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resumo politica social 1

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Com o pensamento moderno as explicações místicas e religiosas da idade médio sobre a origem do homem, da sociedade e da divisão social foi rompida. O homem deixa de ser concebido como animal político inserido na sociedade e passa a ser considerado como um ser natura, racional e individualizado.
Para Hobbes, o Estado deveria ser a instituição fundamental para regular as relações humanas, dado o caráter da condição natural dos homens que os impele à busca do atendimento de seus desejos de qualquer maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões.
Afirmava que os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito, pois cada um pretende que seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele atribui a si próprio. Dessa forma, tal situação seria propícia para uma luta de todos contra todos pelo desejo do reconhecimento, pela busca da preservação da vida e da realização daquilo que o homem (juiz de suas ações) deseja. Deste ponto de vista surgiria a famosa expressão de Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.
Para Hobbes todo homem deseja o poder.
Para John Lucke só os que trabalham que poderiam ter bens. Para ele todos os homens seriam iguais e independentes por natureza, ninguém poderia/deveria prejudicar ou ameçar os direitos naturais do outro, principalmente o direito natural a propriedade, pois ela faria parte da constituição do próprio individuo, estando relacionada á condição de sobrevivência do ser e da humanidade. No pensamento de lucke a liberdade e propriedade seriam, portanto, dissociáveis. 
O estado é um poder politico que exerce sobre um território e um conjunto demográfico; e o estado é a maior organização politica que a humanidade conhece.
O estado nasce para proteger e beneficiar um determinado grupo (burguesia).
Para Marx não é o estado que funda a sociedade civil, como afirmava Hegel e sim a sociedade civil que explica o surgimento do estado.
Para Engels o estado surge pela divisão de classes. É uma consequência dessa divisão.
Para Gramsci o estado é a própria sociedade organizada de forma soberana. A sociedade é assim vista como uma organização que busca a garantia de controlar seus interesses. EX: o cara que se mostra preocupado com o outro, mas na verdade so quer preservar seus interesses. 
Direitos sociais são os direitos que visam garantir aos indivíduos o exercício e usufruto de direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito.
Revolução Francesa: Esta relacionada como a insatisfação da burguesia em relação ao sistema, com isso, o maior interessado pela reforma do sistema vigente era eles, pois o mesmo não permitia seu avanço na economia, defendiam a igualdade civil e o liberalismo econômico. Com a invasão da bastilha (prisão), o lema do movimento revolucionário burguês era liberdade, igualdade e fraternidade perante a lei. 
O estado e o empresário viam a pobreza como um problema para a empresa e o a politica social ser via como um remédio para a acabar com esse problema.
Tinha 2 categorias de pobres, são elas: O pobre vagabundo que não era capaz de mudar sua condição e sua natureza e o pobre que mesmo trabalhando não conseguia manter sua sobrevivência, a esse ultimo era oferecido algum tipo de assistência (inicio das politicas sociais).
Leis dos pobres foi criada como forma de controle e coerção do trabalhador, com aspecto muito mais punitivo do que de proteção. A nova lei dos pobres (1834) coloca a assistência aos trabalhadores pobres a filantropia, ressurgindo o trabalho forçado, colaborando com a exploração. EX: da alimento ou algum beneficio para que não haja uma revolução.
Em 1929 o estado não se metia na relação em empregado e empregador.
O seguro era apenas trabalhadores contribuintes e suas famílias em caso de acidentes. 
Apenas o que trabalhavam e contribuíam com as caixas que tinham direito a esse beneficio. 
A grande depressão foi a crise econômica mundial em 1929 que atingiu a produção de todo o mundo causando grande desemprego. 
Com o plano beveridge a politica social passou a ser obrigação o estado fornecer, o pobre passou a ser responsabilidade do estado e não do empregador.
O “Estado de Bem-estar Social”, é uma perspectiva de Estado para o campo social e econômico, na qual a distribuição de renda para a população, bem como a prestação de serviços públicos básicos, é visto como uma forma de combate às desigualdades sociais.
Portanto, neste ponto de vista, o Estado é o agente que promove e organiza a vida social e econômica, proporcionando aos indivíduos bens e serviços essenciais durante toda sua vida.
O brasil começa a incorpora as bases de um capitalismo ainda dependente do mercado mundial, apenas adaptando o sistema colonial e essa nova logica de consumo. Perdurava a coexistência entre escradivao e os privilégios da aristocracia agraria, essa classe social diga-se de passagem conduziu o processo de modernização. 
A politica Social brasileira tinha o objetivo de atender as demandas dos trabalhadores urbanos como forma de não atingir a expansão da burguesia industrial, onde não abalassem as bases de exploração dos trabalhadores rurais.
As políticas de satisfação das necessidades sociais no Brasil tiveram sua trajetória influenciada em políticas econômicas internacionais. "Diferente, pois, das políticas sociais dos países Capitalistas avançados, que nasceram livres da dependência econômica e do domínio colonialista, o sistema de bem-estar brasileiro sempre expressou as limitações decorrentes dessas injunções". 
Pode-se dizer que o estado de bem-estar-social no Brasil, não aconteceu de fato, contudo o que ocorreu foram os reflexos do sistema internacional. É importante ressaltar que no Walfare State, o Estado é o principal agente de proteção social de garantia de direitos. 
A política social do País teve sua expansão nos períodos de regime autoritário, dessa forma o Governo procurava mostrar uma cara humanista, para justificar sua ação interventora. 
