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1 FACULDADE ANHANGUERA DE TABOÃO DA SERRA TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR EAD ACADEMICA: FATIMA RGINA DE JESUS MELLO RA: 6182717128 PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO AO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR (PROINTER IV -2018) TUTOR: JOÃO VALDIVINO LIMA FERREIRA UNIDADE_TABOÃO DA SERRA SÃO PAULO ANO: 11/2018 2 FACULDADE ANHANGUERA DE TABOÃO DA SERRA TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR EAD ACADEMICA: FATIMA REGINA DE JESUS MELLO RA: 6182717128 PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO AO CURSO SUPERIOR DE T ECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR (PROINTER IV 2018 / 5º SEMESTRE): RELATORIO FINAL TUTOR: JOÃO VALDIVINO LIMA FERREIRA Trabalho apresentado ao Curso de Tecnologia em Gestão Hospitalar do Centro de Educação a Distancia - CEAD da Universidade Anhanguera, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas do Sistema de Acreditação Hospitalar, Empreendedorismo e Técnicas de Negociação e Direito Hospitalar, Tecnologia em Gestão Hospitalar EAD ANO: 11/2018 3 RESUMO Em mais de uma década, os serviços de saúde dos países desenvolvidos estão sob forte pressão, não apenas pelo aumento dos custos, mas principalmente pelas enormes injustiças dos sistemas de saúde que não conseguem proporcionar um acesso equitativo. O desafio que se impõe na atualidade reside na busca de um equilíbrio entre as forças de mercado e as necessidades sociais, conjugando um composto de ações e atividades que possibilitem uma melhoria dos serviços de saúde com humanização qualidade que devem ser prestados com equidade e custo socialmente aceitável. Visando superar esse desafio, torna-se uma exigência a incorporação de modificações substanciais, visando enfrentar a insuficiência dos sistemas de saúde. Em analise os fatores que comprometem a eficácia do setor de saúde, evidencia-se que a falta de planejamento permite a existência de instituições que frequentemente carecem de condições mínimas de funcionamento, e não respondem às necessidades reais da população. Essas instituições oferecem serviços que não possuem padrões mínimos de qualidade destaca a aparente ambivalência existente entre a normatização e a particularização gerada do conhecimento e da prática: de um lado, a particularidade, a individualidade, a contingência e a variabilidade devem ser preservadas, respeitadas e reconhecidas. De outro, o trabalho em serviços deve originar um estado de coisas que esteja de acordo com certas regras, regulamentações e valores gerais. Consequentemente, um critério de Qualidade do trabalho em serviços é que ele não suprima a individualidade e a especificidade da situação de um “caso” em favor da norma de referência rígida, nem, inversamente, atribua uma tal importância às particularidades que as condições normais previstas por terceiros não sejam realizadas. Também se destaca o que analisa como deve ser desenvolvido um programa de garantia de qualidade, sendo necessárias qualidade técnica dos profissionais, uso eficiente dos recursos, minimização de risco de lesões associadas aos serviços de saúde oferecidos, satisfação do paciente em suas demandas, expectativas e acessibilidade aos serviços de saúde, e um sistema local de saúde, onde os serviços infra e extra-hospital ares estejam coordenados e integrados. Graham (1990) apresenta um modelo integrado – Modelo de Auditoria de Qualidade Integrado (AQI), que inclui quatro componentes: Garantia da Qualidade, Gerenciamento de Risco, Gerenciamento de Recursos e Controle de Infecções Palavras-Chave: Sistema de Acreditação Hospitalar, Empreendedorismo e Técnicas de Negociação e Direito Hospitalar, 4 SUMÁRIO RESUMO ...........................................................................................................................03 SUMARIO .......................................................................................................................... 04 LISTA DE SIGLAS ..........................................................................................................05 INTRODUÇÃO..................................................................................................................06 ETAPA 02 ..........................................................................................................................09 RELATORIO FINAL........................................................................................................17 REFERÊNCIAS.................................................................................................................19 5 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SUS- Sistema Único de Saúde AAE – Associação Americana de Enfermagem. ACC – Colégio Americano de Cirurgiões. ACI - Accreditation Canada International ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. APM – Associação Paulista de Medicina. CBA – Consórcio Brasileiro de Acreditação. CNES – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde. CNPQ – Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade. CQH – Controle de Qualidade Hospitalar. CREMESP – Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. EUA – Estados Unidos da América. IAC – Instituição Acreditadora. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. ISO – International Organization for Standardization. ISQ – Sociedade Internacional de Qualidade. JCAH – Joint Commission on Acreditation of Hospitals. JCI – Joint Commission International. MBA – Manual Brasileiro de Acreditação. MBAOPSS – Manual Brasileiro de Acreditação das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. NAB – National Acreditation Board. OMS – Organização Mundial de Saúde. ONA – Organização Nacional de Acreditação. OPA – Organização Pan-Americana. OPSS – Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. PGAQS – Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde. PPH – Programa de Padronização Hospitalar. 6 INTRODUÇÃO Foram disseminados alguns conceitos da qualidade de saúde, que teve como precursor Kaoru Ishikawa em 1950, na cidade do Japão. Neste momento a qualidade do serviço de saúde não foi mais a mesma, as definições dos americanos junto com os japoneses sobre o tema fundamentaram o conceito que conheceríamos já na década dos anos 80. Um cenário de insatisfação associado com a má qualidade dos serviços em saúde na prestação de serviços instigou a criação de um padrão de qualidade, processo definido como um conjunto de atributos que inclui nível de excelência profissional, com o uso eficiente de recursos, mínimo de risco de eventos adverso ao usuário, alto grau de aceitação por parte dos clientes e efeito favorável na saúde. Na área hospitalar existem diversas transformações, demandando que a prestação de serviços seja resolutiva, com dedicação, qualidade e baixo custo, fazendo com que os hospitais adotem estratégias de excelência hospitalar; do contrário, correm o risco de não sobreviverem, havendo a necessidade de melhorar constantemente e diariamente a prestação de serviços e realizar um minucioso gerenciamento de todas as suas atividades. Em um mundo cada vez mais globalizado e o mercado elevadamente competitivo faz com que as organizações almejem constantemente um diferencial para o cliente paciente para que se sobressaíam. A qualidade no serviço de saúde tem sido o fator chave parao sucesso das instituições nessa busca, a acreditação hospitalar torna-se relevante por implementar e garantir a qualidade nos serviços de saúde, contribuindo para que ocorra uma progressiva mudança de hábitos, facilitando estímulos internos e externos, de maneira a provocar um movimento dentro dos serviços de saúde, através de seu corpo profissional, que permita o estabelecimento de melhoria de metas com mobilização constante, para garantir a melhoria contínua no ambiente de trabalho e na atenção prestada. No programa de acreditação hospitalar deve ser entendido em duas dimensões. A gestão da qualidade de serviços que antes era um diferencial passa a ser de vital importância para a sobrevivência empresarial, e propõe tanto a excelência nos serviços e produtos, como a agregação de valor às organizações, visando à melhoria contínua de seus processos e preparando seus recursos humanos para as transformações do mercado acirrado, no qual ele está inserido. Observa-se atualmente, que muitas instituições prestadoras de serviços na área de saúde já praticam os conceitos da qualidade e segurança do paciente. Hodiernamente, a gestão da qualidade está sendo uma das maiores preocupações das empresas, sejam elas voltadas para a qualidade de serviços ou de produtos. Considerando a demanda da prestação de atendimento com qualidade e segurança, este instrumento de gestão 7 é necessário para mensurar os esforços da organização, a qualidade dos serviços prestados, bem como sua relevância social e utilidade. No ano de 2012 foi criado o Projeto de Lei Suplementar 126/2012, que modifica a Lei Orgânica da Saúde (lei 8.080/1990) e torna obrigatória a avaliação periódica dos serviços hospitalares. Foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais - CAS do Senado e direcionado para apreciação na Câmara dos Deputados. Se aprovada por ambas as casas, a nova lei remete aos órgãos responsáveis pela área de saúde a incumbência de estabelecer os critérios e parâmetros para a avaliação e certificação de qualidade de hospitais de qualquer natureza, privados ou públicos, vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde - SUS. O texto prevê, ainda, que a avaliação se estenda posteriormente aos outros serviços relacionados. O que é um hospital com Acreditação? Por diversas vezes é possível se ouvir que empresas de vários seguimentos têm selos de qualidade nos serviços ou certificados como a ISO. Ocorre que a ISO não nos dá um selo de qualidade, mas, sim, certificação, deste modo, mais claramente. O que significa que a empresa tem hábitos que assegurem um atendimento de qualidade e padronizado. O Mesmo também ocorre com as unidades de saúde, entretanto, que a certificação é chamada Acreditação e é realizada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Um hospital Acreditado ou ainda em processo de Acreditação segue determinados protocolos adotados mundialmente por instituições de saúde para assegurar a segurança e a qualidade da assistência por meio de padrões previamente estabelecidos. Não se trata de fiscalização, mas um programa de educação continuada, ou seja, tudo é avaliado o todo o tempo para assegurar a melhora na qualidade e segurança no atendimento. São três níveis de Acreditação: Nível 1, que significa que aquele hospital atende ao princípio de “Segurança do paciente” Nível 2, é o Acreditado Pleno que significa que além de cumprir o Nível 1, tem gestão integrada, envolvendo o acompanhamento das barreiras de segurança definidas, dos principais processos desenhados e dos protocolos implantados e por último. Nível 3, é o Acreditado com Excelência (Nível 3), ou seja, atingiu a “Excelência em gestão”, já que atende os requisitos dos outros 2 níveis. A excelência é dinâmica, é um acompanhamento e busca constante. 