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PROINTER 11 2018 TGH5 FATIMA.pdf

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1 
 
 
 
FACULDADE ANHANGUERA DE TABOÃO DA SERRA 
TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR EAD 
 
 
ACADEMICA: FATIMA RGINA DE JESUS MELLO 
RA: 6182717128 
 
PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO AO CURSO SUPERIOR DE 
TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR 
(PROINTER IV -2018) 
 
 
 
TUTOR: JOÃO VALDIVINO LIMA FERREIRA 
 
 
UNIDADE_TABOÃO DA SERRA 
 
 
 
SÃO PAULO 
 
 
 
 
ANO: 11/2018 
 
 
2 
 
 
 
FACULDADE ANHANGUERA DE TABOÃO DA SERRA 
TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR EAD 
 
 
ACADEMICA: FATIMA REGINA DE JESUS MELLO 
RA: 6182717128 
 
PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO AO CURSO SUPERIOR DE 
T ECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR 
(PROINTER IV 2018 / 5º SEMESTRE): 
 
RELATORIO FINAL 
 
TUTOR: JOÃO VALDIVINO LIMA FERREIRA 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Tecnologia 
em Gestão Hospitalar do Centro de Educação 
a Distancia - CEAD da Universidade 
Anhanguera, como requisito parcial para 
obtenção de nota nas disciplinas do Sistema 
de Acreditação Hospitalar, Empreendedorismo 
e Técnicas de Negociação e Direito Hospitalar, 
Tecnologia em Gestão Hospitalar EAD 
 
 
 
ANO: 11/2018 
3 
 
 RESUMO 
 Em mais de uma década, os serviços de saúde dos países desenvolvidos estão sob forte 
pressão, não apenas pelo aumento dos custos, mas principalmente pelas enormes injustiças 
dos sistemas de saúde que não conseguem proporcionar um acesso equitativo. O desafio que 
se impõe na atualidade reside na busca de um equilíbrio entre as forças de mercado e as 
necessidades sociais, conjugando um composto de ações e atividades que possibilitem uma 
melhoria dos serviços de saúde com humanização qualidade que devem ser prestados com 
equidade e custo socialmente aceitável. 
 Visando superar esse desafio, torna-se uma exigência a incorporação de modificações 
substanciais, visando enfrentar a insuficiência dos sistemas de saúde. Em analise os fatores 
que comprometem a eficácia do setor de saúde, evidencia-se que a falta de planejamento 
permite a existência de instituições que frequentemente carecem de condições mínimas de 
funcionamento, e não respondem às necessidades reais da população. Essas instituições 
oferecem serviços que não possuem padrões mínimos de qualidade destaca a aparente 
ambivalência existente entre a normatização e a particularização gerada do conhecimento e da 
prática: de um lado, a particularidade, a individualidade, a contingência e a variabilidade 
devem ser preservadas, respeitadas e reconhecidas. De outro, o trabalho em serviços deve 
originar um estado de coisas que esteja de acordo com certas regras, regulamentações e 
valores gerais. Consequentemente, um critério de Qualidade do trabalho em serviços é que ele 
não suprima a individualidade e a especificidade da situação de um “caso” em favor da norma 
de referência rígida, nem, inversamente, atribua uma tal importância às particularidades que 
as condições normais previstas por terceiros não sejam realizadas. Também se destaca o que 
analisa como deve ser desenvolvido um programa de garantia de qualidade, sendo necessárias 
qualidade técnica dos profissionais, uso eficiente dos recursos, minimização de risco de lesões 
associadas aos serviços de saúde oferecidos, satisfação do paciente em suas demandas, 
expectativas e acessibilidade aos serviços de saúde, e um sistema local de saúde, onde os 
serviços infra e extra-hospital ares estejam coordenados e integrados. Graham (1990) 
apresenta um modelo integrado – Modelo de Auditoria de Qualidade Integrado (AQI), que 
inclui quatro componentes: Garantia da Qualidade, Gerenciamento de Risco, Gerenciamento 
de Recursos e Controle de Infecções 
 
Palavras-Chave: Sistema de Acreditação Hospitalar, Empreendedorismo e Técnicas de 
Negociação e Direito Hospitalar, 
4 
 
