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Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia Antibioticoterapia COMO ESCOLHER O MELHOR ANTIBIÓTICO? • Tem indicação? A infecção é realmente bacteriana? • Identificar o microrganismo • Quais antibióticos o patógeno é sensível? • Local da infecção • Custo-benefício • Paciente tem contra indicação? MICRORGANISMOS Gram Negativo (não coram, ficam rosa) Gram Positivo (coram, ficam roxos) Cocos • Neisseria sp. • Moraxella catarrhalis Bacilos (enterobactérias) • E. coli • Klebsiella Bacilos (não fermentadores) • Pseudomonas aeruginosa • Acinobacter Coco-Bacilos • Haemophilus influenzae • Legionella Cocos • Staphylococcus aureus • Streptococcus pyogenes Enterococos Bacilos • Bacillus • Listeria INIBIDORES DA SÍNTESE DE PAREDE CELULAR BETA-LACTÂMICOS • Se ligam a transpeptidase, inibindo-a via proteína ligadora de penicilina • Bactericida • Tempo-dependente • Mecanismos de resistência: alteração das PLPs, produção de beta-lactamase. • Excreção renal PENICILINAS * Em geral, tem boa cobertura para gram +. * Podem causar reações de hipersensibilidade, nefrite intersticial e reações hematológicas Naturais Aminopenicilinas * Hidrossolúveis * Distribuição em fluidos (sinovial, pleural, pericárdio) * Faringite, sífilis, meningite bacteriana * Dificuldade em penetrar na próstata, olho, LCR e chega pouco no pulmão * Espectro de ação * Ampicilina (VO, EV), Amoxicilina (VO) e Bacampicilina * Otite, sinusite, faringite, ITUs * Espectro de ação: • Gram positivo – Streptococcus fecalis, S. pyogenes, S. pneumonie • Gram negativo – E. coli (pode ser resistente), Shigella, Klebsiella, Haemophilus, N. meningitis Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia G benzatina * Sífilis * Pinta e Bouba * Faringoamigdalite * Impetigo * Profilaxia de Febre Reumática * NÃO USAR – erisipela, pneumonias, gonorreia * Via intramuscular, dose única (3 dias) * Forma depósitos G procaína * Via intramuscular, 12/12h * Erisipela * Escarlatina * Pneumonias Pneumococa G cristalina * Via intramuscular e endovenosa, 4/4h * Erisipela toximenica * Meningoencefalites * Endocardite V * Via oral * Pasturella sp., E. coli, Staphylococcus= resistentes * Uso mais comum: Ampicilina – Shiguella; Amoxicilina – Salmonella e H.pylori * Associa-se aos inibidores da beta lactamase – Ácido clavulânico, Sulbactam, Clavulanato, Tazobactam * Amoxicilina + Clavulanato * Ampicilina + Sulbactam * Ticarcilina + Clavulanato * Piperacilina + Tazobactam Penicilinas resistentes às penicilinases Penicilinas de amplo espectro * Oxacilina e Meticilina * ORSA e MARSA – Staphyloccocus aureus resistente a oxacilina e meticilina * Em casos de ORSA e MARSA usar vancomicina * Indicação para infecções estafilocócicas graves * Impetigo bolhoso * Celulite flegmosa * Sd. Da pele escaldada * Broncopneumonia * Abscessos * Osteomielite * Endocardite * Artrite infecciosa * Carbúnculo * Sepse purpura * Gram + e – hospitalares – Pseudomonas aeruginosa, Proteus * Piperacilina (+ Tazobactam) * Carbenicilina * Ticarcilina Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia Cefalosporinas * Aumento da resistência às betalactamases, aumento da permeabilidade nos tecidos * A concentração intracelular é baixa * Boa penetração no SNC (terceira e quarta geração) * Excreção renal exceto ceftriaxona que é biliar * Apresentam hipersensibilidade cruzada com as penicilinas * Pode apresentar efeitos colaterais gastrointestinais, tromboflebite, hipersensibilidade, reações hematológicas, nefrotoxicidade e neurotoxicidade. * São hidrossolúveis; em apresentação oral são estáveis em meio ácido (ésteres que facilitam a absorção: axetil, pivoxil, proxetil) GERAÇÃO CARACTERÍSTICAS/OBJETIVO 