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A Responsabilidade dos Sócios e Administradores

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A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 1 
 
A Responsabilidade dos 
Sócios e Administradores 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 2 
A Responsabilidade dos Sócios e Administradores 
 
 
1. Regime Jurídico do Empresário e Responsabilidade Limitada 
 
1.1. Espécies de Empresário 
 
Empresário é o sujeito que exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada, nos termos do art. 966 do Código Civil (CC). 
 
O termo empresário, tomado em sentido amplo (lato sensu), comporta três 
espécies, a saber: 
 
 Empresário Individual – pessoa natural (física) que exerce atividade 
econômica organizada. Não possui sócios, e sua responsabilidade 
patrimonial é ampla, absoluta e ilimitada (art. 391 do CC). Disciplinado 
pelos arts. 966 a 980 do CC. 
 Sociedade Empresária – pessoa jurídica constituída para exercer atividade 
econômica organizada; excepcionalmente, existem sociedades que não 
são pessoas jurídicas (a Sociedade em Comum e a Sociedade em Conta 
de Participação). Formada, em regra, por dois ou mais sócios, embora 
exista também sociedade unipessoal no Brasil (art. 1.033, IV, do CC; bem 
como art. 251 da Lei das Sociedades por Ações – LSA). A 
responsabilidade dos sócios pode ser limitada, dependendo do tipo 
societário adotado. 
 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) – pessoa 
jurídica constituída para exercer atividade econômica organizada. 
Instituída por um único titular, sendo ele pessoa natural. A 
responsabilidade patrimonial do instituidor é limitada. 
 
 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 3 
1.2. Tipos Societários e a Responsabilidade dos Sócios 
 
Para fins desta disciplina, interessa estudar as sociedades empresárias, as quais 
devem necessariamente adotar um tipo societário. O tipo societário é de livre 
escolha dos sócios. Dependendo do tipo escolhido, incidirá o regime legal de 
responsabilidade patrimonial. Sobre esse critério, de responsabilidade dos sócios 
por dívidas da sociedade, podemos classificar os tipos societários em três grupos: 
 
 Responsabilidade Ilimitada – Aqueles tipos societários em que, esgotado 
o patrimônio social, todos os sócios respondem pelas dívidas sociais. 
Exemplo: Sociedade em Comum, Sociedade Simples e Sociedade em 
Nome Coletivo. 
 Responsabilidade Mista – Aqueles tipos societários em que, esgotado o 
patrimônio social, um ou alguns dos sócios responde(m) pelas dívidas 
sociais e outro(s) não responde(m). Exemplo: Sociedade em Conta de 
Participação, Sociedade em Comandita Simples e Sociedade em 
Comandita por Ações. 
 Responsabilidade Limitada – Aqueles tipos societários em que, esgotado 
o patrimônio social, nenhum sócio responde pelas dívidas sociais. 
Exemplo: Sociedade Limitada, Sociedade por Ações (S/A) e Sociedade 
Cooperativa. 
 
Evidentemente, na prática empresarial brasileira, os tipos societários mais 
adotados são aqueles que oferecem a possibilidade de os empreendedores 
mensurarem o grau de exposição de seu patrimônio pessoal. Portanto, em razão 
dessa classificação, os tipos mais utilizados no Brasil são os que se enquadram no 
grupo das sociedades de responsabilidade limitada, principalmente, a Sociedade 
por Ações (S/A) e a Sociedade Limitada (Ltda). 
 
 
 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 4 
1.3. A Regra da Limitação da Responsabilidade e suas Exceções 
 
A regra da limitação da responsabilidade patrimonial dos sócios é importante e 
implica incentivo ao exercício de atividade econômica por meio de sociedades. 
Contudo, essa regra não é absoluta! Nosso ordenamento jurídico prevê diversas 
situações em que, excepcionalmente, mesmo o sócio de uma Limitada ou de uma 
S/A poderá ser chamado a responder por dívidas da sociedade e/ou terá uma 
responsabilidade patrimonial adicional. As exceções mais comuns à regra da 
limitação da responsabilidade são: 
 
2. Exceções à Regra da Responsabilidade Limitada 
 
2.1. Integridade do Capital Social 
 
Uma das funções do capital social, dentre outras, é que ele se constitui em uma 
garantia em favor dos credores, para a satisfação de seus créditos. Por isso, toda 
vez que o capital social for indevidamente reduzido, desfalcado ou diminuído, os 
sócios são obrigados a repor esses valores. Tais regras, que impõem a 
responsabilidade aos sócios de completar valores indevidamente ausentes do 
capital social, visam preservar a higidez e a intangibilidade do capital social. 
 
As principais regras de preservação da higidez e da intangibilidade do capital 
existentes em nosso ordenamento jurídico são: 
 
Sociedade Marital: os cônjuges podem ser sócios entre si ou com terceiros, 
desde que o regime de bens do casamento não seja o da comunhão universal ou 
o da separação obrigatória, conforme art. 977 do CC. 
 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com 
terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de 
bens, ou no da separação obrigatória. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 5 
Integralização do Capital Social: na sociedade limitada, todos os sócios 
respondem solidária e ilimitadamente pela integralização do capital social. Caso 
algum dos sócios deixe de aportar à sociedade o valor subscrito no contrato 
social, os demais poderão ser chamados para completar o valor devido. Todos os 
sócios respondem pelos valores prometidos no contrato social, que devem ser 
efetivamente transferidos à sociedade, conforme art. 1.052 do CC. 
 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita 
ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela 
integralização do capital social. 
 