 SUMÁRIO 
 
 
RESUMO ...........................................................................................................................03 
SUMARIO .......................................................................................................................... 04 
LISTA DE SIGLAS ..........................................................................................................05 
INTRODUÇÃO..................................................................................................................06 
ETAPA 02 ..........................................................................................................................09 
RELATORIO FINAL........................................................................................................17 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
SUS- Sistema Único de Saúde 
AAE – Associação Americana de Enfermagem. 
ACC – Colégio Americano de Cirurgiões. 
ACI - Accreditation Canada International 
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
APM – Associação Paulista de Medicina. 
CBA – Consórcio Brasileiro de Acreditação. 
CNES – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde. 
CNPQ – Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade. 
CQH – Controle de Qualidade Hospitalar. 
CREMESP – Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. 
EUA – Estados Unidos da América. 
 IAC – Instituição Acreditadora. 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
ISO – International Organization for Standardization. 
ISQ – Sociedade Internacional de Qualidade. 
 JCAH – Joint Commission on Acreditation of Hospitals. 
JCI – Joint Commission International. 
MBA – Manual Brasileiro de Acreditação. 
MBAOPSS – Manual Brasileiro de Acreditação das Organizações Prestadoras de Serviços de 
Saúde. NAB – National Acreditation Board. 
OMS – Organização Mundial de Saúde. 
ONA – Organização Nacional de Acreditação. 
OPA – Organização Pan-Americana. OPSS – Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. 
PGAQS – Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde. 
PPH – Programa de Padronização Hospitalar. 
6 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Foram disseminados alguns conceitos da qualidade de saúde, que teve como precursor 
Kaoru Ishikawa em 1950, na cidade do Japão. Neste momento a qualidade do serviço de 
saúde não foi mais a mesma, as definições dos americanos junto com os japoneses sobre o 
tema fundamentaram o conceito que conheceríamos já na década dos anos 80. Um cenário de 
insatisfação associado com a má qualidade dos serviços em saúde na prestação de serviços 
instigou a criação de um padrão de qualidade, processo definido como um conjunto de 
atributos que inclui nível de excelência profissional, com o uso eficiente de recursos, mínimo 
de risco de eventos adverso ao usuário, alto grau de aceitação por parte dos clientes e efeito 
favorável na saúde. Na área hospitalar existem diversas transformações, demandando que a 
prestação de serviços seja resolutiva, com dedicação, qualidade e baixo custo, fazendo com 
que os hospitais adotem estratégias de excelência hospitalar; do contrário, correm o risco de 
não sobreviverem, havendo a necessidade de melhorar constantemente e diariamente a 
prestação de serviços e realizar um minucioso gerenciamento de todas as suas atividades. Em 
um mundo cada vez mais globalizado e o mercado elevadamente competitivo faz com que as 
organizações almejem constantemente um diferencial para o cliente paciente para que se 
sobressaíam. A qualidade no serviço de saúde tem sido o fator chave parao sucesso das 
instituições nessa busca, a acreditação hospitalar torna-se relevante por implementar e garantir 
a qualidade nos serviços de saúde, contribuindo para que ocorra uma progressiva mudança de 
hábitos, facilitando estímulos internos e externos, de maneira a provocar um movimento 
dentro dos serviços de saúde, através de seu corpo profissional, que permita o estabelecimento 
de melhoria de metas com mobilização constante, para garantir a melhoria contínua no 
ambiente de trabalho e na atenção prestada. No programa de acreditação hospitalar deve ser 
entendido em duas dimensões. A gestão da qualidade de serviços que antes era um diferencial 
passa a ser de vital importância para a sobrevivência empresarial, e propõe tanto a excelência 
nos serviços e produtos, como a agregação de valor às organizações, visando à melhoria 
contínua de seus processos e preparando seus recursos humanos para as transformações do 
mercado acirrado, no qual ele está inserido. Observa-se atualmente, que muitas instituições 
prestadoras de serviços na área de saúde já praticam os conceitos da qualidade e segurança do 
paciente. Hodiernamente, a gestão da qualidade está sendo uma das maiores preocupações das 
empresas, sejam elas voltadas para a qualidade de serviços ou de produtos. Considerando a 
demanda da prestação de atendimento com qualidade e segurança, este instrumento de gestão 
7 
 
é necessário para mensurar os esforços da organização, a qualidade dos serviços prestados, 
bem como sua relevância social e utilidade. No ano de 2012 foi criado o Projeto de Lei 
Suplementar 126/2012, que modifica a Lei Orgânica da Saúde (lei 8.080/1990) e torna 
obrigatória a avaliação periódica dos serviços hospitalares. Foi aprovado pela Comissão de 
Assuntos Sociais - CAS do Senado e direcionado para apreciação na Câmara dos Deputados. 
Se aprovada por ambas as casas, a nova lei remete aos órgãos responsáveis pela área de saúde 
a incumbência de estabelecer os critérios e parâmetros para a avaliação e certificação de 
qualidade de hospitais de qualquer natureza, privados ou públicos, vinculados ou não ao 
Sistema Único de Saúde - SUS. O texto prevê, ainda, que a avaliação se estenda 
posteriormente aos outros serviços relacionados. 
O que é um hospital com Acreditação? 
 
 Por diversas vezes é possível se ouvir que empresas de vários seguimentos têm selos de 
qualidade nos serviços ou certificados como a ISO. Ocorre que a ISO não nos dá um selo de 
qualidade, mas, sim, certificação, deste modo, mais claramente. O que significa que a empresa 
tem hábitos que assegurem um atendimento de qualidade e padronizado. O Mesmo também 
ocorre com as unidades de saúde, entretanto, que a certificação é chamada Acreditação e é 
realizada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Um hospital Acreditado ou 
ainda em processo de Acreditação segue determinados protocolos adotados mundialmente por 
instituições de saúde para assegurar a segurança e a qualidade da assistência por meio de 
padrões previamente estabelecidos. Não se trata de fiscalização, mas um programa de 
educação continuada, ou seja, tudo é avaliado o todo o tempo para assegurar a melhora na 
qualidade e segurança no atendimento. 
 
São três níveis de Acreditação: 
 
 Nível 1, que significa que aquele hospital atende ao princípio de “Segurança do 
paciente” 
 Nível 2, é o Acreditado Pleno que significa que além de cumprir o Nível 1, tem gestão 
integrada, envolvendo o acompanhamento das barreiras de segurança definidas, dos principais 
processos desenhados e dos protocolos implantados e por último. 
 Nível 3, é o Acreditado com Excelência (Nível 3), ou seja, atingiu a “Excelência em 
gestão”, já que atende os requisitos dos outros 2 níveis. A excelência é dinâmica, é um 
acompanhamento e busca constante. 
8 
 
