Buscar

Agronegócio Sustentável: Inovação e Gestão

Prévia do material em texto

AGRONEGÓCIO: INOVAÇÃO E GESTÃO RUMO À SUSTENTABILIDADE 
 
 
LUCAS APARECIDO RODRIGUES¹, MARCIO LUIZ MARIETTO² 
 
 
¹ Aluno de Graduação do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial. FATEC-Tatuí – SP – lucaorodrigues@yahoo.com.br 
2 Docente do curso de Tecnologia Empresarial/COMEX na FATEC-TATUÍ; Doutorando em Administração de Empresas na Universidade 
Positivo /PR; Membro do Academy of Management. profmarcioluiz@uol.com.br 
 
 
RESUMO 
 
 
Observando-se a tendência atual do Agronegócio a uma gestão que permeie a sustentabilidade 
ecológica, econômica e social em suas operações, esta pesquisa tem por objetivo analisar, por meio de 
um estudo de caso, o contexto de transformação gerencial e operacional de uma fazenda de criação de 
gado em direção às práticas sustentáveis de manejo devido às pressões ambientais e sociais impostas a 
mesma. Os resultados da pesquisa revelam que a inovação e a incorporação de tecnologias 
possibilitaram a sobrevivência da Fazenda de modo sustentável em nível ambiental e social, inclusive, 
de forma colateral, auferindo novos benefícios financeiros à mesma. 
 
 
PALAVRAS CHAVE: agronegócio, bioenergia, biofertilizante, sustentabilidade 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
As organizações passam, no decorrer de sua história, por períodos de profundas mudanças e 
transformações, resultado de um mundo cada vez mais globalizado e competitivo. Tachizawa et alli 
(2006) apontam o termo mudança como “o resultado do ajustamento dos indivíduos e das 
organizações ao meio ambiente, onde tal processo se torna condição para a sobrevivência 
empresarial.” 
Crestana e Silva (2006) complementam este raciocínio dizendo que todos os seres vivos, 
sejam eles vertebrados, invertebrados, mamíferos, carnívoros, microorganismos ou bactérias, 
mostram, no decorrer da evolução das espécies, que desafios devem ser vencidos a fim de se buscar 
adaptação em ambientes que constantemente apresentam novos cenários. Tachizawa et alli (2006) 
fazem relação a este pensamento, quando dizem que as organizações, assim como os organismos, 
estão abertos a seu meio ambiente e devem interagir com ele caso queiram sobreviver. 
A principal transformação que deve ocorrer nas organizações do futuro é a capacidade de 
visualizar a importância de se preservar os recursos naturais, empregando práticas socioambientais 
responsáveis e novas tecnologias ecológicas. Dentre tantas revoluções tecnológicas, culturais, 
econômicas e sociais, a busca pelo desenvolvimento sustentável, apresenta-se como estímulo para um 
novo processo de evolução das empresas. 
Neste sentido, o presente artigo evidenciará o setor do Agrobusiness, que, no decorrer dos 
anos, vem aplicando os conceitos de sustentabilidade em suas operações. Para tanto, o trabalho 
discorrerá sobre o conceito de Agrobusiness e explanará algumas particularidades da produção 
agropecuária e, suportado por um estudo de caso na Fazenda Gramado, demonstrará como o uso de 
biogás e biofertilizantes levaram a fazenda para o caminho do desenvolvimento sustentável, sanando 
problemas ambientais e em contrapartida trazendo resultados financeiros. 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 Agronegócio 
 
 
Segundo Araújo (2007, p.9), o termo agricultura foi usado até bem recentemente para “entender a 
produção agropecuária em toda a sua extensão, ou seja, desde o abastecimento de insumos necessários 
à produção, até a industrialização e a distribuição dos produtos obtidos”. 
Com o passar do tempo, as relações ocorridas dentro e fora das fazendas tornaram-se 
abrangentes e complexas. A partir deste fato, evoluiu-se a um novo conceito para o termo agricultura, 
denominado Agrobusiness, definindo-o como: 
 
“o conjunto de todas as operações e transações envolvidas desde a fabricação dos insumos 
agropecuários, das operações de produção nas unidades agropecuárias, até o processamento e 
distribuição e consumo dos produtos agropecuários 'in natura' ou industrializados" (DAVIS e 
GOLDBERG, 1957). 
 
Desta forma, pode-se inferir que o conceito de agronegócio, adotado aqui como a tradução para 
Agrobusiness, abrange a soma de todas as operações de produção, movimentação, estocagem, 
transformação e comercialização de produtos e matérias primas oriundas do campo; procura abranger 
e mostrar por meio de uma visão sistêmica, todas as atividades econômicas relacionadas com o meio 
agrícola e com as empresas agro-alimentares. 
O agronegócio está fortemente ligado à base econômica nacional. O país passou por diversas fases 
de desenvolvimento com ciclos em que alguns produtos agrícolas se destacavam. O açúcar, o café e a 
borracha são produtos que auxiliaram a Nação na sua ocupação territorial e, também, na possibilidade 
de formação de um excedente que propiciou a raiz da nossa própria industrialização (MAPA, 2006). 
“Foi à extração de uma madeira, o pau-brasil que deu nome definitivo ao nosso país” (LOURENÇO e 
LIMA, 2009). 
 
