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CONTRATO DE CORRETAGEM E JOGO E APOSTA

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DO CONTRATO DE CORRETAGEM
O Código Civil, objetiva disciplinar o contrato de corretagem não a profissão dos corretores, que é regulamentado pela Lei 6530/78, e o Código Civil que é um dos principais instrumentos regulador da vida social e das relações gerais, exerce forte influencia na vida e nos negócios jurídicos do país, já que estes têm que estar dentro do que se estabelece a lei para o bom funcionamento e para boa execução dos contratos.
O Código Civil sofreu modificações que influenciavam o funcionamento dos negócios, especialmente a na responsabilidade do corretor de imóveis, regulando o contrato de corretagem nos seus artigos 722 a 729.
 Um contrato de corretagem é um contrato escrito pelo qual o corretor é empregado como um agente para fazer contatos em nome do contratante. Ele irá conter informações sobre os termos do relacionamento comercial entre ambos. Ao receber a assinatura de ambas as partes, o contrato de corretagem se torna um documento de trabalho o qual deve ser respeitado pelos envolvidos. Importante ressaltar que este contrato poderá ser estabelecido de forma tácita. O corretor geralmente recebe uma comissão pelo resultado do contrato de corretagem, portanto fica evidenciado que tratar-se de ser um contrato que “contém uma obrigação de resultado e não de meio”. Não chegando ao objetivo, ou seja, ao resultado, as partes em regra, estariam desobrigados a realizar qualquer pagamento de comissão ou de indenização. 
A responsabilidade civil por danos gera direito à indenização. Esta relaciona-se aos prejuízos causados a outrem e simboliza a sanção. O objetivo da indenização é reparar o prejuízo sofrido pela vítima, reintegrá-la ao estado em que se encontrava antes da prática do ato ilícito. Assim, não deve ser menor nem maior do que o prejuízo causado.
É preciso que haja o princípio da boa-fé em toda a configuração do contrato para que o corretor não seja responsabilizado civilmente. Esta é defendida pelo Código Civil que trata não só da boa-fé subjetiva - correspondente, a intenção pura, com ausência de dolo ou malícia, manifestada com lealdade e sinceridade, de modo a não induzir a outra parte ao engano ou ao erro, como também da boa-fé objetiva – referente ao comportamento ético.
O art.724, assim como o art.725 e o art.726 do Código Civil tratam essencialmente da remuneração do corretor no contrato de corretagem.
A remuneração do corretor, caso não seja estabelecida no contrato, deve seguir os usos mais praticados na época e região, entretanto tal remuneração só é devida ao corretor se este foi eficaz na atividade para a qual se prestou, ou seja, se houve o resultado especificado em contrato, exceto nos casos em que mesmo concluindo o negócio entre as partes – sem o corretor, o contrato seja de exclusividade e o corretor não tenha sido negligente em qualquer aspecto da negociação.
O Código Civil em seu artigo 729, trata da aplicação de normal especial no contrato de corretagem, esclarecendo que o contrato de corretagem será regido pelas normas do Código Civil, mas, havendo lei especial, esta prevalecerá sobre aquelas.
De um modo geral toda a inclusão dos artigos de regulação do contrato de corretagem no Código Civil assegurou ao corretor maior disciplina aos contratos que figuram o seu dia-a-dia profissional. Mas, além disso, as mudança trazidas com o novo Código Civil representaram uma maior responsabilidade quanto as diretrizes contratuais, até porque não exclui a regulação do mesmo por outros instrumentos, como por exemplo o Código do Consumidor.
O trabalho do corretor deve ser realizado de forma diligente e prudente, buscando este obter informações corretas e analisá-las de forma a tornar o negócio seguro para o contratante ou permitir que todas as decisões do contratante sobre o negócio estejam baseadas no conhecimento do real cenário existente.
 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO CONTRATO DE CORRETAGEM IMOBILIÁRIA
 O contrato de corretagem imobiliária contém uma obrigação de resultado e não de meio. Portanto não é propriamente o serviço prestado pelo corretor de imóveis, mas sim o resultado desse serviço que interessa ao comitente e tem os seguintes elementos constitutivos, como nos ensina Maria Helena Diniz.
 1) Bilateralidade, por gerar obrigações ao corretor e ao comitente. O corretor deverá executar o encargo, e o comitente, remunerá-lo;
2) Acessoriedade, pois sua existência está ligada a um outro contrato, que deverá ser concluído;
3) Onerosidade, porque há ônus, vantagens e benefícios patrimoniais recíprocos;
4) Aleatoriedade, já que o direito do corretor e a obrigação do comitente dependerão da conclusão do negócio principal, isto é, de um evento futuro e incerto.
5) Consensualidade, por completar-se pelo simples consenso das partes, manifestado por qualquer forma, pois não forma especial prevista em lei para a sua celebração ou validade podendo ser provado por todos os meios admissíveis em direito, inclusive a por testemunhas. 
JOGO E APOSTA
Os jogos e apostas são definidos como contratos “de sorte”, onerosos e aleatórios, nos quais duas ou mais pessoas, na esperança da realização de um acontecimento incerto, buscam um resultado favorável. De acordo com a maioria dos estudiosos, dá-se o 
jogo quando se verificar a participação ativa dos contratados, sua performance, sem empenho para o resultado final. Exemplos disso ocorrem nos jogos de futebol, no boxe e nos jogos de basquete etc.. 
Enquanto isso a aposta é pura convenção, discordância, onde os apostadores, emitindo opinião própria, buscam o resultado real e verdadeiro, com o ocorre com as apostas 
das diversas loterias bancadas pela CEF. Assim, os contratantes (apostadores) não influem no resultado final do “jogo”, figurando como meros espectadores. 
Na definição de Carlos Roberto Gonçalves “ Jogo e aposta são, pois, contratos aleatórios. No primeiro, o resultado decorre da participação dos contratantes. Na aposta, o resultado não depende das partes, mas de um ato ou fato alheio e incerto. Enquanto no jogo há propósito de distração ou ganho, com a participação dos contendores, na aposta há o sentido de afirmação da opinião manifestada, ficando nas mãos do acaso a decisão sobre a sua prevalência ou não. 
Assim, no jogo os participantes concorrem em processo competitivo, podendo influenciar no resultado, enquanto na aposta os dissidentes apenas emitem opiniões contrárias a respeito de um acontecimento até então incerto e aleatório. Neste último caso, consagra-se vencedor aquele cuja opinião se mostrar concreta e verdadeira. 
ESPÉCIES DE JOGOS - De acordo com a doutrina nacional, os jogos e apostas se dividem em dois grandes grupos, os permitidos e os proibidos. Os primeiros são subdivididos em tolerados ou lícitos (pôquer) e autorizados, legais ou regulamentados, a exemplo do boxe, do futebol, do tênis e das loterias. 
Já os proibidos, chamados por alguns de ilícitos são aqueles que não recebem a chancela da lei ou dos regulamentos. Nessa categoria se enquadram o jogo do bicho, a roleta e as máquinas eletrônicas (caça-níqueis). Cabe ressaltar que qualquer jogo ou aposta considerado ilícito não gera negócio jurídico nem obriga a pagamento. Só os autorizados ou legalizados (Art. 814, primeira parte do C.C).
Os jogos ilícitos (ou proibidos, como ele preferia) são aqueles em que a sorte tem caráter predominante no resultado. São os chamados “jogos de azar”. Assim, o que seria veementemente proibido, com apoio nos parâmetros da ordem econômica e social, seria a exploração do jogo alheio com obtenção de lucro, como se mostra a prática dos cassinos e do Jogo do Bicho.
 
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