 Tudo isso é bom de se dizer, mas qual utilidade da Acreditação na prática? Hospitais 
acreditados, por seguirem padrões e rotinas determinados internacionalmente asseguram a 
segurança do paciente, tal como o simples ato de lavar as mãos antes de entrar em contato 
com o paciente, o que diminui o consideravelmente índice de infecção hospitalar e até mesmo 
o tempo de estadia na unidade de saúde, por exemplo. O que é necessário que população 
compreenda é que a escolha da unidade de saúde deve se dar pela segurança que ela oferece, 
além da solução do seu problema e não simplesmente apenas por ele ser o mais perto de sua 
residência, visto que um hospital acreditado oferece mais segurança para os pacientes e segue 
protocolos que podem evitar demoras, contaminação, ou procedimentos errôneos. 
 Uma instituição que possui selo de Acreditação significa que presta um serviço 
diferenciado, com maior segurança e qualidade para seus usuários, e a redução de gastos 
decorrentes de práticas errôneas. Ser acreditado é seguir uma padronização, preocupando-se 
sempre com a qualidade em tudo o que realiza para evitar a ocorrência de danos à saúde. Uma 
instituição com acreditações faz com que a Gestão da Qualidade atue continua e fortemente 
em todos os processos, assegurando qualidade e segurança no atendimento, explica. A 
performance dos nossos indicadores de prevenção de infecção hospitalar, problemas 
relacionados a medicamento, queda infra – hospitalar, dentre outros, garantem a evolução e 
maturidade dos nossos hospitais completos. 
 
Algumas das atividades hospitalares avaliadas na acreditação: 
● Direitos dos pacientes e familiares; 
● Cuidados centrado ao paciente; 
● Confiabilidade em laudos e exames; 
● Segurança na estrutura predial; 
● Resolubilidade assistencial; 
● Melhoria da qualidade no atendimento e segurança do paciente; 
● Prevenção e controle de infecções; 
● Qualificação dos profissionais. 
 
Para obter as certificações, as unidades da rede passaram por um processo de avaliação com 
familiares, funcionários, pacientes, lideranças e alta administração. 
 
Programas Pioneiros: 1951– Joint Commission on Hospital Accreditation – JCAHO – 
9 
 
EUA, atua em mais de 40 países; JCI – Joint Commission International - criada em 1999 com 
intuito de melhorar a qualidade da assistência à saúde internacionalmente; No Brasil é 
representada pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação – CBA;1958 – Canadian Council on 
Health Services Accreditation – Canadá; Austrália: 1959 e 1987: ACHS e QIC; Reino Unido: 
1986 e 1989, Dois programas: Hospital Accreditation Programme (HAP) King’s Fund 
(KFHQS); Nova Zelândia: 1987, The New Zealand Council on Healthcare Standards; 
 
1990: Inglaterra 
1995: Finlândia 
1996: Espanha (Catalunha) 
1997: República Checa e Lituânia 
1997: França 
1998: Polônia e Suíça 
1999: Letônia e Holanda 
1999: Brasil 
2000: Portugal 
2001: Alemanha, Bulgária 
2002: Dinamarca, Irlanda e Bósnia 
2003: Índia, Tailândia 
 
Etapa 2: Planejamento Estratégico 
 
O conteúdo de seu relatório deve se fundamentar nas seguintes exigências: 
 
1- Detalhamento dos aspectos que serão avaliados e de como será feito todo o 
processo pela acreditadora. 
 
Metodologia do Processo de Acreditação Hospitalar 
 
 O Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar é a ferramenta de avaliação da qualidade 
institucional, o qual é constituído de seções e subseções. Nas subseções existem os padrões 
estabelecidos segundo três níveis, do mais simples ao mais complexo, do inicial ao mais 
desenvolvido e sempre com um processo de incorporação de requisitos anteriores de menor 
complexidade. 
10 
 
 Para cada nível são definidos itens de averiguação que direcionam a visita e preparo do 
hospital, para a Acreditação Hospitalar. Padrões cadapadrão exibe uma definição e uma lista 
de itens de verificação que permitem o reconhecimento preciso do que se busca avaliar e a 
concordância com o padrão estabelecido. O método de coleta de dados é a observação no 
local e contatos com os profissionais dos diversos serviços. Todos os padrões são organizados 
por graus de satisfação ou complexidade crescentes e correlacionados, de maneira que, para 
alcançar um nível de qualidade superior, os níveis anteriores obrigatoriamente devem ter sido 
satisfeitos. Para determinar o nível estabelecido por cada item deve-se iniciar a avaliação 
pelos níveis inferiores, até encontrar o nível cujas exigências estão insatisfeitas. 
 As exigências são indivisíveis quando se referem a mais de um padrão de qualidade e, se 
uma dessas exigências não estiver satisfeita, considerar-se apenas o nível imediatamente 
anterior como atendido. A intenção de cada padrão explica a importância deste. O padrão 
enuncia as expectativas que devem ser cumpridas para fins de acreditação. O enunciado do 
padrão oferece sua intenção, explicando a justificativa, o significado e a importância da norma 
e dos níveis. 
 Nível 1 – As exigências deste nível contemplam o atendimento aos requisitos básicos da 
qualidade na assistência prestada ao cliente, nas especialidades e serviços do hospital, com os 
recursos humanos compatíveis com a complexidade, qualificação adequada (habilitação) dos 
profissionais e responsável técnico com habilitação correspondente para as áreas de atuação 
institucional. Princípios orientadores: - habilitação do corpo funcional; - atendimento aos 
requisitos fundamentais de segurança para o cliente nas ações assistenciais e procedimentos 
médico-sanitários; - estrutura básica (recursos) capaz de garantir assistência orientada para a 
execução coerente de suas tarefas. 
 Nível 2 – Evidências de adoção do planejamento na organização da assistência hospitalar, 
referentes à documentação, corpo funcional (força de trabalho), treinamento, controle, 
estatísticas básicas para a tomada de decisão clínica e gerencial e práticas de auditoria interna. 
Princípios orientadores: - existência de normas, rotinas e procedimentos documentados e 
aplicados; - evidências da introdução e utilização de uma lógica de melhoria dos processos 
nas ações de assistência e nos procedimentos médico-sanitários; - evidências de atuação 
focalizada no cliente/paciente. 
 Nível 3 – Evidências de políticas institucionais de melhoria contínua em termos de 
estrutura, novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais e 
procedimentos médico-sanitários. Evidências objetivas de utilização da tecnologia da 
informação, disseminação global e sistêmica de rotinas padronizadas e avaliadas com foco na 
11 
 