“O Brasil se tornou um dos maiores e mais competitivos fornecedores de produtos do 
agronegócio como: carne bovina, carne de frango, carne suína, açúcar em bruto, açúcar 
refinado, álcool etílico, soja em grão, farelo de soja, óleo de soja, algodão, café em grãos, café 
solúvel, suco de laranja, couros, mel, celulose, madeira, papéis, sucos de frutos, etc. A pré-
disposição do Brasil para o agronegócio justifica-se pelo seu clima diversificado, chuvas 
regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o 
Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos 
quais 90 milhões ainda não foram explorados. Esses fatores fazem do país um lugar de 
vocação natural para a agropecuária e todos os negócios relacionados à suas cadeias 
produtivas” (MAPA, 2006, p 11). 
 
 
Para Rezende (1998, p.16), até o ano de 1929, o Brasil manteve um sistema totalmente 
agroexportador, que, em decorrência da Grande Depressão Americana, se viu falido no ano de 1930. 
Esta transformação no cenário internacional obrigou o governo a mudar sua postura econômica. 
Em1950, assumiu uma política com o ideal de modificar a especialização internacional do País, 
protegendo e estimulando a produção de veículos automotores, de materiais elétricos, mecânicos e de 
comunicações (VASCONCELLOS et alli, 2006, p.133). 
Porém, de acordo com Crestana e Silva (2006), a variável necessidade apresentou contornos bem 
diferentes, sobretudono ângulo demográfico. Com o crescimento da urbanização do país, mais de 70% 
da população vivia nas cidades e não produzia nenhum alimento, só os consumia. Esse fenômeno 
ocorreu no Brasil e em todo o resto do mundo, fazendo com que o país retomasse os incentivos à 
gestão e à inovação da agricultura, buscando maior produtividade e diferencial competitivo. 
Para Tachizawa et alli (2006, p.42-43), esse processo de mudança é construído a partir da 
observação e análise do funcionamento das empresas que estão operando no mercado, adotando uma 
visão sistêmica que permita vislumbrar os horizontes traçados pela organização. Cada negócio tem sua 
peculiaridade e seus próprios critérios, movidos pela concorrência e pelas exigências do mercado, 
devendo aprimorar e ajustar seus processos a fim de lutar pelo crescimento e pela sobrevivência num 
cenário cada vez mais competitivo. 
Verificando este arcabouço que envolve a gestão de negócios agrários alinhados a observação do 
macro e micro ambiente organizacional, o agronegócio passou e passa por um período de mudança 
econômica, cultural e administrativa, deixando de ser algo obsoleto, onde os agricultores mantinham 
seu foco nos eventos dentro das fazendas, para se tornar algo amplo e sofisticado extrapolando os 
limites das propriedades rurais para abranger uma gama de empresas que fazem parte de sua cadeia 
produtiva, formando o que se classifica como sistema agroindustrial. 
Essa necessidadede modernização se torna imprescindível diante de uma massa humana de 
aproximadamente 6,8 bilhões de pessoas que, dia após dia, aumentam sua demanda por energia e 
alimentos. Ademais, para Lourenço e Lima (2009), o agronegócio é responsável pela geração de U$ 
6,5 trilhões/ano no mundo, e no Brasil em torno de R$ 350 bilhões, ou 26% do PIB. 
Dentre os tantos ramos do agronegócio brasileiro, destaca-se a produção de gado bovino de corte, 
que para Martins-Costa (2006), é um importante segmento da economia brasileira; no Brasil, a cadeia 
de valor representa 18% de toda renda gerada no agrobusiness do país. Bánkuti e Souza Filho (2006) 
complementam que o sistema agroindustrial da carne bovina nacional possui muitos aspectos 
positivos, devido à elevada geração de renda, ao grande número de empregos e serviços gerados pelos 
sistemas produtivos, e, devido às somas de suas operações geram um montante de US$ 44 bilhões por 
ano. De acordo com o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o Brasil possui 
um rebanho bovino de 207.157.000 de cabeças, caracterizando o país como o maior produtor de carnes 
do mundo. 
 
