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Instalações Prediais I 2018 01

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Prévia do material em texto

Afonso Rangel Garcez de Azevedo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O autor deste caderno de estudos é o professor Afonso Rangel Garcez de 
Azevedo, brasileiro, natural de Campos dos Goytacazes/RJ, Bacharel em Engenha-
ria Civil pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF, 
2013), Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do Norte Fluminense 
Darcy Ribeiro (UENF, 2015), atualmente cursa o Doutorado em Engenharia Civil pe-
la Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, com ênfase em mate-
riais de construção e estruturas. É professor da Faculdade Redentor de Campos 
desde 2014, nos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Engenharia de 
Produção. Tem experiência nas disciplinas de Desenho Técnico, Desenho Técnico 
Mecânico, Projeto Assistido por Computador, Edificações, Técnicas de Construção, 
Instalações Prediais I e II, Saneamento Ambiental e Tópicos Especiais de Planeja-
mento em Engenharia Civil. É autor de diversos trabalhos científicos na área de ma-
teriais de construção publicados em periódicos nacionais e internacionais além de 
participação em congressos nacionais e internacionais. Atua também como Enge-
nheiro Civil no Instituto Federal Fluminense fiscalizando e gerenciando contratos de 
obras civis sob a responsabilidade da Reitoria. 
 
Sobre o autor 
 
 
 
Apresentação 
 
 
Olá querido aluno (a), seja muito bem-vindo (a)! 
 
Gostaria de iniciar a apresentação deste caderno parabenizando você que 
chegou até aqui, sabemos do seu esforço e dos desafios enfrentados no ciclo básico 
de formação de engenharia e agora você está apto à continuação dos estudos no 
ciclo especifico e profissionalizante do curso. 
Na disciplina de Instalações Prediais I você aprenderá conceitos fundamen-
tais a execução e leitura de projetos de instalações elétricas de baixa tensão. Iremos 
utilizar dois livros como guia nesse estudo o Instalações Elétricas, 16ª edição do 
Hélio Creder e o Manual de Instalações Elétricas de Júlio Niskier ambos estão dis-
poníveis na biblioteca virtual e você deverá utiliza-los como complemento aos estu-
dos. 
Este caderno é dividido em 16 aulas que abordam os assuntos pertinentes a 
disciplina com exercícios de exemplos e exercícios propostos ao final de cada aula. 
O sucesso deste material e de seu desempenho neste modulo depende muito 
de seu esforço e de seu acompanhamento nas atividades propostas. 
Esperamos que ao fim você esteja apto ao desenvolvimento e leitura de proje-
tos de instalações elétricas de baixa tensão. 
 
Ótimos estudos! 
 
 
Objetivos 
 
A disciplina de Instalações Prediais I aborda conceitos das instalações elé-
tricas de baixa tensão, onde você se exposto a conceitos de eletricidade básicos já 
estudados e avançará na aplicação destes na leitura, interpretação e execução de 
projetos elétricos de baixa tensão. 
 
 
Este caderno de estudos tem como objetivos: 
 
 Aplicar conceitos de eletricidade básica; 
 Possibilitar aos discentes a leitura e interpretação de projetos 
elétricos de baixa tensão; 
 Desenvolver projetos elétricos de baixa tensão, mostrando suas 
especificações e detalhamentos para execução; 
 Ajudar e dar subsídio para o discente desenvolver a sua capaci-
dade de interpretação e de solução de problemas de engenharia 
nas demais disciplinas do curso; 
 Aplicar conceitos estudados nas disciplinas de expressão gráfica 
do curso, mostrando a importância da compatibilização de proje-
tos de engenharia para o sucesso da edificação. 
 
 
 
Sumário 
 
AULA 1: GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
1 GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA................................ 13 
1.1 Geração De Energia Elétrica ........................................................................... 14 
1.1.1 Matriz Energética Brasileira ................................................................. 14 
1.1.2 Geração De Energia Hidroelétrica ........................................................ 15 
1.1.3 Transmissão De Energia Elétrica ......................................................... 17 
1.1.4 Distribuição De Energia Elétrica ........................................................... 20 
 
AULA 2: NOÇÕES DE GRANDEZAS ELÉTRICAS 
2 NOÇÕES DE GRANDEZAS ELÉTRICAS................................................................ 33 
2.1 Intensidade Da Corrente Elétrica ..................................................................... 33 
2.2 Potencial Elétrico ............................................................................................ 34 
2.3 Resistência Elétrica ........................................................................................ 35 
2.4 Lei De Ohm .................................................................................................... 38 
2.5 Potência Elétrica ............................................................................................ 40 
2.6 Energia e Trabalho ......................................................................................... 41 
2.7 Queda de tensão ............................................................................................ 42 
2.8 Circuitos Com Resistências Associadas .......................................................... 42 
 
AULA 3: DIMENSIONAMENTO DE ILUMINAÇÃO 
3 DIMENSIONAMENTO DE ILUMINAÇÃO ................................................................ 58 
3.1 Simbologia ..................................................................................................... 58 
3.2 Determinação Da Carga De Iluminação ........................................................... 66 
3.3 Tipos De Pontos De Comando/ Acionamento Da Iluminação............................ 71 
3.4 Ligações Dos Pontos De Iluminação E Acionamentos...................................... 73 
 
AULA 4: INTRODUÇÃO - LUMINOTÉCNICA 
4 INTRODUÇÃO - LUMINOTÉCNICA ........................................................................ 89 
4.1 Conceitos Fundamentais ................................................................................ 91 
4.1.1 Fluxo Luminoso (Φ) ............................................................................. 91 
4.1.2 Eficiência Luminosa ............................................................................. 92 
4.1.3 Intensidade Luminosa (cd) ................................................................... 93 
4.1.4 Iluminância Ou Iluminamento ............................................................... 93 
4.1.5 Luminância.......................................................................................... 94 
4.1.6 Indice De Reprodução De Cor - IRC..................................................... 94
 
 
4.2 Tipos De Lâmpadas........................................................................................ 95 
4.2.1 Lâmpadas LED ................................................................................... 95 
4.2.2 Lâmpadas Halógenicas ....................................................................... 96 
4.2.3 Lâmpadas Halógenicas Dicróicas......................................................... 97 
4.2.4 Lâmpadas Fluorescentes ..................................................................... 98 
4.2.5 Lâmpadas A Vapor De Mercúrio ........................................................ 100 
4.2.6 Lâmpadas A Vapor De Sódio ............................................................. 101 
4.2.7 Outros Tipos ..................................................................................... 102 
4.3 Tipos De Luminárias .....................................................................................102 
4.4 Cálculo Luminotécnico .................................................................................. 103 
4.4.1 Método De Lumens Ou Método Do Fluxo Luminoso ........................... 103 
 
AULA 5: DIMENSIONAMENTO DE TOMADAS 
5 DIMENSIONAMENTO DE TOMADAS ................................................................... 127 
5.1 Dimensionamento das Tomadas ................................................................... 129 
5.2 Representação das Tomadas em Projeto ...................................................... 134 
 
AULA 6: DIVISÃO DE CIRCUITOS E CONDUTORES MÍNIMOS 
6 DIVISÃO DE CIRCUITOS E CONDUTORES MÍNIMOS ......................................... 150 
6.1 Divisão de Circuitos Elétricos ........................................................................ 150 
6.2 Condutores .................................................................................................. 155 
6.3 Secções Mínimas ......................................................................................... 157 
6.4 Materiais dos Condutores ............................................................................. 159 
 
AULA 7: DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 
7 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES ......................................................... 174 
7.1 Dimensionamento de Condutores pelo Método da Capacidade de Condução de 
Corrente ............................................................................................................... 175 
7.2 Determinação do tipo de isolação.................................................................. 176 
7.3 Número de Condutores a se considerar ........................................................ 176 
7.4 Maneira de instalação dos cabos e fios ......................................................... 177 
7.5 Determinação da bitola do condutor .............................................................. 180 
7.6 Fatores de Correção nos condutores............................................................. 186 
7.7 Dimensionamento de Condutores pelo Método da Queda de Tensão Admissível . 
 .................................................................................................................... 191 
 
 
 
AULA 8: DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTOS E DOS DISPOSITIVOS DE 
PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS 
8 DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTOS E DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 
DOS CIRCUITOS .......................................................................................................... 214 
8.1 Eletroduto .................................................................................................... 214 
8.2 Dimensionamento dos Eletrodutos ................................................................ 216 
8.2.1 Quando todos os condutores são iguais: ............................................ 216 
8.2.2 Quando todos os condutores são desiguais: ....................................... 217 
8.2.3 Acessórios dos Eletrodutos ................................................................ 220 
8.2.4 Comprimento dos Eletrodutos ............................................................ 223 
8.3 Fusível ......................................................................................................... 225 
8.4 Disjuntor ...................................................................................................... 226 
 
AULA 9: DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS NECESSÁRIOS PARA ENTENDIMENTO 
DO FATOR DE DEMANDA 
9 DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS NECESSÁRIOS PARA ENTENDIMENTO DO FATOR 
DE DEMANDA. ............................................................................................................. 246 
9.1 Potência Instalada ou potência ativa total ...................................................... 246 
9.2 Fator de demanda e Potência utilizada .......................................................... 247 
9.3 Fator de demanda para aparelhos de uso especifico ..................................... 251 
9.4 Definição do tipo de fornecimento ................................................................. 256 
 
AULA 10: VOCABULÁRIO UTILIZADO PELAS CONCESSIONÁRIAS 
10 VOCABULÁRIO UTILIZADO PELAS CONCESSIONÁRIAS .................................. 275 
10.1 Detalhes construtivos das caixas de medição .......................................... 278 
10.2 Dimensionamento de circuito de distribuição ........................................... 283 
 
