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A PARTICIPAÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA Arley Rodrigues Bezerra O ESTADO PODE SER ENTENDIDO COMO O CONJUNTO DAS RELAÇÕES E CONTRADIÇÕES ECONÔMICAS QUE TRAZEM IMPACTOS DIRETOS E INDIRETOS SOBRE A SOCIEDADE A ESTE PERTENCENTE. A FORMA DO ESTADO Os Estado pode ter as seguintes formas: Unitário: (França, Uruguai) – Todo Poder centralizado em uma única sede. Federação: (Brasil) - Poder dividido entre os entes federativos (União, Estados e os municípios) A FORMA DO GOVERNO A Forma de Governo do Estado brasileiro é a REPÚBLICA, que significa COISA DO POVO. A maneira pela qual o governo intervém na economia caracteriza as chamadas Funções Econômicas do Governo. Evolução das Funções Econômicas do Governo A visão clássica, advinda do século XIX, defendia o que poderíamos chamar de Estado mínimo, ou seja, a atividade estatal deve ser voltada apenas para o atendimento de demandas onde a atividade privada não possa se auto equilibrar, tal como a definição de oferta e demanda de bens e serviços. A presença do Estado seria representada apenas pelo controle da segurança nacional do país, a segurança pública, bem como serviços de natureza social não atendidas pelo setor privado. Quando debatemos até onde deve ir a “mão visível” do Estado é difícil fugirmos de uma perspectiva normativa, isto é, do debate sobre aquilo que deve ou não ser feito, que serviços públicos devem ser prestado, que impostos ou taxas devem aumentar ou baixar e para que. Assim, um primeiro passo é estar atento sempre para a diferença entre um debate normativo e um debate positivo sobre a economia em geral e do setor Público em particular. Economia Normativa; Economia positiva. Talvez o maior papel do governo em uma sociedade seja o de controlar e regular o funcionamento dos conflitos. A tradição hegemônica no campo da economia é a crença de que o setor privado é intrinsecamente mais eficiente que o Estado. Os defensores desta posição na economia aglutinam-se em torno de uma escola de pensamento conhecida como “teoria neoclássica”. Existem alguns critérios para que o mercado possa encontrar o equilíbrio “sozinho”. Podemos citar dentre estes critérios, mercado de concorrência perfeita, consumidores em igualdade de informações e progresso técnico não explica a dinâmica econômica. Esta visão idealizada do mercado é irreal porque na verdade existem diversos processos que impedem o funcionamento destes pressupostos; Estes eventos ou fenômenos econômicos são conhecidos como “falhas de mercado”; O enfoque da “economia do bem estar” defende a existência de dois teoremas normativos. O primeiro deles afirma que o nível ótimo de equilíbrio é aquele onde não se pode melhorar a situação de ninguém sem que alguém seja prejudicado, e o chamado “ótimo paretiano”. O segundo teorema nos diz que todo ponto de equilíbrio nas diversas possibilidades produtivas de uma economia pode ser alcançado desde que haja uma correta distribuição inicial de recursos. A partir disso, percebe-se que o Estado seria necessário para evitar que as falhas de mercado inviabilizem, em última instância, a economia baseada na troca. Por exemplo: o Estado é essencial para evitar o caos resultante da monopolização crescente da economia, para legitimar o direito de propriedade, para controlar as operações financeiras, regulando a atividade econômica mais sensível. Com o crescimento da atividade privada, geradora de lucros, passam a existir na Economia questionamentos referentes à distribuição da riqueza nas mãos de poucos. Tratava-se do que chamamos pensamento marxista, fundamentado na ideia de que o Estado deveria atuar diretamente na redistribuição igualitária da renda entre a população. No início do século XX, mais especificamente com a chamada Grande Depressão, uma nova defesa na dimensão da atuação do Estado passa a existir. Com o nível de oferta agregada superior ao da demanda agregada, gerando por consequência uma diminuição no nível de riqueza dos países, e consequentemente de suas sociedades, o economista John Maynard Keynes propôs que o Estado interviesse na economia, com o objetivo de estimular a demanda agregada. Para isso, este deveria aumentar os seus gastos, de forma a estimular o emprego e a renda. O debate sobre a intervenção do Estado na economia Sim à Intervenção Não à Intervenção Os Keynesianos Os Monetaristas Os Keynesianos são os seguidores da teoria elaborada por John Maynard Keynes (1833-1946) Não aceitam a tese de que a economia tende livremente ao pleno emprego dos recursos produtivos. Recomendam a intervenção do Estado mediante as políticas monetária e fiscal, especialmente esta última, com o objetivo de estabilizar a economia. A corrente monetarista surgiu na Universidade de chicago (EUA) e, em particular, com a obra de Milton Friedman (1912). Confiam no livre jogo das forças de mercado como instrumento para situar a economia próxima ao pleno emprego. A intervenção do Estado deve-se reduzir ao mínimo possível: na essência, controlar apenas o volume de dinheiro 1.1 As funções e os objetivos do setor público • fiscalizadora: estabelecer e cobrar impostos • reguladora: regular a atividade econômica (controle de preços, regular monopólios, proteção aos consumidores, etc); • provedora de bens e serviços: facilitar e fornecer o acesso a bens e serviços públicos e produzir bens de consumo e de produção; • Redistributiva: modificar a distribuição da renda ou da riqueza; • estabilizadora: controlar os agregados econômicos para evitar grandes flutuações. 