto Ambietal (EIA); 
3. Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
 Tais estudos devem conter minimamente a caracterização e 
dimensionamento da atividade a ser licenciada, a caracterização da área pretendida 
para a implantação ou desenvolvimento da atividade, incluindo as áreas de influência, 
a identificação dos seus impactos ambientais efetivos e potenciais, assim como das 
medidas destinadas a mitigar seus impactos negativos. 
 As licenças são definidas pelo IMASUL conforme abaixo: 
“- Licença Prévia: licença concedida na fase preliminar do 
planejamento do empreendimento ou atividade aprovando 
sua concepção e localização, atestando a viabilidade 
ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e as 
condicionantes a ser atendidas como exigência para as 
próximas fases do licenciamento; 
- Licença de Instalação: licença que autoriza a instalação 
de empreendimento ou atividade de acordo com as 
especificações constantes dos planos, programas e 
projetos aprovados, incluindo as medidas de controle 
ambiental e demais condicionantes dos quais constituem 
motivos determinantes; 
- Licença de Operação: licença que autoriza a operação de 
atividades após a verificação do efetivo cumprimento do 
que consta das licenças anteriores, com adoção das 
medidas de controle ambiental e condicionantes 
determinadas para a sua operação. ” (MATO GROSSO DO 
SUL, 2015) 
 Existem também Normas Técnicas relacionadas ao tratamento de peles: 
- Código: NB01132/NBR 104554. Data de publicação: 1998. Título: Preparo de peles 
bovinas – condições exigíveis referentes à preparação das peles bovinas 
imediatamente após o abate e a sangria. 
- Código: NBR 13572. Data de publicação: 1996. Título: Água residuária e banho 
residual resultantes de curtume – Determinação de sólidos totais – Prescreve método 
de determinação dos sólidos suspensos totais em águas residuárias e banhos 
residuais resultantes de curtume. 
3. Tipos de poluição 
3.1. Poluição Hídrica 
 A água é o insumo mais importante para indústria do couro, pois a mesma 
é utilizada em quase todas as etapas dos processos. Ela é utilizada como solvente 
nos banhos de tratamento e nas lavagens das peles, onde saem acrescidas de 
resíduos orgânicos e de produtos químicos. Após as lavagens, existe uma grande 
quantidade de cloreto de sódio e de outros minerais solúveis. Quando essa água não 
é tratada corretamente, é lançada nos solos aumentando a pressão osmótica do 
terreno e interferindo no desenvolvimento de plantas, e quando lançada nos rios, 
impede o crescimento de peixes. Outra etapa que traz muitos resíduos para a água é 
a caleiro e da depilação, trazendo malefícios ás instalações de esgotos e aos cursos 
d’água, uma vez que os sulfetos se transformam em ácido sulfúrico e corrói os 
encanamentos, remove o oxigênio e produz gás sulfúrico. Os couros que são curtidos 
ao cromo também devem ter um tratamento específico, pois é lançado em conjunto 
com os resíduos líquidos. 
3.2. Poluição sólida 
 Um dos maiores problemas na indústria do couro é cromo, que pode estar 
tanto nos resíduos líquidos como nos sólidos. Quando enquadrado no resíduo sólido, 
o cromo encontra-se no lodo industrial, que é o resultado do tratamento de efluentes 
industriais. Esse composto, por conter uma alta concentração de cromo VI, deve ser 
acondicionado em tambores e contêineres herméticos, posteriormente encaminhados 
a incineradores ou para os aterros industriais, onde são armazenados 
indefinidamente. 
3.3. Poluição atmosférica 
 
 Os curtumes utilizam a energia elétrica e a térmica para seu 
funcionamento. A energia elétrica é empregada na ativação de máquinas, motores, 
entre outras demandas gerais. A energia térmica, proveniente da queima da lenha, é 
usada no aquecimento da água que será utilizada nos banhos descritos nas 
operações de ribeira, no curtimento, na neutralização, no amaciamento e no 
recurtimento, onde a pele ou o couro são inseridos no fulão e este é aquecido 
conforme a operação desempenhada. A água quente também se faz necessária no 
processo de secagem do couro e em alguns processos de tratamento de efluentes. 
Na etapa de energia térmica utiliza-se a lenha, que compromete a qualidade do ar, 
uma vez que promove a emissão de dióxido de carbono. 