busca de excelência. Princípios orientadores: - evidências de vários ciclos de melhoria em 
todas as áreas, atingindo a organização de modo global e sistêmico; - utilização de um sistema 
de informação institucional consistente, baseado em taxas e indicadores, que permitam 
análises comparativas com referenciais adequados e a obtenção de informação estatística que 
mostrem tendências positivas e sustentação de resultados; - utilização de sistemas de aferição 
do grau de satisfação dos clientes (internos e externos) e existência de um programa 
institucional da qualidade e produtividade implantado, com evidências de impacto sistêmico. 
 Itens de verificação os itens de verificação apontam as fontes onde os avaliadores podem 
procurar as provas, ou o que o hospital puder apresentar para indicar que cumpre com um 
determinado padrão e em que nível. Estas fontes podem ser: qualquer documento do hospital, 
entrevistas com as chefias de serviço, funcionários, clientes e familiares, prontuários médicos, 
registros dos pacientes e outros. 
 Perfil dos avaliadores: O avaliador do Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar 
deve reunir algumas características pessoais e profissionais essenciais para o sucesso da sua 
função, tais como: - competência técnica – deve ser um profissional com currículo qualificado 
em sua área específica; - experiência profissional - deve ser um indivíduo experiente e 
maduro, para desempenhar tarefas com urbanidade, ética e responsabilidade, que tenha boa 
vivência profissional aliada a prudência, serenidade e parcimônia; - experiência administrativa 
– deve dispor de formação administrativa, habilitação e experiência prática na área de 
administração dos serviços de saúde ou gestão organizacional; - capacidade de integrar 
equipes – o trabalho de visita sempre será desenvolvido em equipes constituídas por 
profissionais que, além dos requisitos individuais referidos, devem apresentar histórico de 
bom desempenho em trabalho em grupo; - compromisso de sigilo – o avaliador firmará um 
compromisso de sigilo para assegurar a confidencialidade e confiabilidade do processo de 
avaliação e a preservação dos melhores interesses das instituições envolvidas. 
 Capacitação do avaliador: O treinamento e a capacitação dos avaliadores serão 
desenvolvidos pelas Instituições Acreditadoras de acordo com o modelo proposto pela 
Organização Nacional de Acreditação Hospitalar. Os cursos terão uma duração mínima de 30 
horas e abordarão tópicos relacionados à gestão, qualidade em saúde, acreditação hospitalar, 
técnicas e processos de avaliação e auditoria, uso do Manual de Acreditação, discussão de 
casos práticos e visitas a hospitais de referência (já acreditados) para treinamento prático. 
 Avaliação e Visita: A etapa de avaliação e visita é composto por duas grandes etapas: a 
pré-visita e a visita propriamente ditam. A primeira está relacionada com a preparação da 
instituição para o processo de acreditação, na qual o hospital toma conhecimento deste 
12 
 
processo e se prepara para solicitar a visita dos avaliadores. Este processo tem início com a 
divulgação e distribuição nacional do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. 
Posteriormente, pode ser desenvolvido pelas Instituições Acreditadoras e associativas, um 
programa de capacitação de avaliadores internos e gerentes que liderarão, nos hospitais, as 
atividades de preparação para a visita e auditoria. A visita somente ocorrerá após a solicitação 
voluntária do hospital à Instituição Acreditadora. Sua inscrição nesse processo de avaliação 
para a acreditação resultará na marcação e agendamento com o avaliador líder que também 
coordenará as atividades da equipe de avaliadores e o contato com os dirigentes do Hospital. 
 O instrumento básico utilizado para o processo de visita é o Manual Brasileiro de 
Acreditação Hospitalar em vigor na data da visita. A duração da visita será variável em 
função do porte e da complexidade do hospital. 
 
Como referência, podem-se utilizar os seguintes elementos: 
Hospital até 150 leitos – de 2 a 4 dias úteis; 
Hospital até 350 leitos – de 4 a 8 dias úteis; 
 Hospital com mais de 350 leitos – de 8 a 10 dias úteis. 
 
 Na visita de avaliação, todos os setores e unidades serão observados dentro de uma 
programação definida, junto aos responsáveis pelo hospital. O encerramento será realizado em 
reunião conjunta com a equipe de avaliadores e membros do hospital (facultativo), em uma 
sessão de perguntas e respostas, comentários e devolução do processo da visita, sem qualquer 
anúncio sobre os resultados. 
 Relatório de Visita e Resultados da Avaliação, Aqui também existem duas etapas 
diferenciadas: - fase de elaboração dos relatórios (para o hospital e para a gerência da 
Instituição Acreditadora) Na fase de elaboração dos relatórios, a equipe de avaliadores ficaráencarregada de elaborar o Relatório de Visita para a alta direção do Hospital, no qual constará 
o atendimento aos padrões e níveis de avaliação. 
 Já o Relatório para a gerência da Instituição Acreditadora, além dos aspectos acima 
mencionados, deverá apresentar um parecer final dos avaliadores (de consenso) sobre a 
indicação para a acreditação e em que nível. Fase de divulgação dos resultados. Quanto aos 
resultados, os hospitais poderão apresentar-se como: - Não acreditado – não atendimento aos 
padrões e níveis mínimos exigidos; - Acreditado – acreditação no nível 1; - Acreditado pleno 
– acreditação no nível 2; - Acreditado com excelência – acreditação no nível 3. Após a análise 
do Relatório de Visita, a Instituição Acreditadora, pronunciar-se-á oficialmente pela 
13 
 