1.1 As funções e os objetivos do setor público: Função Alocativa: A função alocativa se relaciona diretamente com a capacidade que o Estado tem (ou não) em prover determinados bens e serviços à sociedades através do sistema de mercado (ou de formação de preços no mercado). Neste ponto, os bens públicos se destacam. 1.1 As funções e os objetivos do setor público: Função Alocativa: O consumo de um bem público gera benefícios que são externalizados, ou seja, estão disponíveis à coletividade, ao contrário do consumo de bens privados que são internalizados. Os bens públicos são não excludentes. 1.1 As funções e os objetivos do setor público: Função Alocativa: Para facilitar a sinalização dos bens públicos, ocorre que temos sistemas de voto, eleições, plebiscitos etc. 1.1 As funções e os objetivos do setor público: Função Alocativa: Em determinadas situações a tecnologia para produzir ou o tipo de serviço a ser oferecido inviabiliza a produção economicamente rentável por mais de um ofertante. Neste caso estabelece-se a condição de monopólio, geralmente associado aos ganhos de escala que se pode obter (redução de custos), a produção pode ser feita diretamente pelo Estado, pelo capital privado regulado pelo Estado ou por um monopólio privado. Outras vezes o Estado age determinando compensações entre indivíduos que sofrem involuntariamente efeitos das chamadas “externalidades”. 1.1 As funções e os objetivos do setor público: Função Alocativa:Resumindo, a função alocativa demonstra que para uma série de casos e situações não é desejável ou interessante para a empresa privada produzir, o governo assume a função de prover no caso de bens de acesso livre e gratuito ou produzir bens e serviços, no caso da água tratada ou da eletricidade, cobrando tarifas subsidiadas através de empresas públicas. 1.1 As funções e os objetivos do setor público: Função redistributiva: Entretanto, a formação de preço no mercado ocorre em condições imperfeitas. Por exemplo, há estoques de riquezas que são herdados, monopólios, acessos diferenciados à bens públicos, todo tipo de discriminações de origem não-econômica (racial, de gênero, social, etc.).. Estes processos produzem uma distribuição imperfeita da renda e distante dos padrões mais razoáveis de equidade e justiça social. Em geral cada sociedade, em cada momento histórico de sua evolução, adota valores e princípios morais e éticos sob os quais as políticas públicas de caráter redistributivo vão operar. 1.1 As funções e os objetivos do setor público: Função redistributiva: O Estado promove a distribuição da renda através dos seguintes mecanismos: Sistema de tributos e transferências: combina tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevadas com transferências para classes de renda mais baixa. Ex: Imposto de renda. Impostos: diferentes alíquotas para produtos supérfluos (bebidas, cigarros) e produtos essenciais (alimentos); Outros: subsídios, salário mínimo, proteção tarifária e renunciais fiscais, etc. 1.1 As funções e os objetivos do setor público: Função estabilizadora: A função estabilizadora está relacionada às ações do Governo para estabilizar os principais preços da economia. O pleno emprego, a estabilidade de preços, o crescimento econômico são objetivos buscados pela estabilização econômica. Estas medidas são tomadas através de medidas de caráter monetário e fiscal. Flutuações ou Ciclos Econômicos 1.2 Objetivos do setor Público Geral: Progresso econômico e social Específicos: a) Maior nível possível de emprego b) Estabilidade de preços c) Crescimento Econômico d) Distribuição eqüitativa da renda e) Equilíbrio das contas externas 14.2 Os Instrumentos do setor Público a) Política Fiscal b) Política Monetária 2.1 A Política Fiscal Referem-se às decisões do governo quanto ao gasto público e aos impostos. Receitas Públicas: são constituídas basicamente por impostos. “ Os impostos são receitas públicas criadas por lei e de cumprimento obrigatório para os sujeitos contemplados por ela”. Obs.: O governo pode alterar os impostos e os gastos para influir sobre o nível de atividade econômica. 