8 Tudo isso é bom de se dizer, mas qual utilidade da Acreditação na prática? Hospitais acreditados, por seguirem padrões e rotinas determinados internacionalmente asseguram a segurança do paciente, tal como o simples ato de lavar as mãos antes de entrar em contato com o paciente, o que diminui o consideravelmente índice de infecção hospitalar e até mesmo o tempo de estadia na unidade de saúde, por exemplo. O que é necessário que população compreenda é que a escolha da unidade de saúde deve se dar pela segurança que ela oferece, além da solução do seu problema e não simplesmente apenas por ele ser o mais perto de sua residência, visto que um hospital acreditado oferece mais segurança para os pacientes e segue protocolos que podem evitar demoras, contaminação, ou procedimentos errôneos. Uma instituição que possui selo de Acreditação significa que presta um serviço diferenciado, com maior segurança e qualidade para seus usuários, e a redução de gastos decorrentes de práticas errôneas. Ser acreditado é seguir uma padronização, preocupando-se sempre com a qualidade em tudo o que realiza para evitar a ocorrência de danos à saúde. Uma instituição com acreditações faz com que a Gestão da Qualidade atue continua e fortemente em todos os processos, assegurando qualidade e segurança no atendimento, explica. A performance dos nossos indicadores de prevenção de infecção hospitalar, problemas relacionados a medicamento, queda infra – hospitalar, dentre outros, garantem a evolução e maturidade dos nossos hospitais completos. Algumas das atividades hospitalares avaliadas na acreditação: ● Direitos dos pacientes e familiares; ● Cuidados centrado ao paciente; ● Confiabilidade em laudos e exames; ● Segurança na estrutura predial; ● Resolubilidade assistencial; ● Melhoria da qualidade no atendimento e segurança do paciente; ● Prevenção e controle de infecções; ● Qualificação dos profissionais. Para obter as certificações, as unidades da rede passaram por um processo de avaliação com familiares, funcionários, pacientes, lideranças e alta administração. Programas Pioneiros: 1951– Joint Commission on Hospital Accreditation – JCAHO – 9 EUA, atua em mais de 40 países; JCI – Joint Commission International - criada em 1999 com intuito de melhorar a qualidade da assistência à saúde internacionalmente; No Brasil é representada pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação – CBA;1958 – Canadian Council on Health Services Accreditation – Canadá; Austrália: 1959 e 1987: ACHS e QIC; Reino Unido: 1986 e 1989, Dois programas: Hospital Accreditation Programme (HAP) King’s Fund (KFHQS); Nova Zelândia: 1987, The New Zealand Council on Healthcare Standards; 1990: Inglaterra 1995: Finlândia 1996: Espanha (Catalunha) 1997: República Checa e Lituânia 1997: França 1998: Polônia e Suíça 1999: Letônia e Holanda 1999: Brasil 2000: Portugal 2001: Alemanha, Bulgária 2002: Dinamarca, Irlanda e Bósnia 2003: Índia, Tailândia Etapa 2: Planejamento Estratégico O conteúdo de seu relatório deve se fundamentar nas seguintes exigências: 1- Detalhamento dos aspectos que serão avaliados e de como será feito todo o processo pela acreditadora. Metodologia do Processo de Acreditação Hospitalar O Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar é a ferramenta de avaliação da qualidade institucional, o qual é constituído de seções e subseções. Nas subseções existem os padrões estabelecidos segundo três níveis, do mais simples ao mais complexo, do inicial ao mais desenvolvido e sempre com um processo de incorporação de requisitos anteriores de menor complexidade. 10 Para cada nível são definidos itens de averiguação que direcionam a visita e preparo do hospital, para a Acreditação Hospitalar. Padrões cadapadrão exibe uma definição e uma lista de itens de verificação que permitem o reconhecimento preciso do que se busca avaliar e a concordância com o padrão estabelecido. O método de coleta de dados é a observação no local e contatos com os profissionais dos diversos serviços. Todos os padrões são organizados por graus de satisfação ou complexidade crescentes e correlacionados, de maneira que, para alcançar um nível de qualidade superior, os níveis anteriores obrigatoriamente devem ter sido satisfeitos. Para determinar o nível estabelecido por cada item deve-se iniciar a avaliação pelos níveis inferiores, até encontrar o nível cujas exigências estão insatisfeitas. As exigências são indivisíveis quando se referem a mais de um padrão de qualidade e, se uma dessas exigências não estiver satisfeita, considerar-se apenas o nível imediatamente anterior como atendido. A intenção de cada padrão explica a importância deste. O padrão enuncia as expectativas que devem ser cumpridas para fins de acreditação. O enunciado do padrão oferece sua intenção, explicando a justificativa, o significado e a importância da norma e dos níveis. Nível 1 – As exigências deste nível contemplam o atendimento aos requisitos básicos da qualidade na assistência prestada ao cliente, nas especialidades e serviços do hospital, com os recursos humanos compatíveis com a complexidade, qualificação adequada (habilitação) dos profissionais e responsável técnico com habilitação correspondente para as áreas de atuação institucional. Princípios orientadores: - habilitação do corpo funcional; - atendimento aos requisitos fundamentais de segurança para o cliente nas ações assistenciais e procedimentos médico-sanitários; - estrutura básica (recursos) capaz de garantir assistência orientada para a execução coerente de suas tarefas. Nível 2 – Evidências de adoção