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Apostila - ABECIP CA 600

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1 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL - ABECIP - Série CA 300 e CA-600 
Caro Profissional! 
Este material foi preparado de forma mais resumida possível e de acordo com o conteúdo 
programático para a prova de Certificação CA 600 da www.abecip.org.br 
A prova CA300 tem 30 questões objetivas de múltipla escolha, com duração máxima de uma 
hora e trinta minutos. Você deve atingir pelo menos 60 % de acertos (18 questões corretas) para 
obter a certificação. 
A prova CA600 tem 50 questões objetivas de múltipla escolha, com duração máxima de 2 
(duas) horas. Você deve atingir pelo menos 70 % de acertos para obter a certificação. 
Bem estudo! 
Jorge Luís Brugnera 
1 – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS 
(INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS) 
 A seguir estudaremos as Instituições Financeiras classificadas como 
Monetárias ou Bancárias, assim classificadas por possuírem autorização do Banco 
Central para captação de Depósitos à Vista. São as Instituições Financeiras que 
tem a capacidade de “multiplicar dinheiro” com a captação de depósitos à vista. 
Bancos Comerciais 
1
Subsistema de Intermediação ou Operativo
Instituições
Financeiras
Bancárias
Instituições
Financeiras
não Bancárias
Outros
Intermediários
Bancos Comerciais
Bancos Múltiplos com
Carteira Comercial
Bancos Investimento
Bancos Múltiplos sem
Carteira Comercial
Demais Instituições
DTVM
SCTVM
2 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas 
que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários 
para financiar, a curto e a médios prazos, o comércio, a indústria, as empresas 
prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral, a captação de 
depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco 
comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído 
sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a 
expressão "Banco" 
São a base do sistema monetário e captam recursos (operações passivas) 
através de: 
Depósitos à vista – contas correntes 
Depósitos a prazo – CDB, RDB 
Letras Financeiras ( a partir de Fev de 2010) 
Repasses de recursos de instituições financeiras oficiais 
Recursos externos 
 Prestam serviços de cobrança bancária, arrecadação de tarifas e tributos 
públicos. 
 Aplicam os recursos (operações ativas) em: 
Desconto de títulos (duplicatas, cheques pré-datados...) 
Abertura de créditos simples em conta corrente (cheques especiais, CDC, etc) 
Operações de crédito Rural, Câmbio e Comércio Internacional. 
 
Exemplos de Bancos comerciais: 
Banco Arbi S.A. (RJ) 
Bco Bm&F de Serviços de Liquidação e Custódia S.A. 
Banco CR2 S.A. 
Banco Pottencial S.A. (Belo Horizonte- MG) 
Banco da Amazônia S.A. (Belem- PA) 
Banco Western Union do Brasil S.A. (SP) 
Citibank N.A. – Banco Comercial Estrangeiro com Filial no Brasil 
Banco De La Nacion Argentina - Banco Comercial Estrangeiro com Filial no Brasil 
Banco Rendimento S.A. ( Pinheiros, SP) 
 
Bancos Múltiplos 
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas 
que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições 
financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: 
• comercial, 
• investimento e/ou de desenvolvimento, 
• crédito imobiliário, 
• arrendamento mercantil (leasing) 
• crédito, financiamento e investimento. 
• aceite (financeiras) 
3 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e 
regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas 
carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco 
público. 
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, 
sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser 
organizado sob a forma de sociedade anônima. 
As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista 
e são considerados Instituições Monetárias. 
Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" e um 
banco múltiplo deve ser constituído com um CNPJ para cada Carteira podendo 
publicar um único balanço 
Exemplos: Banco do Brasil S.A, Banrisul S.A., Bradesco S.A., Itaú S.A., 
Banco BTG Pactual S.A. 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIAS = NÃO MONETÁRIAS 
As Instituições Financeiras Não Bancárias ou não monetárias são assim chamadas 
porque não podem criar moeda, não captam depósitos à vista. 
Bancos Múltiplos Sem Carteira Comercial 
 Bancos Múltiplos sem a Carteira Comercial são 
consideradas Instituições Financeiras não Bancárias porque não tem 
autorização para captar depósitos à vista. 
 As demais características são dos Bancos Múltiplos comerciais. 
Exemplo de Bancos Múltiplos SEM A CARTEIRA COMERCIAL: 
Banco Bankpar S.A. (Bradesco) (só tem carteira de Investimento e Crédito Financiamento e 
Investimento desde 1992) 
Banco Caterpillar S.A. 
Banco Toyota do Brasil S.A. 
Banco BRJ S.A. 
Banco Citicard S.A. 
Banco CNH Capital S.A. 
Banco CSF S.A. 
Goldman Sachs Do Brasil Banco Múltiplo S.A. 
Banco Moneo S.A. ( Caxias do Sul, RS) 
Banco Vipal S.A. 
Bancos de Investimento 
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas 
especializadas em operações de participação societária de caráter 
temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital 
fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. 
4 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, 
obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de 
Investimento". 
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, 
repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de 
investimento por eles administrados. 
As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e 
capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos 
interfinanceiros e repasses de empréstimos externos. 
Por exemplo, a carteira de Investimento do Banco BTG Pactual controla 
a Estapar que administra o estacionamento do novo Beira-Rio. Também é sócio 
da Brio, empresa responsável pela infraestrutura dos serviços da holding Andrade 
Gutierrez. 
Exemplos de Bancos de Investimento: 
Bco Geração Futuro de Investimento S.A. 
Standard Chartered Bank Brasil S.A. (SP) 
BB Banco de Investimento S.A. (RJ) 
Bco Rural de Investimento S.A. (MG) 
Bco Equity de Investimento S.A. (RJ) 
BBVA Brasil Bco de Investimento S.A. (SP) 
Banco de Investimento Credit Suisse Brasil 
Banco Induscred de Investimento S.A. 
Banif Banco de Investimento 
Banco Mercantil de Investimentos S.A 
Companhias Hipotecárias 
 As companhias hipotecárias são instituições financeiras 
constituídas sob a forma de sociedade anônima, que têm por objeto social 
conceder financiamentos destinados à produção, reforma ou comercialização de 
imóveis residenciais ou comerciais aos quais não se aplicam as normas do 
Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 
Suas principais operações passivas são: letras hipotecárias, debêntures, 
empréstimos e financiamentos no País e no Exterior. Não captam recursos via 
Caderneta de Poupança. 
Suas principais operações ativas são: financiamentos imobiliários residenciais 
ou comerciais, aquisição de créditos hipotecários, refinanciamentos de créditos 
hipotecários e repasses de recursos para financiamentos imobiliários. Tais 
entidades têm como operações especiais a administração de créditos hipotecários 
de terceiros e de fundos de investimento imobiliário. 
Exemplos: 
Brazilian Mortgages Cia Hipotecária – SP 
Rodobens Companhia Hipotecária – São José do Rio Preto – SP 
Brascan Companhia Hipotecária – SP 
Domus – Companhia Hipotecária – RJ 
C.N.H. Companhia Hipotecária - RN 
5 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
Sociedades de Crédito, Financiamentoe Investimento 
As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também 
conhecidas por financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério da 
Fazenda 309, de 30 de novembro de 1959. São instituições financeiras privadas 
que têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de 
bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade 
anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Crédito, 
Financiamento e Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de 
aceite e colocação de Letras de Câmbio. Exemplos: 
Alvorada Cartões, Crédito e Financiamento e Investimento S.A. (Osasco SP) 
Finansinos S.A.Crédito, Financ e Invest (Novo Hamburgo- RS) 
PortoCred S.A. Crédito, Financiamento e Investimento (Porto Alegre, RS) 
Todescredi S.A. Crédito, Financiamento e Investimento (Bento Gonçalves, RS) 
Via Certa Financiadora S.A. Crédito, Financ. e Investimento (Sto Cristo, RS) 
OMNI S.A. – Crédito, Financ e Invest (SP) 
Agiplan Financeira S.A. (Porto Alegre, RS) 
Aymoré, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (SP) 
Barigui S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos (Curitiba) 
Biorc Financeira – Crédito, Financiamento e Investimento (Florianópolis) 
BMW- Financeira S.A. ( SP) 
BV Financeira S.A. (SP) 
Crediare S.A. Crédito, Financiamento e Investimento ( Farroupilha, RS) 
Crefisa S.A. Crédito, Financiamento e Investimento (SP) 
Sociedades de Crédito Imobiliário 
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras 
criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento 
habitacional. Constituem operações passivas dessas instituições os depósitos 
de poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e depósitos 
interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de 
habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria, 
financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e 
distribuidoras de material de construção. Devem ser constituídas sob a forma de 
sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a 
expressão "Crédito Imobiliário". Atualmente as SCI foram incorporadas por IF e 
viraram Carteira Imobiliária de Bancos Múltiplos ou atuando como repassadoras. 
Habitasul Crédito Imobiliário S.A. (Sociedade de Crédito Imobiliário Repassadora) (RS) 
Cia Província de Crédito Imobiliário S.A. (RS) – a partir de 15/09/13 deixou de originar 
Crédito Imobiliário. 
Apeal Crédito Imobiliário S.A. – Maceió – AL - hoje só administra sua carteira de crédito imobiliário. 
Tradição S.A. Crédito Imobiliário – RJ – atualmente atua como repassadora. 
Associações de Poupança e Empréstimo 
As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a 
forma de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas 
operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao 
Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações passivas são constituídas 
de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de 
poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. Os depositantes 
dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não 
6 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
recebem rendimentos, mas dividendos. Os recursos dos depositantes são, assim, 
classificados no patrimônio líquido da associação e não no passivo exigível. 
Exemplo: Poupex – Associação de Poupança e Empréstimo. 
 
ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA 
FINANCEIRO NACIONAL 
Conselho Monetário Nacional - CMN 
 O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 
31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para 
o bom funcionamento do SFN. É o órgão máximo do SFN e não desempenha 
funções executivas. 
 Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do 
Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do 
Brasil. 
Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às 
reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o 
equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das 
instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos 
instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições 
financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida 
pública interna e externa, estabelecer a Meta da Inflação. 
 
 Os seus membros reúnem-se uma vez por mês para deliberarem sobre 
assuntos relacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários 
pode acontecer mais de uma reunião por mês. 
Banco Central do Brasil - Bacen 
O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao 
Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro 
de 1964. Conforme Decreto 91.961 de 19/11/85 a Diretoria do Banco Central 
passou a ser de 9 membros, 1 presidente e 8 diretores. 
O Banco Central é o principal executor das orientações do Conselho 
Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda 
nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter 
as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de 
poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do 
sistema financeiro. 
Dentre suas atribuições estão: emitir papel-moeda e moeda metálica; 
executar os serviços do meio circulante; receber recolhimentos compulsórios e 
7 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
voluntários das instituições financeiras e bancárias; realizar operações de 
redesconto e empréstimo às instituições financeiras; regular a execução dos 
serviços de compensação de cheques e outros papéis; efetuar operações de 
compra e venda de títulos públicos federais; exercer o controle de crédito; 
exercer a fiscalização das instituições financeiras; autorizar o funcionamento das 
instituições financeiras; estabelecer as condições para o exercício de quaisquer 
cargos de direção nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras 
empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais 
estrangeiros no país. Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem 
representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, 
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao 
Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. 
Sua Diretoria é composta por um Presidente e quatro Diretores nomeados 
pelo (a) Presidente da República após serem aprovados em sabatina pelo Senado 
Federal. Tem mandato fixo e estabilidade com mandato de 5 anos sendo vedada 
a recondução e cada ano troca um diretor. 
 
É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o 
mercado de valores mobiliários do país. 
 
A CVM exerce as funções de: assegurar o funcionamento eficiente e regular 
dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; 
evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; assegurar o 
acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as 
companhias que os tenham emitido; assegurar a observância de práticas 
comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação 
de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o 
funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações 
permanentes em ações do capital social das companhias abertas. 
 
 
RESUMO DAS ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 
O CMN é órgão central do sistema, orientando, disciplinando e controlando o SFN. 
O BC fiscaliza e elabora normas complementares às operações ativas e passivas das 
instituições financeiras do SFN.A Caixa Econômica Federal - Caixa (CEF), além de ser agente financeiro do SFH, é agente 
operador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Administradora do Fundo 
de Compensação das Variações Salariais (FCVS), já extinto, com operações antigas. 
Ao Conselho Curador do FGTS- CCFGTS cabe a Gestão do FGTS presidido pelo MTE. 
Ao Ministério da Fazenda cabe a Gestão do FCVS conforme lei 2.406/88 com o CCFCVS. 
Ao Ministério das Cidades cabe a formulação de propostas de política habitacional e 
desenvolvimento urbano. 
8 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
CVM 
Comissão de Valores 
Mobiliários 
CMN 
Conselho Monetário Nacional 
BACEN 
Banco Central do Brasil 
- Valores Mobiliários 
- Mercado de Capitais 
- Ações 
- Fundos de Investimento 
- S.A. de capital aberto 
- Bolsa de Valores 
- Debêntures 
- Nota Promissória 
- Derivativos 
Órgão Máximo do SFN 
Ministro da Fazenda 
Ministro do Planejamento 
Presidente do BACEN 
- Disciplinar 
- Regulamentar 
- Fixar Diretrizes 
- Zelar 
- Determinar 
- Coordenar 
- Regular 
- Estabelecer 
- Adaptar 
Atenção: Autorizar (Papel Moeda) 
Diretoria Colegiada – 8 
- Executar 
- Exercer 
- Controlar 
- Fiscalizar 
- Punir 
- Realizar 
- Receber 
Atenção: 
Regulamentar Mercado de 
Câmbio e Compensação 
Determinar: Compulsório 
Emitir: Papel Moeda 
 
 
FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO 
 
É uma garantia em caso de intervenção ou liquidação da instituição financeira onde 
abriu sua conta de poupança, conta corrente ou aplicações CDB/RDB, LCI, LH, até R$ 
250.000,00 pelo Fundo Garantidor de Créditos – FGC, entidade privada. Este valor abrange 
os depósitos acima referidos e outras aplicações do mesmo titular na instituição, exceto em 
fundos de investimento e Certificados de Recebíveis Imobiliários. 
 
2 - SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO 
 
 O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi criado em meados da década de 
sessenta, pela Lei nº 4.380, de 1964, no âmbito de uma reformulação geral do Sistema 
Financeiro Nacional. A Mesma Lei instituiu a correção monetária, com o objetivo de abrir o 
mercado para a colocação de títulos do governo e viabilizar financiamentos de longo prazo. 
 
 O objetivo primordial do SFH - Sistema Financeiro da Habitação consistia na 
facilitação à aquisição da casa própria, sobretudo pela população de baixa renda, tendo 
em vista os fins sociais e as exigências do bem comum. 
 
 A primeira fase do SFH, que vai de sua criação até a segunda metade dos anos 70, foi 
o período áureo do Sistema. Os depósitos em caderneta de poupança cresceram, chegando 
a ocupar o primeiro lugar entre os haveres financeiros não monetários. Os recursos do FGTS 
também expandiram como resultado do aumento do nível de emprego e da massa salarial do 
país. Surgiram as Sociedades de Crédito Imobiliário e as Associações de Poupança e 
Empréstimo, formando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE, integrado 
por instituições financeiras especializadas na concessão de financiamentos habitacionais, 
tendo como fontes de recursos os depósitos em caderneta de poupança e repasses dos 
recursos do FGTS. 
 Do lado dos financiamentos habitacionais, foram introduzidos alguns mecanismos para 
dar, nos primórdios do Sistema, tranquilidade aos tomadores dos financiamentos 
habitacionais. 
 
 Um desses mecanismos foi a criação do Fundo de Compensação de Variações 
Salariais (FCVS), mediante o qual a obrigação do mutuário, que tivesse pago todas as suas 
prestações cessava depois de decorrido o prazo contratual do financiamento e o Fundo 
9 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
absorveria eventuais saldos devedores residuais, provocados pelo descompasso entre a 
periodicidade de aplicação dos índices de correção monetária aos saldos devedores e às 
prestações e dos índices de reajuste dos saldos devedores e prestações. 
 
 O Banco Nacional de Habitação foi extinto em 1986 e suas atribuições passaram a 
ser desenvolvidas pelo Banco Central do Brasil, pela Caixa Econômica Federal e pelo 
Ministério da Fazenda. 
 
 Esse período coincidiu com o vencimento de boa parte dos contratos de financiamento 
habitacional, concedidos com prazos de 15 a 20 anos na fase áurea do SFH e deixaram 
tanto os bancos como o governo com um enorme rombo - o do FCVS. 
 
 A década de 90 teve início com a retenção pelo Governo da época de boa parte dos 
recursos da poupança (e de outros ativos financeiros), afetando seriamente o setor de 
construção civil e de crédito imobiliário. Por outro lado, os depósitos de poupança sofriam 
uma forte concorrência por parte dos fundos de investimento. O volume dos financiamentos 
imobiliários diminuiu significativamente. Os financiamentos realizados com recursos dos 
depósitos do FGTS também registraram uma queda nesse período. Apesar disso, a década 
de noventa foi muito promissora para o crédito imobiliário como um todo. O governo e as 
instituições financeiras trabalharam com afinco para resolver a questão da dívida do FCVS 
para com as instituições financeiras. 
 
Instituições Financeiras do SFH que podem financiar a compra da casa própria: 
 
 Estão autorizados a financiar, cfe. Resolução 3157/03, os Bancos múltiplos com 
carteira de crédito imobiliário, caixas econômicas, sociedades de crédito imobiliário (SCIs), 
associações de poupança e empréstimo (APEs), companhias hipotecárias, órgãos federais, 
estaduais e municipais que operem de acordo com as regras do SFH, fundações
habitacionais, além de associações para construção ou aquisição da casa própria, sem 
finalidade de lucro, caixas militares, entidades abertas de previdência privada complementar, 
companhias securitizadoras e outras instituições consideradas pelo Conselho Monetário 
Nacional (CMN) como integrantes do Sistema Financeiro da Habitação. 
 
