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HPV - PAPILOMA VÍRUS As células da pele e mucosa sob ação do HPV sofrem modificações se multiplicando mais, ficando abauladas, com citoplasma cheio de vacúolos e o núcleo fica deformado e jogado para a periferia da célula. Essas alterações nas células externamente são observadas como uma elevação da pele ou mucosa ou seja as verrugas. A respeito da infecção por HPV, algumas características são observadas, como por exemplo, a alteração na queratinização das células, do tecido vaginal, mais profundas (disceratose), sendo classificada em paraqueratose ou hiperqueratose. A disceratose (considerada critério de detecção clássica para o cancer cervicovaginal, junto com coilocitose) apresenta células espalhadas ou em grupos tridimensionais que demonstram pleomorfismo celular (formas caudadas ou alongadas) e/ou aumento de tamanho e atipia nuclear, freqüentemente, hipercromasia nuclear, sendo o citoplasma fortemente eosinofílico. A paraqueratose é a ceratinização anormal do epitélio escamoso com persistência dos núcleos celulares nas células superficiais (IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO DE LSIL). Aspectos citológicos: retenção do núcleo nas células córneas, caracterizando processo incompleto de queratinização das células superficiais. Presença de células escamosas habitualmente pequenas, redondas ou poligonais, com um citoplasma denso eosinofílico (acidofílico), e um núcleo persistente, mais ou menos picnótico. Este padrão associa-se freqüentemente à condições inflamatórias. Podem ocorrer células escamosas maiores, semelhantes a escamas superficiais, com citoplasma queratinizado e um núcleo persistente. Nesta situação, se estas células estão agrupadas ou se tornam alongadas, ou se os núcleos estão aumentados, pode existir uma lesão intra-epitelial. A hiperqueratose é o espessamento da camada mais superficial da pele, por estarem carregadas de queratina, visando aumentar a resistência da pele (calo). Nos esfregaços, a hiperqueratose é representada por escamas anucleadas em número variável. Elas são intensamente eosinofílicas ou orangeofílicas, às vezes exibindo uma área clara em substituição ao núcleo perdido, os chamados núcleos fantasmas. Como o exame do papanicolaou ainda é bastante falho para detecção da extensão da lesão e profundidade, é utilizado métodos de rastreio por biologia molecular. A captura híbrida para detecção de HPV é um exame de biologia molecular altamente sensível capaz de detectar 18 dos aproximadamente 30 tipos de HPV que mais comumente infectam o trato anogenital. O grupo A possui sondas para os HPVs de baixo risco (6, 11, 42, 43, 44), e o grupo B, sondas para os HPVs de intermediário/alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68). Sua sensibilidade é de 1pg/ml de DNA-HPV, equivalente a 0,1 cópia de vírus/célula. Por essa sensibilidade, os estudos têm mostrado estreita relação entre os resultados e a evolução clínica. Os tipos detectados pela metodologia representam 95% dos vírus que infectam o trato anogenital. Todos os testes de captura híbrida são, ao mesmo tempo, qualitativos e quantitativos. Porém, o grande fator limitante das metodologias moleculares é o elevado custo, tornando-as inviáveis para o exame de grandes populações em programas de saúde governamentais ou até mesmo como procedimento rotineiro em serviços de saúde privados, apesar de alguns autores proporem o teste de DNA para HPV como um complemento para a triagem citológica. Estes métodos, para a realidade de países em desenvolvimento, são ainda reservados para casos específicos como: confirmação diagnóstica, resultados conflitantes, genotipagem viral e casos duvidosos à citologia. A hibridação in situ estuda o padrão de expressão de um gene, se está ativo ou não no tecido, emparelhando 2 cadeias complementares de ácido nucléico permitindo a visualização de determinada sequência (híbridos: DNA/DNA, RNA/RNA, DNA/RNA, sendo o RNA/RNA o mais estável por possuir a temperatura de denaturação superior ao restante). PASSO A PASSO: 1- Colheita do material biológico (tomando cuidado com as RNases) Queremos detectar o mRNA (instável). 2- Fixação e lavagem Fixador de proteínas e mRNA + Lavagem com detergente(tampão). 3- Desidratação (facultativo) Caso vá guardar a amostra por um longo período (metanol). 4- Permeabilização e fixação Caso tenha sido desidratado, hidratar novamente. Proteinase K (proteolítica para permeabilização). Lavagem com tampão. Pós fixação. 5- Hibridação in situ Adiciona a sonda + modulação da temperatura (de acordo com a sonda). 6- Lavagem pós hibridação Uso dos tampões. 7- Preparo da detecção imuno-histoquímica Utiliza tampão blocking, para minimizar as ligações inespecíficas. 8- Detecção da sonda imuno-histoquímica Adição da molécula anti-DiG conjugado com fosfatase alcalina + lavagem com lampão alcalino (revelação). 9- Revelação Colocar em BM Purple (coloração) no escuro até ficar roxo, tirar o BMPurple e lavar com tampão. A FISH tem quatro procedimentos básicos: 1) fixação e permeabilização da amostra 2) hibridização 3) lavagem para remoção das sondas em excesso 4) detecção pela microscopia fluorescente Antes da hibridização, as amostras contendo os micro-organismos são fixadas para proteger o RNA da degradação de RNAses endógenas e permeabilizadas para permitir que as sondas penetrem na célula. Associado aos anticorpos monoclonais, detectando DNA-HPV.
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