1ª GERAÇÃO PRINCIPALMENTE ATIVAS CONTRA COCUS GRAM +. * S. aureus e Streptococcus (não são 1º escolha) * Algumas gram negativas * Infecções por ESTAFILOCOCOS e ESTREPTOCOCOS de pele e tecidos moles (faringoamigdalite) * NÃO É USADO NA PAC Uso parenteral – Cefalotina (IV), Cefazolina (IV/IM profilático para implantes) Uso oral – Cefadroxila, Cefalexina 2ª GERAÇÃO AUMENTO DA ATIVIDADE FRENTE ENTEROBACTERIAS GRAM – E H. INFLUENZA. * Infecções do trato respiratório (amigdalite, otite, sinusite, bronquite) * Pouca atividade contra cepas resistentes a penicilinas * Não agem contra pseudomonas Uso parenteral – Cefuroxima (IV/IM), Cefoxitina (IV) (Bacterióides fragilis - Infecções abdominais, pélvicas, profilaxia de cirurgias colo-retais) Uso oral – Cefaclor, Cefprozila, Axetil Cefuroxima 3ª GERAÇÃO MUITO ATIVAS PARA ENTEROBACTERIAS GRAM- , H. INFLUENZA E N. GONORHOEAE. MENOS ATIVAS CONTRA GRAM+ * Maior espectro contra gram negativas e contra pseudomonas * Sem ação contra enterococos * Maior penetração no SNC Uso parenteral (IV/IM) – Cefotaxima, Ceftriaxona, Ceftazidima (P. aeruginosa) Uso oral - Cefixima 4ª GERAÇÃO ESPECTRO MAIOR. MUITO ATIVAS CONTRA GRAM + E - ATIVIDADE CONTRA PSEUDOMONAS E ENTEROBACTER MAIS RESISTENTES À AÇÃO DAS BETA-LACTAMASES * Não age contra enterococos * Pneumonias, ITUs e meningites causadas por bacilos Gram negativos sensíveis, sem etiologia determinada. * Antimicrobiano inicial no paciente neutropênico febril Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia Cefepima (IV) 5ª GERAÇÃO AUMENTO DO ESPECTRO GRAM + PARA PEGAR ESTAFILOCOCUS AUREUS MULTI-RESISTENTE. * Ação contra MRSA, VRSA, VISA * Pouca atividade contra enterococos e sem ação contra Pseudomonas * Tratamento de infecções de pele e tecidos moles, pneumonia Ceftaroline (IV) Carbapenêmicos & monobactans Lembrar KPC – Klebsiella, Pneumonie, e produtoras de Carbapeminase Carbapens * Imipenem, meropene, ertapenem, doripenem * Espectro de ação * Cocos gram positivos – Steptococcus spp., Staphylococcus spp., Enterococcus spp. (exceto ertapenem) * Bacilos gram negativos fermentadores – E. coli, Klebsiella spp., Enterobacter spp., Citrobacter spp., Proteus spp., Serratia spp,m Morganella morgani, Salmonella spp. * Bacilos gram negativos não fermentadores – Acinetobacter spp., Pseudomonas aeruginosa (exceto ertapenem) * Anaeróbios – B. fragilis, Clostridium spp * Mecanismo de resistência – Pseudomonas aeruginosa * Pouco absorvidas por VO; administrar IM/EV * Associação Imipenem + cislatatina * Meropenem não são degradados pelas peptidases renais * Baixa ligação com as proteínas plasmáticas * Boa penetração: abdome, respiratório, bile, trato urinário, líquor (meropenem) e órgãos genitais * Não deve ser utilizados como primeira escolha no tratamento empírico de infecções comunitárias e hospitalares * Indicações clinicas: suspeita de microbiota aeróbica e anaeróbica, infecções multirresistentes, pacientes graves * Infecção abdominal, infecção no SNC, pneumonia, pele e partes moles, ITU complicada, infecção ginecológica * O ertapenem é uma alternativa para o tratamento de infecção por Klebsiella pneumoniae produtoras de betalactamases de espectro estendidos e para continuidade de tratamento no domicilio por sua apresentação IM e dose única diária * Efeitos colaterais: convulsão (imipenem-cislastatina), aumento das transaminases, trombocitoses e eosinofilia, náuseas e vômito, pode haver reações cruzadas de alergia a penicilina Monobactans * Aztreonam* Pouca absorção VO * Ligação proteína plasmática 50-60% * Boa penetrabilidade em tecidos moles e líquidos, osso, próstata, pulmão, secreção traqueal, SNC e TGI * Indicações clínicas: enterobactérias * ITU