 
2.2 – Inovação no Agronegócio 
 
 
Para Schumpeter ([1911]1961), o desenvolvimento econômico decorreria das inovações pelos 
donos do capital. Essas inovações podem tratar-se tanto da criação de novos produtos quanto da 
introdução de novos métodos de produção, da abertura de um novo mercado, da conquista de uma 
nova fonte de matérias-primas, ou ainda da criação de uma nova forma de organização do setor. Esse 
processo de substituição do “velho” pelo “novo” é conhecido como processo de “destruição criadora”. 
De acordo com De Castro e Pedroso (2005), na agricultura, a necessidade de inovação para o 
desenvolvimento econômico da mesma resultou na mudança do modelo importador de tecnologias 
primárias que, há cerca de três décadas, era voltado à massificação do emprego de tecnologias geradas 
em condições totalmente diferentes para um modelo mais adequado às necessidades locais, o que 
provocou uma excepcional evolução na pesquisa agrícola e florestal brasileira. 
Jansen e Vellema (2004, p.09) discorrem que as organizações que operam no agronegócio 
agora dependem da criação de produtos e processos inovadores, em face de tentar superar as maiores 
dificuldades enfrentadas pelo “sound” ambientalista em torno de padrões direcionados à agricultura 
orgânica ou à agricultura “agro-ecológica”. Para elas responderem as tendências ambientalistas na 
defesa da inovação biotecnológica, “significa orientar seus produtos ao argumento de um impacto, 
supostamente, considerável, direcionando-os aos “environmentally-friendly” (defensores do ambiente 
– tradução nossa). De outra forma, as novas tecnologias, ou a combinação de tecnologias, resultam em 
novas trajetórias tecnológicas e são centrais para a mudança na direção de uma agricultura sustentável 
direcionada às novas tendências e exigências ambientalistas” (JANSEN E VELLEMA, 2004, p.11). 
Em outras palavras, existe agora uma pressão econômica, social e institucional sobre o 
agronegócio oriunda de várias direções. Por um lado, uma pressão de eficiência e eficácia produtiva e 
econômica no sentido de se produzir cada vez mais com menos, uma vez que a população mundial 
aumenta vertiginosamente (no início do sec. XX éramos 1bilhão de habitantes no planeta Terra; agora, 
no início do sec. XXI somos 6,8 bilhões, ou seja, em 100 anos um crescimento de 6,8 vezes na 
população mundial). Por outro lado, uma pressão institucional oriunda de organizações estatais, ou 
não, na defesa da preservação do meio-ambiente, exatamente a fim de que a natureza possa 
permanecer preservada e continuar a fornecer subsídios para a produção continua de alimentos para 
esta crescente população. 
Na mesma direção, Zuin e Queiroz (2006) ressaltam que, ao mesmo tempo em que são 
desenvolvidas novas técnicas produtivas e há demanda crescente por produtos agrícolas, surgem 
grandes desafios, que é o de produzir mais alimentos e o de instituir técnicas menos predatórias ao 
meio ambiente. 
Segundo Gonçalves (2008) produzir em larga escala de forma sustentável era algo considerado 
improvável para o agronegócio, porém, por meio de estudos e de pesquisas, principalmente no campo 
da energia e da genética, essa prática se tornou possível e faz parte da realidade de um grupo, ainda 
que restrito, de empresas brasileiras. Contudo, o autor retalia que seria ingênuo imaginar que as 
organizações adotam práticas mais responsáveis por simpatizar com a causa verde ou com as questões 
sociais. A opção foi resultado não só da percepção da necessidade do uso de recursos naturais para a 
sobrevivência do negócio, mas também das dinâmicas apresentadas pelo mercado. Alguns setores, 
como é o caso dos frigoríficos, são constantemente cobrados principalmente pelo mercado externo 
sobre a busca de certificações ambientais; um exemplo de certificado é o Globalgap, que, além da 
imagem, é um ótimo cartão de visitas para quem quer expandir seus negócios no exterior. 
 
 
2.3 – Sustentabilidade 
 
 
“As crescentes dúvidas em relação ao futuro do meio ambiente são uma das várias conseqüências 
das transformações que marcaram a segunda metade do século XX” (BELLEN, 2005, p.13). 
Moldan e Bilharz (1997) dizem que todo o “supersistema” da atual “tecnosfera” é criticamente 
tão dependente de recursos naturais quanto a mais primitiva civilização da Idade da Pedra. Esta linha 
de dependência ambiental identificada no passado, no presente e no futuro da humanidade, instaurou 
no seio da sociedade o conceito de sustentabilidade. 
O desenvolvimento sustentável provém de uma profunda reavaliação crítica da interação entre 
homem e o meio ambiente. Segundo o Relatório de Brundtland, “sustentabilidade é o emprego de 
tecnologia e de organização social, atendendo a necessidade das gerações presentes sem comprometer 
a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (BELLEN, 2005, p.23-
24). 
O desenvolvimento sustentável não é apenas um movimento de ecologistas e ambientalistas, 
mas sim uma atitude administrativa que pode resultar em ganho financeiro para as empresas. Validar 
sistemas ambientalmente e socialmente corretos, além de economicamente viáveis, passa a ser o foco 
das organizações para que respondam uma pressão da sociedade por modelos de produção de 
alimentos sustentáveis. 
Giordano (2003, p. 317) coloca a abrangência dessa visão: 
 
“O mais interessante de tudo é que não se abordará apenas produtos, mas sistemas 
de produção ambientalmente corretos. Tratar-se-á de outro fenômeno ocorrido nos últimos 
dez anos que foi a transição do foco apenas no meio ambiente para um foco mais abrangente, 
mais subjetivo e mais complicado, do qual o meio ambiente faz parte, chamado 
sustentabilidade. Para muitos consumidores não basta apenas o produto ser “verde”. O modo 
de produção deve ser sustentável”. 
 