do planejamento na organização da assistência hospitalar, referentes à documentação, corpo funcional (força de trabalho), treinamento, controle, estatísticas básicas para a tomada de decisão clínica e gerencial e práticas de auditoria interna. Princípios orientadores: - existência de normas, rotinas e procedimentos documentados e aplicados; - evidências da introdução e utilização de uma lógica de melhoria dos processos nas ações de assistência e nos procedimentos médico-sanitários; - evidências de atuação focalizada no cliente/paciente. Nível 3 – Evidências de políticas institucionais de melhoria contínua em termos de estrutura, novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais e procedimentos médico-sanitários. Evidências objetivas de utilização da tecnologia da informação, disseminação global e sistêmica de rotinas padronizadas e avaliadas com foco na 11 busca de excelência. Princípios orientadores: - evidências de vários ciclos de melhoria em todas as áreas, atingindo a organização de modo global e sistêmico; - utilização de um sistema de informação institucional consistente, baseado em taxas e indicadores, que permitam análises comparativas com referenciais adequados e a obtenção de informação estatística que mostrem tendências positivas e sustentação de resultados; - utilização de sistemas de aferição do grau de satisfação dos clientes (internos e externos) e existência de um programa institucional da qualidade e produtividade implantado, com evidências de impacto sistêmico. Itens de verificação os itens de verificação apontam as fontes onde os avaliadores podem procurar as provas, ou o que o hospital puder apresentar para indicar que cumpre com um determinado padrão e em que nível. Estas fontes podem ser: qualquer documento do hospital, entrevistas com as chefias de serviço, funcionários, clientes e familiares, prontuários médicos, registros dos pacientes e outros. Perfil dos avaliadores: O avaliador do Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar deve reunir algumas características pessoais e profissionais essenciais para o sucesso da sua função, tais como: - competência técnica – deve ser um profissional com currículo qualificado em sua área específica; - experiência profissional - deve ser um indivíduo experiente e maduro, para desempenhar tarefas com urbanidade, ética e responsabilidade, que tenha boa vivência profissional aliada a prudência, serenidade e parcimônia; - experiência administrativa – deve dispor de formação administrativa, habilitação e experiência prática na área de administração dos serviços de saúde ou gestão organizacional; - capacidade de integrar equipes – o trabalho de visita sempre será desenvolvido em equipes constituídas por profissionais que, além dos requisitos individuais referidos, devem apresentar histórico de bom desempenho em trabalho em grupo; - compromisso de sigilo – o avaliador firmará um compromisso de sigilo para assegurar a confidencialidade e confiabilidade do processo de avaliação e a preservação dos melhores interesses das instituições envolvidas. Capacitação do avaliador: O treinamento e a capacitação dos avaliadores serão desenvolvidos pelas Instituições Acreditadoras de acordo com o modelo proposto pela Organização Nacional de Acreditação Hospitalar. Os cursos terão uma duração mínima de 30 horas e abordarão tópicos relacionados à gestão, qualidade em saúde, acreditação hospitalar, técnicas e processos de avaliação e auditoria, uso do Manual de Acreditação, discussão de casos práticos e visitas a hospitais de referência (já acreditados) para treinamento prático. Avaliação e Visita: A etapa de avaliação e visita é composto por duas grandes etapas: a pré-visita e a visita propriamente ditam. A primeira está relacionada com a preparação da instituição para o processo de acreditação, na qual o hospital toma conhecimento deste 12 processo e se prepara para solicitar a visita dos avaliadores. Este processo tem início com a divulgação e distribuição nacional do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Posteriormente, pode ser desenvolvido pelas Instituições Acreditadoras e associativas, um programa de capacitação de avaliadores internos e gerentes que liderarão, nos hospitais, as atividades de preparação para a visita e auditoria. A visita somente ocorrerá após a solicitação voluntária do hospital à Instituição Acreditadora. Sua inscrição nesse processo de avaliação para a acreditação resultará na marcação e agendamento com o avaliador líder que também coordenará as atividades da equipe de avaliadores e o contato com os dirigentes do Hospital. O instrumento básico utilizado para o processo de visita é o Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar em vigor na data da visita. A duração da visita será variável em função do porte e da complexidade do hospital. Como referência, podem-se utilizar os seguintes elementos: Hospital até 150 leitos – de 2 a 4 dias úteis; Hospital até 350 leitos – de 4 a 8 dias úteis; Hospital com mais de 350 leitos – de 8 a 10 dias úteis. Na visita de avaliação, todos os setores e unidades serão observados dentro de uma programação definida, junto aos responsáveis pelo hospital. O encerramento será realizado em reunião conjunta com a equipe de avaliadores e membros do hospital (facultativo), em uma sessão de perguntas e respostas, comentários e devolução do processo da visita, sem qualquer anúncio sobre os resultados. Relatório de Visita e Resultados da Avaliação, Aqui também existem duas etapas diferenciadas: - fase de elaboração dos relatórios (para o hospital e