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Resumo Caso Varig

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No final da década de 1970, a 
Varig estava consolidada 
como empresa internacional 
brasileira
Varig | Galeão (Rio de Janeiro) 
| 09/08/2006
Por onde voam os ex 777 da 
Varig
DC 3 Museu da Varig - Assim 
se perde um pouco da 
história da aviação no Brasil.
Caso Varig
V I A Ç Ã O A É R E A R I O - G R A N D E N S E .
A VARIG, a primeira companhia aérea brasileira. 
JÚL IA OL IVE IRA , MARIA CLARA GALEGO , PAULO ROBERTO E THA ÍS SÓUZA
América Latina, Miami e Cabo Verde – mais de 70% da 
frota era composta por jatos, o que proporcionou voos 
ligando regiões Norte e Sul do Brasil com menos 
escalas. 
Em 1985, foi inaugurada em janeiro o primeiro Boeing 
747-200, procedente te Nova York. No mesmo ano, a 
companhia substituiu seus Boeing 707 por modelos 
747-300, com mais capacidade e autonomia, ligando 
os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e 
Guarulhos, em São Paulo, à cidades como Paris, 
Frankfurt, Londres, Joanesburgo e Tóquio. 
Em 2000, a Varig adquiriu alguns Boeing 737-400, 
utilizados pela Transbrasil. Mas em 2001, após os 
atentados de 11 de setembro, a aviação comercial foi 
atingida por uma crise, com reflexos no mundo inteiro 
– na mesma época, foram fundadas e expandidas duas 
grandes concorrentes da Varig, a TAM e a Gol. . 
A VARIG foi a primeira companhia aérea brasileira, 
fundada em 1927, em Porto Alegre, no Rio Grande do 
Sul: entre 1950 e 1970, foi uma das maiores e mais 
conhecidas companhias aéreas do mundo, sendo 
constantemente comparada com a Pan American 
World Airways, maior de todas no período. Na época, 
operava rotas internacionais para América, Europa, 
África e Ásia. 
A década de 70 foi marcada por diversos 
reconhecimentos e expansões, comandada por Hélio 
Smidt, a empresa se destacou entre as concorrente 
mundiais, reconhecida pela qualidade do serviço de 
bordo, equiparando-se à grandes companhias aéreas 
como Lufthansa, Air France e a Pan American. O 
catering (serviço de bordo) servia caviar na primeira 
classe e em determinados trechos, churrasco no 
espeto. Na mesma época, ela trouxe seu primeiro 727, 
utilizado em rotas domésticas e internacionais para a  
. Apesar da constante renovação da rota e o 
oferecimento de serviços individualizados de 
entretenimento a bordo, a Varig estava com 
balanço negativo já por mais de quinze anos, a 
diretoria não tomava qualquer atitude para evitar 
a crise e reduzir as dívidas da empresa, que perdia 
muito espaço no mercado devido ao crescimento 
do modelo low cost das concorrentes. 
Também mudou de comando mais de cinco vezes 
no curtíssimo período de seis anos e dívidas 
estimadas em mais de sete bilhões de reais, 
geradas pelo congelamento de tarifas aéreas na 
década de 80 e 90, complementadas por uma 
administração ineficiente. 
Em 22 de julho de 2005, a justiça brasileira deferiu 
o pedido de recuperação judicial protocolado em 
17 de junho do mesmo ano: a empresa teve seus 
bens protegidos de ações judiciais por 180 dias, 
mas dispôs de um prazo de 60 dias para 
apresentar um plano de viabilidade e de 
recuperação a seus credores, suas dívidas 
chegavam à 5,7 bilhões de reais. . 
 As aeronaves operadas 
pela Varig eram as mais 
avançadas quanto a 
tecnologia utilizada para 
a sua época. 
Em novembro, a TAP Portugal, em conjunção 
com investidores brasileiros, formalizam a 
compra de subsidiárias 
Em julho de 2006, iniciaram-se as demissões na 
empresa, totalizando mais de 5000 pontos de 
trabalhos cortados em apenas um dia, sem o 
pagamento das verbas rescisórias, que estavam 
bloqueadas pelo plano de recuperação judicial, 
bem como os quatro meses de salários 
atrasados. Dezenas de aviões retidos no hangar 
da empresa no Galeão sem poder voar. Em 3 de 
agosto de 2006, a Varig operou seu último voo 
internacional. 
Em setembro de 2009, o juiz Luiz Roberto 
Ayoub, titular da primeira vara empresarial do 
Rio de Janeiro, decretou o fim da recuperação 
judicial da Varig. Seu ultimo voo ocorreu em 
novembro do mesmo ano. No dia 20 de agosto 
de 2010, o Poder Judiciário do Brasil, decretou a 
falência da antiga Varig, o pedido foi feito pelo 
próprio administrador e gestor judicial do 
grupo.

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