Para Charter et alli (2002), a sustentabilidade compreende três componentes que são: o 
ambiente, o desenvolvimento econômico e a distribuição eqüitativa de recursos para todos. 
Por fim, Valdez et alli, (2004) explica que: a) Desenvolvimento Sustentável é “a melhoria da 
qualidade de vida da humanidade respeitando a capacidade de suporte (sustentabilidade) dos 
ecossistemas"; b) A Economia Sustentável é “o produto do desenvolvimento sustentável com a 
manutenção da base de produção de recursos naturais"; e c) A Sociedade Sustentável é “Aquela que 
poderia continuar a se desenvolver adaptando e aumentando conhecimento, organização, eficiência 
técnica e Sabedoria”. 
 
 
3 – ESTRATÉGIA E PROCEDIMENTOS DE PESQUISA 
 
 
Esse estudo enquadra-se sob uma Epistemologia Qualitativa de Pesquisa (Grix, 2002), que 
possui o objetivo de uma generalização analítica e não estatística (Marietto, 2009) suportando-se na 
Estratégia dePesquisa de Estudo de Caso (YIN, 2001; MERRIAM, 1998). 
Utilizou-se como procedimento de coleta de dados entrevistas abertas e em profundidade 
(PERÄKYLÄ, 2005) junto aos gerentes e gestores da Fazenda Gramado. A relevância deste método 
suporta-se pelos dizeres de Peräkylä (2005, p.869): 
 
“Pelo uso da entrevista o pesquisador pode atingir áreas de realidade que de outra 
maneira permaneceriam inacessíveis, assim como, as experiências e atitudes das pessoas. A 
entrevista mostra-se conveniente para encurtar as distâncias no espaço e no tempo; eventos 
passados ou experiências distantes podem ser estudados pela entrevista de pessoas que 
fizeram parte do contexto”. 
 
Após a transcrição das entrevistas, procurou-se construir um texto de referência com os fatos 
julgados relevantes para os autores para que, posteriormente, se realizasse a análise dos dados à luz 
das teorias propostas. A necessidade de construção do texto de referência nos moldes de Bardin (1979) 
fez-se necessária devido à restrição de espaço aqui imposta, uma vez que não pudemos transcrevê-las 
em seu total conteúdo, o que, possivelmente, nos levaria a outra técnica de análise, provavelmente, 
análise de discurso (Heracleous e Hendry, 2000) e análise de narrativa (CHASE, 2005); contudo, isso 
necessariamente, não implicaria em resultados diferentes aos encontrados nesta pesquisa. 
Ainda assim, a justificativa e a confiabilidade desta técnica ancora-se na explicação de Bardin 
(1979, p.45), que define a análise documental (nesta pesquisa o texto de referência torna-se o 
documento a ser analisado) como: 
 
“Um conjunto de operações visando representar o conteúdo de um documento sob 
uma forma diferente da original e seu objetivo, ao tratar a informação contida nos 
documentos, é dar forma conveniente e representar de outro modo essa informação, por 
intermédio de procedimentos de transformação. O propósito é atingir um armazenamento de 
uma forma variável e facilitar o acesso ao observador de modo que se obtenha o máximo de 
informação dentro do aspecto qualitativo, com o máximo de pertinência no aspecto 
quantitativo”. 
 
 
Em outras palavras, para a autora, não se trata de atravessar os significantes para atingir 
significados, como se faz na leitura normal, mas, por meio dos significantes e dos significados 
(manejados), buscarem-se diferentes significados de natureza psicológica, sociológica, política, 
histórica, e contextual entre outros. 
 
 
4 – DESCRIÇÃO DO CASO (Texto de Referência) 
 