para a gerência da Instituição Acreditadora) Na fase de elaboração dos relatórios, a equipe de avaliadores ficaráencarregada de elaborar o Relatório de Visita para a alta direção do Hospital, no qual constará o atendimento aos padrões e níveis de avaliação. Já o Relatório para a gerência da Instituição Acreditadora, além dos aspectos acima mencionados, deverá apresentar um parecer final dos avaliadores (de consenso) sobre a indicação para a acreditação e em que nível. Fase de divulgação dos resultados. Quanto aos resultados, os hospitais poderão apresentar-se como: - Não acreditado – não atendimento aos padrões e níveis mínimos exigidos; - Acreditado – acreditação no nível 1; - Acreditado pleno – acreditação no nível 2; - Acreditado com excelência – acreditação no nível 3. Após a análise do Relatório de Visita, a Instituição Acreditadora, pronunciar-se-á oficialmente pela 13 concessão ou não da acreditação, conforme a avaliação apresentada, cabendo-lhe o envio do Relatório da Visita e do certificado de Acreditação (caso acreditado) ao Hospital. - Certificado emitido pela Instituição Acreditadora terá validade de dois anos, conforme o nível atingido. Se o Relatório de Visita resultar em “não acreditado”, o Hospital poderá solicitar reavaliação dos padrões e níveis não atendidos para a mesma Instituição Acreditadora dentro de seis meses a um ano, se a sua alta direção achar em condições de atender neste prazo, aos níveis e padrões exigidos. Caso contrário, ultrapassando o período de um ano, a nova solicitação será considerada como avaliação inicial, isto é, avaliação de todos os serviços. O hospital não acreditado poderá solicitar novo processo de visita com Instituição Acreditadora diferente da anterior somente após um ano, quando então deverá submeter-se a todo o processo como ciclo de avaliação inicial. As certificações de “Acreditado” e “Acreditado pleno” têm prazos de validade de dois anos, quando o Hospital deverá submeter-se a um novo processo de avaliação. A certificação de “Acreditado com Excelência” tem prazo de validade de três anos, devendo em seguida o Hospital submeter-se a um novo processo de avaliação. Durante a vigência do prazo de validade do Certificado, o Hospital não poderá solicitar outra avaliação, com o objetivo de alcançar acreditação em nível acima do obtido. Findo o prazo de validade, inicia-se um novo ciclo de acreditação. O Hospital poderá solicitar inscrição à mesma ou a qualquer outra Instituição Acreditadora, credenciada pela Organização Nacional de Acreditação. A etapa de avaliação e visita seguirão os mesmos métodos, isto é, dentro da metodologia do Processo de Acreditação Hospitalar vigente na data da visita. Ao solicitar a inscrição para um novo ciclo de acreditação, o Hospital que decidir pela troca da Instituição Acreditadora, deverá apresentar a esta nova Instituição escolhida, o relatório de visita, anterior para servir de base para a reavaliação. Planejamento das ações que devem ser desenvolvidas para atender a cada critério para a acreditação. 14 2- Planejamento das ações que devem ser desenvolvidas para atender a cada critério para a acreditação. Implantação de Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) em hospitais A implantação da Gestão da Qualidade em hospitais requer o comprometimento da Alta Administração quanto às mudanças necessárias para tal iniciativa, pois são necessários esforços constantes para incorporar, em toda a equipe e níveis hierárquicos, os conceitos da busca de melhoria contínua (OVRETVEIT; GUSTAFSON, 2002; MACINATI, 2008). Um SGQ envolve mudanças tecnológica, filosófica, cultural e na governança do hospital. A mudança tecnológica e de filosofia são alterações nas formas de execução do trabalho em termos de procedimentos, rotinas e normas do serviço prestado aos pacientes. A mudança cultural são alterações na cultura organizacional em termos de padrões, valores e crenças sobre como funciona a Organização. A mudança no sistema de governança do hospital se dá no processo de tomada de decisão e estrutura de poder. Método de pesquisa A pesquisa de campo foi desenvolvida com base em dois métodos: • Estudo de múltiplos casos com finalidade exploratória para obter conhecimento sobre o tema de pesquisa e subsidiar a realização da fase seguinte da pesquisa; • Pesquisa-ação conduzida em um hospital público de pequeno porte. Ambos os métodos foram planejados como complementares e aplicados nesta sequência. Assim, a pesquisa de campo completa foi desenvolvida nas seguintes fases: Fase 1: pesquisa bibliográfica sobre implantação de SGQ e da Acreditação hospitalar. Os conhecimentos obtidos nesta revisão subsidiaram a elaboração de um roteiro de entrevistas para a realização dos estudos de casos. Fase 2: estudo de casos em três hospitais Acreditados há, pelo menos, 4 anos sobre o processo de implantação da Acreditação. O roteiro de entrevistas foi aplicado junto ao Gerente da Qualidade desses hospitais. Os casos geraram mais aprendizagem sobre o tema e permitiram obter informações sobre o processo de implantação da Acreditação nesses hospitais. Essa aprendizagem obtida com os estudos de casos, aliada à pesquisa bibliográfica sobre a implantação da Acreditação, subsidiou a realização da pesquisa-ação. Fase 3: elaboração de um roteiro preliminar de implantação da Acreditação, o qual subsidiou a condução da pesquisa-ação. 15 Fase 4: condução da pesquisa-ação para adequação da gestão de um hospital público de pequeno porte aos requisitos de Acreditação. A pesquisa-ação seguiu o modelo de que em como etapas: Etapa Preliminar, Tratamento de Dados, Plano de Ação, Avaliação e Monitoramento dos Resultados. Fase 5: revisão e ajuste no roteiro de implantação. O conhecimento obtido na pesquisa- ação permitiu gerar a versão proposta no roteiro para implantação dos requisitos de Acreditação. 