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Relatório --- Arquitetura Pós-Moderna.docx

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Arquitetura Pós-Moderna
Beatriz Catani, Izabela Camporezi, Ranielly Alcantara| Arquitetura e Urbanismo | História da Arte e da Arquitetura IV | 11/06
Introdução
Este relatório tem como objetivo de caracterizar a teoria da Arquitetura Pós-Moderna e juntamente analisar o conjunto de obras dos arquitetos da época. Está dividido em quatro capítulos, o primeiro sobre o populismo arquitetônico, o segundo sobre o historicismo, o terceiro sobre os conceitos de racionalismo, e por último sobre o estruturalismo. Filho da arquitetura moderna, o racionalismo foi um dos conceitos a entrar em crise após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), conceitos definidos como movimentos empobrecedores das complexidades e qualidades da realidade da época, juntamente com o capitalismo, sistema que limita as coisas à absoluta utilidade e a determinação econômica. Diante da padronização da sociedade industrialista, surgiu uma arquitetura que veio a ser conhecida como pós-modernismo, teve início nos Estados Unidos e depois em todo mundo industrializado, a partir da década de 60, e perdurou até o início da década de 90. Seu auge é associado à década de 80, com os principais protagonistas Robert Venturi, Philip Johnson, Aldo Rossi e Frank Ghery. Este “pós”-moderno é um termo para abranger uma série de propostas arquitetônicas, onde prevalece o impacto visual, com o objetivo de estabelecer críticas a arquitetura moderna devido ao excesso de funcionalidade, aos conceitos de “menos é mais” e de que a forma seguia a função. Percebemos a repercussão ao ler esse trecho do livro Condição Pós-Moderna de David Harvey.Fig 1.1. Pruitt-Igoe
“No tocante à arquitetura, por exemplo, Charles Jencks data o final simbólico do modernismo e a passagem para o pós-moderno de 15h32m de 15 de julho de 1972, quando o projeto de desenvolvimento da habitação de Pruitt-Igoe de St Louis (uma versão premiada da “máquina para a vida moderna” de Le Corbusier), foi dinamitado como um ambiente inabitável para as pessoas de baixa renda que abrigava. Fig1.1 | Fig1.2. [...] O centro dessa obra, como diz o seu título, era insistir que os arquitetos tinham mais a aprender com o estudo de paisagens populares e comerciais (como as do subúrbios e locais de concentração de comércio) do que com a busca de ideais abstratos, teóricos e doutrinários. Era hora, diziam os autores, de construir para as pessoas, e não para o Homem. As torres de vidro, os blocos de concreto e as lajes de aço que pareciam destinadas a dominar todas as paisagens urbanas de Paris, Tóquio e do Rio a Montreal, denunciando todo ornamento como crime, todo individualismo como sentimentalismo e todo romantismo como kitsch, foram progressivamente sendo substituídos por blocos-torre ornamentados, praças medievais e vilas de pesca de imitação, habitações projetadas para as necessidades dos habitantes, fábricas e armazéns renovados e paisagens de toda espécie reabilitadas, tudo em nome da defesa de um ambiente urbano mais “satisfatório.”
Fig 1.2. Demolição do Pruitt-Igoe
POPULISMO
Na segunda metade do séc. XX, o livro organizado pelo historiador Jorge Ferreira, apresenta um dos mais importantes debates das ciências sociais e da vida política brasileira. Geralmente é utilizado para designar um conjunto de práticas políticas para desenvolver uma relação direta com as massas e uma liderança, pois esse movimento não existe se não houver uma grande popularidade e carisma do líder. Este conceito é adequadamente utilizado na arquitetura, por FRAMPTON, Kenneth, para explicar um pouco da arquitetura pós-moderna: 
“Nenhum estudo sobre os avanços recentes da arquitetura pode deixar de mencionar o papel ambivalente que a profissão vem desempenhando desde meados dos anos 1960 – ambivalente não só no sentido de que, enquanto afirma ter a sua atuação voltada para o interesse público, tem às vezes concorrido, sem espírito crítico, para reforçar o domínio de uma tecnologia otimizada, mas também no sentido de que muitos de seus membros mais inteligentes abandonaram a prática tradicional, tanto para dedicar-se à ação social direta quanto para entregar-se à projeção da arquitetura como uma forma de arte. No que diz respeito a este último aspecto, é impossível deixar de vê-lo como a volta de uma criatividade reprimida, como a implosão da utopia sobre si mesma.”. 
