Buscar

CHQAO PORTUGUÊS Cópia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CH QAO 
Português 
Alexander Perrot 
 
A) Idt o sentido de 
palavras e expressões 
Significação das Palavras 
A Carga Semântica nas Expressões 
Entendemos por semântica, a ciência que estuda o significado das palavras. 
Quando analisamos algumas expressões (considerando a concepção e 
bagagem cultural de cada um), percebemos que há palavras que possuem uma 
semântica muito intensa, ou seja, com várias possibilidades de interpretações. 
É importante frisar que mesmo elas possuindo semelhança na grafia e nos 
sons, são divergentes no sentido, deixando a diferenciação ser notada apenas 
pelo contexto em que elas estão envolvidas. 
Nesse momento, iremos entender o sentido denotativo e o sentido 
conotativo de algumas construções. 
Dizemos que sentido denotativo é a palavra com sentido real e imutável. 
Podemos afirmar que é a representação mental da palavra tal como está no 
enunciado. Para exemplificar, pense na palavra “caderno” (folhas de papel 
sobrepostas) e perceba que tem o mesmo sentido em todo lugar, por isso o 
sentido denotativo é também universal. 
 
Observe também esse exemplo: 
 
“Com as minhas mãos exaustas e calejadas, concluirei a construção de 
minha casa (sinônimo de moradia segura); um quarto com uma cama, uma 
cozinha e uma sala, assim será o lugar onde descansarei e regozijarei ao findar 
de um tão árduo dia”. 
O sentido denotativo remete nossos pensamentos aos sinônimos, que são 
palavras que mesmo não possuindo grafia idêntica, são semelhantes em seu 
significado. 
 
Já o sentido conotativo é figurativo, metafórico e simbólico que podem 
sugerir várias interpretações. É frequentemente utilizado para transmitir idéia 
de depressão, tristeza ou em algumas vezes, até mesmo sentido cômico. 
Considere essa oração: 
"Mergulhei em um mar de amargas lágrimas. Lágrimas essas, causadas pela 
ausência de uma mão amiga que me chame para a superfície segura do amor”. 
Entre outras expressões, mar de lágrimas, refere-se ao um período de choro 
intenso. 
Mas o sentido conotativo não é apenas figurado, esse sentido é de acordo 
com o contexto que está sendo expresso, leva em consideração a formação 
individual do receptor, podendo ter ou não aceitabilidade, sendo de ordem 
abstrata e subjetiva. 
 
Ditados populares também são exemplos de conotação: 
"Santinha de pau oco". Pessoas que possuem boa índole apenas 
aparentemente, pois antigamente os bandidos utilizavam-se de imagens ocas 
de santos para esconderem os produtos do furto. 
 
"Gato escaldado tem medo de água fria". Refere-se aqueles que sofreram 
algum agravo e sentem-se sensibilizados pelo ocorrido. 
 
"Sem eira nem beira". Ausência de bens ou posses, ou em alguns casos, 
expressões que não tem sentido lógico. 
Alguns problemas da língua culta 
(grafia e uso de palavras e expressões) 
 
 
 •Onde/Aonde 
 
 Onde é um advérbio que remete ao lugar em que se está ou no qual 
se passa algum fato ou expressa um estado de permanência. 
 
 Exemplos: Onde você vai votar nessas eleições? 
 Este é o shopping onde comprei minha bolsa. 
 
 Aonde indica idéia de movimento, de aproximação. Aonde é a junção 
da preposição a + o advérbio onde e é usada em contraste com donde, o qual 
dá idéia de afastamento. 
 
 Exemplos: Aonde você vai? 
 Não sei aonde vou agora: ou ao banco ou à loja. 
 
 
 • Mas/Mais 
 Mas é uma conjunção adversativa e indica oposição, equivalendo à “porém”, 
“contudo”, “entretanto”, “no entanto”. 
 
 Exemplos: Ele foi à aula, mas o professor faltou. 
 Nós precisamos da tua ajuda, mas se for de boa vontade. 
 