AULA 11: DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO E SUA IMPORTÂNCIA 
11 DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO E SUA IMPORTÂNCIA ..................................... 301 
11.1 Explicação de como funciona o aterramento fisicamente. ........................ 302 
11.2 Esquemas de aterramento previstos pela norma brasileira ...................... 304 
11.3 Definições normativas sobre aterramento ............................................... 305 
 
AULA 12: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO OU QUADRO DE LUZ 
12 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO OU QUADRO DE LUZ. .......................................... 318 
12.1 Tipos de Quadro de Distribuição ............................................................. 320 
 
 
12.1.1 Quadro de distribuição monofásico................................................... 320 
12.1.2 Quadro de distribuição bifásico ........................................................ 321 
12.1.3 Quadro de distribuição trifásico ........................................................ 323 
12.2 Localização do Quadro de distribuição .................................................... 323 
12.3 Previsão de espaços reservas ................................................................ 325 
 
AULA 13: DIFERENÇA DE UM ESQUEMA UNIFILAR PARA UM ESQUEMA 
MULTIFILAR 
13 DIFERENÇA DE UM ESQUEMA UNIFILAR PARA UM ESQUEMA MULTIFILAR ........ 
 ................................................................................................................. 339 
13.1 Diagrama Multifilar ................................................................................. 339 
13.2 Diagrama Unifilar ................................................................................... 340 
13.3 Diagrama de divisão de fases. ................................................................ 342 
 
AULA 14: TIPOS DE FONTE DE TENSÃO 
14 TIPOS DE FONTE DE TENSÃO............................................................................ 367 
14.1 Tipos de circuito em correntes alternadas ............................................... 368 
14.2 Definição do fator de potência ................................................................ 377 
 
AULA 15: PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
15 PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ......................................................... 389 
15.1 Exemplo de Projeto Elétrico .................................................................... 391 
 
AULA 16: FERRAMENTAS UTILIZADAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
16 FERRAMENTAS UTILIZADAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .......................... 415 
16.1 Instalação de tomadas monofásicas, bifásicas e trifásicas ....................... 419 
16.2 Instalação de lâmpadas e interruptores ................................................... 421 
 
 
 
 
Iconografia 
 
 
 
Aula 1 
 
 
Geração, transmissão e distribuição de energia 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Nesta aula estudaremos como a energia é gerada, focando no tipo hidroelé-
trico, além de metodologias de transporte e distribuição até as residências localiza-
das nos centros urbanos ou rurais. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
 Entender e visualizar os modelos de geração de energia elétrica; 
 Compreender a composição da matriz energética brasileira e seus 
avanços nasúltimas décadas; 
 Mostrar como e realizado o transporte de energia elétrica, suas nor-
mas e desafios; 
 Demonstrar a destruição de energia elétrica e as unidades abaixado-
ras de tensão existentes. 
13 
 
 
1 GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
O sistema elétrico brasileiro apresenta uma grande ca-
pilaridade devido as grandes dimensões que o Brasil apresenta 
o que acaba acar-
retando em enor-
mes desafios de 
abastecimento e distribuição. Entre-
tanto ainda existem lugares onde o 
sistema não consegue chegar devido 
a desafios geográficos e políticos. 
Uma das primeiras cidades a 
contar com abastecimento de energia 
elétrica no Brasil foi Campos dos 
Goytacazes, localizada no norte do 
estado do Rio de Janeiro, o que na 
época representou grande avanço 
para a região. 
Quando falamos de geração de 
energia elétrica, o pais devido a sua 
grande extensão territorial e condições naturais apresenta uma diversificação da sua 
matriz, mas com uma predominância de fontes hidráulicas de geração o que acarre-
ta em diversos problemas. 
O sistema elétrico brasileiro é dividido em geração, transmissão e distribui-
ção, conforme pode ser observado na Fig. 1.1 a seguir. 
Figura 1.1: Esquema de um sistema elétrico completo. 
Fonte: CREDER (2016) 
Campos dos Goytacazes 
 
 
 
Atualmente com mais de 
450.000 habitantes, foi à primeira 
cidade a da América Latina a rece-
ber energia elétrica, no ano de 
1883, período que a atividade de 
produção de açúcar era a principal 
atividade econômica da região. 
 
Figura 1: Mapa Campos dos Goytacazes. 
14 
 
 
G = Gerador sincrônico de energia; 
T-1 = Transformador elevador; 
LT = Linha de distribuição; 
T- 2 = Transformador abaixador de tensão; 
DP = Distribuição primaria (dentro do centro urbano); 
T-3 = Transformador de distribuição 
T-4 = Idem para instalações prediais; 
DS = Distribuição secundária. 
1.1 Geração De Energia Elétrica 
1.1.1 Matriz Energética Brasileira 
A geração de energia elétrica no Brasil se dá principalmente por meio do 
uso da energia potencial da água (geração hidroelétrica) ou por meio da energia po-
tencial de combustão (energia termoelétrica). 
A vocação pelo uso da energia hidroelétrica deve-se a grande quantidade de 
rios que tem características de geração, entretanto este meio de geração causa 
grandes impactos ambientais no momento da instalação devido ao represamento da 
água. Outro grande fator é a intermitência do regime de vazão dos rios, que são dire-
tamente dependentes das chuvas, o que torno este tipo de geração imprevisível 
quanto ao custo. 
 
Não perca tempo, faça uma reflexão sobre as vantagens 
e desvantagens do uso da energia hidroelétrica e analise casos 
de aplicação no Brasil!! 
 
 
Devido a esses problemas o governo brasileiro instituiu as bandeiras tarifarias 
(coeficiente de correção da conta de luz) de modo a reduzir os prejuízos com esse 
tipo de geração, que em momentos de escassez de água nos rios obriga o aciona-
mento das termoelétricas, que são operadas via combustão (gás, óleo diesel e ou-
tros). 
15 
 
 
A construção de termoelétricas se deu em maior escala a partir da crise ener-
gética que assolou o pais no ano de 2001, onde a sociedade foi sacrificada com um 
grande racionamento que gerou grades impactos na economia brasileira. Assim es-
tas usinas funcionaram e integraram um sistema sobressalente de energia para a 
eventualidade de escassez de água nos reservatórios das hidroelétricas. 
 A matriz energética brasileira ainda contém outras fontes de geração em 
menor escala, como a energia nuclear (conta com duas centrais em funcionamento e 
outra em construção) e energias de fontes alternativas como a solar, eólica, biomas-
sa, mas todas estas em menor escala. 
Na Fig. 1.2 é mostrado o avanço da matriz energética brasileira segundo da-
dos no Ministério de Minas e Energia (MME). 
Figura 1.2: Avanços e perspectiva da Matriz energética brasileiro nas últimas décadas. 
Fonte: MME (2017) 
É evidente que as projeções mostram uma diminuição da concentração da 
energia hidroelétrica e avanços de fontes alternativas como eólica e solar. 
Esse processo de mudança que vem acontecendo é fruto de políticas públi-
cas de diversificação da matriz, diminuindo a dependência de uma só fonte. 
Nesta aula iremos focar na principal fonte que constitui a matriz brasileira, que 
é a hidroelétrica para exemplificar a geração, que você virá a seguir: 
1.1.2 Geração De Energia Hidroelétrica 
 
16 
 
 
Os geradores de eletricidade necessitam de energia mecânica (cinética) pa-
ra fazer girar os rotores das turbinas, nos quais estão acoplados, no mesmo eixo, os 
rotores dos geradores de eletricidade. Portanto, a geração precisa de uma turbina 
(hidráulica ou térmica) e de um gerador síncrono, montados no mesmo eixo na verti-
cal (Fig. 1.3) ou na horizontal. 
Figura 1.3: Exemplo de uma turbina de geração de energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CREDER (2016) 
Para possibilitar a instalações de uma usina hidroelétrica 
deve-se avaliar o potencial hidroelétrico de um rio, para isso 
devem-se avaliar dois critérios: 
 
 Água em abundância; 
 Desnível entre a barragem e a casa de máquinas. 
 
Aluno (a), leia mais sobre os tipos de geradores elétricos existentes no Livro de Ins-
talações Elétricas, Hélio Creder, pág. 2 do capitulo 1. 
 
17 
 
 
Assim podemos concluir que a geração da energia hidroelétrica se dá pelo 
movimento da água que através de uma diferença de nível passa em condutores 
com muita força e velocidade, que acarreta na movimentação das turbinas. 
Esse processo é conhecido pela transformação da energia potencial (da 
água) em energia mecânica (movimento das turbinas). Estas turbinas estão interli-
gadas a geradores que transforma a energia mecânica em energia elétrica. 
O Brasil possui um grande número de usinas hidroelétricas, atualmente a 
usina de Itaipu Binacional (Fig. 1.4) é a que mais gera energia elétrica para o siste-
ma elétrico nacional, mantendo índices elevados de produção nos últimos anos. 
O número de unidades e de capacidade instalada no pais vem crescendo 
principalmente devido ao início das operações da hidroelétrica de Santo Antônio e 
Jirau, ambas na região Norte do Brasil. 
Figura 1.4: Vista da hidroelétrica de Itaipu Binacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA (2017) 
1.1.3 Transmissão De Energia Elétrica 
A de energia elétrica nada mais é que o transporte de 
energia elétrica do local de geração até os consumidores finais, 
em geral as usinas de geração ficam em locais afastados dos 
centros consumidores por isso a transmissão é uma importante 
etapa do sistema para o sucesso do abastecimento. 
No Brasil o sistema é do tipo interligado, ou seja, a energia gerada em um 
ponto pode ser consumida em local bem afastado daquele, entretanto ainda existe 
18 
 
 
locais onde o sistema interligado não está presente como na região Norte que tem a 
energia gerada de maneira independente. 
A interligação propicia maior controle do sistema e menores interrupções de-
vido a falhas na geração ou alternância de chuvas, por exemplo. 
O Sistema Elétrico Nacional é operado por decreto federal pelo Operador 
Nacional no Sistema (ONS) que é responsável por gerir, planejar e controlar o sis-
tema interligado nacional. 
Para que seja economicamente viável, a tensão gerada nos geradores trifási-
cos de corrente alternada normalmente de 13,8 kV deve ser elevada a valores pa-
dronizadosem função da potência a ser transmitida e das distâncias aos centros 
consumidores (evitando que a perda de carga no transporte inviabilize o sistema). 
Desse modo, temos uma subestação elevadora junto à geração, conforme se 
pode ver na Fig. 1.5. 
Figura 1.5: Vista de uma subestação elevadora de tensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: FURNAS (2017) 
As tensões mais usuais em corrente alternada nas linhas de transmissão são: 
69 kV, 138 kV, 230 kV, 400 kV e 500 kV. 
A partir de 500 kV, somente um estudo econômico decidirá se deve ser usada 
a tensão alternada ou contínua, como é o caso da linha de transmissão de Itaipu, 
com ±600 kV em corrente contínua. 
19 
 