 Enquanto as forças da modernização do início do século XX tendiam a obscurecer diferenças locais e regionais, o pós-modernismo concentra-se nessas diferenças e traz para o primeiro plano o que fora marginalizado, com a finalidade de dar atenção as vozes que tradicionalmente não têm sido ouvidas. Ocorre uma recuperação romântica da preocupação pela relação do homem e suas obras com a natureza, considerando uma grande importância das ciências sociais, que tratam o homem nas suas distintas facetas: sociologia, antropologia, economia social, psicologia social, etc. Neste sentido, a revalorização da vida cotidiana e da psicologia dos usuários irá assumindo um papel predominante nas ideias dos arquitetos. O regionalismo crítico de Frampton procura a possibilidade do habitar numa arquitetura que tenha mais significado de experiência, defendendo sua peculiar sensibilidade à luz, ao vento e às condições térmicas, que dita uma resposta arquitetônica adaptada ao lugar específico. 
Os arquitetos pós-modernos podem, em consequência, aceitar com mais facilidade o desafio de se comunicar com grupos distintos de clientes de maneira personalizada. Charles Jencks, teórico de arquitetura americana, diz que eles estão muito preocupados com marcas de status, com a história, o comércio e o conforto, e dispostos a aceitar os gostos que os modernistas tendiam a considerar comuns e banais, assim a arquitetura pós-moderna pode ser considerada aquela que não deseja impor soluções, e sim o perigo de atender apenas as necessidades do consumidor rico e privado, e não do consumidor pobre e público. Os populistas não conseguem reconhecer a diversidade que é o povo nem, em consequência, como os seus componentes precisam de proteção um dos outros. A famosa chamada “terceira geração” seria formada por esses arquitetos pós-modernistas, nascidos a partir de 1900, e que começaram uma atividade arquitetônica destacável por volta de 1945-1950, sendo um dos principais deles como, Robert Venturi (1925) e Aldo Rossi (1931-1997). Ambos se voltaram para o passado arquitetônico como ferramenta para desenvolver à arquitetura sua responsabilidade pública histórica. Rejeitavam o funcionalismo e a ideia de alguns arquitetos modernistas de que “a forma segue a função”. Robert Charles Venturi, arquiteto norte-americano, em 1966 lança seu mais famoso e polêmico livro “Complexidade e Contradição”, onde ele dá ênfase na fachada, em elementos históricos, no jogo complexo de materiais e alusões históricas e Aprendendo de Las Vegas em 1972 que apresenta como um tratado sobre simbolismo na arquitetura. Para Venturi, a Casa Vanna Venturi, em que ele projetou para a mãe em 1964, ela é capaz de reconhecer as complexidades e contradições: ser complexa e ao mesmo tempo simples, e é um dos melhores exemplares da Arquitetura Pop. 
Fig 1.3|1.4 Casa Vanna Venturi, Chestnut Hill, Pensilvânia, 1964. Fachada e planta baixa
A ferramenta que Venturi usou, foi o ecletismo para fazer a crítica do modernismo americano, numa sociedade em que a experiência cultural mais extensa é determinada pela sensibilidade individual e não pela tradição urbana. Ele apelava à sensibilidade do público bem informado sobre arquitetura e não à massa do público, apesar de suas afirmações polêmicas, populistas e ecléticas em nome do populismo, parecem, pouco mais que do gosto pessoal do arquiteto e sua capacidade de convencer uma classe de clientes ricos a aceita-lo. Inclusive, a modesta casa de Vanna Venturi, anunciou uma tendência que logo encontraria seguidores nos projetos habitacionais nos Estados Unidos. Ele e sua parceira Denise Scott defenderam, nas décadas de 70 e 80, que a tarefa do arquiteto era transmitir significadoao público, seja no projeto residencial, ou em um projeto público. 