 Mais é um advérbio de intensidade, mas também é utilizado para indicar idéia 
de adição ou de acréscimo. É oposição de menos. 
 
 Exemplos: Ele sempre foi o mais organizado da turma. 
 Ele é muito bondoso, mas faria ainda mais por você! 
 
 • Mal/Mau 
 Mal é um advérbio ou substantivo, depende da posição na oração. Quando 
como advérbio tem significado semelhante a “de modo errado”, “irregularmente” e como 
substantivo é o oposto de bem e significa “prejudicial”: 
 
 Exemplos: Hoje o Joãozinho se comportou mal com a professora. 
 Não fume, pois faz mal. 
 
 Mau é adjetivo e tem o mesmo sentido de “ruim”, “maldoso”, “de má índole”. 
Possui o feminino má. 
 
 Exemplos: Por que a professora foi tão má conosco? 
 João é um mau arquiteto. 
 • Demais/ De mais 
 Demais pode ser advérbio de intensidade ou pronome indefinido. Quando 
exerce função de advérbio significa “muito” e quando exerce função de pronome 
indefinido tem sentido de “os outros”, “os restantes”: 
 
 Exemplos: As meninas sabem demais. (advérbio de intensidade) 
 Vocês podem ir, os demais ficam para conversarmos. (pronome indefinido) 
 
 De mais é uma locução prepositiva. É o oposto de “de menos”. É empregado 
sempre ao lado de substantivos ou pronomes substantivos: 
 
 Exemplos: Eles não fizeram nada de mais. 
 A poupança que fizeram não rendeu de mais. 
 
 
 • Senão/ Se não 
 Senão é o mesmo que “caso contrário” ou “a não ser”. 
 
 Exemplos: Vamos terminar nosso trabalho, senão deveremos fazê-lo em dobro 
amanhã. Não fazia mais nada senão estudar e estudar. 
 
 Se não aparece em orações condicionais e equivale a “caso não”: 
 
 Exemplos: Se não terminarmos nosso trabalho hoje, não teremos tempo 
amanhã. 
 Se não procurarmos nos acalmar, não conseguiremos pensar no que fazer. 
 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão 
 
 O PAVÃO 
 E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é 
um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não 
existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água 
em que a luz se fragmenta, como em um prisma. 
 O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande 
artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz 
seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. 
 Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele 
suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo 
a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. 
 (BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 120) 
 
 
No 2º parágrafo do texto, a expressão ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES significa o artista: 
 
(A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris. 
 
(B) conseguir o maior número de tonalidades. 
 
(C) fazer com que o pavão ostente suas cores. 
 
(D) fragmentar a luz nas bolhas d’água. 
B) Interpretar o sentido de 
frases e parágrafos 
 A construção textual deve ser a construção de um todo 
compreensível aos olhos do leitor. A coerência textual é o instrumento que o 
autor vai usar para conseguir encaixar as “peças” do texto e dar um sentido 
completo a ele. 
 Cada palavra tem seu sentido individual, quando elas se relacionam 
elas montam um outro sentido. O mesmo raciocínio vale para as frases, os 
parágrafos e até os textos. Cada um desses elementos tem um sentido 
individual e um tipo de relacionamento com os demais. Caso estas relações 
sejam feitas da maneira correta, obtemos uma mensagem, um conteúdo 
semântico compreensível. 
 O texto é escrito com uma intencionalidade, de modo que ele tem uma 
repercussão sobre o leitor, muitas vezes proposital. 
 Em uma redação, para que a coerência ocorra, as idéias devem se 
completar. Uma deve ser a continuação da outra. Caso não ocorra uma 
concatenação de idéias entre as frases, elas acabarão por se contradizerem ou 
por quebrarem uma linha de raciocínio. Quandoisso acontece, dizemos que 
houve um quebra de coerência textual. 
 A coerência é um resultado da não contradição entre as partes do 
texto e do texto com relação ao mundo. Ela é também auxiliada pela coesão 
textual, isto é, a compreensão de um texto é melhor capturada com o auxílio de 
conectivos, preposições, etc. 
Vejamos alguns exemplos de falta de coerência textual: 
“No verão passado, quando estivemos na capital do Ceará Fortaleza, não 
pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto que chegou a nevar” 
“Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta consegue sobreviver.” 
“Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não ouvi o sabiá cantar” 
“Todo mundo destrói a natureza menos todo mundo” 
“Podemos notar claramente que a falta de recursos para a escola pública é 
um problema no país. O governo prometeu e cumpriu: trouxe várias melhorias 
na educação e fez com que os alunos que estavam fora da escola voltassem a 
frequentá-la. Isso trouxe várias melhoras para o país.” 
 