 
 
Nesse caso, a instalação necessita de uma subestação retificadora – ou seja, 
que transforma a tensão alternada em tensão contínua, transmitindo a energia elétri-
ca em tensão contínua – e, próximo aos centros consumidores, precisa de uma es-
tação inversora para transformar a tensão contínua em tensão alternada outra vez, a 
fim de que se permita a conexão com a malha do sistema interligado. 
Quando falamos em transmissão de energia, podemos subdividir em trans-
missão do centro produtor até o centro consumidor, que são compostas por torres 
metálicas bem elevadas (Fig.1.6) que fazem esse processo de transmissão em lon-
gas distancias e a distribuição dentro do centro consumidor, que são os postes e 
unidades de transmissão de baixa tensão. 
Figura 1.6: Vista das torres metálicas de transmissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: FURNAS (2017) 
 
Caro aluno (a) não é tão simples a instalação destas tor-
res, não é? Existem algumas regras para instalação e manuten-
ção, lembre-se que elas cortam o pais e precisam de constante 
manutenção para seu funcionamento. Aconselho uma leitura 
complementar deste assunto no site do Ministério de Minas e 
Energia. 
 
20 
 
 
1.1.4 Distribuição De Energia Elétrica 
Após a etapa de transmissão é chegado à hora da distri-
buição que é a parte do sistema elétrico incluída nos centros de 
utilização (cidades, bairros, indústrias). 
A distribuição começa na subestação abaixadora, onde 
a tensão da linha de transmissão é baixada para valores pa-
dronizados nas redes de distribuição primária, por exemplo, 13,8 kV e 34,5 kV. 
A título de ilustração, apresentamos a Fig. 1.7 que mostra a configuração do 
sistema de distribuição primária de Brasília (2006), onde, da SE geral, partem várias 
linhas de 34,5 kV até as diversas subestações abaixadoras. 
Essas linhas são, às vezes, denominadas subtransmissão. 
Figura 1.7: Configuração do sistema de distribuição primária em 34,5 kV de Brasília (DF) 
em 2011. 
Fonte: CREDER (2016) 
Das subestações de distribuição primária partem as redes de distribuição se-
cundária ou de baixa tensão. 
21 
 
 
Na Fig. 1.8, pode-se observar três diagramas utilizados 
em redes de distribuição primária, a saber: 
 
 Sistema radial; 
 Sistema em anel; 
 Sistema radial seletivo. 
Figura 1.8: Tipos de sistema de distribuição primária. 
Fonte: CREDER (2016) 
A parte final de um sistema elétrico é a subestação abaixadora para a baixa 
tensão, ou seja, a tensão de utilização (380/220 V, 220/127 V – Sistema trifásico; e 
220/110 V – Sistema monofásico com tape). 
No Brasil, há cidades onde a tensão fase-neutro é de 220 V (Brasília, Recife 
etc.); em outras, essa tensão é de 127 V (Rio de Janeiro, Porto Alegre etc.) ou, 
mesmo, 115 V (São Paulo). 
A Fig. 1.9 mostra um esquema ilustrativo de ligação final do consumidor onde 
observa-se a rede primaria de alta tensão e a rede segundaria de baixa tensão. 
 
22 
 
 
Figura 1.9: Detalhes das ligações do ramal de ligação e de entrada de consumidor. 
Fonte: CREDER (2016) 
A distribuição pode ser feita de maneira aérea ou subterrânea, dependendo 
de fatores estéticos e econômicos para a escolha de qual tipo será feita. 
23 
 
 
No caso das redes aéreas os transformadores são montados em postes ou 
em subestações abrigadas (onde são construídas edificações para esse fim), já no 
caso das redes subterrâneas os transformadores são instalados em câmaras subter-
râneas. 
A entrada de energia dos consumidores finais é denomi-
nada ramal de entrada (aérea ou subterrânea). 
As redes de distribuição primária e secundária geralmen-
te são trifásicas, e as ligações até os consumidores poderão 
ser monofásicas, bifásicas ou trifásicas, seguindo a distribuição 
de carga abaixo: 
 
 Até 4 kW – monofásica (2 condutores); 
 Entre 4 e 8 kW – bifásica (3 condutores); 
 Maior que 8 kW – trifásica (3 ou 4 condutores). 
 
Os transformadores podem ser de diferentes tipos (a óleo ou a seco, aéreo 
ou abrigado) e serem monofásicos bifásicos ou trifásicos dependendo do tipo de re-
de onde serão instalados. 
 
 
Podemos resumir falando que os transformadores têm a 
finalidade de aumentar ou reduzir as tensões possibilitando a 
transmissão de energia elétrica da maneira mais econômica, 
encorajamos você a se aprofundar nos tipos de transformadores 
existentes e no seu mecanismo de funcionamento, olhe o Livro 
de Instalações Elétricas, Hélio Creder, pág. 8 do capitulo 1. 
 
 
 
Atenção aos tópicos abordados e sua sequência, entre 
em sites do Ministério de Minas e Energia e Furnas para apro-
fundamentos e curiosidades de itens estudados. 
 
24 
 
 
 
 
Caso haja alguma dúvida, em relação à teoria ou aos 
exercícios, entre em contato com o tutor da disciplina. Não se 
esqueça de consultar o material complementar, pois lá você 
encontrará várias maneiras de reforçar a aprendizagem do 
nosso conteúdo. Lembre-se que o material de base se encon-
tra na biblioteca virtual. 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 O histórico do sistema elétrico nacional, seus avanços e desafios; 
 A constituição da matriz energética brasileira e suas perspectivas 
frente a questões ambientais; 
 Como ocorre a geração da energia hidroelétrica, principal constituinte 
da nossa matriz, e as vantagens e desvantagens de se uso; 
 Como se dá à transmissão da energia elétrica no Brasil e a importân-
cia do sistema interligado nacional; 
 A operação do sistema de distribuição nas cidades brasileiras. 
 
 
Complementar 
 
Existem alguns vídeos importantes sobre o funcionamento do sistema elétrico 
brasileiro e seus avanços, como: 
 
<https://www.youtube.com/watch?v=nduY5HcGxMM> (Sistema Interligado Nacional) 
 
<https://www.youtube.com/watch?v=z6JUjvYQNns> (Operador Nacional do Sistema) 
 
<https://www.youtube.com/watch?v=Qo87fWttZEQ> (Operador Nacional do Sistema) 
 
<https://www.youtube.com/watch?v=gax-zkeSrkE> (Como funciona uma usina hidro-
elétrica) 
 
Existem alguns sites para serem consultados, como: 
 
<http://www.mme.gov.br/> (Ministério de Minas e Energia) 
 
<http://www.furnas.com.br/Ingles/index.aspx> (Furnas) 
 
<http://www.ons.org.br/home/> (Operador Nacional do Sistema) 
 
 
 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a 
sua aprendizagem! 
 
 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na 
Secretaria Virtual da Blackboard! 
 
 Não acumule dúvidas! 
 
 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclare-
cer suas dúvidas. 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
Básica: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 
5410:2004 (versão corrigida em 2008). Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2008. 
 
CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Instalações elétricase o projeto de ar-
quitetura. 7.ed. rev. e ampl. São Paulo: Blucher, 2016. 
 
CREDER, Hélio. Instalações Eletricas. Rio de Janeiro: LTC, 2016. 
 
NISKIER, Júlio. Manual de Instalações Elétricas, Rio de Janeiro: LTC, 2015. 
 
 
Exercícios 
AULA 1 
 
Aqui serão apresentados exercícios de fixação dos con-
teúdos estudados e seus respectivos gabaritos. Resolva-os com 
atenção e em caso de dúvida acione seu tutor. Mãos à obra. 
 
1) O sistema elétrico brasileiro é extremante completo na 
sua estruturação e segmentação, explique como é dividi-
do o sistema elétrico nacional. 
 
2) Qual a importância da interligação do sistema elétrico nacional, operado 
atualmente pelo Operador Nacional do Sistema? 
 
3) O Brasil é um pais que tem grande potencial energético, seja em fontes 
tradicionais quanto em outras mais modernas, sendo assim explique o atual 
panorama da matriz energética brasileira. 
 
4) Descreva sucintamente o princípio de funcionamento de uma central de ge-
ração de energia hidroelétrica. 
 
5) Descreva quais os requisitos necessários para a instalação de uma hidroe-
létrica. 
 
6) Descreva vantagens e desvantagens da instalação de hidroelétricas. 
 
7) Descreva o processo de transmissão de energia elétrica no Brasil. 
 
8) Explique o sistema de distribuição de energia elétrica. 
 
9) Explique o que são os transformadores de distribuição e quais tipos que 
existem. 
 
10) A energia eólica é uma fonte alternativa que vem crescendo dentro da 
matriz energética brasileira, explique o princípio de funcionamento da energia 
eólica. 
 
