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Teoria da Discriminação de Preços e Concorrência Monopolística

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Teoria da Firma
Discriminação de preços tarifa em duas partes e
concorrência monopolística
Roberto Guena de Oliveira
USP
28 de julho de 2014
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 1 / 57
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 2 / 57
Discriminação de preços
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 3 / 57
Discriminação de preços Tipos de discriminação
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 4 / 57
Discriminação de preços Tipos de discriminação
O que é preciso para discriminar preços
Diferenciar os compradores de acordo com suas
preferências e/ ou
identificar as quantidades compradas por compradores e
dificultar a arbitragem entre compradores.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 5 / 57
Discriminação de preços Tipos de discriminação
Três tipos de discriminação de preços
1 Discriminação de preços de primeiro grau ou
discriminação perfeita de preços: O monopolista é capaz
de identificar as preferências de cada comprador e
identificar as quantidades consumidas por comprador.
2 Discriminação de preços de segundo grau ou precificação
não linear: o monopolista é capaz de identificar quanto
cada comprador adquire do bem, mas não conhece as
preferências dos compradores.
3 Discriminação de preços de terceiro grau: o monopolista é
capaz de diferenciar os compradores de acordo com suas
funções de demanda, mas não monitora quanto cada
comprador compra.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 6 / 57
Discriminação de preços Simplificações
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 7 / 57
Discriminação de preços Simplificações
Hipótese simplificadora
Para efeito do tratamento dado às discriminações de preço de
1º e 3º graus, suporemos que os n compradores sejam
consumidores cujas funções de demanda têm a forma
ui(qi, xi) = vi(qi) + xi, i = 1,2, . . . , n
na qual qi é a quantidade consumida pelo indivíduo i do bem
produzido pelo monopolista e xi é o total de dinheiro
disponível para esse consumidor para aquisição de outros
bens e vi(qi) é uma função estritamente côncava com
vi(0) = 0 para i = 1,2, . . . , n
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 8 / 57
Discriminação de preços Simplificações
Consequências
1 A curva de demanda pelo bem q é dada pelo gráfico da
função pd = v′(q).
2 O valor máximo que o consumidor i está disposto a pagar
para consumidr uma quantidade qi do bem produzido
pelo monopolista quando a alternativa é não consumir
nada desse bem é vi(qi)
3 Esse valor é dado pela área abaixo de sua curva de
demanda atá a quantidade qi
Observação: Os resultado que vamos obter podem ser
generalizados para funções de utilidade não quase-lineares.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 9 / 57
Discriminação de preços 1º grau
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 10 / 57
Discriminação de preços 1º grau
Objetivo do monopolista
max
n∑
i=1
Pi − c
‚
n∑
i=1
qi
Œ
dada a restrição Pi ≤ vi(qi), i+ 1,2, . . . , n sendo
qi o tamanho do pacote desenhado para o
comprador i,
Pi o preço desse pacote,
c(q) a função de custo do monopolista na qual
q =
∑n
i=1
qi, sendo n o número de compradores.
vi(qi) o preço máximo que o comprador i está disposto a
pagar para comprar um pacote com qi unidades
quando a opção é não comprar nada.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 11 / 57
Discriminação de preços 1º grau
Solução do problema
Pi = vi(qi), v
′
i
(qi) = CMg
Interpretação
(v′
i
(qi) =) preço de demanda = curto marginal.
Propriedade
O discriminador perfeito produz a quantidade eficiente, mas
captura todo o excedente gerado.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 12 / 57
Discriminação de preços 1º grau
Ilustração: custo marginal constante
Consumidor 1
q1
p
v′
1
(q1)
CMg
q∗
1
P1
Consumidor 2
q2
p
v′
2
(p)
CMg
q∗
2
P2
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 13 / 57
Discriminação de preços 1º grau
Ilustração: custo marginal constante
Consumidor 1
q1
p
v′
1
(q1)
CMg
q∗
1
ganho com
consumidor 1
Consumidor 2
q2
p
v′
2
(p)
CMg
q∗
2
ganho com
consumidor 2
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 14 / 57
Discriminação de preços 2º grau
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 15 / 57
Discriminação de preços 2º grau
O que pode fazer um discriminador de 2º
grau?
Como o discriminador de preços de segundo grau não é capaz
de observar as preferências do consumidor, ele pode
desenhar pacotes com quantidades do produto e preços
diferentes, na esperança de que cada tipo de consumidor
escolha um pacote diferente.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 16 / 57
Discriminação de preços 2º grau
Hipóteses simplificadoras
1 Há apenas 2 tipos de consumidores em igual número, n.
2 v1(q1) e v2(q2) são as respectivas funções de disposição a
pagar.
