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PRF - Polícia Rodoviária Federal - Prova Comentada Completa

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||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
• De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campo
designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO.
A ausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa.
Para as devidas marcações, use a folha de respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.
• Nos itens que avaliam conhecimentos de informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, considere que todos
os programas mencionados estão em configuração-padrão, em português, que o mouse está configurado para pessoas destras, que
expressões como clicar, clique simples e clique duplo referem-se a cliques com o botão esquerdo do mouse e que teclar corresponde
à operação de pressionar uma tecla e, rapidamente, liberá-la, acionando-a apenas uma vez. Considere também que não há restrições
de proteção, de funcionamento e de uso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.
CONHECIMENTOS BÁSICOS
Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo.1
É claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por
deficiência da ciência (é ciência demais), que se supera a si
mesma a cada dia... Não indaguemos para que, já que a própria4
ciência não o faz — o que, aliás, é a mais moderna forma de
objetividade de que dispomos.
Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas7
afirmam que podem realmente construir agora a bomba limpa.
Sabemos todos que as bombas atômicas fabricadas até hoje são
sujas (aliás, imundas) porque, depois que explodem, deixam10
vagando pela atmosfera o já famoso e temido estrôncio 90.
Ora, isso é desagradável: pode mesmo acontecer que o próprio
país que lançou a bomba venha a sofrer, a longo prazo, as13
consequências mortíferas da proeza. O que é, sem dúvida, uma
sujeira.
Pois bem, essas bombas indisciplinadas,16
mal-educadas, serão em breve substituídas pelas bombas n, que
cumprirão sua missão com lisura: destruirão o inimigo,
sem riscos para o atacante. Trata-se, portanto, de uma fabulosa19
conquista, não?
Ferreira Gullar. Maravilha. In: A estranha vida
banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989, p. 109.
No que se refere aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto
acima, julgue os itens a seguir.
1 A forma verbal “podem” (R.8) está empregada no sentido de
têm autorização.
2 A oração introduzida por “porque” (R.10) expressa a razão de
as bombas serem sujas.
3 Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto,
a conjunção “e”, em “e não por deficiência da ciência” (R.2-3),
poderia ser substituída por mas.
4 O objetivo do texto, de caráter predominantemente
dissertativo, é informar o leitor a respeito do surgimento da
“bomba limpa” (R.8).
5 Tendo a oração “que se supera a si mesma a cada dia” (R.3-4)
caráter explicativo, o vocábulo “que” poderia ser corretamente
substituído por pois ou porque, sem prejuízo do sentido
original do período.
6 A visão do autor do texto a respeito das “bombas n” (R.17) é
positiva, o que é confirmado pelo uso da palavra “lisura” (R.18)
para se referir a esse tipo de bomba, em oposição ao emprego
de palavras como “indisciplinadas” (R.16) e “mal-educadas”
(R.17) em referência às bombas que liberam “estrôncio 90”
(R.11), estas sim consideradas desastrosas por atingirem
indistintamente países considerados amigos e inimigos.
7 O emprego do acento nas palavras “ciência” e “transitório”
justifica-se com base na mesma regra de acentuação.
Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens,1
passamos boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o
errado, entre o bem e o mal. Na realidade, entre o que
consideramos bem e o que consideramos mal. Apesar da longa4
permanência da questão, o que se considera certo e o que se
considera errado muda ao longo da história e ao redor do globo
terrestre.7
Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de
morte autoriza o Estado a matar em nome da justiça. Em outras
sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem10
ninguém tem o direito de tirar a vida alheia. Tempos atrás era
tido como legítimo espancarem-se mulheres e crianças,
escravizarem-se povos. Hoje em dia, embora ainda se saiba de13
casos de espancamento de mulheres e crianças, de trabalho
escravo, esses comportamentos são publicamente condenados
na maior parte do mundo.16
Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca
apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os holofotes
da mídia. Muitas e muitas vezes é na solidão da consciência de19
cada um de nós, homens e mulheres, pequenos e grandes, que
certo e errado se enfrentam.
E a ética é o domínio desse enfrentamento.22
Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre
a ética. 5.ª ed. São Paulo: Ática, 2008 (com adaptações).
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima,
julgue os itens que se seguem.
8 No texto, a expressão “pequenos e grandes” (R.20) não se
refere a tamanho, podendo ser interpretada como equivalente
à expressão “adultos e jovens” (R.1), ou seja, em referência a
faixas etárias.
9 O trecho “Tempos atrás era tido como legítimo espancarem-se
mulheres e crianças, escravizarem-se povos” (R.11-13) poderia
ser corretamente reescrito da seguinte forma: Há tempos,
considerava-se legítimo que se espancassem mulheres e
crianças, que se escravizassem povos.
10 Infere-se do texto que algumas práticas sociais são
absolutamente erradas, ainda que o conceito de certo e errado
seja variável do ponto de vista social e histórico.
11 Dado o fato de que nem equivale a e não, a supressão da
conjunção “e” empregada logo após “inviolável”, na linha 10,
manteria a correção gramatical do texto.
12 Devido à presença do advérbio “apenas” (R.18), o pronome
“se” (R.17) poderia ser deslocado para imediatamente após a
forma verbal “coloca” (R.17), da seguinte forma: coloca-se.
13 Sem prejuízo para o sentido original do texto, o trecho “esses
comportamentos são publicamente condenados na maior parte
do mundo” (R.15-16) poderia ser corretamente reescrito da
seguinte forma: publicamente, esses comportamentos
consideram-se condenados em quase todo o mundo.
14 No trecho “o que consideramos bem” (R.3-4), o vocábulo “que”
classifica-se como pronome e exerce a função de complemento
da forma verbal “consideramos”.
15 Infere-se do período “Mas a opção (...) da mídia” (R.17-19) que
nem todos “os temas polêmicos” recebem a atenção dos meios
de comunicação.
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 1 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
Considerando que uma equipe de 30 operários, igualmente
produtivos, construa uma estrada de 10 km de extensão em 30 dias,
julgue os próximos itens.
16 Se a tarefa estiver sendo realizada pela equipe inicial de 30
operários e, no início do quinto dia, 2 operários abandonarem
a equipe, e não forem substituídos, então essa perda ocasionará
atraso de 10 dias no prazo de conclusão da obra.
17 Se, ao iniciar a obra, a equipe designada para a empreitada
receber reforço de uma segunda equipe, com 90 operários
igualmente produtivos e desempenho igual ao dos operários da
equipe inicial, então a estrada será concluída em menos de 
1
5
do tempo inicialmente previsto.
Gráfico para os itens de 18 a 22
110 111
129
141
159
183
189
número de acidentes nas estradas brasileiras
no período de 2005 a 2011
(em milhares)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Considerando os dados apresentados no gráfico, julgue os itens
seguintes.
18 A média do número de acidentes ocorridos no período de 2007
a 2010 é inferior à mediana da sequência de dados apresentada
no gráfico.
19 Os valores associados aos anos de 2008, 2009 e 2010 estão em
progressãoaritmética.
20 O número de acidentes ocorridos em 2008 foi, pelo menos,
26% maior que o número de acidentes ocorridos em 2005.
Considere que, em 2009, tenha sido construído um modelo linear
para a previsão de valores futuros do número de acidentes ocorridos
nas estradas brasileiras. Nesse sentido, suponha que o número de
acidentes no ano t seja representado pela função F(t) = At + B, tal
que F(2007) = 129.000 e F(2009) =159.000. Com base nessas
informações e no gráfico apresentado, julgue os itens a seguir.
21 A diferença entre a previsão para o número de acidentes em
2011 feita pelo referido modelo linear e o número de acidentes
ocorridos em 2011 dado no gráfico é superior a 8.000.
22 O valor da constante A em F(t) é superior a 14.500.
RASCUNHO
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 2 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
g\L
3
2
1
concentração de álcool no sangue (g/L)
t
0
t
1
t
2 t
Considere que o nível de concentração de álcool na corrente
sanguínea, em g/L, de uma pessoa, em função do tempo t, em horas,
seja expresso por N = !0,008(t2 – 35t + 34). Considere, ainda, que
essa pessoa tenha começado a ingerir bebida alcoólica a partir de
t = t0 (N(t0) = 0), partindo de um estado de sobriedade, e que tenha
parado de ingerir bebida alcoólica em t = t1, voltando a ficar sóbria
em t = t2. Considere, por fim, a figura acima, que apresenta o
gráfico da função N(t) para t 0 [t0, t2]. Com base nessas informações
e tomando 24,3 como valor aproximado de , julgue os itens589
que se seguem.
23 O nível de concentração mais alto de álcool na corrente
sanguínea da referida pessoa ocorreu em t = t1 com t1 > 18
horas.
24 O nível de concentração de álcool na corrente sanguínea da
pessoa em questão foi superior a 1 g/L por pelo menos 23
horas.
25 O valor de t2 é inferior a 36.
No que se refere aos princípios fundamentais da Constituição
Federal de 1988 (CF) e à aplicabilidade das normas constitucionais,
julgue os itens a seguir.
26 O mecanismo denominado sistema de freios e contrapesos é
aplicado, por exemplo, no caso da nomeação dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), atribuição do presidente da
República e dependente da aprovação pelo Senado Federal.
27 A liberdade de exercer qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer,
é um exemplo de norma constitucional de eficácia limitada.
28 Decorre do princípio constitucional fundamental da
independência e harmonia entre os poderes a impossibilidade
de que um poder exerça função típica de outro, não podendo,
por exemplo, o Poder Judiciário exercer a função
administrativa.
29 No que se refere às relações internacionais, a República
Federativa do Brasil rege-se pelos princípios da igualdade
entre os Estados, da cooperação entre os povos para o
progresso da humanidade e da concessão de asilo político,
entre outros.
Julgue os itens subsequentes, relativos aos direitos e garantias
fundamentais previstos na CF.
30 Consideram-se brasileiros naturalizados os nascidos no
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.
31 No caso de iminente perigo público, a autoridade competente
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano.
32 O estrangeiro condenado por autoridades estrangeiras pela
prática de crime político poderá ser extraditado do Brasil se
houver reciprocidade do país solicitante. 
33 Aos que comprovem insuficiência de recursos é assegurada a
gratuidade na prestação de assistência jurídica integral pelo
Estado.
34 Somente aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país é
assegurado o direito de petição em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder.
RASCUNHO
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 3 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
A respeito da organização político-administrativa do Estado e da
administração pública, julgue os itens que se seguem.
35 O Distrito Federal (DF) é ente federativo autônomo, pois
possui capacidade de auto-organização, autogoverno e
autoadministração, sendo vedado subdividi-lo em municípios.
36 Conforme o STF, a responsabilidade civil das empresas
prestadoras de serviço público é objetiva, mesmo em relação
a terceiros não usuários do serviço público.
37 Os atos de improbidade administrativa importarão ao agente
a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública,
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.
38 Em se tratando de matéria para a qual se preveja a
competência legislativa concorrente, a CF autoriza os estados
a exercerem a competência legislativa plena para atenderem
a suas peculiaridades se inexistir lei federal sobre normas
gerais.
No que concerne ao Poder Executivo e ao Poder Judiciário, julgue
os itens subsecutivos.
39 Compete originariamente ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ) julgar o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo
internacional e a União, os estados ou o DF.
40 Compete privativamente ao presidente da República conceder
indulto e comutar penas, ouvidos, se necessário, os órgãos
instituídos em lei.
A respeito da ética no serviço público, julgue os itens subsequentes.
41 Considere que os usuários de determinado serviço público
tenham formado longas filas à espera de atendimento por
determinado servidor que, embora responsável pelo setor, não
viabilizou o atendimento. Nessa situação, segundo dispõe a
legislação de regência, a atitude do servidor caracteriza
conduta contrária à ética e ato de desumanidade, mas não grave
dano moral aos usuários do serviço. 
42 O elemento ético deve estar presente na conduta de todo
servidor público, que deve ser capaz de discernir o que é
honesto e desonesto no exercício de sua função. 
No que se refere aos deveres do servidor público, previstos no
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, julgue os próximos itens.
43 Os registros que consistiram em objeto de apuração e aplicação
de penalidade referentes à conduta ética do servidor devem
ficar arquivados junto à comissão de ética e não podem ser
fornecidos a outras unidades do órgão a que se encontre
vinculado o servidor.
44 Estará sujeito à penalidade de censura, a qual é aplicada pela
comissão de ética, mediante parecer assinado por todos os
seus integrantes, o servidor que violar algum de seus deveres
funcionais. 
45 A publicidade de ato administrativo, qualquer que seja sua
natureza, constitui requisito de eficácia e moralidade.
Tendo como referência a figura acima, que ilustra uma janela do
BrOffice.org Writer com um texto em edição, julgue os itens a
seguir.
46 Na situação da janela apresentada, para se criar um novo
documento, em branco, é suficiente clicar, com o botão
esquerdo do mouse, o botão , que está localizado logo
abaixo do menu .
47 Na situação mostrada na figura, para se aplicar negrito à
palavra “valores”, é suficiente aplicar, com o botão esquerdo
do mouse, um clique duplo sobre a palavra, pressionar e
manter pressionada a tecla � e teclar �.
Considerando a figura acima, que ilustra uma janela do Broffice.org
Calc com uma planilha em edição, julgue o item abaixo.
48 Na planilha em questão, as células E3 e F4 serão preenchidas
com os valores 7 e 17, respectivamente, após a execução da
seguinte sequência de ações: clicar a célula E3; digitar =B2+C3
e, em seguida, teclar �; clicar novamente a célula E3; clicar
o botão ; clicar a célula F4; e clicaro botão .
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 4 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
Tendo como referência a figura acima, que mostra uma janela do Google Chrome, julgue os itens subsequentes, a respeito de redes de
computadores e segurança da informação.
49 Ao contrário de um vírus de computador, que é capaz de se autorreplicar e não necessita de um programa hospedeiro para se propagar,
um worm não pode se replicar automaticamente e necessita de um programa hospedeiro.
50 Na situação mostrada na figura, ao se clicar o botão , todos os arquivos com extensão .doc que estivem na área de transferência
do Windows serão armazenados em nuvem (cloud storage). 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Nos itens que avaliam conhecimentos específicos, a sigla PRF, sempre que empregada, refere-se à Polícia Rodoviária Federal ou a policial
rodoviário federal, conforme o contexto.
Um PRF, ao desviar de um cachorro que surgiu
inesperadamente na pista em que ele trafegava com a viatura de
polícia, colidiu com veículo que trafegava em sentido contrário, o
que ocasionou a morte do condutor desse veículo. 
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
51 Em razão da responsabilidade civil objetiva da administração,
o PRF será obrigado a ressarcir os danos causados à
administração e a terceiros, independentemente de ter agido
com dolo ou culpa.
52 Não poderá ser objeto de delegação a decisão referente a
recurso administrativo interposto pelo PRF contra decisão que
lhe tiver aplicado penalidade em razão do acidente.
53 Ainda que seja absolvido por ausência de provas em processo
penal, o PRF poderá ser processado administrativamente por
eventual infração disciplinar cometida em razão do acidente.
A respeito da organização do Departamento de Polícia Rodoviária
Federal e da natureza dos atos praticados por seus agentes, julgue
os itens que se seguem. 
54 Praticado ato ilegal por agente da PRF, deve a administração
revogá-lo.
55 Por ser órgão do Ministério da Justiça, a PRF é órgão do Poder
Executivo, integrante da administração direta.
56 Os atos praticados pelos agentes públicos da PRF estão
sujeitos ao controle contábil e financeiro do Tribunal de
Contas da União.
No que concerne ao regime jurídico do servidor público federal,
julgue os próximos itens.
57 Anulado o ato de demissão, o servidor estável será reintegrado
ao cargo por ele ocupado anteriormente, exceto se o cargo
estiver ocupado, hipótese em que ficará em disponibilidade
até aproveitamento posterior em cargo de atribuições e
vencimentos compatíveis.
58 O servidor público federal investido em mandato eletivo
municipal somente será afastado do cargo se não houver
compatibilidade de horário, sendo-lhe facultado, em caso de
afastamento, optar pela sua remuneração.
59 Não é possível a aplicação de penalidade a servidor inativo,
ainda que a infração funcional tenha sido praticada
anteriormente à sua aposentadoria. 
60 A nomeação para cargo de provimento efetivo será realizada
mediante prévia habilitação em concurso público de provas ou
de provas e títulos ou, em algumas situações excepcionais, por
livre escolha da autoridade competente.
No que se refere ao regime jurídico administrativo, julgue os itens
subsecutivos.
61 Somente são considerados atos de improbidade administrativa
aqueles que causem lesão ao patrimônio público ou importem
enriquecimento ilícito.
62 A administração não pode estabelecer, unilateralmente,
obrigações aos particulares, mas apenas aos seus servidores e
aos concessionários, permissionários e delegatários de serviços
públicos.
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 5 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
Com relação aos princípios, institutos e dispositivos da parte geral
do Código Penal (CP), julgue os itens seguintes.
63 Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio
da subsidiariedade, que incide no caso de a norma descrever
várias formas de realização da figura típica, bastando a
realização de uma delas para que se configure o crime. 
64 Considere a seguinte situação hipotética.
Joaquim, plenamente capaz, desferiu diversos golpes de facão
contra Manoel, com o intuito de matá-lo, mas este, tendo sido
socorrido e levado ao hospital, sobreviveu.
Nessa situação hipotética, Joaquim responderá pela prática de
homicídio tentado, com pena reduzida levando-se em conta a
sanção prevista para o homicídio consumado.
65 O princípio da legalidade é parâmetro fixador do conteúdo das
normas penais incriminadoras, ou seja, os tipos penais de tal
natureza somente podem ser criados por meio de lei em sentido
estrito.