2.1 A Política Monetária controlar a liquidez global do sistema econômico. Instrumentos de política monetária: Recolhimento compulsório: visando reduzir ou aumentar o disponibilidade de moeda; Assistência financeira de liquidez: alterações (controle) na taxa de juros; Venda ou compra de títulos públicos; 2.2 O Orçamento do setor Público “ O orçamento do setor público é a descrição dos planos de gasto e de financiamento”. Se as receitas forem maiores que os gastos Superávit orçamentário. Se as receitas forem menores que os gastos Déficit orçamentário. Orçamento do Setor Público = Receitas Públicas - Gastos Públicos Obs.: “O orçamento estará equilibrado quando a receita pública for igual ao gasto público”. A Política Fiscal em Ação 1. A Política Fiscal Expansionista Impostos Consumo Gastos DA 2. Política Fiscal Restritiva Impostos Consumo Gastos Produção e o Emprego Produção e o Emprego DA 3 O Caráter Automático da Política Fiscal A política fiscal é um instrumento estabilizador da atividade econômica, podendo ser feita por políticas discricionárias ou por meio do sistema impositivo. “As políticas fiscais discricionárias são as que exigem medidas explícitas”. Dentre elas estão: • programas de obras públicas e outros gastos; •projetos públicos de emprego; •programas de transferências, e •alteração dos tipos de impostos. O sistema impositivo tem efeitos automáticos sobre a evolução da atividade econômica, isto é, sobre as depressões e expansões. “ Uma depressão é um período prolongado de baixa atividade econômica e elevado desemprego”. 3.1 Os Impostos como Estabilizadores automáticos Os impostos proporcionais alteração automática da forma de arrecadação. “ Um estabilizador automático é qualquer ação do sistema econômico que tende a reduzir mecanicamente as forças de recessão e/ou da expansão da demanda, sem que sejam necessárias medidas discricionárias de política econômica”. 3.2 Outros Estabilizadores Automáticos O seguro desemprego e as pensões para aposentados comportamento anticíclico estabilizadores automáticos. “ Os ciclos econômicos são flutuações da atividade econômica global, caracterizadas pela expansão ou pela contração simultânea da produção na maioria dos setores”. Estabilizadores não do setor público: poupanças das S/As. e das famílias, comportamento de consumo das famílias (renda permanente), etc. Obs.: Os estabilizadores automáticos são importantes, mas eles por si sós não conseguem estabilizar a atividade econômica. 4 Limitações no Emprego de Políticas Fiscais Discricionárias 4.1 Programas de Obras Públicas e outros Gastos (construção de hospitais, estradas, etc.) • baixa utilidade pública em muitos casos; • estudo prévio insuficiente; • tempo necessário prolongado. 4.2 Projetos Públicos de Emprego: (Contratar trabalhadores por curtos períodos de tempo) • de importância secundária • não aumenta a possibilidade de conseguir emprego fixo posteriormente. 4.3 Programas de Transferências • é uma via de mão única e difícil de eliminar depois da recessão. 4.4 Alteração dos Tipos de Impostos: (redução temporária de alguns impostos) • tempo longo entre a decisão e a mudança do imposto • após recessão fica difícil aumentar os impostos novamente (impopular). 5 Reflexões Finais Sobre a Política Fiscal Devido as limitações da política fiscal como estabilizadora das atividades econômicas, a política monetária passou a ter papel mais relevante nesse processo. 5.1 O déficit e seu financiamento. a) Impostos b) criação de dinheiro c) emissão da dívida pública Esquema 4 Dois enfoques a respeito da política fiscal Enfoque Clássico ou monetarista Enfoque Keynesiano Suposições Iniciais As economias têm mecanismos auto-corretores que eliminam os desajustes e tornam desnecessária a intervenção estabilizador estatal. As economias tendem, a longo prazo, a manter o pleno emprego dos recursos produtivos. Tal como evidenciou a crise de 1929, não existe um mecanismo automático que leve a economia ao pleno emprego dos recursos. Os preços e salários não são flexíveis como defendiam os clássicos. A rigidez à baixa dos salários, especialmente, dificulta os ajustes. O Papel do Setor Público Limitar o gasto público. O orçamento público deve-se equilibrar anualmente. Diante de uma recessão motivada por uma demanda agregada insuficiente, o setor público deve intervir,manipulando os gastos e os impostos. O orçamento deve-se equilibrar ciclicamente. Durante as recessões, pode-se incorrer em déficits temporais. Atividade Financeira do Estado Para atender as obrigações definidas constitucionalmente, o Estado deve: OBTER – Receitas públicas; CRIAR – Crédito Público; DESPENDER – Despesa pública. PLANEJAR E GERIAR – Orçamento Público; Receitas públicas (Obter) É o conjunto de ingressos financeiros destinado a manter a manutenção e conservação dos serviços públicos. Classificação conforme teoria das finanças públicas: Receita Orçamentária: é aquela que deve constar no orçamento e que engloba também os valores oriundas de operações de crédito; Receitas Extra-orçamentárias: meras entradas compensatórias e que não são consideradas no orçamento (Como exemplos temos as cauções, fianças, depósitos para garantia, consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não