Exata Estimação dos Bens Conferidos: na sociedade limitada, todos os sócios 
respondem pela exata estimação dos bens conferidos ao capital social, pelo prazo 
de cinco (05) anos, contados do registro da sociedade. Se na integralização do 
capital social for atribuído algum bem à sociedade, esse bem deve ser devida e 
corretamente avaliado. Caso ele seja recebido pela sociedade por um valor 
superior ao real, todos os sócios poderão ser chamados a completar o valor da 
diferença, de acordo com a regra do art. 1.055, § 1º, do CC. 
 
Art. 1.055. (omissis) 
§ 1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem 
solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro 
da sociedade. 
 
Reposição dos Lucros Fictícios Recebidos: ainda podemos considerar nesse 
grupo a regra que determina que os sócios devem devolver toda e qualquer 
quantia recebida a título de lucro se tal distribuição ocorrer em prejuízo do capital 
social. Isso significa que os sócios somente podem receber lucros quando o 
balanço patrimonial (art. 1.179 do CC) identificar que o patrimônio líquido da 
sociedade possui um valor maior do que o capital social. Qualquer distribuição de 
dividendos fora desse contexto é indevida e implicará o dever de reposição, 
consoante determina o art. 1.059 do CC. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 6 
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias 
retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais 
lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital. 
 
2.2. Responsabilidade Pessoal por Ato Ilícito 
 
Outra exceção à regra da limitação da responsabilidade dos sócios por dívidas da 
sociedade é a responsabilidade pessoal por ato ilícito, que ora veremos. 
 
Toda vez que os sócios e/ou os administradores praticarem um ato contrário à lei, 
aoestatuto ou ao contrato social, eles responderão pelos danos decorrentes 
causados a terceiros ou à própria sociedade. A violação a um dever jurídico 
preexistente (ato ilícito), um dano e o nexo de causalidade entre o ilícito e o dano 
são os elementos necessários para ensejar a responsabilidade dos sócios e/ou 
administradores. As principais regras sobre esse tema existentes em nosso 
ordenamento jurídico são: 
 
Responsabilidade do Administrador por Atos Culposos: na sociedade 
limitada, o administrador responde, perante terceiros e perante a própria 
sociedade, pelos danos decorrentes de atos culposos ou dolosos praticados no 
exercício da função. Se o administrador violar algum dos seus deveres (lealdade, 
diligência, informação, sigilo etc.), e se dessa violação sobrevier um dano, ele 
responderá, de acordo com o disposto no art. 1.016 do CC. 
 
Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade 
e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções. 
 
Sócios Respondem pelas Deliberações Contrárias à Lei: na sociedade 
limitada, as deliberações tomadas em assembleia ou reunião de sócios que forem 
contrárias à lei ou ao contrato social tornam ilimitada a responsabilidade daqueles 
que expressamente as aprovaram, nos termos do art. 1.080 do CC. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 7 
Art. 1.080. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada 
a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram. 
 
Administrador Responde pelos Tributos Resultantes de Atos Praticados 
com Infração à Lei: no âmbito tributário, os administradores de sociedades 
respondem pessoalmente pelos tributos resultantes de atos praticados com 
excesso de poderes ou com infração à lei ou ao contrato social ou estatuto, nos 
termos do art. 135 do Código Tributário Nacional (CTN). 
 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a 
obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes 
ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 
I - as pessoas referidas no artigo anterior; 
II - os mandatários, prepostos e empregados; 
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito 
privado. 
 
Essa regra é de extrema relevância em nosso ordenamento jurídico, e adiante 
dedicaremos maior atenção a sua interpretação e aplicação pelos tribunais pátrios. 
 
Responsabilidade do Administrador por Atos Culposos: também na 
sociedade por ações o administrador responde, perante terceiros e perante a 
própria sociedade, pelos danos decorrentes de atos culposos ou dolosos 
praticados no exercício da função, bem como pelos atos praticados com violação à 
lei ou ao estatuto social. Se o administrador violar algum dos seus deveres 
(lealdade, diligência, informação, sigilo etc.), e se dessa violação sobrevier um 
dano, ele responderá, de acordo com o disposto no art. 158 da Lei nº 6.404/76. 
 
Art. 158. O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações 
que contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gestão; 
responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder: 
I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo; 
II - com violação da lei ou do estatuto. 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 8 
§ 1º O administrador não é responsável por atos ilícitos de outros 
administradores, salvo se com eles for conivente, se negligenciar em descobri-
los ou se, deles tendo conhecimento, deixar de agir para impedir a sua 
prática. Exime-se de responsabilidade o administrador dissidente que faça 
consignar sua divergência em ata de reunião do órgão de administração ou, 
não sendo possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao órgão da 
administração, no conselho fiscal, se em funcionamento, ou à assembleia 
geral. 
 
