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Departamento de Engenharia Mecânica - ENM 1 Alumínio e suas ligas Materiais de Construção Mecânica II 2 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Alumínio e Ligas de Alumínio O Alumínio é um metal leve, macio e resistente, muito maleável e dúctil, apto para a mecanização e fundição, além de ter uma excelente resistência à corrosão e durabilidade devido à camada protetora de óxido (Al2O3). Por ser um bom condutor de calor, é muito utilizado em utensílios de cozinha. 3 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Vantagens 4 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas ALUMÍNIO - PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS Ponto de Fusão: 660 C Sistema cristalino: CFC Densidade Al= 2,7 g/cm3 Cu= 8.9 g/cm3 Aço= 7.9 g/cm3 5 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Magnésio (Mg) Berílio (Be) Alumínio (Al) Titânio (Ti) Zinco (Zn) Ferro (Fe) Niquel (Ni) Cobre (Cu) Estanho (Sn) Tungsténio (W) Densidade (ton/m^3) Gráfico comparativo da densidade de alguns metais 6 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas A GRANDE VANTAGEM DO ALUMÍNIO É O BAIXO PESO ESPECÍFICO (peso por unidade de volume) Al PURO RECOZIDO limite de resistência à tração: ~48 MPa (4,9 kgf/mm²) (250 – 700 Mpa) limite de escoamento: ~ 12,7 MPa (1,3 kgf/mm²) (180-550 Mpa) Deformação máxima: 35% ELEMENTOS DE LIGA, TRABALHO A FRIO E TRATAMENTO TÉRMICO, AUMENTAM A RESISTÊNCIA À TRAÇÃO Propriedades Físicas e Mecânicas 7 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Propriedades Físicas e Mecânicas MÓDULO DE ELASTICIDADE Possui módulo de elasticidade baixo Al= 7000 Kg/mm2 Cu= 11.500 Kg/mm2 Aço= 21.000 Kg/mm2 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA - A condutividade elétrica do Al é 61-65% da do Cu - A condutividade elétrica é afetada pela presença de impurezas 8 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Obtenção do Alumínio O processo químico denominado Bayer é o mais utilizado na indústria do alumínio. A alumina é dissolvida em soda cáustica. Filtragem (separação de todo material sólido) Cristalização da alumina Cristais secados e calcinados. Pó branco enviado à Redução para obtenção de alumínio. Redução pelo processo Hall-Heroult Insumos para a produção de 1 t de alumínio primário Alumina 1930 kg Energia Elétrica 14 a 16,5 kWh Criloita 12 kg Fluoreto de alumínio 20 a 30 kg Coque de petróleo 0,4 a 0,5 kg Piche 0,1 a 0,15 kg Extração da Bauxita 9 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Alumínio e Ligas de Alumínio • O alumínio é o metal mais abundante na crosta terrestre. • Possui reduzida densidade (2,7 kg/dm3), apenas suplantada pelo Magnésio e Berílio. • Possui boa ductilidade, boa condutividade térmica e elétrica. • Excelente resistência à corrosão, conferida pela camada protetora de óxido (Al2O3). • Processamento ainda caro, mas fácil reciclagem. • Potencial para atingir resistência mecânica similar a alguns aços. 10 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Ligas de Alumínio • Série 1xxx – Alumínio comercialmente puro (≥99%); • Excelente resistência à corrosão e condutividade térmica. • Série 2xxx – Al-Cu (Mg, Li); • Menor resistência à corrosão; Possibilidade incremento de tensão-limite de elasticidade por tratamentos térmicos. • Série 3xxx – Al-Mn (Mg); • Limite de adição de Mn é 1.5%. Mantém a sensibilidade positiva à velocidade de deformação. • Série 4xxx – Al-Si; • Até 12% Si baixa o ponto de fusão; Usado como fio de solda ou material de adição em brasagem. 11 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Ligas de Alumínio • Série 5xxx – Al-Mg; • Incremento de resistência por solução sólida; Excelente resistência à corrosão em ambientes marítimos; Excelente soldabilidade. • Série 6xxx – Al-Mg-Si; • Boa conformabilidade; Boa resistência à corrosão; Resistência média. • Série 7xxx – Al-Zn (Cu, Mg, Cr, Zr); • Ligas com a maior resistência; Utilização maioritariamente na indústria aeronáutica. • Série 8xxx – Al- (Sn, Li, Fe, Cu, Mg) 12 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Ligas de Alumínio Aplicações · Liga 1xxx: Indústrias química e elétrica. · Liga 2xxx: Aeronaves (graças a sua elevada resistência mecânica). · Liga 3xxx: Aplicações arquitetônicas e produtos de uso geral. · Liga 4xxx: Varetas ou eletrodos de solda e chapas para brasagem. · Liga 5xxx: Produtos expostos à atmosfera marinha como cascos de barcos. · Liga 6xxx: Produtos extrudados de uso arquitetônico. · Liga 7xxx: Componentes estruturais de aeronaves e outras aplicações que necessitam de elevados requisitos de resistência. 13 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas 14 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Tratamentos térmicos (ligas tratáveis) 15 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Tratamentos térmicos (ligas tratáveis) 16 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Tratamentos térmicos (ligas tratáveis) 17 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Tratamentos térmicos (ligas tratáveis) 18 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Aplicações • Folha de alumínio; • Pelas suas propriedades de estanquidade à luz e líquidos, mesmo no caso de espessuras muito pequenas. • Embalagens; • Excelentes propriedades de isolamento. Não reativo para com o conteúdo. Leve e resistente. • Construção • Como material de revestimento, como perfis para janelas. 