concessão ou não da acreditação, conforme a avaliação apresentada, cabendo-lhe o envio do 
Relatório da Visita e do certificado de Acreditação (caso acreditado) ao Hospital. - 
Certificado emitido pela Instituição Acreditadora terá validade de dois anos, conforme o nível 
atingido. Se o Relatório de Visita resultar em “não acreditado”, o Hospital poderá solicitar 
reavaliação dos padrões e níveis não atendidos para a mesma Instituição Acreditadora dentro 
de seis meses a um ano, se a sua alta direção achar em condições de atender neste prazo, aos 
níveis e padrões exigidos. Caso contrário, ultrapassando o período de um ano, a nova 
solicitação será considerada como avaliação inicial, isto é, avaliação de todos os serviços. O 
hospital não acreditado poderá solicitar novo processo de visita com Instituição Acreditadora 
diferente da anterior somente após um ano, quando então deverá submeter-se a todo o 
processo como ciclo de avaliação inicial. As certificações de “Acreditado” e “Acreditado 
pleno” têm prazos de validade de dois anos, quando o Hospital deverá submeter-se a um novo 
processo de avaliação. A certificação de “Acreditado com Excelência” tem prazo de validade 
de três anos, devendo em seguida o Hospital submeter-se a um novo processo de avaliação. 
 Durante a vigência do prazo de validade do Certificado, o Hospital não poderá solicitar 
outra avaliação, com o objetivo de alcançar acreditação em nível acima do obtido. Findo o 
prazo de validade, inicia-se um novo ciclo de acreditação. O Hospital poderá solicitar 
inscrição à mesma ou a qualquer outra Instituição Acreditadora, credenciada pela 
Organização Nacional de Acreditação. A etapa de avaliação e visita seguirão os mesmos 
métodos, isto é, dentro da metodologia do Processo de Acreditação Hospitalar vigente na data 
da visita. Ao solicitar a inscrição para um novo ciclo de acreditação, o Hospital que decidir 
pela troca da Instituição Acreditadora, deverá apresentar a esta nova Instituição escolhida, o 
relatório de visita, anterior para servir de base para a reavaliação. 
 Planejamento das ações que devem ser desenvolvidas para atender a cada critério para a 
acreditação. 
 
 
14 
 
2- Planejamento das ações que devem ser desenvolvidas para atender a cada critério 
para a acreditação. 
 
 Implantação de Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) em hospitais A implantação 
da Gestão da Qualidade em hospitais requer o comprometimento da Alta Administração 
quanto às mudanças necessárias para tal iniciativa, pois são necessários esforços constantes 
para incorporar, em toda a equipe e níveis hierárquicos, os conceitos da busca de melhoria 
contínua (OVRETVEIT; GUSTAFSON, 2002; MACINATI, 2008). Um SGQ envolve 
mudanças tecnológica, filosófica, cultural e na governança do hospital. A mudança 
tecnológica e de filosofia são alterações nas formas de execução do trabalho em termos de 
procedimentos, rotinas e normas do serviço prestado aos pacientes. A mudança cultural são 
alterações na cultura organizacional em termos de padrões, valores e crenças sobre como 
funciona a Organização. A mudança no sistema de governança do hospital se dá no processo 
de tomada de decisão e estrutura de poder. 
 Método de pesquisa A pesquisa de campo foi desenvolvida com base em dois métodos: • 
Estudo de múltiplos casos com finalidade exploratória para obter conhecimento sobre o tema 
de pesquisa e subsidiar a realização da fase seguinte da pesquisa; • Pesquisa-ação conduzida 
em um hospital público de pequeno porte. Ambos os métodos foram planejados como 
complementares e aplicados nesta sequência. Assim, a pesquisa de campo completa foi 
desenvolvida nas seguintes fases: 
 
 Fase 1: pesquisa bibliográfica sobre implantação de SGQ e da Acreditação hospitalar. Os 
conhecimentos obtidos nesta revisão subsidiaram a elaboração de um roteiro de entrevistas 
para a realização dos estudos de casos. 
 
 Fase 2: estudo de casos em três hospitais Acreditados há, pelo menos, 4 anos sobre o 
processo de implantação da Acreditação. O roteiro de entrevistas foi aplicado junto ao 
Gerente da Qualidade desses hospitais. Os casos geraram mais aprendizagem sobre o tema e 
permitiram obter informações sobre o processo de implantação da Acreditação nesses 
hospitais. Essa aprendizagem obtida com os estudos de casos, aliada à pesquisa bibliográfica 
sobre a implantação da Acreditação, subsidiou a realização da pesquisa-ação. 
 
 Fase 3: elaboração de um roteiro preliminar de implantação da Acreditação, o qual 
subsidiou a condução da pesquisa-ação. 
15 
 
 
 Fase 4: condução da pesquisa-ação para adequação da gestão de um hospital público de 
pequeno porte aos requisitos de Acreditação. A pesquisa-ação seguiu o modelo de que em 
como etapas: Etapa Preliminar, Tratamento de Dados, Plano de Ação, Avaliação e 
Monitoramento dos Resultados. 
 Fase 5: revisão e ajuste no roteiro de implantação. O conhecimento obtido na pesquisa-
ação permitiu gerar a versão proposta no roteiro para implantação dos requisitos de 
Acreditação. 
 