A falta de coerência em um texto é facilmente detectada por um falante da 
língua, mas não é tão simples notá-la quando é você quem escreve. A 
coerência é a correspondência entre as idéias do texto de forma lógica. 
Quando o entendimento de determinado texto é comprometido, 
imediatamente alguém pode afirmar que ele está incoerente. Na maioria das 
vezes esta pessoa está certa ao fazer esta afirmação, mas não podemos achar 
que as dificuldades de organização das idéias se resumem à coerência ou a 
coesão. É certo que elas facilitam bastante esse processo, mas não são 
suficientes para resolver todos os problemas. O que nos resta é nos 
atualizarmos constantemente para podermos ter um maior domínio do 
processo de produção textual. 
C) Interpretar relações: 
fato/causa... 
 INDICAÇÃO DE CIRCUNSTÂNCIAS - RELAÇÕES DE SENTIDO - ÁREA SEMÂNTICA 
 
 Chama-se circunstância a condição particular que acompanha um fato. 
 Um grupo de palavras pertence a mesma área semântica, quando elas, num 
determinado contexto, têm em comum um traço semântico que as aproxime. 
 Vou relacionar a área semântica de algumas circunstâncias, como de causa, 
consequência, fim, conclusão, já que essa área, através das relações de sentido, é 
bastante cobrada nos concursos e nas provas discursivas. 
 
 
 Circunstância de CAUSA 
 
 O processo mais comum de expressarmos as circunstâncias de causa é nos 
servirmos de conjunções adverbiais ou palavras que significam causa: 
 
•substantivos: motivo, razão, explicação, fundamento, desculpa e outros. 
•conjunções (e locuções): porque, visto que, pois, por isso que, já que, uma vez que, 
 porquanto, na medida em que, como, etc. 
•Preposições (e locuções): por, por causa de, em vista de, em virtude de, devida a, em 
 consequência de, por motivo de, por razões de, à mingua 
 de, por falta de, etc. 
 “Circunstância” de CONSEQUÊNCIA, FIM, CONCLUSÃO 
 
 Se o fato determinante de outro é a sua causa, esse outro é a sua consequência. A 
consequência desejada é o fim (propósito, obstáculo). Verifiquem os exemplos seguintes: 
•Causa: Os motoristas fizeram greve porque desejavam aumento de salário. 
•Fim: Os motoristas fizeram greve para conseguir aumento de salário. 
•Consequência: Os motoristas fizeram tantas greves que conseguiram aumento de 
salário. 
 
Atenção: Em sentido inverso, partindo-se da consequência, chega-se à causa. 
Causa: Os motoristas conseguiram aumento de salário, porque fizeram greve. 
 
 “Vocabulário semântico” de CONSEQUÊNCIA, FIM, CONCLUSÃO 
 
•FIM, PROPÓSITO, INTENÇÃO 
•substantivos: projeto, objetivo, finalidade, meta, pretensão, etc. 
•partículas e locuções: com o propósito de, com a intenção de, com o fito de, com o 
intuito de, de propósito, intencionalmente - além das preposições para, a fim de, e as 
conjunções afim de que, para que. 
 
•CONSEQuÊNCIA, RESULTADO, CONCLUSÃO 
•substantivos: efeito, sequência, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho, 
desenlace, etc. 
•partículas e locuções: pois, por isso, por consequência, consequentemente, logo, 
então, por causa disso, em virtude disso, devido a isso, em vista disso, visto isso, à conta 
disso, como resultado, em conclusão, em suma, em resumo, enfim 
(GEFAZ - MG - 2005) Com base no texto abaixo. 
 
