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ETAPA 5.1 Capítulo 1

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Construindo o TCC
Etapa 5.1 – Capítulo 1
Insira neste espaço o Capítulo 1 de sua monografia. No capítulo 1 você deve discutir os assuntos colocados como objetivos específicos. Você pode discutir um ou mais objetivos específicos. Lembre-se que você deve sempre citar autores, estudos e outras referências ao longo do texto e ao final a referência deve constar na bibliografia.
Capítulo I
NOÇÕES GERAIS DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO
O financiamento imobiliário é o crédito que viabiliza a compra da casa própria. É uma operação em que a instituição financeira libera recursos a um cliente para a aquisição de imóvel mediante a apresentação de garantia real do próprio imóvel. E ao final da operação, não existindo débitos, o imóvel se torna propriedade definitiva do cliente.
Para o cliente de uma instituição financeira ter a certeza de um bom negócio, é preciso uma orientação segura sobre o melhor produto de financiamento imobiliário para suas necessidades; informações sobre as etapas do financiamento; conhecimento e agilidade na condução do processo de financiamento.
O crédito imobiliário pode ser comparado à construção de uma casa. Assim como a construção de uma casa necessita de itens básicos, comuns a todas as construções, como uma boa estrutura, um sistema de encanamento, instalação elétrica, tijolos, cimento, etc., nos financiamentos imobiliários existem características que são comuns às varias linha de crédito existentes, o que torna estes financiamentos bastante semelhantes entre si.
As características em comum se referem a um grupo de condições que todo financiamento imobiliário possui, como, por exemplo: prazo, percentual de financiamento, seguros e taxa de juros; mas também podem se referir aos requisitos dos compradores, dos vendedores e do imóvel, ou seja, aquelas condições que são essenciais para que exista um financiamento imobiliário.
As principais características do financiamento imobiliário:
Tipo de imóvel: diz respeito a atributos do imóvel relativos ao seu uso (residencial, comercial ou misto) e ainda se corresponde a um imóvel novo ou usado.
Valor do imóvel: corresponde ao valor de negociação do móvel acordado entre comprador(es) e vendedor(es) e/ou ao valor de avaliação do imóvel.
Prazo de financiamento: é o prazo escolhido pelo comprador para pagar o financiamento. As instituições financeiras trabalham com prazo máximo de 360 meses, podendo, em alguns casos, chegar até 420 meses.
Percentual de financiamento: corresponde ao valor do financiamento em relação ao valor do bem. No mercado, a maioria das instituições operam com limite máximo de 80% do valor do imóvel, podendo chegar até a 90%.
Renda familiar: define os valores mínimos de renda familiar ou individual para enquadramento nas diversas linhas de crédito disponíveis.
Taxa de juros: corresponde ao valor dos encargos básicos que serão aplicados ao financiamento. É discriminada no instrumento de crédito (contrato).
Sistema de amortização: corresponde à forma de pagamento das prestações: Sistema Price ou Sistema SAC.
Garantia: diz respeito à modalidade de garantia aplicado aos contratos de financiamento imobiliário. Nas operações contratadas por pessoas físicas, a garantia é oferecida em regime de alienação fiduciária.
Seguro habitacional: são obrigatórios nas operações de crédito imobiliário e estão divididos em dois tipos: MIP (Morte e Invalidez permanente), que cobre o valor do saldo devedor do financiamento e DFI (Danos físicos ao Imóvel), que cobre o valor integral do imóvel.
Tarifas: nas operações de financiamento imobiliário, são devidas as tarifas relativas à avaliação do bem que será recebido em garantia e à manutenção/administração do contrato.
Formulários: são essenciais para o início da contratação. Nos formulários, o cliente delimita as condições negociais que devem ser aplicadas à sua futura operação.
Avaliação do imóvel (laudo): é o mecanismo por meio do qual se apura o real valor do imóvel bem como a qualidade desse imóvel, que poderá vir a ser objeto de um eventual financiamento. 
Documentos: subsidiam toda a análise de uma proposta de financiamento imobiliário. Por meio das informações contidas nos documentos, é possível ao banco mitigar os riscos jurídicos de cada operação.
Despesas cartorárias: são despesas com as quais o comprador deve arcar para que seja feito o registro do contrato de sua operação, junto ao Cartório de Registro de Imóveis (CRI).
Contrato: é o instrumento por meio do qual são consolidadas e celebradas as condições de financiamento. No contrato, estão as obrigações das partes e as regras que regem o financiamento imobiliário.
Algumas dessas características vão ser estudas ao longo desse trabalho como condição de financiamento do Programa Minha Casa, Minha Vida.
UTILIZAÇÃO DO FGTS
Um dos maiores interesses nas operações de crédito imobiliário consiste na utilização dos recursos do FGTS. O cliente ao contratar um financiamento e possuir uma conta vinculada de FGTS pode utilizar parte ou na totalidade do saldo depositado na aquisição de imóvel residencial urbano. 
Esse valor a ser utilizado é classificado como recurso próprio do cliente, pois o Banco solicita ao agente operador do FGTS (Caixa Econômica Federal) o valor definido pelo cliente e o credita ao vendedor do imóvel na data da liberação do financiamento.
