Buscar

DOENÇAS PEROXISSOMAIS: Síndrome de Zellweger

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Medicina 
DOENÇAS PEROXISSOMAIS: 
Síndrome de Zellweger
OBJETIVO DA PESQUISA: 
Definição do que são os peroxissomas, sua função no corpo humano, e quais são as doenças relacionadas a essa organela quando os seus processos não se efetuam corretamente. Nesta pesquisa será abordada apenas a síndrome de Zellweger. 
1 - O QUE É O PEROXISSOMA?
O peroxissoma é uma organela celular delimitada por uma membrana constituída por uma dupla camada lipídica (de gorduras) que contém diversas proteínas. No seu interior há a matriz peroxissomal que contém proteínas de função enzimática (capazes de transformar compostos). Estas enzimas catalisam muitas reações de síntese e degradação de compostos de grande importância para o metabolismo.
2 - ONDE SE ENCONTRAM OS PEROXISSOMAS?
Os peroxissomas estão presentes em todos os tecidos, mas predominam no fígado, rim e cérebro durante o período de formação da mielina (material que cobre as fibras nervosas e forma a substância branca cerebral).
3 - QUAL É A SUA FUNÇÃO? 
A principal função dos peroxissomas é digerir algumas substâncias. Isso porque em seu interior estão armazenadas as enzimas oxidases. Essas enzimas oxidam os ácidos graxos para a síntese de colesterol. Também são usados como matéria-prima na respiração celular com o intuito de obter energia.
Nas reações de oxidação é produzido o peróxido de hidrogênio (H2O2), e por isso essa organela recebe esse nome.
No corpo humano, os peroxissomos são encontrados nas células que formam os rins (células renais) e o fígado (células hepáticas). No fígado, eles auxiliam na produção de sais biliares e também na neutralização de algumas substâncias tóxicas para o corpo através da enzima catalase. Sendo assim, eles auxiliam na desintoxicação celular proveniente, por exemplo, do uso do álcool e de medicamentos.
4 - O QUE É UM ERRO NO METABOLISMO DO PEROXISSOMA?
Um erro no metabolismo do peroxissoma surge quando algum dos processos relacionados com esta organela não se efetua corretamente. O defeito pode ser da biogénese, ou de alguma das funções das enzimas peroxissomais.
Cada uma das proteínas implicadas no metabolismo peroxissomal está determinada geneticamente (codificada). Quando surge uma mutação (alteração estável e hereditária) num gene que codifica uma destas proteínas, esta manifesta-se através de alterações na concentração ou estrutura que podem alterar a sua função. Diz-se que existe um erro inato da biogénese do metabolismo do peroxissoma.
Como consequência desse erro metabólico, podem acumular-se compostos que não se degradam corretamente (por exemplo AGCML, ácido fitánico) e que são tóxicos quando estão em excesso. Também se produz um defeito na síntese de outros compostos como os plasmalógenios, que são essenciais para o desenvolvimento cerebral. Estas alterações são a causa da doença.
5 – O QUE SÃO DOENÇAS PEROXISSOMAIS? 
Existem dois tipos de doenças peroxissomais. As doenças tipo 1 e as doenças tipo 2. As doenças tipo 1 envolvem múltiplas enzimas, e são normalmente distúrbios da formação e montagem das próprias organelas. Entre as doenças inclusas nessas categorias estão síndrome de Zellweger, adrenoleucodistrofia neonatal, doença de Refsum infantil e condrodisplasia punctata rizomélica. Essas doenças tipo 1 normalmente são condições graves que afetam o funcionamento geral do cérebro. 
As doenças do tipo 2 são aquelas em que apenas uma única função enzimática do peroxissomo é afetada, ou seja, se dentro do peroxissomo não houver uma das funções que a organela possa fazer, o indivíduo estará suscetível as seguintes doenças: adrenoleucodistrofia ligada ao X (gene ABCD1), síndrome de pseudo-Zellweger (gene PM70), doença de Refsum adulta (ácido fitânico oxidase) e hiperoxalúria (alanina-glioxilato aminotransferase).