3- Especificação de cronograma e orçamento de ações. Conclusão sobre a relevância da aquisição de um selo para a sociedade em geral. 16 A acreditação hospitalar é uma certificação hospitalar que visa a melhoria da qualidade nos serviços de saúde. Porém não se sabe quais os diferenciais de um hospital que possui a acreditação hospitalar. Tentando responder ao problema de pesquisa, a pesquisa tem como como objetivo geral: Investigar quais são os diferenciais dos hospitais acreditados do Brasil que possuem uma certificação internacional. Este estudo é uma pesquisa descritiva, quantitativa, realizada por meio de levantamento (survey). O método estatístico utilizado na pesquisa foi a estatística descritiva. Por fim, a pesquisa conclui que os hospitais acreditados, conforme os respondentes, possuem vários diferenciais por possuir a certificação, porém dar- se ênfase aos diferenciais “segurança ao paciente” e “qualidade do serviço”. Modelos de certificações de acreditação hospitalar: Existem diversos métodos de avaliação da qualidade em saúde, nesta seção, são abordados três modelos de certificação de acreditação hospitalar, que podem ser utilizadas no Brasil, ONA (Organização Nacional de Acreditação), JCI (Joint Commission International) e a Accreditation Canada International ou Sistema Canadense de Acreditação conhecida como Canadian Council on Health Services Accreditation (CCHSA). Acreditado: No nível 1, conhecido como o primeiro passo, as exigências são pequenas, pois estão relacionadas ao exercício profissional e ao atributo fundamental para a prestação da assistência médico-hospitalar. Seguindo todos os critérios exigidos neste nível a organização recebe o selo de acreditado. Acreditado plenoem se tratando do nível 2, além de realizar as exigências do nível 1, o foco neste momento é os padrões de qualidade no atendimento ao paciente. A regra agora é adotar práticas saudáveis no atendimento médico-hospitalar. Cumprindo os critérios exigidos pela ONA é expedido o selo de Acreditado pleno. Acreditado com excelência No último nível de acreditação pela ONA, nível 3, conhecido como padrões de excelência, visa identificar os hospitais que desempenham diariamente a melhoria continua dos atendimentos ao paciente. Nesta situação é concedido o selo de acreditado com excelência. As organizações que estão num maior grau de padronização são capazes de solicitar o selo internacional de qualidade emitido pela Joint Commission on Accreditation off Hospitals (JCI), no Brasil representada pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), pois os padrões de avaliação são parecidos, porém as exigências são diferenciadas, a acreditação internacional é mais rigorosa (JCI/CBA, 2003). A complexidade nos sistemas de saúde pode dificultar a acreditação. 17 A prestação de cuidados de saúde é uma atividade de enorme complexidade. Complexidade ao nível do paciente tratado, mas também em relação a diferentes níveis que envolvem sua prática em consultórios, clínicas, hospitais e outras organizações de saúde. E, ainda, ao nível dos financiadores – pagadores, das organizações governamentais e não governamentais que constituem os intervenientes/atores (stakeholders) da saúde. Uma das características dos sistemas de saúde é a produção de resultados (outputs) incertos, muitas vezes expressos em erros e complicações, com elevados custos de eficiência e crescentes graus de insatisfação por parte da população tratada e dos prestadores. Não deixa de ser curioso o facto de as medidas tomadas para reduzir os erros nos sistemas de saúde, como o uso de diretrizes clínicas (guidelines) terapêuticas e tantas outras iniciativas, aparentemente boas, não terem conseguido ainda fazer da prestação de cuidados de saúde uma atividade segura, eficiente, uniformemente geradora de valor e satisfação. Os sistemas de saúde têm sido tomados como sistemas “robotizados”, sendo, na verdade, sistemas “complexos” que devem ser tratados como tal. Os pontos seguintes tratam, de forma precisa, da “complexidade” na saúde e do modo como, olhando os cuidados de saúde dessa perspectiva, poderemos melhorar sua segurança. Consequências económicas de erros e eventos adversos em saúde: Algumas das principais questões que se relacionam com o impacte dos eventos adversos (EAs) em termos económicos. Tendo por base uma análise da literatura sobre o tema, tentou- se evidenciar o peso económico e social associado à ocorrência dos EAs, bem como a necessidade de que tal evidência deve ser do conhecimento dos profissionais, gestores e decisores políticos da área da saúde por forma a integrar esses conhecimentos nas tomadas de decisão e na definição de estratégias que visem melhorar a segurança do paciente. Assim, serão abordados, neste capítulo, os seguintes pontos: K o contributo da economia na saúde e o porquê da importância em medir os custos dos EAs; K quanto custam e quais os custos que devem ser apurados; K como medir os custos dos EAs e que custos integrar; K discussão sobre as metodologias utilizadas para apurar custos relacionados com os EAs. Os profissionais de saúde, por natureza, esforçam-se em proporcionar a melhor assistência possível. Este comportamento, entretanto, não impede que ocorram falhas e acidentes devidos à assistência prestada aos clientes/ pacientes, o que se contradiz com