Aldo Rossi, arquiteto e teórico italiano, em sua obra “Arquitetura da Cidade”, não combateu as cidades americanas devastadas pela renovação urbana, mas sim as cidades europeias que sofriam as consequências da guerra e da reurbanização do pós-guerra. Seu estudo sobre a morfologia e a tipologia urbanas, tomadas como integrantes da arquitetura da cidade, Rossi, neste livro, fala um pouco de arquitetura e de arquitetos, que afirma a necessidade de um diálogo entre a antropologia, a psicologia, a geografia, a arte, a economia, a história e a política. Para Rossi, os tipos de construção eram vistos como elementos enraizados nos costumes e hábitos de cidades específicas, e não como algo independente das condições históricas, e ele não pedia repetições, mas sim adaptações criativas baseadas na identidade de cada cidade. Um exemplo é a Prefeitura de Borgoricco (1982), baseando-se em tradições rurais, urbanas e arquitetônicas. Localizada num campo com casas espalhadas pelas fazendas, expressa-se nas formas compactas e muito diferenciadas de um prédio público urbano. Ao compararmos mais de perto as posições de Venturi e Rossi, para ambos, o desafio da arquitetura ultrapassa, e ao mesmo tempo, engloba as características dos arquitetos enquanto indivíduos. E enfim, o centro de seus argumentos, era que a arquitetura deveria transmitir significado. 
Fig 1.5|1.6 Aldo Rossi, projeto para a Prefeitura, Borgoricco, Itália, 1982
Fig 1.6 
		Para concluirmos, o argumento central era que os arquitetos poderiam aprender muito com o estudo das paisagens populares e comerciais, mais do que os conceitos doutrinários, teóricos e abstratos. O ornamento não deveria constituir um crime, assim o kitsch era bem-vindo a sociedade. É um estilo bastante controverso, e o termo é utilizado para categorizar objetos de valor estético distorcido ou exagerado. Enquanto o ecletismo aplica dois estilos de maneira coerente, o kitsch mistura aleatoriamente muitos estilos de uma vez só. Não encontramos esse estilo em uma classe específica, mas sim, entre pobres e ricos. É um fenômeno que auxilia no consumismo desenfreado, o que levou uma vulgarização das artes, rompendo fronteiras entre o belo e o feio. Inclui a reutilização de móveis, cópia de elementos tradicionais, produção em série, objetos com apelos dramáticos, eróticos, exagerados e sentimentais. 
Fig 1.8 “O Pato”, o exterior mostra o que acontece no interior.
Fig 1.7 Loja Randys Donuts, um “Galpão decorado”
HISTORICISMO
A história da história da arquitetura do séc. XIX, permite compreender melhor as fontes das nossas próprias concepções históricas do período contemporâneo, concepções moldadas pelos primeiros historiadores do movimento moderno, que estavam mais interessados em fabricar conceitos para os futuros arquitetos e artistas do séc. XX, do que compreender o passado. Do outro lado, os estudos da arquitetura do séc. XIX tiveram uma viravolta com grandes consequências para a pesquisa em história da arquitetura nos últimos períodos até os dias atuais. Dependendo da época e do arquiteto, a arquitetura historicista foi mais ou menos fiel aos modelos do passado, sendo assim, alguns arquitetos tentavam reproduzir fielmente os modelos antigos, enquanto que outros foram menos precisos. 