66 A extra-atividade da lei penal constitui exceção à regra geral
de aplicação da lei vigente à época dos fatos.
67 Considere que um indivíduo penalmente capaz, em total estado
de embriaguez, decorrente de caso fortuito, atropele um
pedestre, causando-lhe a morte. Nessa situação, a embriaguez
não excluía imputabilidade penal do agente.
68 O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de
ocorrência de tipicidade sem antijuridicidade, assim como de
antijuridicidade sem culpabilidade. 
69 Em relação ao concurso de pessoas, o CP adota a teoria
monista, segundo a qual todos os que contribuem para a
prática de uma mesma infração penal cometem um único
crime, distinguindo-se, entretanto, os autores do delito dos
partícipes.
No que se refere aos delitos previstos na parte especial do CP,
julgue os itens de 70 a 74.
70 Considere a seguinte situação hipotética.
Pedro e Marcus, penalmente responsáveis, foram flagrados
pela polícia enquanto subtraíam de Antônio, mediante ameaça
com o emprego de arma de fogo, um aparelho celular e a
importância de R$ 300,00. Pedro, que portava o celular da
vítima, foi preso, mas Marcus conseguiu fugir com a
importância subtraída.
Nessa situação hipotética, Pedro e Marcus, em conluio,
praticaram o crime de roubo tentado. 
71 Considere a seguinte situação hipotética.
Aproveitando-se da facilidade do cargo por ele exercido em
determinado órgão público, Artur, servidor público, em
conluio com Maria, penalmente responsável, subtraiu dinheiro
da repartição pública onde trabalha. Maria, que recebeu parte
do dinheiro subtraído, desconhecia ser Artur funcionário público.
Nessa situação hipotética, Artur cometeu o crime de peculato
e Maria, o delito de furto.
72 O crime de concussão configura-se com a exigência, por
funcionário público, de vantagem indevida, ao passo que, para
a configuração do crime de corrupção passiva, basta que ele
solicite ou receba a vantagem, ou, ainda, aceite promessa de
recebê-la.
73 Em se tratando do crime de furto mediante fraude, a vítima,
ludibriada, entrega, voluntariamente, a coisa ao agente. No
crime de estelionato, a fraude é apenas uma forma de reduzir
a vigilância exercida pela vítima sobre a coisa, de forma a
permitir a sua retirada.
74 Considera-se crime hediondo o homicídio culposo na condução
de veículo automotor, quando comprovada a embriaguez do
condutor.
No que concerne às disposições preliminares do Código de
Processo Penal (CPP), ao inquérito policial e à ação penal, julgue
os próximos itens.
75 Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para
beneficiar o réu, a aplicação analógica.
76 Após regular instrução processual, mesmo que se convença da
falta de prova de autoria do crime que inicialmente atribuíra ao
acusado, não poderá o Ministério Público desistir da ação
penal.
77 O Ministério Público pode oferecer a denúncia ainda que não
disponha do inquérito relatado pela autoridade policial.
78 É condicionada à representação da vítima a ação penal por
crime de dano praticado contra ônibus de transporte coletivo
pertencente a empresa concessionária de serviço público.
A respeito das espécies de prisão e do habeas corpus, julgue os
itens que se seguem.
79 Ohabeas corpus pode ser impetrado, perante qualquer
instância do Poder Judiciário, por qualquer pessoa do povo em
favor de outrem, podendo, ainda, a autoridade judicial
competente concedê-lo de ofício.
80 O juiz poderá substituir a prisão preventiva por prisão
domiciliar sempre que a agente for gestante.
81 A prisão temporária só poderá ser decretada mediante
representação da autoridade policial ou a requerimento do
Ministério Público, vedada sua decretação de ofício pelo juiz.
Com base no disposto no CPP e na jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, julgue os seguintes itens.
82 A prova declarada inadmissível pela autoridade judicial por
ter sido obtida por meios ilícitos deve ser juntada em autos
apartados dos principais, não podendo servir de fundamento à
condenação do réu.
83 Em processo por crime de responsabilidade de funcionário
público, o juiz pode rejeitar a denúncia oferecida pelo
Ministério Público caso se convença, após análise dos
documentos apresentados pelo acusado em resposta à
denúncia, da inexistência do crime apurado.
84 Compete à justiça federal processar e julgar a contravenção
penal praticada em detrimento de bens e serviços da União.
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 6 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
No que concerne ao abuso de autoridade e ao Estatuto do
Desarmamento, julgue os itens a seguir.
85 Supondo que determinado cidadão seja responsável pela
segurança de estrangeiros em visita ao Brasil e necessite de
porte de arma, a concessão da respectiva autorização será de
competência do ministro da Justiça.
86 Considere que um PRF aborde o condutor de um veículo por
este trafegar acima da velocidade permitida em rodovia
federal. Nessa situação, se demorar em autuar o condutor, o
policial poderá responder por abuso de autoridade, ainda que
culposamente.
A respeito das contravenções penais e da lei que institui o Sistema
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, julgue os itens
subsequentes.
87 Caso uma pessoa injete em seu próprio organismo substância
entorpecente e, em seguida, seja encontrada por policiais,
ainda que os agentes não encontrem substâncias entorpecentes
em poder dessa pessoa, ela estará sujeita às penas de
advertência, prestação de serviço à comunidade ou medida
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
88 Considere que determinado cidadão esteja usando
publicamente uniforme de PRF, função pública que ele não
exerce. Nessa situação, para que esse cidadão responda por
contravenção penal, é necessário que sua conduta cause efetivo
prejuízo para o Estado ou para outra pessoa.
Julgue os itens seguintes, relativos à lei do crime organizado e a
crimes resultantes de preconceitos de raça e cor.
89 Constitui crime o fato de determinado clube social recusar a
admissão de um cidadão em razão de preconceito de raça,
salvo se o respectivo estatuto atribuir à diretoria a faculdade de
recusar propostas de admissão, sem declinação de motivos.
90 Durante o inquérito policial, é necessária a autorização judicial
para que um agente policial se infiltre em organização
criminosa com fins investigativos.
Acerca do Estatuto do Idoso e dos juizados especiais criminais,
julgue os itens subsecutivos.
91 Os atos processuais dos juizados especiais criminais poderão
ser realizados nos finais de semana, à exceção dos domingos
e feriados.
92 Se alguém deixar de prestar assistência a idoso, quando for
possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente
perigo, cometerá, em tese, crime de menor potencial ofensivo.
Com fundamento na lei que cria mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher — Lei Maria
da Penha — e na Lei dos Crimes Ambientais, julgue os
próximos itens.
93 Responderá por crime contra a flora o indivíduo que cortar
árvore em floresta considerada de preservação permanente,
independentemente de ter permissão para cortá-la, e, caso a
tenha, quem lhe concedeu a permissão também estará sujeito
às penalidades do respectivo crime.
94 Considerando que, inconformado com o término do namoro de
mais de vinte anos, José tenha agredido sua ex-namorada
Maria, com quem não coabitava, ele estará sujeito à aplicação
da lei de combate à violência doméstica e familiar contra a
mulher, conhecida como Lei Maria da Penha.
Com fundamento na legislação que define os crimes de tortura e de
tráfico de pessoas, julgue os itens a seguir.
95 O crime de tráfico de pessoas poderá ser caracterizado ainda
que haja consentimento da vítima.
96 Para que um cidadão seja processado e julgado por crime de
tortura, é prescindível que esse crime deixe vestígios de ordem
física.
No que concerne às práticas policiais no espaço público e à
administração institucional de conflitos no espaço público, julgue
os itens seguintes.
97 Ainda que, durante manifestação que resulte no bloqueio de
rodovia federal, os manifestantes entrem em conflito com
motoristas que trafeguem nessa rodovia, o PRF responsável
pela segurança no local não poderá efetuar, a título de
advertência, disparos de arma de fogo para o alto.
98 Caso um veículo em movimento desrespeite bloqueio feito pela
PRF em determinada rodovia federal, ainda que esse fato não
represente risco imediato de morte ou de lesão grave aos
agentes de segurança pública ou a terceiros, o PRF que estiver
atuando no bloqueio poderá, para paralisar o veículo, empregar
arma de fogo.
Acerca dos direitos de cidadania e do pluralismo jurídico, julgue os
itens que se seguem.
99 No Brasil, o pluralismo jurídico configura-se, por exemplo,
quando da aplicação de regras criadas por membros de
organizações criminosas, distintas das regras jurídicas
estabelecidas pelo Estado.
100 Os direitos de cidadania são, no Estado democrático de direito,
todos aqueles relativos à dignidade do cidadão, como sujeito
de prestações estatais, e à participação ativa na vida social,
política e econômica do Estado.
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 7 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
Considerando o disposto na Constituição Federal de 1988 (CF),
julgue os itens a seguir, relativos aos direitos humanos.
101 A possibilidade de extensão aos estrangeiros que estejam no
Brasil, mas que não residam no país, dos direitos individuais
previstos na CF deve-se ao princípio da primazia dos direitos
humanos nas relações internacionais do Brasil.
102 Equivalem às normas constitucionais originárias os tratados
internacionais sobre direitos humanos aprovados, em cada casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos
votos dos respectivos membros.
No que se refere à fundamentação dos direitos humanos e à sua
afirmação histórica, julgue os itens subsecutivos.
103 A expressão direitos humanos de primeira geração refere-se
aos direitos sociais, culturais e econômicos.
104 Conforme a teoria positivista, os direitos humanos
fundamentam-se em uma ordem superior, universal, imutável
e inderrogável. 
Julgue os próximos itens, relativos aos direitos humanos, à
responsabilidade do Estado e à Política Nacional de Direitos
Humanos.
105 A aplicação das normas de direito internacional humanitário
e de direito internacional dos refugiados impossibilita a
aplicação das normas básicas do direito internacional dos
direitos humanos.
106 A Política Nacional de Direitos Humanos contempla medidas
voltadas à proteção dos direitos civis, tais como os projetos
que tratam da parceria entre pessoas do mesmo sexo e da
obrigatoriedade de atendimento do aborto legal pela rede
pública de saúde.
107 Caso o Poder Judiciário, ao fundamentar decisão em lei ou
norma constitucional interna, descumpra normas internacionais
dedireitos humanos, o Estado não poderá ser responsabilizado
no plano internacional por essa decisão.
108 O sistema global de proteção dos direitos humanos foi
instaurado pela Carta Internacional dos Direitos Humanos.
Com base na legislação da PRF, julgue os itens que se seguem.
109 Considere a seguinte situação hipotética.
Durante uma abordagem de rotina feita pela PRF em
determinada rodovia federal, foram apreendidos
aproximadamente cem quilos de entorpecentes, entre crack,
haxixe e cocaína. O motorista, único ocupante do veículo onde
estavam as drogas, confessou a prática do delito, tendo
afirmado, ainda, que adquirira as drogas para revendê-las e
que as estava transportando para um depósito em local seguro.
Nessa situação, cabe à chefia do distrito regional da PRF
do estado em que ocorreu a apreensão formalizar o auto de
prisão em flagrante do autor do delito e comunicar a prisão à
autoridade judiciária competente. 
110 Compete à PRF o patrulhamento das rodovias federais
privatizadas, mesmo tendo havido, com o processo de
concessão, a transferência a particulares das atividades
administrativas referentes aos trechos terceirizados.
111 Se, durante a execução de obra ao longo de uma rodovia
federal, a empresa responsável pela obra interromper a
circulação de veículos e a movimentação de cargas em uma
das faixas de rolamento sem a prévia permissão do órgão de
trânsito competente, a PRF deverá interditar a obra e aplicar as
penalidades civis e multas decorrentes da infração cometida
pela empresa.
112 Comete infração de trânsito gravíssima, punível com multa, o
condutor que não reduz a velocidade do veículo de forma
compatível com a segurança do trânsito, quando se aproxima
de passeatas, manifestações populares e aglomerações.
113 A autoridade de trânsito, na esfera de suas atribuições, poderá
aplicar, quando cabível, penalidade consistente na frequência
obrigatória em curso de reciclagem, sem prejuízo das punições
originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito.
114 É permitido ao PRF portar arma de fogo somente em serviço,
sendo a licença apenas de caráter funcional.
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 8 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
Considerando que um veículo com massa igual a 1.000 kg se mova
em linha reta com velocidade constante e igual a 72 km/h, e
considerando, ainda, que a aceleração da gravidade seja igual a
10 m/s2, julgue os itens a seguir.
115 Quando o freio for acionado, para que o veículo pare, a sua
energia cinética e o trabalho da força de atrito, em módulo,
deverão ser iguais.
116 Antes de iniciar o processo de frenagem, a energia mecânica
do veículo era igual a 200.000 J.
h
v
Uma bala de revólver de massa igual a 10 g foi disparada,
com velocidade v, na direção de um bloco de massa igual a 4 kg,
suspenso por um fio, conforme ilustrado na figura acima. A bala
ficou encravada no bloco e o conjunto subiu até uma altura h igual
a 30 cm.
Considerando essas informações e assumindo que a aceleração da
gravidade seja igual a 10 m/s2, julgue o item abaixo.
117 Se toda a energia cinética que o conjunto adquiriu
imediatamente após a colisão fosse transformada em energia
potencial, a velocidade do conjunto após a colisão e a
velocidade com que a bala foi disparada seriam,
respectivamente, superiores a 2,0 m/s e a 960 m/s.
Considerando que um corpo de massa igual a 1,0 kg oscile em
movimento harmônico simples de acordo com a equação
, em que t é o tempo, em segundos, e x(t)x t t( ) , cos= +
⎡
⎣⎢
⎤
⎦⎥
6 0 3
3
π
π
é dada em metros, julgue os itens que se seguem.
118 A força resultante que atua no corpo é expressa por
F(t) = !(3π)2 x(t).
119 O período do movimento é igual a 0,5 s.
O fenômeno de redução na frequência do som emitido pela buzina
de um veículo em movimento, observado por um ouvinte, é
denominado efeito Doppler. Essa diferença na frequência deve-se
ao deslocamento no número de oscilações por segundo que atinge
o ouvido do ouvinte. Os instrumentos utilizados pela PRF para o
controle de velocidade se baseiam nesse efeito. A respeito do efeito
Doppler, julgue o item abaixo. 
120 Considere que um PRF, em uma viatura que se desloca
com velocidade igual a 90 km/h, se aproxime do local de
um acidente onde já se encontra uma ambulância parada,
cuja sirene esteja emitindo som com frequência de 1.000 Hz.
Nesse caso, se a velocidade do som no ar for igual a 340 m/s,
a frequência do som da sirene ouvido pelo policial será
superior a 1.025 Hz.
RASCUNHO
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 9 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
PROVA DISCURSIVA
• Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, o espaço para rascunho indicado no presente caderno. Em seguida, transcreva
o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado, pois não serão avaliados
fragmentos de texto escritos em locais indevidos.
• Qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. 
• Na folha de texto definitivo, identifique-se apenas na primeira página, pois não será avaliado o texto que apresentar qualquer
assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado.
• Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 20,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito apresentação e
estrutura textual (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos).
Nas regiões brasileiras de fronteira, o crime de contrabando, tipificado no art. 334 do Código Penal,
no capítulo referente aos crimes praticados por particular contra a administração geral, ao lado do tráfico
de entorpecentes e drogas afins, é o que mais importuna a atividade dos poderes públicos, tanto de
prevenção e fiscalização quanto de repressão ou apuração das responsabilidades penais. O Brasil tem uma
peculiaridade em relação a esse crime, devido ao fato de possuir milhares de quilômetros de fronteira seca,
muito difíceis de fiscalizar.
Enivaldo Pinto Pólvora. Internet: <www.ambito-juridico.com.br> (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo que atenda, necessariamente,
ao que se pede a seguir:
< defina o crime de contrabando e indique, em linhas gerais, as circunstâncias que integram esse tipo penal; [valor: 4,00 pontos]
< comente acerca das principais mercadorias e cargas contrabandeadas no território brasileiro; [valor: 3,00 pontos]
< explane a respeito dos problemas decorrentes do contrabando de mercadorias e cargas para a economia nacional e para a saúde
pública; [valor: 6,00 pontos]
< sugira medidas e ações efetivas das forças públicas para o combate ao contrabando de mercadorias e cargas no país.
[valor: 6,00 pontos]
Cargo: Policial Rodoviário Federal – 10 –
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
RASCUNHO
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Cargo: Policial Rodoviário Federal – 11 –
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C C E E E C C C C E E E C C E E E E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E C E C C C E E C E C E C E C C C C E C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E C E C E C X C E X E C C E C C E E E E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
E E E C C C E C C E C C E E E C C E C E
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C E C E E E E E E C E C E C C C C E C C
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
C E E E E C E C E C E C C E C C C C E C
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gabarito
Gabarito
Item
Item
Gabarito
Item
Obs.: ( X ) item anulado.
GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS
0
0
 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
 DEPARTAMENTO DE POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
 CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA
 NO CARGO DE POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL
EDITAL Nº 1 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL, DE 11 DE JUNHO DE 2013
Aplicação: 11/8/2013
DPRF13_001_01
Item
Cargo: Policial Rodoviário Federal
Gabarito
Item
Gabarito
Item
Gabarito
1Cargo: Polícia Rodoviária Federal
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
No que se refere aos sentidos e às estruturas lin-
guísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.
1 A forma verbal “podem” (ℓ. 8) está empregada no 
sentido de têm autorização.
Errado. 
O verbo poder é empregado, no texto, no sentido de 
ser possível, ter a possibilidade de.
2 A oração introduzida por “porque” (ℓ.10) expressa 
a razão de as bombas serem sujas.
Certo. 