1º período laisseferiano:
O Brasil, nos anos 30 apresentava uma economia de agro exportação, assim o mercado era o responsável de atender as necessidades individuais e a questão social era tratada como caso de polícia, neste período o Estado limitava-se a atender as necessidades da população. Sobretudo neste período já existia a lei Eloi Chaves criada em 1923, como seguro social aos trabalhadores ferroviários, dessa forma os trabalhadores contribuíam às caixas de aposentadorias e pensões (Caps), no período de Getulio Vargas cria-se os institutos de aposentadorias e pensões (Iaps) atendendo uma classe mais ampla dos trabalhadores. 
2º período Populista/ desenvolvimentista: 
A época de 1930 a 1964 configura vários governos, que vai de Getúlio Vargas a João Goulart. O Principal agente transformador da economia foi o inicio de período Industrial.
as principais medidas de proteção social desse período foram:
Na década de 30: criação do ministério do trabalho, indústria e comércio, da carteira de trabalho (...).
Na década de 40: Getúlio Vargas institui o salário mínimo, reestruturação do ministério de educação e saúde (...).
Na década de 40: no governo de Dutra: Promulgação da Constituição Federal de 1946(defensora dos ideais liberais).
Na década de 50: durante o Governo de Juscelino K.: destaque da retórica internacionalista (...), no rol desses interesses, a política social só tem serventia como investimento em capital humano (...).
Na década de 60(até1964): com os Governos de Quadros e Goulart: estagnação econômica (...), e intensa mobilização das massas em torno de pleitos por reformas socioeconômicas.
Percebe-se que muitas vitórias foram alcançadas nesses períodos pelos trabalhadores, observa-se que a criação do Ministério do Trabalho foi um importante passo, em defesa dos direitos dos operários, já que estes trabalhavam em condições muitas vezes sub-humanas. Nota-se também que essesperíodos foram marcados por interesses e jogos políticos, os Governantes atuavam de forma repressiva no intuito de manter o poder sobre a sociedade.
3º Período tecnocrático militar:
Como nos períodos anteriores, este também se subdivide de 1964 a 1985, vai do governo de Castelo Branco até o de Figueiredo que termina em 1985.
As principais mudanças deste é que o Estado deixa de ser populista, tornando-se tecnocrático, "as reformas institucionais que acompanharam essa modificação resultaram na reestruturação da máquina estatal, privilegiando o planejamento direto, a racionalização burocrática e a supremacia do saber técnico sobre a participação popular". Neste contexto surgiram no País a valorização do capital estrangeiro e o conceito de política social, levando em consideração o desenvolvimento do País.
Nos primeiros anos da era tecnocrática, que vai de 1964 até 1967, o governo procurou dar continuidade aos programas da política anterior, sempre buscando atender os interesses do mercado. A partir de 1967 até 1974 a política social deixou de ser vista apenas como um suplemento da economia e se consolidou como um dos meios mais importantes pra acumulação de capital. Sobretudo o período de 1974 até 1979 foi quando houve grandes modificações na economia do País, (a partir da metas de Juscelino K). Estes períodos são marcados pela falta de interesse do governo em atender as classes pobres, seus principais interesses era o desenvolvimento de obras faraônicas, temos como exemplo a construção da Transamazônica. Dessa forma se houvesse agitações sociais, em busca de reformas sociais o Estado reagia de forma opressiva. O período de 1980 a 1985, sob o governo de Figueiredo, foi marcado pela diminuição dos gastos sociais, em decorrência do aumento do déficit público herdada do governo anterior. Este período foi marcado pela pressão da sociedade que lutava por democracia e questionava a situação das populações pobres. Assim a postura do Governo de não atender precisamente as questões sociais, ocasionou o aumento do desemprego e da miséria no País.
4º período de transição para a democracia liberal:
Em 1985, assume a Presidência José Sarney, seu lema era tudo pelo social, como exemplifica Potyara "A estratégia adotada para perseguir esse objetivo social incluía desde medidas de cunho emergencial, especificamente as voltadas contra a fome, o desemprego e a pobreza (...)". Esta fase foi de grandes vitórias à população brasileira, é quando pela primeira vez na história do Brasil, a Assistência Social é considerada como direito Constitucional instituído em 1988, o Estado passou a ter mais responsabilidades com a formulação de políticas públicas que atendessem os mínimos sociais.
5º período Neoliberal:
Neste período ocorreram mudanças significativas na economia e na política do País, Faz-se necessário compreender que o Neoliberalismo defende que o Estado não deve intervir na economia do País e ainda acrescenta, a saúde e a educação devem ser privatizadas, pois o Estado não tem condições financeiras de conceder serviços de qualidade, dessa forma o Estado deve ser apenas o regulador, concedendo apenas o mínimo para o social e o máximo de vantagens ao mercado.
LBA: Com o final da guerra, se tornou um órgão de assistência as famílias necessitadas em geral. A LBA era presidida pelas primeiras-damas. Tinha objetivo de atos filantrópicos junto a igreja.
Os serviços das entidades eram destinados as camadas mais pobres da população, geralmente para aqueles que estavam fora do sistema de produção, pois os que já trabalhavam tinham direito ao sistema S: Senai e Sesi buscando melhorar sua qualificação.
Antes das santas casa de misericórdia serem fundadas a população não tinha nenhum tipo de prevenção a doença, apenas as crenças e ritos. Com o surgimento passaram a ser amparados com os atos de filantropia.
A politica de saúde foi criada para combater as epidemias que eram presentes naquela época, onde ocorreu a obrigatoriedade da vacina revoltando a população que se manifestou centra essa medida. (revolta da vacina).
So era considerado cidadão quem possuía a carteira de trabalho assinada e aqueles que não possuíam eram os não cidadãos que ficariam a mercê da filantropia ou caridade.

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