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Bases Tecnica Cirurgica 02

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Noções básicas de cirurgia asséptica BTC – Aula 02 
 
Renan Cabral Mota – Medicina 2010.1 - UFPB 1 
 
 
CONCEITOS 
 
• Relação simbiótica e saprofítica: microrganismos presentes sem dano 
tecidual, podendo em determinadas situações ajudar nas funções 
fisiológicas. ( Ex: E. coli no intestino grosso ) ( situação de equilíbrio ) 
 
• Relação parasitária: Microrganismos produzem dano tecidual, podendo 
ate evoluir para o óbito. Conceito de infecção. ( Ex: E. coli no trato urinário ) 
( situação de desequilíbrio ) 
 
• Patogenicidade: Capacidade do microrganismo provocar dano tecidual 
local. Quanto maior a patogenicidade, maior o dano causado. 
 
• Contaminação: 
 
- Extrínseca: Vem do meio ambiente para o organismo. (Ex: transmissão da 
gripe pelas gotículas de saliva. Pode ser: direta ( hospedeiro para 
hospedeiro / fluido para hospedeiro ) ou indireta ( através de veículos ou 
vetores – flores para cirurgias ). 
 
- Intrínseca: Vem de dentro do próprio organismo ( Ex: E. coli ) 
 
• Assepsia: Toda medida para manter o paciente e o ambiente cirúrgico 
livres de germes. Os germes que existiam já foram previamente destruídos. 
( ambiente, equipe médica e paciente ) 
 
• Anti-sepsia: Medidas adotadas para destruir ou inativar os germes 
presentes em matéria viva, através do uso de substâncias: anti-sépticos 
aplicados na superfície cutânea. 
 
• Degermação: Toda medida adotada com a finalidade de diminuir a 
população de germes da superfície cutânea, tratando-se de um ato 
mecânico. ( Ex: Banho ) 
 
• Desinfecção: medidas adotadas para destruir ou inativar os germes 
presente em matéria não-viva, através do uso de substâncias: 
desinfetantes aplicados no material inerte. 
 
• Sanificação: Medidas adotadas com o fim de diminuir a população de 
germes do material inerte. ( Ex: limpeza com sabão ) 
 
 Noções básicas de cirurgia asséptica BTC – Aula 02 
 
Renan Cabral Mota – Medicina 2010.1 - UFPB 2 
 
 
• Esterilização: Todas as medidas adotadas para exterminar todos os tipos 
de germes do material ou instrumental cirúrgico. 
 
• Desinfestação: Utilização de venenos para combater formasde vida 
maiores do ambiente cirúrgico. ( Ex: formigas, ratos e moscas ) 
 
 
ASSEPSIA 
 
 
I. Paciente: 
 
• Banho: deve ser realizado na noite anterior ou 2h antes da cirurgia, 
devido a maior taxa de crescimento de germes entre 30 e 90min. 
• Roupas: Deve-se permitir apenas a roupa fornecida pelo hospital no 
centro cirúrgico. 
• Tricotomia: Deve ser realizada imediatamente antes da cirurgia e com 
lâminas descartáveis. Realizada no centro cirúrgico e não em casa. 
• Degermação e anti-sepsia: Deve ser realizada logo após a tricotomia, 
com sabão ou detergentes, por, pelo menos, 10 minutos. 
 
 
II. Equipe cirúrgica: 
 
• Roupas: Toda equipe deve usar roupas esterilizadas fornecidas pelo 
hospital para entrar no centro cirúrgico. 
• Gorros, Máscaras e Propés: máscaras de algodão, poliéster ou 
propileno, descartáveis, fornecem até 97,3% de proteção. 
• Aventais e luvas: Devem ser utilizados após as manobras de anti-
sepsia por toda a equipe. 
 
 
III. Ambiente: 
 
• Rotina de desinfecção: Podem ocorrer desinfecções extraordinárias no 
caso de cirurgias onde secreções contaminem a sala de cirurgia. 
• Rotina de procedimentos de manutenção 
• Monitoração da comissão de controle de Infecção hospitalar 
 
 
 
 Noções básicas de cirurgia asséptica BTC – Aula 02 
 
Renan Cabral Mota – Medicina 2010.1 - UFPB 3 
 
 
AGENTES QUÍMICOS 
 
 
• Álcool Etílico (70-90%) : Ação bactericida imediata, porém fugaz. Age 
por desnaturação de proteínas. Seu efeito dura por até 3h, sendo por 
isso considerado fugaz. (Obs: 100% não é considerado antisséptico) 
 
• Álcool iodado: Composto por iodeto de potássio a 1% + álcool a 70%. 
Possui efeito imediato e prolongado, bactericida e fungicida. Porém, por 
ser altamente irritante, não deve ser aplicado em áreas cruentas. 
 
• Iodóforos: Compostos por iodete de potássio a !% + polivinilpirrolidona 
a 10% (PVP-I). Bactericida, libera o iodeto lentamente, tendo por isso 
um bom efeito residual (8 a 10h). Costuma levar cerca de 2min para 
agir. 
 
• PVP- I tópico: Possui base aquosa, sendo por isso utilizado em 
mucosas, curativos, ferimentos superficiais e pequenas queimaduras. ( 
áreas cruentas em geral ) 
 
• PVP- I degermante: Consiste numa solução com base detergente para 
uso pré-operatório no campo e equipe ou ao redor das feridas, sendo 
apenas utilizado em pele íntegra. 
 
• PVP- I tintura: Possui base alcoólica, sendo utilizado no campo 
operatório após a degermação. Cria uma película protetora. ( Bastante 
utilizado em cirurgias abdominais ) 
 
• Clorexidina: Tem excelente ação antiséptica, atua rompendo a 
membrana celular dos microrganismos, precipitando seu conteúdo. 
Inicia-se a ação 15 segundos após sua aplicação e tem efeito residual 
de 6horas, baixa toxicidade, porém causa irritação em olhos e ouvidos. 
Pode ser encontrada em duas formas: aquosa a 4% ou alcoólica a 70%. 
 
 
 
 
 
 
 Noções básicas de cirurgia asséptica BTC – Aula 02 
 
Renan Cabral Mota – Medicina 2010.1 - UFPB 4 
 
 
AGENTES GASOSOS 
 
 
• Óxido de etileno: É um gás altamente explosivo, portanto deve ser 
manuseado com cuidado. Tem excelente poder de esterilização, com 
período médio do processo de duas horas e meia. Muito utilizado pela 
indústria por possuir um longo período de duração. 
 
• Óxido de propileno: É menos explosivo que o óxido de etileno, porém 
menos eficiente, tendo uma volatilização mais rápida. 
 
AGENTE FÍSICO 
 
 
• Autoclave: o mecanismo de ação é composto por 3 tempos: 
penetração, manutenção e segurança (secagem). Temperaturas de 132 
ou 121 graus. É utilizado para instrumental cirúrgico, porém o material 
precisa ser previamente lavado antes do processo.

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