A conjunção causal “porque” expressa a causa, a ra-
zão do fato expresso na oração anterior: “[...] as bom-
bas atômicas fabricadas até hoje são sujas (aliás, 
imundas) [...]”.
3 Mantendo-se a correção gramatical e a coerência 
do texto, a conjunção “e”, em “e não por defici-
ência da ciência” (ℓ. 2-3), poderia ser substituída 
por mas.
Certo.
No contexto, a conjunção “e” introduz oração cuja 
ideia se contrapõe à da oração anterior; portanto, tal 
conjunção apresenta valor adversativo e admite sua 
substituição por mas.
4 O objetivo do texto, de caráter predominante-
mente dissertativo, é informar o leitor a respeito 
do surgimento da “bomba limpa” (ℓ. 8).
Errado. 
Embora o texto tenha natureza dissertativa, visto que 
seu objetivo é discorrer sobre um tema, o objetivo não 
é informar, mas argumentar criticamente acerca da 
“bomba limpa”.
5 Tendo a oração “que se supera a si mesma a 
cada dia” (ℓ. 3-4) caráter explicativo, o vocábulo 
“que” poderia ser corretamente substituído por 
pois ou porque, sem prejuízo do sentido original 
do período.
Errado. 
Ainda que seja estruturalmente possível fazer a subs-
tituição, a alteração dos conectivos geraria mudança 
nas relações sintáticas entre as orações e, consequen-
temente, no sentido da frase. Ressalte-se que a oração 
subordinada adjetiva explicativa qualifica tão somente o 
substantivo a que se refere, ao passo que a oração co-
ordenada explicativa (como sugerido) traria esclareci-
mento acerca de toda a informação da oração anterior.
6 A visão do autor do texto a respeito das “bombas 
n” (ℓ. 17) é positiva, o que é confirmado pelo uso 
da palavra “lisura” (ℓ. 18) para se referir a esse 
tipo de bomba, em oposição ao emprego de pa-
lavras como “indisciplinadas” (ℓ. 16) e “mal-edu-
cadas” (ℓ. 17) em referência às bombas que libe-
ram “estrôncio 90” (ℓ. 11), estas sim consideradas 
desastrosas por atingirem indistintamente países 
considerados amigos e inimigos.
Errado. 
A tônica do texto – em especial a pergunta que o en-
cerra – demonstra que o autor critica o uso de qual-
quer tipo de bomba.
7 O emprego do acento nas palavras “ciência” e 
“transitório” justifica-se com base na mesma re-
gra de acentuação.
Certo. 
Ambas as palavras são paroxítonas terminadas em di-
tongo crescente, o que possibilita, também, considerá-
-las proparoxítonas aparentes.
CONHECIMENTOS BÁSICOS
GABARITO COMENTADO
2
||DPRF13_001_01N962067||
Cargo: Polícia Rodoviária Federal
CESPE/UnB – PRF/2013
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do 
texto acima, julgue os itens que se seguem.
8 No texto, a expressão “pequenos e grandes” (ℓ. 
20) não se refere a tamanho, podendo ser inter-
pretada como equivalente à expressão “adultos 
e jovens” (ℓ. 1), ou seja, em referência a faixas 
etárias.
Certo. 
De fato, a expressão “pequenos e grandes” apresenta 
um período que, em boa medida, traça paráfrase do 
período inicial do texto. Em ambos, a autora faz refe-
rência a faixas etárias.
9 O trecho “Tempos atrás era tido como legítimo 
espancarem-se mulheres e crianças, escraviza-
rem-se povos” (ℓ. 11-13) poderia ser corretamente 
reescrito da seguinte forma: Há tempos, conside-
rava-se legítimo que se espancassem mulheres 
e crianças, que se escravizassem povos.
Certo. 
A reescrita apresentada está correta (pontuação, corre-
lação entre os verbos, colocação pronominal e concor-
dância). Ressalte-se que o item não faz referência ao 
sentido original do texto, conquanto ele seja mantido.
10 Infere-se do texto que algumas práticas sociais 
são absolutamente erradas, ainda que o conceito 
de certo e errado seja variável do ponto de vista 
social e histórico.
Certo. 
O trecho “Hoje em dia, embora ainda se saiba de 
casos de espancamento de mulheres e crianças, de 
trabalho escravo, esses comportamentos são publica-
mente condenados na maior parte do mundo.” permi-
te concluir que, na percepção da autora, tais práticas 
são, em si, absolutamente erradas. Tanto é assim que 
são considerados excepcionalidades os casos a elas 
associados, os quais são, em regra, naturalmente re-
pudiados no mundo todo praticamente.
11 Dado o fato de que “nem” equivale a “e não”, 
a supressão da conjunção “e” empregada logo 
após “inviolável”, na linha 13, manteria a corre-
ção gramatical do texto.
Errado. 
A conjunção “nem” equivale a “e não” notadamente 
quando conecta duas orações de sentido negativo, e 
esse não é o caso do texto, uma vez que a oração an-
terior (linhas 9 e 10) é afirmativa. Além disso, a conjun-
ção e, no contexto, apresenta valor conclusivo e não 
pode ser retirada sem que se ajuste a pontuação.
12 Devido à presença do advérbio “apenas” (ℓ. 18), o 
pronome “se” (ℓ. 17) poderia ser deslocado para 
imediatamente após a forma verbal “coloca” (ℓ. 
17), da seguinte forma: coloca-se.
Errado. 
Na linha 17, o termo “não” é fator que obriga a próclise.
13 Sem prejuízo para o sentido original do texto, o 
trecho “esses comportamentos são publicamente 
condenados na maior parte do mundo” (ℓ. 15-16) 
poderia ser corretamente reescrito da seguinte for-
ma: publicamente, esses comportamentos consi-
deram-se condenados em quase todo o mundo.
Errado. 
A reescrita do texto altera o sentido passivo de “são 
[...] considerados” para sentido reflexivo em “conside-
ram-se”.
14 No trecho “o que consideramos bem” (ℓ. 3-4), o 
vocábulo “que” classifica-se como pronome e 
exerce a função de complemento da forma verbal 
“consideramos”.
Certo.
O termo “que” é pronome relativo. Veja-se que é possí-
vel reescrever o trecho pertinente deste modo: Na reali-
dade, entre aquilo o qual consideramos bem... Além dis-
so, o verbo considerar, cujo sujeito é desinencial (nós), 
é transitivo direto e utiliza o relativo com objeto direto.
15 Infere-se do período “Mas a opção (...) da mídia” 
(ℓ. 17-19) que nem todos “os temas polêmicos” 
recebem a atenção dos meios de comunicação.
3Cargo: Polícia Rodoviária Federal
||DPRF13_001_01N962067|| CESPE/UnB – PRF/2013
Certo. 
O trecho “na esfera dos temas polêmicos que atraem 
os holofotes da mídia” apresenta oração adjetiva res-
tritiva, o que permite afirmar que nem todo tema polê-
mico é atraente para a mídia.
Considerando que uma equipede 30 operários, 
igualmente produtivos, construa uma estrada de 10 
km de extensão em 30 dias, julgue os próximos itens.
16 Se a tarefa estiver sendo realizada pela equipe 
inicial de 30 operários e, no início do quinto dia, 
2 operários abandonarem a equipe, e não forem 
substituídos, então essa perda ocasionará atraso 
de 10 dias no prazo de conclusão da obra. 
Errado.
Como os dois operários saíram no 5º dia, significa que 
os 30 trabalharam juntos durante 4 dias. Vamos des-
cobrir quantos quilômetros eles fizeram em 4 dias.
10 km ------------ 30 dias
X km ------------ 04 dias
X = 4/3 km
Quilômetros que ainda faltam: 10 – 4/3 = 26/3 km
30 op. 10 km 30 dias
28 op. 26/3 km X dias
x = 28 dias
Logo, foram gastos 28 dias + 4 dias = 32 dias. 
17 Se, ao iniciar a obra, a equipe designada para 
a empreitada receber reforço de uma segunda 
equipe, com 90 operários igualmente produtivos 
e desempenho igual ao dos operários da equipe 
inicial, então a estrada será concluída em menos 
de 1/5 do tempo inicialmente previsto. 
Errado.
30 op. 10 km 30 dias
120 op. 10 km X dias
X = 7,5 dias.
1/5 de 30 = 6 
7,5 > 6
Considerando os dados apresentados no gráfico, 
julgue os itens seguintes. 
18 A média do número de acidentes ocorridos no 
período de 2007 a 2010 é inferior à mediana da 
sequência de dados apresentada no gráfico. 
Errado.
Média do período de 2007 a 2010 = 129 + 141 + 159 + 
183 = 612 / 4 = 153.
Mediana (termo central) = 141
 153 > 141
19 Os valores associados aos anos de 2008, 2009 e 
2010 estão em progressão aritmética. 
Errado.
 2008 = 141; 2009 = 159; 2010 = 183
2009 - 2008 = 159 - 141 = 18.
2010 - 2009 = 183 - 159 = 24.
Não forma uma PA
20 O número de acidentes ocorridos em 2008 foi, 
pelo menos, 26% maior que o número de aciden-
tes ocorridos em 2005. 
Certo.
110-------------100%
141------------- x
x= 128%. Logo, 128 - 100% = 28% 
Considere que, em 2009, tenha sido construído 
um modelo linear para a previsão de valores futuros 
do número de acidentes ocorridos nas estradas brasi-
leiras. Nesse sentido, suponha que o número de aci-
dentes no ano t seja representado pela função F(t) = 
At + B, tal que F(2007) = 129.000 e F(2009) =159.000. 
Com base nessas informações e no gráfico apresen-
tado, julgue os itens a seguir. 
21 A diferença entre a previsão para o número de 
acidentes em 2011 feita pelo referido modelo li-
near e o número de acidentes ocorridos em 2011 
dado no gráfico é superior a 8.000. 
Errado.
Como o modelo é linear, o crescimento é constante. 
2007: 129.000 acidentes,
2009: 159.000 acidentes
159.000 – 129.000 = 30.000 acidentes a mais.
Em 2011, o modelo certamente vai ter 30.000 aciden-
tes a mais, ou seja:
F(2011) = 159.000 + 30.000 = 189.000 acidentes 
Não há diferença entre a previsão feita pelo modelo e 
o número obtido no gráfico.
22 O valor da constante A em F(t) é superior a 
14.500.
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Cargo: Polícia Rodoviária Federal
CESPE/UnB – PRF/2013
Certo.
Como a variação foi de 30.000 em 2 anos, em 1 ano a 
variação é de 15.000.
 1.500 > 14.500
Considere que o nível de concentração de álcool 
na corrente sanguínea, em g/L, de uma pessoa, em 
função do tempo t, em horas, seja expresso por N 
= -0,008(t² – 35t + 34). Considere, ainda, que essa 
pessoa tenha começado a ingerir bebida alcoólica a 
partir de t = t0 (N(t0) = 0), partindo de um estado de 
sobriedade, e que tenha parado de ingerir bebida alco-
ólica em t = t1, voltando a ficar sóbria em t = t2. Consi-
dere, por fim, a figura acima, que apresenta o gráfico 
da função N(t) para t 0 [t0, t2]. Com base nessas infor-
mações e tomando 24,3 como valor aproximado de 
√589, julgue os itens que se seguem. 
23 O nível de concentração mais alto de álcool na 
corrente sanguínea da referida pessoa ocorreu 
em t = t1 com t1 > 18 horas.
Errado.
 17,5 < 18
24 O nível de concentração de álcool na corrente 
sanguínea da pessoa em questão foi superior a 1 
g/L por pelo menos 23 horas. 
Certo.
Devemos igualar a função a 1:
 -0,008(t² -35t +34) = 1
 -8t² + 280t - 272 = 1000
 -8t² + 280t - 1272 = 0 :(8)
 -t² + 35T - 159 = 0
 x1 = 5,35
 x2 = 29, 65
 Intervalo x1 – x2 = 29,65 - 5,35 = 24,3
25 O valor de t2 é inferior a 36.
Certo.
Vamos calcular o zero da função:
- 0,008(t² - 35t + 34) = 0 (x 1000)
- 8(t² - 35t + 34) = 0 : (- 8)
t² - 35t + 34 = 0
t0 = 1 ou t2 = 34
No que se refere aos princípios fundamentais da 
Constituição Federal de 1988 (CF) e à aplicabilidade 
das normas constitucionais, julgue os itens a seguir. 
26 O mecanismo denominado sistema de freios e 
contrapesos é aplicado, por exemplo, no caso da 
nomeação dos ministros do Supremo Tribunal Fe-
deral (STF), atribuição do presidente da República 
e dependente da aprovação pelo Senado Federal. 
Certo.
O artigo 2º da Constituição Federal traz a regra da se-
paração dos Poderes. Eles devem ser independentes 
e harmônicos, e nenhum pode se sobrepor ao outro. 
Todos desempenham funções principais, chamadas 
de típicas, e também acessórias, que recebem o nome 
de atípicas.
O Brasil adotou a ideia de Montesquieu do mecanismo 
dos freios e contrapesos (check and balances).
Um exemplo sempre lembrado é exatamente a no-
meação para Ministros do Superior Tribunal Federal 
(Judiciário), pois a indicação cabe ao Presidente da 
República (Executivo), mas é necessária a aprovação 
do nome pelo Senado Federal (Legislativo).
Outro exemplo: a iniciativa para propositura de projeto 
de lei que reajuste a remuneração de servidores da 
Câmara dos Deputados cabe à própria Casa (Legisla-
tivo), mas a lei precisa ser sancionada pelo Presidente 
da República (Executivo), podendo ainda ser declara-
da inconstitucional pelo Judiciário.
Portanto, o item está certo.
27 A liberdade de exercer qualquer trabalho, ofício 
ou profissão, atendidas as qualificações profis-
sionais que a lei estabelecer, é um exemplo de 
norma constitucional de eficácia limitada.
Errado.
As normas de eficácia limitada nascem com aplicabi-
lidade indireta, mediata e reduzida. Para produzirem 
todos os seus efeitos, precisam da edição de norma 
regulamentadora, a cargo do legislador ordinário. 
É o que acontece com o direito de greve do servidor 
público. Isso porque o artigo 37, VII, da Constituição 
dispõe que o servidor poderá exercer o direito de gre-
ve nos termos e limites fixados em lei específica. Ou 
seja, seria necessária a edição de lei ordinária para 
regulamentar e limitar o direito.
Nas normas de eficácia contida (restringível ou redutí-
vel), acontece exatamente o inverso: as normas nas-
cem com aplicabilidade direta e imediata, mas pode vir 
outra norma (de igual hierarquia ou inferior) e reduzir 
sua aplicabilidade.
Exemplificando, o artigo 5º, XIII, da Constituição dispõe 
que é livre o exercício de qualquer ofício, trabalho ou 
profissão, atendidas as qualificações que a lei exigir.
Repare que, sem a parte sublinhada, nós teríamos 
uma norma plena, com o livre direito. No entanto, pode 
haver uma lei exigindo qualificações específicas. É o 
que acontece, por exemplo, com a Lei n. 8.906/1994, 
5Cargo: Polícia Rodoviária Federal
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que exige o diploma de bacharel em Direito, além de 
aprovação no Exame de Ordem para aqueles que 
querem exercer a advocacia.
Portanto, o item está errado, pois a norma em questão 
é de eficáciacontida, e não limitada.
28 Decorre do princípio constitucional fundamental 
da independência e harmonia entre os poderes 
a impossibilidade de que um poder exerça fun-
ção típica de outro, não podendo, por exemplo, o 
Poder Judiciário exercer a função administrativa. 
Errado.
Voltando ao tema que comentamos no primeiro item, 
é certa a afirmação de que o Poder emana do povo. 
No entanto, visando a um melhor funcionamento da 
máquina pública, Montesquieu desenvolveu a teoria 
da separação dos poderes, desdobrando-os em três: 
Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Cada um deles exerce uma função principal, chamada 
de típica, bem como funções secundárias, as atípicas. 
Poder Função típica Funções atípicas
Executivo Administrar (executar)
1 Legislar: por exemplo, ao 
editar uma medida provisória 
ou um decreto autônomo.
2 Julgar: julgamentos 
feitos pelo CADE acerca da 
possível formação de cartéis 
ou outras formas de violação 
da concorrência. Ainda, os 
julgamentos feitos pelo CARF, 
órgão envolvido na Operação 
Zelotes.
Judiciário Julgar
1 Legislar: elaboração de 
Regimentos Internos.
2 Administrar: “cuidar” de 
seus servidores. Ex.: conceder 
férias.
Legislativo Legislar e fiscalizar 
1 Julgar: processar e julgar 
as autoridades indicadas pela 
CF/88 (art. 52). Ex.: Pres. da 
República.
2 Administrar: “cuidar” 
de seus servidores. Ex.: 
concessão de horas extras.
Logo, o item está errado, porque o Judiciário pode 
exercer função administrativa (atípica) quando, por 
exemplo, concede férias a seus servidores e membros.
29 No que se refere às relações internacionais, a Re-
pública Federativa do Brasil rege-se pelos princí-
pios da igualdade entre os Estados, da cooperação 
entre os povos para o progresso da humanidade e 
da concessão de asilo político, entre outros. 
Certo.
O item está certo, porque todos os princípios citados 
compõem o rol de princípios que regem o Brasil nas 
relações internacionais, previsto no artigo 4º da Cons-
tituição – norma programática.
Julgue os itens subsequentes, relativos aos direi-
tos e garantias fundamentais previstos na CF. 
30 Consideram-se brasileiros naturalizados os nas-
cidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que sejam registrados em re-
partição brasileira competente ou venham a re-
sidir na República Federativa do Brasil e optem, 
em qualquer tempo, depois de atingida a maiori-
dade, pela nacionalidade brasileira. 