 
4. Aspectos e impactos ambientais da indústria 
Para que se entenda o processo e se proponha melhorias, é de extrema 
importância e necessidade de se conhecer os aspectos e impactos ambientais 
causados pela indústria do couro. 
 Os aspectos analisados foram: 
a) Consumo elevado de agua; 
b) Consumo de energia elétrica; 
c) Consumo de produtos químicos em grande escala; 
d) Geração de resíduos em grande quantidade. 
 Os impactos ambientais que o exercício da atividade causa, são: 
a) Odor – incomodo ao bem-estar público; 
b) Prejuízo à qualidade dos corpos d’agua; 
c) eventual contaminação do solo e de aguas subterrâneas; 
d) aumento da DBO (demanda bioquímica de oxigênio) e DQO (demanda 
química de oxigênio) comprometendo a biodiversidade local; 
e) envenenamento de peixes pela matéria orgânica e produtos químicos; 
f) atração de vetores que causam doenças, como ratos e insetos. 
Para melhor compreensão, observa-se o balanço de massa básico do 
curtume. 
Neste caso temos uma entrada 1t de couro, produtos químicos 500kg, de 15 
a 40m³ de água, energia de 2500 a 11700 kwh, na saída temos couro acabado 200 – 
250kg, efluentes 15-40m³, resíduos sólidos 450-750kg, poluentes atmosféricos 40kg 
(solventes e orgânicos). 
 
Imagem 3. Fluxos básico de um curtume 
 
 
 Como podemos observar a indústria de curtumes tem um alto consumo 
de água o que acaba contribuindo para o desequilíbrio hídrico em alguns casos, assim 
como o descarte dessa água após o uso, se descarta em condições insatisfatória pode 
aumentar a poluição hídrica. Com isso é necessário seguir uma legislação ambiental, 
além de outras alternativas para evitar tal feito. 
 
 
 
 
Tabela 1. Aspectos e impactos ambientais 
Etapa Básica 
do Processo 
Poluição Aspecto Ambiental- Emissão 
Impacto 
Ambiental-
Potencial 
Entrada
Couro 1t
Produtos químicos 
500kg
Água 15-40m³
Energia2500-
11700kwh
Saída
Couro acabado 200-
250kg
Efluente líquido 15-
40m³
Resíduos sólidos 450-
750kg
Poluentes 
atmosféricos 40kg
Conservação 
e 
Armazename
nto de Peles 
1- Ar 
2- Hídrica 
3- Solo/R
esíduo
s 
Sólidos 
1- NH3 e COVg 
2- Eventuais líquidos 
eliminados pelas peles 
3- Alguns pedaços de 
peles e sal com matéria 
orgânica 
1- Odor 
incômodo 
ao bem-
estar 
público 
2- Prejuízo à 
qualidade 
dos corpos 
d’agua 
3- eventual 
contaminaç
ão do solo e 
das águas 
subterrânea
s 
Ribeira 
1- Ar 
2- Hídrica 
3- Solo/R
esíduo
s 
Sólidos 
1- H2S, NH3 e COVg 
2- Banhos residuais de 
tratamento de peles e 
água de lavagens 
intermediarias, carga 
orgânica e produtos 
químicos (sulfeto, sais e 
outros) 
3- Carcaça, pelos, aparas 
recortes e raspas de 
peles, sem e com 
produtos químicos) 
1- Odor 
incômodo 
ao bem-
estar 
público 
2- Prejuízo à 
qualidade 
dos corpos 
d’agua 
3- Eventual 
contaminaç
ão do solo e 
de águas 
subterrânea
s 
Curtimento 
1- Hídrica 
1- Banho residual de 
curtimento das peles, 
cargas orgânica e 
produtos químicos 
(cromo, tanino, sais 
diversos) 
1- Prejuízo à 
qualidade 
dos corpos 
d’agua 
Acabamento 
1- Ar 
2- Hídrica 
3- Solo/R
esíduo
s 
Sólidos 
1- COVg –dos solventes 
dos produtos aplicados 
2- Banhos residuais de 
tratamento dos couros, 
carga orgânica e 
produtos químicos 
(cromo, taninos, 
corantes, óleos e outros) 
3- Pó farelo serragem de 
reparadeira, recortes de 
couros curtidos , 
semiacabados, pó de 
lixa, resíduos de 
produtos acabados 
(tintas, resinas e outros) 
1- Odor e 
incômodo 
ao bem-
estar 
público 
2- Prejuízo à 
qualidade 
dos corpos 
d’agua 
3- Eventual 
contaminaç
ão do solo e 
das águas 
subterrânea
s 
 
5. Política ambiental da indústria 
A Curtumes & Cia, indústria especializada em processamento de couros, por 
consciência e respeito ao meio ambiente, assume o compromisso de desenvolver 
suas atividades dentro da legislação ambiental vigente, respeitando leis federais, 
estaduais e municipais e implementando normas internas com o objetivo de reduzir 
os impactos negativos oriundos dos processos de curtimento do couro, além de 
buscar melhorias continuas dentro do sistema de gestão ambiental. 
