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Exemplos: tração, compressão, torção, dobramento etc. Natureza dinâmica: aplicação repentina. Choque (impacto). Natureza repetitiva: carga varia repetidamente , seja em valor, seja em direção. Exemplo: fadiga. 3. Conceitos básicos 3.1. Tensão Ao falarmos em esforço mecânico, a primeira ideia que nos vem à cabeça é a de FORÇA. Entretanto, a sensação que temos ao imaginarmos uma força qualquer, por exemplo, de 50 kgf é muito relativa. Sempre queremos saber onde a referida força está atuando e em que área. Esta relatividade é solucionada quando definimos TENSÃO, como sendo a força por unidade de área: A unidade que normalmente usaremos é o kgf/mm², por ser a mais prática. Entretanto, qualquer unidade de força/área pode ser utilizada sem problemas, como o MPa, o N/m² e também unidades inglesas como o psi (libra/pol²). Nestas condições, a tensão é calculada pela fórmula: Note-se que o conceito de tensão é muito semelhante ao de pressão; no entanto, enquanto este último aplica-se a fluidos (líquidos e gases), o primeiro é aplicado a esforços aplicados a materiais no estado sólido. Distinguimos três tipos de tensão, em função do tipo de carga aplicada: 2 Tensão de tração, na qual há uma tendência de separação do material em duas partes, em relação ao plano de tensão; Tensão de compressão, que é o inverso da tração; as partes do material adjacentes ao plano de tensão tendem a comprimir-se uma contra a outra: Tensão de cisalhamento, em que as duas partes tendem a escorregar uma sobre a outra. Matematicamente, há somente dois tipos de cargas ou de tensões, pois a compressão pode ser considerada como a versão negativa da tração. 3.2. Deformação Todo material, ao ser solicitado mecanicamente, deforma-se. A ideia de material indeformável ou rígido é uma aproximação da Mecânica Clássica. É claro que existem, como veremos, aqueles materiais que se deformam tão pouco que podem ser considerados praticamente indeformáveis. Normalmente, a deformação é medida percentualmente ou por um número puro, em relação a uma medida inicial, como comprimento ou ângulo. Abaixo a maneira como mediremos a deformação no ensaio de tração: em mm/mm. Evidentemente, a expressão acima é um número puro, mas a unidade referida serve para deixarmos claro o significado físico da deformação. Por exemplo, uma deformação de 0,025 mm/mm, significa que cada mm de comprimento original sob a ação da carga, deforma-se de 0,025 mm. A deformação pode também ser expressa em porcentagem, como segue: em % É claro que agora temos o significado normal da porcentagem, ou seja, uma deformação de 2,5% devida a uma carga P significa que 100 unidades de 3 comprimento deformam-se 2,5 unidades de comprimento devido à mesma carga. 3.3. Resistência mecânica Já foi mencionado anteriormente que ao falarmos na resistência mecânica de um material precisamos especificar a que tipo de esforço o material resiste e em que condições. “Resistência é a carga ou tensão máxima suportada pelo material dentro de determinadas condições.” Assim, falamos em resistência elástica, resistência à carga máxima, resistência á ruptura, resistência à torção, ao dobramento, à compressão etc. Por outro lado, uma resistência mecânica é utilizada para dimensionarmos uma peça, uma barra, uma viga etc. Entretanto, deveremos considerar um fator de segurança e utilizarmos uma tensão admissível, como segue: ( ) O fator de segurança, um número maior do que 1, pelo qual se divide a resistência para se obter a tensão admissível ou de trabalho, deve ser usada pelas seguintes razoes: Deterioração dos metais pela ação do meio ambiente; Variações na distribuição das cargas adotadas no projeto e sobrecargas; Dificuldades em garantir-se perfeição na fabricação de uma determinada peça; Problemas de transporte, montagem etc. O valor do fator de segurança depende muito do caso, mas uma regra geral pode ser a seguinte: Materiais dúcteis: 1,5 a 4,0 (materiais que se deformam antes de se romper). Materiais frágeis: 5,0 a 8,0 (materiais que rompem praticamente sem deformação). 4. Ensaios mecânicos Visam estudar o comportamento dos metais quando sujeitos a um determinado tipo de esforço. Por eles determinamos as propriedades mecânicas de um 4 material e, com isso, podemos comparar materiais, verificar influências de condições de fabricação, recomendar materiais etc. Ensaios destrutivos ao lado de ensaios não destrutivos. Amostras ou corpos de prova, já que o ensaio, via de regra, não pode ser realizado para a peça inteira. Normas para padronização de ensaios, por exemplo, da ABNT. Comparação de resultados com valores predeterminados. Aquisição de materiais.
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