O FGTS poderá ser utilizado no financiamento de imóveis residenciais com valor de compra e venda determinado de acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Curador do Fundo por meio do SIUMP, nas seguintes modalidades: Aquisição – recursos próprios para entrada (SIUMP-1); Amortização ou liquidação de saldo devedor (SIUMP-2) e pagamentos de parte do valor da prestação (SIUMP-3).
Para utilizar os recursos do FGTS é preciso estar atento às normas de utilização, observando-se os seguintes requisitos: possuir três anos de trabalho sob o regime de FGTS; não ser titular de financiamento ativo no âmbito do SFH e o trabalhador não ser proprietário, promitente comprador, usufrutuário ou concessionário de imóvel residencial, concluído ou em construção, localizado no mesmo município (incluindo os municípios limítrofes ou os municípios integrantes da mesma região metropolitana).
E os requisitos do imóvel devem ser residencial e urbano, destinando-se à moradia do trabalhador; ser financiável no âmbito do SFH; estar registrado no cartório de registro de imóveis; não ter sido objeto de utilização do FGTS, em sua aquisição ou construção, nos últimos três anos e estar localizada no município, região metropolitana ou em municípios limítrofe onde o adquirente exerce a ocupação principal; ou no município de residência, na região metropolitana ou em município limítrofe, desde que seja comprovada residência no local há, pelo menos, um ano.
 O PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA 
O Programa Minha Casa, Minha Vida foi lançado em Março de 2009, com o objetivo de diminuir o déficit habitacional do País e com isto, estimular a criação de empregos e investimentos, principalmente no setor da construção civil. Em junho de 2011, o Governo Federal lançou a segunda fase do programa, ampliando seus objetivos, valores subvencionados e valores máximos para financiamento das unidades habitacionais que devem ser contempladas por Unidade da Federação (UF).
	Como já foi dito, para sua execução, o programa necessita da união de seus principais intervenientes: estados, municípios, empresas do setor de construção civil e imobiliário, fornecedores de material de construção e de mão de obra especializada, entidades organizadoras públicas e privadas sem fins lucrativos, Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB).
O PMCMV tem a finalidade de criar mecanismos de incentivo à produção e à aquisição de unidades habitacionais (UH), à requalificação de imóveis urbanos e à produção de imóveis urbanos e à produção ou reforma de habitações rurais.
	O programa compreende os seguintessubprogramas:
PNHU – Programa Nacional de Habitação Urbana – atende famílias com renda bruta mensal de até R$ 7.000,00;
PNHR – Programa Nacional de Habitação Rural – atende famílias com renda bruta anual de até R$ 60.000,00;
PHPE – Programa Habitacional Popular Entidades – atende a beneficiários de baixa renda nas áreas urbanas, organizados de forma associativa por uma Entidade Organizadora – EO (associações, cooperativas, sindicatos e outros). O Banco do Brasil não atua no PHPE.
Na primeira fase do programa (de 2009 a 2011), o Banco iniciou sua atuação exclusivamente nas faixas de renda entre 3 e 10 salários mínimos do PNHU.
Nesse contexto, os bancos veem atuando tanto com Pessoas Jurídicas (construtoras e incorporadoras), por meio da disponibilização de linhas de crédito destinadas à produção, como com Pessoas Físicas, por meio do financiamento da aquisição de imóveis prontos e na planta.
Em janeiro de 2012, o Banco do Brasil teve sua participação ampliada no programa, passando a atuar também, na faixa de renda de até R$ 1.600,00, atual Faixa 1 (denominada 0 a 3 salários mínimos na primeira fase do Programa), e no PNHR, programa voltado para as habitações rurais. Assim, o BB assume um papel importante no PMCMV, reafirmando seu posicionamento como parceiro do Governo Federal na implementação de políticas públicas de habitação popular.
A participação do BB no Programa Minha Casa, Minha Vida também está alinhada ao Plano de Mercados 2011-2012, com destaque para os indicadores: rentabilização, retenção, fidelização, estreitamento do relacionamento com o cliente, satisfação de clientes e ser percebido como referência em RSA.
O objetivo é incentivar a produção e a aquisição de novas unidades habitacionais e a requalificação de imóveis urbanos para famílias com renda mensal de até R$ 7.000,00 (sete mil reais).
O Programa Nacional de Habitação Urbana apresenta as seguintes modalidades:
Faixa 1: para os beneficiários com renda bruta familiar mensal de até R$ 1.800,00 (um mil oitocentos reais), com recursos e risco da operação do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).
Faixa 1,5: a partir de fevereiro de 2017 passou a contratar operações de habitação de interesse social, com renda bruta de até R$ 2.600,00 (dois mil seiscentos reais).
Faixa 2: para os beneficiários com renda bruta de até R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Trata-se de operação comercial com recursos oriundos do FGTS.
Faixa 3: para os beneficiários com renda bruta familiar mensal de até R$ 7.000,00 (sete mil reais). Trata-se de operação comercial com recursos oriundos do FGTS e risco de crédito para o banco. Nesta faixa de renda não há subsídio direto na aquisição do imóvel.

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