3 v1(q) > v2(q) para qualquer valor de q.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 17 / 57
Discriminação de preços 2º grau
O problema do discriminados de 2º grau
max
q1,q2
n(P1 + P2)− c[n(q1 + q2)]
Respeitando as restrições
P2 ≤ v2(q2) e v1(q1)− P1 ≥ v1(q2)− P2.
Na qual q1 e q2 são os pacotes desenhados para serem
adquiridos pelos consumidores 1 e 2 e P1 e P2 são seus
respectivos preços.
A última condição significa que o execedente do consumidor 1
ao consumir o pacote que foi desenhado para ele não pode
ser inferior ao excedente que ele obteria caso optasse por
consumir o pacote desenhado para o consumidor 2. Ela
equivale a
P1 ≤ v1(q1)− v1(q2) + P2
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 18 / 57
Discriminação de preços 2º grau
Reformulando o problema
max
q1,q2
n[v1(q1)− v1(q2) + 2v2(q2)]− c[n(q1 + q2)]
Condições de máximo
v′
1
(q1) = CMg (1)
Aumento do ganho
com consumidor 2
ao aumentar q2
v′
2
(q2)− CMg = v
′
1
(q2)− v
′
2(q2)
Redução no ganho
com consumidor 1
ao aumentar q2
(2)
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 19 / 57
Discriminação de preços 2º grau
Representação gráfica I
Um solução que não maximiza lucro.
P2 = A+B
exc. consumidor 2 = 0
ganho c/ cons. 2 = A
P1 = A+B+C+D
exc. consumidor 1 = E
ganho c/ cons. 1 = A+C
q
p
v′
1
(q)
v′
2
(q)
CMg
q2 q1
A
B
C
D
E
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 20 / 57
Discriminação de preços 2º grau
Representação gráfica II
efeito de uma pequena redução em q2
sobre o ganho c/ cons. 2
q
p
v′
1
(q)
v′
2
(q)
CMg
q2 q1
∆q2
redução no
ganho com o
consumidor 2
sobre o ganho c/ cons. 1
q
p
v′
1
(q)
v′
2
(q)
CMg
q2 q1
∆q2
aumento no
ganho com o
consumidor 1
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 21 / 57
Discriminação de preços 2º grau
Representação gráfica – III
solução de lucro máximo
P2 = A+B
exc. consumidor 2 = 0
ganho c/ cons. 2 = A
P1 = A+B+C+D
exc. consumidor 1 = E
ganho c/ cons. 1 = A+C
q
p
v′
1
(q)
v′
2
(q)
CMg
q1q2
A
B
E
C
D
=
=
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 22 / 57
Discriminação de preços 2º grau
Exemplos
1 Diferentes versões do mesmo sistema operacional.
2 Passagens aéreas de primeira e segunda classes.
3 Discos rígidos.
4 Impressoras.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 23 / 57
Discriminação de preços 3º grau
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 24 / 57
Discriminação de preços 3º grau
O que o discriminador de 3º grau pode
fazer?
Como o discriminador de preços de terceiro grau não é capaz
de monitorar quanto cada comprador adquire de seu produto,
o que ele pode fazer é praticar preços diferenciados para
consumidores diferentes.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 25 / 57
Discriminação de preços 3º grau
O problema do discriminador de 3º grau
max
q1,...,qn
n∑
i=1
pi(qi)qi − c
‚
n∑
i=1
qi
Œ
sendo pi(qi) a função de demanda inversa do consumidor i,
i = 1, . . . , n.
Condição de lucro máximo:
RMgi = CMg⇒ pi = CMg
1
1− 1/ |εi|
∴ consumidores com demanda menos elástica pagam preços
maiores.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 26 / 57
Discriminação de preços 3º grau
Observação
A condição de ótimo do discriminador de segundo grau
implica a igualdade entre as receitas marginais nos diferentes
mercados nos quais ele opera. Essa condição é uma condição
de maximização de receita dada a produção do monopolista.
Você é capaz de verificar isso?