reclamados, operações de crédito por antecipação de receita (ARO) e outras operações assemelhadas). Receitas públicas (Obter) Classificação econômica da Receita pública (Lei 4.320/64): Receitas Correntes: são as provenientes de tributos, contribuições, patrimoniais, agropecuária, industrial, serviços e transações correntes destinado a cobertura de despesas correntes – não há alteração patrimonial. Receitas de Capital: resulta na constituição ou criação de bens de capital que alteram o patrimônio público. Crédito Público (Criar) É o ingresso providente da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais e privadas; Forma contratual de obtenção de receita, não compulsória; Serve também como instrumento de política monetária ao controlar a oferta de moeda no mercado e/ou para rolagem da dívida pública. Despesa pública (Despender) Definida como o gasto dos recursos públicos, a partir de autorização legislativa; Os gastos públicos podem ser classificados sobre três óticas: da finalidade dos gastos; da natureza do dispêndio; do agente encarregado da sua execução. Orçamento Público (planejar e gerir) É um plano que expressa para um período de tempo definido, o programa de operações do governo e os meios de financiamento desse programa; Aspectos político, jurídico, contábil, econômico, financeiro, administrativo; Instrumento de política fiscal do governo, visando à estabilização e ampliação dos níveis da atividade econômica. ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA DISCUSSSÃO, VOTAÇÃO E APROVAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA CONTROLE DE AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA Processo Orçamentário ou Ciclo Orçamentário Processo de planejamento e orçamento CF/88 estabelece: Plano plurianual (PPA): voltado a programação da administração pública e caracterizado como guia plurianual para as autorizações orçamentárias anuais. Planos de desenvolvimento econômico e social: Lei Orçamentária Anual (LOA) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): integra o PPA às LOA. Processo integrado de planejamento e orçamento Elaboração e revisão do Plano Plurianual (PPA) Elaboração e Revisão de planos e Programas Nacionais, Regionais e Setoriais Elaboração e Aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Elaboração e Revisão da Proposta Orçamentária anual (LOA) Discussão, Votação e Aprovação da LOA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA Controle e Avaliação da EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA AS FALHAS DE MERCADO A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA As falhas de mercado As chamadas falhas de mercado são situações ou eventos onde o equilíbrio e a otimização dos fatores produtivos não pode ser atingida sem que haja uma intervenção externa. Para atingir uma situação ótima (máxima eficiência) não é necessário um planejador central, bastando um mercado em livre concorrência, desde que haja: (i) condições ideais para o funcionamento do modelo de concorrência perfeita (mercado atomizado e informação perfeita), (ii) inexistência de externalidades, bens públicos, monopólios naturais, mercados incompletos, desemprego e inflação. As falhas de mercado Portanto, sob certas condições, os mercados competitivos geram uma alocação de recursos “ótima” no sentido de Pareto. Um ponto (ou situação) de ótimo de Pareto se caracteriza pelo fato de que ninguém pode melhorar sua situação sem causar prejuízo a outros. No mundo real, ocorrem, em diversas circunstâncias, as “falhas de mercado”, que impedem que ocorra uma situação de ótimo de Pareto. As falhas de mercado: A existência de bens públicos Os bens públicos são aqueles cujo consumo / uso é indivisível ou “não rival”. A não rivalidade dos significa que o acesso aos bens de mais pessoas ao consumo dos bens não implicaria um acrescimento dos custos; A não exclusividade deve-se ao fato de que, os bens não vendidos pelo sistema de preços e não se aplica o direito de propriedade. O seu consumo por parte de um indivíduo ou de um grupo social não prejudica o seu consumo do mesmo bem pelos demais integrantes da sociedade. Todos se beneficiam da produção de bens públicos. Exemplos: defesa nacional, segurança pública, justiça, ruas, iluminação pública. Monopólios naturais Existem setores nos quais o processo produtivo se caracteriza por retornos crescentes de escala. Isto significa que os custos de produção unitários declinam à medida que aumenta a quantidade produzida. Pode ser mais eficiente uma empresa produtora de energia elétrica do que duas ou mais. O governo neste caso pode: regular empresas ou intervir diretamente produzindo o bem/serviço. Externalidades São comuns os casos em que a ação de um indivíduo ou empresa afeta direta ou indiretamente outros agentes econômicos. É uma situação onde o benefício coletivo ou social é sempre maior que o benefício individual. Há externalidades positivas e negativas. Exemplos das positivas (benefícios): infra-estrutura. Exemplos das negativas: poluição, tabagismo, ações criminosas. Diante de externalidades, o governo pode : produzir diretamente, subsidiar ou tributar, proibir, multar ou regulamentar. Externalidades O problema das externalidades é decidir de quem rebate o direto de propriedade. Assim, a participação do Governo é importante para que possa ter um ente maior, com poder de atuação efetiva no combate às externalidades negatives e se incentive as atividades positivas que geram benefícios à sociedade. Mercados incompletos, custos de produção decrescentes, ocorrência de desemprego e inflação Mesmo em atividades típicas de mercado, nem sempre o setor privado está disposto a assumir riscos. Existem mercado que os custos de implantação são altos e os custos marginais são extremamente baixos; No Brasil, a intervenção do governo é importante para a concessão de crédito de longo prazo. O livre funcionamento de mercado não soluciona problemas como a existência de altos níveis de desemprego e inflação. Falhas de mercado Externalidades; Mercados incompletos; Assimetria de informação; Oferta de bens públicos; desenvolvimento, emprego e estabilidade; Falhas na competição Para poder desempenhar suas funções, o governo precisade recursos. Os tributos são a principal fonte de geração de receitas do governo. O tributo é gênero cujas espécies são impostos taxas contribuições Teoria da Tributação Tributos Receita de entidades públicas, compreendendo impostos, taxas e contribuições, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades. Exemplos: taxa do lixo financia a atividade específica de coleta de lixo; imposto de renda financia atividades gerais do governo; contribuição à previdência social financia especificamente o pagamento de aposentadorias. Impostos Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica. Exemplo: o pagamento do IPVA não é uma contrapartida à prestação de qualquer serviço governamental ao proprietário de automóvel. Taxa Pagamento que pressupõe uma atividade governamental, seja em função do exercício regular do poder de polícia, seja pela prestação de serviço público específico e divisível, efetivamente prestado ao usuário ou posto à sua disposição Exemplos: taxas de fiscalização de empresas, taxa para emplacamento de veículos, taxa de iluminação pública. Contribuição Pagamento cujo recurso fica vinculado a uma despesa específica do governo, não necessariamente associada a um benefício direto ao contribuinte. Exemplos: contribuição de melhoria gera benefício patrimonial direto ao contribuinte; CPMF financia as despesas de saúde pública não necessariamente desfrutadas pelo contribuinte. Bases Clássicas de Incidência de Impostos Renda: IR Pessoa Física, IR Pessoa Jurídica. Patrimônio: IPTU, IPVA, ITBI. Consumo: ISS, ICMS, IPI. Características do Imposto sobre Consumo Amplitude da base de incidência: geral (ICMS) ou específica (IPI). Tipo de alíquota: única ou seletiva. Estágio do processo de produção: atacado, varejo, ao longo da cadeia de comércio. Forma de cobrança: cumulativo ou valor agregado. Cumulativo ou “Em Cascata” A B C Total Valor de Compra 100 150 Valor de Venda 100 150 300 Imposto sobre transações 18 27 54 99 Carga tributária total sobre o produto 33 % Cumulativo II A B C D Tota l Valor de Compra 100 150 200 Valor de Venda 100 150 200 300 Imposto sobre transações 18 27 36 54 135 Carga tributária total sobre o produto 45% Cumulativo III Maior tributação dos produtos que têm cadeia produtiva longa: verticalização, discriminação das decisões de investimento por setores. Não desonera exportações: prejudica política macroeconômica. Valor Adicionado I A B C Total Valor de Compra 100 150 Valor de Venda 100 150 300 300 Valor Adicionado 100 50 150 IVA = 18% do Valor Adicionado 18%*100= 18 (18%*150)- 18=9 (18%*300) -18-9 = 27 54 Carga tributária total sobre o produto 18% Valor Adicionado II A B C D Total Valor de Compra 100 150 200 Valor de Venda 100 150 200 300 300 Valor Adicionado 100 50 50 100 IVA = 18% do Valor Adicionado 18%*100=1 8 (18%*150 )-18 = 9 (18%*200 )-18-9 = 9 (18%*300 )-18-9-9= 18 54 Carga tributária total sobre o produto 18% Valor Adicionado III Tamanho da cadeia de comercialização não altera carga tributária. Permite desoneração total das exportações (isenta o exportador e lhe paga o crédito das fases anteriores). Autofiscalização dentro da cadeia de comercialização. Déficit, Dívida e Resultado Primário O déficit primário corresponde à diferença entre arrecadação e gastos do governo, sem levar em conta as despesas com os juros da dívida interna pública. Para financiar este déficit o governo pode: Emitir moeda (e contribuir para inflação); Endividar-se, emitindo um título de dívida pública.. Déficit, Dívida e Resultado Primário Em economia, é importante medir o déficit do governo para saber se ele está “pressionando” a demanda por bens e serviços. Se o governo coloca mais dinheiro na economia (compra de bens e serviços vendidos pelo setor