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Dermatoestética Professora: Tatiana Péret Barbosa Envelhecimento cutâneo ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Multifatorial e complexo Classificação: intríseco, cronológico extrínseco actínico – fotoenvelhecimento tabagismo ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Em outras palavras, o envelhecimento pode ser classificado em: • Intrínseco – fisiologicamente programado • Extrínseco - fotoenvelhecimento Fotoenvelhecimento ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Conceitos: - processo resultante de mudanças fisiológicas e morfológicas que surgem com a idade. - síndrome de variações que são deletérias, progressivas, universais e irreversíveis existem algumas teorias: programação genética acúmulo de radicais livres Ann Dermatol Venereol 2008 135, Suppl 3 S157-61 ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Teorias: programação genética ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Programação genética: 20 – 70 anos: 50% renovação das células epiteliais variação na morfologia celular biossíntese de proteínas alterações enzimáticas ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Teorias: acúmulo de radicais livres Radicais Livres exógenos geração espontânea de radicais livres = mudanças na pele com a idade a pele está em contato com o oxigênio do ar e da corrente sanguínea. oxigênio - efeitos antagônicos: necessário à vida celular tóxico formação de radicais livres ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Radicais livres - Podem danificar as membranas celulares, provocando danos sobre a pele e, ainda, acelerar o processo de envelhecimento através da morte ou mau funcionamento das mesmas. - Seu alvo são as céls na parte superficial da epiderme. Degradam fibroblastos da derme, podendo, inclusive, lesar a cadeia de DNA, proteínas, carboidratos, lipídeos e as membranas celulares na parte mais profunda da epiderme. - A vitamina E é um dos antioxidantes mais eficazes. Por ser lipossolúvel, protege as membranas celulares da ação oxidativa dos radicais livres ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Fatores associados: climatério (perda do colágeno de 2% ao ano é paralela à perda óssea) distúrbios depressivos Diminuição da capacidade auditiva; Diminuição da percepção de sal e amargo; Aumento do número de anticorpos; Necessita o dobro de insulina para captar a mesma quantidade de glicose; Redução da percepção dos hormônios do crescimento. ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Diminuição do peso após 55 anos; Aumento de gordura após 60 anos; Diminuição da massa muscular; Aumento do tempo de reação; Mudança nas características do sono; Alterações visuais. ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Alterações epidérmicas: áreas não expostas: mais finas após 70 anos de idade perda de espessura a cada 10 anos: 7.2% homens 5.7% mulheres achatamento da junção dermoepidérmica: coesão D/E descolamentos ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Alterações epidérmicas: camada córnea: mantém espessura e adesão entre corneócitos lípides envolvidos na hidratação (principalmente ceramidas) ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO CERAMIDAS 40-65% dos lipídeos do estrato córneo. Possuem 6 classes Ceramida III é a + importante Função = barreira do estrato córneo A perda de ceramidas está ligada ao envelhecimento Negros perdem mais lentamente a ceramida com a idade Cimento interceular = ceramidas + colesterol + ac. Graxos ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Alterações epidérmicas: Melanócitos : número de melanócitos ativos: 8 -10% a cada 10 anos pigmentação irregular mudança no tamanho e quantidade de pigmento Células de Langerhans: número, resposta imune. ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Alterações dérmicas: espessura – 6% a cada 10 anos hidratação catabolismo matriz extracelular ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Alterações dérmicas: fibroblastos: diminuição da duração de vida - inversamente proporcional à idade resposta aos fatores de crescimento (IL1, EGF) sensibilidade aos inibidores de crescimento (interferon ) velocidade de cicatrização ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Alterações dérmicas: anexos dérmicos: glândulas écrinas e apócrinas: (0,5% ao ano, após os 25 anos) corpúsculos sensitivos em 1/3 tato densidade folículos pilosos e velocidade de crescimento dos cabelos ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Alterações dérmicas: anexos dérmicos: desenvolvimento ungueal: 0,5% ao ano, após os 25 anos glândula sebácea: tamanho e secreção: 23% homens e 32% mulheres, a cada 10 anos ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO Aspectos clínicos: rugas elasticidade: 2-5% a cada 10 anos após pressão mecânica: retorno imediato no jovem, no idoso pode levar 24 horas cicatrização: mais lenta e de melhor qualidade MUDANÇAS NA SUPERFÍCIE CUTÂNEA: -30 anos→ excesso de pele na pálpebra sup, PDG, proeminência dos sulcos nasolabiais -40 anos→ rugas na glabela e testa mais acentuadas -50 anos→ rugas cervicais, linha mandibular se apaga, ponta nasal cai -60 anos→ pele e TCSC facial mais finos nas regiões temporal e bucal FOTOENVELHECIMENTO Conceito: é o processo resultante de mudanças fisiológicas e morfológicas que surgem na pele em áreas expostas ao sol alterações clínicas correspondem a alterações histológicas de predomínio dérmico 80% do envelhecimento facial é actínico prevenção = não exposição solar FOTOENVELHECIMENTO CLASSIFICAÇÃO FITZPATRICK Tipo de Pele Descrição Tipo I – Nunca bronzeia, sempre queima Pele bem clara, cabelos louros, olhos azuis/verdes Tipo II – Ocasionalmente bronzeia, normalmente queima Pele clara, cabelos castanhos claros, olhos marrons/verdes Tipo III – Frequentemente bronzeia, algumas vezes queima Pele morena, cabelos marrons, olhos marrons Tipo IV – Sempre bronzeia, nunca queima Pele cor de jambo, cabelos pretos/marrom, olhos pretos/marrom Tipo V – Nunca queima Pele escura, cabelos pretos, olhos pretos Tipo VI – Nunca queima Pele negra, cabelos e olhos pretos FOTOENVELHECIMENTO Patogenia: RUV leva a mutações do DNA (proteína p53) sua ação no envelhecimento ainda é desconhecida. FOTOENVELHECIMENTO Teoria dos radicais livres: ‘stress’ oxidativo: espécies reativas de oxigênio (ROS): UVA (320-400nm) – derme – ROS reagem com DNA, membrana e proteínas – apoptose e morte celular ou alteração do metabolismo equilíbrio = antioxidantes FOTOENVELHECIMENTO Células de Langerhans: redução numérica, relação entre diminuição e o dano actínico epidérmico anomalias nucleocitoplasmáticas: surgimento de clones celulares malignos explicando a origem do câncer cutâneo por imunossupressão fotoinduzida FOTOENVELHECIMENTO Histopatologia: alterações dérmicas: elastose solar degeneração das fibras elásticas degeneração do colágeno Camada da pele Estrutura cutânea Alteração Epiderme Queratinócitos Diminuição da capacidade de reprodução na camada basal MelanócitosDiminuição da produção de melanina Células Langerhans Diminuição de número de células Derme Fibroblastos Diminuição de número e função das células Fibras colágenas Redução do número de fibras viáveis Fibras elásticas Redução do número de fibras viáveis Substância fundamental Diminuição da capacidade de retenção de água QUADRO-RESUMO- ALTERACÕES NO ENVELHECIMENTO -20% a menos do colágeno total -o ácido hialurônico não tem a função normal de hidratação – pele seca e rugosa -alterações vasculares -diminuição do número de glândulas sudoríparas -hiperplasia sebácea com diminuição da função glandular FOTOENVELHECIMENTO Clínica: atinge a face,dorso das mãos, antebraços, região cervical e o decote as diferenças entre áreas expostas e não expostas são mais visíveis em pacientes idosos com pele clara pele espessa, rugosa, de coloração amarelada (citrina) e flácida rítides finas e rugas profundas telangectasias manchas pigmentares por alterações dos melanócitos: hipomelanose em gotas e lentigos FOTOENVELHECIMENTO Clínica: hiperplasias sebáceas nuca romboidal de Jadassohn hiperplasia de glândulas sebáceas hiperplasia de glândulas sebáceas nuca romboidal de Jadassohn FOTOENVELHECIMENTO Fototipos I-II: exaustão proliferativa: • atrofia epidérmica • despigmentação focal • pseudocicatrizes mutações e displasias: • efélides • nevos • lentigo maligno / melanoma • queratoses actínicas FOTOENVELHECIMENTO Fototipos III-IV: hiperplasia protetora • hiperpigmentação • lentigos • espessamento epidérmico • rugas mais profundas British Journal of Dermatology 2007 157, pp874–887 ENVELHECIMENTO FACIAL Avaliação do envelhecimento facial: alterações da superfície: pigmentação textura alterações abaixo da superfície: volume contorno redistribuição ENVELHECIMENTO FACIAL-OBJETIVOS DA ESTÉTICA Avaliação da face correta e sistematizada é fundamental na escolha correta das opções terapêuticas e orientação do paciente Proporcionar saúde e bem-estar Proporcionar ao cliente a sensação de vigor e melhora no aspecto da pele Elevar a auto-estima Tentar recuperar a perda do manto