grave, bacteremias, infecções pélvicas, peritonites, infecções respiratórias * Alternativa útil aos aminoglicosídeos por não ser nefro ou ototóxico, assim como as penicilinas e cefalosporinas nos pacientes alérgicos Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia GLICOPEPTÍDEOS * Vancomicina e Teicoplanina * Bactericidas * Inibem a síntese de peptideoglicano por inibição competitiva * Concentração dependente * Administração geralmente IV * Usado em infecções por estafilococos, pneumococos e enterococos resistentes a betalactamicos ou pacientes com hipersensibilidade * Sepses, pneumonias, osteomielites, celulites, abscessos, meningoencefalites, endocardites estafilocócicas * Pode ter reações adversas – flebite, síndrome do homem vermelho, ototoxicidade, nefrotoxidade. * Sempre infundir de forma lenta, em concentração salina Vancomicina Teicoplanina * Principalmente Gram + * MRSA/ORSA * C. Difficile * Anaeróbicos * VO (em colite pseudomembranosa) e EV * Penetra bem em liquido pericárdico, sinovial e pleural * Chega bem no fígado, pulmão, rins e partes moles * Meninges inflamadas * Abscessos e ossos * Osteomielite, celulites, infecções cateter, pneumonia nosocomial, sepse e endocardite * Usado em neutropenia febril com suspeita de infecção por estafilococos * Atinge o feto * Excreção: Renal * Efeitos colaterais – exantemas cutâneos maculares, anafilaxia e flebite; SÍNDROME DO PESCOÇO VERMELHO (se não infundir lentamente) * Nefrotóxico, otoóxico e alergia * Tem que monitorar níveis séricos * Penetra pouco no SNC Não se dosa níveis séricos Não penetra no SNC IV/IM Menor toxicidade renal INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA (RNAR) AMINOGLICOSÍDEOS * Espectro de ação: Gram negativos, Pseudomonas e Serratia * Concentração dependente * Gentamicina, Tobramicina, Kanamicina, Netilmicina, Amicacina, Estreptomicina (boa atividade para M. tuberculosis e M. bovis, sendo usado em esquemas alternativos) , Neomicina * Ligam-se na parte 30s do ribossomo * Ação bactericida * Associação aminoglicosídeos e penicilinas aumenta o espectro e dá o efeito pós antibiótico (mata bactéria mesmo terminando de tomar) Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia * Sem absorção por via oral, administrar EV ou IM * Eliminação via renal * Não concentram no LCR * Não atingem concentração intracelular * Não devem ser utilizados em gestantes * Preferencialmente em dose única diária * Penetra bem nos ossos, fluido sinovial, fluido peritoneal, rins, ouvido e olho * É limitado em SNC, abscessos e intra-abdominal * Não chega em secreções brônquicas * Atividade antimicrobiana contra enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp., Yersinia pestis, Mycobacterium tuberculosis, Klebsiella, E. coli, Proteus, S. aureus, estreptococos. * Não age contra gram + sozinho * Indicado em casos de sepse gram negativo, ITUs, osteomielite, endocardite infecciosa (associado a penicilida G ou ampicilina). * Efeitos colaterais – hipersensibilidade, ototoxicidade (zumbido, perda auditiva, vertigem), nefrotoxicidade, neurotoxicidade * Muito nefrotóxico por ser muito hidrossolúvel * Volume de distribuição menor nos tecidos * É usado na forma inalatória em casos de fibrose cística Indicações clínicas - Infecção por Pseudomona aeroginosa (combinado com piperacilina ou ceftazidima) ITU P. aeruginosa melhor ciprofloxacina - Infecção por Enterococci ou Streptococci viridans Getamicina + penicilina G ou ampicilina ou vancomicina - Infecção por Listeria momocytogenes Getamicina + ampicilina - Infecção por Enterobacter spp. Getamicina + piperacilina - Infecção por S epidermidis (válvula protética) Getamicina + Vancomicina ou rifampicina - Profilaxia endocardite Cirurgia genitourinária