 
 Origem dos recursos usados pelos agentes do SFH para os financiamentos 
imobiliários: As principais fontes utilizadas são os depósitos de poupança, os recursos do 
FGTS, recolhidos mensalmente pelos empregadores em nome dos empregados e o retorno, 
ou seja, o valor das prestações que os mutuários pagam e que é reaplicado em novos 
financiamentos. 
 
 Direcionamento dos Recursos Captados em Poupança: Conforme regulamento 
anexo à Resolução 3.932/10 os recursos devem ser aplicados de acordo com os seguintes 
percentuais: 65% (sessenta e cinco por cento) no mínimo em operações de financiamento 
imobiliário sendo que 80% deste percentual em operações no âmbito do SFH e o restante 
podendo ser aplicado no SFI a taxas de mercado. 
 
3 - SISTEMA DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO - SFI 
 A instituição do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), em 1997, criou as 
condições necessárias para uma nova e importante fase do financiamento imobiliário no 
Brasil. 
 O SFI foi criado pela Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997, segundo modelo 
delineado a partir dos mais modernos mercados de financiamento imobiliário, inclusive 
latino-americanos, inspirados no modelo norte-americano, tendo por princípio a integração 
das operações imobiliárias com o mercado de capitais, viabilizando o mercado secundário 
de títulos imobiliários com a finalidade de promover o Financiamento Imobiliário em 
Geral segundo condições compatíveis com as da formação dos fundos compatíveis. 
10 
jbrugnera@gmail.com – www.euaprovei.com – 
 
 Outras características relevantes do SFI são a instituição de um novo título de crédito, 
o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), a fixação de regras para a criação de 
Companhias Securitizadoras, o procedimento para securitização de créditos imobiliários, a 
instituição do regime fiduciário sobre créditos imobiliários e a introdução, na legislação 
brasileira, da alienação fiduciária de imóveis, instrumento fundamental para a garantia 
efetiva das operações de financiamento imobiliário. 
 
 O Certificado de Recebíveis Imobiliários(CRI), uma nova espécie de valor mobiliário, de 
emissão das Companhias Securitizadoras, foi criado para a captação de recursos dos 
investidores institucionais, em prazos compatíveis com as características do financiamento 
imobiliário, objetivando, assim, condições para um mercado secundário de créditos 
imobiliários. As Companhias Securitizadoras foram criadas nos moldes das empresas 
similares americanas, tendo por finalidade a aquisição e securitização de créditos 
imobiliários em geral e a emissão e colocação principalmente de Certificados de Recebíveis 
Imobiliários no mercado. 
 
 As Securitizadoras adquirem os créditos imobiliários junto às chamadas "empresas 
originadoras", ou seja, as instituições financeiras autorizadas a operar no SFI, concedendo 
empréstimos para a aquisição ou a produção de imóveis. As operações de financiamento 
imobiliário no SFI são livremente efetuadas pelas entidades autorizadas a operar no sistema 
- as caixas econômicas, os bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos com 
carteira de crédito imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as associações de 
poupança e empréstimo e as companhias hipotecárias. 
 
RESUMO 
 SFH SFI (Fora do SFH) 
Lei que 
regulamenta 
 
Lei 4.380/64 e suas alterações 
 
Lei 9.514/97 e suas alterações 
 
Juros 
 
Até 12% a.a. 
 
De acordo com a instituição financeira 
 
Prazo 
Até 420 meses - SBPE 
Até 360 meses - PMCMV 
Até 420 meses ( 35 anos) – residencial 
Até 120 meses ( 10 anos) – comercial 
 
Valor máximo 
de avaliação 
do imóvel 
 
R$ 650.000,00 ou 
R$ 750.000,00 (regiões 
metropolitanos de SP, DF, RJ, 
MG) 
 
 
Sem limites 
Limite do 
Financiamento 
 
80% Price 
90% SAC 
(Principal + despesas acessórias) 
 
Sem limites 
 
Uso do FGTS 
Desde que o imóvel se enquadre 
nas condições do FGTS 
Desde que o imóvel se enquadre nas 
condições do FGTS 
Origem dos 
Recursos 
 
 FGTS e SBPE 
 
SBPE e CRI 
Garantia Alienação Fiduciária ou Hipoteca Alienação Fiduciária 
 
Atenção para as mudanças nos limites de financiamento (03/2016) sendo 70% no SFH e 60% no SFI 
no financiamento para imóveis usados na Caixa Econômica Federal. O que vale para a prova são os 
limites legais e não os procedimentos atuais das Instituições Financeiras. 
 
As operações de financiamento imobiliário em geral, no âmbito do SFI, serão 
livremente pactuadas pelas partes, observadas as seguintes condições essenciais: 
• Reposição integral do valor emprestado e respectivo reajuste; 
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• Remuneração do capital emprestado às taxas convencionadas no contrato; 
• Capitalização dos juros; 
• Contratação, pelos tomadores de financiamento, de seguros contra os riscos 
de morte e invalidez permanente (seguro prestamista). (não tem a 
obrigatoriedade de contratação do seguro DFI). 
 
 
4 – GARANTIAS IMOBILIÁRIAS 
 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 
É um poderoso estímulo à concessão do crédito imobiliário introduzido pela Lei nº 
9.514/97, por garantir celeridade na recuperação do crédito, foi a instituição da alienação 
fiduciária de bem imóvel. 
 Pelo contrato de alienação fiduciária, o proprietário de um imóvel efetuará, em 
garantia do respectivo financiamento para aquisição desse imóvel, a alienação em caráter 
fiduciário do imóvel à entidade financiadora, transferindo a esta a propriedade fiduciária e 
a posse indireta. Até a liquidação do financiamento, o devedor será possuidor direto 
do imóvel. Em tais condições, oferecendo garantias firmes aos investidores e aos 
financiadores e liberdade de negociação entre as partes interessadas, o SFI representa a 
efetiva modernização do mercado imobiliário no País. 
 
Pelo contrato de alienação fiduciária constitui-se em favor do credor uma propriedade 
resolúvel sobre o imóvel objeto do financiamento, prevista sua obrigação de transferir a 
plena propriedade do imóvel ao devedor, uma vez que este tenha resgatado a totalidade da 
dívida. 
Enquanto não o tiver feito, o devedor estará investido apenas na posse do imóvel. Ao 
quitar integralmente a dívida, a propriedade plena lhe será transferida, bastando para tanto 
simples pedido de cancelamento do registro da fidúcia. 
 
HIPOTECA 
 
A hipoteca é o direito real que recai sobre um imóvel, estradas de ferro, navio, 
aeronave, que, embora não entregues ao credor, o asseguram, preferentemente, do 
cumprimento da obrigação. 
Assim sendo, não paga a dívida, cabe ao credor o direito de executar o bem dado em 
garantia, para com o produto apurado em praça pagar-se, preferentemente e com exclusão 
dos outros credores, que só terão direito às sobras, se houver. 
 
As hipotecas (Art. 1492) serão registradas no cartório do lugar do imóvel, ou no de cada um 
deles, se o título se referir a mais de um. E os registros e averbações seguirão a ordem em que forem 
requeridas, o qual determinará a prioridade e preferência entre elas. O dono do imóvel hipotecado 
pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo ou de 
outro credor. (Art. 1476 CC) 
Mediante simples averbação, requerida por ambas as partes, poderá prorrogar-se a 
hipoteca, até 30 (trinta) anos da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo, só 
poderá subsistir o contrato de hipoteca reconstituindo-se por novo título e novo registro; e, 
nesse caso, lhe será mantida a precedência, que então lhe competir. (Art. 1485 CC) 
 
 
 
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HIPOTECA ALIENAÇÃO FICUCIÁRIA 
-O imóvel é dado em garantia Hipotecária ao Credor 
e produz efeito erga omnes, ou seja, o credor tem o 
direito de perseguir o imóvel nas mãos de quem o 
possuir. 
-O bem hipotecado faz parte do patrimônio do devedor.
-O Devedor tem a posse e a propriedade do bem. e 
o credor tem a preferência sobre outros credores em 
caso da execução da dívida. 
-Em caso de inadimplência o credor deverá ingressar 
com ação de execução com posterior penhora do bem e 
depois levantá-lo em hasta pública – leva muito tempo. 
-Caso o credor não obtenha valor suficiente para 
quitar a dívida, o devedor deve complementar até a 
quitação do saldo total. 
-O devedor poderá constituir mais de uma hipoteca 
sobre o mesmo bem. 
-Não poderá ser hipotecado o bem de família. 
-A hipoteca tem prazo de até 30 anos. 
- É o negócio jurídico onde o devedor pactua a 
transferência ao credor da propriedade resolúvel do 
imóvel. 
-O devedor tem a posse, mas não a propriedade do 
bem. 
-O bem alienado não faz parte do patrimônio do 
devedor. 
-Em caso de inadimplência, o credor converte-se 
automaticamente em proprietário do bem e 
providenciará o leilão extrajudicial em até 30 dias. 
-Se no segundo leilão não for possível arrecadar a 
totalidade da dívida, a obrigação do devedor se 
considerará extinta sendo o imóvel adjudicado. 
- O devedor somente poderá alienar fiduciariamente o 
bem uma única vez. 
-A alienação fiduciária é mais vantajosa para o Credor. 
PENHOR 
Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao 
credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, 
suscetível de alienação. (Art. 1.431 CC.) 
No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas continuam 
em poder do devedor, que as deve guardar e conservar. 
O instrumento do penhor deverá ser levado a registro, por qualquer dos contratantes; o 
do penhor comum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos. 
Direitos do Credor Pignoratício 
 