Para reduzir a distância do fosso que separa ricos e pobres tanto na capital quanto no país será 
preciso anos e anos de crescimento contínuo da economia e um amplo programa de educação e de 
geração de empregos nas periferias das grandes cidades. Se isso não acontecer, a tendência é de as 
diferenças sociais agravarem ainda mais a violência que já assola o país. Mas não adianta só 
crescimento econômico se as taxas de juros não caírem. É que a riqueza decorre da transferência de 
renda dos mais pobres, que pagam juros quando tomam empréstimo ou compram a prazo, para os 
mais ricos, que têm dinheiro de sobra para aplicar no mercado financeiro. 
(Juro piora desigualdade. Correio Braziliense, 27 de março de 2005, com adaptações) 
 
Assinale a relação de causa e consequência que encontra fundamento na argumentação do 
texto. 
 
a) CAUSA - crescimento contínuo da economia pela aplicação de sobra de dinheiro. 
CONSEQuÊNCIA - geração de empregos nas periferias das grandes cidades. 
b) CAUSA - crescimento contínuo da economia, programa de educação e geração de emprego 
nas periferias das grandes cidades. CONSEQuÊNCIA - redução do fosso que separa ricos e 
pobres. 
c) CAUSA - violência na periferia das grandes cidades. CONSEQuÊNCIA - agravamento das 
diferenças sociais econômicas. 
d) CAUSA - crescimento econômico. CONSEQuÊNCIA - queda das taxas de juros. 
e) CAUSA - transferência de renda dos mais pobres, que pagam juros pelas compras a prazo para 
os mais ricos. CONSEQuÊNCIA - sobra de dinheiro, com aumento de juros para as aplicações no 
mercado financeiro. 
D) Idt estrutura de texto 
dissertativo argumentativo 
Estrutura de um texto 
DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO 
 
 INTRODUÇÃO 
 Constitui o parágrafo inicial do texto e deve ter, em média, 5 linhas. 
 É composta por uma sinopse do assunto a ser tratado no texto. 
 Não se pode, entretanto, começar as explicações antes do tempo. 
Todas as idéias devem ser apresentadas de forma sintética, pois é no 
desenvolvimento que serão detalhadas. 
 
A construção da introdução pode ser feita de várias maneiras: 
 
 Constatação do problema 
 Ex.: O aumento progressivo dos índices de violência nos grandes 
centros urbanos está promovendo uma mobilização político-social. 
 
 Delimitação do assunto 
 Ex.: A cidade do Rio de Janeiro, um dos núcleos urbanos mais 
atrativos turisticamente no Brasil, aparece nos meios de comunicação 
também como foco de violência urbana. 
Definição do tema 
Ex.: Como um dos mais problemáticos fenômenos sociais, a violência está mobilizando 
não só o governo brasileiro, mas também toda a população num esforço para sua 
erradicação. 
Na construção da introdução, a utilização de um dos métodos apresentados não seria 
suficiente. 
Deve-se, num segundo período, lançar as idéias a serem explicitadas no 
desenvolvimento. Para tanto pode-se levantar 3 argumentos, causas e consequências, 
prós e contras. Lembre-se de que as explicações e respectivas fundamentações de cada 
uma dessas idéias cabem somente ao desenvolvimento. 
 
Observe alguns exemplos: 
· A televisão - Se por um lado esse popular veículo de comunicação pode influenciar o 
espectador, também se constitui num excelente divulgador de informações com potencial 
até mesmo pedagógico. (as três idéias: manipulador de opiniões, divulgador de 
informações e instrumento educacional.) 
 