3. Exceções à Regra da Responsabilidade Limitada 
 
3.1. Desconsideração da Personalidade Jurídica 
 
Em relação às exceções à regra da responsabilidade limitada dos sócios e 
administradores de sociedades, temos ainda de tratar da desconsideração da 
personalidade jurídica. Por meio da desconsideração – uma forma de imputação 
de responsabilidade –, o juiz amplia o polo passivo da demanda, atribuindo 
responsabilidade aos sócios por uma dívida da sociedade. Essa teoria deve ser 
aplicada àqueles casos em que há a prática de um ato aparentemente lícito para 
alcançar fins ilícitos (abuso de forma). 
 
Atualmente, a desconsideração da personalidade jurídica é prevista de três 
maneiras em nosso ordenamento jurídico, a saber: 
 
Teoria Maior da Desconsideração: aplicada em relação aos credores negociais 
da sociedade, pressupõe a prática de abuso da personalidade, caracterizado pelo 
desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial. Está prevista no art. 50 do CC. 
 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio 
de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 9 
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da 
pessoa jurídica. 
 
Teoria Menor da Desconsideração: aplicada em relação aos credores não 
negociais da sociedade. Pressupõe apenas o descumprimento da obrigação e a 
ausência de bens da sociedade. Estabelece uma solidariedade legal pelo 
pagamento da dívida. Aplica-se somente em relação a determinados credores, 
como os consumidores, trabalhistas, ordem econômica e meio ambiente. 
 
Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade 
quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de 
poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato 
social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, 
estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica 
provocados por má administração. 
(omissis) 
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados aos consumidores. 
 
Meio Ambiente (Lei nº 9.605/98) 
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à 
qualidade do meio ambiente. 
 
Ordem Econômica (Lei nº 12.529/11) 
Art. 32. As diversas formas de infração da ordem econômica implicam a 
responsabilidade da empresa e a responsabilidade individual de seus 
dirigentes ou administradores, solidariamente. 
(omissis) 
Art. 34. A personalidade jurídica do responsável por infração da ordem 
econômica poderá ser desconsiderada quando houver da parte deste abuso 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 10 
de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos 
estatutos ou contrato social. 
Parágrafo único. A desconsideração também será efetivada quando houver 
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa 
jurídica provocados por má administração. 
 
A Teoria Menor da Desconsideração também é aplicada pelos tribunais em favor 
dos credores trabalhistas, apesar de não existir um dispositivo legal específico. 
 
Desconsideração Inversa: essa modalidade de desconsideração permite ao 
credor de uma pessoa natural ou jurídica, que não tenha bens, participar como 
sócio de uma sociedade, que busque osbens sociais para satisfazer seu crédito – 
o inverso da desconsideração da personalidade jurídica. Pressupõe que o devedor 
tenha desviado seu patrimônio de forma fraudulenta ou abusiva, em favor da 
sociedade de que participa. Está expressamente referida pela primeira vez em 
nosso ordenamento jurídico no art. 133, § 2º, do Código de Processo Civil (CPC). 
 
Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será 
instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber 
intervir no processo. 
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os 
pressupostos previstos em lei. 
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa 
da personalidade jurídica. 
 
3.2. Aplicação da Desconsideração pelos Tribunais: Jurisprudência 
 
Em relação à desconsideração da personalidade jurídica, deve-se compreender a 
maneira como os Tribunais Superiores interpretam e aplicam os dispositivos legais 
pertinentes. Nesse sentido, cumpre transcrever as decisões mais importantes 
consolidadas em nossa jurisprudência sobre o tema. 
 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 11 
Desconsideração e Dissolução Irregular: Tratando-se de regra de exceção, 
de restrição ao princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica, a 
interpretação que melhor se coaduna com o art. 50 do CC é a que relega sua 
aplicação a casos extremos, em que a pessoa jurídica tenha sido instrumento para 
fins fraudulentos, configurado mediante o desvio da finalidade institucional ou a 
confusão patrimonial. O encerramento das atividades ou dissolução, ainda que 
irregulares, da sociedade não são causas, por si só, para a desconsideração da 
personalidade jurídica, nos termos do CC. 
(EREsp 1306553/SC, Rel. Min. Maria I. Gallotti, 2ª Seção, DJ 12/12/2014.) 
 
 
Desconsideração e Teoria Menor: 
RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. RECURSO ESPECIAL. 
SHOPPING CENTER DE OSASCO-SP. EXPLOSÃO. CONSUMIDORES. DANOS 
MATERIAIS E MORAIS. PESSOA JURÍDICA. DESCONSIDERAÇÃO. TEORIA 
MAIOR E TEORIA MENOR. LIMITE DE RESPONSABILIZAÇÃO DOS SÓCIOS. 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. REQUISITOS. OBSTÁCULO AO 
RESSARCIMENTO DE PREJUÍZOS CAUSADOS AOS CONSUMIDORES. ART. 28, § 
5º. 
- A Teoria Maior da Desconsideração, regra geral no sistema jurídico brasileiro, 
não pode ser aplicada com a mera demonstração de estar a pessoa jurídica 
insolvente para o cumprimento de suas obrigações. Exige-se, aqui, para além 
da prova de insolvência, ou a demonstração de desvio de finalidade (Teoria 
Subjetiva da Desconsideração), ou a demonstração de confusão patrimonial 
(Teoria Objetiva da Desconsideração). 
- A Teoria Menor da Desconsideração, acolhida em nosso ordenamento jurídico 
excepcionalmente no Direito do Consumidor e no Direito Ambiental, incide com 
a mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas 
obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de 
confusão patrimonial. Para a Teoria Menor, o risco empresarial normal às 
atividades econômicas não pode ser suportado pelo terceiro que contratou com 
a pessoa jurídica, mas pelos sócios e administradores desta, ainda que estes 
demonstrem conduta administrativa proba, isto é, mesmo que não exista 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 12 
qualquer prova capaz de identificar conduta culposa ou dolosa por parte dos 
sócios e administradores da pessoa jurídica. 
(REsp 279.273/SP, Rel. Min. Ari Pargendler, Rel. p/ Acórdão Min. Nancy 
Andrighi, 3ª Turma, DJ 29/03/2004.) 
 