O credor pignoratício tem direito (Art. 1.433 CC.): 
I - à posse da coisa empenhada; 
II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que 
tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa sua; 
III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada; 
IV- a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir 
expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante procuração; 
V - a apropriar-se dos frutosda coisa empenhada que se encontra em seu poder; 
VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que 
haja receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser 
depositado. O dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo-a, 
ou oferecendo outra garantia real idônea. 
 
O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, 
antes de ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento do proprietário, determinar 
que seja vendida apenas uma das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o 
pagamento do credor. 
O penhor agrícola e o penhor pecuário somente podem ser convencionados, 
respectivamente pelos prazos máximos de três e quatro anos respectivamente, 
prorrogáveis, uma só vez, até o limite de igual tempo. 
 
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Penhor rural: Conforme artigo 1438 do CC constitui-se penhor rural mediante instrumento 
público ou particular, registrado em Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição em que 
estiverem situadas as coisas empenhadas. 
Penhor agrícola: podem ser objeto de penhor agrícola: 1) máquinas e instrumentos de 
agricultura; 2) colheitas pendentes, ou em via de formação; 3) frutos acondicionados ou 
armazenados; 4) lenha cortada e carvão vegetal; 5) animais do serviço ordinário de 
estabelecimento agrícola. 
Penhor Pecuário: Podem ser objeto de penhor os animais que integram a atividade 
pastoril, agrícola ou de laticínios. 
Penhor Industrial e Mercantil: Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, 
materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; 
animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de 
suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e 
produtos industrializados. O instrumento particular ou público deve ser registrado no Cartório 
de Registro de Imóveis. 
Penhor de Direitos e Títulos de Crédito: Podem ser penhorados direitos, títulos de crédito, 
suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis e registrado no Registro de Títulos e 
Documentos. 
Penhor de Veículos: Pelo prazo máximo de dois anos, prorrogável por mais dois, podem 
ser penhorados os veículos empregados em qualquer espécie de transporte ou condução 
mediante registro no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, podendo 
emitir Cédula de Crédito. Devem estar devidamente segurados. 
Penhor Legal: são credores pignoratícios: 1) os hospedeiros, ou fornecedores de pousada 
ou alimento, sobre as bagagens, móveis, joias ou dinheiro que os seus consumidores ou 
fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou 
consumo que aí tiverem feito; 2) o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis 
que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecido o mesmo prédio, pelos alugueis ou rendas. 
 
FIANÇA 
 
A Fiança é uma garantia acessória, unilateral e gratuita. 
 
Uma das diferenças em relação ao aval é que a Fiança é uma obrigação subsidiária 
isto é, goza do benefício de ordem: direito do fiador de exigir que o credor execute antes o 
devedor 
 
A Fiança sempre será em Contratos, nunca em Cambiais. 
 
É retratável. O fiador poderá exonerar-se da obrigação a qualquer tempo se tiver 
duração ilimitada. Fica obrigado por todos os efeitos da fiança pelo prazo de 60 dias após a 
notificação ao credor. 
 
O credor pode exigir outro fiador em caso de morte, insolvência ou incapacidade do 
primeiro. 
 
Os fiadores são solidários entre si exceto no caso em que houver uma clausula com 
o Benefício da Divisão. 
 
No caso do Fiador pagar integralmente a dívida tendo o benefício da Sub-
Rogação fica sub-rogado nos direitos do credor podendo cobrar de cada um dos outros 
fiadores pela respectiva cota. 
 
Conforme artigo 1647 do Código Civil, nenhum dos cônjuges pode, sem 
autorização do outro, exceto no regime de separação absoluta prestar fiança ou aval. 
É a outorga uxória. 
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CARTA DE CRÉDITO: é uma garantia pessoal dada por Instituição Financeira ou 
equivalente a um cliente, com valor e prazos certos. É nominativa e intransferível. 
Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 
 
São títulos que representam cada crédito imobiliário concedido por instituições 
financeiras. Sua função é simplificar e facilitar a negociação dos créditos. 
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI): 
São realizados por SECURITIZADORAS - Instituição não financeira constituída sob a 
forma de sociedade por ações, registrada perante a CVM como companhia aberta, tendo 
por finalidade a aquisição e securitização de créditos imobiliários e a emissão e colocação, 
no mercado financeiro de Certificados de Recebíveis Imobiliários, podendo emitir outros 
títulos de crédito, realizar negócios e prestar serviços compatíveis com as suas atividades. 
As Securitizadoras emitem o TERMO DE SECURITIZAÇÃO que é o documento que 
realiza a vinculação do lastro (créditos imobiliários) aos CRI. São registrados na CVM, 
custodiados na CETIP e quando o CRI é emitido por regime fiduciário, também é registrado 
em Cartório de Registro de Imóveis. 
 
O objetivo de adquirir CRI junto às securitizadoras visa contribuir para o 
desenvolvimento do mercado secundário de títulos, visando ampliar o número de agentes 
que atuam com recursos do FGTS, de forma a viabilizar a concessão de novos 
financiamentos habitacionais, com a consequente produção e geração de novos empregos. 
Letras de Crédito Imobiliário (LCIs): 
 
São títulos de emissão exclusiva de instituições financeiras, tendo como lastro um ou 
mais créditos imobiliários, com garantia hipotecária ou alienação fiduciária. Também 
representam um instrumento de securitização de créditos 
 
Prazo para o registro do contrato pelo comprador. 
 
 A Lei de Registros Públicos estabelece que o prazo para registro dos títulos é, em geral, 
de 30 dias. Para os contratos do SFH, o prazo para registro é de 15 dias. Na falta de registro, 
os contratos de financiamento podem prever o cancelamento da operação pela instituição 
financeira se o contrato registrado não for apresentado no prazo ajustado. 
"Contrato de Gaveta": 
 
É o instrumento particular de compromisso de compra e venda ou de cessão de direitos 
e obrigações celebrado entre o mutuário e um terceiro, sem anuência expressa ou 
conhecimento do agente financeiro, e que não é registrado no Registro de Imóveis. 
Riscos de um "contrato de gaveta": 
 
O comprador corre vários riscos. Um deles diz respeito à cobertura dos seguros. Como 
a operação não é de conhecimento da instituição financiadora, o seguro contratado para quitar 
a dívida nos casos de morte ou invalidez permanente prossegue em nome do mutuário original, 
embora este tenha negociado o imóvel. Por exemplo, se o adquirente por contrato de gaveta 
falecer, sua família ficará desprotegida. 
O vendedor também corre vários riscos. O principal é a eventual interrupção do 
pagamento das prestações mensais pelo comprador, o que poderá causar a inclusão do nome 
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do vendedor nos cadastros de restrição de crédito, além da execução da dívida movida contra 
a sua pessoa. 
5 – PRODUTOS PARA PESSOA FÍSICA 
 
ANÁLISE DO PROPONENTE: o proponente deve ter mais de 18 anos ou ser emancipado 
com 16 anos completos; Possuir capacidade civil e de pagamento; Não ter nome em cadastros 
de devedores, como SERASA e CSPC; 
Deverá apresentar documento oficial de identificação (podendo ser Carteira de Identidade 
emitida pela SSP dos Estados;RIC – Registro Único de Identificação Civil; CNH – novo modelo; 
Passaporte Brasileiro; Cédula de Identidade de Estrangeiro (emitido pelo Ministério da Justiça através 
da Polícia Federal ou MRE); Identidade Militar expedida pelas Forças Armadas ou forças auxiliares 
como Corpo de Bombeiros ou Polícia Militar para seus membrose ou dependentes; e Carteira 
Funcional emitida por repartições públicas ou órgãos de classe dos profissionais liberais que tenham 
fé pública, tais como: OAB, CRECI, CRM) 
CPF que deve estar regular perante a Receita Federal, Comprovante de Estado Civil, 
Comprovante de Renda atualizada conforme a profissão do proponente (Declaração de 
Imposto de Renda, contracheque, holerite, etc) comprovante de endereço. 
ANÁLISE DO IMÓVEL: O imóvel será avaliado por engenheiro credenciado pela Instituição 
financeira para verificar as condições de habitabilidade bem como realizar a avaliação para 
fins de garantia e enquadramento para uso do FGTS, SFH ou SFI. Também será avaliada a 
documentação do imóvel quanto às Certidões Negativas de Ônus, se não há pendências 
com IPTU, Condomínio e se for o caso de Laudêmio. 
ANÁLISE DOS VENDEDORES: além dos documentos de identificação, CPF, estado civil 
dos vendedores são analisadas as situações cadastrais, negativas de ações cíveis, justiça 
federal, declaração de inexistência de débitos condominiais, e se PJ além dos documentos 
constitutivos da Empresa é solicitado Certidão Conjunta da SRF/PGFN, Certidão Negativa de 
Justiça Federal, CRF do FGTS e Certidão Negativa de Débitos- CND do INSS. 
 