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 27 / 57
Discriminação de preços 3º grau
Discriminação de 3º grau – ilustração:
q1
p
D1
RMg1
q2
p
D2
RMg2
q∗
2
p∗
2
q1+q2
p
RMg
soma horiz. de
RMg1 e RMg2
CMg
q∗
1
p∗
1
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 28 / 57
Discriminação de preços 3º grau
Exemplos
1 Descontos para estudantes em espetáculos artísticos.
2 Descontos para aposentados em farmácias.
3 Preços na alta estação e liquidação.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 29 / 57
Tarifas em duas partes
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 30 / 57
Tarifas em duas partes
Tarifa em duas partes – definição
Dizemos que uma empresa pratica tarifa em duas partes
(ou, argh! “tarifas bipartidas”) caso ela cobre um preço,
chamado tarifa de acesso independente da quantidade
consumida pelo acesso ao produto mais um preço constante
por unidade consumida.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 31 / 57
Tarifas em duas partes
Exemplos
1 Alguns serviços de telefonia
2 Provedor de banda larga (tarifa de acesso positiva e preço
nulo)
3 Bares e restaurantes com couvert.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 32 / 57
Tarifas em duas partes
Quando todos consumidores são iguais
q
p
v′(q)
CMg
q∗
p∗
tarifa
Ao cobrar uma tarifa igual à
área demarcada e um preço
p∗ igual ao custo marginal, o
monopolista obtém um
resultado similar ao de um
discriminador perfeito.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 33 / 57
Concorrência monopolística
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 34 / 57
Concorrência monopolística
Definição
Um mercado em concorrência monopolística (ou – argh! –
“concorrência monopolizadora”) é caracterizado por
1 Há diversos produtores.
2 Os produtos são diferenciados, de modo que cada
empresa tem algum poder de monopólio, mas são
substitutos próximos.
3 A livre entrada das empresas garante que, o lucro de
cada empresa no longo prazo será nulo.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 35 / 57
Concorrência monopolística
Equilíbrio
Curto prazo
y
R$
unid.
CM
CMg
qd(p)
RMg
y∗
p∗
Lucro
Longo prazo
y
R$
unid.
CM
CMg
qd(p)
RMg
q∗
p∗ b
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 36 / 57
Exercícios
Sumário
1 Discriminação de preços
Tipos de discriminação
Simplificações
Discriminação de preços de 1º grau
Discriminação de preços de 2º grau
Discriminação de preços de 3º grau
2 Tarifas em duas partes
3 Concorrência monopolística
4 Exercícios
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 37 / 57
Exercícios
ANPEC 2014 — Questão 7
Com relação à competição monopolística, indique quais das
afirmativas abaixo são verdadeiras e quais são falsas:
0 Uma das hipóteses do modelo de competição
monopolística é a existência de barreiras à entrada e à
saída significativas; F
1 No modelo convencional de competição monopolística a
empresa apresenta lucros extraordinários no curto prazo;
F(difere do gabarito)
2 No longo prazo a empresa continua com poder de
monopólio; V
3 No longo prazo o preço de equilíbrio é maior do que o
custo marginal; V
4 No longo prazo as empresas não operam com excesso de
capacidade. F
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 38 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04
Uma firma monopolista atua num mercado no qual a
demanda pelo produto pode ser dividida em dois mercados
com característica distintas, que podem ser resumidas pelo
comportamento das respectivas demandas: qd
1
= 24− p1 e
qd
2
= 24− 2p2. A tecnologia disponível para o monopolista
apresenta custo marginal constante e igual a 6.
É possível afirmar que
0 O monopolista cobrará o preço mais alto no mercado com
a demanda mais elástica.
1 Se realizar discriminação de preços, o monopolista obterá
um lucro aproximadamente 24,2% maior do que se
praticar um preço único para os dois mercados.
2 Com a discriminaçãode preços, a perda de eficiência no
mercado 1, cuja demanda é caracterizada pela função
qd
1
= 24− p1, será de 40,5.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 39 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04 (continuação)
Uma firma monopolista atua num mercado no qual a
demanda pelo produto pode ser dividida em dois mercados
com característica distintas, que podem ser resumidas pelo
comportamento das respectivas demandas: qd
1
= 24− p1 e
qd
2
= 24− 2p2. A tecnologia disponível para o monopolista
apresenta custo marginal constante e igual a 6.
É possível afirmar que
3 Se o monopolista preferir praticar um preço único nos
dois mercados, isso representará uma perda líquida de
bem estar menor.
4 A produção total do monopolista ao realizar discriminação
de preços seria de qtotal = 15, bem maior do que a
produção total sem discriminação.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 40 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04 — Solução
Equilíbrio sem discriminação.
Se o monopolista praticar p1 = p2 =m, a demanda pelo seu
produto será
qd = qd
1
+ qd
2
=
¨
24− p caso p ≥ 12
48− 3p caso p ≤ 12.
A demanda inversa será
pd =
¨
24− q caso q ≤ 12
16− q3 caso q ≥ 12.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 41 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04 — Solução
Equilíbrio sem discriminação (continuação).