 
A Fazenda Gramado localiza-se na cidade de Porto Feliz, no Bairro Tabarro, a 
aproximadamente 115 quilômetros de São Paulo; faz parte do Grupo M&M Empreendimentos e tem 
como principal atividade a pecuária de corte. A propriedade é composta por uma área de 70 alqueires, 
que é dividida entre o cultivo de milho e a criação de um plantel de 3.000 cabeças de boi. 
Os bois da Fazenda Gramado são criados em confinamento, que se caracteriza como um 
sistema onde os animais são colocados em piquetes ou currais de engorda com área que restringe a 
locomoção dos mesmos, e onde os alimentos são fornecidos de forma controlada nos cochos. Em 
entrevista realizada com o Administrador da propriedade Gesildo Guimarães, este relatou que optar 
por este método de produção apresentou-se interessante, visto que, dessa forma, era possível não só 
controlar e conseguir uma melhor qualidade da carne, mas também ter um retorno financeiro mais 
rápido. 
Além do mercado interno, há quatro anos, a Fazenda tem negócios no exterior, onde 
conseguiu tal espaço graças à produção e à exportação de carnes nobres. O Grupo M&M atingiu este 
objetivo investindo na qualidade e na inovação do produto, por meio do melhoramento genético das 
raças, do fornecimento de ração balanceada e do rastreamento de todo o gado da propriedade. A 
Gramado alcançou o que se chama de “carne marmorizada”, que é mais macia e saborosa graças a 
pequenos filetes de gordura que a compõe. Este tipo de carne é premiado e chega a valorizar a arroba 
do boi em até quinze reais, ou seja, se o preço do dia é de R$ 75,00 a arroba, a carne da Fazenda 
Gramado pode valer até R$ 90,00. 
O Grupo incorporou em sua estrutura de trabalho os conhecimentos de finanças, recursos 
humanos, marketing e gestão empresarial, diversificando as profissões da “roça”, que, no passado, 
resumiam-se apenas aos cursos de agronomia e veterinária. 
Para dar andamento ao negócio, a Fazenda conta com a colaboração de 15 funcionários, que se 
dividem nas tarefas de: gerência, supervisão, cuidados sanitários e veterinários do rebanho, trato, 
fabricação de ração, serviços gerais e manutenção. 
Com a criação de gado em confinamento, o volume de resíduos gerados pelos bois (fezes e 
urina) ficam acumulados no curral, necessitando a constante limpeza, para manter a higiene e a saúde 
dos animais. Ocorre que, na Fazenda Gramado, os 3.000 bois geram aproximadamente 40 toneladas de 
resíduos por dia; dividindo este montante pelo tamanho do rebanho, chega-se a uma produção diária 
de 13 a 14 quilos por animal. 
Dar destino correto para essa soma de dejetos era um problema para a Fazenda. Vale ressaltar 
ainda que a propriedade localiza-se na bacia hidrográfica do Córrego Gramado, afluente do Ribeirão 
Avecuia, o principal manancial de água da cidade de Porto Feliz; dessa forma, o mau tratamento do 
esterco gerado pelos bovinos pode não só contaminar o ribeirão e prejudicar o abastecimento de água 
do município, bem como provocar danos para a fauna e a flora local. 
Outra agravante era a forte pressão que a comunidade, clientes e autoridades exerciam sobre 
os proprietários da fazenda. Os moradores vizinhos se incomodavam com a quantidade de resíduos 
gerados, e exigiam, perante os órgãos competentes, que obrigassem a Fazenda a resolver o problema, a 
fim de se evitarem prejuízos ambientais. De outro lado, clientes importantes passaram a valorizar o 
manejo responsável dos resíduos, fazendo desta prática uma forma da Fazenda Gramado desenvolver e 
conquistar potenciais compradores para sua carne. 
A primeira opção encontrada foi utilizar todo esse resíduo como esterco, que era posto no solo 
e servia de fertilizante para a plantação de milho. Porém, como o esterco era posto sem tratamento 
algum, toda vez que chovia forte, a água arrastava os resíduos que estavam presentes no solo e, 
consequentemente, contaminavam tanques e córregos próximos da propriedade. 
Neste sentido, a Fazenda percebeu a necessidade de buscar novos métodos para tratar os seus 
resíduos, pois jogar o esterco in-natura no solo não resolvia o seu problema; então opção encontrada 
foi à construção de um biodigestor para a produção de biofertilizante e biogás. 
Biodigestor basicamente é uma câmara fechada na qual uma biomassa (em geral detritos de 
animais) é fermentada anaerobicamente, isto é, sem a presença de ar. Como resultado desta 
fermentação ocorre à liberação de biogás e a produção de biofertilizante. Cabe explicar que tal 
aparelho não produz o biogás, apenas fornece condições para que as bactérias metanogênicas 
degradem o material orgânico, com a conseqüente liberação do gás metano. 
Após definido o plano de ação, o próximo passo foi à concepção do projeto e a construção do 
biodigestor. Esse aparelho é composto basicamente por duas partes: um recipiente (tanque) para 
abrigar e permitir a digestão da biomassa; e o gasômetro (campânula), para armazenar o biogás. 
No início, o biodigestor não tratava todo o montante de dejetos gerados na fazenda e foi 
instalado de forma experimental, a fim de se avaliar os resultados tanto ambientais como econômicos 
do projeto. 
Hoje, com capacidade de funcionamento ampliada, o biodigestor da Fazenda Gramado recebe 
e trata as 40 toneladas de resíduos orgânicos produzidos por seus 3.000 bois, que chegam até o 
equipamento por meio de canaletas que o interligamaté os galpões do confinamento. O biogás e o 
biofertilizante gerados pelo aparelho são utilizados da seguinte forma: a) O biogás alimenta o 
funcionamento de um motor, que por sua vez aciona uma turbina, assim, produzindo energia elétrica. 
Essa energia é utilizada para manter a infraestrutura da propriedade, que compreende residências, 
máquinas, currais, balança e a fábrica de ração. Já o biofertilizante é utilizado no cultivo do milho que, 
posteriormente, é empregado na alimentação do rebanho; e b) Com a utilização da bioenergia, a 
Fazenda economiza e deixa de retirar da natureza uma média de 20.000 kWh mês, que representava 
um custo aproximado de R$4.000,00. Empregando o biofertilizante, ela conseguiu reduzir em até 60% 
o uso de adubos químicos, barateando o custo de produção do milho, diminuindo o grau de 
intoxicação do solo e concomitantemente diminuindo o valor gasto com a alimentação dos bois, 
garantindo maior lucro por arroba vendida. 
Mostra-se interessante destacar que, em um dos dias em que foi realizada a pesquisa, havia 
chegado à Fazenda uma máquina importada da Itália, que, segundo o administrador da propriedade, 
aumentará a eficiência do biodigestor no tratamento dos resíduos e na geração de biogás. Outro mais, 
ele relatou que o proprietário pretende conseguir certificações e negociar créditos de carbono. 
 