ou gastrointestinal Getamicina + ampicilina ou vancomicina - Endocardite causada (S. aureus) Getamicina + Penicilinas resistentes à penicilinase - Infecção por brucellosis (Getamicina + doxiciclina) • Infecções adquiridas na cumunidade que ameaçam • a vida (bactérias gram negativas) • Infecções Hospitalares graves • Suspeita de Pseudomonas ou de outras bacilos • gram negativos resistentes às cefalosporinas • Pacientes leucopênicos febris (sem foco óbvio de infecção) associar ticarcilina ou piperacilina Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia • Endocardite por Streptococcus viridans (+ penicilina G ou ampicilina) • Sepse e endocardite enterocócica (+ ampicilina) • Sepse e endocardite estafilocócica (+ oxacilina ou vancomicina) • Sepse por enterobactérias • Infecção por P. aeruginosa e Acinetobacter spp. • Infecções intra-abdominais • Peste • Tuberculose MACROLÍDEOS * Eritromicina, Claritromicina e Azitromicina * Inibem a síntese de proteínas bacterianas ao ligarem-se a unidade 50S * Competem com cloranfenicol * Tempo dependente * Podem ser bacteriostáticos ou bactericidas (em altas doses) * Contra cocos e bacilos gram + * Bom efeito contra as bactérias atípicas (Legionella, Chlamidia, Mycoplasma) * Efeitos adversos – nefro e ototoxicidade, bloqueadores neuromusculares * Alimento retardo * Excreção predominantemente hepática * Espectro de ação geral = Estreptococos (S. pneumoniae; gram +), Clamidia, Haemophilus (gram -), Moraxella (gram -) [todos esses são para infecções respiratórias], anaeróbios e N. meningitis (gram -) * Não pode beber no tratamento * Indicado geralmente em PAC, clamídia, gastroenterites (campylobacter), infeções otorrinolaringológicas, pele, alergia a penicilina em casos de otite, sinusite e faringite. * Pode causar o acúmulo tóxico de substancias como ACO, glicocorticoides, carbamezapina, álcool, varfarina, etc. Eritromicina Claritromicina Azitromicina Primeira escolha: * Pneumonias por bactérias atípicas (Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp.) * Difteria * Campylobacter jejuni * Bartonelose * Coqueluche Em alérgicos a penicilina ou como droga alternativa: * Infecções estreptocócicas * Pneumonia por S. pneumoniae * Prevenção de endocardite após procedimento odontológico * Infecções superficiais da pele (S. pyogenes) * Profilaxia de febre reumática * Alternativa para tratamento da sífilis Primeira escolha: * Pneumonias por bactérias ‘’atípicas’’ (mesmas da eritromicina) * Micobacterioses não tuberculose * Campylobacter jejuni * Bartonelose * Coqueluche * H. pylori Em alérgicos a penicilina ou como droga alternativa: * Infecções estreptocócicas * Pneumonia por S. pneumoniae * Hemophilus influenza e Moraxella catarrhalis Primeira escolha: * Pneumonias por bactérias atípicas (mesmas da eritromicina e Claritromicina) * Micobacterioses não tuberculose * Uretrite não gonocócica * Bartonelose * Coqueluche * Cancro mole Em alérgicos a penicilina ou como droga alternativa: * Infecções estreptocócicas * Pneumonia por S. pneumoniae * Hemophilus influenza e Moraxella catarrhalis * Febre tifóide * Doença de Lyme * Babesiose Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia LINCOSAMINA * Lincomicina e Clindamicina * Inibem a síntese via subunidade50s do ribossomo Clindamicina Lincomicina * Bem absorvida VO * Eliminada via hepática * Não concentra no LCR * VO, EV * Indicações clinicas: * Infecções por anaeróbios (B. fragilis, porém cuidar pois a resistência desse MO aumentou): infecções intra abdominais, infeções pélvicas, abscesso pulmonar, pneumonia aspirativa * Infecções de pele por estreptococos ou estafilococos (incluindo CA-MRSA) * Toxoplasmose, pneumocistose, malária em associação com