 
Gabarito 
AULA 1 
 
Questão 1: 
Solução: O sistema elétrico brasileiro é complexo devido a grande extensão 
territorial existente, devido a isso foi idealizado para ser interligado. É dividido em 
geração que é onde se produz a energia elétrica utilizada em diversos tipos de fon-
tes, na transmissão, que interliga a geração e o consumo com sua vasta rede e a 
distribuição que faz a entrega da energia a população na zona rural e urbana. 
 
Questão 2: 
Solução: Devido à grande dependência das hidroelétricas e da sazonalidade 
do regime de chuvas faz-se necessário a interligação de modo que o consumo de 
energia possa ser feito por unidades produtores distantes. Ainda deve-se pensar que 
em caso de falhas nas unidades produtoras existe a possibilidade da entrada de ou-
tra unidade no sistema. 
 
Questão 3: 
Solução: A matriz energética nacional é composta majoritariamente por fontes 
renováveis de energia, como a hidroelétrica, que utiliza a força da água para gera-
ção de energia elétrica. Existem ainda as fontes térmicas, que são usinas movidas a 
gás natural, carvão mineral ou óleo que funcionam para suprir ausências de chuvas 
nas hidroelétricas. A matriz ainda é composta por outras fontes e vem crescendo a 
participação de fontes alternativas, como a eólica e solar. 
 
Questão 4: 
Solução: As usinas hidroelétricas são sistemas que transformam a energia 
contida na correnteza dos rios, em energia cinética que irá movimentar uma turbina 
e, está um gerador que, por fim, irá gerar energia elétrica. 
 
Questão 5: 
Solução: Para a instalação de uma usina hidroelétrica de geração de energia 
faz-se necessário um estudo na área de implantação, o rio a ser represado necessita 
ter vazão compatível com o projeto (existir água) e ter um desnível natural para o 
represamento garantindo a queda de água. 
30 
 
 
Questão 6: 
Solução: Apesar do alto custo para a instalação de uma usina hidrelétrica, o 
preço do seu combustível (a água) é zero. É uma fonte de energia renovável e não 
emite poluentes, contribuindo assim na luta contra o aquecimento global. E para um 
país como o Brasil, cortado por imensos rios, torna-se uma fonte de energia vantajo-
sa e altamente sustentável. Apesar de ser uma fonte renovável e não emitir poluen-
tes, as hidrelétricas causam grande impacto ambiental e social. Para a instalação 
desse tipo de usina e construção de barragens, que refreiam o curso dos rios, é ne-
cessário o alagamento de grandes áreas. 
 
Questão 7: 
Solução: A etapa da transmissão interliga a geração a distribuição nas resi-
dências. Após a geração a energia tem sua potência elevada em unidade especifi-
cas para este fim (subestações elevadoras) que possibilita que a energia passe por 
longas distâncias e possa chegar a seu destino, onde passa por uma baixa de ten-
são para possibilitar sua distribuição e uso. As redes são aéreas em grandes torres 
metálicas que cortam todo o pais. 
 
Questão 8: 
Solução: A etapa da distribuição começa na subestação abaixadora, onde a 
tensão da linha de transmissão é baixada para valores padronizados nas redes de 
distribuição primária e pode ser destruída assim as residências. Essas redes podem 
ser áreas ou subterrâneas dependendo do local e de características estéticas. Exis-
tem transformadores instalados que possibilitam essa distr ibuição de maneira de 
qualidade. 
 
Questão 9: 
Solução: transformador é um instrumento usado para registrar ou mudar a 
energia elétrica de um nível de tensão para outro, seja superior ou inferior, mantendo 
a frequência constante, por meio da ação de campo magnético. Ele também é rele-
vante para o transporte da energia de um local para outro por conta da sua eficiên-
cia, transmissão e rapidez. Os transformadores de distribuição podem ser de vários 
tipos, aéreos (instalados em postes nas ruas) ou abrigados (construção de edifica-
31 
 
 
ções especificas para esse fim) e quanto ao tipo podem ser a óleo ou a seco (de 
acordo com o local onde será instalado). 
 
Questão 10: 
Solução: A mais comum é por meio de aerogeradores. Um aerogerador é um 
gerador elétrico integrado ao eixo de um cata-vento e que converte energia eólica 
em energia elétrica. Pode ser implantado em terra ou mar (offshores), onde a pre-
sença do vento é mais regular. É um equipamento que tem se popularizado rapida-
mente por ser uma fonte de energia renovável e não poluente. Existem dois tipos 
básicos de rotores eólicos: os de eixo vertical e os de eixo horizontal. Os rotores di-
ferem em seu custo relativo de produção, eficiência, e na velocidade do vento em 
que têm sua maior eficiência. O conjunto de aerogeradores instalados é denominado 
parque eólico. 
Aula 2 
 
 
 
Noções de grandezas elétricas 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Nesta aula continuaremos nossos estudos avançando em noções de gran-
dezas elétricas que são fundamentais para o correto dimensionamento das instala-
ções elétricas. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
 Entender os conceitos das principais noções elétricas, como corrente 
elétrica, potência, queda de potência, resistência elétrica, associações 
de resistências elétricas, energia e trabalho; 
 Exemplificação do uso das grandezas elétricas e suas respectivas 
unidades; 
 Associar as grandezas elétricas e suas definições aos projetos de ins-
talações elétricas. 
33 
 
 
2 NOÇÕES DE GRANDEZAS ELÉTRICAS 
O conhecimento das principais grandezas elétricas co-
mo a intensidade da corrente elétrica, resistência elétrica, potên-
cia, diferença de potencial elétrico e energia são imprescindíveis 
a um dimensionamento adequado e otimizado. 
Esperamos que esta aula seja um resumo dos conceitos 
que já foram estudados na disciplina de Fundamentos da Eletricidade que precede 
essa aula. 
A mais importante propriedade é a intensidade da correte elétrica, por esse 
motivo iremos começar por ela, sempre mostrando exemplos de cálculossimples e 
aprimorando eles nos exercícios propostos ao final da aula. 
Lembre-se que o aprendizado destes itens e fundamentas para prosseguir-
mos. Vamos começar! 
2.1 Intensidade Da Corrente Elétrica 
Em geral os elétrons livres presentes em certas substâncias de átomos en-
contram-se em deslocamento em todas as suas direções, entretanto quando em um 
condutor, o movimento de deslocamento de elétrons livres é mais intenso e ordena-
do em um determinado sentido, diz-se que existe uma corrente elétrica ou um fluxo 
elétrico no condutor. 
Sendo assim a intensidade da corrente é caracterizada 
pelo número de elétrons livres que atravessa uma determinada 
seção do condutor na unidade de tempo. 
A unidade de intensidade da corrente elétrica é o am-
père. 
Ampère (A) é a corrente elétrica invariável que, mantida 
em dois condutores retilíneos, paralelos, de comprimento infinito e de área de seção 
transversal desprezível e situados no vácuo a 1 metro de distância um do outro, pro-
duz entre esses condutores uma força igual a 2 × 10–7 newtons por metro de com-
primento desses condutores (Inmetro — Instituto Nacional de Metrologia). 
34 
 
 
Para efetuar a medição da corrente elétrica em um condutor utiliza-se um am-
perímetro, existem ainda uma variedade de aparelhos que podem ser utilizados (Fig. 
2.1), que deve ser ligado em série no circuito. 
Define-se, na prática, o ampère como a intensidade de escoamento de 1 cou-
lomb em 1 segundo. 
Figura 2.1: Exemplo de aparelhos usados para medir grandezas elétricas. 
Fonte: LOJA DE ELETRICISTA (2017) 
 
Você pode pensar e fazer uma analogia interessante da 
corrente elétrica com a vazão hidráulica, que é expressa em 
m3/s, por exemplo. Fazer analogia com conteúdo de outras dis-
ciplinas é importante no seu processo de aprendizado. 
 
 
2.2 Potencial Elétrico 
Considerando-se que exista uma diferença entre a concentração de elétrons 
(carga elétrica) entre dois pontos de um condutor diz-se que existe um potencial elé-
trico ou uma tensão elétrica entre esses dois pontos. 
35 
 
 
Ao considerarmos uma pilha comum onde à ação química obriga as cargas 
positivas a se reunirem no lado terminal positivo e os elétrons ou cargas negativas a 
se reunirem no lado terminal negativo. 
Dessa forma cria-se uma diferença pequena de potencial energético (d.d.p.) 
entre esses terminais, que estabelecerá a movimentação dos elétrons entre o lado 
terminal negativo e o positivo. 
Esse deslocamento de elétrons deve-se à ação de uma força chamada força 
eletromotriz (f.e.m.). 
Se estabelecermos um circuito fechado, ligando um 
terminal ao outro por um condutor, a tensão a que os elétrons 
livres estão submetidos desloca-se ao longo do condutor, es-
tabelecendo-se assim uma corrente elétrica, cujo sentido é 
definido por convenção (do polo positivo [+] para o polo nega-
tivo [–], no circuito externo), embora se saiba que o sentido real da corrente é do po-
lo negativo para o polo positivo. 
Se em vez de uma pilha ou bateria tivermos um gerador elétrico rotativo, rea-
lizar-se-á fenômeno semelhante. 
Desenvolve-se no gerador uma tensão interna do polo negativo (–) para o po-
sitivo (+), que é a força eletromotriz, graças à qual o gerador fornece corrente a um 
condutor ligado aos seus terminais, orientada do polo negativo (–) para o polo positi-
vo (+). 
Designamos a letra E para a f.e.m. (força eletromotriz), a letra U para repre-
sentar a tensão ou diferença de potencial (d.d.p.) entre dois pontos do circuito onde 
passa a corrente, que é medida em volts e será vista na sequência. 
Existe uma perda interna, que é a diferença entre E e U, que denominamos 
de intensidade da corrente elétrica I, visto anteriormente. 
2.3 Resistência Elétrica 
A força de atração existente entre o núcleo atômico e os elétrons resiste a li-
beração dos elétrons para um estabelecimento de corrente elétrica. Assim concei-
tua-se que essa oposição ao fluxo da corrente como uma resistência. 
Dentre os materiais utilizados nas instalações elétricas temos os chamados 
condutores, onde a corrente circula facilmente, pois a resistência é baixa, e os iso-
36 
 
 
lantes onde quase não ocorre a circulação dos elétrons devido à elevada resistência 
encontrada. 
A resistência de um condutor depende de fatores como material que é consti-
tuído, comprimento, área de secção e temperatura na qual o mesmo está submetido. 
A unidade de resistência elétrica é o ohm (Ω), que 
corresponde à resistência de um fio de mercúrio a 0 °C, com 
um comprimento de 1,063 m e uma seção de 1 mm2. 
Equivale à resistência elétrica de um elemento de cir-
cuito tal que uma diferença de potencial constante, igual a 
1 volt, aplicada aos seus terminais, faz circular nesse elemen-
to uma corrente invariável de 1 ampère. 
(1) 
𝟏 𝛀 = 
𝟏 𝑽
𝟏 𝑨
 