6. Política Ambiental 
De acordo com legislação ambiental, a Curtumes & Cia, exige que seus 
funcionários passem por palestras de indicadores ambientais. Para que ocorra uma 
nova carona, onde os funcionários possam ir para identificar fontes de degradação 
ambiental e os impactos que provocam, bem como quantificar os custos associados 
à sua redução; melhorar a regulamentação pública e as estratégias privadas com base 
no conhecimento sobre o ambiente. 
7. Objetivos e metas ambientais 
a) Com base na política ambiental, foram elaborados objetivos e metas a serem 
seguidas pela empresa. 
b) Monitorar as atividades e os impactos causados por elas, visando reduzi-las 
e/ou neutraliza-las. 
c) Buscar melhorias continuas dentro do sistema de gestão ambiental 
d) Trabalhar com fornecedores que estejam comprometidos com a causa 
ambiental e respeitem as leis e normas ambientais vigentes para seu ramo de 
atuação empresarial 
e) Implementar políticas de redução de consumo de agua e tratamentos de 
efluentes. 
f) 
8. Práticas de P+L para o setor 
Através do conceito de produção mais limpa onde a junção de estratégia 
econômica, tecnológica e ambiental nos ajuda a desenvolver a indústria, aumentar 
a eficiência do processo com o uso de água, energia e matérias primas. Afim de 
minimizar ou até mesmo não gerar resíduos no processamento do curtume. 
É fundamental que o P+L esteja diretamente ligada com toda a empresa 
desde o processo, e chão de fábrica a diretoria. E necessário que esteja dentro do 
plano empresarial, pois uma produção mais limpa pode se uma ótima estratégia 
para uma melhor produção e por sequencia um maior lucro. 
9. Práticas de responsabilidade social 
Quando falamos de práticas sociais lembramos de sustentabilidade e 
desenvolvimento, onde a população está cada vez mais cooperando com um melhor 
ambiente social e ambiental. A Curtumes & Cia, procura desenvolver atividades 
com a população através de palestras e incentivos como um melhor emprego um novo 
posto de trabalho, para uma comunicação com a população, e assim garantir a 
contribuição da população para prevenir a poluição e degradação ambiental 
aumentando a qualidade do meio ambiente. 
 
 
 
 
 
10. Sistemas de Tratamento de águas e efluentes, consumo de energia 
resíduos sólidos e emissões atmosféricas 
10.1. Sistema de tratamento de águas e efluentes: gestão da água 
 A água é um dos insumos mais consumidos nas unidades industriais 
de curtumes, sendo assim é essencial que a Curtumes & Cia tenha estratégias 
capazes de otimizar seu uso com responsabilidade ambiental e, consequente 
redução de custos. É fundamental que a quantidade de água utilizada seja 
mensurada e acompanhada por indicadores, pois uma utilização 
desproporcional acarreta negativamente no rendimento final de uma operação 
em termos de absorção dos produtos e provoca o aumento da quantidade de 
efluentes líquidos resultando assim num agravamento dos custos operativos 
totais. 
 Para além dos benefícios econômicos inerentes a captação e 
principalmente ao tratamento de fim de linha, descarregar menos água com 
menos contaminantes implica a formação de menos lamas e naturalmente ais 
medidas tornam-se relevantes para a prevenção dos resíduos. 
 O consumo de água é constituído por dois componentes principais: a 
água de processo e água necessária para outras utilizações, como sejam: 
limpezas, geração de energia, tratamento de águas residuais e instalações 
sanitárias. Tradicionalmente, mais de 75% da água consumida numa instalação 
de curtumes provém das lavagens da pele entre operações e de outras 
lavagens de caráter mais geral. 