outros fármacos * Efeitos colaterais: diarreia por colite pseudomembranosa (Clostridium difficile); aumento das enzimas hepáticas e exantema Raramente utilizada TETRACICLINAS * Inibem síntese proteica via subunidade 30s * Meia vida curta: Tetraciclina * Meia vida longa: Doxiciclina e Minociclina * Meia vida longa (giciltetraciclina: 3ª geração): Tigeciclina * Espectro de ação generalizado: bactérias gram positivas, gram negativas, anaeróbios, espiroquetas, organismos intracelulares (riquétsias, micoplasma, clamídias), alguns protozoários * Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, diarreia, vertigem (principalmente a minociclina), fotossensibilidade e pigmentação cutânea, aumento da pressão intracraniana, reações de hipersensibilidade, pancreatite, síndrome de Fanconi (rara atualmente) * Excreção renal e biliar (exceto a doxaciclina que é só biliar). * VO, IV, IM * Contraindicado em gestantes e crianças com menos de 8 anos * Alterações no esmalte e cor dos dentes de criança e alterações ósseas em prematuros Tetraciclina e doxiciclina Tigeciclina Primeira escolha: * Riquetsioses * Clamidia trachomatis * Lamidia psittasi * Bartonelose * Uretrites não gonocócicas * Doença de Lyme * Brucelose (em associação) * PAC (em associação) Em alérgicos a penicilina ou como droga alternativa: * Sífilis e outras treponematoses * Leptospirose Primeira escolha: * Infecções cutâneas, intra-abdominais * Pneumonias comunitárias * Gram ngativos ESBL * VRE * MRSA Não usar em infecções por Pseudomonas spp., Proteus spp., Providencia spp. Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia GLICILCICLINAS * Nova classe de antibióticos sem resistência * Inibição da síntese proteína via subunidade 30s * Derivado das tetraciclinas * Único = tigeciclina (ver acima) CLORANFENICOL * VO ou EV – meningite, peste, cólera e febre tifóide * Pomada – conjuntivite * Inibição da síntese proteica via subunidade 50s ESTREPTOGRAMINAS * Dalfopristina [estreptogramina A] e Quinupristina [estreptogramina B] * Eficazes no tratamento de Staphylococcus aureus resistente à vancomicina e Enterococcus resistente à vancomicina * Inibe subunidade 50s INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA (RNAT) OXAZOLIDINONAS * Linezolida – único no Brasil * Possui atividade contra cocos gram positivos, sem atividade contra gram negativo * São bacteriostáticos * Mecanismo de resistência – raro * Apresentação por VO/EV * Metabolismo hepático * Não há necessidade de ajuste de dose para pacientes com IH e IRA * Recomenda-se diálise para IRA * Indicações: Gram positivos incluindo ORSA E VER * Clostridium, prevotella sp, Peptoestreptococcus e Mycobacterium tuberculosis * Infecções graves por patógenos gram + multirresistentes (como pneumonia hospitalar) * É um inibidor não seletivo da MAO e pode interagir com agentes adrenérgicos e serotoninérgicos * Leucogenia e plaquetogenia em tratamentos prolongados * Neurotoxicidade INIBIDORES DA MEMBRANA CELULAR POLIMIXINAS * Pouca resistência cruzada e ativa contra multirresistente * Resistentes – Burkholderiacepacia, Proteus spp., Serratia spp., Stenotrophomonas maltophilia e Enterobacter spp. * São excretadas lentamente por filtração glomerular, devendo ter sua dose corrigida em insuficiência renal * Pouco difundidos no liquido sinovial, fluido pleural e trato biliar * Indicações clinicas: * Bacilos gram negativos (incluindo P. aeruginosa e Acinetobacter spp.) * Enterobactérias (E. coli e Klebsiella spp.) * Bacilos não fermentadores * Acne Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia * Infecções oculares * Efeitos colaterais: nefrotoxicidade e bloqueio neuromuscular DAPTOMICINA * Antimicrobiano lipopeptideo cíclico, obtido da