· Escassezde energia elétrica - Destacam-se como fatores preponderantes para esse 
processo o aumento populacional e a má distribuição de energia que podem acarretar 
novo racionamento. (as três idéias: crescimento da população e da demanda de energia, 
problemas com distribuição da energia gerada no Brasil e a consequência do 
racionamento do uso de energia) 
 
· A juventude e a violência - Pode-se associar esse crescimento da violência com o 
número de jovens envolvidos com drogas e sem orientações familiares, o que gera 
preconceito em relação a praticantes de esportes de luta e “funkeiros” 
 DESENVOLVIMENTO 
 
 Esta segunda parte de uma redação, também chamada de argumentação, 
representa o corpo do texto. Aqui serão desenvolvidas as idéias propostas na 
introdução. É o momento em que se defende o ponto de vista acerca do tema proposto. 
Deve-se atentar para não deixar de abordar nenhum item proposto na introdução. 
 Pode estar dividido em 2 ou 3 parágrafos e corresponde a umas 20 linhas, 
aproximadamente. 
 A abordagem depende da técnica definida na introdução: 3 argumentos, 
causas e consequências ou prós e contras. O conceito de argumento é importante, pois 
ele é a base da dissertação. Causa, consequência, pró, contra são todos tipos de 
argumentos; logo pode-se apresentar 3 causas, por exemplo, num texto. 
 A reflexão sobre o tema proposto não pode ser superficial, para aprofundar 
essa abordagem buscam-se sempre os porquês. 
 De modo prático o procedimento é: 
 - Levantar os argumentos referentes ao tema proposto. 
 - Fazer a pergunta por quê? a cada um deles, relacionando-o diretamente ao 
tema e à sociedade brasileira atual. 
 
A distribuição da argumentação em parágrafos depende, também, da técnica adotada: 
· 3 argumentos - um parágrafo explica cada um dos argumentos 
· causas e consequências - podem estar distribuídas em 2 ou 3 parágrafos. Ou 
agrupam-se causas e consequências, constituindo 2 parágrafos; ou associa-se uma 
causa a uma consequência e com cada grupo constroem-se 2 ou 3 parágrafos. 
· prós e contras - são as mesmas opções da técnica de causas e consequências, 
substituídas por prós e contras. 
· abordagem histórica - compara-se o antes e o hoje, elucidando os motivos 
e consequências dessas transformações. Cuidado com dados como datas, 
nomes etc. de que não se tenha certeza. 
 
· abordagem comparativa - usam-se duas idéias centrais para serem 
relacionadas no decorrer do texto. A relação destacada pode ser de 
identificação, de comparação ou as duas ao mesmo tempo. 
 
 
 É muito importante manter uma abordagem mais ampla, mostrar os 
dois lados da questão. 
 
 O texto esquematizado previamente reflete organização e técnica, 
valorizando bastante a redação. 
 
 Logo, um texto equilibrado tem mais chances de receber melhores 
conceitos dos avaliadores, por demonstrar que o candidato se empenhou 
para construí-lo. 
Recurso adicional - para elucidar uma idéia e demonstrar atualização, pode-
se apresentar de forma bastante objetiva e breve um exemplo relacionado ao 
assunto. 
- Encontre uma causa e uma consequência relacionados à proposição 
abaixo e construa um parágrafo para cada argumento: 
 · O Brasil tem enfrentado graves problemas na área de saúde e 
previdência públicas 
 · A campanha contra a miséria e a fome está mobilizando toda a 
nação 
 
- Indique três causas das proposições a seguir e justifique cada uma 
através de uma frase: 
 · Precariedade do sistema de transportes 
 · Alto índice de mortalidade infantil 
 · Congestionamento nas grandes cidades 
 
- Aponte três consequências para os temas abaixo e construa um 
parágrafo fundamentando cada uma. 
 · Baixo índice de mão-de-obra especializada 
 · Falta de investimento em tecnologia 
 · Uso de agrotóxicos 
 
- Levante um argumento favorável e um desfavorável para a 
proposição a seguir. Construa um parágrafo envolvendo suas idéias. 
 · As greves dos trabalhadores em relação à sociedade e à nação. 
 CONCLUSÃO 
 
 Representa o fecho do texto e vai gerar a impressão final do avaliador. 
Deve conter, assim como a introdução, em torno de 5 linhas. 
 