6 - A SÍNDROME DE ZELLWEGER
6.1 - O que é?
A síndrome de Zellweger ocorre em 1 em cada 50.000 a 100.000 nascimentos, e é uma doença muito rara. A doença é caracterizada pela redução ou ausência de peroxissomos nas células do cérebro, fígado e rins. As células não têm a capacidade de executar, nos peroxissomos, a beta-oxidação de ácidos graxos de cadeia longa. O organismo do indivíduo afetado não poderá fazer as oxirreduções necessárias à sobrevivência dele, levando-o à morte.
As doenças dos peroxissomas têm uma grande variabilidade clínica e de formas de apresentação, sendo o S.Z. a sua expressão mais grave. Classificam-se em 3 grandes grupos:
- Grupo 1: os peroxissomas funcionantes estão ausentes ou reduzidos em número em todas as células (p. ex., S.Z., Forma Infantil da doença de Refsum);
- Grupo 2: a estrutura peroxissómica é quase normal, mas há múltiplas deficiências das enzimas dos peroxissomas (p.x., condrodisplasia rizomélica punctata); 
- Grupo 3: deficiência na função de uma só enzima peroxissómica, tendo os organelos estrutura normal (p. ex., adrenoleucodistrofia ligada ao X).
6.2 – Causas
A doença se deve a uma deficiência genética em um dos vários genes envolvidos na biogênese peroxissomal. Tipicamente, apresenta-se no período neonatal e é normalmente fatal. Os peroxissomos apresentam-se "vazios", pois existe uma deficiência na importação de proteínas, não ocorrendo as reações oxidativas características da organela. A maioria das crianças com síndrome de Zellweger morre no primeiro ano de vida pois apresentam anomalias severas no cérebro.
6.3 - Caraterísticas clínicas 
Crianças com esta síndrome apresentam face achatada, fontanela anterior grande, testa alta proeminente, o osso occiptal achatado, fissura palpebral, ponte nasal larga, epicanto, hipoplasia e arcadas superciliares. Macrocefalia ou microcefalia, palato ogival, dobras cutâneas redundantes podem estar presentes. Já em pessoas adultas com a síndrome pode haver catarata, glaucoma, nistagmo e a atrofia do nervo óptico. Alterações visuais e perda perda auditiva neurossensorial também podem ser vistas nestes indivíduos. 
A Síndrome de Zellweger é frequentemente suspeitada em diagnóstico físico, e definitivamente confirmada com a avaliação bioquímica ou ainda, suspeitada durante o exame de ultrassom pré-natal (hidro nefrose). 
6.4 - Tratamento 
Nenhum tratamento eficiente se encontra disponível para desordens peroxissomais. O aconselhamento genético é indicado para as famílias de gestantes de bebês que apresentam a síndrome. A suplementação nutricional com ésteres do ácido docoexaenóico parece melhorar os pacientes com formas mais brandas de distúrbios peroxissomais. O fenilbutirato, que estimula a replicação de peroxissomos, tem sido usado em alguns casos, mas com resultados limitados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRANÇA, Antonio; MORAES, Samuel. Doenças dos peroxissomas. Disponível em: http://saudecelulahumana.blogspot.com/2016/09/doencas-peroxissomais.html. Acesso em: 10 set 2018. 
HOSPITAL MATERNO INFANTIL DA UNIVERSIDADE DE BARCELONA. Doenças dos peroxissomas: ald-x. Disponível em: https://metabolicas.sjdhospitalbarcelona.org/sites/default/files/ald-x_portugues_provisorio.pdf. Acesso em: 10 set 2018. 
PALHARES, Dario; NUNES, Denise Strassburger; VALADARES, Eugênia Ribeiro. Relato de Caso: Síndrome de Zellweger. Disponível em: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=2577. Acesso em: 10 set 2018.

Continue navegando

Outros materiais