a ideia de perfeição na assistência médica. O compromisso e a disposição individual de fazer o bem e utilizar o 18 melhor do conhecimento se constituem em fatores essenciais do cuidado, porém na atualidade insuficientes para garantir uma assistência segura e eficaz. A forma de manter uma aura de perfeição na assistência à saúde base ou se numa cultura centrada no indivíduo, balizada por dois componentes indissociáveis: culpa e castigo. A crença era de que as recriminações e punições promoviam melhorias na assistência, ou seja, impediam ou reduziam a ocorrência de eventos adversos no futuro. (Neto, 2007) Recentemente, o que se tem observado, entretanto, é que os profissionais, temendo represálias diante da descoberta de suas falhas e acidentes, omitem e ocultam as mesmas, ou, quando identificados, buscam livrar-se do pesado encargo 8 que, não raro, cria uma cadeia de censuras que em nada contribui para o entendimento do que houve. (Neto, 2007) Enquanto os profissionais e suas instituições corporativas seguem a concepção da “culpa e castigo”, as organizações de saúde trilham o caminho da isenção de responsabilidade. Assim, tanto um quanto o outro, atuam baseados em um referencial de autodefesa em que a conduta é via de regra, reativa às falhas e acidentes associados aos cuidados assistenciais. As pesquisas sobre a segurança do paciente devem subsidiar a tomada de decisão e intervenção da administração para modificar a prática de cuidados. As ações tomadas devem gerar resultados como práticas confiáveis que fazem a diferença na segurança dos pacientes, minimizando riscos e mudar a situação real dos acontecimentos indesejáveis. Qualidade dos serviços de saúde, Apesar de que o esquema anterior se aplica a qualquer organização empresarial, naturalmente, não é exatamente igual oferecer automóveis, máquinas de lavar, alimentação, ou serviços de saúde. Desta forma, convém especificar um pouco mais a definição de qualidade, para entender melhor o que se caracteriza por um produto ou serviço de qualidade do nosso tipo específico de “empresa” “Considerando as várias definições sobre qualidade em serviços de saúde, todas se caracterizam por diferentes interpretações do que representa satisfazer as necessidades de 19 assistência à saúde da população receptora do serviço. Nossa conclusão é que não é possível escolher uma 17 universalmente válida, até porque esse tipo de definição não existe, mas é importante definir o conceito de qualidade em função da missão do serviço ou serviços de saúde em questão, considerando realisticamente as circunstâncias do meio em que ele(s) está(ão) inserido(s). Por exemplo, circunstâncias como os serviços públicos ou privados, com acesso universal ou dirigidos a determinada população, e até mesmo os recursos disponíveis, poderiam ser considerados.” Qualidade versus Segurança Um cuidado inseguro aumenta o hiato entre os resultados possíveis e os alcançados. Na definição de qualidade adotada por Donabedian, citada acima, um cuidado inseguro expressa-se pelo aumento do risco de danos desnecessários ao paciente, que podem ter impacto negativo nos resultados do cuidado de saúde. (ANVISA, 2013, P.24) Como já visto, a segurança é uma dimensão da qualidade, conceito este mais abrangente. Porém, como argumenta Vincent (2010 apud ANVISA, 2013, p. 24), “a segurança é a dimensão mais crítica e decisiva para os pacientes. Apesar de a segurança constituir-se como uma dimensão da qualidade, algumas vezes é apresentada descolada deste contexto. No entanto, esta tendência tem perdido força mais recentemente para abordagens que a interpretam como parte 20 integrante do conceito de qualidade.” O importante é ressaltar que o desenvolvimento contemporâneo da área de segurança do paciente permitiu um novo olhar sobre o cuidado de saúde, na medida em que foi influenciado por disciplinas de outros campos do conhecimento que se voltaram para estudar o errohumano, os acidentes e sua prevenção. Desta forma, representa uma importante contribuição para a melhoria do cuidado de saúde. 21 RELATORIO FINAL CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA ACREDITAÇÃO Com o crescente aumento da exigência dos clientes, dos novos padrões impostos pelo governo, e com o policiamento mais intenso da mídia em relação a saúde, os hospitais estão procurando oferecer um serviço com qualidade e segurança aos seus pacientes. Diante disso, cresceu entre os hospitais a busca por certificações que demonstrem os bons resultados de seus serviços. Neste sentido, programas de qualidade vêm sendo implantados com cada vez mais frequência, e novas maneiras de gerenciar os processos estão tomando, gradativamente, uma maior importância neste meio. Entre os novos procedimentos adotados, a Acreditação Hospitalar está despontando, no intuito de despertar a confiança dos clientes nos procedimentos oferecidos pelos os hospitais. Organização Nacional de Acreditação - ONA é uma organização privada, sem fins lucrativos e de interesse coletivo, que tem como principais objetivos à implantação e implementação nacional de um processo permanente de melhoria da qualidade da assistência à saúde, estimulando todos os serviços de saúde a atingirem padrões mais elevados de qualidade. A acreditação não tem como objetivo ser responsável por habilitações institucionais, este papel cabe ao governo. Seu objetivo é antecipar-se e evitar problemas, gerenciando riscos e promovendo qualidade nos serviços de saúde. Sua estrutura garante que o processo de acreditação promova condições para a realização de procedimentos médicos com