LINHAS DE FINANCIAMENTO PARA PESSOA FÍSICA: 
 
Aquisição de Imóvel novo ou usado: financiamento para a compra de imóvel residencial 
ou comercial. 
 
Aquisição de Lote Urbanizado: financiamento para compra de um lote urbanizado (terreno 
dotado de infraestrutura, vias de acesso, soluções para abastecimento de água, energia 
elétrica, esgoto pluvial e sanitário). 
 
Aquisição de Terreno e Construção: financiamento para compra de terreno (lote 
urbanizado) conjuntamente com a construção de imóvel residencial ou comercial. 
 
Construção em Terreno Próprio: financiamento para construção de imóvel residencial ou 
comercial para clientes que já possuam a escritura definitiva do terreno (lote urbanizado). 
 
Reforma e/ou Ampliação: financiamento de obra ou serviços que resultem na melhoria 
e/ou aumento da área construída do imóvel, para clientes com escritura definitiva do imóvel 
residencial ou comercial. 
 
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Mútuo com Garantia Imobiliária- HOME EQUITY 
É uma modalidade de empréstimo pessoal com destinação livre dos recursos que 
possibilita refinanciamento imobiliário e utiliza o imóvel quitado 
do cliente como garantia da operação. Essa forma de crédito ficou conhecida no mercado 
como home equity e consiste na transferência do imóvel para o credor, via instrumento de 
alienação fiduciária. 
 
 O prazo para pagamento do empréstimo é de 10 a 20 anos, dependendo da 
Instituição Financeira com prestações fixas e taxas diferenciadas. O valor do empréstimo 
pode chegar a 60% do valor do imóvel, que deve ser residencial, urbano, quitado e livre de 
ônus. 
 
 
Condições para Uso do FGTS para adquirir e/ou financiar imóvel 
Atualmente o teto para comprar a casa própria com recursos do FGTS é de R$ 750 mil 
nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal e R$ 
650 mil nos demais Estados. 
Condições para uso do FGTS na aquisição da casa própria: 
Ter mais de 3 anos de contribuição no Fundo de Garantia (FGTS); 
Não possuir outro imóvel residencial quitado no município em que reside ou trabalha e no 
munícipio em que está comprando; 
Não possuir financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) em nenhum município 
do país; 
Residir ou trabalhar no município em que está financiando o imóvel. 
No caso de proprietário de Fração Ideal: 
Pode utilizar o FGTS para adquirir outro imóvel no caso da propriedade da fração ideal 
ser igual ou inferior a 40% do total do imóvel. 
Pode ser utilizado o FGTS para compra da fração remanescente, desde que o 
adquirente figure na escritura aquisitiva do imóvel ou contrato de financiamento como 
coproprietário. Neste caso particular, a detenção de fração ideal pode ultrapassar os 40%. 
Como deve ser o imóvel para que possa ser aprovado: 
O imóvel deve estar avaliado dentro dos limites da regra, estar localizado no município 
da residência ou do trabalho da pessoa que vai financiar e apresentar condições de 
habitabilidade. O limite para enquadramento é a avaliação da Instituição Financeira e não o 
valor que comprador e vendedor constarem no contrato. 
Pelas regras do Banco Central, o limite de financiamento não poderá ser superior a 
80% do valor de avaliação do imóvel pela tabela Price. E para financiamentos pelo Sistema de 
Amortização Constante (SAC), o limite atinge os 90% do financiamento. 
Atualmente a Caixa Econômica Federal permite financiar até 90% no sistema SAC e 
70% no sistema Price com redução do prazo máximo. 
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Não é possível utilizar o FGTS para: 
Comprar imóvel comercial; 
Reformar ou aumentar seu imóvel; 
Comprar terrenos sem construção ao mesmo tempo; 
Comprar material de construção; 
Comprar imóveis residenciais para familiares, dependentes ou outras pessoas. 
 
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA – PMCMV 
O Programa Minha Casa Minha Vida, lançado em abril de 2009, é um programa do 
Governo Federal que tem mudado a vida de muitas famílias brasileiras. Em parceria com 
estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos, o programa já entregou mais 
de um milhão de moradias e até 2014 deverão ser construídas mais dois milhões de casas e 
apartamentos. 
Atualmente para as famílias que ganham até R$ 6.500,00 por mês, fica ainda mais 
fácil porque tem descontos e vantagens: redução no valor dos seguros habitacionais, 
prestação de acordo com o que ganha por mês. 
Habitação Urbana 
 Se a família ganha até R$ 1.600,00 por mês, existem duas maneiras de participar do 
programa Minha Casa, Minha Vida: 
1 - Indicação pelo Município ou Governo do Estado/Distrito Federal 
Para quem não tem renda ou possui renda familiar bruta mensal até R$ 1.600,00, 
reside em capital, região metropolitana ou município com população igual ou superior a 50 
mil habitantes e não tem imóvel, pode procurar a Prefeitura da sua cidade. 
As famílias a serem beneficiadas são indicadas e selecionadas pelo município ou 
Governo do Estado/Distrito Federal e deve estar cadastrado no CADÚNICO. A Prefeitura 
inclui, mantém e atualiza esse cadastro. 
A execução das obras do empreendimento é realizada por Construtora contratada 
pela CAIXA, que se responsabiliza pela entrega dos imóveis concluídos e legalizados. 
A casa é financiada em 120 prestações. E o valor das prestações é calculado de 
acordo com a renda familiar, sendo 5% da renda, mas nunca menor que R$ 25,00 e sem 
juros. 
2- Indicação pelas Entidades Organizadoras 
Para quem possui renda familiar mensal bruta até R$ 1.600,00, pode ser beneficiário do 
Programa por meio da indicação de uma Entidade Organizadora habilitada pelo Ministério 
das Cidades, na qual seja associado. 
Além disso, deve estar cadastrado no CADÚNICO. A Prefeitura inclui, mantém e atualiza 
esse cadastro. 
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As entidades podem ser as cooperativas, associações ou entidades da sociedade civil 
sem fins lucrativos, com atribuições de organizar e apoiar as famílias no desenvolvimento de 
cada uma das etapas dos projetos voltados para a solução dos seus problemas 
habitacionais. 
A casa é financiada em 120 prestações. E o valor das prestações é calculado de acordo 
com a sua renda familiar, sendo 5% de sua renda, mas nunca menor que R$ 25,00 e sem 
juros. 
Fontes de recursos do programa 
Recursos do Orçamento Geral da União (OGU) que é aportado ao FAR – Fundo de 
Arrendamento residencial e ao FDS – Fundo de Desenvolvimento Social e Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). 
Quais os subsídios concedidos? 
No âmbito do Minha Casa Minha Vida – Recursos FAR e Recursos FDS, Faixa 1 do 
Programa, os subsídios são concedidos sobre a forma de desconto nas prestaçõesmensais, pois o beneficiário paga mensalmente o valor correspondente a 5% de sua renda 
familiar ou R$ 25, por 120 meses. Os recursos direcionados à moradia variam entre R$ 
49.000 e R$ 76.000, em função da localização e tipologia do imóvel. Para a faixa 1 do Minha 
Casa Minha Vida – Recursos OGU, FDS e FAR, não há cobrança de seguro, no entanto há 
coberturas por morte ou invalidez permanente (MIP) e danos físicos do imóvel (DFI). 
A opção pelo FGHab (faixas 2 e 3) é feita na assinatura do contrato. O fundo cobre 
tanto os casos de MPI e DFI quanto os de perda temporária de renda. 
Para enquadrar os empreendimentos no programa, exige-se a contratação de 
soluções para infraestrutura: abastecimento de água, esgotamento sanitário, 
pavimentação, energia elétrica, iluminação pública e coleta de resíduos sólidos. 
Trata-se do segmento atendido pela faixa 1 – Recursos FAR/OGU, em que os 
subsídios ultrapassam 90% do valor do imóvel, uma vez que as famílias pagam apenas 5% 
de sua renda familiar, com no mínimo R$ 25,00 por mês, durante 120 meses. 
Alterações no MCMV a partir de setembro de 2015: 
A faixa 1 teve aumento da renda de R$ 1.600,00 para R$ 1.800,00 bem como novas 
especificações com vistas a garantir conforto térmico e acústico, com uso de esquadrias 
com sombreamento, maior espessura das paredes, lajes e acréscimo de 2m2 na planta das 
unidades habitacionais. Também incluídos insumos voltados à redução do consumo de 
energia, não obrigatório para as regiões Norte e Nordeste. 
Famílias com renda até R$ 800,00, terão parcela de R$ 80,0; entre R$ 800,00 e R$ 
1.200,0, será de 10% da renda; entre R$ 1.200,00 e R$ 1.600,00, será de 20%. 
A faixa intermediária (1.5) terá subsídio de até R$ 45.000,00 e juros de 5% a.a. 
A partir da Faixa 2 os juros serão: famílias com renda até R$ 2.700,00 juros de 6% 
a.a. ; Famílias com renda até R$ 3.600,00 os juros serão de 7% a.a.; 
Na Faixa 3, quem recebe até R$ 6.500,00 terá juros anuais de 8%; 
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Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR 
É um Programa criado pelo Governo Federal no âmbito do Programa Minha Casa 
Minha Vida, para possibilitar ao agricultor familiar ou ao trabalhador rural o acesso à 
moradia digna. O programa atende a todos os municípios do país e permite a compra de 
material de construção para viabilizar a construção de uma casa nova ou a 
conclusão/reforma e/ou ampliação da moradia já existente. 
Há concessão de subsídio, com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), para 
adquirir material de construção para moradia e distribuído em grupos: 
Grupo 1 - Famílias com renda bruta até R$ 15.000,00 por ano 
Grupo 2 - Famílias com renda bruta de R$ 15.000,01 até R$ 60.000,00 por ano 
 