Errado.
O item está errado, porque a situação ali colocada ca-
racteriza a condição de brasileiro nato.
Repare que será nato o filho de pai ou de mãe brasilei-
ra, nascido no exterior (critério sanguíneo), desde que: 
a) seja registrado em repartição brasileira competente; ou
b) venha a residir no Brasil e opte, a qualquer tempo, 
após a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Preste atenção a um fato: a pessoa pode optar a qual-
quer tempo (após a maioridade) e sua opção surtirá 
efeitos retroativos ao nascimento. 
Ou seja, o cidadão será brasileiro nato desde o nasci-
mento. Então, eventual pedido de extradição formula-
do por outro país, mesmo por crimes praticados antes 
da opção pela nacionalidade brasileira, não serão de-
feridos pelo Brasil.
Dito isso, o item está errado.
31 No caso de iminente perigo público, a autoridade 
competente poderá usar de propriedade particu-
lar, assegurada ao proprietário indenização ulte-
rior, se houver dano. 
Certo.
Item sem maior grau de complexidade, que repete o 
inciso XXV do artigo 5º da Constituição.
Sobre o direito de propriedade, aproveito para desta-
car que o tema é tratado em diferentes pontos da CF. 
De um lado, há a previsão no sentido de ser assegura-
do o direito de propriedade.
No entanto, dentro da ideia de inexistência de direito 
absoluto, em algumas situações, poderia haver a de-
sapropriação e, em outras, a expropriação.
Duas são as hipóteses:
a) Se for para atender à necessidade/utilidade pública 
ou ao interesse social, desapropriação deverá ser in-
denizada previamente e em dinheiro, ressalvados os 
casos previstos na Constituição;
b) Se a propriedade não estiver atendendo sua função 
social, poderá haver a desapropriação-sanção. Trata-
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-se, como o próprio nome deixa transparecer, de uma 
punição. Nesse caso, a indenização paga em títulos 
da dívida pública ou títulos da dívida agrária, resgatá-
veis em até 10 ou 20 anos, respectivamente.
O tema relativo à intervenção do Estado na proprie-
dade está sempre caindo nas provas, especialmente 
de direito administrativo. Então, é bom lembrar que a 
desapropriação é apenas umas das formas de inter-
venção. Além dela, há também previsão de servidão 
administrativa, ocupação temporária, limitações admi-
nistrativas, tombamento e a requisição temporária. 
Em relação à requisição temporária, está previsto que 
o poder público pode usar a propriedade particular em 
casos de iminente perigo público, devendo indenizar 
se houver prejuízo (não é sempre que se indeniza).
Há também a possibilidade de expropriação, contida 
no artigo 243 da CF. Nela, não haverá qualquer in-
denização, podendo o proprietário responder criminal-
mente por sua conduta. São duas as hipóteses de ex-
propriação: terras nas quais se cultivem substâncias 
psicotrópicas (no caso do Brasil, maconha e haxixe, 
essencialmente) e terras nas quais se utilize mão de 
obra escrava, introduzida pela EC n. 81/2014, e fruto 
da “PEC do Trabalho Escravo”.
Ainda sobre o tema, há previsão de que a pequena 
propriedade rural, desde que trabalhada pela família, 
não será objeto de penhora para pagamento de débi-
tos decorrentes de sua atividade produtiva.
DESAPROPRIAÇÃO/EXPROPRIAÇÃO
MODALIDADE ESPÉCIE INDENIZAÇÃO COMPETÊNCIA
Desapropriação 
por utilidade ou 
necessidade 
pública ou 
interesse social
Desapropriação 
ordinária.
Indenização 
PRÉVIA, 
JUSTA e em 
dinheiro.
Todos os entes 
federados.
Desapropriação
urbanística
Refere-se 
ao imóvel 
localizado na 
área urbana 
que não atende 
à respectiva 
função social.
Possui caráter 
subsidiário.
Indenização 
em títulos da 
dívida pública, 
resgatáveis em 
até 10 anos – 
autorização do 
Senado.
Municípios 
e DF.
Desapropriação 
rural
Imóvel rural que 
não atende à 
função social.
Indenização 
em títulos da 
dívida agrária, 
resgatáveis em 
até 20 anos.
União (objetivo 
único de 
implementar 
a reforma 
agrária).
Expropriação 
confiscatória
Expropriação 
das glebas 
onde forem 
localizadas 
culturas ilegais 
de plantas 
psicotrópicas 
ou exploração 
de trabalho 
escravo – EC 
n. 81/2014.
(Serão 
destinadas 
ao assento 
de colonos, 
para o cultivo 
de produtos 
alimentícios e
medicamentos 
E/OU a 
programas 
de habitação 
popular – EC n. 
81/2014).
NÃO há 
indenização. União.
32 O estrangeiro condenado por autoridades estran-
geiras pela prática de crime político poderá ser 
extraditado do Brasil se houver reciprocidade do 
país solicitante. 
Errado.
O brasileiro nato nunca pode ser extraditado! Essa fra-
se é correta, mas depende de que ponto de vista. Veja:
ele nunca será extraditado pelo Brasil, obviamente 
(extradição passiva). Em outras palavras, o Brasil não 
enviará o seu cidadão para outro país, para lá ser pro-
cessado. 
Contudo, pode, perfeitamente, ser extraditado para o 
Brasil, por outra nação, a pedido de nosso país (extra-
dição ativa). É o caso do famoso banqueiro Salvatore 
Cacciola, enviado pelo Principado de Mônaco para o 
Brasil.
Outro ponto relevante: caso um brasileiro, voluntaria-
mente, opte por outra nacionalidade, ele perderá a 
condição de brasileiro. Em consequência, poderá ha-
ver a extradição.
Essa situação, aliás, aconteceu na vida real e chegou 
ao Superior Tribunal Federal(STF). 
No caso concreto, uma brasileira optou pela cidadania 
norte-americana, mas, depois de matar seu compa-
nheiro nos Estados Unidos da América (EUA), fugiu 
para o Brasil. 
Os EUA pediram a extradição, mas a defesa da acusa-
da alegava que isso não seria possível, devido à sua 
condição de brasileira nata, na medida em que nenhu-
ma manifestação do governo brasileiro tinha existido 
até então.
O STF entendeu pela possibilidade de extradição, 
pontuando que a natureza da decisão que reconhe-
ce a perda da nacionalidade era declaratória. Assim, 
reconhecia algo que já existiu em data retroativa (mo-
mento da opção voluntária por outra nacionalidade). 
Na prática, equivaleria a dizer que nós estávamos ex-
traditando um estrangeiro, pois a pessoa deixou de 
ser brasileira no momento em que pediu, voluntaria-
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mente e fora das hipóteses constitucionais de manu-
tenção da nacionalidade, para ser nacional de outro 
país (STF, MS 33.864). 
Já o brasileiro naturalizado pode ser extraditado em 
duas hipóteses, quais sejam: a) crime comum prati-
cado antes da naturalização; e b) envolvimento com 
o tráfico ilícito de entorpecentes, antes ou depois da 
naturalização.
Por fim, o estrangeiro, em regra, pode ser extraditado. 
Entretanto, tratando-se de crime político ou de opi-
nião, além de não haver extradição, poderá o Brasil 
conceder asilo político (artigo 4º da CF/1988).
Logo, o item está errado.
33 Aos que comprovem insuficiência de recursos é 
assegurada a gratuidade na prestação de assis-
tência jurídica integral pelo Estado. 
Certo.
Vendo as provas atuais e comparando-as com a que 
estou comentando, dá para perceber um avanço notá-
vel no grau de complexidade.
Digo isso porque, uma vez mais, cobrou-se o texto li-
teral da Constituição, repetindo-se o inciso LXXIV do 
artigo 5º, o que torna o item certo.
Avançando, atualmente o conhecimento da lei seca 
continua sendo fundamental, mas as bancas têm tri-
lhado pela necessidade de interpretar situações-pro-
blema apresentadas ou ainda exigir conhecimento so-
bre a jurisprudência do STF e do STJ, especialmente 
as súmulas desses Tribunais. 
Fique de olho, pois a próxima prova virá mais difícil.
É por meio da Defensoria Pública (instituição dotada 
de autonomia administrativa, funcional e orçamentá-
ria) que o Estado presta a assistência jurídica aos ne-
cessitados.
34 Somente aos brasileiros e aos estrangeiros resi-
dentes no país é assegurado o direito de petição 
em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder. 
Errado.
A Constituição dispõe que tanto o direito de certidão 
quanto o direito de petição são assegurados a todos, 
independentemente do pagamento de taxas.
Pelo próprio texto constitucional, já se vê que não há 
restrição aos brasileiros e estrangeiros residentes no 
país, mas um exemplo pode deixar as coisas ainda 
mais claras.
Imagine a seguinte situação: um turista norte-america-
no visita o Rio de Janeiro e é assaltado no calçadão 
de Copacabana. 
Pergunta: nesse caso, ele pode registrar uma ocorrên-
cia policial na delegacia mais próxima?
Não há dúvidas de que a resposta é sim, mesmo não 
sendo ele residente no Brasil. Isso acontece porque o 
registro de ocorrência policial nada mais é do que uma 
das formas do exercício do direito de petição.
O caput do artigo 5º dispõe menos do que deveria. É 
que ele assegura a inviolabilidade dos direitos à vida, 
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país. 
Já o STF entende que essa inviolabilidade vale para 
todos os que estejam no país.
A respeito da organização político-administrativa 
do Estado e da Administração Pública, julgue os itens 
que se seguem. 
35 O Distrito Federal (DF) é ente federativo autôno-
mo, pois possui capacidade de auto-organização, 
autogoverno e autoadministração, sendo vedado 
subdividi-lo em municípios. 
Certo.
A União, os estados, o DF e os municípios compõem a 
República Federativa do Brasil (RFB). A RFB é dotada 
de soberania, já os entes possuem autonomia tríplice: 
financeira, administrativa e política (FAP).
Diferentemente dos estados e dos territórios federais 
(se criados), o DF não pode ser dividido em município, 
o que torna o item certo.
Outra coisa: a autonomia do DF é parcialmente tutela-
da pela União, pois é ela quem organiza e mantém a 
PMDF, a PCDF, o CBMDF, o TJDFT e o MPDFT.
36 Conforme o STF, a responsabilidade civil das em-
presas prestadoras de serviço público é objetiva, 
mesmo em relação a terceiros não usuários do 
serviço público. 
Certo.
Há alguns anos, o STF (RE 591.874) modificou a sua 
jurisprudência e, de lá para cá, entende que as per-
missionárias e concessionárias prestadoras de servi-
ço público respondem objetivamente em relação aos 
danos causados tanto a usuários quanto a terceiros 
não usuários do sistema. Isso torna o item correto.
37 Os atos de improbidade administrativa importa-
rão ao agente a suspensão dos direitos políticos, 
a perda da função pública, a indisponibilidade 
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação 
penal cabível. 
Certo.
Está na Constituição a previsão segundo a qual o 
agente que praticar atos de improbidade administra-
tiva sofrerá a suspensão de direitos políticos, a perda 
da função pública, a indisponibilidade de bens e a im-
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posição de ressarcimento do erário. Só isso já torna 
correto o item, mas vou avançar.
É sempre bom lembrar que a ação de improbidade ad-
ministrativa não tem caráter penal. As punições pos-
suem natureza administrativa. Porém, nada impede a 
responsabilização também na esfera criminal, caso os 
fatos se amoldem a alguma conduta penalmente típica.
Regulamentando o preceito constitucional, foi editada 
a Lei n. 8.429/1992 – Lei de Improbidade Administrati-
va (LIA), de grande incidência nas provas. 
Ela distingue os atos de improbidade administrativa 
em quatro espécies: a) atos que importam enriqueci-
mento ilícito (artigo 9º); b) atos que causam prejuízo 
ao erário (artigo 10); c) atos decorrentes da conces-
são ou aplicação indevida de benefício financeiro ou 
tributário (artigo 10-A); e d) atos que atentam contra os 
princípios da Administração Pública (artigo 11).
Cabe ressaltar que a terceira hipótese apresentada foi 
acrescentada pela Lei Complementar n. 157, de 2016.
Avançando, no artigo 12 da LIA, há a previsão de 
punições, em uma evidente gradação das condutas. 
Exemplificando:
A suspensão dos direitos políticos pode variar entre 
três patamares: 3 a 5 anos; 5 a 8 anos; e 8 a 10 anos.
Há um ponto que tira o sossego de muitos(as) 
concurseiros(as): estou falando do julgamento de 
agentes políticos por atos previstos na LIA. 
Nesse ponto, há dois questionamentos fundamentais: 
1) a incidência – ou não – da LIA para as autoridades 
sujeitas aos Crimes de Responsabilidade; 2) em situ-
ação de resposta positiva no primeiro caso, a quem 
caberia o julgamento. 
Há alguns anos, no STF, houve um julgamento que 
pontuava a não incidência da LIA às autoridades sub-
metidas à Lei n. 1.079/1950. Usava-se, inclusive, uma 
frase de sucesso: “quem vai por responsabilidade não 
vai por improbidade” (STF, RCL 2.138).
Hoje não é mais assim!
Ao contrário! O STF e o STJ entendem que os agentes 
políticos estão submetidos à dupla sujeição: eles res-
pondem tanto ao regime de responsabilização política, 
mediante impeachment (Lei n. 1.079/1950), quanto 
por ato de improbidade administrativa, previsto na LIA 
(STF, AC 3.585).
Ainda, se considerado o possível cometimento tam-
bém de crime comum, poderíamos falar em tripla res-
ponsabilização. 
Então, exemplificando, um governador deestado ou do 
DF poderia responder por crime comum (no STJ), por 
crime de responsabilidade (perante um Tribunal Espe-
cial, previsto na Lei n. 1.079/1950) e por ação de im-
probidade administrativa, perante Juiz de 1ª instância.
Já no caso dos prefeitos, haveria a submissão à LIA, 
além da responsabilização política e criminal esta-
belecida no Decreto-Lei n. 201/1967 (STJ, RESP 
1.470.579).
Quanto aos parlamentares, incidiria a responsabiliza-
ção por quebra de decoro, a ser julgada na respectiva 
Casa, além da LIA. Aliás, foi essa a razão de se ter 
mantido decisão do TJDFT que suspendeu os direitos 
políticos da então Deputada Federal Jaqueline Roriz 
(STF, Reclamação 18.183).
38 Em se tratando de matéria para a qual se pre-
veja a competência legislativa concorrente, a CF 
autoriza os estados a exercerem a competência 
legislativa plena para atenderem a suas peculiari-
dades se inexistir lei federal sobre normas gerais. 
Certo.
Somente a União, os estados e o DF têm competência 
concorrente. Assim, ficam de fora os municípios e os 
territórios.
Nessa competência, a União estabelece normas ge-
rais, enquanto os estados e o Distrito Federal estabe-
lecem normas suplementares.
Eu costumo pensar que a União faz a cabeça, deixan-
do o corpo para os estados e o DF. 
“Tá, mas e se a União não faz a norma geral?”
Eu aprendi que não pode haver mula sem cabeça. 
Nessa hipótese, os estados e o DF poderão fazer tan-
to as normas gerais quanto as suplementares, ocasião 
em que possuirão a chamada competência plena.
Mas, assim como não pode existir mula sem cabeça, 
também não pode haver bicho de duas cabeças.
É exatamente por isso que, se posteriormente a União 
editar as normas gerais que lhe cabiam, aquela feita 
pelos estados ou pelo DF ficará com sua eficácia sus-
pensa, na parte em que for contrária.
No que concerne ao Poder Executivo e ao Poder 
Judiciário, julgue os itens subsecutivos. 
39 Compete originariamente ao Superior Tribunal de 
Justiça (STJ) julgar o litígio entre Estado estran-
geiro ou organismo internacional e a União, os 
estados ou o DF. 
Errado.
Fique atento para um diferencial importante: os pro-
cessos que envolvem Estado Estrangeiro ou Organis-
mo Internacional podem começar diretamente no STF 
ou no Juiz Federal de primeiro grau. 
O que define se a causa será julgada lá em cima (STF) 
ou lá embaixo (JF de 1º grau) é quem está do outro 
lado.
Se for a União, os estados, o Distrito Federal ou os 
territórios, a competência será do STF. 
Por outro lado, se envolver pessoa (natural ou jurídi-
ca) ou município, o julgamento do caso caberá ao Juiz 
Federal de 1º grau.
Nesse último caso (EE ou OI x Pessoa ou Município), 
quem quiser recorrer deve ir ao STJ usando um recur-
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so ordinário (RO).
Vamos sistematizar?
EE ou OI contra U, E, DF e T >>> julgamento no STF.
EE ou OI contra Pessoa ou M > julgamento pelo Juiz 
Federal, com RO para o STJ.
40 Compete privativamente ao presidente da Repú-
blica conceder indulto e comutar penas, ouvidos, 
se necessário, os órgãos instituídos em lei.
Certo.
O item está certo, porque cabe ao Presidente da Re-
pública conceder a graça (perdão individual), o indulto 
(perdão coletivo) e a comutação (perdão coletivo, mas 
parcial). Por outro lado, a anistia é concedida pelo Po-
der Legislativo. Se a anistia envolver crimes, só pode 
ser dada pelo Congresso Nacional, pois compete à 
União legislar sobre direito penal. Já nos casos de pu-
nição administrativa, a anistia também pode ser feita 
por Assembleia Legislativa.
Avançando, lembro que a concessão de indulto e a 
comutação de penas são atribuições do Presidente 
da República que podem ser delegadas aos Minis-
tros de Estado, à Advocacia-Geral da União (AGU) e 
à Procuradoria-Geral da República (PGU) – artigo 84, 
parágrafo único, da Constituição.