 
Já a resistividade ou resistência específica de um 
material homogêneo e isótropo é tal que um cubo com 1 metro 
de aresta apresenta uma resistência elétrica de 1 ohm entre 
faces opostas. 
Seu símbolo é o ρ (rô). 
O Inmetro indica como unidade de resistividade o ohm × metro (Ω × m). 
A resistência de um condutor de seção uniforme, expressa em ohms, é dada 
por: 
(2) 
𝑹 = 𝝆 
𝒍
𝑺
 
 
Onde: 
l — comprimento do condutor (m) 
S — seção reta do condutor (m2) 
ρ — resistividade do condutor (Ω × m) 
 
37 
 
 
 
Atenção aluno: Pode-se usar a fórmula com: S em 
mm2; ρ em Ω × mm2/m (atenção a tabelas especificas e a tem-
peratura na qual está submetido). 
 
 
 
Caro aluno (a) consulte os valores de ρ (resistividade do 
condutor) para os principais condutores utilizados em instala-
ções, como o cobre e alumínio. Estes valores podem ser acha-
dos no Livro “NISKIER, Júlio. Manual de Instalações Elétricas”. 
 
É importante a determinação da resistência dos condutores que serão utiliza-
dos, pois pode ser um critério de dimensionamento, vamos ver dois exemplos de 
como determinar essa importante propriedade: 
 
Ex. 01: Calcular a resistência de um condutor de cobre a 15 °C, sabendo-se 
que sua seção é de 4 mm2 e que seu comprimento é de 150 m. 
 
Resolução: 
Como sabemos que o cobre tem, ρ = 0,0178 Ω × mm2/m (pesquisa bibliográfi-
ca complementar para condutor a 15oC). 
Aplica-se a formula para determinação da resistência: 
 
𝑹 = 𝝆 
𝒍
𝑺
 
 
𝑹 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟕𝟖 ∗
𝟏𝟓𝟎
𝟒
= 𝟎, 𝟔𝟔𝟕𝟓 𝒐𝒉𝒎 
 
Ex. 02: Calcular a resistência de um condutor de alumínio a 15 °C, sabendo-
se que sua seção é de 4 mm2 e que seu comprimento é de 300 m. 
 
Resolução: 
38 
 
 
Como sabemos que o alumínio tem, ρ = 0,028 Ω × mm2/m (pesquisa biblio-
gráfica complementar para condutor a 15oC) 
Aplica-se a formula para determinação da resistência: 
 
𝑹 = 𝝆 
𝒍
𝑺
 
 
𝑹 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟖 ∗
𝟑𝟎𝟎
𝟒
= 𝟐, 𝟏 𝒐𝒉𝒎 
2.4 Lei De Ohm 
A lei de ohm diz que a corrente elétrica (I) que percorre um condutor é dire-
tamente proporcional a força eletromotriz (f.e.m.), sendo inversamente proporcional 
a resistência (R) do condutor. 
A lei de ohm é aplicável de maneira simples para circui-
tos de correntes continua contendo apenas uma f.e.m., condu-
tores ou resistências de corrente continua e qualquer circuito 
contendo apenas resistências. 
A equação que propõe a formulação da lei de ohm po-
de ser observada a seguir: 
(3) 
𝑰 = 
𝑬
𝑹
 
 
Onde: 
I — intensidade da corrente (A) 
E — tensão ou f.e.m. (V) 
R — resistência (Ω) 
 
 
 
 
 
39 
 
 
Atenção: Lembre-se das suas aulas de eletricidade 
aplicada, a lei de ohm comoproposto acima não se aplica a 
circuitos mais complexos, para esses tipos aconselha-se uma 
revisão no livro “NISKIER, Júlio. Manual de Instalações Elétri-
cas”. 
 
 
Ex. 03: Qual a resistência da lâmpada incandescente ligada a um circuito de 
120 V, sabendo-se que o amperímetro indica 0,8 A e que a resistência dos fios é 
desprezível? 
 
Resolução: 
A Fig. 2.2 a seguir mostra um esquema do exercício proposto: 
Figura 2.2: Exemplificação do exemplo 03. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NISKIER (2015) 
A diferença de potencial existente entre os parafusos do soquete da lâmpada 
é de 120 V, de modo que temos: 
 
𝟎, 𝟖𝟎 = 
𝟏𝟐𝟎
𝑹
 
𝑹 = 
𝟏𝟐𝟎
𝟎, 𝟖𝟎
= 𝟏𝟓𝟎 𝜴 
40 
 
 
2.5 Potência Elétrica 
O conceito de potência elétrica é relacionado como o 
trabalho efetuado em uma unidade de tempo. 
Fazendo uma analogia com a potência hidráulica que é 
dada pelo produto do desnível energético pela vazão, a po-
tência elétrica, para um circuito puramente resistivo, é obtida 
pelo produto da tensão U pela intensidade da corrente, como pode ser visto na 
equação proposta a seguir: 
(4) 
𝐏 = 𝐔 × 𝐈 
Onde: 
P – Potência Elétrica (watt – W) 
U – Tensão (volts – V) 
I – Intensidade de corrente elétrica (ampere – A) 
A unidade básica de potência é o watt (W), onde 1 kW equivale a 1.000 W. 
A equação pode ser substituída na proposição de lei de ohm, como segue a 
seguir: 
 
𝐔 = 𝐑 × 𝐈 (𝐥𝐞𝐢 𝐝𝐞 𝐨𝐡𝐦) 
𝐏 = 𝐔 × 𝐈 (𝐞𝐪𝐮𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐨𝐭ê𝐧𝐜𝐢𝐚) 
 
Substituindo o U da equação de potência lei de ohm proposta tem-se: 
(5) 
𝐏 = 𝐑 × 𝐈𝟐 
 
Ou também pode-se reescrever da seguinte forma: 
(6) 
𝐑 = 
𝐔𝟐
𝐏
 
 
Ex. 04: Um chuveiro elétrico indica na plaqueta 4 400 W e 220 V. Quais os 
valores da corrente que o chuveiro absorve e da sua resistência? 
41 
 
 
 
Resolução: 
Calcula-se a corrente necessária: 
 
𝑰 = 
𝑷
𝑼
=
𝟒𝟒𝟎𝟎
𝟐𝟐𝟎
= 𝟐𝟎 𝑨 
 
Para o cálculo da resistência necessária: 
 
𝐑 = 
𝟐𝟐𝟎𝟐
𝟒𝟒𝟎𝟎
= 𝟏𝟏 𝜴 
2.6 Energia e Trabalho 
O trabalho elétrico T efetuado, que também pode ser 
chamado de energia consumida, é o produto da potência P pelo 
tempo t, durante o qual a atividade elétrica ocorre. 
O conceito de energia e trabalho e dado a seguir: 
(7) 
𝑻 = 𝑷 × 𝒕 (𝒘𝒂𝒕𝒕 × 𝒉𝒐𝒓𝒂 − 𝑾𝒉) 
Onde: 
T – Energia (Wh) 
P – Potência (W) 
t – Tempo (h) 
 
O consumo de energia é medido em kWh pelos aparelhos das empresas con-
cessionárias, e a tarifa é cobrada em termos de consumo, expresso na mesma uni-
dade. 
Atualmente o Brasil vem adotando faixas de variação de custo da energia de 
acordo com a produção. 
 
 
 
 
42 
 
 
Existem outras variações das equações referentes a 
energia e trabalho, que podem ser facilmente dedutiveis. 
Você deve conhecer e para isso aconselhamos uma leitura 
complementar no livro “NISKIER, Júlio. Manual de Instala-
ções Elétricas”. 
 