segurança, presteza, habilidade e excelência. O instrumento de avaliação permite desenvolver um diagnóstico do estágio do serviço oferecido, que pode ser utilizado como ferramenta de gestão para planejar ações que se transformem em melhorias. Na condução do processo de avaliação as estratégias devem ser desenvolvidas com clareza, valores e metas, responsabilidade social e focando principalmente na segurança do cliente/paciente. (PORTELA, Odete Teresinha) A qualidade tem sido entendida como serviço e produto que os tornam adequados à missão de uma organização comprometida com o pleno atendimento das necessidades de seus clientes. É relacionada com o nível de satisfação de todos os usuários dos serviços, fazendo com que estes recebam assistências efetivas e seguras em condições materiais e éticas adequadas. De outro modo, qualidade é tudo o que alguém faz ao longo de um processo, incluindo a estrutura utilizada, para garantir que um cliente, depois da saída do hospital/instituição de saúde. Garantir a qualidade é, basicamente, um esforço para achar e superar problemas com qualidade. É modificar o comportamento dos profissionais, das instituições e dos sistemas em direção a práticas mais apropriadas e aceitáveis em termos de resultados e custos para a saúde. Para isso é preciso levar em consideração as perspectivas das várias partes interessadas e envolvidas no processo, como os profissionais, os provedores de saúde, os governos e os pacientes, e promover um processo de entendimento destas partes de como se faz para medir a qualidade. As organizações de saúde têm como missão principal oferecer recursos diagnósticos e terapêuticos para que os pacientes possam restabelecer suas condições de saúde o mais rápido possível. Para tanto, devem estar capacitados para desenvolver um trabalho confiável, respaldado pela qualificação organizacional e técnica. Como as instituições de saúde realizam diversos processos de baixa, média e alta complexidade, é necessário a padronização dos mesmos para que o resultado final atenda às necessidades dos clientes. 22 Esta pesquisa buscou investigar quais são os diferenciais dos hospitais acreditados do Brasil que possuem uma certificação internacional. Especificamente, identificar o tempo médio para um hospital adquirir a certificação de acreditação hospitalar, verificar o custo com a implantação da acreditação, identificar a média do custo mensal para manter os hospitais com a certificação e apontar quais os diferenciais dos hospitais que possuem acreditação hospitalar. A concretização desta pesquisa resultou em uma considerável quantidade de dados e informações acerca da acreditação hospitalar, certificação utilizada nos hospitais, que podem servir como base prática e teórica para os gestores hospitalares na tomada de decisões. Em relação ao custo com a implantação hospitalar, foi encontrado que a maioria dos respondentes concordam que a implantação desta certificação tem um custo elevado e afirmam que uma entidade hospitalar somente consegue adquirir uma certificação hospitalar num período superior a 12 meses, ou seja, o hospital para conseguir o certificado de acreditação tem se preparar para absolver todas as exigências e se adequar aos padrões exigidos pelo órgão certificador. Em relação aos custos com a manutenção da certificação, conforme a análise descritiva, pode-se afirmar que a maioria das entidades certificadas gastam mensalmente com a manutenção da acreditação em torno de R$ 20.000,00 a R$ 50.000,00. Por fim, respondendo ao problema de pesquisa, na opinião dos respondentes, os hospitais que tem a certificação hospitalar de acreditação possuem vários diferenciais que são: Segurança aos pacientes, qualidade do serviço, padronização dos processos, credibilidade junto ao mercado e transparência. Porém, entre estes diferenciais, os itens que mais se destacaram foram: “segurança aos pacientes” com 50% das respostas e a “qualidade do serviço” com 50%, estes achados corroboram com as afirmações de Viana et al. (2011) que informa que além de reconhecido externamente a acreditação hospitalar transmite segurança, confiança e credibilidade pra todos os tipos de clientes e para a sociedade em geral. Interessante que estes destaques podem ser a resposta para a demanda da acreditação hospitalar pelos hospitais públicos, pois atualmente existem três hospitais públicos no Brasil com acreditação pela JCI/CBA, ou seja, uma acreditação internacional com regras e padronizações bastante complicadas até mesmo para os grandes hospitais privados, sendo adquirida por hospitais públicos que se organizaram e estão prestando serviço com segurança e qualidade ao paciente. 23 REFERÊNCIAS http://www.cpgls.pucgoias.edu.br http://gehosp.com.br/2010/12/14/a-importancia-da-acreditacao-no-ambiente-hospitalar https://saudebusiness.com http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/informacoes-gerais/conselhos-e-comissoes http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/4671/ http://www.convibra.org ALMEIDA, A. M. Capacitação em Gestão da Qualidade. Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais, Módulos II e III, 2009. ARTMANN, E.; RIVERA, F. J. U. A démarche stratégique (gestão estratégica hospitalar): ANTUNES, L. M. Implantação do processo de acreditação baseado no manual das organizações prestadoras de serviços hospitalares da ONA. 2002. BARCELLOS, Kátia Cirley Pinto. Adoção de Estratégias de diferenciação com o auxílio da gestão da qualidade em organizações da qualidade em organizações hospitalares. 2005.
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