Tabela 2. Balanço típico do consumo de água no processo de curtumes. 
OPERAÇÕES VOL. TOTAL (m³/ton) 
Processo até a fase de ribeira 20 - 25 
Processo até a fase de curtimenta 
(wet-blue) 
21-28 
Processo até a fase de acabamento 34 - 40 
Fonte: ASTRA, 2015. 
 Existem várias técnicas e/ou tecnologias para melhorar a eficiência da 
utilização de água. Dentro da Curtumes & Cia elas são priorizadas, segue 
abaixo alguns exemplos de boas práticas ambientais para o consumo de água: 
- Otimização do consumo de água e a diminuição do consumo de produtos 
químicos utilizados no processo e no tratamento de águas residuais. 
Contabilizar as águas utilizadas nas diferentes operações e melhorar o controle 
operacional dos caudais utilizados (utilização de instrumentação adequada 
como caudalímetros nos fulões e/ou barcas); 
- Instalar temporizadores, mitigadores e limitadores de consumo de água 
(torneiras e mangueiras); 
- Alterar a forma como decorrem as lavagens, de forma a implementar um 
sistema de lavagens otimizado. Desta forma, a razão banho/lavagens aumenta; 
- Adequar o fluxo de água aos requisitos dos processos e das lavagens, 
nomeadamente com a instalação de redutores de pressão. As lavagens com 
água corrente são uma das principais fontes de desperdício de água. Nestes 
casos, é importante melhorar a adequação do fluxo de água aos requisitos do 
processo e utilizar métodos de lavagem por imersão em vez de lavagem em 
água corrente; 
- O volume dos banhos pode emmuitos casos ser reduzida durante as 
diferentes operações produtivas, obtendo-se um duplo benefício, uma redução 
na quantidade de águas descarregadas e uma melhoria da eficiência do 
processo; 
- Usar banhos curtos, ou seja, menores relações água/pele (técnicas low-float), 
dentro de limites aceitáveis em termo de eficiência e de qualidade da pele; 
- Aproveitar alguns banhos e água de lavagens (com ou sem tratamento 
prévio), em outras operações do processo industrial de curtumes. A reutilização 
das águas residuais pode diminuir consideravelmente o consumo de água; 
- Estudar a utilização de águas pluviais em aplicações específicas (sanitários, 
lavagens, refrigeração); 
- Realização periódica de testes de fugas; 
- Divulgar internamente regras simples de economizar água e introduzir 
medidas operacionais e regulamentos específicos junto dos trabalhadores, em 
conjugação com ações de sensibilização e formação. 
 Um tratamento prévio da água captada, seja para geração de vapor 
ou para utilização dentro dos processos, precisam seguir algumas 
características fundamentais, tais como: 
- pH adequado; 
- Dureza (temporária (dureza carbonatada) e permanente (dureza não 
carbonatada)); 
- Oxidabilidade (presença de matéria orgânica); 
- Cor; 
- Cheiro (pode afetar o produto final); 
- Metais (ferro, crómio, cobre, etc.); 
- Materiais em suspensão; 
- Sais solúveis (cloretos de sódio, potássio, cálcio, magnésio e sulfatos); 
- Gases dissolvidos. 
Tabela 3. Requisitos básicos da água, em termo de processo produtivo de 
curtumes. 
PROCESSO REQUISITOS 
Molho 
É desejável uma dureza moderada. 
Um elevado teor de sólidos em 
suspensão ou de contaminação 
microbiológica é indesejável. 
Caleiro 
Uma água com dureza elevada deve 
ser evitada para o processo normal, 
e não deve ser mesmo utilizada em 
processos enzimáticos. 
Lavagem após o caleiro 
Um elevado teor de carbonatos é 
suscetível de causar problemas. 
Piquelagem e curtimenta com 
crómio 
A dureza da água não é 
problemática. 
Curtimenta vegetal 
A dureza da água e a presença de 
ferro é prejudicial. Os sais de 
magnésio e de cálcio podem formar 
compostos de tanino insolúveis. Os 
sais de ferro podem causar 
depósitos e manchas na superfície 
da pele. 
Fonte: AUSTRA, 2015. 