MINHA CASA MINHA VIDA PARA QUEM POSSUIR RENDA FAMILIAR BRUTA MENSAL 
ATÉ R$6.500,00. 
Programa Nacional de Habitação Urbana, CCFGTS conjugado com o seguro do Fundo 
Garatidor de Habitação FGHab. 
Prazo da amortização – até 360 meses; 
Para beneficiários titulares de conta vinculada do FGTS, com no mínimo 3 anos de trabalho 
sob o regime do FGTS, a taxa nominal de juros será reduzida em 0,5% a.a. 
 
CONDIÇÕES PARA COMPRAR OU CONSTRUIR IMÓVEL PELO PMCMV: 
• Ter mais de 18 anos ou ser emancipado com 16 anos completos; 
• Ser brasileiro ou possuir visto permanente no país; 
• Possuir capacidade civil e de pagamento; 
• Não ter nome em cadastros de devedores, como SERASA e CSPC; 
• O imóvel deve ser novo*; 
• Não ter recebido desconto em financiamento habitacional anterior; 
• Não ser proprietário, cessionário ou não ter compromisso de compra de outro imóvel 
residencial urbano, concluído ou em construção, independente do percentual de 
propriedade, em um dos locais abaixo: 
• no município de domicílio, incluindo os limítrofes e integrantes da mesma região 
metropolitana; 
• no município de exercício de ocupação principal, incluindo os limítrofes e integrantes 
da mesma região metropolitana; 
• no município onde pretende fixar residência. 
Não possuir financiamento habitacional ativo, nas condições estabelecidas para o Sistema 
Financeiro de Habitação (SFH), em qualquer parte do País; 
Não ser titular de direito de aquisição de imóvel residencial urbano, concluído ou em 
construção, onde mora nem onde pretenda morar, inclusive arrendamento; 
A prestação não pode ser maior que 30% da sua renda familiar mensal bruta; 
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Sua renda familiar bruta deve ser até R$ 6.500,00 por mês; 
O imóvel deve ser utilizado para sua moradia; 
Não ter sido beneficiado no PMCMV; 
 (*) Imóvel novo: é aquele construído ou em fase de construção a partir de 26 MAR 
2009 e que tenha: até 180 dias da expedição do "habite-se" ou documento 
equivalente, expedido por órgão municipal competente emitido a partir de 26.03.2009 
ou que tenha ultrapassado 180 dias, mas não foi habitado ou alienado ou doado. 
O QUE VOCÊ PAGA 
Até a contratação 
Taxa de avaliação da proposta de 1,5% sobre o valor do financiamento, no ato da assinatura 
do contrato; 
Primeiras contribuições ao FGHAB. 
 
Durante o financiamento 
Parcela de amortização e juros; 
Contribuições ao FGHAB; 
Taxa de administração, de R$ 25,00 se renda bruta familiar mensal superior a R$ 3.275,00. 
Atualização monetária anual calculada, a cada aniversário do contrato, sobre o saldo 
devedor. 
 
LIMITES DE FINANCIAMENTO 2016 
O valor do imóvel corresponde ao maior valor entre a venda e a compra e depende da 
avaliação da CAIXA e do que você pode pagar por mês: 
Imóvel até R$ 225 mil: no Distrito Federal ou em municípios das regiões metropolitanas ou 
equivalentes dos estados do RJ e SP; 
Imóvel até R$ 200 mil: Regiões metropolitanas do Sul, MG e ES. 
Imóvel até R$ 180 mil: em regiões metropolitanas do Centro-Oeste, Norte e Nordeste; 
Imóvel até R$ 90 mil: cidades com menos de 20.000 habitantes. 
 
6 – SEGUROS E SEGURADORAS 
 
Seguros obrigatórios nos contratos do SFH: 
 
A legislação obriga a contratação de dois seguros: a) quanto aos riscos de morte e 
invalidez permanente do mutuário (MIP); e b) quanto a danos físicos no imóvel financiado 
(DFI). 
Nos financiamentos pelo SFI, a lei obriga apenas à contratação do seguro quanto aos 
riscos de morte ou invalidez permanente do devedor. 
Conforme Resolução CNSP No 205/09, no Art. 2o O Seguro Habitacional tem por objetivo a 
quitação de dívida do segurado correspondente ao saldo devedor vincendo na data do sinistro 
relativa a financiamento para aquisição ou construção de imóvel, em geral, e/ou a reposição do 
imóvel, na ocorrência de sinistro coberto. 
O Seguro Habitacional abrange as seguintes modalidades: 
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I. Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação – SH/SFH; 
II. Seguro Habitacional em Apólices de Mercado – SH/AM. 
O seguro referido no inciso I caracteriza-se por possuir apólice única para todas as 
sociedades seguradoras, que somente pode ser alterada pelo Conselho Curador do Fundo de 
Compensação de Variações Salariais – CCFCVS, tendo seu equilíbrio garantido pelo Governo 
Federal, através do FCVS, nos termos do Decreto-Lei No 2.476, de 16 de setembro de 1988, 
com a redação dada pela Lei No 7.682, de 02 de dezembro de 1988. 
O seguro referido no inciso II caracteriza-se por ter suas coberturas em apólices de 
mercado, sendo as sociedades seguradoras privadas responsáveis pela gestão das 
respectivas carteiras, nos termos da legislação e regulamentação vigentes. 
Somente poderão ser incluídas na apólice a que se refere o §1º deste artigo as 
operações relacionadas a financiamentos concedidos no âmbito do Sistema Financeiro da 
Habitação – SFH, nos termos da legislação vigente. 
É vedada a transferência de risco originalmente coberto pelo SH/AM para o SH/SFH. 
Inclui-se na vedação de que trata o caput, o retorno de risco originalmente coberto pelo 
SH/SFH, que tenha sido migrado para apólice do SH/AM. 
Das Coberturas do Seguro 
A cobertura dos riscos de MIP deveráobservar o previsto nesta Resolução e respectiva 
regulamentação e, nos casos omissos, as normas relativas aos seguros de pessoas: 
I. morte - aquela decorrente de causas naturais ou acidentais. 
II. invalidez permanente - aquela que ocorrer em data posterior à data da assinatura do 
contrato de financiamento do imóvel, causada por acidente pessoal ou doença, que determine 
a incapacidade total e permanente para o exercício da atividade laborativa principal do 
segurado, no momento do sinistro. 
Para a regulação de sinistro de invalidez permanente, ressalvado o disposto no 
parágrafo 5º deste artigo, é vedado condicionar o pagamento da indenização à impossibilidade 
do exercício, pelo segurado, de toda e qualquer atividade laborativa. 
Não haverá cobertura para os riscos de MIP decorrentes e/ou relacionados à doença 
manifesta em data anterior à assinatura do contrato de financiamento, de conhecimento 
do segurado e não declarada na proposta do seguro, bem como decorrentes de eventos 
comprovadamente resultantes de acidente pessoal, ocorrido em data anterior à da assinatura 
do referido contrato. 
Nos casos em que o segurado se encontrar em gozo de benefício previdenciário de 
invalidez considerar-se-á coberto apenas o risco de morte. 
Nos casos em que o segurado não exercer qualquer atividade laborativa considerar-se-
á coberto, além do risco de morte, o risco de invalidez permanente causada por acidente 
pessoal ou doença, que determine a incapacidade total e permanente para o exercício de toda 
e qualquer atividade laborativa. 
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A cobertura dos riscos de DFI deverá observar o previsto nesta Resolução e respectiva 
regulamentação e, nos casos omissos, as normas relativas aos seguros de danos: 
I. incêndio, raio ou explosão; 
II. vendaval; 
III. desmoronamento total; 
IV. desmoronamento parcial, assim entendido a destruição ou desabamento de paredes, vigas 
ou outro elemento estrutural; 
V. ameaça de desmoronamento, devidamente comprovada; 
VI. destelhamento; e 
VII. inundação ou alagamento, ainda que decorrente de chuva. 
Caso haja necessidade de desocupação do imóvel por inabitabilidade, em decorrência 
de sinistro coberto pela seguradora nos riscos de DFI, deverá ser prevista indenização, 
correspondente aos encargos mensais do financiamento. 
 
