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Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) REVISÃO Vamos iniciar essa revisão abordando o tema de limite. LIMITE Definição: Seja f uma função definida sobre um intervalo aberto que contém o número a, exceto possivelmente o próprio a. Dizemos que o limite de quando x tende a a é L, e escrevemos se para todo , existe um tal que | | | | Propriedades: Antes de falarmos das propriedades, é importante falarmos sobre a unicidade do limite. Proposição: Se e , então . Esta proposição nos diz que o limite é único, ou seja, se temos dois limites dando um determinado valor, obrigatoriamente esses valores são iguais. Propriedades: Sejam a, m, n e c números reais e consideremos que e existam, então: a) b) [ ] Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) c) d) [ ] e) , desde que f) [ ] * + g) √ √ , se e n inteiro ou se e n é um inteiro positivo ímpar h) [ ] [ ], se i) [ ] * + j) [ ] * + k) Proposição: Se para todo x em um intervalo aberto contendo a, exceto possivelmente em x = a, e se então, Limites laterais Definição: Seja f uma função definida em um intervalo aberto (a, c). Dizemos que um número L é o limite à direita da função f quando x tende para a e escrevemos se para todo , existe um tal que | | sempre que . Se , dizemos que f(x) tende para L quando x tende para a pela direita. Analogamente, Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) Definição: Seja f uma função definida em um intervalo aberto (d, a). Dizemos que um número L é o limite à esquerda da função f quando x tende para a e escrevemos se para todo , existe um tal que | | sempre que . Se , dizemos que f(x) tende para L quando x tende para a pela esquerda. Teorema: Se f é definida em um intervalo aberto contendo a, exceto possivelmente no ponto a, então se, e somente se, e Dando continuidade a nossa revisão, vamos rever agora um pouco sobre o conceito de derivada. DERIVADA Definição: Seja f uma função real de variável real e seja x, tal que existe uma vizinhança completa de x contida no domínio de f. A derivada da função f no ponto de abscissa x, que se indica por , é: se e somente se, esse limite existe e é finito. Regras de derivação Regra da Constante: Se f é a função constante definida por , , então Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) Exemplo: Seja então . Regra da Potência: Se , onde , então Exemplo: Seja então . Regra da multiplicação por uma constante: Seja c uma constante e uma função derivável no ponto x. Então também é uma função derivável, ou seja, ( ) Exemplo: Seja , então . Regra da Soma: Se e são duas funções deriváveis no ponto x, a soma também é derivável, ou seja, ( ) [ [ ] [ ] Exemplo: Seja e , então ( ) ( ) Regra da Subtração: Idem a soma, isto é: ( ) [ ] [ ] [ ] Regra do Produto: Se e são duas funções deriváveis no ponto x, o produto também é derivável, ou seja, Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) ( ) [ ] [ ] [ ] [ [ ] ] [ [ ]] Exemplo: Sejam e . Então ( ) [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] ( ) ( ) Regra do Quociente: Se e são duas funções deriváveis no ponto x, com , o quociente também é derivável, ou seja ( ) [ ] [ ] [ ] [ ] * [ ] + * [ ]+ [ ] Exemplo: Sejam e . Então ( ) [ ] [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] [ ] ( ) [ ] [ ] [ ] Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) ( ) [ ] ( ) [ ] Regra da cadeia Usamos quando queremos derivar uma função composta. Sejam duas funções deriváveis f e g, onde F = g(f(x)). Então ( ) Exemplos : 1) Seja √ , calcule . u = f(x) = f´(x) = 2x g (f (x)) = g (u) = √ = g´(u) = = √ Assim, pela regra da cadeia temos que: √ √ √ 2) Seja , calcule . u = f (x) = f´(x) = g ( f(x)) = = g´(u) = Assim, pela regra da cadeia temos que: . . Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) Derivada de funções elementares Proposição (Derivada de função exponencial): Se , , então Proposição (Derivada de função logarítmica): Se , então Além destas, existem outras derivadas importantes: Por fim, para finalizarmos nossa revisão, vamos abordar o conteúdo de integral. INTEGRAL Definição: Uma função F será chamada de antiderivada (primitiva) de uma função f num intervalo I se para todo x em I. Definição: Seja f uma função definida num intervalo I. Se é uma primitiva de , a expressão é chamada integral indefinida da função e é denotada por ∫ De acordocom essa notação, o símbolo é chamado sinal de integração, função integrando e integrando. Propriedades: Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) Sejam e k uma constante, então: a) b) ( ) Tabela de Integrais 1) 8) | | 2) 9) | | 3) | | 10) | | 4) 11) 5) 12) 6) 13) 7) 14) 8) | | Além disso, as identidades trigonométricas são frequentemente usadas quando calculamos integrais envolvendo funções trigonométricas. As oito identidades fundamentais a seguir são cruciais: Integração por Substituição Teorema (Regra da cadeira para a integral): Seja g uma função diferenciável e seja o intervalo I a imagem de g. Suponha que f seja um função definida em I e que F seja uma primitiva de f em I. Então, Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) ( ) ( ) Ou ainda, Com isso, exploramos essa ideia de mudança de variável a fim de reduzir uma dada integral a uma integral de forma mais simples. Vamos voltar a nosso exemplo: ∫√ ∫ Neste caso, basta fazermos uma mudança de variável observando quem é a função que está presa, assim como fazemos na Regra da cadeia. { Assim, aplicando essa substituição na integral, teremos: ∫ ∫ ∫ ∫ √ Por fim, voltamos à substituição: ∫ √ √ Exemplos: 1) , 2) , 3) Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) { 4) | | | | { 5) { Integração por Partes Quando escrevemos a fórmula da derivada de um produto (a regra do produto na notação de diferencial, temos: e, por integração, obtemos: ∫ ∫ ∫ Portanto teremos, Essa fórmula nos fornece mais um método de calcular no caso em que a segunda integral é mais fácil de calcular. Esse método chama-se integração por partes, e com frequência, funciona quando todos os outros métodos falharam. Devemos fazer a escolha correta para “u”, da seguinte forma: L – logaritmo I – inversa trigonométrica Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) A – algébrica T – trigonométrica E – exponencial Exemplos: 1) Temos então , e , 2) Temos então , e , 3) Temos então { e , (essa integral necessita aplicarmos o método de partes novamente) Temos então , e , [ ] [ ] Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) 4) Temos então , e , 5) Temos então , e , * *Observação: Para facilitar, também poderíamos nesse momento ter substituído a integral , e teríamos, portanto: ___________________________________________________________________________ Exercícios: 1) 2) Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) 3) 4) √ 5) 6) 7) Derive as seguintes funções: a) b) c) √ d) e) f) g) h) √ i) j) ( ) k) 8) Calcule as seguintes integrais indefinidas: a) b) c) d) e) f) ( ) g) h) i) j) k) Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) ___________________________________________________________________________ Gabarito: 1) 2) 3) 4) √ √ √ √ 5) 6) ( )7) a) b) c) √ √ d) e) f) g) h) √ i) j) k) Neste caso fazemos uma substituição (para usara regra da cadeia), ou seja, , e assim, Assim, [ ] 8) a) Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) b) c) d) e) f) ( ) g) { h) { i) Temos então , e , j) Temos então , e , Cálculo 2 – Profa. Elizabete Silva (elizabete.silva@fmu.br) ∫ k) Temos então { e , (Necessitamos aplicar o método de partes novamente para resolver essa nova integral) Temos então , e ,
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