hidrolípídico e viço. Favorecer o relaxamento Atenção e Carinho ENVELHECIMENTO FACIAL-OBJETIVOS DA ESTÉTICA O tratamento tópico do envelhecimento visa tornar a pele mais saudável e atenuar seus efeitos Regular a produção dos queratinócitos Regular o sistema de pigmentação Corrigir e minimizar o processo de deterioração das fibras de colágeno e elastina Diminuir a ação dos radicais livres ENVELHECIMENTO FACIAL Classificação de Glogau: ENVELHECIMENTO FACIAL Classificação de Glogau: Tipo I – ausência de rugas: fotoenvelhecimento inicial alterações pigmentares leves ausência de queratoses rugas mínimas 20-30 anos uso de pouca ou nenhuma maquiagem ENVELHECIMENTO FACIAL Classificação de Glogau: Tipo II – rugas dinâmicas: fotoenvelhecimento leve a moderado primeiras melanoses solares queratoses palpáveis mas não visíveis rugas dinâmicas 30 a 40 anos uso de maquiagem leve ENVELHECIMENTO FACIAL Classificação de Glogau: Tipo III – rugas estáticas (“em repouso”): fotoenvelhecimento avançado discromias e telangiectasias melasma região zigomática queratoses visíveis rugas estáticas acima de 50 anos uso de maquiagem pesada ENVELHECIMENTO FACIAL Classificação de Glogau: Tipo IV – “somente rugas”: fotoenvelhecimento avançado, acentuado pele com tonalidade amarelo-acinzentada câncer da pele rugas, sem áreas poupadas 60-70 anos ou mais Geralmente usar maquiagem é difícil – “cakes and cracks” ENVELHECIMENTO FACIAL – ALTERAÇÕES DO TECIDO ADIPOSO SUBCUTÂNEO perda/redistribuição do tecido adiposo subcutâneo aumento na região submentoniana perda acentuada na região frontal, fossas temporais, regiões pré-malares, região perioral e mento acentuação do relevo ósseo na regiãomalar,afundamento do lábios, formação de bolsas infra-orbitais perda do volume e do contorno arredondado da face jovem ENVELHECIMENTO FACIAL – ALTERAÇÕES DO TECIDO ADIPOSO SUBCUTÂNEO Tratamento dermatológico e cirúrgico: reposicionamento da gordura preenchedores: gordura – resultados podem ser excelentes, ainda que de duração incerta ácido hialurônico, ácido poli-L-lático, silicone PMMA – controverso – risco de reações alérgicas a médio e longo prazos lifting facial não corrige alterações de volume, e pode até mesmo exacerbá-las ENVELHECIMENTO FACIAL – ALTERAÇÕES DA MUSCULATURA Rugas glabelares, periorbitais e frontais Ptose da região frontal e dos supercílios Tratamento toxina botulínica cirúrgico ENVELHECIMENTO FACIAL : TTO CIRÚRGICO Frontoplastia Ritidoplastia Cérvico- Facial ENVELHECIMENTO FACIAL : TTO CIRÚRGICO ENVELHECIMENTO FACIAL – PERDA INTRÍNSECA DA ELASTICIDADE perda da elasticidade e da resistência da pele e das estruturas profundas + ação da gravidade tratamento de escolha: lifting facial outros tratamentos podem retardar o envelhecimento mas não impedem a progressiva perda da elasticidade e a ação da gravidade ENVELHECIMENTO FACIAL – ALTERAÇÕES ÓSSEAS E CARTILAGINOSAS aumento da cartilagem nasal e do mento remodelamento ósseo da maxila e alterações dentárias rebaixamento da extremidade nasal alongamento dos lóbulos das orelhas atenção para presença de assimetrias faciais relacionadas a essas alterações (muitas vezes não poderão ser corrigidas) CLASSIFICAÇÃO DAS RÍTIDES(RUGAS) Tipo I – atróficas (finas): responsáveis pela aparência cansada da pele. Surgem devido à atrofia do colágeno. Tipo II – elastóticas (permanentes): ocorrem nas áreas expostas ao sol Tipo III – de expressão (vão se tornando permanentes aos poucos): surgem de acordo com a força imposta no músculo da face Tipo IV – gravitacionais: ocorrem devido à força da gravidade na pele e a mesma se torna flácida Piérard GE, J. Cosmet Dermatol, v.2 p.21-28 REJUVENESCIMENTO FACIAL – TRATAMENTO CLÍNICO fotoprotetores hidratantes retinóides alfa-hidroxiácidos Antioxidantes REJUVENESCIMENTO FACIAL – PEELINGS QUÍMICOS Conceito: esfoliação acelerada ou injúria à pele induzida por agentes cáusticos que provocam dano controlado, seguido pela liberação de citocinas e medidores da inflamação, resultando em espessamento da epiderme, depósito de colágeno, reorganização dos elementos estruturais e aumento do volume dérmico Classificação: muito superficiais (camadas córnea e granulosa) superficiais (epiderme) médios (derme papilar) profundos (derme reticular) REJUVENESCIMENTO FACIAL – PEELINGS QUÍMICOS Profundidade: depende de vários fatores, o que torna a classificação dos peelings aproximada tipo de pele tratamentos e preparo prévios local anatômico desengorduramento técnica de aplicação númerode passadas agente
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