 
5 – ANÁLISE DOS DADOS 
 
 
A Fazenda Gramado enquadra-se no conceito de Agrobusiness exposto por Davis e Goldberg 
(1957), sendo que seus 3.000 bois ajudam a compor o rebanho bovino brasileiro exposto pelo MAPA 
(2010), o que inclui o Grupo M&M na cadeia de valor do sistema agroindustrial da carne, sistema esse 
mencionado por Martins-Costa (2006) e Bánkuti e Souza Filho (2006). 
No intuito de expandir seus mercados e alcançar diferencial competitivo, a Fazenda investe na 
inovação de seus produtos e processos, ; desta forma, procura atender as diferentes exigências 
apresentadas pelos consumidores. Tal fato comprava-se por sua produção de carnes nobres, a famosa 
“carne marmorizada”, bem aceita e valorizada no mercado; além do mais, a propriedade se 
modernizou no decorrer dos anos. Suas instalações, aparentemente, são modernas e bem planejadas, o 
que torna a tecnologia, a pesquisa e o desenvolvimento parte integrante no processo produtivo da 
Fazenda Gramado. Essa necessidade de inovação para o desenvolvimento econômico alinha-se com os 
pressupostos de Schumpeter ([1911]1961) e De Castro e Pedroso (2005). 
Porém, a crescente produção de carne na Fazenda Gramado esbarrou na questão do aumento 
do potencial produtivo, com a necessidade da busca de técnicas menos predatórias ao meio ambiente 
(ZUIN e QUEIROZ, 2006, p.6; TACHIZAWA, et alli, 2006) 
A mesma sociedade que exige qualidade nos produtos, também cobra o uso racional dos 
recursos naturais, bem como a execução de uma gestão ambiental eficiente (JANSEN e VELLEMA, 
2004). O estudo mostra que para a Fazenda Gramado atender de modo satisfatório seus clientes, 
fornecedores, comunidade local e parceiros, mais do que qualidade no produto, era preciso que a 
organização demonstrasse interesse pelas causas ambientais e sustentáveis. Ao se debruçar sobre a 
literatura acadêmica, nota-se que Jansen e Vellema (2004) e Tachizawa et alli (2006) já observavam a 
atenção dos empresários e dos grupos ambientalistas para investirem no conceito de “environmentally-
friendly” e “empresa verde” como forma de transpor as exigências e a pressão do mercado econômico 
e social. 
Ao buscar alternativas para solucionar seu problema, que se caracterizava na criação de um 
manejo adequado para os resíduos gerados por seus bois, os quais ameaçavam poluir a fauna e flora 
local, o Grupo M&M passou por períodos de testes até que um modelo ideal fosse desenvolvido e 
implantado na Fazenda Gramado. A opção foi a construção de um biodigestor, que recebe e trata os 
detritos dos animais, produzindo biogás e biofertilizante, que posteriormente transformam-se em 
bionergia e adubo orgânico. Isso faz com que a propriedade se enquadre na fala de Gonçalves (2008), 
usufruindo-se de pesquisas e tecnologias, principalmente no ramo da energia, para produzir em larga 
escala e de forma sustentável. 
A construção do biodigestor não só sanou apenas problemas ambientais, mas também 
alcançou resultados financeiros positivos: a) A possibilidade do desenvolvimento de novos clientes, 
graças à gestão correta dos resíduos; b) A geração de bionergia que representou a economia de 
R$4.000,00 por mês; e c) o uso do biofertilizante que ocasionou numa redução de custo no plantio do 
milho. Esses foram os pontos elencados pelo estudo para mostrar que a mudança de atitude da 
propriedade não foi meramente por simpatizar-se com a causa verde, mais sim uma opção de negócio 
atraente. Essa ocorrência vai de encontro ao alavancado por Gonçalves (2008), como sendo uma opção 
para as empresas sobreviverem e auferirem mais lucros. 
No estudo, os resíduos que tanto preocupavam a Fazenda Gramado acabaram se 
transformando em insumos utilizados no processo produtivo. Adotando estas medidas, pode-se inferir 
que se fecha um ciclo sustentável (BELLEN, 2005; VALDEz et alli, 2004; GIORDANO, 2003; 
CHARTER et alli, 2002; MOLDAN e BILHARZ, 1997), onde todos os meios empregados na 
produção são utilizados de forma responsável, diminuindo os impactos ambientais, trazendo 
crescimento econômico e preservando os recursos naturais: 
 
