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MACROLÍDEOS Nome Nome Comercial Via de administração Espectro de ação Mecanismo de ação Barreira hemato-cefálica Efeitos Colaterais Eritromicina Ilosone® Eritrex® VO Bactérias intracelulares Mycoplasma, Legionella, Chlamydia trachomatis, C. Psittaci, C. Pneumoniae, Heliobacter, Listeria e certas micobacterias (Mycobasterium kansasii, Mycobacterium scrofulaceum) (atípicas) Gram (+): pneumococos, estreptococos, estafilococos e corinebactérias. Gram (-): Neisseria, Bosdetella henselae e B quintana, riquetsias, Treponema pallidum, espécies de Campylobacter. Haemophilus influenzae é ligeiramente sensível. (comunitários) Bacteriostática Inibição da síntese protéica (fixação no receptor ribossômico) Não Náuseas e vômitos Distensão abdominal Hepatotoxicidade Pancreatite aguda Icterícia colestática Ototoxicidade Espiramicina Rovamicina® VO Opção p/ tratamento de toxoplasmose aguda Bacteriostática Inibição da síntese protéica (fixação no receptor ribossômico) Não Hipersensibilidade Claritromicina Klaricid® VO/EV Bactérias intracelulares Mycobacterium leprae e Toxoplasma gondii (atípicas) [idêntico a eritromicina] Gram + e – (comunitários) Micobactérias não tuberculosas Bacteriostática Inibição da síntese protéica (fixação no receptor ribossômico) Não Náuseas e vômitos Distensão abdominal Hepatotoxicidade Ototoxicidade Azitromicina Zitromax® VO/EV Bactérias intracelulares (atípicas) Gram + e – (comunitários) Bacteriostática Inibição da síntese protéica (fixação no receptor ribossômico) Não Náuseas e vômitos Diarréia � Texto complementar Macrolídeos: Eritromicina, Espiramicina, Claritromicina e Azitromicina. Eritromicina como todos os macrolídeos, tem ação bacteriostática. Também apresenta ação contra espiroquetas (treponemas e leptospiras), ricketsia, campilobacter, micoplasma, ureaplasma (uretrites), legionela, clamidia, gardnerela, actinomicetes e cólera. Apresenta atuação moderada sobre anaeróbios, porém Bacteroides fragilis é resistente. Os Gram-negativos do grupo das enterobactérias e pseudomonas são resistentes à eritromicina. Resistência de S. aureus e S. epidermidis e estreptococos (viridans e pneumoniae) à eritromicina vem sendo observada. É o farmaco de escolha nas infecções por corinebactérias (difteria, sepse corinebacteriana, eritrasma), nas infecções respiratórias neonatais, oculares ou genitais causadas por clamídias; e no tratamento de pneumonia adquirida na comunidade, uma vez que seu espectro inclui o pneumococo, Mycoplasma e Legionella. Usado também como substituo da penicilina em infecções por estrepto, estafilo ou pneumococos. Não é mais medicamento de primeira linha no tratamento da pneumonia devido resistência adquirida em cepas de estrepto e pneumococos. Claritromicina possui ação semelhante a eritromicina, exceto por ser mais ativa contra o complexo Mycobacterium avium, e também por possuir atividade contra M. Leprae e Toxoplasma gondii. Estreptococos e estafilococos resistentes a eritromicina também são resistentes a claritromicina. Azitromicina possui espectro de atividade e usos clínicos praticamente idênticos aos da claritromicina. Mostra-se ativa contra complexos M. avium e T. gondii. Mostra-se levemente menos ativa contra estafilo e estreptococos, enquanto exibe atividade ligeiramente maior contra H. Influenzae. Azitromicina é altamente ativa contra clamídias. Possui vantagens sobre outros macrolídeos por penetrar na maioria dos tecidos (exceto LCR) e sua penetração em células fagocíticas é extremamente boa. Tal benefício se dá também por o fármaco ser lentamente liberado dos tecidos, produzindo meia vida em torno de 3 dias. Isso proporciona administração de doses menores e intervalos maiores de tempo entre as doses. Azitromicina é rapidamente absorvida e bem tolerada por via oral.
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