2.7 Queda de tensão 
Quando uma corrente elétrica percorre um circuito, que 
contém elementos resistivos os condutores liberam energia a fim 
de vencer as resistências que são impostas neste percurso re-
duzindo a tensão oriunda da fonte geradora até o seu retorno a 
esta mesma fonte. 
Assim conceitua-se uma queda de tensão ou perda de 
carga energética ao longo de um circuito elétrico. 
A tensão nos terminais do gerador, U, é igual à f.e.m. do gerador menos o 
produto da corrente que dele parte pela sua resistência interna, fornecido pela equa-
ção abaixo: 
(8) 
𝑼 = 𝒇. 𝒆. 𝒎. − 𝑹𝒊 × 𝑰 
Onde: 
U – Tensão resultante da queda (V) 
f.e.m. – Força eletromotriz (V) 
R – Resistência (𝛺) 
I – Intensidade de corrente (A) 
2.8 Circuitos Com Resistências Associadas 
Os circuitos podem apresentar resistências associadas em serie ou em para-
lelo, em cada uma apresentam formulações para o cálculo da resistência e tensão. 
No caso das resistências associadas em série (Fig. 2.3), que se dá quando 
elas são ligadas, extremidade com extremidade, diretamente ou por meio de trechos 
com condutores. 
43 
 
 
Figura 2.3: Exemplo de associação em série. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NISKIER (2015) 
As formulações para as associações em serie seguem a seguir: 
(9) 
𝑼𝑩𝑬 = 𝑼𝑩𝑪 + 𝑼𝑪𝑫 + 𝑼𝑫𝑬 
𝑹𝒆𝒒 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑 
 
A tensão e resistência total equivalem a soma das tensões e resistências as-
sociadas. 
Já para as associações em paralelo (Fig. 2.4), onde as extremidades das re-
sistências estão ligadas a um ponto comum onde as diversas resistências estão 
submetidas a mesma diferença de potencial e a intensidade de corrente é dividida 
de maneira inversamente proporcional a resistência. 
As formulações são diferentes, conforme segue a seguir: 
 
44 
 
 
Figura 2.4: Exemplo de associação em paralelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NISKIER (2015) 
(10) 
𝟏
𝑹
=
𝟏
𝑹𝟏
+
𝟏
𝑹𝟐
+
𝟏
𝑹𝟑
+ ⋯ +
𝟏
𝑹𝒏
 
Ou, 
(11) 
𝟏
𝑹
=
𝑷𝟏 + 𝑷𝟐 + 𝑷𝟑 + ⋯ + 𝑷𝒏
𝑼𝟐
 
 
Já as correntes podem ser obtidas assim: 
(12) 
𝑰𝟏 = 
𝑼
𝑹𝟏
; 𝑰𝟐 = 
𝑼
𝑹𝟐
; 𝑰𝟑 = 
𝑼
𝑹𝟑
; 𝑰𝒏 = 
𝑼
𝑹𝒏
 
 
Ex. 05: Se aplicarmos entre os pontos B e E uma tensão de 220 volts, qual 
será a corrente que percorrerá o circuito considerando R1 = 30,50 Ω, R2 = 20,50 Ω e 
R3 = 10,20 Ω.? 
 
Solução: 
Observando a figura abaixo: 
 
45 
 
 
Figura 2.5: Exemplo 05. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NISKIER (2015) 
𝑹𝒆𝒒 = 𝟑𝟎, 𝟓𝟎 + 𝟐𝟎, 𝟓𝟎 + 𝟏𝟎, 𝟐𝟎 = 𝟔𝟏, 𝟐𝟎 𝛀 
𝑰 = 
𝑼
𝑹
= 
𝑼
𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑
= 
𝟐𝟐𝟎
𝟔𝟏, 𝟐𝟎
= 𝟑, 𝟓𝟑 𝑨 
 
Ex. 06: Uma corrente de 30 A percorre um circuito com três resistências R1 = 
3,5 Ω, R2 = 4,0 Ω e R3 = 5,0 Ω em paralelo, mostrada na figura a seguir. Determinar 
as parcelas de corrente total que percorrem cada uma das resistências. 
Solução: 
Figura 2.6: Exemplo 06. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NISKIER (2015) 
𝟏
𝑹
=
𝟏
𝟑,𝟓𝟎
+
𝟏
𝟒,𝟎𝟎
+
𝟏
𝟓,𝟎𝟎
= 𝟎, 𝟐𝟖𝟓 + 𝟎, 𝟐𝟓 + 𝟎, 𝟐𝟎 = 0,735 
Assim R: 
46 
 
 
𝑹𝒆𝒒 = 
𝟏
𝟎, 𝟕𝟑𝟓
= 𝟏, 𝟑𝟔 𝛀 
 
Para o cálculo das correntes em cada ramo utiliza-se as seguintes equações: 
 
𝑰𝟏 =
𝑰 × 𝑹𝒆𝒒
𝑹𝟏
= 
𝟑𝟎 × 𝟏, 𝟑𝟔
𝟑, 𝟓
= 𝟏𝟏, 𝟔𝟓 𝑨 
𝑰𝟐 =
𝑰 × 𝑹𝒆𝒒
𝑹𝟐
= 
𝟑𝟎 × 𝟏, 𝟑𝟔
𝟒, 𝟎
= 𝟏𝟎, 𝟐𝟎 𝑨 
𝑰𝟑 =
𝑰 × 𝑹𝒆𝒒
𝑹𝟑
= 
𝟑𝟎 × 𝟏, 𝟑𝟔
𝟓, 𝟎
= 𝟖, 𝟏𝟔 𝑨 
 
Verificando a soma das correntes: 
 
𝑰𝒕 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑 = 𝟏𝟏, 𝟔𝟓 + 𝟏𝟎, 𝟐𝟎 + 𝟖, 𝟏𝟔 = 𝟑𝟎, 𝟎𝟏 𝑨 ≈ 𝟑𝟎, 𝟎 𝑨 
 
 
 
 
Resumo 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 Conceito de intensidade da corrente que é caracterizada pelo número 
de elétrons livres que atravessa uma determinada seção do condutor 
na unidade de tempo. A unidade de intensidade da corrente elétrica é 
o ampère. Ampère (A); 
 Que o potencial elétrico é quando exista uma diferença entre a con-
centração de elétrons (carga elétrica) entre dois pontos de um condu-
tor diz-se assim que existe um potencial elétrico ou uma tensão elétri-
ca entre esses dois pontos; 
 A resistência elétrica é à força de atração existente entre o núcleo 
atômico e os elétrons resistem à liberação dos elétrons para um esta-
belecimento de corrente elétrica. Assim conceitua-se que essa oposi-
ção ao fluxo da corrente como uma resistência; 
As resistências podem estar associadas em série (quando são se-
quenciais ou interligadas por condutores) ou em paralelo (quando há 
uma ramificação nos condutores e segmentação da corrente); 
 O conceito de potência elétrica é relacionado como o trabalho efetua-
do em uma unidade de tempo; 
 O trabalho elétrico T efetuado, que também pode ser chamado de 
energia consumida, é o produto da potência P pelo tempo t, durante o 
qual a atividade elétrica ocorre. Esse é o conceito que rege a medição 
do consumo de energia nas residências; 
 A queda de tensão é quando uma corrente elétrica percorre um circui-
to, que contém elementos resistivos e condutores libera energia a fim 
de vencer as resistências que são impostas neste percurso reduzindo 
a tensão oriunda da fonte geradora até o seu retorno a esta mesma 
fonte. 
 
 
Complementar 
 
Existem alguns vídeos importantes sobre o funcionamento do sistema elétrico 
brasileiro e seus avanços, como: 
 
Tensão, Corrente e Resistência - Circuitos Elétricos #1. 
<https://www.youtube.com/watch?v=jyssHo42eaI> 
Física - Circuito Elétrico. 
<https://www.youtube.com/watch?v=IisroPnqW1w> 
 
Há ainda bons materiais de apoio a esta aula, um que pode ser esclarecedor 
pode ser encontrado no link a seguir: 
 
Apostila Eletricidade Básica – Colégio Técnico Industrial UFSM 
<http://intranet.ctism.ufsm.br/gsec/Apostilas/eletricidadebasica.pdf> 
 
A seguir teremos uma sequencias de exercícios para pratica dos conteúdos 
abordados nesta aula. 
 
Bons estudos!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Assista aos vídeos da disciplina, são fundamentais para a 
sua aprendizagem! 
 
 Fique atento aos horários de atendimento disponíveis na 
Secretaria Virtual da Blackboard! 
 
 Não acumule dúvidas! 
 
 Procure o professor da disciplina ou o tutor para esclare-
cer suas dúvidas. 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
Básica: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 
5410:2004 (versão corrigida em 2008). Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2008. 
 
CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Instalações elétricas e o projeto de ar-
quitetura. 7.ed. rev. e ampl. São Paulo: Blucher, 2016. 
 
CREDER, Hélio. Instalações Eletricas. Rio de Janeiro: LTC, 2016. 
 
NISKIER, Júlio. Manual de Instalações Elétricas, Rio de Janeiro: LTC, 2015. 
 
Complementar: 
ELECTRONICS, All. Tensão, Corrente e Resistência - Circuitos Elétricos 
#1. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jyssHo42eaI>. Acesso em: 
10 out. 2017. 
 
MEDICINA, Hexag. Física - Circuito Elétrico. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=IisroPnqW1w>. Acesso em: 10 out. 2017. 
 
UFSM, Colégio Técnico Industrial. Eletricidade básica. Disponível em: 
<http://intranet.ctism.ufsm.br/gsec/Apostilas/eletricidadebasica.pdf>. 
Acesso em: 10 out. 2017. 
 
 
 
Exercícios 
AULA 2 
 
Aqui serão apresentados exercícios de fixação dos con-
teúdos estudados e seus respectivos gabaritos. Resolva-os com 
atenção e em caso de dúvida acione seu tutor. Faça com aten-
ção para a sequência dos nossos estudos. 
 
1) Conceitue corrente elétrica, potência e tensão. 
 
2) Descreva o (s) equipamento (s) utilizados para medição de intensidade de 
corrente elétrica, potência e tensão. 
 
3) O que é resistência elétrica? 
 
4) Conceitue queda de tensão em condutores elétricos. 
 
5) Diferencie associação de resistores em serie e em paralelo, mostrando va-
riações nas formulações de cálculo de corrente elétrica e resistência equiva-
lente. 
 
6) As instalações elétricas de baixa tensão podem ser ligadas em diferentes 
tipos de circuitos, de acordo com sua finalidade. Explique em quais casos uti-
lizam-se na prática das instalações elétricas os circuitos em serie e em parale-
lo. 
 
7) Todo mundo já ouviu falar em curto-circuito e muitas das vezes esse con-
ceito é utilizado de maneira errada, sendo assim defina curto-circuito nas ins-
talações. 
 