 
Ciclo sustentável traçado pelo Grupo M&M e implantado na Fazenda Gramado. 
 
 Figura 1 
 
O fluxograma acima evidencia o ciclo sustentável na Fazenda Gramado. Tal esquema 
funciona da seguinte maneira: a) em primeiro lugar, surge a fazenda como locus de suporte a toda a 
infraestrutura produtiva; b) depois, há o milho que é cultivado nas terras da fazenda que transforma-se 
em ração; c) a ração é fabricada e dada nos cochos do confinamento para os bois; d) os bois comem a 
ração e , com isso,geram resíduos; e) esses resíduos são coletados e tratados no biodigestor; f) ao tratar 
os resíduos o biodigestor gera bionergia e biofertilizantes; g) a energia gerada retorna à fazenda e 
mantém toda a infraestrutura do local; já o biofertilizante retorna ao solo e serve de adubo para o 
milho; dessa forma iniciando-se um novo ciclo. 
Percebe-se que a Fazenda Gramado inovou seu processo produtivo, reduzindo a perda de 
insumos, pois quase tudo é reaproveitado de forma a agregar valor a sua mercadoria e a sua imagem. 
Contudo, seria audacioso dizer que a propriedade está em total consonância com as causas ambientais, 
uma vez que sempre existe a possibilidade para as empresas buscarem melhorias contínuas em sua 
estrutura organizacional. O que mais chama a atenção é que o Grupo M&M, representado pela 
Fazenda Gramado, busca, com o apoio da pesquisa e da tecnologia, traçar os caminhos rumo a uma 
agricultura moderna e sustentável, que traga resultados sociais, econômicos e ambientais satisfatórios. 
 
 
6 - CONCLUSÃO 
 
 
O Grupo M&M, ao longo do tempo, desenvolveu métodos mais vantajosos de produção, 
investiu na infraestrutura da Fazenda Gramado e apostou em um produto nobre e de qualidade (carne 
marmorizada) para ganhar mercado e destaque competitivo. 
Porém, mais que qualidade em seu produto, a Fazenda teve a sensibilidade de perceber a 
necessidade e a exigência de se investir em práticas sustentáveis. Necessidade, pois, preservar os 
recursos naturais é condição essencial para o futuro das organizações e da própria humanidade; e 
exigência, diante uma sociedade cada vez mais preocupada com as causas socioambientais. Tomar 
uma postura responsável faz com que a empresa melhore sua imagem e esteja em consonância com as 
determinações legais e sociais. 
Diante das dificuldades do negócio, que no caso da Fazenda Gramado era a gestão correta dos 
resíduos gerados por seus bois, ela buscou, por meio da observaçãodo mercado e da aprendizagem, 
fazer com que todos os envolvidos no processo produtivo usufruíssem da inovação e da criatividade 
em seu processo produtivo, a fim de conduzir a empresa a superar e a enfrentar os desafios que 
poderiam ocasionar um retrocesso em sua produção. 
Com a utilização de conhecimentos acumulados sobre a execução de tarefas – know-how – e 
pelas suas manifestações físicas, como máquinas e equipamentos, e a incorporação de novas 
tecnologias pode-se inferir que a Fazenda Gramado não só superou suas barreiras, como também 
alcançou resultados ambientais e financeiros positivos. Entendam-se como resultados ambientais o 
fato de a fazenda deixar de poluir os ribeirões da região, diminuir o uso de adubos químicos (que foi 
substituído pelo biofertilizante) e produzir bionergia. Já os resultados financeiros ficam evidentes 
quando a fazenda passa a economizar e a produzir sua própria energia, o que representa uma economia 
de R$ 4.000,00 por mês, além da redução em 60% no uso de adubos químicos, o que, 
concomitantemente, reduziu o custo na produção de milho; tudo isso trouxe a possível abertura de 
novos mercados graças à propriedade demonstrar interesse pelo desenvolvimento sustentável. 
O estudo de caso realizado na Fazenda Gramado mostrou ser possível aplicar práticas 
responsáveis no campo: a construção de um biodigestor, gerando biofertilizantes e bioenergia, foi o 
início das atitudes tomadas pela organização rumo à sustentabilidade. 
 