Desconsideração Inversa: 
Devedor é sócio controlador de sociedades empresárias e considerado o maior 
revendedor de veículos da América Latina. Pedido de aplicação da 
desconsideração inversa da personalidade jurídica para que a penhora recaia 
em saldos bancários das sociedades empresárias controladas pelo devedor. (…) 
Prova de que o sócio devedor é, em rigor, “dono” da sociedade limitada e da 
sociedade anônima fechada, das quais é o presidente, controlador de fato, e, 
apesar da participação minoritária de sua esposa, ficam elas caracterizadas 
como autênticas sociedades unipessoais. Confusão patrimonial entre sócio e 
sociedades comprovada. Patrimônio particular do sócio controlador constituído 
de bens que, na prática, mesmo que penhorados, não seriam convertidos em 
pecúnia para a satisfação do credor. Oferecimento de bens imóveis à penhora, 
que, por se situarem no Estado da Paraíba, distantes mais de 2.600 km de São 
Paulo, onde tramita a execução, com nítido escopo de se opor maliciosamente 
à execução, empregando ardis procrastinatórios, que configura ato atentatório 
à dignidade da Justiça. Agravo provido para deferir a desconsideração inversa 
da personalidade jurídica das sociedades empresárias indicadas (Limitada e S/A 
fechada), autorizada a penhora virtual de saldos de contas bancárias. 
(TJ/SP, 29ª Câmara Cível, AI nº 1.198.103-0/0, Rel. Des. Pereira Calças, DJ 
26/11/2008) 
 
Em Resumo, a Responsabilidade dos Sócios pelas dívidas da sociedade será 
limitada, desde que: 
 
 O tipo societário adotado seja Ltda ou S/A. 
 O capital seja totalmente integralizado. 
 Haja avaliação adequada dos bens. 
 Não haja prática de atos ilícitos. 
 Não haja abuso (desvio de finalidade ou confusão patrimonial). 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 13 
 A natureza da dívida seja trabalhista, de consumidor, ambiental ou 
concorrencial. 
 
4. Responsabilidade Tributária 
 
4.1. Norma Geral de Responsabilidade Tributária de Terceiros 
 
Para fins desta disciplina, existe no Brasil uma norma geral de responsabilidade 
tributária de terceiros que permite à Fazenda Pública responsabilizar os 
administradores de uma sociedade pelas dívidas tributárias da pessoa jurídica. 
 
Essa regra está insculpida no art. 135 do CTN e tem a seguinte redação: 
 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a 
obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes 
ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 
I - as pessoas referidas no artigo anterior; 
II - os mandatários, prepostos e empregados; 
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito 
privado. 
 
Historicamente, o art. 135, III, do CTN tem sido adotado como o principal 
fundamento legal para a imputação de responsabilidade tributária aos sócios e 
administradores de sociedades. 
 
Importante frisar que o dispositivo ora analisado não se confunde com aqueles 
que tratam da Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica. Aqui, com 
efeito, trata-se de imputar a responsabilidade ao administrador pela prática de 
atos com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou estatutos – 
portanto, responsabilidade pessoal por ato ilícito. 
 
Assim, devemos estudar quais são as principais interpretações dadas a este 
dispositivo. 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 14 
4.2. As Interpretações da Norma 
 
A regra do art. 135, III, do CTN comporta inúmeras interpretações – algumas 
mais favoráveis ao Fisco; outras, aos contribuintes. De modo simplificado, 
podemos resumir as principais correntes hermenêuticas em três grandes grupos, a 
saber. 
 Interpretação Literal – Interpretação puramente gramatical do 
dispositivo, que apenas atribui responsabilidade ao administrador quando 
o tributo resultar diretamente de um ato de infração à lei praticado antes. 
Restringe a aplicação da norma e favorece os contribuintes. 
 Interpretação Sistemática – Interpretação mais ampla, que insere odispositivo no contexto de todo o ordenamento jurídico. Pagar tributos é 
uma obrigação ex lege. Não é uma escolha, uma opção. Não é uma 
conduta lícita, por parte do administrador, deixar de recolher os tributos 
devidos pela sociedade. Logo, o mero descumprimento da obrigação 
tributária pela sociedade, por si só, geraria a responsabilidade pessoal do 
administrador. Essa corrente foi aplicada até meados da década de 1990 
pelo Superior Tribunal de Justiça. Atualmente, está superada pela Súmula 
430 do mesmo tribunal. 
 Interpretação Predominante – A interpretação que prevalece atualmente 
acerca do art. 135, III, do CTN é fruto de uma análise combinada das 
Súmulas nº 430 e nº 435 do STJ. Essas Súmulas são as grandes balizas 
que norteiam a aplicação da norma. 
 