O fato de ter sido possível levantar essa questão mostra que o modernismo perdeu o controle fortemente sobre o campo da arte e da arquitetura, o que abriu espaço para diversas perspectivas teóricas e formas de expressão. Historicismo ou Revivalismo, começa no séc. XVIII e pode ser definido como a tendência de se inspirar em uma ou diversas épocas passadas, entre eles Neoclassicismo, Neogótico e Neo-romântico, na qual a preocupação dos artistas e arquitetos se voltou para “uma história das influências”. No livro de NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura, diz: 
“Os arquitetos historicistas pós-modernos utilizam-se de elementos estilo clássico e de outros estilos do passado por meio de práticas artísticas como a colagem, o pastiche ou verdadeiras reconstruções, sinal de que consideram essas formas superiores às contemporâneas em função das associações e significados que comportam. ” 
Fig 1.9|1.10 Philip Johnson, Edifício AT&T, Eua. Um dos grandes representantes da Pós-Modernidade na Arquitetura
A necessidade de reescrever a história ocorreu como uma urgência, para isso, contribuíram os movimentos de vanguardas artísticas no início do séc. XX, lançados por grupos de artistas plásticos, arquitetos e filósofos. Essa abordagem pós-moderna buscam uma ruptura radical com a modernidade, e dão propostas alternativas, tanto para o futuro, com o objetivo de adquirir visões críticas, como voltadas para o passado, que deseja estender ou completar a tradição cultural moderna, ou seja, os pós-modernos dão continuidade a muitas ideias do modernismo, mas num esforço para transformá-lo. Um dos principais arquitetos desse movimento foi Philip Johnson (1906-2005), norteamericano. Durante os anos trinta é considerado um dos principais impulsores da arquitetura moderna mediante a simplificação e as regras do ‘Estilo Internacional’, a partir dos anos cinquenta se compromete com as primeiras manifestações ao ecletismo e ao historicismo. Como uns dos pais da arquitetura moderna, foi responsável por popularizar os chamados arranha-céus ‘caixa de vidro’. Uma das principais obras dele, que tem características historicistas, foi a American Telephone ans Telegraph (AT & T) Building, localizada em Nova Yorque e foi concluída em 1982. Nesta obra, Johnson aplica firmemente os elementos clássicos e os elementos modernos. A base desta obra encontramos visualmente o Arco de Triunfo romano, com sua marcante característica de arco de entrada e o frontão com um círculo cortante e assim, torna possível distinguir as divisões do edifício em base, corpo e coroamento. No Brasil, talvez o exemplo mais conhecido seja o edifício Rio Branco no Rio de Janeiro, projeto de Edison Musa, que repete o uso do frontão. Assim embora o Modernismo tenha praticado um corte que deu à cidade momentos importantes na história da arquitetura do país, e edificações que lhe engrandece a paisagem urbana, o historicismo tem presença cultural muito forte e prestigiosa. 
RACIONALISMO 
O termo racionalismo corresponde a uma tendência introduzida na Europa, no início do sec. XX, que mantém forte compromisso com a estética cubista. A experiência da Bauhaus é decisiva para o desenvolvimento racionalista no campo da arquitetura. O racionalismo está ligado ao fim do historicismo, na medida em que os métodos empregados pelo primeiro, prevê a racionalização crítica dos processos criativos, partindo de uma base abstrata. Desta maneira, a ‘morte’ do historicismo, está diretamente relacionada com a ‘morte’ da arte romântica, aquela que se revelou frágil, porque os seus ideais eram a junção entre o passado e o presente, no entanto, o presente era algo temível e difícil de aceitar, e o passado revelava leituras que poderiam contradizer o presente. 
Neste tópico queremos nos focar na transição que o conceito de racionalidade sofreu na virada da modernidade para a pós-modernidade. A pós-modernidade se assume em face à modernidade, não como uma continuação progressiva de conceitos e projetos, mas numa dinâmica de profunda descontinuidade. A modernidade designa certa dinâmica cultural, em suas variadas expressões e estilos, como artes plásticas, artes visuais, teatro, música, poesia, cinema e literatura. Caracteriza, sobretudo, por uma nova relação entre o homem e a realidade que o circunda. 