A Receita total será
RT
¨
24q− q2 caso q ≤ 12
16q− q
2
3 casoq ≥ 12,
e a receita marginal será
RMg =
¨
24− 2q caso q ≤ 12
16− 23q caso q ≥ 12.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 42 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04 — Solução
Equilíbrio sem discriminação (continuação).
Resolvendo RMg = CMg, obtemos dois valores:
q = 9 ou q = 15.
Como, nos dois casos a curva de receita marginal é
negativamente inclinada e o custo marginal é constante, os
dois valores de q caracterizam máximo local. Calculando o
lucro em cada caso, obtemos:
Caso q = 9
RT = 24× 9− 92 = 135,
CT = 6× 9+CF = 36+CF
pi = 135− 54− CF = 81− CF.
Caso q = 15
RT = 24× 15− 152 = 135,
CT = 6× 15+CF = 90+CF
pi = 135− 90− CF = 45− CF.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 43 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04 — Solução
Equilíbrio sem discriminação (continuação).
Assim, o monopolista escolheria vender 9 unidades de seu
produto ao preço igual a 15, obtendo um lucro igual a 99.
Aparentemente, o examinador não se deu conta dessa
possibilidade e considerou que o monopolista escolheria
q = 15, obtendo um lucro de 45.
Excedente do consumidor no mercado 1:∫ 9
q=0
24− qdq− 15× 9 =
81
2
.
Excedente do consumidor no mercado 2:
0.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 44 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04 — Solução
Equilíbrio com discriminação.
Mercado 1
p1 = 24− q1
RT1 = 24q− q21
RMg1 = 24− 2q1.
Condição de lucro máximo:
24− 2q1 = 6⇒ q1 = 9
Mercado 2
p2 = 12−
q2
2
RT1 = 12q−
q2
2
2
RMg1 = 12− q2.
Condição de lucro máximo:
24− q2 = 6⇒ q2 = 6
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 45 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04 — Solução
Equilíbrio com discriminação.
Lucro do monopolista:
pi = [24× 9− 92] +
–
12× 6−
62
2
™
− [6× (9+ 6) +CF] = 99
Excedente do consumidor no mercado 1:∫ 15
q=0
24− qdq− 15× 9 =
81
2
.
Excedente do consumidor no mercado 2:∫ 9
q=0
12−
q
2
dq− 9× 6 = 9.
Roberto Guena (USP) Discrim. & conc. monop. 28 de julho de 2014 46 / 57
Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04
Uma firma monopolista atua num mercado no qual a
demanda pelo produto pode ser dividida em dois mercados
com característica distintas, que podem ser resumidas pelo
comportamento das respectivas demandas: qd
1
= 24− p1 e
qd
2
= 24− 2p2. A tecnologia disponível para o monopolista
apresenta custo marginal constante e igual a 6.
É possível afirmar que
0 O monopolista cobrará o preço mais alto no mercado com
a demanda mais elástica. F
1 Se realizar discriminação de preços, o monopolista obterá
um lucro aproximadamente 24,2% maior do que se
praticar um preço único para os dois mercados. Anulado
2 Com a discriminação de preços, a perda de eficiência no
mercado 1, cuja demanda é caracterizada pela função
qd
1
= 24− p1, será de 40,5. V
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Exercícios
ANPEC 2013 — Questão 04 (continuação)
Uma firma monopolista atua num mercado no qual a
demanda pelo produto pode ser dividida em dois mercados
com característica distintas, que podem ser resumidas pelo
comportamento das respectivas demandas: qd
1
= 24− p1 e
qd
2
= 24− 2p2. A tecnologia disponível para o monopolista
apresenta custo marginal constante e igual a 6.
É possível afirmar que
3 Se o monopolista preferir praticar um preço único nos
dois mercados, isso representará uma perda líquida de
bem estar menor. F1
4 A produção total do monopolista ao realizar discriminação
de preços seria de qtotal = 15, bem maior do que a
produção total sem discriminação. F
1Difere do gabarito. Seria verdadeiro, caso na solução sem discriminação
o monopolista produzisse q = 15.