 Pode-se fazer uma reafirmação do tema e dar-lhe um fecho ou 
apresentar possíveis soluções para o problema apresentado. 
 
 Apesar de ser um parecer pessoal, jamais se inclua. 
Evite começar com palavras e expressões como: concluindo, para finalizar, 
conclui-se que, enfim... 
E) Idt e analisar a sucessão 
cronológica dos fatos 
QUESTÃO DE SIMULADO: 
 
15) Naquele exato momento, sentiu o peso da responsabilidade. Sabia que o pai o 
chamara para aquela conversa com a intenção de saber dele o que pretendia fazer da 
vida, passados os primeiros dias de euforia pela conclusão do curso. Feita a pergunta, de 
modo claro e objetivo, só conseguiu responder que começaria o mais breve possível a 
ladainha das entrevistas que tinha marcado nas clínicas que visitara há meses. 
 
Os verbos que indicam corretamente a sucessão cronológica dos fatos narrados são, 
nessa ordem: 
a) sabia – sentiu – chamara 
b) pretendia – sentiu – sabia 
c) tinha marcado – sentiu – visitara 
d) chamara – sentiu – começaria 
e) conseguiu responder – sentiu – tinha marcado 
FRASE NA ORDEM CORRETA: 
 
Sabia que o pai o chamara para aquela conversa com a intenção de saber dele o que 
pretendia fazer da vida, passados os primeiros dias de euforia pela conclusão do curso. 
Naquele exato momento, sentiu o peso da responsabilidade. 
Feita a pergunta, de modo claro e objetivo, só conseguiu responder que começaria o 
mais breve possível a ladainha das entrevistas que tinha marcado nas clínicas que 
visitara há meses. 
F) Idt o emprego de 
substantivos, artigos ... 
A Primeira gramática do Ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, 
que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, 
preposição, advérbio e conjunção. 
 
Atualmente são reconhecidas 10 classes gramaticais pela maioria dos 
gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, 
preposição, artigo, numeral e pronome. 
 
Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às 
classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e 
portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós 
somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que 
ainda vão ocorrer. 
 
Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da 
língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes 
gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que 
estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = 
estudo), ou seja, o estudo da forma. 
 
Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o 
contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, 
mas somente a forma da palavra. 
Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características 
das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada 
classe de palavras: 
 
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente 
seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos 
ou políticos, etc. 
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc. 
 
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os 
substantivos, antecedendo-os. 
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. 
 
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar 
característicasaos substantivos. 
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc. 
 
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que 
determina a pessoa do discurso. 
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc. 
 
VERBO – palavras que expressam ações ou estados, se encontram nesta classe 
gramatical. 
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc. 
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, 
modificando-os. 
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc. 
 
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem. 
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc. 
 
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações 
entre elas. 
Exemplo: em, de, para, por, etc. 
 
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações 
de coordenação ou subordinação. 
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc. 
 
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, 
pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos 
definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de 
espírito. 
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh! 
G) Idt os níveis 
morfológico e semântico 
 
 Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da 
classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando 
para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. 
 A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de 
palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, 
Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. 
 
ÍNDICE 
 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
Estrutura das Palavras 
Raiz 
Desinência 
Formação das Palavras 
Derivação Regressiva 
Composição 
Prefixos 
Sufixos 
Sufixos Formadores de Palavras 
Radicais Gregos 
Radicais Latinos 
SUBSTANTIVO 
Substantivo Comum 
Substantivo Abstrato 
Substantivo e seus coletivos 
Formação dos Substantivos 
Flexão dos Substantivos 
Substantivo Uniforme 
Substantivo Comum de 2 Gêneros 
Substantivo de Gênero Incerto 
Número de Substantivo 
Plural dos Substantivos Compostos 
Plural das Palavras Substantivadas 
Grau do Substantivo 
 
 ARTIGO 
 
ADJETIVO 
Adjetivo Pátrio 
Locução Adjetiva 
Flexão dos Adjetivos 
Adjetivo Composto 
Grau Superlativo 
NUMERAL 
Numeral Multiplicativo 
 