Súmula 430 – STJ 
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por 
si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente. 
 
Súmula 435 – STJ 
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar 
no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, 
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 15 
Em síntese, temos que a obrigação de pagar tributos é decorrente da lei – pode-
se falar até no dever fundamental de pagar tributos. Contudo, a dívida tributária, 
por si só, não gera a responsabilidade do administrador. A responsabilidade só 
surgiria se houvesse a prática de outro ato ilícito. Além disso, a responsabilidade, 
se houver, será sempre subsidiária. Ou seja, busca-se, primeiro, o patrimônio da 
sociedade. 
 
4.3. Aplicação da Norma Geral pelos Tribunais: Jurisprudência 
 
Em relação à responsabilidade tributária dos sócios e administradores, cumpre 
analisar as decisões dos Tribunais Superiores sobre o tema. 
 
Responsabilidade Tributária e Dissolução Irregular: 
Consoante a Súmula nº 435/STJ: (…). É obrigação dos gestores das empresas 
manter atualizados os respectivos cadastros, incluindo os atos relativos à 
mudança de endereço dos estabelecimentos e, especialmente, referentes à 
dissolução da sociedade. A regularidade desses registros é exigida para que se 
demonstre que a sociedade dissolveu-se de forma regular, em obediência aos 
ritos e formalidades previstas nos arts. 1.033 a 1.038 e arts. 1.102 a 1.112 do 
CC (...). Não há como compreender que o mesmo fato jurídico “dissolução 
irregular” seja considerado ilícito suficiente ao redirecionamento da execução 
fiscal de débito tributário e não o seja para a execução fiscal de débito não 
tributário. 
(REsp 1371128/RS, Rel. Min. Mauro Marques, 1ª Seção, DJ 17/09/2014.) 
 
Responsabilidade Tributária e Dissolução Irregular: 
A certidão emitida pelo Oficial de Justiça, atestando que a empresa devedora 
não mais funciona no endereço constante dos assentamentos da junta 
comercial, é indício de dissolução irregular, apto a ensejar o redirecionamento 
da execução para o sócio-gerente, de acordo com a Súmula 435/STJ. 
(AgRg no REsp 1289471/PE, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, DJ 
12/04/2012.) 
 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 16 
Responsabilidade Tributária e Solidariedade Legal: 
Responsabilidade tributária. (…) Sócios de sociedade limitada. (…) O art. 13 da 
Lei nº 8.620/1993 (…) se reveste de inconstitucionalidade material, porquanto 
não é dado ao legislador estabelecer confusão entre os patrimônios das 
pessoas física e jurídica, o que, além de impor desconsideração ex lege e 
objetiva da personalidade jurídica, descaracterizando as sociedades limitadas, 
implica irrazoabilidade e inibe a iniciativa privada, afrontando os arts. 5º, XIII, e 
170, parágrafo único, da Constituição. 
(STF, RE 562.276, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJ 10/02/2011.) 
 
Responsabilidade Tributária e Inadimplência Dolosa Contumaz: 
RECURSO. Extraordinário. Efeito suspensivo. Inadmissibilidade. Estabelecimento 
industrial. Interdição pela Secretaria da Receita Federal. Fabricação de cigarros. 
Cancelamento do registro especial para produção. Legalidade aparente. 
Inadimplemento sistemático e isolado da obrigação de pagar Imposto sobre 
Produtos Industrializados – IPI. Comportamento ofensivo à livre concorrência. 
Singularidade do mercado e do caso. Liminar indeferida em ação cautelar. 
Inexistência de razoabilidade jurídica da pretensão. Votos vencidos. Carece de 
razoabilidade jurídica, para efeito de emprestar efeito suspensivo a recurso 
extraordinário, a pretensão de indústria de cigarros que, deixando sistemática e 
isoladamente de recolher o Imposto sobre Produtos Industrializados, com 
consequente redução do preço de venda da mercadoria e ofensa à livre 
concorrência, viu cancelado o registro especial e interditados os 
estabelecimentos. 
(STF - AC-MC: 1657 RJ, Relator Min. Joaquim Barbosa, Rel. p/ acórdão Min. 
Cesar Peluso, Plenário, DJ 31/08/2007.) 
 
5. Responsabilidade Tributária e as Infrações Mais Comuns 
 
5.1. Violação à Lei ou ao Contrato Social ou Estatuto 
 
Em se tratando da responsabilidade tributária de terceiros, há uma série de 
condutas que, se praticadas, permitem à Fazenda Pública responsabilizar os 
administradores de uma pessoa jurídica pelas dívidas tributárias desta. 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 17 
No que tange à violação à lei, ao contrato social ou estatuto, as infrações mais 
comumente praticadas são: 
 
