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Nome: Maria Fernanda Rodrigues Leal
3° período ISECENSA
Contribuições de Milton Santos para a Geografia
Milton Santos foi o geógrafo que mais visibilidade deu à Geografia brasileira. Sua militância permanente em prol da cidadania e da ética extrapolou os muros acadêmicos. Produziu um obra numerosa e complexa, uma verdadeira teoria geográfica do espaço, que apresenta diferentes fases e faces e reclama ainda muita reflexão. O presente texto apresenta uma das muitas possibilidades de classificação de sua obra. Considera, para tanto, que seu pensamento e a organização de seu trabalho percorre dois caminhos básicos, desde o campo das reflexões filosóficas sobre a natureza do espaço geográfico, até trabalhos de natureza empírica, quando buscava a reconstrução intelectual do mundo a partir das experiências específicas, dando destaque à categoria lugar.
Sua colaboração para a construção epistemológica da ciência geográfica é nítida. Pensar o espaço, o território, o território usado era o objeto de seu trabalho. O uso da periodização; o imbricamento do teórico com o empírico, já que 'é através do estudo do lugar que o mundo é empiricamente percebido'; o estudo dos sistemas técnicos e dos sistemas normativos; assim como a idéia de que o mundo não se explica sem as suas diferentes partes são algumas das ferramentas imprescindíveis para o estudo da empiricização do tempo no espaço, nas diferentes escalas geográficas.
Uma das veias que percorrerá toda sua obra refere-se às formulações sobre os aspectos e faces da desigualdade no Terceiro Mundo e os impactos e repercussões sobre o território. São características desse momento os estudos sobre a estrutura interna da cidade, o processo de urbanização e o estudo da rede urbana nos países pobres. O grande destaque é para os países da América Latina, onde fundamenta as bases de seu trabalho, mas há também exemplos dos outros continentes subdesenvolvidos, especialmente de países africanos.
Contribuições de Yves Lacoste para Geografia
Yves Lacoste (Fez, 1929) é um geógrafo e geopolítico francês. Lançou no início de 1970 a revista Hérodote, que nos últimos trinta anos procurou revelar a face oculta da Geografia, isto é, seu caráter político. Contribui com obras críticas e inovadoras, como La géographie, ça sert, d'abord, à faire la guerre ("A Geografia serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra") para uma discussão do conceito da geografia política e geopolítica, especialmente na França. 
Embora tenha sido militante comunista, a geografia de Lacoste manteve relações ambíguas com a teoria e o método marxistas. De um lado, esse autor advertia quanto aos riscos que a incorporação do marxismo à geografia poderia trazer, na medida em que, não havendo uma preocupação de Marx em teorizar os fenômenos relacionados ao espaço, disso poderia resultar a incapacidade da geografia explicar tais fenômenos de forma autônoma, já que toda explicação derivaria necessariamente da teoria econômica marxista ou do estudo histórico[2]. De outro lado, é bastante nítida a influência de ideias e categorias marxistas sobre sua obra, como o conceito de ideologia como “falsa consciência”, seus comentários sobre a crise do capitalismo e a proposta explícita de associar o resgate dos estudos geopolíticos a uma “pedagogia militante”. Assim, pode-se concluir que Lacoste se inspirava fortemente no marxismo em sua visão crítica da sociedade capitalista e nas suas concepções sobre o vínculo entre ciência, política e ética profissional, mas procurava valorizar a autonomia epistemológica do estudo do espaço pelo refinamento dos métodos utilizados pela geografia tradicional.

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