 Desta forma, controlar o tratamento de água captadas é essencial para 
o bom funcionamento das diversas etapas da produção do curtume. Por 
exemplo, se a dureza da água de alimentação for excessiva e se a sua 
alcalinidade não for controlada, forma-se incrustações nas superfícies de 
aquecimento, originando uma diminuição da transferência térmica e eventual 
sobreaquecimento e, consequentemente, desperdício de combustível 
(AUSTRA, 2015). Para isso, será utilizado o processo de desmineralização de 
água por troca iônica, em que emprega resinas catiônicas e aniônicas. Neste 
tipo de tratamento temos a substituição dos íons catiônicos (Ca, Mg, Na) por 
íons de hidrogênio, além dos íons aniônicos (cloretos, sulfatos, carbonatos, 
silicatos, bicarbonatos e nitratos) por íons de hidroxila. Deste modo, elimina-se 
grande parte dos sais presentes na água, tornando-a equivalente à água 
destilada, eliminando assim os problemas de incrustações, cristalizações e 
corrosões. 
 Já para o tratamento das águas residuais será utilizado uma ETE – 
Estação de tratamento de esgotos sanitários. Ela consiste em uma unidade 
operacional do sistema de esgotamento sanitário que através de processos 
físicos, químicos ou biológicos removem as cargas poluentes do esgoto, 
devolvendo ao ambiente o produto final, efluente tratado, em conformidade com 
os padrões exigidos pela legislação ambiental. Os efluentes industrias da 
indústria de curtume apresenta altos níveis de carga orgânica, sólidos em 
suspensão e várias substâncias tóxicas. A operação responsável pela maior 
parte da carga contaminante total dos efluentes finais da indústria é o caleiro. 
Sendo assim, se tem como alternativa de boas práticas é a reutilização de água 
de caleiro. Ela consiste em um processo no qual a água utilizada nos banhos 
seja encaminhada para tanques de armazenamento, que possuem agitadores 
para manter os sólidos em suspensão, e em seguida passam por peneira para 
a retirada de materiais grosseiros, enquanto seguem para um decantador. Após 
a decantação o líquido superficial vai para tanques de estocagem, passam por 
análises para quantificar a presença de insumos e se determinar a necessidade 
de complementos de insumos permitindo seu reuso. O lodo do decantador vai 
para disposição final em aterro sanitário industrial (ALVES, 2013). 
10.2. GESTÃO DE ENERGIA 
 A utilização de energia é fundamental para uma indústria poder 
funcionar. E pode variar grandemente de setor para setor conforme a sua 
gestão energética. Embora o argumento da competitividade continue 
naturalmente a ser aquele que mais sensibiliza a generalidade dos industriais, 
a crescente pressão ambiental veio reforçar a necessidade de utilizar 
eficientemente a energia. Seja por imposição legal, seja pela necessidade de 
cumprir requisitos ambientais como forma de aceder a sistemas de apoio ou 
simplesmente por uma questão de imagem ou pressão da opinião pública, cada 
vez mais a eficiência energética está na ordem do dia (CUNHA, 2011). 
 Foi verificado que nas unidades industriais de curtumes um maior 
componente térmico da energia, relativamente ao componente elétrico. A 
energia elétrica é consumida essencialmente na força motriz dos equipamentos 
e nos escritórios enquanto os combustíveis (principalmente fuelóleo, gás 
natural e biomassa) são consumidos em caldeiras de vapor (AUSTRA, 2015). 
 Tabela 4. Consumo de energia térmica e energia elétrica. 
Tipo Utilizações % do consumo total 
Energia térmica 
- Secagem 
- Água quente 
- Aquecimento de 
instalações 
32 – 34 
32 – 34 
17 – 20 
Energia elétrica 
- Equipamentos 
produtivos (máquinas e 
fulões) 
- Ar comprimido 
- Iluminação 
9 – 12 
1,5 – 3 
1,5 – 3 
Fonte: AUSTRA, 2015. 
 Após a instalação da Curtumes & Cia deve ser feito um estudo 
energético geral, acompanhado por um estudo mais particular dos seus 
processos e dos equipamentos que intervêm nos mesmos. Nesta análise deve 
ser determinado o estado dos processos e detectar os possíveis pontos de 
atuação e melhoria nos equipamentos que intervêm, implementando as 
melhorias que pressuponham um avanço em termos de redução de consumo 
e eficiência energética. De forma complementar, é necessário elaborar índices 
de eficácia energética e calcular indicadores econômicos, dispondo desta forma 
das ferramentas gerenciais adequadas para melhor monitorar e controlar os 
processos. 