A respeito da ética no serviço público, julgue os 
itens subsequentes.
41 Considere que os usuários de determinado serviço 
público tenham formado longas filas à espera de 
atendimento por determinado servidor que, embora 
responsável pelo setor, não viabilizou o atendimen-
to. Nessa situação, segundo dispõe a legislação de 
regência, a atitude do servidor caracteriza conduta 
contrária à ética e ato de desumanidade, mas não 
grave dano moral aos usuários do serviço.
 
Errado.
O Decreto n. 1171/1994 deixa claro que permitir a for-
mação de longas filas constitui, sim, dano moral ao 
usuário dos serviços públicos. Veja o inciso X: “Deixar 
o servidor público qualquer pessoa à espera de solu-
ção que compete ao setor em que exerça suas fun-
ções, permitindo a formação de longas filas, ou qual-
quer outra espécie de atraso na prestação do serviço, 
não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de 
desumanidade, mas principalmente grave dano moral 
aos usuários dos serviços públicos”.
42 O elemento ético deve estar presente na conduta 
de todo servidor público, que deve ser capaz de 
discernir o que é honesto e desonesto no exercí-
cio de sua função.
Certo. 
Veja que o Decreto dispõe que “II – O servidor público 
não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua 
conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o 
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o 
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas princi-
palmente entre o honesto e o desonesto”.
No que se refere aos deveres do servidor público, 
previstos no Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue os 
próximos itens.
 
43 Os registros que consistiram em objeto de apu-
ração e aplicação de penalidade referentes à 
conduta ética do servidor devem ficar arquiva-
dos junto à comissão de ética e não podem ser 
fornecidos a outras unidades do órgão a que se 
encontre vinculado o servidor.
Errado. 
Veja que a comissão de ética pode fornecer informa-
ções a respeito dos registros éticos do servidor para 
fundamentar decisões de órgãos que cuidem da gestão 
da carreira dos servidores. Inciso XVIII: “À Comissão de 
Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados 
da execução do quadro de carreira dos servidores, os 
registros sobre sua conduta ética, para o efeito de ins-
truir e fundamentar promoções e para todos os demais 
procedimentos próprios da carreira do servidor público”.
44 Estará sujeito à penalidade de censura, a qual é 
aplicada pela comissão de ética, mediante pare-
cer assinado por todos os seus integrantes, o ser-
vidor que violar algum de seus deveres funcionais.
Certo.
Veja o inciso XXII: “A pena aplicável ao servidor públi-
co pela Comissão de Ética é a de censura e sua fun-
damentação constará do respectivo parecer, assinado 
por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso”.
45 A publicidade de ato administrativo, qualquer que 
seja sua natureza, constitui requisito de eficácia 
e moralidade.
Errado. 
Veja que o inciso já começa com as exceções. “VII – 
Salvo os casos de segurança nacional, investigações 
policiais ou interesse superior do Estado e da Admi-
nistração Pública, a serem preservados em processo 
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a 
publicidade de qualquer ato administrativo constitui re-
quisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omis-
são comprometimento ético contra o bem comum, im-
putável a quem a negar”.
10
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Cargo: Polícia Rodoviária Federal
CESPE/UnB – PRF/2013
Tendo como referência a figura acima, que ilustra 
uma janela do BrOffice.org Writer com um texto em 
edição, julgue os itens a seguir.
46 Na situação da janela apresentada, para se criar 
um novo documento, em branco, é suficiente cli-
car, com o botão esquerdo do mouse, o botão , 
que está localizado logo abaixo do menu .
Certo.
É muito comum que a banca Cespe cobre botõesdos 
programas, bem como seus atalhos e a maneira de 
executá-los (passo a passo). Nesse caso, o atalho 
para abrir um novo documento é o CTRL+N. 
47 Na situação mostrada na figura, para se aplicar 
negrito à palavra “valores”, é suficiente aplicar, 
com o botão esquerdo do mouse, um clique du-
plo sobre a palavra, pressionar e manter pressio-
nada a tecla e teclar.
Anulado.
Justificativa da banca Cespe: Deferido com anula-
ção. Na redação do item, o termo “clicar B” seria utili-
zado caso o programa estivesse em inglês. Entretanto, 
o comando da prova especifica que todos os progra-
mas devem estar com padrões na língua portuguesa. 
Portanto, opta-se pela anulação do gabarito.
Comentário: O argumento para anulação é totalmen-
te sem nexo, uma vez que o programa, mesmo em 
português do Brasil, usa o referido atalho.
Considerando a figura acima, que ilustra uma 
janela do Broffice.org Calc com uma planilha em 
edição, julgue o item abaixo.
48 Na planilha em questão, as células E3 e F4 serão 
preenchidas com os valores 7 e 17, respectiva-
mente, após a execução da seguinte sequência 
de ações: clicar a célula E3; digitar =B2+C3 e, 
em seguida, teclar ; clicar novamente a célu-
la E3; clicar o botão ; clicar a célula F4; e clicar 
o botão .
Certo.
Temos em E3 = B2+C3, ou seja, 1+6 total 7. Como to-
das as referências da fórmula “=B2+C3” são relativas, 
ao mudar uma coluna para direita e uma linha para 
baixo (copiar de E3 para F4), as respectivas referên-
cias irão mudar na mesma proporção (B2 – Coluna 
“B”+1 -» Linha “2”+1 -» 3 – nova referência “C3”) e 
(C3 – Coluna “C”+1 -» “D” – Linha “3”+1 -» 4 – nova 
referência “D4”). Ou seja, quando colamos a fórmula 
(=B2+C3), que está na célula “E3”, na célula “F4”, ela 
fica assim =C3+D4 =6+11, total 17.
Tendo como referência a figura acima, que mostra 
uma janela do Google Chrome, julgue os itens subse-
quentes, a respeito de redes de computadores e segu-
rança da informação.
49 Ao contrário de um vírus de computador, que é 
capaz de se autorreplicar e não necessita de um 
programa hospedeiro para se propagar, um worm 
não pode se replicar automaticamente e necessi-
ta de um programa hospedeiro.
Errado.
Vírus precisa de um arquivo hospedeiro, precisa ser 
executado para iniciar a contaminação e pode criar 
cópias de si mesmo. Já o worm não usa arquivo hos-
pedeiro, não precisa ser executado, pode criar cópias 
de si mesmo e propaga-se pela rede, explorando vul-
nerabilidades. 
50 Na situação mostrada na figura, ao se clicar o bo-
tão , todos os arquivos com extensão .doc que 
estivem na área de transferência do Windows se-
11Cargo: Polícia Rodoviária Federal
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rão armazenados em nuvem (cloud storage).
Anulado.
Justificativa da banca Cespe: A grafia da palavra 
“estivem” pode ter induzido os candidatos ao erro, mo-
tivo pelo qual se opta pela anulação do item.
O botão apresentado dá acesso a um menu chama-
do "Personalizar e Controlar o Google Chrome" (e, na 
versão atual desse navegador, o botão está assim: 
). Para realizar o que está descrito na questão, 
seria necessário fazer o upload (envio) do arquivo 
utilizando um programa instalado na máquina (MS 
OneDrive, Dropobox etc.), ou diretamente por um na-
vegador, por exemplo, para um dos serviços citados.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
51 Em razão da responsabilidade civil objetiva da 
administração, o PRF será obrigado a ressarcir 
os danos causados à administração e a tercei-
ros, independentemente de ter agido com dolo ou 
culpa.
Errado.
A responsabilidade civil ocorre quando alguém cau-
sa prejuízos a outrem. Na Constituição Federal (CF), 
encontra-se a seguinte disposição (§ 6º do artigo 37):
As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nes-
sa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa. 
Note que quem responde pelo prejuízo é a PESSOA 
JURÍDICA com a qual o agente público mantém o vín-
culo. No caso do item, quem responderá será a União, 
já que a Polícia Rodoviária é órgão desta. O PRF será 
acionado, se for o caso, mediante ação regressiva (re-
leia o dispositivo transposto acima), não devendo ser 
acionado diretamente, a princípio. 
52 Não poderá ser objeto de delegação a decisão 
referente a recurso administrativo interposto pelo 
PRF contra decisão que lhe tiver aplicado penali-
dade em razão do acidente. 
Certo.
Tema: Processo Administrativo (Lei n. 9.784/1999)
Comentário:
A Lei n. 9.784/1999 estabelece normas gerais sobre os 
processos administrativos federais. Nesse contexto, 
registra o aludido normativo (destaque feito por nós):
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do ór-
gão ou autoridade. 
Assim, um dos atos impassíveis de delegação é a 
apreciação de recursos administrativos. Para entender 
isso melhor, imagine o seguinte: uma autoridade qual-
quer toma uma decisão que tenha sido potencialmen-
te prejudicial a um particular, em um processo admi-
nistrativo. O particular então recorre (há uma nuance 
interessante no andamento do recurso administrativo 
que veremos mais para frente). O recurso administra-
tivo é encaminhado, então, pela via hierárquica para 
a autoridade. Suponha que essa autoridade superior 
pudesse delegar a competência para a apreciação do 
recurso. Resultado: a autoridade hierárquica superior 
poderia delegar a apreciação da matéria para a au-
toridade que adotou a decisão administrativa inicial, 
decisão esta que o potencial prejudicado quer ver re-
formulada. Daí, há uma grande chance de “não valer 
nada” o recurso, pois este seria apreciado pelo mes-
mo responsável pela apreciação inicial. 
Sendo assim, CORRETO O ITEM: não é possível a de-
legação para apreciação de recursos administrativos. 
53 Ainda que seja absolvido por ausência de provas 
em processo penal, o PRF poderá ser processa-
do administrativamente por eventual infração dis-
ciplinar cometida em razão do acidente.
Certo.
Tema: Independência das Esferas – Responsabiliza-
ção do Servidor – Agentes Públicos 
A absolvição penal negando a autoria do crime ou afir-
mando a inexistência do fato interfere nas outras duas 
esferas (civil e administrativa). Nesse sentido, estabe-
lece a Lei n. 8.112/1990:
Art. 126. A responsabilidade administrativa do ser-
vidor será afastada no caso de absolvição criminal 
que negue a existência do fato ou sua autoria. 
Por que a esfera criminal repercute nas demais? Bom, 
basicamente isso se deve à apreciação das provas 
na esfera criminal, que, em tese, é muito mais ampla, 
mais minudente. De fato, o Juiz criminalista é o mais 
cuidadoso possível na condução do processo de sua 
Nos itens que avaliam conhecimentos específicos, a sigla PRF, sempre que empregada, refere-se a Policia Rodoviária Federal ou a policial
rodoviário federal, conforme o contexto.
12
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Cargo: Polícia Rodoviária Federal
CESPE/UnB – PRF/2013
competência e na aplicação da pena de sua alçada. É 
que as penas “capitais” em nosso país, praticamente, 
vêm da esfera criminal. Com efeito, não há prisão por 
dívida/civil no Brasil, salvo aquele caso “bobo” que o 
examinador não coloca mais em prova: não pagamen-
to de pensão alimentícia. E, na esfera administrativa, 
as penalidades são bem menos gravosas que a priva-
ção de liberdade. 
De toda forma, se, na esfera criminal, houve a absol-
vição por insuficiência de provas, o resultado não 
interfere nas demais instâncias, nas quais se poderia 
muito bem aplicar punições ao servidor infrator. Um 
pequeno exemplo ajuda muito para o entendimento do 
quese fala. Vejamos. 
Suponhamos que haja desaparecido um notebook em 
uma instituição pública. Feita a denúncia criminal e 
instaurado o processo judicial, o juiz responsável ab-
solve o potencial infrator, pela falta de provas cabais 
que levem à conclusão de que aquele servidor seria, 
efetivamente, o culpado. A situação, que não é tão 
rara, ocorre, no essencial, por conta de dois princípios: 
em dúvida, em benefício do réu; e todos são inocentes 
até que se PROVE o contrário. Desse modo, havendo 
dúvida se o servidor seria, ou não, culpado, resta ao 
juiz absolvê-lo. 
Pois bem, instaurado um processo administrativo (de 
natureza disciplinar, ressalte-se), a Administração 
estaria impedida de aplicar uma punição ao faltoso? 
NÃO. Por exemplo: adverti-lo, em razão de não ter 
guardado o equipamento em local adequado, no qual 
ficasse fora do alcance de pessoas mal-intenciona-
das. Em suma: é possível punição administrativa 
no caso de absolvição criminal POR INSUFICIÊN-
CIA DE PROVAS, até em razão mesmo da natureza 
das punições administrativas, bem mais “leves” 
que as criminais.
A respeito da organização do Departamento de Polícia 
Rodoviária Federal e da natureza dos atos praticados 
por seus agentes, julgue os itens que se seguem.
54 Praticado ato ilegal por agente da PRF, deve a 
administração revogá-lo.
Errado.
Tema: Revogação – Atos Administrativos
Na Revogação do ato administrativo, ocorre a extin-
ção deste por razões de oportunidade e de conveni-
ência. Na revogação, um ato administrativo, legítimo e 
eficaz (gerador de efeitos) é suprimido pela Adminis-
tração – e somente por ela – por não mais lhe convir 
sua existência. 
A revogação pressupõe, portanto, um ato legal e perfei-
to, mas que se tornou inconveniente ao interesse pú-
blico, sendo certo que é inerente ao poder discricioná-
rio da Administração. A revogação do ato opera da data 
em diante, ou seja, tem efeitos ex nunc (proativos). 
Pois bem, no caso de anulação, o que ocorre é que 
o ato estava eivado de vício. E, por isso, precisa ser 
retirado do mundo jurídico com efeitos ex tunc (re-
troativos). O item examinado mistura os conceitos: 
quando um ato ilegal é praticado, sua extinção se dá 
por ANULAÇÃO, e não por revogação. Por isso, está 
ERRADO!
55 Por ser órgão do Ministério da Justiça, a PRF é 
órgão do Poder Executivo, integrante da adminis-
tração direta.
Certo.
(Conforme legislação atual de fevereiro de 2018, o 
item se torna ERRADO.)
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é órgão do Poder 
Executivo, integrante da administração direta. Porém, 
deve-se ficar atento ao Ministério, pois, após o MP 
821, de fevereiro de 2018, a PRF passa a ser órgão 
do Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
56 Os atos praticados pelos agentes públicos da 
PRF estão sujeitos ao controle contábil e finan-
ceiro do Tribunal de Contas da União.
Certo.
Tema: Tribunais de Contas – Controle da Administração
Todos que têm, sob sua guarda, valores públicos têm 
o dever de prestar contas (parágrafo único do artigo 
70 da Constituição Federal). Nesse contexto, dispõe 
nossa CF:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso 
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal 
de Contas da União, ao qual compete:
[...]
IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal, de Comissão téc-
nica ou de inquérito, inspeções e auditorias de 
natureza contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional e patrimonial, nas unidades administrativas 
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e 
demais entidades referidas no inciso II.
Como os policiais rodoviários são servidores federais, 
o controle de suas ações, em termos de despesas, é 
feito pelo TCU.
No que concerne ao regime jurídico do servidor 
público federal, julgue os próximos itens.
57 Anulado o ato de demissão, o servidor estável 
será reintegrado ao cargo por ele ocupado an-
13Cargo: Polícia Rodoviária Federal
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teriormente, exceto se o cargo estiver ocupado, 
hipótese em que ficará em disponibilidade até 
aproveitamento posterior em cargo de atribui-
ções e vencimentos compatíveis.
Errado.
Tema: Reintegração – Agentes Públicos
De imediato, vejamos o que dispõe a Lei n. 8.112/1990:
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servi-
dor estável no cargo anteriormente ocupado, ou 
no cargo resultante de sua transformação, quando 
invalidada a sua demissão por decisão adminis-
trativa ou judicial, com ressarcimento de todas as 
vantagens.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servi-
dor ficará em disponibilidade, observado o disposto 
nos arts. 30 e 31.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventu-
al ocupante será reconduzido ao cargo de origem, 
sem direito à indenização ou aproveitado em outro 
cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
A primeira parte do item está OK: quando uma demis-
são é anulada, o servidor deve ser REINTEGRADO. O 
problema é a parte final: se o cargo do servidor reinte-
grado estiver ocupado, o eventual ocupante da vaga, 
ou seja, quem está no lugar do reintegrado, é quem 
ficará em disponibilidade, até o adequado aproveita-
mento. O item faz confusão entre as situações e, por 
isso, está ERRADO.
58 O servidor público federal investido em mandato 
eletivo municipal somente será afastado do cargo 
se não houver compatibilidade de horário, sen-
do-lhe facultado, em caso de afastamento, optar 
pela sua remuneração.
Errado.
Tema: Acumulação de cargos – Agentes Públicos
As regras básicas quanto à acumulação de cargos po-
líticos são extraídas da própria CF. Vejamos (desta-
ques da nossa parte): 
Art. 38. Ao servidor público da administração dire-
ta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual 
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego 
ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado 
do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado 
optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo 
compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
gens de seu cargo, emprego ou função, sem pre-
juízo da remuneração do cargo eletivo, e, não ha-
vendo compatibilidade, será aplicada a norma do 
inciso anterior.
São dois os mandatos políticos municipais envolvidos: 
o de prefeito e o de vereador. No caso do primeiro, 
o servidor deverá se afastar do cargo; no caso do 
segundo, poderá acumular, se houver compatibilidade 
de horários. Agora, releia o comando do item: perce-
beu o erro? No caso de servidor eleito para o cargo 
de prefeito, deverá haver, necessariamente, o afasta-
mento do cargo. 