 
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ARAÚJO, M. A. Fundamentos de Agronegócios. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
BÁNKUTI, F. I. SOUZA FILHO, H. M. A informalidade em sistemas agroindustriais: os casos 
dos sistemas agroindustriais da carne bovina e do leite. In: ZUIN, L. F. S. QUEIROZ, T. R. 
Agronegócios, Gestão e Inovação. São Paulo: Saraiva, 2006. p.59-87. 
 
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979. 
 
BELLEN, H. M. V. Indicadores de Sustentabilidade: uma análise comparativa. Rio de Janeiro: 
FGV, 2005. 
 
CHARTER, M. PEATTIE, K. OTTMAN, J. POLONSKY, M. J. Marketing and sustainability. UK: 
Centre for Business Relationships, Accountability, Sustainability and Society (BRASS), 2002. 
 
CHASE, S. E. Narrative inquiry: Multiple lenses, approaches, voices. In: DENZIN, N. K. 
LINCOLN, Y. S. The Sage handbook of qualitative research. Thousand Oaks: Sage Publications, 
2005. 
 
CRESTANA, S. SILVA, R. C. Uma possível história da Inovação e Gestão do Agronegócio no 
Brasil. In: ZUIN, L. F. S. QUEIROZ, T. R. Agronegócios, Gestão e Inovação. São Paulo: Saraiva, 
2006. 
 
DAVIS, J. H. GOLDBERG, R. A. A Concept of Agribusiness. Cambridge: Harvard University Press, 
1957. 
 
GIORDANO. S. Marketing e Meio Ambiente. In: NEVES, M. F. CASTRO, L. T. Marketing e 
Estratégia em Agronegócios e Desenvolvimento. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
GONÇALVES, J. A. Os bons exemplos que vem do campo. In. REVISTA EXAME. Agronegócio. 
Anuário 2008-2009. p. 54-57. 
 
GRIX, J. Introducing Students to the Generic Terminology of Social Research. Oxford: Political 
Studies Association, v.22, n.3, 2002. 
 
HERACLEOUS, L. HENDRY, J. Discourse and the study of organization: Toward a 
structurational perspective. Human Relations, v.53, n.10, 2000. 
 
JANSEN, K. VELLEMA, S. Agribusiness and society: Corporate responses to environmentalism, 
market opportunities and public regulation. London: Zed Books Ltd, 2004 
 
LOURENÇO, C. L. LIMA, C. E. B. Evolução do agronegócio brasileiro, desafios e perspectivas. 
Observatorio de la Economía Latinoamericana, n.118, 2009. 
 
MARIETTO, M. L. Ontological and Epistemological Assumptions for Ethnography in S-as-P 
Studies. Chicago: Academy of Management, 2009. 
 
MARTINS-COSTA, T. V. A. O papel da pecuária bovina de corte no Brasil e suas contribuições 
para o efeito estufa. XLIV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2006. 
Disponível em: <http://www.sober.com.br>. Acesso em: 10 jul. 2010. 
 
MERRIAM, S. B. Qualitative Research and Case Study Applications in Education. São Francisco, 
CA: Jossey-Bass Publishers, 1998. 
 
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Intercâmbio 
Comercial do Agronegócio: trinta principais parceiros comerciais. Disponível em: 
<http://www.agricultura.gov.br>. Acesso em: 5 jun. 2010. 
 
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Projeções do 
Agronegócio. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br>. Acesso em: 5 jun. 2010. 
 
MOLDAN, B. BILHARZ, S. Sustainability Indicators. New York: John Wiley and Sons, 1997. 
 
PERÄKYLÄ, A. Analyzing Talk and Text. In: DENZIN, N.K.; LINCON, Y. S. The handbook of 
qualitative research. 3.ed. Thousand Oaks: Sage Publications Inc., 2005. 
 
REZENDE, C. Economia brasileira contemporânea: São Paulo: Contexto, 1998. 
 
SCHUMPETER, J. A. Teoría del desenvolvimiento económico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura 
SA, 1961. 
 
TACHIZAWA, T. CRUZ JUNIOR, J. B. ROCHA, J. A. O. Gestão de Negócios. Visões e Dimensões 
Empresariais da Organização. São Paulo: Atlas 2006. 
 
VALDES, A. WAGNER, E. MARZALL, I. SIMAS, J. MORELLI, J. PEREIRA, L. AZEVEDO, L. G. 
T. Impactos e Externalidades Sociais da Irrigação no Semi-árido Brasileiro. 1.ed. Brasília: Banco 
Mundial, 2004. 
 
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 
 
ZUIN, L. F. S; QUEIROZ, T. R. Gestão e Inovação nos Agronegócios. In: Agronegócios, Gestão e 
Inovação. São Paulo: Saraiva, 2006. p.3-18.

Continue navegando