Limite Máximo de Garantia 
O limite máximo de garantia correspondente à cobertura dos riscos de MIP consistirá, a 
cada mês, do valor do saldo devedor do financiamento do imóvel, consideradas pagas todas as 
prestações vencidas. 
O limite máximo de garantia correspondente à cobertura dos riscos de DFI consistirá, a 
qualquer tempo, do valor da avaliação inicial do imóvel, que serviu de base para a operação de 
financiamento, devidamente atualizado com base no índice convencionado no contrato de 
seguro. 
O índice convencionado no contrato de seguro deverá ser igual ao estabelecido no 
contrato de financiamento. 
No caso de contratos de financiamento sem previsão de cláusula de atualização, o valor 
de avaliação inicial do imóvel será atualizado com base no índice e periodicidade definidos no 
respectivo contrato de seguro. 
Das Indenizações 
 Para a cobertura dos riscos de MIP, a indenização corresponderá à quantia necessária 
à quitação total do financiamento, assim entendido o saldo devedor vincendo, na data do 
sinistro. 
As indenizações deverão ser realizadas sob a forma de pagamento único. 
Caso haja mais de um segurado na composição de renda para fins de seguro, o valor 
da indenização será proporcional ao percentual de responsabilidade correspondente ao 
Segurado que tenha falecido ou se tornado inválido, prevalecendo o percentual vigente na data 
do sinistro. 
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Na hipótese de liquidação parcial da dívida, o seguro de MIP será mantido para os 
demais componentes da renda, relativamente à divida remanescente. 
Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab) 
O Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab) é um fundo privado constituído 
em 19/05/2009 com patrimônio próprio divido em cotas, com prazo indeterminado, regido 
por Estatuto específico e pelas disposições legais e regulamentares que lhe forem 
aplicáveis. O FGHab não pagará rendimentos ao seus cotistas. Cabe à Caixa Econômica 
Federal (CAIXA) administrar, gerir e representar judicialmente o FGHab 
O objetivo principal do FHGab é prestar garantia para financiamentos habitacionais 
contratados exclusivamente no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), com 
recursos oriundos do FGTS. O FGHab tem por finalidade: 
I. Garantir o pagamento aos agentes financeiros de prestação mensal de financiamento 
habitacional no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, devida por mutuário final, em 
caso de desemprego e redução temporária da capacidade de pagamento; Garantia por 
Desemprego ou RTCP (A Garantia por Perda de Renda não se aplica às operações de 
financiamento contratadas no âmbito do PNHR) A garantia por Perda de Renda trata-se de 
um empréstimo por conta do FGHab concedido pelo Agente Financeiro ao mutuário para 
pagamento de prestações do financiamento habitacional, em caso de desemprego ou 
RTCP. A concessão do empréstimo ao mutuário consiste na quitação de 03 prestações 
consecutivas do financiamento pelo Agente Financeiro a cada solicitação do mutuário. 
II. Assumir o saldo devedor do financiamento imobiliário, em caso de morte e invalidez 
permanente (MIP), e as despesas de recuperação relativas a danos físicos ao imóvel (DFI). 
Quando o imóvel é financiado por mais de uma pessoa (composição da renda), a quitação pode ser 
apenas parcial; Não há cobertura para os riscos de invalidez permanente decorrente e/ou 
relacionada à doença manifesta em data anterior à assinatura do contrato de financiamento; Perda 
de mais de 30% da renda familiar, na data da solicitação do comprador para a concessão do 
empréstimo por conta do FGHab; Perda do emprego. Já pagou seis ou mais prestações do contrato; 
Está em dia com todas as prestações nos meses anteriores à solicitação; Solicita por escrito o 
“empréstimo” à CAIXA, comprovando o desemprego ou a perda de renda; 
O requerimento deve ser refeito a cada três prestações cobertas pelo FGHab. Cada vez que você 
utiliza o FGHab por perda de renda ou desemprego, deve pagar 5% do valor do encargo mensal; O 
FGHab, em caso de desemprego ou perda de renda familiar, pode ser utilizado pelo prazo máximo de 
36 meses. Esse prazo será calculado de acordo com a renda familiar bruta; As prestações pagas pelo 
fundo deverão ser pagas por você com juros e correção monetária no final do período de utilização 
ou após 12 meses contados da última prestação assumida. 
 
SEGURO RISCO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DO CONSTRUTOR 
OBJETO DO SEGURO: A cobertura aplica-se à responsabilidade civil dos Segurados por 
danos pessoais ou materiais causados a terceiros. 
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SEGURADO: É Segurado todo construtor responsável por execução de obra, construção ou 
reforma, objeto de financiamento vinculado aos programas do SFH. Considera-se também 
Segurado a pessoa física ou jurídica que esteja executando suas funções dentro do 
perímetro da obra. 
RISCO COBERTO: Estão cobertos os riscos que possam ocasionar danos pessoais ou 
materiais a terceiros em consequência de execução de obra especificada em contrato de 
financiamento, de empreitada ou de empréstimo firmado pelo Estipulante. 
IMPORTÂNCIA SEGURADA: A importância segurada por esta Apólice é de R$ 93.333,33 
(noventa e três mil, trezentos e trinta e três reais e trinta e três centavos), para cada edifício 
ou para cada conjunto de unidades horizontais. 
PRÊMIO: O prêmio do seguro de Responsabilidade Civil do Construtor será pago de uma só 
vez e antecipadamente, e será calculado do seguinte modo: 
 a) nas construções verticais, para cada edifício, R$ 1,87 (um real e oitenta e sete centavos),multiplicados pelo número de pavimentos e pelo número de meses estimados para a 
execução da obra; 
 b) nas construções horizontais, R$ 0,18 (dezoito centavos de real), multiplicados pelo 
número de unidades previstas no projeto da obra e pelo número de meses estimados para a 
sua execução. 
Em qualquer hipótese, o prêmio mínimo devido é de R$ 9,33 e o prêmio máximo de R$ 
466,67. 
Remuneração do valor a ser transferido ao Vendedor 
Conforme Resolução 3706/09, art. 2º As instituições financeiras, nas operações de 
financiamento para aquisição de imóvel, devem aplicar ao valor a ser transferido ao vendedor 
do imóvel, desde a data da assinatura do respectivo contrato até a data da efetiva liberação 
dos recursos, juros e atualização monetário equivalente à dos depósitos de poupança, prevista 
nos arts. 12 da Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991, e 7º da Lei nº 8.660, de 28 de maio de 
1993, “pro rata temporis”. 
O valor de deve ser mantido em conta de controle da própria instituição, vinculada à 
operação, em nome do vendedor, desde a data da assinatura do contrato de financiamento até 
a data da efetiva liberação dos recursos. 
 