8) Em residências antigas, como em casa de praia, era de praxe que todos os 
equipamentos fossem ligados em um único circuito elétrico, geralmente fios 
de pequena espessura. A figura abaixo representa um modelo desse circuito, 
onde r representa a resistência total dos fios da ligação. 
Ao se ligar os eletrodomésticos com resistência baixa, como chuveiros elétri-
cos, percebe-se que há uma diminuição no brilho das lâmpadas. Justifique 
sucintamente o motivo da diminuição do brilho das lâmpadas. 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9) Analise o circuito a seguir e responda os itens que seguem: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Este é um circuito em série ou em paralelo? 
b) Calcule a resistência equivalente dele. 
c) Calcule a intensidade da corrente total que sai da bateria. 
d) Qual o valor da corrente que passa em cada resistor? 
e) Calcule a potência total do circuito. 
f) Calcule a voltagem em cada resistor. 
g) Calcule a potência dissipada em cada resistor. 
 
10) Analise o circuito a seguir e calcule a sua resistência equivalente e a 
potência total. 
 
 
52 
 
 
 
 
 
Gabarito 
AULA 2 
 
Questão 1: 
Solução: Corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons livres nos 
condutores elétricos, como fios, sua unidade é Ampére (A), já tensão é a força que 
impulsiona os elétrons livres nos condutores, sua unidade é Volt (V) e a potência é 
uma relação do trabalho efetuado em uma unidade de tempo, é dado pela multipli-
cação da tensão pela corrente elétrica, pode também ser compreendida como uma 
relação que mostra como a energia é transformada ou o trabalho realizado em uma 
unidade de tempo, sua unidade no sistema internacional (SI) é Watt (W). 
 
Questão 2: 
Solução: Existem diversos aparelhos que podem ser utilizados, os instrumen-
tos digitais tem o voltímetro (medida de tensão) como base para realizar suas medi-
ções. Nos instrumentos analógicos a base é o amperímetro (medida de corrente). A 
amperagem pode ser medida com um alicate especial para esse fim. Existe ainda o 
multímetro que como o próprio nome indica (multi = vários / metro = medida), multí-
metro é o aparelho que mede várias grandezas elétricas e até não-elétricas através 
do uso de sensores, como o termopar. Atualmente existem multímetros com várias 
funções. Além das tradicionais medições de resistência, tensão e corrente, podemos 
encontrar em um bom multímetro opções para medir frequência, temperatura, capa-
citância e indutância. Por tudo isso, e por ser portátil, ele é muito prático na análise 
de circuitos com defeitos. Ele está presente em praticamente toda bancada. A po-
tência não pode ser medida diretamente e sim calculada de acordo com os valores 
de intensidade de corrente e tensão encontrados. 
 
Questão 3: 
Solução: Ao se aplicar uma tensão U, em um condutor qualquer se estabelece 
nele uma corrente elétrica de intensidade i. Na maioria dos condutores estas duas 
grandezas são diretamente proporcionais. A resistência elétrica depende de fatores 
como a natureza do material, sendo uma grandeza que tem certa proporcionalidade 
e quando é mantida de forma linear pode ser chamada de condutor ôhmico, onde 
ser valor numérico pode ser cálculo pela relação de tensão e intensidade de corrente 
elétrica. 
54 
 
 
Questão 4: 
Solução: Quando uma corrente elétrica percorre um circuito, que contém ele-
mentos resistivos os condutores liberam energia a fim de vencer as resistências que 
são impostas neste percurso reduzindo a tensão oriunda da fonte geradora até o seu 
retornoa esta mesma fonte, assim pode-se conceituar como uma queda de tensão 
ou perda de carga energética ao longo de um circuito elétrico. 
 
Questão 5: 
Solução: A associação em série é quando vários resistores estão associados 
em sequência, ou seja, estão ligados um sem seguida do outro podendo ter conduto-
res entre eles e não havendo bifurcações. Neste caso a intensidade da corrente é a 
mesma em todos os resistores e sua resistência equivalente é a soma das resistên-
cias individuais. Já a associação em paralelo é quando Já a associação em paralelo 
é quando os resistores estão submetidos à mesma d.d.p., havendo bifurcação e as-
sim a divisão da corrente (a intensidade que entra em um nó tem que ser a mesma 
que sai no nó de saída) a resistência equivalente é dada pela equação: 
1
𝑅
=
𝑃1+𝑃2+𝑃3+⋯+𝑃𝑛
𝑈2
. Já as correntes podem ser obtidas pela equação: 𝐼1 = 
𝑈
𝑅1
; 𝐼2 =
 
𝑈
𝑅2
; 𝐼3 = 
𝑈
𝑅3
; 𝐼𝑛 = 
𝑈
𝑅𝑛
 
 
Questão 6: 
As ligações em serie são muito utilizadas nas ligações das lâmpadas de arvo-
res de natal, tem o inconveniente de que se uma lâmpada queimar todas as demais 
serão afetadas. As demais instalações usadas em uma residência são ligadas em 
paralelo devido a sua eficiência e até mesmo a previsão de que se alguma lâmpada 
queimar o sistema não para de funcionar. 
 
Questão 7: 
Em circuitos elétricos, se os terminais de um resistor forem ligados por um fio 
condutor de resistência elétrica desprezível, a d.d.p. nos seus terminais torna-se nu-
la. Assim podemos dizer que o resistor está em curto-circuito, não sendo atravessa-
do por corrente elétrica. Quando acontece o curto circuito, toda a corrente elétrica é 
desviada pelo condutor de resistência nula. 
 
55 
 
 
Questão 8: 
Solução: A situação descrita é típica de residências antigas e o problema re-
lacionado a diminuição do brilho das lâmpadas é que a corrente total no circuito au-
menta, causando maior queda de potencial através de R e diminuindo assim a dife-
rença de potencial (d.d.p.) e a corrente nas lâmpadas. 
 
Questão 9: 
Solução letra a 
Trata-se de um circuito em série, devido a sequência linear de resistores. 
 
Solução letra b 
Req = 20 + 10 + 40 + 30 = 100 𝛺 
 
Solução letra c 
𝑖 = 
𝑉
𝑅𝑒𝑞
=
24
100
= 0,24 𝐴 
 
Solução letra d 
A corrente elétrica é a mesma em todos os resistores e vale 0,24 A, pois este 
é um circuito em série. 
 
Solução letra e 
𝑃 = 𝑈 × 𝑖 = 24 × 0,24 = 5,76 𝑊 
 
Solução letra f 
V1=4,8V; V2=2,4V; V3=9,6V; V4=7,2V. 
 
U1 = R × I = 20 × 0,24 = 4,8 V 
U2 = R × I = 10 × 0,24 = 2,4 V 
U3 = R × I = 40 × 0,24 = 9,6 V 
U4 = R × I = 30 × 0,24 = 7,2 V 
 
Solução letra g 
P1=1,15W; P2=0,576W; P3=2,30 W; P4=1,73W. 
56 
 
 
Note que a soma desses valores é igual à potência total (com algumas 
aproximações). 
 
𝑃1 = 𝑈 × 𝐼 = 4,8 × 0,24 = 1,15 𝑊 
𝑃2 = 𝑈 × 𝐼 = 2,4 × 0,24 = 0,576 𝑊 
𝑃3 = 𝑈 × 𝐼 = 9,6 × 0,24 = 2,30 𝑊 
𝑃4 = 𝑈 × 𝐼 = 7,2 × 0,24 = 1,73 𝑊 
 
Questão 10: 
Solução: 
1
𝑅
=
1
20
+
1
10
+
1
40
+
1
30
= 0,05 + 0,1 + 0,025 + 0,033 = 0,2083 
Assim R: 
𝑅𝑒𝑞 = 
1
0,2083
= 4,80 Ω 
 
Para calcularmos a potência total, vamos calcular primeiro a intensidade da 
corrente elétrica total. 
𝑖 = 
𝑉
𝑅
=
24
4,80
= 5,0 𝐴 
 
Com esse valor, calcularemos a potência P=V×i e, portanto, P=120W. 
Aula 3 
 
 
 
Dimensionamento de Iluminação 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Nesta aula avançaremos nossos estudos para o dimensionamento da carga 
de iluminação mínima necessária a cada ambiente de uma edificação. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
 Dimensionar a carga de iluminação mínima necessária em cada am-
biente da edificação; 
 Representar em planta os pontos de iluminação e seus acionadores; 
 Adequar os projetos de instalações elétricas de baixa tensão de acor-
do com a NBR 5410:2004, versão corrigida em 17/03/2008. 
58 
 
 
3 DIMENSIONAMENTO DE ILUMINAÇÃO 
Todo projeto de instalações elétricas de baixa tensão 
deve seguir rigorosamente a norma técnica brasileira, que traz 
os mínimos parâmetros para o correto funcionamento das insta-
lações. Todo cômodo da edificação necessita de iluminação pa-
ra seu uso e a determinação da carga de iluminação faz-se ex-
tremamente importante em um projeto e deve ser o ponto de partida. 
Existe por vezes a necessidade de consulta a regulamentos específicos das 
concessionárias de energia elétrica local, que podem apresentar algumas mudan-
ças. 
 
Cuidado para não se confundir, a determinação da car-
ga de iluminação não tem referência ao tipo e potência das 
lâmpadas necessárias para iluminar um ambiente. Este tópico 
de estudo, que se refere à Luminotécnica será fruto do estudo 
de nossa próxima aula!! 
 
3.1 Simbologia 
A norma brasileira fornece e padroniza alguns símbolos para os principais 
elementos existentes nas instalações elétricas de baixa tensão, logo você deve aten-
tar-se a esta padronização e utilizar esta simbologia. 
A padronização é de extrema importância pois propicia que os projetos sejam 
passiveis de leitura, interpretação e execução sem divergências, tornando a lingua-
gem uniformizada. 
É importante entender que as simbologias usadas passaram, em alguns ca-
sos, por um processo de revisão em conjunto com as alterações da norma brasileira. 
Será muito comum você visualizar projetos adotando as representações ante-
riores ou até mesmo mesclando elas, isso é normal e pode ser feito e considerado, 
visto que seria impossível você anular ou revisar todos os projetos já prontos e exe-
cutados. 
A Tab. 3.1 mostra os principais símbolos utilizados e a que se referem. 
59 
 
 
Tabela 3.1: Disposição dos principais símbolos utilizados nas instalações elétricas de baixa 
tensão segundo a NBR 5410. 
 