privado) do que retira (impostos cobrados do setor privado), ele estará estimulando o crescimento econômico e/ou o aumento dos preços. Déficit, Dívida e Resultado Primário Sendo assim, nos períodos seguintes o governo deverá pagar juros e ir amortizando a dívida criada. Logo, teremos: O déficit nominal, que corresponde à soma do déficit primário com os gastos com juros nominais (juros reais mais correção monetária) e com a amortização da dívida pública; O déficit operacional, que corresponde à soma do déficit primário com o pagamento dos juros reais (taxa cobrada sobre um empréstimo ou financiamento sem considerar a correção monetária) e a amortização da dívida pública (apresenta-se com valor inferior ao nominal, pois dele já está excluída a parte correspondente à inflação). Déficit, Dívida e Resultado Primário Superávit: Arrecadação > Gastos Públicos Déficit: Arrecadação < Gastos Públicos O déficit público pode ser dividido em: Déficit Nominal ou Total (NFSP não Financeiro) – Conceito Nominal Déficit Primário ou Fiscal Déficit Operacional (NFSP não Financeiro) – Conceito Operacional 2) SISTEMA TRIBUTÁRIO E CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL O SISTEMA TRIBUTÁRIO ANTES DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 O SISTEMA TRIBUTÁRIO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 Reforma tributária década de 1960 Centralização tributária na União, refletindo a centralização política. Racionalização do sistema, viabilizado pela centralização (redução do número de impostos, melhor definição das bases de incidência) Substituição de impostos “em cascata” pelo ICM (estadual) e pelo IPI (federal) não cumulativos e com características de um IVA. O Sistema Tributário da Década de 1960 Impostos sobre comércio exterior: importação e exportação. Impostos sobre patrimônio e renda: IR, IPTU, ITBI, ITR. Impostos sobre produção e consumo: ICM, IPI, ISS. Impostos únicos: IUCL, IUEE, IUM. Partilha das receitas: FPM e FPE • ICM: alíquota uniforme para todos os estados, facilitando a desoneração das exportações e impedindo a guerra fiscal. • IPI: funcionava como um imposto especial (incidindo sobre alguns bens não essenciais) e com alíquotas seletivas.• FPM e FPE: 10% da arrecadação federal de IR e IPI A deterioração do sistema I Ênfase no desenvolvimentismo levou à proliferação de incentivos fiscais. Ao mesmo tempo em que se davam incentivos no IPI, ampliava-se a sua base de incidência, para compensar as isenções. Resultado: fim da seletividade. Governo federal dava isenções de ICMS, um imposto estadual, interferindo na política fiscal estadual. Criação de poupança compulsória para financiar o desenvolvimento (PIS/PASEP) incidente sobre o faturamento das empresas: a volta da tributação em cascata. Redução paulatina da participação dos estados e municípios na receita federal. O Sistema Tributário da Constituição de 1988 Fragilidade do governo central e grande descentralização de receitas, principalmente por ampliação das transferências: FPE e FPM passaram a consumir mais de 50% da arrecadação federal de IR e IPI. ICM passou a ser ICMS: ampliação da base de cálculo com a inclusão das atividades antes tributadas por impostos únicos, maior autonomia dos estados na fixação de alíquotas, proibição à União para conceder incentivos. A Deterioração do Sistema Governo Federal cria e aumenta contribuições: incidência em cascata, que reduzem a competitividade da economia, onerando as exportações, desestimulando o investimento e encarecendo o emprego formal (CPMF, CSLL, COFINS). Estados passaram a usar sua autonomia na legislação do ICMS para atrair investimentos: guerra fiscal, oportunidades de sonegação, complexidade da legislação. A Disparada da Carga Tributária 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Carga tributária (% PIB) Necessidade de ajuste fiscal para sair do quadro hiperinflacionário. Esforço da União para recompor receita que foi descentralizada. Redemocratização levou ao aumento da despesa, por pressão de diversos grupos sociais, o que exigiu aumento da receita para manter equilíbrio. A Reforma Tributária Necessária Globalização e aumento da competição internacional exige que o sistema tributário do país tenha impostos não-cumulativos. Desonerar investimentos e geração de emprego. Não é possível reduzir, no curto-prazo, a carga tributária, dada a necessidade de conter o crescimento da dívida pública. Não é possível Reduzir fortemente a carga tributária somente com a garantia de que as despesas serão reduzidas. • Conter a guerra fiscal predatória. • Simplificar a legislação (em especial, do ICMS). • Garantir receita suficiente para cada esfera de governo, o que nem sempre é compatível com a simplificação do sistema tributário (por exemplo: federalização do ICMS deixaria os estados sem sua principal fonte de receita) Dificuldades para Fazer a Reforma • Seguidos anos de estagnação do PIB e de crescimento da carga tributária fazem com que não