 Dissolução Irregular – O encerramento das atividades, vulgarmente 
chamado de “fechar as portas”, sem a adoção do procedimento de baixa e 
liquidação, com a posterior dissolução perante a Junta Comercial, enseja a 
responsabilidade dos administradores (Súmula nº 435/STJ). 
 Dever de Liquidação – Quando uma sociedade acumula dívidas vultosas, 
possuindo um patrimônio ínfimo e irrisório, incapaz de suportar uma 
mínima parte dos débitos, pode-se responsabilizar o administrador, que, 
atuando com desídia, deixou a situação chegar a esse ponto, sem adotar 
qualquer medida que pudesse estancar a sangria financeira – deveria 
liquidar a sociedade ou requerer autofalência (art. 105, Lei nº 11.101/05). 
 Desconsideração de Personalidade Jurídica Inversa – Quando um sócio já 
foi responsabilizado pelas dívidas de uma sociedade e, após, descobre-se 
que verteu seu patrimônio pessoal para outra sociedade (uma nova, que 
não a pessoa jurídica devedora), pode-se requerer a desconsideração 
inversa, em relação a essa nova sociedade, para que responda pelos 
débitos do sócio. 
 Fraude ou abuso – São muitas as situações que na prática podem dar 
ensejo ao reconhecimento de fraude ou abuso. Notadamente, quando o 
sócio já responsabilizado por uma dissolução irregular, por exemplo, oculta 
seu patrimônio, por meio de operações simuladas ou fictícias, tais como, 
doações, dívidas criadas para esvaziamento patrimonial, uso de laranjas, 
subcapitalização da sociedade e criação de múltiplas sociedades. 
 
5.2. Sucessão Tributária 
 
Embora não se trate tecnicamente de um exemplo de responsabilidade de sócios e 
administradores, devemos enfrentar também a questão referente à sucessão 
tributária, prevista no art. 133 do CTN. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 18 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, 
por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial 
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra 
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos 
ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I - integralmente,se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou 
atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou 
iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no 
mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
 
Apesar de se tratar de responsabilidade do sucessor, muitas vezes a sucessão se 
dá em favor do próprio administrador ou sócio da sociedade devedora, que 
constitui nova sociedade, operando no mesmo local, no mesmo ramo de atividade, 
utilizando os mesmos bens e se valendo do trabalho dos mesmos empregados. 
 
Nesse sentido, quando o sócio se valer desse expediente de constituição de 
múltiplas sociedades, atuando no mesmo endereço e em idêntica atividade, há 
uma forte probabilidade de que haja a imputação da responsabilidade das dívidas 
tributárias anteriores para a atual sociedade. 
 
Cabe lembrar que a sucessão tributária incidirá sempre que houver o trespasse do 
estabelecimento. Isso significa que quem adquirir o fundo de comércio sempre 
responderá pelos débitos tributários do anterior explorador daquele 
empreendimento, mesmo que a aquisição tenha sido feita fraudulentamente. 
5.3. Falência 
 
No que se refere à falência, é importante ressaltar que o processo falimentar é um 
modo regular de dissolução de uma sociedade, conforme se extrai da 
interpretação do art. 1.044 do CC. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 19 
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas 
enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também pela declaração da 
falência. 
 
Assim, caso a sociedade devedora de tributos tenha a sua falência decretada, 
compete ao Fisco demonstrar a prática de atos praticados com excesso de 
poderes, infração à lei ou ao contrato social ou estatuto, para que se possa 
pretender imputar responsabilidade aos sócios ou administradores pelos tributos 
devidos. 
 
Dentre as hipóteses mais comuns que ensejam a responsabilidade dos sócios e 
administradores de sociedades submetidas ao processo de falência, destacam-se: 
 
 Ausência de Livros – Quando os livros da sociedade empresária, cuja 
falência foi decretada não são depositados em juízo pelo administrador, 
tampouco apresentados ao administrador judicial para serem objeto de 
exame e perícia, em desacordo com o que expressamente estabelece a Lei 
de Falências e Recuperações (Lei nº 11.101/05), no art. 104, II. 
 Escrituração Lacônica – Quando no relatório sobre as causas da falência o 
administrador judicial expõe que, ao analisar os livros da sociedade falida 
(por meio de perícia técnica, realizada por profissional idôneo e habilitado), 
foi constatado que a escrituração do empresário não preenchia os 
requisitos intrínsecos e extrínsecos de validade. 
 Desvio ou Ocultação de Bens – Quando o administrador judicial expõe em 
seu relatório sobre as causas da falência que alguns bens não puderam ser 
arrecadados, porque não foram localizados; ou quando descreve um ilícito 
relacionado à conduta dos administradores ou à ocultação de bens sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 20 
6. Responsabilidade Tributária e as Medidas De Prevenção 
 
6.1. Condutas que Podem Ser Adotadas para Prevenir a 
Responsabilidade 
 
Em se tratando da responsabilidade tributária de sócios e administradores de 
sociedades, há diversas medidas de prevenção que, se adotadas, reduzem a 
possibilidade de que esses sócios e administradores sejam responsabilizados pela 
Fazenda Pública por dívidas tributárias da sociedade. Como exemplos dessas 
medidas preventivas, podemos citar: 
 
Estrita Observância da Lei – Quanto maior a adequação da sociedade à lei, 
menores os riscos de uma eventual responsabilidade dos administradores e 
sócios. Portanto, a sociedade deve buscar sempre o estrito cumprimento da 
lei. 
 
Declaração Rotineira dos Tributos – Os contribuintes têm diversas 
obrigações acessórias, além do dever legal de pagar os tributos. Dentre as 
obrigações acessórias, destaca-se o envio de declarações, por meio das 
quais o próprio contribuinte constitui o tributo devido (Súmula nº 436/STJ). 
A ausência dessas declarações, isto é, a sua não entrega, pode caracterizar 
crime contra a ordem tributária. Outrossim, há tributos que devem ser 
sempre recolhidos, pois o não recolhimento, por si só, já caracteriza o 
crime (imposto de renda e contribuição à seguridade social, descontados do 
empregado e não repassadas à Receita Federal). 
 