fermentação do Streptomyces pristinaspiralis * Liga-se a membrana celular, levando a rápida despolarização do potencial de membrana DNA, FUNÇÃO E ESTRUTURA NITROIMIDAZÓLICOS * Metronidazol * Bactericida * A droga é ativada dentro do MO * Forma radicais livres * Mecanismo de resistência bacteriana: alteração no sitio alvo, porém é infrequente em anaeróbios * Apresentação VO, EV e tópica * Boa absorção por VO * Metabolização hepática * Boa difusão em tecidos e líquidos orgânicos * Boa concentração no LCR e no interior de abscessos * Espectro de ação: bactérias anaeróbicas e microaeróbicas, enteroprotozoários, Trichomonas vaginalis * Indicações clínicas Infecções por anaeróbios * Colite por Clostridium difficile * H. pylori * Tricomoníase * Amebiase * Giardíase * Profilaxia em cirurgias colorretais * Acne rosácea * Efeitos colaterais: náuseas, dor epigástrica, anorexia, diarreia, cefaleia, vertigem e gosto metálico; a toxicidade no SNC (rara) pode causas disartria e ataxia * Contraindicado em concomitância com – Dissulfiram e Etanol QUINOLONAS E FLUORQUINOLONAS Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia * Inibem a síntese de ácidos nucleios, inibem a DNA girasse/topoisomerase I * Bactericida * VO * Metabolizado pelo fígado e excretado na bile * Espectro de ação: gram +/-, algumas Chlamydia, Mycoplasma, Brucella, micobactérias * Muito bom em Salmonella spp, Shiguella, Cmapilobacter e E. coli * Ineficientes em anaeróbios, estreptococos, estafilococos * Usos terapêuticos em infecções TU, prostatite e infecções do TGI * Usado em infecções das VAs, ósseas, articulares e tecidos moles * Pode causar irritação GI em altas doses, convulsões em associação com AINEs e casos raros de leucopenia e eosinofilia * A fluorquinolona mais potente contra gram positivas é o GEMIGLOXACINO * Gemifloxacino: VO; PAC com bronquites e gram negativas INIBIDORES DA SÍNTESE DE PURINAS E ÁCIDO FÓLICO SULFONAMIDAS E TRIMETOPRIM * Sulfas, Sulfas + trimetoprim, dapsona * Sulfas rápidas – sulfadiazina * Sulfas intermediárias – sulfametoxazol * Sulfas ultralongas – sulfadoxina * Diaminopirimidinas – trimetoprima e pirimetamina = potencializadores * Resistentes – Streptococcus pyogenes, S. pneumoniae, H. influenza, H, ducreyi, C. trachomatis, Nocardia e Actinomyces * A dapsona é indicado para Mycobacterium leprae * Associações: Cotrimoxazol (sulfametoxazol + trimetoprima); cotrimazina (sulfadiazina + trimetoprima); sulfadiazina + pirimetamina (drogas isoladas) * Boa absorção por VO * Ampla distribuição por líquidos e tecidos orgânicos * Concentração liquorica (sulfadiazina melhor) * Concentração no humor vítreo (sulfadiazina melhor) * Concentração prostática (sulfadiazina, sulfametoxazol) * Eliminação por via renal e em parte, metabolização biliar * Efeitos adversos – intolerância digestina, anemia, icterícia nuclear, leucopenia, trombocitopenia, trombocitopenia, hepatite, nefropatia obstrutiva, neurites, hipersensibilidade Isadora Schwaab Guerini Antibioticoterapia * Ação ATB * Cocos gram positivos (CA-MRSA) e gram negativos * Brucela * Enterobactérias * Vibrião da cólera* Hemófilos * Actinomices * Nocardia * Stenotrophomonas maltophilia * Burkholderia cepacia * Yersina pestis * Ação anti fúngica * Paracoccidioides brasiliensis * Pneumocystis jiroveci * Ação anti protozoários * Toxoplasma gondii * Isospora belli * Plasmodium * Indicações clínicas * Tracoma e conjuntivite de inclusão (C. trachomatis) – S. diazina e S. doxina * Cancroide ou cancro mole – S. diazina e S. metoxina * Colite ulcerativa e doença de Crohn – S. salazina * Peste bubônica – S. diazina * Infecções urinárias * Brucelose (gestantes) – Cotrimoxazol
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