REGISTRO PÚBLICO DE CONTRATOS 
 Uma vez protocolizados todos os documentos necessários à averbação ou ao registro 
dos atos e dos títulos a que se refere esta Lei e a Lei no 9.514, de 1997, o oficial de Registro 
de Imóveis procederá ao registro ou à averbação, dentro do prazo de quinze dias. 
 Nas operações envolvendo recursos do Sistema Financeiro da Habitação e do 
Sistema Financeiro Imobiliário, relacionadas com a moradia, é vedado cobrar do mutuário a 
elaboração de instrumento contratual particular, ainda que com força de escritura pública. 
Lei 6015/73 dos Registros Públicos (artigos 188 a 192) 
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 Protocolizado o título, proceder-se-á ao registro, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, 
salvo nos casos previstos nos artigos seguintes. 
Apresentado título de segunda hipoteca, com referência expressa à existência de outra anterior, 
o oficial, depois de prenotá-lo, aguardará durante 30 (trinta) dias que os interessados na primeira 
promovam a inscrição. Esgotado esse prazo, que correrá da data da prenotação, sem que seja 
apresentado o título anterior, o segundo será inscrito e obterá preferência sobre aquele. 
Não serão registrados, no mesmo dia, títulos pelos quais se constituam direitos reais 
contraditórios sobre o mesmo imóvel. 
Prevalecerão, para efeito de prioridade de registro, quando apresentados no mesmo dia, os 
títulos prenotados no Protocolo sob número de ordem mais baixo, protelando-se o registro dos 
apresentados posteriormente, pelo prazo correspondente a, pelo menos, um dia útil. 
PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA NAS GARANTIAS HIPOTECÁRIAS 
Opção pelo DL 70/66 
Vencida e não paga a dívida hipotecária, no todo ou em parte, o credor que houver preferido 
executá-la de acordo com este decreto-lei formalizará ao agente fiduciário a solicitação de execução 
da dívida, instruindo-a com os seguintes documentos: 
 I - o título da dívida devidamente registrado; 
 II - a indicação discriminada do valor das prestações e encargos não pagos; 
 III - o demonstrativo do saldo devedor discriminando as parcelas relativas a principal, juros, 
multa e outros encargos contratuais e legais; e 
 IV - cópia dos avisos reclamando pagamento da dívida, expedidos segundo instruções 
regulamentares relativas ao SFH. 
 § 1º Recebida a solicitação da execução da dívida, o agente fiduciário, nos dez dias 
subsequentes, promoverá a notificação do devedor, por intermédio de Cartório de Títulos e 
Documentos, concedendo-lhe o prazo de vinte dias para a purgação da mora. 
 § 2º Quando o devedor se encontrar em lugar incerto ou não sabido, o oficial certificará o fato, 
cabendo, então, ao agente fiduciário promover a notificação por edital, publicado por três dias, pelo 
menos, em um dos jornais de maior circulação local, ou noutro de comarca de fácil acesso, se no 
local não houver imprensa diária. 
 Não acudindo o devedor à purgação do débito, o agente fiduciário estará de pleno direito 
autorizado a publicar editais e a efetuar no decurso dos 15 (quinze) dias imediatos, o primeiro público 
leilão do imóvel hipotecado. 
Opção pela Execução da Dívida ou Ação Executiva: 
Conforme Art . 1º da Lei 5.741/71 para a cobrança de crédito hipotecário vinculado ao Sistema 
Financeiro da Habitação, é lícito ao credor promover a execução de que tratam os artigos 31 e 32 do 
Decreto-lei nº 70/66 acima ou ajuizar a ação executiva na forma da lei. 
Se optar pela ação executiva o devedor será citado para pagar o valor do crédito reclamado ou 
depositá-lo em juízo no prazo de vinte e quatro horas, sob pena de lhe ser penhorado o imóvel 
hipotecado. 
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Se o executado não pagar a dívida indicada no inciso II do art. 2º, acrescida das custas e 
honorários de advogado ou não depositar o saldo devedor, efetuar-se-á penhora do imóvel 
hipotecado, sendo nomeado depositário o exequente ou quem este indicar. 
O executado poderá opor embargos no prazo de dez (10) dias contados da penhora e que serão 
recebidos com efeito suspensivo, desde que alegue e prove: 
I - que depositou por inteiro a importância reclamada na inicial; 
II - que resgatou a dívida, oferecendo desde logo a prova da quitação. 
Rejeitados os embargos referidos no caput do artigo anterior, o juiz ordenará a venda do imóvel 
hipotecado em praça pública por preço não inferior do saldo devedor expedindo-se edital pelo prazo 
de 10 (dez) dias. 
7 – CUSTOS E TRIBUTAÇÃO 
TARIFAS BANCÁRIAS 
As despesas iniciais cobradas pelas Instituições Financeiras em geral estão definidas 
abaixo e podem ser incorporadas ao valor do financiamento e cobradas diferentemente no 
SFI e SFH: 
Sistema Financeiro Imobiliária - SFI 
• Tarifa de Avaliação da Garantia ou de Avaliação do Imóvel: é paga para cobrir os custos com 
a avaliação do imóvel que tem por finalidade definir o valor da garantia e do financiamento. 
• Tarifa de Avaliação Jurídica da Garantia e custas com Certidões Cartorárias. 
• Tarifa de Administração ou Tarifa de Serviços Administrativos: É cobrada mensalmente 
junto com as prestações do financiamento, com objetivo de ressarcir os custos de 
administração desse contrato. 
• IOF - Para Imóveis comerciais há a incidência de IOF Crédito (Percentual Máximo de 
1,88% sobre o valor do crédito). 
Sistema Financeiro da Habitação - SFH 
• Tarifa de Avaliação de Bens Recebidos em Garantia no caso de aquisição de imóvel e 
• Tarifa de Acompanhamento da operação no caso de construção de imóvel residencial 
• Taxa de Administração ou Tarifa de Serviços Administrativos: É cobrada mensalmente 
junto com as prestações do financiamento, com objetivo de ressarcir os custos de 
administração desse contrato. 
Compra Direta de Imóvel Residencial com FGTS 
• Tarifa de Intermediação ou de Aquisição à vista com utilização do FGTS: Nos casos de 
aquisição de imóvel à vista com utilização do FGTS, sem financiamento associado, será 
cobrada uma tarifa referente à intermediação da operação de movimentação da conta 
vinculada do FGTS. 
IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS - ITBI 
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Também conhecido como ITIV (Imposto de Transmissão Inter Vivos) é o imposto 
cobrado pela Prefeitura à taxa de até 3% do valor do imóvel dependendo da cidade em que 
está localizado. 
Quando a aquisição do imóvel for via SFH ou utilização do FGTS há desconto no 
percentual ficando em 0,5% do valor do imóvel. 
Em algumas regiões também há desconto quando for o primeiro imóvel que está 
sendo adquirido. 
LAUDÊMIO 
Laudêmio é uma taxa a ser paga à União quando de uma transação com escritura 
definitiva de compra e venda, em terrenos de marinha e corresponde a 5% do valor do 
terreno e benfeitorias. 
 
São terrenosde marinha, em uma profundidade de 33 metros, medidos horizontalmente para a parte da 
terra, da posição da linha do preamar médio do ano de 1831: 
a) Os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a 
influência das marés; 
b) Os que contornam as ilhas, situados em zonas onde se faça sentir a influência das marés; 
 
Os possuidores de imóveis localizados em áreas de marinha dividem-se em dois 
tipos: OCUPANTES (tem apenas o direito de ocupação e são a maioria) e os FOREIROS 
(os que têm contratos de foro e possuem mais direitos que o ocupante, pois têm também o 
domínio útil) - estão incluídos nessas categorias os moradores da orla da praia de Santos e 
de outras cidades paulistas. 
 
O comprador, ao adquirir um imóvel situado em terreno de marinha, além das 
precauções normais que deve tomar quando adquire um imóvel, deverá, também, verificar 
se o vendedor já está inscrito e, consequentemente, já tem o RIP (Registro Imobiliário 
Patrimonial) no Departamento do Patrimônio da União. 
 
ESCRITURA PÚBLICA 
É cobrado pelo Tabelionato de Notas quando realiza a Escritura Pública com 
aquisição em dinheiro sem financiamento via Instituição Financeira. O valor é tabelado e 
varia de estado para estado e de acordo com o valor do imóvel. 
Quando for aquisição de imóvel via Instituição Financeira não há cobrança pelo 
Tabelionato porque o contrato com o Banco tem força de Escritura Pública. 
REGISTRO DE IMÓVEIS 
 É o valor pago para registrar o contrato no Cartório de Registro de Imóveis cujo valor 
também é tabelado e varia de estado para estado. É a última etapa na escrituração da 
aquisição do imóvel e constituição da garantia a favor da Instituição Financeira. 
 
8 – CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. 
28 
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Conteúdo específico para Certificação CA 300 e CA600 
TÍTULO I - Dos Direitos do Consumidor 
CAPÍTULO I - Disposições Gerais 
 Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem 
pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição 
Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. 
 Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final. 
 Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, 
que haja intervindo nas relações de consumo. 
 Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem 
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços. 
 § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
 § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, 
inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações 
de caráter trabalhista. 
CAPÍTULO II - CAPÍTULO II 
Da Política Nacional de Relações de Consumo 
 Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das 
necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus 
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das 
relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 
21.3.1995) 
 I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; 
 II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: 
 a) por iniciativa direta; 
 b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; 
 c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
 d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, 
durabilidade e desempenho. 
 III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização 
da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo 
a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), 
sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; 
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 IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, 
com vistas à melhoria do mercado de consumo; 
 V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e 
segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de 
consumo; 
 VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, 
inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e 
nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; 
 VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; 
 VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. 
CAPÍTULO III - Dos Direitos Básicos do Consumidor 
 Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
 I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
 II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a 
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; 
 III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação 
correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que 
apresentem; 
 IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou 
desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e 
serviços; 
 V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua 
revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; 
 VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e 
difusos; 
 VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de 
danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, 
administrativa e técnica aos necessitados; 
 VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu 
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; IX - (Vetado); 
 X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
 Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou 
convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de 
regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem 
dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. 
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 Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela 
reparação dos danos previstos nas normas de consumo. 
SEÇÃO II - Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço 
 Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção,

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