PRONOME 
Pronomes Pessoais 
Pronome Oblíquo Átono 
Pronome Oblíquo Tônico 
Pronome de Tratamento 
Pronomes Possessivos 
Pronomes Demonstrativos 
Obs. sobre Pronomes 
Pronomes Indefinidos 
Pronomes Relativos 
Pronomes Interrogativos 
 
ADVÉRBIO 
Classificação dos Advérbios 
Advérbios Interrogativos 
Palavras e Locuções Denotativas 
 
PREPOSIÇÃO 
Classificação das Preposições 
Locução Prepositiva 
Principais Relações estabelecidas pelas Preposições 
VERBO 
Classificação dos Verbos 
Verbos Unipessoais 
Verbo Ser – Formas Nominais 
Verbo Ter – Modo Indicativo 
Modos de Verbo 
Tempos Verbais 
Tempos do Subjuntivo 
Tempos Primitivos 
Tempos Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo 
Futuro do Subjuntivo 
Futuro do Pretérito do Indicativo 
Aspecto Verbal 
Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal 
Vozes do Verbo 
Voz Passiva Sintética 
Pronúncia correta de alguns Verbos 
 
CONJUNÇÃO 
Conjunções Coordenativas 
Conjunções Subordinativas 
 
INTERJEIÇÃO 
Locuções Interjetivas 
 
Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma 
palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado 
contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que 
ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço 
geográfico. 
 
LINGUAGEM 
Tipos de Linguagem 
Língua 
Língua Falada 
Língua Escrita 
Fala / Signo 
 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
Sinônimos, Antônimos, Polissemia 
Homônimos – Homônimos Perfeitos 
Parônimos 
Morfossintaxe do Adjetivo: 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando 
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). 
LOCUÇÃO ADJETIVA 
 
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma 
coisa, tem-se locução. 
 
Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão 
que equivale a um adjetivo.) 
 
Por exemplo: 
aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). 
- SUPERLATIVO ABSOLUTO: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros 
seres. Apresenta-se nas formas: 
 
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). 
O secretário é muito inteligente. 
 
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. 
O secretário é inteligentíssimo. 
- SUPERLATIVO RELATIVO: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de 
seres. Essa relação pode ser: 
 
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. 
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. 
GRAU DOS ADJETIVOS 
 
 COMPARATIVO (IGUALDADE, SUPERIORIDADE , INFERIORIDADE) 
 SUPERLATIVO (ABSOLUTO, RELATIVO) 
- COMPARATIVO: pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. 
 
1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade 
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superioridade Analítico 
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético 
Pedro é maior (do) que Paulo - Comparação de dois elementos 
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento 
4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade 
Sou menos passivo (do) que tolerante. 
 
 
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. 
 
 
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de 
quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. 
 
Por exemplo: 
As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente. 
 
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como: 
Tempo: Ela chegou tarde. 
Lugar: Ele mora aqui. 
Modo: Eles agiram mal. 
Negação: Ela não saiu de casa. 
Dúvida: Talvez ele volte. 
 
Observações: 
- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do processo verbal, podendo 
assim, ser classificados como determinantes. 
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo 
subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, 
individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a 
preposição vincula. 
 
Exemplos: 
Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir. 
amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição 
de: preposição 
 
Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. 
esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição 
com: preposição 
 
Esse tipo de relação é considerada umaconexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A 
preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação 
denominado regência. 
 
Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado 
antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado 
consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente. 
 
Exemplos: 
A hora das refeições é sagrada. 
As preposições podem introduzir: 
 
a) Complementos Verbais 
Eu obedeço "aos meus pais". 
 
b) Complementos Nominais 
Continuo obediente "aos meus pais". 
 
c) Locuções Adjetivas 
É uma pessoa "de valor". 
 
d) Locuções Adverbiais 
Tive de agir "com cautela". 
 
e) Orações Reduzidas 
"Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido. 
 
 
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. 
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. 
 
Por exemplo: 
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. 
 