59 Não é possível a aplicação de penalidade a ser-
vidor inativo, ainda que a infração funcional tenha 
sido praticada anteriormente a sua aposentadoria.
Errado.
Tema: Penalidades – Agentes Públicos
De início, vejamos o que dispõe a Lei n. 8.112/1990, 
Estatuto dos Servidores Públicos Federais:
Art. 127. São penalidades disciplinares:
[...]
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Perceba que aposentados, então, podem ser punidos 
sim. Em complemento, estabelece a referida lei:
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a dis-
ponibilidade do inativo que houver praticado, na 
atividade, falta punível com a demissão.
Portanto, as conclusões a que se chegam são as se-
guintes:
I. aposentados podem ser punidos sim; e,
II. para isso, devem ter cometido, na atividade, faltas 
puníveis com a demissão. 
Sendo assim, o item está ERRADO, uma vez que dis-
põe não ser possível punir servidores aposentados.
60 A nomeação para cargo de provimento efetivo 
será realizada mediante prévia habilitação em 
concurso público de provas ou de provas e títulos 
ou, em algumas situações excepcionais, por livreescolha da autoridade competente.
Errado.
Tema: Nomeação – Agentes Públicos
Para verificar o erro do item, vamos à Constituição Fe-
deral (artigo 37, com destaques da nossa parte):
II – a investidura em cargo ou emprego público de-
pende de aprovação prévia em concurso público 
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
14
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Cargo: Polícia Rodoviária Federal
CESPE/UnB – PRF/2013
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, 
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea-
ções para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração.
 
A livre escolha por parte da autoridade, portanto, 
não se refere à nomeação para cargos efetivos, mas 
sim para cargos comissionados. 
No que se refere ao regime jurídico administra-
tivo, julgue os itens subsecutivos.
61 Somente são considerados atos de improbida-
de administrativa aqueles que causem lesão ao 
patrimônio público ou importem enriquecimento 
ilícito.
Errado.
Tema: Improbidade Administrativa
Item relativamente tranquilo. 
Basta ver o que dispõe a Lei de Improbidade Adminis-
trativa (Lei n. 8.429/1992):
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa 
importando enriquecimento ilícito auferir qualquer 
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão 
do exercício de cargo, mandato, função, emprego 
ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° 
desta lei, e notadamente:
[...]
Art. 10. Constitui ato de improbidade administra-
tiva que causa lesão ao erário qualquer ação ou 
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento 
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades 
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
[...]
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade adminis-
trativa qualquer ação ou omissão para conceder, 
aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário 
contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 
8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho 
de 2003.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa 
que atenta contra os princípios da administração 
pública qualquer ação ou omissão que viole os de-
veres de honestidade, imparcialidade, legalidade, 
e lealdade às instituições, e notadamente:
Há, portanto, quatro tipos de atos de improbidade. 
EM TEMPO: no tempo de aplicação da prova, ain-
da não existia o tipo previsto no artigo 10-A. De todo 
modo, a questão ainda assim seria errada, pois o co-
mando não considerou a existência dos atos de im-
probidade que atentam contra princípios da Adminis-
tração Pública. 
62 A administração não pode estabelecer, unilateral-
mente, obrigações aos particulares, mas apenas 
aos seus servidores e aos concessionários, per-
missionários e delegatários de serviços públicos.
Errado.
Tema: Legalidade
Claro que a Administração pode estabelecer obriga-
ções aos particulares – mesmo que unilateralmente. 
Isso ocorre, por exemplo, nos atos decorrentes do 
exercício do poder de polícia. Contudo, algo é funda-
mental: que as ações da Administração estejam am-
paradas na lei, já que ninguém pode ser obrigado a 
fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei!
Com relação aos princípios, institutos e disposi-
tivos da parte geral do Código Penal (CP), julgue os 
itens seguintes. 
63 Havendo conflito aparente de normas, aplica-
-se o princípio da subsidiariedade, que incide no 
caso de a norma descrever várias formas de rea-
lização da figura típica, bastando a realização de 
uma delas para que se configure o crime. 
Errado.
Quando a norma descreve várias formas de realização 
da figura típica, bastando a realização de uma delas 
para que se configure o crime, estará sendo aplicado 
o princípio da alternatividade.
64 Considere a seguinte situação hipotética. Joa-
quim, plenamente capaz, desferiu diversos gol-
pes de facão contra Manoel, com o intuito de 
matá-lo, mas este, tendo sido socorrido e levado 
ao hospital, sobreviveu. Nessa situação hipotéti-
ca, Joaquim responderá pela prática de homicídio 
tentado, com pena reduzida, levando-se em conta 
a sanção prevista para o homicídio consumado. 
Certo.
A tentativa ocorre quando o agente inicia a execução 
do delito, mas ele não se consuma por circunstâncias 
alheias à vontade do agente. Conforme o artigo 14, 
parágrafo único, do Código Penal, em caso de crime 
tentado, o agente responderá pela pena do homicídio 
consumado com a diminuição de pena de um terço a 
dois terços.
65 O princípio da legalidade é parâmetro fixador do 
conteúdo das normas penais incriminadoras, ou 
seja, os tipos penais de tal natureza somente po-
dem ser criados por meio de lei em sentido estrito. 
Certo.
15Cargo: Polícia Rodoviária Federal
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Conforme o artigo 5º, XXXIX, da Constituição Federal, 
e o artigo 1º do Código Penal, não há crime sem lei an-
terior que o defina, ou seja, pelo princípio da legalida-
de, somente lei em sentido estrito pode criar normas 
penais incriminadoras no Brasil. 
66 A extra-atividade da lei penal constitui exceção 
à regra geral de aplicação da lei vigente à época 
dos fatos. 
Certo.
A regra geral é a aplicação da lei penal vigente à épo-
ca dos fatos, sendo certo que, em caso de sucessão 
de leis no tempo, a norma penal mais branda terá for-
ça retroativa e ultra-ativa, ou seja, força extra-ativa.
67 Considere que um indivíduo penalmente capaz, 
em total estado de embriaguez, decorrente de 
caso fortuito, atropele um pedestre, causando-
-lhe a morte. Nessa situação, a embriaguez não 
exclui a imputabilidade penal do agente. 
Errado.
Conforme o artigo 28, § 1º, do Código Penal, a em-
briaguez completa proveniente de caso fortuito exclui 
a imputabilidade penal. Assim dispõe o artigo 28, § 1º: 
“É isento de pena o agente que, por embriaguez com-
pleta, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, 
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente inca-
paz de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
nar-se de acordo com esse entendimento”.
68 O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possi-
bilidade de ocorrência de tipicidade sem antiju-
ridicidade, assim como de antijuridicidade sem 
culpabilidade. 
Certo.
O conceito analítico de crime define que o crime é 
formado de fato típico, antijurídico (ilícito) e culpável. 
Dessa forma, para que o crime esteja perfeito, deve-
-se configurar, inicialmente, o fato típico e, se presente 
alguma causa excludente da ilicitude, ter-se-á apenas 
fato típico e não antijuridicidade. Da mesma forma, se 
presentes o fato típico e a antijuridicidade e estiver 
presente alguma excludente de culpabilidade (inimpu-
tabilidade, por exemplo), haverá fato típico e antijuridi-
cidade e não culpabilidade.
69 Em relação ao concurso de pessoas, o CP ado-
ta a teoria monista, segundo a qual todos os que 
contribuem para a prática de uma mesma infração 
penal cometem um único crime, distinguindo-se, 
entretanto, os autores do delito dos partícipes.
Certo.
O artigo 29 do Código Penal, ao tratar do concurso de 
agentes, adota a teoria monista ao determinar que to-
dos aqueles que concorrem para o crime responderão 
pelo mesmo delito. No entanto, o artigo 29, § 1º, do refe-
rido código traz diferenciação para a figura do partícipe.
No que se refere aos delitos previstos na parte 
especial do CP, julgue os itens de 70 a 74.
 
70 Considere a seguinte situação hipotética. Pedro e 
Marcus, penalmente responsáveis, foram flagrados 
pela polícia enquanto subtraíam de Antônio, me-
diante ameaça com o emprego de arma de fogo, 
um aparelho celular e a importância de R$ 300,00. 
Pedro, que portava o celular da vítima, foi preso, 
mas Marcus conseguiu fugir com a importância sub-
traída. Nessa situação hipotética, Pedro e Marcus, 
em conluio, praticaram o crime de roubo tentado.
Errado.
Para a consumação do crimede roubo, basta a sub-
tração do patrimônio mediante o emprego da violência 
ou grave ameaça. Desse modo, tanto Pedro quanto 
Marcus responderão por roubo consumado, conforme 
súmula 582 do STJ, que assim dispõe: “Consuma-se o 
crime de roubo com a inversão da posse do bem me-
diante emprego de violência ou grave ameaça, ainda 
que por breve tempo e em seguida à perseguição ime-
diata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo 
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada”.
71 Considere a seguinte situação hipotética. Apro-
veitando-se da facilidade do cargo por ele exerci-
do em determinado órgão público, Artur, servidor 
público, em conluio com Maria, penalmente res-
ponsável, subtraiu dinheiro da repartição pública 
onde trabalha. Maria, que recebeu parte do di-
nheiro subtraído, desconhecia ser Artur funcioná-
rio público. Nessa situação hipotética, Artur come-
teu o crime de peculato, e Maria o delito de furto. 
Certo.
O crime praticado por Artur foi o de peculato furto pre-
visto no artigo 312, § 1º, do Código Penal, que assim 
dispõe: “Aplica-se a mesma pena, se o funcionário pú-
blico, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou 
bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, 
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilida-
de que lhe proporciona a qualidade de funcionário”. 
Para que Maria respondesse por peculato, ela deve-
ria saber da condição de funcionário público de Artur 
e, desse modo, teria aplicação o artigo 30 do Código 
Penal. Como ela não tinha conhecimento, responderá 
por crime comum de furto.
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CESPE/UnB – PRF/2013
72 O crime de concussão configura-se com a exi-
gência, por funcionário público, de vantagem 
indevida, ao passo que, para a configuração do 
crime de corrupção passiva, basta que ele solici-
te ou receba a vantagem, ou, ainda, aceite pro-
messa de recebê-la.
Certo.
Os crimes de concussão e corrupção passiva estão 
previstos nos artigos 316 e 317 do Código Penal, que 
preveem as seguintes condutas: “Art. 316. Exigir, para 
si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida”; “Art. 317. Solicitar ou rece-
ber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas 
em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promes-
sa de tal vantagem”.
73 Em se tratando do crime de furto mediante frau-
de, a vítima, ludibriada, entrega, voluntariamen-
te, a coisa ao agente. No crime de estelionato, a 
fraude é apenas uma forma de reduzir a vigilân-
cia exercida pela vítima sobre a coisa, de forma a 
permitir a sua retirada. 
Errado.
A questão confunde os conceitos de furto qualificado 
por fraude e estelionato. No estelionato, a vítima, lu-
dibriada, entrega, voluntariamente, a coisa ao agente; 
e, no crime de furto qualificado pela fraude, a fraude 
é uma forma de reduzir a vigilância da vítima sobre a 
coisa.
74 Considera-se crime hediondo o homicídio culpo-
so na condução de veículo automotor, quando 
comprovada a embriaguez do condutor.
Errado.
O crime de homicídio culposo, em quaisquer de suas 
modalidades, não é considerado crime hediondo por 
não estar previsto na Lei n. 8.072/1990 (Lei dos Cri-
mes Hediondos).
75 Tratando-se de lei processual penal, não se ad-
mite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação ana-
lógica.
Errado.
Em se tratando de norma processual penal, admite-
-se a interpretação extensiva e a aplicação analógica, 
independentemente de se beneficiar ou não o réu.
A questão quer induzir o candidato a erro justamente 
por querer confundir as regras de direito processual 
penal com as regras do direito penal. 
“Ao contrário do que acontece no direito penal, no âmbi-
to do qual a analogia não pode ser utilizada em prejuízo 
do réu, na esfera processual penal ela goza de ampla 
aplicação. Todavia, deve-se interpretar com reservas a 
admissibilidade da analogia quando se trata da restrição 
cautelar da liberdade, ou quando importe em flexibiliza-
ção de garantias, o que seria intolerável à luz da Cons-
tituição Federal" TAVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar. 
Curso de Direito Processual Penal. pag 39. 2010.
Art. 3º do Código de Processo Penal (CPP): A lei 
processual penal admitirá interpretação extensiva 
e aplicação analógica, bem como o suplemento dos 
princípios gerais de direito.
76 Após regular instrução processual, mesmo que 
se convença da falta de prova de autoria do crime 
que inicialmente atribuíra ao acusado, não pode-
rá o Ministério Público desistir da ação penal.
Certo.
O Ministério Público (MP) não pode desistir da ação 
penal por conta do princípio da indisponibilidade (inde-
sistibilidade) da ação penal pública, do processo penal 
já iniciado. Isso não quer dizer que seja obrigatório o 
pedido de condenação e, uma vez que se convença 
da falta de prova de autoria do crime que inicialmente 
atribuíra ao acusado, pode o MP, por exemplo, pedir a 
absolvição de réu.
Logo, no caso concreto, o MP deverá continuar com 
o regular processamento da ação penal para, ao final, 
pedir a absolvição do réu.
Isso porque a desistência acarretaria a extinção do 
processo sem julgamento de mérito, fazendo a deci-
são coisa julgada formal, o que permitiria a abertura 
de um novo processo caso aparecesse, no futuro, a 
prova da autoria. 
A melhor decisão para o réu é aquela que faz coisa jul-
gada material, por meio de uma sentença absolutória, 
impedindo que seja julgado novamente pelo mesmo fato.
Art. 42 do CPP: O Ministério Público não poderá de-
sistir da ação penal.
77 O Ministério Público pode oferecer a denúncia 
ainda que não disponha do inquérito relatado 
pela autoridade policial.
Certo.
Uma das características do inquérito policial é que ele 
é dispensável. Isso quer dizer que, caso o titular da 
ação penal tenha elementos suficientes de autoria e 
materialidade para propositura da ação penal, sem 
que haja a necessidade de sustentar seu convenci-
mento no inquérito policial, este tornar-se-á dis-
pensável.
Dessa forma, se o MP pode oferecer denúncia sem 
um inquérito policial, quiçá com um inquérito policial 
17Cargo: Polícia Rodoviária Federal
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que não esteja relatado.
Art. 39 [...] 
§ 5º do CPP: O órgão do Ministério Público dispen-
sará o inquérito, se com a representação forem ofe-
recidos elementos que o habilitem a promover a ação 
penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo 
de quinze dias.
78 É condicionada à representação da vítima a ação 
penal por crime de dano praticado contra ônibus 
de transporte coletivo pertencente a empresa 
concessionária de serviço público.
Errado.
Nesse caso, a ação será pública incondicionada. 
O artigo 167 do Código Penal (CP) dispõe que serão 
de ação penal privada somente os tipos penais previs-
tos no artigo 163, caput (dano simples), e dano quali-
ficado por motivo egoístico ou com prejuízo conside-
rável para a vítima (inc. IV do art. 163). Nos demais 
casos, a ação penal segue a regra geral, ou seja, ação 
penal pública incondicionada.
Dessa forma, como o dano qualificado, por ser prati-
cado contra ônibus de transporte coletivo pertencente 
a empresa concessionária de serviço público, não se 
inclui na exceção acima, ele se enquadra na regra ge-
ral, ação penal pública incondicionada.
Por outro lado, também podemos justiçar o gabarito, 
considerando o disposto no artigo 24, § 2º, do CPP.
Dano
Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Dano qualificado
Parágrafo único. Se o crime é cometido:
III – contra o patrimônio da União, de Estado, do Distri-
to Federal, de Município ou de autarquia, fundação pú-
blica, empresa pública, sociedade de economia mistaou empresa concessionária de serviços públicos; 
(Redação dada pela Lei nº 13.531, de 2017)
IV – por motivo egoístico ou com prejuízo considerável 
para a vítima:
Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa, 
além da pena correspondente à violência.
Ação penal
Art. 167. Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu 
parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante 
queixa.
Art. 24 [...]
§ 2º do CPP: Seja qual for o crime, quando praticado 
em detrimento do patrimônio ou interesse da União, 
Estados ou Municípios, a ação penal será pública 
incondicionada.
79 O habeas corpus pode ser impetrado, perante 
qualquer instância do Poder Judiciário, por qual-
quer pessoa do povo em favor de outrem, po-
dendo, ainda, a autoridade judicial competente 
concedê-lo de ofício.
Certo.
Conforme dispõe o artigo 654, caput e § 2º, do CPP, o 
habeas corpus pode ser impetrado, perante qualquer 
instância do Poder Judiciário, por qualquer pessoa do 
povo em favor de outrem, podendo, ainda, a autorida-
de judicial competente concedê-lo de ofício. Além do 
mais, não se exige capacidade postulatória (ser advo-
gado) para impetrar habeas corpus. Logo, pode ser 
feito por qualquer pessoa.
Art. 654 do CPP: O habeas corpus poderá ser im-
petrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de ou-
trem, bem como pelo Ministério Público.
§ 2º Os juízes e os tribunais têm competência para 
expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no 
curso de processo verificarem que alguém sofre ou 
está na iminência de sofrer coação ilegal.
80 O juiz poderá substituir a prisão preventiva por 
prisão domiciliar sempre que a agente for gestan-
te. (QUESTÃO DESATUALIZADA)
Errado. (O gabarito permanece inalterado, mesmo 
com a mudança legislativa e jurisprudencial.)
Comentário: Essa questão é do ano de 2013. Nes-
sa época, a questão estava errada porque não havia 
previsão legal para o juiz substituir a prisão preven-
tiva pela domiciliar quando o agente fosse gestante. 