 Após um estudo detalhado da situação energética da Curtumes & 
Cia, segue abaixo algumas medidas que visam contribuir como boas práticas 
para uma boa gestão de energia. 
Nº Categoria Medida 
1 Motores elétricos 
Desligar os motores nos 
momentos que 
funcionem em stand-by 
pois ainda assim 
consomem grande 
quantidade de energia. 
2 Motores elétricos 
Verificas as horas de 
operação anuais de 
cada motor e analisar a 
eficácia do motor face 
ao tempo de operação 
que tem. 
3 Motores elétricos 
Verificar o modo de 
arranque dos motores e 
se este se realiza de 
forma sequencial e 
planificada. 
4 Motores elétricos 
Instalar equipamentos de 
controlo de temperatura do 
óleo de lubrificação dos 
rolamentos de motores de 
grande capacidade a fim de 
minimizar as perdas por 
fricção e elevar a eficácia. 
5Motores elétricos 
Verificar a existência de 
possíveis perdas por más 
ligações ou na distribuição da 
energia. 
6 Motores elétricos 
Retificar a correta ventilação 
dos motores, pois um 
sobreaquecimento dos 
mesmos traduz-se num 
aumento de perdas, pode 
danificar os isolamentos e 
origina uma diminuição da 
sua eficácia. 
7 Iluminação 
Sensibilização dos 
colaboradores 
8 Iluminação 
Aproveitar ao máximo a luz 
natural, diminuindo a 
necessidade da iluminação 
artificial. Juntamente a esta 
medida deve associar-se uma 
correta limpeza dos vidros e 
a eliminação de obstáculos 
que impeçam a entrada de 
luz ou que façam sombra. 
9 Iluminação 
Caso possível, pintar as 
paredes e tetos de cores 
claras para incrementar a 
reflexão da luz e diminuir a 
necessidade luminosa do 
lugar de trabalho. 
10 Iluminação 
Verificar o estado de limpeza 
do sistema de iluminação de 
forma periódica, já que a 
sujidade dos candeeiros, 
luminárias e lâmpadas 
diminui a luz emitida. 
11 Iluminação 
Assegurar-se que os 
interruptores são facilmente 
identificáveis e que indicam 
corretamente o circuito 
sobre o qual operam, como 
também que se situam em 
lugares facilmente acessíveis. 
12 Ar comprimido 
Assegurar que o uso do ar 
comprimido é o adequado. 
13 Ar comprimido 
Verificar se a pressão de 
geração do ar comprimido é 
compatível com os 
equipamentos consumidores. 
Deve-se fixar no valor mais 
baixo possível, pois o 
consumo de energia é muito 
mais elevado ao aumentar a 
pressão de trabalho. 
14 Ar comprimido 
Verificar que os 
equipamentos trabalham 
com a pressão mínima que 
assegura a sua correta 
operação. Um aumento da 
pressão à volta dos 7 ou 8 
bar acima da pressão 
requerida origina um 
aumento no consumo 
elétrico na ordem dos 9%. 
15 Ar comprimido 
Gerir o ar comprimido pela 
sua utilização por hora 
(horário pré-determinado, 
variável, ou de forma 
aleatória), sendo que pode 
ser interessante a colocação 
de válvulas de fecho 
programado, ou por nível de 
pressão de uso. 
16 Ar comprimido 
Eliminar tubagens de ar 
comprimido obsoletas ou 
que já não se usem, pois este 
tipo de linhas costumam ser 
uma fonte de fugas. 
17 Ar comprimido 
Analisar se há alguma zona 
na qual a exigência (horário, 
pressão, etc.) é diferente do 
resto da instalação e estudar 
a possibilidade de instalar um 
compressor local na mesma. 
18 Ar comprimido 
Verificar o estado e a limpeza 
dos filtros de ar, pois são 
origem de elevadas perdas 
de carga, ocasionando um 
aumento do consumo 
energético e de ar. 
19 
Climatização/ 
Ventilação 
Assegurar-se de que a 
temperatura de termóstatos 
não supera a temperatura de 
conforto de 21ºC. Um 
aumento de 1ºC na 
temperatura de aquecimento 
gera uma despesa 
considerável. 
20 
Climatização/ 
Ventilação 
Retificar e reduzir a 
temperatura de aquecimento 
durante os períodos de 
tempo em que não haja 
pessoas ou nas zonas onde 
não seja necessário um nível 
elevado de aquecimento. 
