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Memorial acerca do texto: RAZ, Joseph. Pode haver uma teoria do direito? In: RAZ, Joseph; ALEXY, Robert e BULYGIN, Eugenio. Uma discussão sobre a teoria do Direito. São Paulo: Marcial Pons, 2013, cap.

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Daniele de Oliveira - memorial III.
Raz inicia o texto se questionando, pode haver uma teoria do direito? Para ele, o direito é conjunto de proposições verdadeiras e sistematicamente relacionadas sobre a natureza do direito.
Uma teoria e toda a teoria é assim é um conjunto de teorias que fazem sentido, que são relacionadas e se preocupam em ser verdadeiras. E dessa forma, o autor quer falar do objeto do direito de maneira objetiva, dos elementos essenciais do direito, do que ele precisa para ser direito, não do que acham, do que a sociedade pensa, da ideia do que pode ser o direito sobre o que a história estudou. No primeiro tópico ele diferencia essência e conceito. Para ele o conceito de conceito é como nós concebemos os aspectos do mundo (existe um objeto no mundo a respeito do qual temos determinada concepção, como nós compreendemos o objeto é o nosso conceito. É o meio pelo qual por meio da linguagem podemos compreender o objeto.) então essa é a diferença entre conceito e essência, a essência é o que o direito é, o que diz respeito a sua natureza, essa distinção é muito importante. Por vezes, ele busca possibilitar a quem estuda o direito o que é o direito acima das sobreposições de crenças sociais e achismos/influencias externas e internas.
Seguindo o texto – o primeiro capítulo: a teoria do direito tenta explicar o que é direito, no fim do texto ele explica que: defende a possibilidade, mas não diz o que é a teoria, nesse texto. Primeira objeção a teoria do direito: a domínio completo – ele inicia fazendo o questionamento da garrafa. Se um domínio for idêntico a outro eles não serão diferentes. - ele busca construir que é possível, que quando ele fala desses conceitos com domínio incompleto, essa considerações esquemáticas que ele faz pretendiam explicar o pode explicar o conceito, ele vai dizer que isso explica por que ele coloca como tal o estudo da natureza do direito e não do seu conceito. Essa explicação do conceito do direito é secundária. A natureza do objeto muitas vezes pode ultrapassar o seu conceito, muito embora, tenhamos uma percepção completa desse conceito, uma compreensão do direito pelas pessoas, é muito limitada, mas não é absoluta para dizermos o que é o direito ou não e o que vale ou não no direito.
PODE O DIREITO MUDAR SUA NATUREZA? Não! O que muda é o seu conceito. Numa determinada época da história se existia um conceito de direito, mas não se tinha isso aqui, em outro existia isso outro aqui. O que se muda são os conceitos. O CONCEITO É UMA COISA LOCAL, SEMPRE SERÁ PARCIAL, CADA SOCIEDADE TERÁ UMA COMPREENSÃO DO QUE É O DIREITO, MAS ISSO NÃO INVIABILIZA UMA TEORIA DO DIREITO. NÃO HÁ UMA TEORIA DE NATUREZA IMUTÁVEL NO TEMPO E ESPAÇO. A essência do direito não se altera, é a mesma coisa de natureza. 
Quando agimos estamos motivados por razões, ele chama essas, de razões de primeira ordem (do homem com seu meio) ex: qual a razão de primeira ordem da pessoa ir ao supermercado? Fome. Acontece que socialmente estamos em relação com outros seres humanos, há outras razões que outras pessoas colocam não por conta das suas relações, mas sim por valores como a ética, a moral e também o direito. Dessa forma, o direito para RAZ, é a positivação de certas razões de segunda ordem que vão positivadas instruir um ordenamento jurídico que vai legitimar e autorizar um determinado individuo ou um grupo de indivíduos (uma autoridade então) a ditar normas que vão então condicionar esta ação humana, instituindo normas deveres e comportamentos obrigatórios. A ideia de Raz é que o ordenamento jurídico é sim uma expressão da sociedade, ele expressa as razoes de agir que a sociedade constrói a partir do consentimento das pessoas. o consentimento individual é meio muito importante para instituímos um ordenamento jurídico. Mas toda a ordem reivindica autoridade de forma exclusiva. Ou seja, de certa forma Raz diz que o ordenamento jurídico é fruto da vontade dos indivíduos , ele vê um fundamento social do direito (ao contrário de kelsen) a norma que é criada a partir da positivação que vai criar uma autoridade que vai normativa certas coisas e vai querer tornar-se a única autoridade a fazer isso. Quando temos um ordenamento jurídico estamos falando de normas que constituem uma única autoridade, esta que ''desautoriza'’ outras razões como a moral, por exemplo. Raz vai buscar o fundamento social da norma, dizendo então que o direito é autoridade posta por um ordenamento, autoridade obedecida, não se pode associar o direito a outras coisas. 
Lembrar das 6 regrinhas: 
1. Toda ordem jurídica reivindica autoridade.
 2. Aquilo que não for capaz de autoridade não pode ser uma ordem jurídica.
3. Ter autoridade implica ter primazia sobre o juízo individual.
4. Uma ordem que usa razões morais não tem primazia sobre o juízo individual.
5. Logo, com base em 3 e 4, uma ordem que usa razões morais não é capaz de autoridade.
 6. Logo, com base em 2 e 5, uma ordem que usa razões morais não pode ser uma ordem jurídica. 
(retirado do filosofo grego - blogspot.

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