Isso porque essa previsão legal só veio com a Lei n. 
13.257, de 2016, que incluiu as gestantes como bene-
ficiárias desse benefício, conforme se verifica abaixo:
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento 
do indiciado ou acusado em sua residência, só poden-
do dela ausentar-se com autorização judicial.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva 
pela domiciliar quando o agente for:
I – maior de 80 (oitenta) anos; 
II – extremamente debilitado por motivo de doença 
grave; 
III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa 
menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; 
IV – gestante; (Redação dada pela Lei n. 
13.257/2016)
V – mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos; (Incluído pela Lei n. 13.257/2016)
VI – homem, caso seja o único responsável pelos 
cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos. (Incluído pela Lei n. 13.257/2016)
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá 
prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
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Com as alterações legislativas acima, a questão 
passou a estar CERTA, já que o artigo 318, IV, do 
CPP, prevê que o juiz poderá substituir a prisão 
preventiva por prisão domiciliar sempre que a 
agente for gestante.
Ocorre que, recentemente, o STF (2ª Turma. HC 
143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado 
em 20/02/2018 (Info 891)) trouxe novo entendimento 
sobre o tema e passou a excepcionar alguns casos 
em que, mesmo a mulher estando grávida, não deve 
ser autorizada a prisão domiciliar: 1) a mulher tiver 
praticado crime mediante violência ou grave ameaça; 2) 
a mulher tiver praticado crime contra seus descenden-
tes (filhos e/ou netos); 3) em outras situações excep-
cionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fun-
damentadas pelos juízes que denegarem o benefício.
Dessa forma, como regra, o juiz poderá substituir 
a prisão preventiva por prisão domiciliar quando a 
agente for gestante. Mas a questão, diante desse 
novo quadro, passa a estar ERRADA por conta da 
palavra SEMPRE, já que há as exceções informa-
das acima.
Resumo:
O STF reconheceu a existência de inúmeras mulheres 
grávidas e mães de crianças que estavam cumprindo 
prisão preventiva em situação degradante, privadas 
de cuidados médicos pré-natais e pós-parto. Além dis-
so, não havia berçários e creches para seus filhos.
Também se reconheceu a existência, no Poder Judi-
ciário, de uma “cultura do encarceramento”, que sig-
nifica a imposição exagerada e irrazoável de prisões 
provisórias a mulheres pobres e vulneráveis, em de-
corrência de excessos na interpretação e aplicação 
da lei penal e processual penal, mesmo diante da 
existência de outras soluções, de caráter humanitário, 
abrigadas no ordenamento jurídico vigente.
A Corte admitiu que o Estado brasileiro não tem con-
dições de garantir cuidados mínimos relativos à ma-
ternidade, até mesmo às mulheres que não estão em 
situação prisional.
Diversos documentos internacionais preveem que de-
vem ser adotadas alternativas penais ao encarcera-
mento, principalmente para as hipóteses em que ainda 
não haja decisão condenatória transitada em julgado. 
É o caso, por exemplo, das Regras de Bangkok.
Os cuidados com a mulher presa não se direcionam 
apenas a ela, mas igualmente aos seus filhos, os quais 
sofrem injustamente as consequências da prisão, em fla-
grante contrariedade ao artigo 227 da Constituição Fede-
ral (CF), cujo teor determina que se dê prioridade absoluta 
à concretização dos direitos das crianças e adolescentes.
Diante da existência desse quadro, deve-se dar estrito 
cumprimento do Estatuto da Primeira Infância (Lei n. 
13.257/2016), em especial da nova redação por ele 
conferida ao artigo 318, IV e V, do CPP, que prevê:
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva 
pela domiciliar quando o agente for:
IV – gestante;
V – mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos;
Os critérios para a substituição de que tratam esses 
incisos devem ser os seguintes:
REGRA. Em regra, deve ser concedida prisão domici-
liar para todas as mulheres presas que sejam
– gestantes;
– puérperas (que deu à luz há pouco tempo);
– mães de crianças (isto é, mães de menores de até 
12 anos incompletos); ou
– mães de pessoas com deficiência.
EXCEÇÕES:
Não deve ser autorizada a prisão domiciliar se:
1) a mulher tiver praticado crime mediante violência 
ou grave ameaça;
2) a mulher tiver praticado crime contra seus des-
cendentes (filhos e/ou netos);
3) em outras situações excepcionalíssimas, as quais 
deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes 
que denegarem o benefício.
Obs. 1: O raciocínio acima explicado vale também 
para adolescentes que tenham praticado atos infracio-
nais.
Obs. 2: A regra e as exceções acima explicadas tam-
bém valem para a reincidente. O simples fato de a mu-
lher ser reincidente não faz com que ela perca o direito 
à prisão domiciliar.
STF. 2ª Turma. HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo 
Lewandowski, julgado em 20/02/2018 (Info 891).
81 A prisão temporária só poderá ser decretada me-
diante representação da autoridade policial ou a 
requerimento do Ministério Público, vedada sua 
decretação de ofício pelo juiz.
Certo. 
A prisão temporária não tem previsão no Código de 
Processo Penal, e sim na Lei n. 7.960, de 1989. Ela 
e a prisão preventiva e em flagrante são espécies de 
prisões cautelares, processuais ou provisórias. A pri-
são temporária não pode ser decretada para qualquer 
delito, e sim para aqueles previstos no artigo 1º da Lei 
n. 7.960, de 1989. Outra característica dessa espécie 
de prisão é que ela não pode ser decretada de ofí-
cio pelo juiz, pois ela somente ocorre no curso das 
investigações do inquérito policial, e não no processo.
Art. 2° da Lei n. 7.960/1989:A prisão temporária será 
decretada pelo Juiz, em face da representação da 
autoridade policial ou de requerimento do Ministério 
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Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável 
por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade.
82 A prova declarada inadmissível pela autoridade 
judicial por ter sido obtida por meios ilícitos deve 
ser juntada em autos apartados dos principais, 
não podendo servir de fundamento à condena-
ção do réu.
Errado. 
As provas obtidas por meios ilícitos não serão junta-
das aos autos, e sim desentranhadas (retiradas dos 
autos). Logo, ao ser desentranhada e depois inutiliza-
da (destruída) por decisão judicial, ela perde a capaci-
dade de influenciar posteriormente o julgador. 
Art. 157 do CPP: São inadmissíveis, devendo ser de-
sentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim 
entendidas as obtidas em violação a normas constitu-
cionais ou legais.
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da pro-
va declarada inadmissível, esta será inutilizada por 
decisão judicial, facultado às partes acompanhar o 
incidente.
Art. 5º [...]
LVI da CF: são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos;
83 Em processo por crime de responsabilidade de 
funcionário público, o juiz pode rejeitar a denún-
cia oferecida pelo Ministério Público caso se con-
vença, após análise dos documentos apresen-
tados pelo acusado em resposta à denúncia, da 
inexistência do crime apurado.
Certo. 
A questão trata do momento do recebimento da de-
núncia de processo e de julgamento dos crimes de 
responsabilidade de funcionários públicos (crimes 
funcionais: artigos 312 a 327 do CP). Nesse procedi-
mento, antes do recebimento da denúncia, é facul-
tado ao acusado a apresentação de defesa prévia 
(no prazo de 15 dias), para que só então o juiz de-
cida pelo recebimento ou não da denúncia. Lem-
brando que esse rito especial só é cabível para crimes 
afiançáveis cometidos por funcionários públicos. Os 
crimes inafiançáveis seguem o rito ordinário comum.
Art. 516 do CPP: O juiz rejeitará a queixa ou denún-
cia, em despacho fundamentado, se convencido, pela 
resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistên-
cia do crime ou da improcedência da ação.
84 Compete à justiça federal processar e julgar a 
contravenção penal praticada em detrimento de 
bens e serviços da União.
Errado. 
A competência para processar e julgar a contravenção 
penal praticada em detrimento de bens e serviços da 
União é da justiça estadual (Juizados Especiais Crimi-
nais), conforme se observa no artigo 109, IV, da CF e 
na Súmula 38 do STJ.
STJ, Súmula 38: Compete à Justiça Estadual Co-
mum, na vigência da Constituição de 1988, o proces-
so por contravenção penal, ainda que praticada em 
detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou 
de suas entidades.
CF, Art. 109: Aos juízes federais compete processar 
e julgar:
IV – os crimes políticos e as infrações penais pratica-
das em detrimento de bens, serviços ou interesse da 
União ou de suas entidades autárquicas ou empresas 
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada 
a competência da Justiça Militar e da Justiça Federal.
No que concerne ao abuso de autoridade e ao 
Estatuto do Desarmamento, julgue os itens a seguir.
 
85 Supondo que determinado cidadão seja respon-
sável pela segurança de estrangeiros em visita 
ao Brasil e necessite de porte de arma, a conces-
são da respectiva autorização será de competên-
cia do ministro da Justiça. 
Errado.
Conforme artigo 9º do Estatuto do Desarmamento, 
“compete ao Ministério da Justiça a autorização do 
porte de arma para os responsáveis pela segurança 
de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no 
Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos do re-
gulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte 
de trânsito de arma de fogo para colecionadores, ati-
radores e caçadores e de representantes estrangeiros 
em competição internacional oficial de tiro realizada 
no território nacional”. Conforme se denota do artigo, 
a competência é do Ministério da Justiça, e não do 
ministro da Justiça.
86 Considere que um PRF aborde o condutor de 
um veículo por este trafegar acima da velocidade 
permitida em rodovia federal. Nessa situação, se 
demorar em autuar o condutor, o policial poderá 
responder por abuso de autoridade, ainda que 
culposamente. 
Errado.
Os crimes de abuso de autoridade, previstos nos arti-
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gos 3º e 4º da Lei n. 4.898/1965, não admitem a mo-
dalidade culposa.
A respeito das contravenções penais e da lei que 
institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre 
Drogas, julgue os itens subsequentes.
 
87 Caso uma pessoa injete em seu próprio organis-
mo substância entorpecente e, em seguida, seja 
encontrada por policiais, ainda que os agentes 
não encontrem substâncias entorpecentes em 
poder dessa pessoa, ela estará sujeita às penas 
de advertência, prestação de serviço à comuni-
dade ou medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
Errado.
O uso da substância entorpecente em si não é con-
siderado conduta criminosa, na medida em que o 
artigo 28 da Lei n. 11.343/2006 (Lei de Drogas) não 
prevê o verbo “usar”. Dessa forma, o uso pretérito de 
substância entorpecente, por não restar comprovada 
a materialidade dos verbos “adquirir, guardar, tiver em 
depósito consigo, transportar, trouxer consigo” drogas 
para consumo pessoal, não serão aplicadas as san-
ções previstas no artigo 28 da supracitada lei.
88 Considere que determinado cidadão esteja usan-
do publicamente uniforme de PRF, função públi-
ca que ele não exerce. Nessa situação, para que 
esse cidadão responda por contravenção penal, 
é necessário que sua conduta cause efetivo pre-
juízo para o Estado ou para outra pessoa. 
Errado.
Para a configuração da contravenção penal do uso in-
devido de uniforme, prevista no artigo 46 da Lei das 
Contravenções Penais, não é necessário que a con-
duta cause prejuízo ao Estado ou à terceira pessoa. 
Caso o agente use o uniforme e pratique condutas que 
causem prejuízo ao Estado, o agente estará usurpan-
do a função pública e responderá pelo delito previsto 
no artigo 328 do Código Penal.
Julgue os itens seguintes, relativos à lei do crime 
organizado e a crimes resultantes de preconceitos de 
raça e cor.
89 Constitui crime o fato de determinado clube social 
recusar a admissão de um cidadão em razão de 
preconceito de raça, salvo se o respectivo estatu-
to atribuir à diretoria a faculdade de recusar pro-
postas de admissão, sem declinação de motivos. 
Errado.
Será crime de preconceito, previsto no artigo 9º da Lei 
n. 7.716/1989, o fato de determinado clube social re-
cusar a admissão de um cidadão em razão de precon-
ceito de raça, mesmo se o respectivo estatuto atribuir 
à diretoria a faculdade de recusar propostas de admis-
são, sem declaração de motivos.
90 Durante o inquérito policial, é necessária a autori-
zação judicial para que um agente policial se infiltre 
em organização criminosa com fins investigativos. 
Certo.
Conforme artigo 10 da Lei n. 12850/2013 (Lei de Or-
ganização Criminosa), “a infiltração de agentes de 
polícia em tarefas de investigação, representada pelo 
delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Públi-
co, após manifestação técnica do delegado de polícia 
quando solicitada no curso de inquérito policial, será 
precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa 
autorização judicial, que estabelecerá seus limites.”
91 Os atos processuais dos juizados especiais cri-
minais poderão ser realizados nos finais de se-
mana, à exceção dos domingos e feriados. 
Errado.
Conforme artigo 64 da Lei dos JuizadosEspeciais Cri-
minais, “os atos processuais serão públicos e poderão 
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da 
semana, conforme dispuserem as normas de organi-
zação judiciária”.
Acerca do Estatuto do Idoso e dos juizados espe-
ciais criminais, julgue os itens subsecutivos.
 
92 Se alguém deixar de prestar assistência a idoso, 
quando for possível fazê-lo sem risco pessoal, 
em situação de iminente perigo, cometerá, em 
tese, crime de menor potencial ofensivo. 
Certo.
Aquele que deixar de prestar assistência a idoso, 
quando for possível fazê-lo sem risco pessoal, prati-
cará crime previsto no artigo 97 da Lei n. 10.741/2003 
(Estatuto do Idoso), crime esse punido com detenção 
de 06 (seis) meses a 01 (um) ano e multa. Portanto, 
trata-se de uma infração de menor potencial ofensivo 
por não ter pena máxima superior a 02 (dois) anos.
Com fundamento na lei que cria mecanismos para 
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher 
— Lei Maria da Penha — e na Lei dos Crimes Ambien-
tais, julgue os próximos itens. 
93 Responderá por crime contra a flora o indivíduo 
que cortar árvore em floresta considerada de pre-
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servação permanente, independentemente de ter 
permissão para cortá-la, e, caso a tenha, quem 
lhe concedeu a permissão também estará sujeito 
às penalidades do respectivo crime. 
Errado.
Conforme artigo 39 da Lei n. 9.605/1998 (Lei dos Cri-
mes Ambientais), será crime ambiental cortar árvores 
em floresta considerada de preservação permanente, 
sem permissão da autoridade competente.
94 Considerando que, inconformado com o término 
do namoro de mais de vinte anos, José tenha 
agredido sua ex-namorada Maria, com quem não 
coabitava, ele estará sujeito à aplicação da lei de 
combate à violência doméstica e familiar contra 
a mulher, conhecida como Lei Maria da Penha. 
Certo.
As hipóteses de aplicação da Lei Maria da Penha es-
tão previstas no artigo 5º da Lei n. 11.340/2006 (Lei 
Maria da Penha), a saber: “Art. 5º Para os efeitos des-
ta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero 
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexu-
al ou psicológico e dano moral ou patrimonial: I – no 
âmbito da unidade doméstica, compreendida como 
o espaço de convívio permanente de pessoas, com 
ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente 
agregadas; II – no âmbito da família, compreendida 
como a comunidade formada por indivíduos que são 
ou se consideram aparentados, unidos por laços na-
turais, por afinidade ou por vontade expressa; III – em 
qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor 
conviva ou tenha convivido com a ofendida, indepen-
dentemente de coabitação.”
Em relação ao ex-namorado, a Lei Maria da Penha 
será aplicada conforme o artigo 5º, III, da lei.
Com fundamento na legislação que define os 
crimes de tortura e de tráfico de pessoas, julgue os 
itens a seguir.
 
95 O crime de tráfico de pessoas poderá ser carac-
terizado ainda que haja consentimento da vítima. 
Certo.
A questão estava de acordo com a previsão anterior so-
bre o tráfico de pessoas, inclusive com previsão no arti-
go 2º, § 7º, do anexo ao Decreto n. 5948/2006, a saber: 
“O consentimento dado pela vítima é irrelevante para a 
configuração do tráfico de pessoas”. No entanto, com 
o advento da Lei n. 13.344/2016, o tráfico de pessoas 
foi reinserido no artigo 149-A do Código Penal, preven-
do como crime a conduta de “agenciar, aliciar, recrutar, 
transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pes-
soa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude 
ou abuso, com a finalidade de”. Desse modo, como é 
elementar do tipo que o crime seja praticado mediante 
ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, o consen-
timento do ofendido tornaria o fato atípico.
96 Para que um cidadão seja processado e julgado 
por crime de tortura, é prescindível que esse cri-
me deixe vestígios de ordem física. 
Certo.
A tortura pode ser praticada mediante violência ou 
grave ameaça, causando sofrimento físico ou mental. 
Portanto, a tortura psicológica (sofrimento mental) não 
exige que o agente sofra lesão e, com isso, será pres-
cindível (dispensável) os vestígios de ordem física.
No que concerne às práticas policiais no espaço 
público e à administração institucional de conflitos no 
espaço público, julgue os itens seguintes.
 
97 Ainda que, durante manifestação que resulte no 
bloqueio de rodovia federal, os manifestantes en-
trem em conflito com motoristas que trafeguem 
nessa rodovia, o PRF responsável pela seguran-
ça no local não poderá efetuar, a título de adver-
tência, disparos de arma de fogo para o alto. 
Certo.