se tenha espaço para acomodar perdas. Em um contexto de crescimento econômico é mais fácil fazer reforma. • Inconsistência temporal: embora uma reforma tributária bem feita aumente as perspectivas de crescimento, beneficiando toda a sociedade no longo prazo, há custos de curto prazo que nenhum setor quer pagar. Uma ampla reforma tem efeitos pouco conhecidos sobre a distribuição da renda: • Ricos x pobres: o novo sistema será mais progressivo? •Patrões x Empregados: quem arcará com o ônus final do novo sistema os empregadores (redução do lucro ou dos salários)? •Governo x Setor Privado: o governo não quer perder arrecadação e o setor privado quer menos impostos. •Estados x União x Municípios: quem perde e quem ganha receitas e flexibilidade para administrar a política tributária? Para tornar o sistema tributário adequado à sociedade, alguns conceitos devem ser considerados: o conceito da equidade; o conceito da progressividade; o conceito da neutralidade; o conceito da simplicidade. Pelo conceito da equidade, cada contribuinte deve contribuir com uma parcela “justa” para cobrir os custos do governo. Para se atender à justiça, deve-se levar em consideração os princípios do benefício e da capacidade de pagamento. Segundo o princípio do benefício, cada indivíduo deveria contribuir com uma quantia proporcional aos benefícios gerados pelo consumo do bem público. Esse princípio é de difícil implementação porque os benefícios gerados não são mensuráveis. Apenas o processo político pode, de alguma forma, revelá-los. Equidade Outra forma de se aferir o quanto cada indivíduo deve contribuir segue o princípio da capacidade de pagamento (ou capacidade contributiva). Segundo esse princípio, o ônus tributário deve ser tal que garanta as equidades horizontal e vertical. Para que se respeite a eqüidade horizontal, os contribuintes com a mesma capacidade de pagamento devem pagar o mesmo nível de impostos. Equidade horizontal Para que se respeite a equidade vertical, as contribuições dos indivíduos devem ser diferenciadas segundo as suas respectivas capacidades de pagamento. Equidade Vertical Um imposto pode ser progressivo ou regressivo. Um imposto é progressivo quando a alíquota de tributação se eleva quando aumenta o nível de renda. A idéia que justifica uma tributação progressiva é de que quem recebe mais renda deve pagar uma proporção maior de impostos relativamente às pessoas de baixa renda. Um imposto progressivo pode ser utilizado para obtenção de maior equidade. Progressividade O sistema tributário não deve provocar distorção na alocação de recursos. Nesse sentido, o sistema tributário deve, em linhas gerais, visar a neutralidade. Um sistema tributário deve ser voltado, em geral, para a neutralidade. Entretanto, em algumas circunstâncias, pode-se melhorar a alocação de recursos com a imposição de impostos seletivos. Nesses casos, uma tributação neutra apenas manteria distorções existentes. Exemplos: tributação sobre bens de capital desestimula o investimento, tributação “em cascata” desestimula exportações. Neutralidade O conceito de simplicidade se relaciona com a facilidade da operacionalização da cobrança do tributo. Simplicidade Simplicidade Para que haja simplicidade o imposto deve ser de fácil entendimento para quem tiver de pagá-lo, não acarretando custos elevados para o contribuinte; a cobrança, a arrecadação do imposto e o processo de fiscalização não devem representar custos administrativos elevados para o governo. Conflitos de Objetivos Simplicidade x Neutralidade (Exemplos: imposto único, IRPJ) Progressividade x Simplicidade (Exemplo: IR com muitas alíquotas e isenções) Neutralidade x Equidade (Exemplo: tributação sobre consumo via IVA é neutra mas não equitativa). TEORIA DOS BENS SOCIAIS – Análise parcial e geral Os bens sociais e as falhas de mercado Importância dos bens sociais para o estudo da economia do setor público; O sistema tradicional de economia de mercado mostra que sobre determinadas condições não seja atingida a máxima eficiência; Problema de quando o consumo de um bem não pode ser limitado e sua oferta não é vinculada com a demanda efetiva; O principioda exclusão é o principal mecanismo de mercado. Os bens sociais e as falhas de mercado O uso eficiente dos recursos está atrelado que os preços se igualem aos custos marginais.... Isso acaba que provocando que alguns consumidores não revelem às suas preferências; Não seria lucrativo para o mercado produzir os mesmos. TEORIA DE MUSGRAVE Segundo Musgrave, o conceito de bem social é aquele cujo consumo é disponível a qualquer pessoa, ou seja, o consumo por um indivíduo não exclui nem reduz o consumo de outra pessoa na sociedade, com isso o consumo adicional de um bem, não implicaria acréscimo do custo. Se o custo marginal é igual a zero, assim deveria ser o preço. Já os bens privados têm a característica de ser exclusivo, ou seja, o consumo de um bem é internalizado por quem paga para te-lo. TEORIA DE MUSGRAVE