Tab. 3.1 Disposição dos principais símbolos utilizados nas instalações elétri-
cas de baixa tensão segundo a NBR 5410. (Continuação abaixo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
Tab. 3.1 Disposição dos principais símbolos utilizados nas instalações elétri-
cas de baixa tensão segundo a NBR 5410. (Continuação abaixo) 
 
61 
 
 
 
Tab. 3.1 Disposição dos principais símbolos utilizados nas instalações elétri-
cas de baixa tensão segundo a NBR 5410. (Continuação abaixo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
 
 
Tab. 3.1 Disposição dos principais símbolos utilizados nas instalações elétri-
cas de baixa tensão segundo a NBR 5410. (Continuação abaixo) 
 
63 
 
 
 
Tab. 3.1 Disposição dos principais símbolos utilizados nas instalações elétri-
cas de baixa tensão segundo a NBR 5410. (Continuação abaixo) 
64 
 
 
 
Fonte: NBR 5410 (2008) 
65 
 
 
Observe na Fig. 3.1 e Fig. 3.2 alguns exemplos de partes de um projeto de 
instalações de baixa tensão e a aplicação dos respectivos símbolos. 
Figura 3-1: Exemplo de disposição de tomadas (média e baixa) e interruptor de acionamen-
to. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NBR 5410 (2008) 
 
66 
 
 
Figura 3-2: Exemplo de disposição de tomadas (alta para chuveiro) e pontos de iluminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NBR 5410 (2008) 
3.2 Determinação Da Carga De Iluminação 
A norma brasileira trata deste assunto fazendo algumas especificações paraa 
determinação da carga de iluminação, utilizam-se assim os critérios expostos a se-
guir que levam em consideração a área interna de cada cômodo: 
 
a) em cômodo ou dependência de residências e nas acomodações de ho-
téis, motéis e similares, deverá ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, 
com potência mínima de 100 VA comandada por interruptor, o acréscimo será de-
pendente da área apurada; 
b) em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2, deverá 
ser prevista uma carga de pelo menos 100 VA (mínima), e, com área superior a 6 
m2, deverá ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2, acres-
cida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros. 
 
Existem ainda algumas exceções a serem atendidas como nas acomodações 
de hotéis, motéis e similares onde pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por 
tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de 
67 
 
 
parede (utilizada para dar conforto ao usuário e reduzir custos de instalação e manu-
tenção destas edificações). 
Há também a possibilidade de que o ponto de luz fixo no teto seja substituído 
por ponto na parede em espaços de escada, depósitos, despensas, lavabos e va-
randas, desde que de pequenas dimensões e onde a colocação do ponto no teto 
seja de difícil execução ou não conveniente. 
O posicionamento do ponto de iluminação dentro do cômodo deve seguir o 
critério da centralização, sempre que possível para ambientes regulares. 
Em alguns casos específicos pode-se adotar outras configurações como em 
cômodos muito grandes onde se recomenda a divisão da carga em vários pontos de 
luz fixo no teto. 
Em banheiros é de praxe dividir a carga de iluminação em duas parcelas, on-
de um ponto fica no teto de maneira centralizada (em geral 60VA) e outra no teto ou 
parede próximo ao lavatório (em geral 40VA). 
Cuidado para não confundir novamente, os valores calculados correspondem 
à potência destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e 
não necessariamente à potência nominal das lâmpadas incandescentes a serem 
utilizadas, devendo usar outros fatores para essa determinação. 
Para aparelhos fixos de iluminação à descarga (lâmpadas fluorescentes, por 
exemplo), a potência a ser considerada deverá incluir a potência das lâmpadas, as 
perdas e o fator de potência dos equipamentos auxiliares (reatores). 
 
 
Preste atenção para qual tipo de iluminação que você adotará em seu projeto, 
se for utilizar a iluminação fluorescente, os valores de potên-
cia dimensionados acima deverão ser reduzidos, pois as lâm-
padas fluorescentes são mais eficientes do que as incandes-
centes. Em geral adota-se uma redução, dividindo os valores 
de potência por 4, que é a relação de eficiência entre as lâm-
padas incandescentes e fluorescentes. 
 
Atente-se ao fato que a partir de 2016, as lâmpadas incandescentes estão 
proibidas de serem comercializadas no Brasil, de acordo com a Portaria no 1007, 
editada pelos Ministérios de Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e 
68 
 
 
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, publicada em 6 de janeiro de 
2011. 
A norma técnica brasileira de instalações elétricas não fixa critérios relativos à 
iluminação em áreas externas, logo fica a critério do projetista a definição das cargas 
a serem adotadas. 
 
Ex. 01: Determine a carga de iluminação da planta a seguir, onde as denomi-
nações dos cômodos seguem abaixo: 
Tabela 2: Denominações dos cômodos. 
Número Cômodo 
1 Varanda 
2 Sala e Quarto 
3 Banheiro 
4 Área de Serviço 
5 Cozinha 
Fonte: Adaptado de NISKIER (2015) 
 
69 
 
 
Figura 3.3: Planta exemplo 01. 
Fonte: NISKIER (2015) 
O primeiro passo é a determinação da área de cada cômodo da planta do 
exercício, o aluno deve levar em conta que não se deve descontar espaços ocupa-
dos com elementos estruturais, como pilares, ou mesmo bancadas em banheiros e 
cozinhas. Assim chagam-se aos valores abaixo: 
Tabela 3: Valores área (m2) exemplo 01. 
Número Cômodo Área (m2) 
1 Varanda 4,40 
2 Sala e Quarto 18,00 
3 Banheiro 5,00 
4 Área de Serviço 3,20 
5 Cozinha 6,40 
 
70 
 
 
Assim pode-se determinar a carga de iluminação de acordo com os parâme-
tros a serem analisados: 
Tabela 4: Determinação da carga de iluminação. 
Número Cômodo Área (m2) Composição Carga Final 
1 Varanda 4,40 Inferior a 6m2 100 VA 
2 Sala e Quarto 18,00 
6m2 + 4m2 + 4m2 + 4m2 
100 + 60 +60 + 60 
280 VA 
3 Banheiro 5,00 Inferior a 6m2 100 VA 
4 
Área de Servi-
ço 
3,20 Inferior a 6m2 100 VA 
5 Cozinha 6,40 
Maior que 6m2 porém não 
atingiu 4m2 inteiros a mais. 
100 VA 
 
Ex. 02: Represente a carga de iluminação da planta utilizada no exemplo an-
terior. 
O aluno deve-se atentar ao uso da simbologia adequada, além disso indicar 
em qual circuito a iluminação está disposta (em geral aloca-se no circuito 1) e se o 
acionamento se dará em qual tipo de comando de acionamento. Além disso, a de-
terminação do número de pontos é importante, a norma não faz referência devendo 
o projetista fazer essa divisão de acordo com o tamanho do cômodo. 
No nosso caso, conforme disposto na aula, iremos dividir somente a carga do 
banheiro em dois pontos. Os pontos devem ficar sempre centralizados nos ambien-
tes. A sala e a cozinha necessitam de dispositivos de acionamento de duas secções 
de maneira paralela (por isso são precedidos da letra “b”) devido ao transito de usuá-
rios no cômodo (serão descritos a frente). 
 
71 
 
 
Figura 3.4: Planta utilizada no exemplo 02. 
Fonte: NISKIER (2015) 
3.3 Tipos De Pontos De Comando/ Acionamento Da Iluminação 
O termo ponto é utilizado para designar aparelhos fixos de consumo para luz, 
tomadas de corrente, arandelas, interruptores, botão de companhia e outros, sendo 
assim um ponto de iluminação (ou utilização) sozinho não é suficiente, faz-se neces-
sário à colocação de mais um ponto de acionamento ou comando (interruptor) do 
circuito. 
Os interruptores podem ser subdivididos em tipos como: 
 
a) Interruptor simples ou unipolar (Fig. 3.5) é responsável pelo aciona-
mento de uma só lâmpada ou um grupo de lâmpadas funcionando em conjun-
to, de forma geral são de 10A e 250V. 
 
72 
 
 
Figura 3.5: Exemplo de interruptor simples ou unipolar e seu esquema de montagem. 
Fonte: ELÉTRICAS (2013) 
b) Variador de luminosidade, chamado também de dimmer (Fig. 3.6), on-
de ele trabalha regulando a tensão intercalado entre um circuito alimentador 
de tensão constante e um receptor, permitindo a variação da luminosidade de 
uma ou várias lâmpadas incandescentes. 
Figura 3.6: Exemplo variador de luminosidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CASA E CONSTRUÇÃO (2017) 
c) Interruptor de duas secções (Fig. 3.7a), neste caso o interruptor acen-
de ou apaga duas lâmpadas ou dois grupos de lâmpadas que funcionam no 
mesmo tempo, utilizado em ambientes de grande tamanho. 
73 
 
 
d) Interruptor de três secções (Fig. 3.7b), neste caso o interruptor acende 
ou apaga três lâmpadas ou três grupos de lâmpadas que funcionam no mes-
mo tempo, utilizado em ambientes de grande tamanho. 
Figura 3.7: a) Interruptor de duas seções. b) Interruptor de três seções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ELÉTRICAS (2013) 
e) Interruptor paralelo, chamado de three-way possibilita o acionamento 
ou desligamento de um ponto ou um conjunto de pontos de iluminação de lo-
cais diferentes, é muito utilizado em escadas, ambientes de grande tamanho, 
corredores e quartos de hotéis. 
3.4 Ligações

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