Parcelamentos – Nos âmbitos federal, estaduais e municipais há leis 
específicas que contemplam a possibilidade de parcelamento dos tributos 
devidos aos entes federativos (parcelamentos ordinários), que permitem ao 
contribuinte fracionar o pagamento do tributo, incidindo juros e correção 
monetária. Eventualmente também há programas de parcelamentos 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 21 
exclusivos (parcelamentos especiais), que oferecem vantagens aos 
contribuintes que a eles aderirem. 
 
Oferecimento de Bens – É prerrogativa do devedor indicar bens na 
execução fiscal. Sendo a sociedade solvente, usar dessa prerrogativa 
previne o risco de responsabilidade dos sócios e administradores. 
Recuperação Judicial e Autofalência – A recuperação judicial pode ser um 
meio de a sociedade se reorganizar econômica e financeiramente, 
possibilitando que cumpra com suas obrigações em relação aos seus 
credores. 
 
7. Responsabilidade Tributária e Matérias de Defesa 
 
7.1. Matérias de Defesa versus Meios de Defesa 
 
Inicialmente, convém distinguir as matérias de defesa dos meios de defesa. Ora, 
os meios de defesa são os instrumentos processuais ao alcance daqueles que já 
foram incluídos ou estão na iminência de serem incluídos no polo passivo de uma 
execução fiscal. Podemos citar como meios de defesa os embargos de devedor, a 
exceção de pré-executividade, a consignação em pagamento, a medida 
antecipatória de caução, entre outros. Já as matérias de defesa são os 
argumentos, ou seja, o conteúdo que será tratado no meio de defesa escolhido ou 
adequado. Nesta disciplina, trataremos apenas das matérias de defesa. 
 
7.2. Prescrição e Decadência 
 
Inúmeras matérias de defesa podem ser suscitadas pelo devedor no bojo de uma 
execução fiscal, seja por meio de embargos de devedor, seja por meio de uma 
exceção de pré-executividade. Contudo, neste ponto daremos ênfase àquelas 
matérias de defesa com abrangência maior, bem como com grande incidência, em 
se tratando de execução fiscal: decadência e prescrição. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 22 
 Decadência – A Fazenda Pública tem o prazo de cinco (05) anos para 
constituir o crédito tributário, sob pena de decadência do direito à 
constituição do crédito, de acordo com o disposto no art. 173 do CTN. 
 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-
se após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia 
ter sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício 
formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
 
 
Entretanto, é preciso considerar que, uma vez entregue a declaração 
pelo contribuinte, o crédito já estará constituído, afastando-se, pela 
apresentação da declaração, o fluxo do prazo decadencial e dando início 
ao prazo prescricional para cobrança do crédito tributário, de acordo com 
a Súmula nº 436, do STJ: 
 
Súmula nº 436 – STJ 
A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendodébito fiscal 
constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por 
parte do fisco. 
 
 Prescrição do Crédito – Uma vez constituído o crédito tributário, seja por 
declaração do próprio contribuinte, seja por atuação da Autoridade 
Fazendária, começa a fluir o prazo de prescrição de cinco (05) anos, para 
que a Fazenda Pública realize os atos de cobrança do crédito tributário, 
inclusive devendo ajuizar a respectiva execução fiscal, conforme 
estabelece o art. 174 do CTN. 
 
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, 
contados da data da sua constituição definitiva. 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 23 
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
II - pelo protesto judicial; 
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em 
reconhecimento do débito pelo devedor. 
 
Muitas vezes se discute, em execução fiscal, se a demora na ocorrência 
da citação impede que o curso da prescrição se interrompa. Também se 
discute se o magistrado pode reconhecer de ofício a ocorrência da 
prescrição, em se tratando de execução fiscal. 
Em relação a esses dois pontos, deve-se ter atenção aos enunciados das 
Súmulas nº 106 e nº 409 do STJ: 
 
Súmula nº 106 – STJ 
Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na 
citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o 
acolhimento da arguição de prescrição ou decadência. 
 
Súmula nº 409 – STJ 
Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação 
pode ser decretada de ofício (art. 219, § 5º, do CPC). 
 
 Prescrição Intercorrente – Mesmo que a execução fiscal tenha sido 
ajuizada dentro do quinquênio legal, caso o processo permaneça parado, 
sem movimentação ou arquivado, por mais de cinco (05) anos, ocorrerá a 
chamada prescrição intercorrente. O crédito tributário será considerado 
prescrito, e a execução fiscal será extinta, com análise de mérito. Cabe 
ressaltar que não basta o mero decurso do prazo de cinco anos desde o 
ajuizamento. É preciso de que haja inércia do ente público. Também, 
deve-se observar se não houve a ocorrência de alguma causa de 
interrupção do transcurso do prazo prescricional (parcelamento, 
pagamento etc.). A prescrição intercorrente está positivada no art. 40 da 
Lei de Execução Fiscal (LEF). 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 24 
 
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for 
localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a 
penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição. (...) 
§ 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o 
devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o 
arquivamento dos autos. (...) 
§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo 
prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de 
ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato. 
Nesse mesmo sentido, estabelece a Súmula nº 314 do STJ: 
 
Súmula nº 314 – STJ 
Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o 
processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição 
quinquenal intercorrente. 
 