Portanto, os bens sociais são não rivais e não exclusivos, enquanto os bens privados são exclusivos e rivais. Nos bens sociais, cada indivíduo espera pagar um preço diferente para obter a mesma quantidade do bem e a soma dos preços unitários iguala-se ao custo marginal. TEORIA DE MUSGRAVE O objetivos é encontrar o equilíbrio socialmente ótimo entre bens sociais e privados TEORIA DE LINDAHL Lindahl dividiu os bens em dois tipos: - O primeiro tem a característica de que o consumo por um indivíduo subtrai o total disponível para outras pessoas da sociedade. Dadas às condições de preço no mercado o indivíduo maximizaria sua utilidade de acordo com suas necessidades e suas disponibilidades de recursos. - O segundo refere-se àqueles bens que têm a característica de que o consumo de uma pessoa não afetaria o total disponível para outro indivíduo. Sem a curva de demanda,do mercado dos bens sociais, como seriam determinados o preço e a sua quantidade? TEORIA DE LINDAHL Solução baseada na troca involuntária e nos princípios do beneficio da tributação, ou seja um indivíduo que espera obter um beneficio maior teria uma contribuição mais elevada de acordo com o custo da oferta. TEORIA DE SAMUELSON Samuelson dividiu os bens como sendo “bens privados” e “bens coletivos”. Bens privados são aqueles cujo consumo por um indivíduo reduz a sua disponibilidade para outros indivíduos. Bens coletivos são aqueles cujo consumo por um indivíduo não afeta a sua disponibilidade para os outros indivíduos. O modelo de Samuelson procura determinar o nível ótimo de produção dos bens coletivos. TEORIA DE SAMUELSON O modelo de Samuelson procura determinar o nível ótimo de produção dos bens coletivos. TEORIA DE TIEBOUT Segundo Tiebout seria necessário um número razoavelmente grande de governos locais e se cada comunidade oferecesse diferente conjunto de bens públicos, então cada indivíduo poderia selecionar a localidade para fixar a residência que satisfizesse a sua escala de preferência. Assim, cada indivíduo revelaria simultaneamente sua preferência e seria conseguida a ótima alocação dos recursos no setor público. TEORIA DE TIEBOULT Com isso, Tiebout tenta mostrar que a alocação ótima dos recursos por parte do governo teria maior chance de ser obtida quanto maior fosse à aproximação dos indivíduos com os executores da política governamental. Daí sua preferência pelos gastos em nível local que, segundo ele, refletem melhor as reais preferências dos indivíduos. TEORIA DE TIEBOULT Tiebout tenta explicar as vantagens de seu modelo de dispêndios públicos em termos locais, cujos principais pontos são: Possibilidade de migrações por parte dos indivíduos até que eles encontrem o governo local que ofereça os bens públicos que satisfaçam a seus padrões de preferências; As diferenças entre os padrões de gastos e receitas seriam conhecidas pelos indivíduos; Existe grande número de localidades nas quais os indivíduos podem escolher uma para morar; TEORIA DE TIEBOULT Não haveria problemas sobre oportunidades de emprego, assumindo que não há problemas com a distribuição da renda; Não haveria externalidades (quando uma pessoa age provocando efeitos a outras pessoas, sem o consentimento destas, podendo o efeito ser benéfico: externalidade positiva - ou prejudicial: externalidade negativa) entre as comunidades nos serviços públicos oferecidos; O padrão e conjunto dos serviços a serem oferecidos pela comunidade seguiriam as preferências dos atuais residentes da comunidade, não havendo, em princípio, um tamanho ótimo para a comunidade. Este ótimo seria definido em relação ao número de residentes para os quais se procuraria oferecer os serviços públicos ao menor custo possível; TEORIA DE TIEBOULT O último pressuposto é o de que as comunidades abaixo do tamanho ótimo procurarão atrair novos residentes para diminuir seus custos médios. Situação oposta aconteceria com aquelas comunidades acima do tamanho ótimo. Aquelas que conseguissem obter os seus níveis ótimos tentariam mantê-los. TEORIA DE TIEBOULT Destacadas essas condições, observa-se que o movimento migratório é de crucial importância dentro do modelo Tiebout. Isto porque este movimento mostrará quanto o consumidor espera ou está disposto a pagar por um bem e atua como um mecanismo pelo qual o indivíduo revela sua demanda pelos bens públicos. O autor acredita que este tipo de Governo é mais adequado, à satisfação das necessidades dos índividuos, levando a uma alocação ótima dos recursos. CONSIDERAÇÕES FINAIS -As teorias definem como públicos aqueles bens cujo consumo é feito no mesmo montante por todos os indivíduos. -O consumo de uma pessoa não diminui as oportunidades de consumo de outro indivíduo. -Essas teorias tentam mostrar os mecanismos pelos quais os consumidores revelariam suas preferências pelos bens públicos puros, tal que o governo adaptasse suas cestas de bens e serviços ao padrão de consumo dos indivíduos.
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