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: 
segurou a boneca 
a menina mostrou 
viu as amiguinhas 
 
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 
1ª oração: A menina segurou a boneca 
2ª oração: e mostrou 
3ª oração: quando viu as amiguinhas. 
 
A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As 
palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações. 
Classificação da Conjunção 
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e 
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse 
isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo 
caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro. 
 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função 
gramatical. Subdividem-se em: 
 
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e 
não), não só... mas também, não só...como também, bem como, não só...mas ainda . 
A sua pesquisa é clara e objetiva. 
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. 
 
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, 
porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. 
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 
 
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se 
realizam separadamente. São elas: ou, ou...ou, ora, já...já, quer...quer, seja...seja, talvez...talvez. 
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 
 
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São 
elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. 
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 
 
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, 
porque, pois (antes do verbo) , porquanto. 
Não demore, que o filme já vai começar. 
 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas 
conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. 
 
O baile já tinha começado quando ela chegou. 
O baile já tinha começado: oração principal 
quando: conjunção subordinativa 
ela chegou: oração subordinada 
 
 
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 
 
1. Integrantes 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que 
equivalem a substantivos. São elas: que, se. 
Espero que você volte. (Espero sua volta.) 
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 
 
2. Adverbiais 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a 
circunstância que expressam, classificam-se em: 
 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= 
porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. 
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
Como não se interessa por arte, desistiu do curso. 
 
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua 
realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, 
conquanto, etc. 
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. 
 
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, 
caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. 
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. 
 
d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, 
como (= conforme), segundo, consoante, etc. 
O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
Arrume a exposição segundo as ordens do professor. 
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para 
que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. 
Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. 
 
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. 
São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais...(mais), quanto 
menos...(menos), quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc. 
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
Quanto mais reclamava menos atenção recebia. 
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que. 
 
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. 
São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim 
que, agora que, mal (= assim que), etc. 
A briga começou assim que saímos da festa. 
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. 
 
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: 
como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, 
que nem, que(combinado com menos ou mais), etc. 
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. 
Ele é preguiçoso tal como o irmão. 
 
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, 
de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração 
principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. 
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 
A dor era tanta que a moça desmaiou. 
LocuçãoConjuntiva 
Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de 
palavras que atuam como conjunção. Essas locuções 
geralmente terminam em "que". 
- visto que 
- desde que 
- ainda que 
- por mais que 
- à medida que 
- à proporção que 
- logo que 
- a fim de que 
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o 
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas 
linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo: 
 
Droga! Preste atenção quando eu estou falando! 
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! 
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição 
Droga! 
 
As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os 
distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de "palavra-frase", 
ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser 
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: 
Bravo! Bis! 
bravo e bis: interjeição 
sentença (sugestão): "Foi muito bom! Repitam!" 
 
Locução Interjetiva 
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição. 
Ora bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! 
Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem! 
 
As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. 
Ué! = Eu não esperava por essa! 
Perdão! = Peço-lhe que me desculpe. 
 
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros 
processos: 
 ação (correr); 
 estado (ficar); 
 fenômeno (chover); 
 ocorrência (nascer); 
 desejo (querer). 
 
 O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que 
palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; 
não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem. 
 
 
Classificam-se em: 
 
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca 
alterações no radical. 
canto cantei cantarei cantava cantasse 
 
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. 
faço fiz farei fizesse 
 
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. 
Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais. 
 
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os 
principais verbos impessoais são: 
 
 haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). 
 Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) 
 Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) 
 Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) 
 Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) 
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo) 
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. 
Era primavera quando a conheci. 
Estava frio naquele dia. 
 
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, 
amanhecer, escurecer, etc. 
 
 Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. 
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) 
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) 
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) 
 
 
d) São impessoais, ainda: 
 
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis. 
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta de tolices. Chega de 
blasfêmias. 
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem 
referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, 
tornando-se, tais verbos, então, pessoais. 
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". 
 Não deu para chegar mais cedo. 
 Dá para me arrumar uns trocados? 
* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, se conjugam apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. 
A fruta amadureceu. 
As frutas amadureceram.

Mais conteúdos dessa disciplina