21 
Climatização/ 
Ventilação 
Verificar se existem fontes de 
calor não desejadas, tais 
como tubagens mal isoladas, 
que originariam uma maior 
utilização do ar 
condicionado. 
22 
Climatização/ 
Ventilação 
Se o sistema de ventilação 
não incorporar recirculação 
de ar, analisar a possibilidade 
de modificar o sistema de 
ventilação para incorporar 
esta opção, pois reduzem-se 
os custos de aquecimento do 
ar. 
23 Frio Industrial 
Retificar o isolamento das 
câmaras frigoríficas, 
prestando especial atenção 
ao estado das juntas, 
assegurando que estas 
garantem um fecho correto 
24 Frio Industrial 
Agrupar os produtos segundo 
o seu grau de refrigeração. 
25 Frio Industrial 
Levar a cabo uma correta 
manutenção preventiva, 
realizando revisões 
periódicas que detetem 
possíveis avarias, alargando a 
vida do equipamento, 
devendo incluir entre outras 
atuações: limpeza do 
evaporador e condensador, 
revisão de pressões do 
evaporador e condensador, 
avaliar a possível existência 
de vibrações no compressor 
e avaliar a possível formação 
de gelo no compressor. 
26 
Recuperação de calor 
em gases de combustão 
Se dentro do processo for 
necessário vapor, analisar a 
possibilidade de produzir o 
dito vapor mediante o uso de 
caldeiras de recuperação a 
partir do calor dos gases de 
combustão de alta e média 
temperatura. 
27 
Recuperação de calor 
em gases de combustão 
Analisar a formação de 
fuligens, as quais atuam 
como isoladores reduzindo a 
eficácia do equipamento. 
Acompanhar a medida, 
juntando aditivos ao 
combustível para reduzir os 
problemas de sujidade e 
corrosão nos equipamentos 
de recuperação. 
Fonte: AUSTRA, 2015. 
 Outra sugestão que será analisada é a implantação de painéis 
solares, devido a região ter grandes períodos de calor, o reaproveitamento 
energético será muito maior. 
10.3. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
 A Curtumes & Cia irá trabalhar com separação seletiva dos seus 
resíduos sólidos, e terceirizar para uma empresa especializada a coleta. Alguns 
materiais como vidros e metais, desde que não apresente contaminantes 
nocivos, podem ser captados e levados para Cooperativas que trabalham com 
reciclagem dos mesmos, ou para empresas que compram esses materiais. No 
último caso, o valor arrecadado será doado para alguma instituição local, de 
forma a reafirmar sua responsabilidade social e ambiental. 
 Porém, existem algumas práticas que irão acontecer dentro da 
empresa que ajudaram a evitar quantidades de resíduos desnecessários, tais 
como: 
- Redução na fonte: eliminar ou diminuir a formação de resíduos no processo 
produtivo; 
- Reutilização interna de muitos objetos do cotidiano, como embalagens 
reutilizáveis, assim como o uso direto após algum processamento, do resíduo 
no próprio processo produtivo. 
 Para os resíduos oriundos dos processos, existem diversas 
possibilidades de ganhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 4. Possibilidades de aproveitamento e destino final dos resíduos de 
curtumes. 
 
Fonte: AUSTRA, 2015. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GANEM, R. S. Curtumes: Aspectos ambientais. Consultoria Legislativa. Brasília – 
DF. Junho, 2007. 
MATO GROSSO DO SUL, GOVERNO. Manual Licenciamento Ambiental. Instituto 
do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul. Campo Grande – MS. Maio, 2015. 
ALVES, Vanessa C.; BARBOSA, Agnaldo S. Práticas de gestão ambiental das 
indústrias coureiras de Franca – SP. Gest. Prof., São Carls, v. 20, n. 4, p. 883-898, 
2013. 
AUSTRA. Boas práticas para o setor de curtumes. Centro tecnológico das indústrias 
do couro. Portugal. Junho, 2015. 
CUNHA, Adriana M. da. Relatório de acompanhamento setorial indústria de couro. 
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Março, 2011. 
DIAS, S. E. V. et al. v. 07, nº 2, p. 49-66, JUL-DEZ, 2014. Revista Eletrônica “Diálogos 
Acadêmicos” (ISSN: 0486-6266)

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