 
 
 
 
3- Especificação de cronograma e orçamento de ações. 
 
 
Conclusão sobre a relevância da aquisição de um selo para a sociedade em geral. 
16 
 
 
 A acreditação hospitalar é uma certificação hospitalar que visa a melhoria da qualidade 
nos serviços de saúde. Porém não se sabe quais os diferenciais de um hospital que possui a 
acreditação hospitalar. Tentando responder ao problema de pesquisa, a pesquisa tem como 
como objetivo geral: Investigar quais são os diferenciais dos hospitais acreditados do Brasil 
que possuem uma certificação internacional. Este estudo é uma pesquisa descritiva, 
quantitativa, realizada por meio de levantamento (survey). O método estatístico utilizado na 
pesquisa foi a estatística descritiva. Por fim, a pesquisa conclui que os hospitais acreditados, 
conforme os respondentes, possuem vários diferenciais por possuir a certificação, porém dar-
se ênfase aos diferenciais “segurança ao paciente” e “qualidade do serviço”. 
Modelos de certificações de acreditação hospitalar: Existem diversos métodos de avaliação 
da qualidade em saúde, nesta seção, são abordados três modelos de certificação de acreditação 
hospitalar, que podem ser utilizadas no Brasil, ONA (Organização Nacional de Acreditação), 
JCI (Joint Commission International) e a Accreditation Canada International ou Sistema 
Canadense de Acreditação conhecida como Canadian Council on Health Services 
Accreditation (CCHSA). 
 Acreditado: No nível 1, conhecido como o primeiro passo, as exigências são pequenas, 
pois estão relacionadas ao exercício profissional e ao atributo fundamental para a prestação da 
assistência médico-hospitalar. Seguindo todos os critérios exigidos neste nível a organização 
recebe o selo de acreditado. 
 Acreditado plenoem se tratando do nível 2, além de realizar as exigências do nível 1, o 
foco neste momento é os padrões de qualidade no atendimento ao paciente. A regra agora é 
adotar práticas saudáveis no atendimento médico-hospitalar. Cumprindo os critérios exigidos 
pela ONA é expedido o selo de Acreditado pleno. 
 Acreditado com excelência No último nível de acreditação pela ONA, nível 3, 
conhecido como padrões de excelência, visa identificar os hospitais que desempenham 
diariamente a melhoria continua dos atendimentos ao paciente. Nesta situação é concedido o 
selo de acreditado com excelência. As organizações que estão num maior grau de 
padronização são capazes de solicitar o selo internacional de qualidade emitido pela Joint 
Commission on Accreditation off Hospitals (JCI), no Brasil representada pelo Consórcio 
Brasileiro de Acreditação (CBA), pois os padrões de avaliação são parecidos, porém as 
exigências são diferenciadas, a acreditação internacional é mais rigorosa (JCI/CBA, 2003). 
 
A complexidade nos sistemas de saúde pode dificultar a acreditação. 
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 A prestação de cuidados de saúde é uma atividade de enorme complexidade. 
 Complexidade ao nível do paciente tratado, mas também em relação a diferentes níveis 
que envolvem sua prática em consultórios, clínicas, hospitais e outras organizações de saúde. 
 E, ainda, ao nível dos financiadores – pagadores, das organizações governamentais e não 
governamentais que constituem os intervenientes/atores (stakeholders) da saúde. Uma das 
características dos sistemas de saúde é a produção de resultados (outputs) incertos, muitas 
vezes expressos em erros e complicações, com elevados custos de eficiência e crescentes 
graus de insatisfação por parte da população tratada e dos prestadores. 
 Não deixa de ser curioso o facto de as medidas tomadas para reduzir os erros nos sistemas 
de saúde, como o uso de diretrizes clínicas (guidelines) terapêuticas e tantas outras 
iniciativas, aparentemente boas, não terem conseguido ainda fazer da prestação de cuidados 
de saúde uma atividade segura, eficiente, uniformemente geradora de valor e satisfação. 
 Os sistemas de saúde têm sido tomados como sistemas “robotizados”, sendo, na 
verdade, sistemas “complexos” que devem ser tratados como tal. Os pontos seguintes tratam, 
de forma precisa, da “complexidade” na saúde e do modo como, olhando os cuidados de 
saúde dessa perspectiva, poderemos melhorar sua segurança. 
 
Consequências económicas de erros e eventos adversos em saúde: 
 