Apesar de posterior à questão, a Lei n. 13.060/2014, 
que disciplina o uso dos instrumentos de menor poten-
cial ofensivo pelos agentes de segurança pública, em 
todo território nacional, dispõe, em seu artigo 2º, pará-
grafo único: “Não é legítimo o uso de arma de fogo: I – 
contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que 
não represente risco imediato de morte ou de lesão 
aos agentes de segurança pública ou a terceiros; e II 
– contra veículo que desrespeite bloqueio policial em 
via pública, exceto quando o ato represente risco de 
morte ou lesão aos agentes de segurança pública ou 
a terceiros.”
Dessa forma, somente é legítimo o uso de arma de 
fogo nessas duas hipóteses, não sendo legítima a re-
alização do fogo de advertência.
98 Caso um veículo em movimento desrespeite blo-
queio feito pela PRF em determinada rodovia fe-
deral, ainda que esse fato não represente risco 
imediato de morte ou de lesão grave aos agentes 
de segurança pública ou a terceiros, o PRF que 
estiver atuando no bloqueio poderá, para parali-
sar o veículo, empregar arma de fogo.
Errado.
Apesar de posterior à questão, a Lei n. 13.060/2014, que 
disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial 
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Cargo: Polícia Rodoviária Federal
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ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo 
território nacional, dispõe, em seu artigo 2º, parágrafo 
único: “Não é legítimo o uso de arma de fogo: II – contra 
veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, 
exceto quando o ato represente risco de morte ou lesão 
aos agentes de segurança pública ou a terceiros”.
Acerca dos direitos de cidadania e do pluralismo 
jurídico, julgue os itens que se seguem.
99 No Brasil, o pluralismo jurídico configura-se, por 
exemplo, quando da aplicação de regras criadas 
por membros de organizações criminosas, distin-
tas das regras jurídicas estabelecidas pelo Estado.
Certo. 
Entende-se por pluralismo jurídico a existência de dois 
ou mais sistemas jurídicos, dotados de eficácia, con-
comitantemente em um mesmo ambiente espaçotem-
poral. Logo, se temos a aplicação de regras que foram 
criadas por membros de organização criminosa, dis-
tintas das regras jurídicas estabelecidas pelo Estado, 
temos pluralismo jurídico. 
100 Os direitos de cidadania são, no Estado demo-
crático de direito, todos aqueles relativos à dig-
nidade do cidadão, como sujeito de prestações 
estatais, e à participação ativa na vida social, po-
lítica e econômica do Estado.
Certo. 
Os direitos de cidadania são todos aqueles relacionados 
com a dignidade do cidadão, como alguém digno de ser 
assistido pelas políticas estatais, participando ativamen-
te na vida social, política e econômica do Estado.
101 A possibilidade de extensão aos estrangeiros que 
estejam no Brasil, mas que não residam no país, 
dos direitos individuais previstos na CF deve-se 
ao princípio da primazia dos direitos humanos 
nas relações internacionais do Brasil.
Certo.
Do artigo 5º, caput, da Constituição Federal de 1988 
(CF/88), decorre que,aos brasileiros e aos estrangei-
ros residentes no Brasil, garante-se a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos dos incisos enumerados. 
Da leitura literal desse dispositivo, decorreria o enten-
dimento de que os estrangeiros que estejam no Bra-
sil, mas que não residam aqui, não poderiam usufruir 
desses direitos. O Superior Tribunal Federal (STF), no 
entanto, em mais de um julgado, já se posicionou no 
sentido de que “a garantia de inviolabilidade dos direi-
tos fundamentais da pessoa humana não comportaria 
exceção baseada em qualificação subjetiva puramen-
te circunstancial”, ou seja, o fato de um estrangeiro 
estar ou não residindo no Brasil não é motivo para 
deixar de reconhecer direitos fundamentais a ele (RE 
215.267 / HC 97.147). Acrescenta-se que a extensão 
dos direitos fundamentais aos estrangeiros não resi-
dentes decorre do princípio da primazia (prevalência) 
dos direitos humanos nas relações internacionais do 
Brasil (art. 4º, II, da CF/88). Deve-se conjugar, desse 
modo, o artigo 5º, caput, com o artigo 4º, II, CF/88.
102 Equivalem às normas constitucionais originárias 
os tratados internacionais sobre direitos huma-
nos aprovados, em cada casa do Congresso Na-
cional, em dois turnos, por três quintos dos votos 
dos respectivos membros.
Errado.
O erro da questão está em afirmar que os tratados de 
direitos humanos, aprovados em cada casa do Con-
gresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, equivalem às normas 
constitucionais originárias. De acordo com o artigo 5º, 
§ 3º, da CF/88, esses tratados serão equivalentes às 
emendas constitucionais, que são normas constitucio-
nais derivadas. Lembre-se: as normas constitucionais 
originárias advêm do Poder Constituinte Originário (Po-
der que elabora uma nova Constituição); já as normas 
constitucionais derivadas são aquelas que advêm da 
manifestação do Poder Constituinte Derivado (Poder 
que altera a Constituição). Fique atenta(o): esse quorum 
previsto no artigo 5º, § 3º, da CF/88 é quorum mínimo 
de aprovação.
103 A expressão direitos humanos de primeira gera-
ção refere-se aos direitos sociais, culturais e eco-
nômicos.
Errado.
O erro da questão está em afirmar que os direitos so-
ciais, culturais e econômicos são direitos de primeira 
geração. Esses direitos são de segunda geração. Os 
direitos de primeira geração (também chamados de 
direitos negativos) são os direitos civis e políticos. 
Já os direitos de terceira geração são os direitos tran-
sindividuais (direitos que transcendem o indivíduo), a 
exemplo da proteção ao meio ambiente e da proteção 
ao consumidor.
104 Conforme a teoria positivista, os direitos huma-
nos fundamentam-se em uma ordem superior, 
universal, imutável e inderrogável.
Errado.
Há teorias que justificam o fundamento dos Direitos 
Humanos, entre as quais se destacam as teorias: jus-
naturalista, positivista e moralista (ou de Perelman). 
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A definição dada nessa questão refere-se à teoria 
jusnaturalista, e não à positivista, sendo esse o erro 
da questão. Alexandre de Moraes explica que essas 
três teorias se completam, devendo coexistir, “pois 
somente a partir da formação de uma consciência 
social (teoria de Perelman), baseada principalmente 
em valores fixados por uma ordem superior, universal 
e imutável (teoria jusnaturalista) é que o legislador 
ou os tribunais (...) encontram substrato político e so-
cial para reconhecerem a existência de determinados 
direitos humanos fundamentais como integrantes do 
ordenamento jurídico (teoria positivista)”.
105 A aplicação das normas de direito internacional 
humanitário e de direito internacional dos refugia-
dos impossibilita a aplicação das normas básicas 
do direito internacional dos direitos humanos.
Errado.
Há três vertentes da proteção internacional da pessoa 
humana: direitos humanos, direito humanitário e direi-
to dos refugiados, cada qual com sua especificidade. A 
aplicação de normas de um desses direito não exclui a 
aplicação do outro. Desse modo, a aplicação do direito 
internacional humanitário e de direito internacional dos 
refugiados NÃO impossibilita a aplicação das normas 
básicas do direito internacional dos direitos humanos, 
sendo este, portanto, o erro da questão.
106 A Política Nacional de Direitos Humanos contem-
pla medidas voltadas à proteção dos direitos ci-
vis, tais como os projetos que tratam da parceria 
entre pessoas do mesmo sexo e da obrigatorie-
dade de atendimento do aborto legal pela rede 
pública de saúde.
Certo.
O atual Programa Nacional de Direitos Humanos 
(PNDH-3), contemplado na Política Nacional de Direi-
tos Humanos, trata das medidas enumeradas na ques-
tão. O Anexo I do PNDH-3, aprovado pelo Decreto n. 
7.037, de 21 de dezembro de 2009, traz seis eixos 
orientadores. Esses eixos são divididos em diretrizes. 
Na Diretriz 7 (Garantia dos Direitos Humanos de forma 
universal, indivisível e interdependente, assegurando 
a cidadania plena) do Eixo Orientador III (Universalizar 
direitos em um contexto de desigualdades), encontra-
-se a previsão de que o aborto é tema de saúde públi-
ca, devendo garantir o acesso aos serviços de saúde, 
em se tratando de aborto legalmente autorizado. Já 
na Diretriz 10 (Garantia da igualdade na diversidade), 
também do Eixo Orientador III, encontra-se a ação 
programática no sentido de apoiar projeto de lei que 
disponha sobre a união civil entre pessoas do mesmo 
sexo. Esses dois direitos inserem-se nos direitos civis, 
direitos de primeira geração.
107 Caso o Poder Judiciário, ao fundamentar decisão 
em lei ou norma constitucional interna, descum-
pra normas internacionais de direitos humanos, o 
Estado não poderá ser responsabilizado no plano 
internacional por essa decisão.
Errado.
O Estado brasileiro poderá vir sim a ser responsabili-
zado, no plano internacional, se a decisão de um juiz 
se fundamentar em decisão de lei ou norma constitu-
cional interna que descumpra normas internacionais 
de direitos humanos. A norma interna não pode ser um 
obstáculo a se cumprir, uma norma internacional, mor-
mente de direito internacional de direitos humanos. A 
Convenção de Viena sobre Direitos dos Tratados, no 
artigo 27, dispõe, inclusive, que “uma parte não pode 
invocar as disposições de seu direito interno para jus-
tificar o inadimplemento de um tratado”.
108 O sistema global de proteção dos direitos huma-
nos foi instaurado pela Carta Internacional dos 
Direitos Humanos.
Certo.
A Carta Internacional dos Direitos Humanos é com-
posta pela Declaração Universal dos Direitos Huma-
nos, de 1948; e pelos Pacto Internacional de Direitos 
Civis e Políticos (1ª Geração) e Pacto Internacional de 
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (2ª Geração), 
ambos de 1966. Esses três documentos inauguraram 
o sistema global de proteção desses direitos humanos.
Com base na legislação da PRF, julgue os itens 
que se seguem.
109 Considere a seguinte situação hipotética.
Durante uma abordagem de rotina deita pela PRF 
em determinada rodovia federal, foram apreendi-
dos aproximadamente cem quilos de entorpecen-
tes, entre crack, haxixe e cocaína. O motorista, 
único ocupante do veículo onde estavam as dro-
gas, confessou a prática do delito, tendo afirmado, 
ainda, que adquirira as drogas para revendê-las 
e que as estava transportando para um depósito 
em local seguro. Nessa situação, cabe à chefia do 
distrito regional da PRF do estado em que ocor-
reu a apreensão formalizar o auto de prisão em 
flagrante do autor do delito e comunicar a prisão à 
autoridade judiciária competente.
Errado. 
A chefia do Distrito Regional da Polícia Rodoviária Fe-
deral (PRF) não tem competência para formalizar o 
auto de prisãoem flagrante, pois a competência para 
formalizá-lo é da autoridade policial (Delegado de Po-
lícia), conforme artigos 304 a 310 do Código de Pro-
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cesso Penal (CPP).
110 Compete à PRF o patrulhamento das rodovias 
federais privatizadas, mesmo tendo havido, com 
o processo de concessão, a transferência a parti-
culares das atividades administrativas referentes 
aos trechos terceirizados.
Certo.
Conforme o artigo 20 do Código de Trânsito Brasileiro 
(CTB) e do Decreto Federal n. 1.655/1995, a PRF re-
aliza o patrulhamento ostensivo nas rodovias federais, 
sejam elas privatizadas ou não.
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Fede-
ral, no âmbito das rodovias e estradas fe-
derais:
I – (....)
II – realizar o patrulhamento ostensivo, exe-
cutando operações relacionadas com a segu-
rança pública, com o objetivo de preservar a 
ordem, incolumidade das pessoas, o patri-
mônio da União e o de terceiros.
111 Se, durante a execução de obra ao longo de uma 
rodovia federal, a empresa responsável pela obra 
interromper a circulação de veículos e a movi-
mentação de cargas em uma das faixas de rola-
mento sem a prévia permissão do órgão de trân-
sito competente, a PRF deverá interditar a obra e 
aplicar as penalidades civis e multas decorrentes 
da infração cometida pela empresa.
Errado. 
Não há previsão na legislação vigente (CTB, De-
creto n. 1.655/1995, Decreto n. 6061/2007 e Lei n. 
9.654/1998) para a PRF aplicar PENALIDADES CIVIS 
À EMPRESA. A PRF aplica somente penalidades ad-
ministrativas (veja art. 20, inciso VI, art. 95 e art. 256 
do CTB.)
112 Comete infração de trânsito gravíssima, punível 
com multa, o condutor que não reduz a velocida-
de do veículo de forma compatível com a segu-
rança do trânsito, quando se aproxima de passe-
atas, manifestações populares e aglomerações.
Certo.
Conforme artigo 220, inciso I, do CTB, descrito abaixo:
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do 
veículo de forma compatível com a seguran-
ça do trânsito:
I – quando se aproximar de passeatas, aglo-
merações, cortejos, préstitos e desfiles:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa.
113 A autoridade de trânsito, na esfera de suas atri-
buições, poderá aplicar, quando cabível, pena-
lidade consistente na frequência obrigatória em 
curso de reciclagem, sem prejuízo das punições 
originárias de ilícitos penais decorrentes de cri-
mes de trânsito.
Certo.
Conforme artigo 256, inciso VII, do CTB, descrito abai-
xo:
Art. 256. A autoridade de trânsito, na es-
fera das competências estabelecidas neste 
Código e dentro de sua circunscrição, deverá 
aplicar, às infrações nele previstas, as se-
guintes penalidades:
VII – frequência obrigatória em curso de re-
ciclagem.
§ 1º A aplicação das penalidades previstas 
neste Código não elide as punições originá-
rias de ilícitos penais decorrentes de crimes 
de trânsito, conforme disposições de lei.
114 É permitido ao PRF portar arma de fogo somente 
em serviço, sendo a licença apenas de caráter 
funcional.
Errado.
O porte de arma é permitido em serviço e fora dele, 
conforme artigo 2º do Decreto Federal n. 1.655/1995, 
descrito abaixo:
Art. 2° O documento de identidade funcional 
dos servidores policiais da Polícia Rodoviária 
Federal confere ao seu portador livre porte 
de arma e franco acesso aos locais sob fis-
calização do órgão, nos termos da legislação 
em vigor, assegurando-lhes, quando em ser-
viço, prioridade em todos os tipos de trans-
porte e comunicação.
Considerando que um veículo com massa igual a 
1.000 kg se mova em linha reta com velocidade cons-
tante e igual a 72 km/h, e considerando, ainda, que a 
aceleração da gravidade seja igual a 10 m/s² , julgue 
os itens a seguir.
115 Quando o freio for acionado, para que o veículo 
pare, a sua energia cinética e o trabalho da força 
de atrito, em módulo, deverão ser iguais. 
Certo.
O teorema do trabalho e da energia cinética dispõe 
que o trabalho é igual à variação da energia cinética.
116 Antes de iniciar o processo de frenagem, a ener-
gia mecânica do veículo era igual a 200.000 J. 
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Certo.
A energia mecânica é igual à soma da energia cinética 
e uma potencial. Nesse caso, só tem energia cinética, 
logo (72 km/h é 20 m/s no Sistema Internacional de 
Medidas):
Uma bala de revólver de massa igual a 10 g foi 
disparada, com velocidade v, na direção de um bloco 
de massa igual a 4 kg, suspenso por um fio, conforme 
ilustrado na figura acima. A bala ficou encravada no 
bloco e o conjunto subiu até uma altura h igual a 30 
cm. Considerando essas informações e assumindo 
que a aceleração da gravidade seja igual a 10 m/s2 , 
julgue o item abaixo. 
117 Se toda a energia cinética que o conjunto ad-
quiriu imediatamente após a colisão fosse trans-
formada em energia potencial, a velocidade do 
conjunto após a colisão e a velocidade com que 
a bala foi disparada seriam, respectivamente, su-
periores a 2,0 m/s e a 960 m/s. 
Certo.
Levando em consideração o momento da colisão, toda 
energia cinética será igual à energia potencial gravita-
cional, logo:
Para descobrir a velocidade antes da colisão, uti-
lizamos a conservação da quantidade de movimento 
no início do movimento (massa da bala ) 
e depois da colisão (massa total: 4,01 kg com veloci-
dade de 2,4 m/s):
Considerando que um corpo de massa igual a 1,0 
kg oscile em movimento harmônico simples de acordo 
com a equação , em que t é o 
tempo, em segundos, e x(t) é dada em metros, julgue 
os itens que se seguem.
 
118 A força resultante que atua no corpo é expressa 
por . 
Certo.
A função horária nos diz que a velocidade angular é de 
3π. A força resultante é dada por:
119 O período do movimento é igual a 0,5 s. 
Errado.
Para calcular o período:
 
 
 
 
T= 0,6 s
O fenômeno de redução na frequência do som 
emitido pela buzina de um veículo em movimento, 
observado por um ouvinte, é denominado efeito Dop-
pler. Essa diferença na frequência deve-se ao deslo-
camento no número de oscilações por segundo que 
atinge o ouvido do ouvinte. Os instrumentos utilizados 
pela PRF para o controle de velocidade se baseiam 
nesse efeito. A respeito do efeito Doppler, julgue o 
item abaixo.
120 Considere que um PRF, em uma viatura que se 
desloca com velocidade igual a 90 km/h, se apro-
xime do local de um acidente onde já se encontra 
uma ambulância parada, cuja sirene esteja emi-
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tindo som com frequência de 1.000 Hz. Nesse 
caso, se a velocidade do som no ar for igual a 
340 m/s, a frequência do som da sirene ouvido 
pelo policial será superior a 1.025 Hz. 
Certo.
A velocidade da viatura é de 25 m/s. Com a fonte em 
repouso, usaremos a seguinte equação:
	capa
	Prova
	Gabarito oficial
	Comentários PRF

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