Com características formais e estéticas modernas, podemos lembrar de um dos mestres da arquitetura, Ludwing Mies Van Der Rohe (1886-1969), nascido na Alemanha considerado um dos arquitetos mais revolucionários do Séc. XX. Mies segue a concepção de linhas puras na arquitetura, desenvolvendo em seus desenhos na maior parte em linhas retas, e apesar do uso do concreto bruto, ele conseguegraças a suas linhas, um visual bastante agradável e sofisticado. O mestre teria dito uma vez que, se recusava a “conhecer problemas de forma; reconhecemos somente problemas de construção. A forma não é o objetivo de nosso trabalho, somente o resultado.” Isso será constante na obra de Mies, se trata de um racionalismo construtivista, pois são a construção e a racionalidade estrutural, não a forma volumétrica. Discípulo de Mies, vamos falar novamente do arquiteto Philip Johsnon (1906-2005), famoso por transformar edifícios em imensas caixas de vidro, arranha-céus por todo o país. Um deles é o Edifício Seagram (1958), considerado o marco do funcionalismo, em conjunto com Van Der Rohe, neste projeto revolucionou o padrão construtivo nova-iorquino ao deixar metade do terreno livre para o uso público e tornar o edifício uma leve torre de vidro. No ano de 1945, Johnson deu início a obra Glass House, ou seja, a Casa de Vidro, localizada em New Canaan, Connecticut. A Glass House é considerada a principal obra de Johnson, desenvolvida para si próprio, referindo ela como “o diário de um arquiteto excêntrico” e passava longe da cabeça de Johnson qualquer preocupação com a sustentabilidade na arquitetura. Suas paredes externas são de vidro, a cozinha é aberta e não há divisórias internas. A falta de paredes é outra tendência que conquistou muitos arquitetos, os espaços amplos, ventilados e integrados, trazem o conforto que os moradores desejam e o diferencial que os arquitetos anseiam. O Glass House foi um dos únicos exemplares de Johnson do modernismo, suas outras obras contam com traços pós-modernistas. Fig 1.12/ Foto da zona de trabalho 
Fig 1.11/Vista noturna da casa de vidro 
Fig 1.14/ Aprendiz e Mestre, Mestre e Aprendiz. Mies e Philip na exposição “Mies Van derRohe 
Fig 1.13/ Seagram Building/ Ludwing Mies Van Der Rohe e Philip Johnson Nova Iorque, USA, 1958
ESTRUTURALISMO 
Em meados do séc. XX foi desenvolvido um movimento na arquitetura e planejamento urbano chamado Estruturalismo, sendo uma reação ao Congrés Internacional d’Architecture Moderne (CIAM) após a Segunda guerra Mundial, que levou a uma expressão sem vida de planejamento urbano que ignorou a identidade dos habitantes e das formas urbanas. Vários grupos com pontos de vistas frequentemente conflitantes na organização, como membros com conceitos científicos à arquitetura sem princípios estéticos, membros que consideram a arquitetura como uma forma de arte, membros apoiando reforma após a Segunda Guerra, e assim por diante. Assim, membros individuais do pequeno grupo “Team 10”estabeleceram as bases para o estruturalismo. Esse termo é um modo de pensar na segunda metade do séc. XX, que surgiu em variados lugares, épocas e campos. Pode ser encontrado em linguística, antropologia, filosofia e arte. Podemos dizer que o estruturalismo se conceitua de que a “verdadeira natureza das coisas não está nas coisas em si, mas nas relações que construímos e depois percebemos entre elas”. Quando falamos de estruturalismo nos referimos ao pensamento acadêmico francês, nos anos de 1960 e 1970, que tem como nomes mais importantes Claude Lévi-Strauss, Louis Althusser, Michel Foucault, Roland Barthes e Jacques Lacan. Enquanto o pós-modernismo se preocupa com um estilo arquitetônico, muitos aspectos da arquitetura e do urbanismo são tratados no movimento estruturalistas, mas em comparação ao movimento pós-moderno, ele se desenvolveu mais lentamente, menos notado durante vários períodos nas últimas décadas. 
Influências da Arquitetura Pós-Moderna na cidade de Ribeirão Preto 
Centro Universitário Barão de Mauá
Ao analisar o edifício acadêmico Centro Universitário Barão de Mauá, encontramos características semelhantes ao período pós-moderno que vem sendo aplicado até os dias de hoje. Localizado na Rua Ramos de Azevedo, no bairro Jardim Paulista, próximo a uma das principais avenidas da cidade de Ribeirão Preto, Av. Francisco Junqueira, o edifício traz uma mistura de estilos. Seja pelas formas dos elementos, pelas colunas exacerbadas, a presença marcante do arco que sustenta o símbolo “BM”, faz com que na junção de todos estes elementos traga uma grande identidade pós-moderna. 
Centro Universitário Barão de Mauá. Fachada em perspectiva.
Complexo Empresarial Ribeirão Office Tower / Prédio Comercial
Nesse edifício para explicarmos as características pós-modernas, podemos usar como referência os projetos do arquiteto Philip Johson, responsável pelos diversos arranha-céu em “caixa de vidro”, que definiram o visual urbano dos Estados Unidos. O Prédio Comercial se localiza em uma região nobre de Ribeirão Preto, ao lado do maior Shopping da cidade, Ribeirão Shopping. Observamos as características básicas do edifício como um arranha-céu ornamentado por vidros, estruturado em base, o corpo, e o coroamento em arco de triunfo.
Centro Universitário Barão de Mauá. Fachada em perspectiva.
Referências Bibliograficas
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