19 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Aplicações Transportes Indústria automóvel Painéis interiores e exteriores, com potencial redução de peso e emissões poluentes. Peças de fundição. Indústria aeronáutica Estrutura e painéis Trens Estrutura e revestimentos. Barcos Casco e revestimentos. 20 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Processamento • Fundição • Areia; • Alumínio e Ligas de Alumínio • Fundição injetada • Laminação • Estampagem • Extrusão • Forjamento • Corte 21 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Formas de melhorar as propriedades mecânicas do Alumínio • Endurecimento por deformação plástica a frio; • Redução do tamanho de grão; • Incorporação de elementos de liga de forma subtitucional ou intersticional; • Tratamentos térmicos 22 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Endurecimento por Deformação Plástica Eleva-se a resistência mecânica e a dureza de um metal dúctil com o processo de deformação plástica em temperaturas inferiores a 30% do seu ponto de fusão, no caso do alumínio abaixo de 460°C 23 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Endurecimento por Deformação Plástica • Também chamado de ENCRUAMENTO. • Interação entre as linhas de discordância diminuem as mobilidades dos defeitos, ocasionando um embarreiramento, ou seja, encruamento. • Grande número de discordâncias (ordem de 1011discordâncias/𝑐𝑚2) 24 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Endurecimento por Redução do Tamanho do Grão • Similar com o processo mencionado anteriormente, porém o processo será feito a quente. • No trabalho a quente, o material é deformado plasticamente e recristalizado de forma simultânea. • Elevação das discordâncias e imperfeições nas regiões de contorno de grão.• Implicitamente, materiais com grãos mais finos são mais resistentes do que com grãos mais grossos 25 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas 26 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Endurecimento por Redução do Tamanho do Grão • O tamanho do grão pode ser controlado pela indústria através da taxa de resfriamento da solidificação a partir da sua fase líquida. • Maior a retirada de calor, mais fino serão os grãos, pois eles não terão tempo suficiente para se propagarem 27 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Incorporação de elementos de liga Impurezas distorcem o retículo cristalino, logo promovem barreiras para deslocamento de discordâncias Os dois tipos de incorporações podem ocorrer: 28 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Incorporação de elementos de liga • Presença destes elementos elevam a tensão na rede cristalina. • Via de regra, átomos intersticiais geram um efeito endurecedor maior do que os substitucionais. • Ex: • Instersticiais – C em Fe (Aço) • Substitucionais – Ni em Cu 29 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Tratamentos térmicos • Solubilização por solução sólida supersaturada • Endurecimento por precipitação (Envelhecimento). • Alivio de tensão - Normalização 30 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Solubilização por solução sólida supersaturada Aquecimento da liga em uma temperatura dentro do campo monofásico (ALFA), em seguida ocorre um processo de têmpera, ou seja, resfriamento rápido para manter a liga no estado monofásico. 31 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Envelhecimento por precipitação • O endurecimento por precipitação ocorre quando partículas finamente dispersas de uma segunda fase precipitam no interior da matriz da fase principal, através de tratamentos térmicos adequados. • Solubilização seguida de têmpera, depois tratamento de precipitação (envelhecimento) 32 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Envelhecimento por precipitação 33 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Envelhecimento por precipitação • O processo de envelhecimento requer longos períodos de tempo. • Este tratamento eleva a dureza pois as partículas secundárias trabalham como uma forma de rede dificultadora da propagação das discordâncias. 34 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Superenvelhecimento • O superenvelhecimento é caracterizado pela redução da resistência mecânica com o tempo de envelhecimento. Quando o tempo de envelhecimento é superior ao ponto de resistência máxima, os precipitados coerentes de fase θ aumentam de tamanho e tornam-se incoerentes, diminuindo a resistência mecânica 35 Departamento de Engenharia Mecânica – ENM Alumínio e suas Ligas Normalização Consiste no aquecimento do aço a uma temperatura acima da zona crítica, seguindo de resfriamento no ar. Geralmente aplicada após processos de laminação ou em peças forjadas, visando a uniformização da estrutura cristalina evitando assim empenamentos e tensões concentradas
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