 Prescrição ao Redirecionamento – O Fisco tem o prazo de cinco (05) anos 
para redirecionar a execução fiscal contra o administrador da sociedade. 
Atualmente, há uma grande celeuma quanto ao início desse prazo. Os 
contribuintes sustentam que os cinco anos devem ser contados a partir 
do ajuizamento da ação, pois o cidadão não pode ficar eternamente 
sujeito ao redirecionamento. Porém, o Fisco argumenta que o prazo de 
prescrição do redirecionamento somente pode iniciar quando nascer a 
pretensão contra o administrador (actio nata). A inércia da Fazenda 
Pública só teria início a partir do momento em que fosse constatada uma 
hipótese apta a ensejar o redirecionamento. O STJ possui decisões 
divergentes, estando pendente de julgamento o REsp nº 1.145.563, o 
qual foi sumetido ao regime de julgamento dos recursos repetitivos. 
 
 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 25 
Julgamento Favorável aos Contribuintes 
(...) 1. O termo inicial da prescrição é o momento da ocorrência da lesão 
ao direito, consagrado no princípio universal da actio nata. 2. In casu, 
não ocorreu a prescrição, porquanto o redirecionamento só se tornou 
possível a partir da dissolução irregular da empresa executada. 
(REsp 1196377/SP, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, 27/10/2010.) 
 
Julgamento Favorável à Fazenda Pública 
(...) O redirecionamento da execução contra o sócio deve dar-se no 
prazo de cinco (05) anos da citação da pessoa jurídica, (…) decorridos 
mais de cinco (05) anos após a citação da empresa, ocorre a prescrição 
intercorrente inclusive para os sócios. 
(Ag 1272349/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJ 14/12/2010.) 
 
8. Responsabilidade Tributária e Bens Impenhoráveis 
 
8.1. Relação de Bens Absolutamente Impenhoráveis 
 
Cumpre salientar que o devedor tributário, inclusive o sócio ou o administrador de 
sociedade que tenha sido responsabilizado pelo pagamento de dívidas sociais, 
responderá com todos os seus bens pelas dívidas, exceto aqueles reputados 
absolutamente impenhoráveis, por força de lei, conforme dispõe o art. 184 do 
CTN. 
 
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que 
sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a 
totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito 
passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou 
cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da 
constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas 
que a lei declare absolutamente impenhoráveis. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 26 
O rol de bens impenhoráveis está atualmente previsto no art. 833 do CPC. 
 
Art. 833. São impenhoráveis: 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à 
execução; 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a 
residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as 
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo 
se de elevado valor; 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os 
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem 
como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao 
sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os 
honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou 
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do 
executado; 
VI - o seguro de vida; 
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem 
penhoradas; 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada 
pela família; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação 
compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 
(quarenta) salários-mínimos; 
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nostermos da lei; 
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de 
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 
 
 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 27 
8.2. Bem de Família 
 
Além dos bens arrolados no CPC, temos, ainda, a proteção dada pelo 
ordenamento jurídico ao Bem de Família, assim entendido como o imóvel 
residencial próprio do devedor, nos termos do art. 1º da Lei nº 8.009/90: 
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é 
impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, 
fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos 
pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses 
previstas nesta lei. 
 
Em relação à proteção atribuída por lei ao Bem de Família, é importante 
considerar as Súmulas nº 364, 449, 451 e 486, todas do STJ, que bem evidenciam 
os contornos dessa proteção, segundo a interpretação e a aplicação dada à lei 
pelo referido Superior Tribunal de Justiça: 
 
Súmula 364 – STJ 
O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o 
imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. 
Súmula 449 – STJ 
 
A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis 
não constitui bem de família para efeito de penhora. 
 
Súmula 451 – STJ 
É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial. 
 
Súmula 486 – STJ 
É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado 
a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para 
a subsistência ou a moradia de sua família. 
 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 28 
Portanto, vê-se que, de acordo com a interpretação do STJ, a proteção do Bem de 
Família deve ser estendida à residência de pessoas solteiras, separadas e viúvas. 
Também é impenhorável o único imóvel, ainda que esteja locado a terceiros, 
desde que a renda obtida seja revertida para residência ou subsistência da família. 
 
Por outro lado, o STJ entende ser legítima a penhora da sede do estabelecimento 
do empresarial, bem como da vaga de garagem que possua matrícula própria 
perante o Registro de Imóveis, não merecendo esses imóveis a proteção legal. 
 
8.3. Exceções à Impenhorabilidade 
 
Por fim, deve ser frisado que a proteção conferida por lei ao denominado Bem de 
Família (i.e., ao imóvel residencial próprio do devedor e de sua família) é uma 
regra não absoluta, existindo exceções. 
 
Nesse sentido, a própria Lei nº 8.009/90 prevê as hipóteses em que a proteção ao 
bem de família não poderá ser invocada: 
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, 
fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: 
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção 
ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em 
função do respectivo contrato; 
III -- pelo credor de pensão alimentícia; 
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, 
do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, 
observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; 
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições 
devidas em função do imóvel familiar; 
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo 
casal ou pela entidade familiar; 
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença 
penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. 
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. 
 
 
 A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES 29 
 
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