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Aula 02 A arte do aconselhamento psicológico Rollo May

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A Arte do Aconselhamento Psicológico – Rollo May
Prof. Carlos Eduardo Rodrigues
Professor: CARLOS EDUARDO RODRIGUES
A Arte do Aconselhamento Psicológico
 “A eficiência do aconselhamento depende de nossa capacidade de compreender o que os seres humanos realmente são” 
Rollo May
Rollo May
Famoso psicanalista e desenvolvedor da chamada “Psicologia Existencial”, introduz suas experiências como terapeuta e conselheiro no livro “A Arte do Aconselhamento Psicológico”, repleto de ensinamentos àqueles que pretendem se lançar no campo dessa “arte”. 
Em suma o aconselhamento vai derivar da própria capacidade do aconselhador em compreender seu aconselhando. Parece uma tarefa fácil, porém, com o caminhar de seu livro, que pode ser considerado um “manual da Psicologia Existencialista” existem diversos cuidados a se tomar.
Inicialmente o autor descreve sua visão da personalidade entendendo-a como dinâmica, criativa e sempre contínua em desenvolvimento e desta forma possuindo diversas facetas. 
Um indivíduo saudável é na verdade alguém integrado tanto socialmente quanto consciente espiritualmente, pois para o autor, o objetivo final desta arte é justamente a busca de uma adequada funcionalidade da mente do paciente (1982).
A liberdade é o primeiro princípio abordado. Conceito amplo, colocado como totalmente entrelaçado a questão da responsabilidade. 
Segundo May, “a saúde mental significa uma restauração do senso de responsabilidade pessoal e, logo, uma restauração da liberdade”(MAY, 1982, 19).
May elenca outro grande motivo de buscas ao aconselhamento: a dificuldade de se aceitar a si próprio, ou o que o autor chama de dificuldade de individualizar-se. 
Pessoas neuróticas sofrem de uma crise em suas funções mentais, de tal forma que não conseguem uma individuação satisfatória. Da mesma forma, a busca por um melhor ajustamento, constitui um importante passo no processo de sua saúde mental. 
Assim, um dos fins do aconselhamento é fazer com que a pessoa aceite suas limitações, suas fraquezas e suas derrotas, o que também a levará a uma maior responsabilidade pelo seu próprio futuro. 
São diversas as razões da pessoa não encontrar a si própria, porém, o que importa é o papel do aconselhador no desemaranhar desta confusão. “É função do aconselhador auxiliar o aconselhando a achar o seu si-mesmo verdadeiro e então ajudá-lo a ter a coragem de ser esse si-mesmo” (MAY, 1982, p. 29).
May (1982, p. 29) apud Adler (p. 31), nos informa que “[…] um ajustamento social significativo é básico para a personalidade, pois é necessário que a pessoa se mova dentro de um mundo constituído de outras pessoas” (p.30). 
Outra dimensão da personalidade a ser trabalhada dentro do aconselhamento é a tensão espiritual. Calcada nas noções existenciais, esta é definida por May como a incapacidade que as pessoas têm de viver o mundo natural em conjunto ao mundo espiritual. 
Qualquer extremo destes, por exemplo, o ateísmo ou o fanatismo, pode ser dito como uma espécie de “fuga da realidade”, e desta forma, é identificado como indesejável, pois ficará uma lacuna na personalidade do indivíduo. 
Aliado concomitantemente ao problema da tensão espiritual se encontra o sentimento de culpa, que permeia a personalidade de muitos sujeitos neuróticos. May define a culpa como “a percepção da diferença entre o que uma coisa é e o que esta coisa devia ser” (1982, p. 38). 
O sentimento de culpa é algo inevitável na personalidade, pelo fato do mesmo estar inseparavelmente ligado à liberdade, autonomia e responsabilidade moral (MAY, 1982). 
Assim sendo, outro papel do aconselhador é “auxiliar o aconselhando a livrar-se do sentimento doentio de culpa, ajudando-o a aceitar e afirmar corajosamente a tensão espiritual inerente à natureza humana” (p. 42).
May acredita que os problemas referentes a personalidade se estruturam quando o funcionalmente do indivíduo está atado, isto é, ocorre algum tipo de prejuízo ao ponto deste não conseguir se adaptar ao seu ambiente.
 Em consequência deste fato começam se acentuar os sintomas deste desajuste. Desta forma, “pouco adianta dizer simplesmente à pessoa que seja ela mesma, pois o problema é precisamente ela não saber quem realmente é” (1982, p. 24).
A clarificação dos problemas de personalidade é verificado pelo grau de ajustamento social do indivíduo. Quanto melhor integrado em seu ambiente, mais saudável é o mesmo. 
Sabemos que a “normalidade”, ou um “equilíbrio psíquico” é uma utopia, e é preciso que o indivíduo compreenda isto. 
Contudo, outro ponto importante a respeito da neurose do indivíduo é a criatividade, pois esta é a resolução necessária das tensões internas. 
Auxiliar estas pessoas que necessitam de ajuda “para que adquiram um ajustamento mais criativo é o trabalho do aconselhador” (MAY, 1982, p. 63).
Para que o aconselhamento alcance seus objetivos Rollo May destaca a empatia como a chave de todo o processo. Ela é definida de várias formas, mas pode ser resumida como a fusão de duas unidades psíquicas, ou seja, “é o sentir ou o pensar de uma personalidade dentro da outra, até ser alcançado um certo estado de identificação” (1982, p. 67). 
Por último, mas não menos importante, May destaca a noção de influência para que predomine o desenvolvimento da empatia durante o aconselhamento. Onde houver empatia estará ocorrendo certa influência e onde houver influência, espera-se a identificação de estados psíquicos. 
A influência ocorre em três níveis: 
a) a influência de ideias; 
b) a influência temporária da personalidade; e 
c) a uma influência geral profunda e permanente. 
Consequentemente aquele que possui um maior poder de persuasão, influenciará de forma maior o outro. Este fato, produz implicações importantes ao aconselhador, e que podem ser sintetizadas como a inconsciência deste fenômeno quando ocorre, a responsabilidade de quem detêm o poder influenciador, e a necessidade do aconselhador empatizar com o sujeito (MAY, 1982, p. 84).
Referências:
  
MAY, Rollo. A Arte do Aconselhamento Psicológico. Petrópolis: Vozes, 1982.