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Exercícios
ANPEC 2012 – Questão 08
No que se refere ao processo de precificação em condições de
concorrência imperfeita, é possível afirmar que:
0 No equilíbrio de longo prazo em condições de
concorrência monopolista o lucro supranormal é
eliminado e o preço se iguala ao custo marginal. F
1 Um monopólio perfeitamente discriminador é eficiente de
Pareto. V
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Exercícios
ANPEC 2012 – Questão 08
No que se refere ao processo de precificação kem condições
de concorrência imperfeita, é possível afirmar que:
2 Em uma situação de monopólio, o mark-up da firma
(medido pelo índice de Lerner) será inversamente
proporcional ao valor da elasticidade preço da demanda
da firma. V
3 Um monopolista que discrimina preços em dois mercados
fixa preço maior no mercado que apresenta elasticidade
preço mais elevada. F
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Exercícios
ANPEC 2012 – Questão 08
No que se refere ao processo de precificação kem condições
de concorrência imperfeita, é possível afirmar que:
4 Se um monopolista vende determinado produto atrelado
a serviço pós-venda (caracterizando “vendas casadas”)
para quatro tipos de consumidores, cujos preços de
reserva são apresentados no quadro abaixo, então a
melhor opção para maximizar seus lucros é vender o
produto a $8 e o serviço a $3, auferindo um lucro total de
$25.
Consumidor Produto Serviço
1 $8 $3
2 $8 $4
3 $4 $6
4 $3 $2
F
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Exercícios
ANPEC 2010 – Questão 09
Com relação às práticas monopolistas de preços, julgue as
alternativas a seguir:
3 Suponha que um monopolista produz dois bens
complementares, A e B, e que o custo marginal de cada
um é $50. Suponha que há dois consumidores, I e II, e
que seus preços de reserva são como os descritos na
tabela abaixo:
Produto A Produto B
Consumidor I $300 $100
Consumidor II $200 $150
Se esse monopolista praticar bundling, ele terá um
aumento de $250 em seu lucro, relativamente à ausência
de bundling; F
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Exercícios
ANPEC 2010 – Questão 09
Com relação às práticas monopolistas de preços, julgue as
alternativas a seguir:
4 Considere a situação descrita no item (3). Então a prática
de bundling permite que o monopolista seaproprie de
parte dos excedentes privados dos consumidores, mas o
excedente total não varia. V
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Exercícios
ANPEC 2009 – Questão 10
Um monopolista produz um certo bem de acordo com uma
tecnologia para a qual o custo marginal de produção é
constante e igual a 4. Existem N consumidores idênticos e de
tal sorte que a demanda inversa agregada por esse bem é
dada por P = 10− Q, em que P é o preço e Q a quantidade
total demandada. Julgue as seguintes afirmativas:
0 Se o monopolista aplica a regra de mark-up como regra
de preço, então o preço de monopólio é Pm = 7 e a
quantidade produzida é Qm = 3. V
1 A perda de bem-estar (ou deadweight loss) decorrente do
uso da regra de mark-up pelo monopolista é DWL = 9. F
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Exercícios
ANPEC 2009 – Questão 10 (continuação)
2 Suponha que em vez da regra de mark-up, o monopolista
adota uma tarifa bipartite (two-part tariff), segundo a qual
ele cobra, de cada consumidor, uma tarifa de entrada
igual a t = 18/N e depois cobra o custo marginal por cada
unidade ofertada. Então o monopolista produzirá a
quantidade socialmente eficiente. V
3 Adotando uma tarifa bipartite, o monopolista jamais
poderá obter um lucro maior do que aquele obtido
mediante a regra de mark-up. F
4 Se o monopolista pratica discriminação perfeita de
preços, então seu lucro privado coincidirá com o
excedente social. V
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Exercícios
ANPEC 2008 – Questão 8
Com relação à teoria de monopólio, julgue as afirmações:
0 O monopolista que determina o preço pela regra de
mark-up sempre opera numa faixa de preços para os
quais a demanda de mercado é inelástica. F
1 Descontos a estudantes ou a idosos podem ser
interpretados como discriminação de preços de terceiro
grau. V
2 Monopólios que praticam discriminação de preços de
primeiro grau extraem todo o excedente do consumidor. V
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Exercícios
ANPEC 2008 – Questão 8 (continuação)
3 Considere um monopólio com custos médios estritamente
decrescentes. Ao determinar que a firma cobre o preço
em que o custo médio iguale a demanda inversa de
mercado, o regulador pode fazer com que a firma produza
uma quantidade intermediária entre a quantidade de
monopólio determinada pela regra de mark-up e a
quantidade socialmente eficiente. V
4 Um monopolista tem custo marginal constante, todos os
consumidores são idênticos e têm curvas de demanda
estritamente decrescentes, com efeito-renda nulo. Então,
uma tarifa bipartida, com uma parcela dada pelo custo
marginal e outra dada pelo excedente médio dos
consumidores no ponto em que o custo marginal iguala a
demanda, permite que o monopolista extraia todo o
excedente das trocas. V
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