 Algumas das principais questões que se relacionam com o impacte dos eventos adversos 
(EAs) em termos económicos. Tendo por base uma análise da literatura sobre o tema, tentou-
se evidenciar o peso económico e social associado à ocorrência dos EAs, bem como a 
necessidade de que tal evidência deve ser do conhecimento dos profissionais, gestores e 
decisores políticos da área da saúde por forma a integrar esses conhecimentos nas tomadas de 
decisão e na definição de estratégias que visem melhorar a segurança do paciente. Assim, 
serão abordados, neste capítulo, os seguintes pontos: K o contributo da economia na saúde e o 
porquê da importância em medir os custos dos EAs; K quanto custam e quais os custos que 
devem ser apurados; K como medir os custos dos EAs e que custos integrar; K discussão 
sobre as metodologias utilizadas para apurar custos relacionados com os EAs. 
Os profissionais de saúde, por natureza, esforçam-se em proporcionar a melhor assistência 
possível. Este comportamento, entretanto, não impede que ocorram falhas e acidentes devidos 
à assistência prestada aos clientes/ pacientes, o que se contradiz com a ideia de perfeição na 
assistência médica. O compromisso e a disposição individual de fazer o bem e utilizar o 
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melhor do conhecimento se constituem em fatores essenciais do cuidado, porém na atualidade 
insuficientes para garantir uma assistência segura e eficaz. A forma de manter uma aura de 
perfeição na assistência à saúde base ou se numa cultura centrada no indivíduo, balizada por 
dois componentes indissociáveis: culpa e castigo. A crença era de que as recriminações e 
punições promoviam melhorias na assistência, ou seja, impediam ou reduziam a ocorrência de 
eventos adversos no futuro. (Neto, 2007) Recentemente, o que se tem observado, entretanto, é 
que os profissionais, temendo represálias diante da descoberta de suas falhas e acidentes, 
omitem e ocultam as mesmas, ou, quando identificados, buscam livrar-se do pesado encargo 8 
que, não raro, cria uma cadeia de censuras que em nada contribui para o entendimento do que 
houve. (Neto, 2007) Enquanto os profissionais e suas instituições corporativas seguem a 
concepção da “culpa e castigo”, as organizações de saúde trilham o caminho da isenção de 
responsabilidade. Assim, tanto um quanto o outro, atuam baseados em um referencial de 
autodefesa em que a conduta é via de regra, reativa às falhas e acidentes associados aos 
cuidados assistenciais. As pesquisas sobre a segurança do paciente devem subsidiar a tomada 
de decisão e intervenção da administração para modificar a prática de cuidados. As ações 
tomadas devem gerar resultados como práticas confiáveis que fazem a diferença na segurança 
dos pacientes, minimizando riscos e mudar a situação real dos acontecimentos indesejáveis. 
 
 
 
 Qualidade dos serviços de saúde, Apesar de que o esquema anterior se aplica a qualquer 
organização empresarial, naturalmente, não é exatamente igual oferecer automóveis, 
máquinas de lavar, alimentação, ou serviços de saúde. Desta forma, convém especificar um 
pouco mais a definição de qualidade, para entender melhor o que se caracteriza por um 
produto ou serviço de qualidade do nosso tipo específico de “empresa” 
“Considerando as várias definições sobre qualidade em serviços de saúde, todas se 
caracterizam por diferentes interpretações do que representa satisfazer as necessidades de 
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assistência à saúde da população receptora do serviço. Nossa conclusão é que não é possível 
escolher uma 17 universalmente válida, até porque esse tipo de definição não existe, mas é 
importante definir o conceito de qualidade em função da missão do serviço ou serviços de 
saúde em questão, considerando realisticamente as circunstâncias do meio em que ele(s) 
está(ão) inserido(s). Por exemplo, circunstâncias como os serviços públicos ou privados, com 
acesso universal ou dirigidos a determinada população, e até mesmo os recursos disponíveis, 
poderiam ser considerados.” 
 
 
 
Qualidade versus Segurança 
 
 Um cuidado inseguro aumenta o hiato entre os resultados possíveis e os alcançados. Na 
definição de qualidade adotada por Donabedian, citada acima, um cuidado inseguro 
expressa-se pelo aumento do risco de danos desnecessários ao paciente, que podem ter 
impacto negativo nos resultados do cuidado de saúde. (ANVISA, 2013, P.24) Como já visto, 
a segurança é uma dimensão da qualidade, conceito este mais abrangente. Porém, como 
argumenta Vincent (2010 apud ANVISA, 2013, p. 24), “a segurança é a dimensão mais crítica 
e decisiva para os pacientes. Apesar de a segurança constituir-se como uma dimensão da 
qualidade, algumas vezes é apresentada descolada deste contexto. No entanto, esta tendência 
tem perdido força mais recentemente para abordagens que a interpretam como parte 
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integrante do conceito de qualidade.” O importante é ressaltar que o desenvolvimento 
contemporâneo da área de segurança do paciente permitiu um novo olhar sobre o cuidado de 
saúde, na medida em que foi influenciado por disciplinas de outros campos do conhecimento 
que se voltaram para estudar o errohumano, os acidentes e sua prevenção. Desta forma, 
representa uma importante contribuição para a melhoria do cuidado de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RELATORIO FINAL 
 
 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA ACREDITAÇÃO 
 
 Com o crescente aumento da exigência dos clientes, dos novos padrões impostos pelo 
governo, e com o policiamento mais intenso da mídia em relação a saúde, os hospitais estão 
procurando oferecer um serviço com qualidade e segurança aos seus pacientes. Diante disso, 
cresceu entre os hospitais a busca por certificações que demonstrem os bons resultados de 
seus serviços. Neste sentido, programas de qualidade vêm sendo implantados com cada vez 
mais frequência, e novas maneiras de gerenciar os processos estão tomando, gradativamente, 
uma maior importância neste meio. Entre os novos procedimentos adotados, a Acreditação 
Hospitalar está despontando, no intuito de despertar a confiança dos clientes nos 
procedimentos oferecidos pelos os hospitais. 
 Organização Nacional de Acreditação - ONA é uma organização privada, sem fins 
lucrativos e de interesse coletivo, que tem como principais objetivos à implantação e 
implementação nacional de um processo permanente de melhoria da qualidade da assistência 
à saúde, estimulando todos os serviços de saúde a atingirem padrões mais elevados de 
qualidade. 
 A acreditação não tem como objetivo ser responsável por habilitações institucionais, este 
papel cabe ao governo. Seu objetivo é antecipar-se e evitar problemas, gerenciando riscos e 
promovendo qualidade nos serviços de saúde. Sua estrutura garante que o processo de 
acreditação promova condições para a realização de procedimentos médicos com segurança, 
presteza, habilidade e excelência. O instrumento de avaliação permite desenvolver um 
diagnóstico do estágio do serviço oferecido, que pode ser utilizado como ferramenta de gestão 
para planejar ações que se transformem em melhorias. 
 Na condução do processo de avaliação as estratégias devem ser desenvolvidas com 
clareza, valores e metas, responsabilidade social e focando principalmente na segurança do 
cliente/paciente. (PORTELA, Odete Teresinha) A qualidade tem sido entendida como serviço 
e produto que os tornam adequados à missão de uma organização comprometida com o pleno 
atendimento das necessidades de seus clientes. É relacionada com o nível de satisfação de 
todos os usuários dos serviços, fazendo com que estes recebam assistências efetivas e seguras 
em condições materiais e éticas adequadas. De outro modo, qualidade é tudo o que alguém 
faz ao longo de um processo, incluindo a estrutura utilizada, para garantir que um cliente, 
depois da saída do hospital/instituição de saúde. 
 Garantir a qualidade é, basicamente, um esforço para achar e superar problemas com 
qualidade. É modificar o comportamento dos profissionais, das instituições e dos sistemas em 
direção a práticas mais apropriadas e aceitáveis em termos de resultados e custos para a saúde. 
 Para isso é preciso levar em consideração as perspectivas das várias partes interessadas e 
envolvidas no processo, como os profissionais, os provedores de saúde, os governos e os 
pacientes, e promover um processo de entendimento destas partes de como se faz para medir a 
qualidade. As organizações de saúde têm como missão principal oferecer recursos 
diagnósticos e terapêuticos para que os pacientes possam restabelecer suas condições de saúde 
o mais rápido possível. Para tanto, devem estar capacitados para desenvolver um trabalho 
confiável, respaldado pela qualificação organizacional e técnica. Como as instituições de 
saúde realizam diversos processos de baixa, média e alta complexidade, é necessário a 
padronização dos mesmos para que o resultado final atenda às necessidades dos clientes. 
 
22 
 
 Esta pesquisa buscou investigar quais são os diferenciais dos hospitais acreditados do 
Brasil que possuem uma certificação internacional. Especificamente, identificar o tempo 
médio para um hospital adquirir a certificação de acreditação hospitalar, verificar o custo com 
a implantação da acreditação, identificar a média do custo mensal para manter os hospitais 
com a certificação e apontar quais os diferenciais dos hospitais que possuem acreditação 
hospitalar. A concretização desta pesquisa resultou em uma considerável quantidade de dados 
e informações acerca da acreditação hospitalar, certificação utilizada nos hospitais, que 
podem servir como base prática e teórica para os gestores hospitalares na tomada de decisões. 
 Em relação ao custo com a implantação hospitalar, foi encontrado que a maioria dos 
respondentes concordam que a implantação desta certificação tem um custo elevado e 
afirmam que uma entidade hospitalar somente consegue adquirir uma certificação hospitalar 
num período superior a 12 meses, ou seja, o hospital para conseguir o certificado de 
acreditação tem se preparar para absolver todas as exigências e se adequar aos padrões 
exigidos pelo órgão certificador. Em relação aos custos com a manutenção da certificação, 
conforme a análise descritiva, pode-se afirmar que a maioria das entidades certificadas gastam 
mensalmente com a manutenção da acreditação em torno de R$ 20.000,00 a R$ 50.000,00. 
 Por fim, respondendo ao problema de pesquisa, na opinião dos respondentes, os hospitais 
que tem a certificação hospitalar de acreditação possuem vários diferenciais que são: 
Segurança aos pacientes, qualidade do serviço, padronização dos processos, credibilidade 
junto ao mercado e transparência. Porém, entre estes diferenciais, os itens que mais se 
destacaram foram: “segurança aos pacientes” com 50% das respostas e a “qualidade do 
serviço” com 50%, estes achados corroboram com as afirmações de Viana et al. (2011) que 
informa que além de reconhecido externamente a acreditação hospitalar transmite segurança, 
confiança e credibilidade pra todos os tipos de clientes e para a sociedade em geral. 
 Interessante que estes destaques podem ser a resposta para a demanda da acreditação 
hospitalar pelos hospitais públicos, pois atualmente existem três hospitais públicos no Brasil 
com acreditação pela JCI/CBA, ou seja, uma acreditação internacional com regras e 
padronizações bastante complicadas até mesmo para os grandes hospitais privados, sendo 
adquirida por hospitais públicos que se organizaram e estão prestando serviço com segurança 
e qualidade ao paciente. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
http://www.cpgls.pucgoias.edu.br 
 
http://gehosp.com.br/2010/12/14/a-importancia-da-acreditacao-no-ambiente-hospitalar 
 
https://saudebusiness.com 
 
http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/informacoes-gerais/conselhos-e-comissoes 
 
http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/4671/ 
 
http://www.convibra.org 
 
ALMEIDA, A. M. Capacitação em Gestão da Qualidade. Escola de Saúde Pública do Estado 
de Minas Gerais, Módulos II e III, 2009. 
ARTMANN, E.; RIVERA, F. J. U. A démarche stratégique (gestão estratégica hospitalar): 
ANTUNES, L. M. Implantação do processo de acreditação baseado no manual das 
organizações prestadoras de serviços hospitalares da ONA. 2002. 
BARCELLOS, Kátia Cirley Pinto. Adoção de Estratégias de diferenciação com o auxílio da 
gestão da qualidade em organizações da qualidade em organizações hospitalares. 2005.

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