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ESTATUTO DA OAB COMENTADO (material completo) (2)

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ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
 
DA ADVOCACIA: 
Art. 1º São atividades privativas de advocacia: 
 I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. 
 §1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus 
em qualquer instância ou tribunal. 
 
➔ EXCEÇÕES À CAPACIDADE POSTULATÓRIA: 
I – Impetração de “Habeas corpus; 
II - Juizados especiais cíveis até 20 salários mínimos (ADIN 1.127-8): 
 Lei 9.099/95, art. 9.º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes 
comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, 
a assistência é obrigatória. 
 Obs.: Somente em primeira Instância. 
III - Juizados Especiais Federais Cíveis: 
 Lei 10.259/01, art. 10. As partes poderão designar, por escrito, representantes para a 
causa, advogado ou não. 
Obs.: ADIn 3168: Nas causas de competência dos Juizados 
Especiais Cíveis da Justiça Federal, as partes poderão atuar sem a 
constituição de advogados. 
IV - Juizados Especiais Da Fazenda Pública (LEI 12.153/09). 
 Obs.: A lei é omissa quanto à capacidade postulatória perante o 
JEFAZ. Só foi disciplinado quem poderia ser parte nas ações de competência do JEFAZ. 
Sendo assim, aplica-se, por analogia, o entendimento aplicado aos Juizados Especiais 
Federais Cíveis, quanto a não obrigatoriedade de advogado para o ajuizamento da ação 
nestes juizados. 
V – Postulação perante a Justiça do Trabalho (ADIN 1127): 
 CLT, art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente 
perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
Obs.: Súmula 425- JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO. ALCANCE - O jus postulandi das partes, 
estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e 
aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação 
rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos 
de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
VI – Justiça de Paz (ADIN 1127): 
 CF, art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
Estados criarão: (...) II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo 
voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na 
forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação 
apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter 
jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 
VII - Postulação perante órgãos administrativos: 
Obs.: Súmula n° 343/STJ: É obrigatória a presença de advogado 
em todas as fases do processo administrativo disciplinar. 
Súmula vinculante n° 05: A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
constituição. 
a) Posicionamento majoritário: Súmula Vinculante 
5 pela Suprema Corte, e entende que ela não 
trouxe delimitações, mas tornou sem efeito a 
Súmula 343 do Superior Tribunal de Justiça. 
b) Posicionamento minoritário: a Súmula 
Vinculante 5 não contraria a súmula 343 do STJ, 
mas a delimita, à medida que tira da 
administração pública o ônus de constituir 
defensor dativo ao agente público que por algum 
motivo não queira constituir advogado para sua 
defesa. 
VIII – Revisão Criminal: 
 CPP, art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador 
legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente 
ou irmão. 
Obs.: "O Supremo Tribunal Federal, em diversas ocasiões, já 
proclamou que a Lei nº 8.906/94 não alterou o art. 623 do Código 
de Processo Penal, que permite que o próprio sentenciado requeira 
a revisão criminal." (Lex/JSTF 224/367, Rel. Min. ILMAR 
GALVÃO). RvC 5367 RJ. 
IX - Lei de Alimentos (Lei nº 5.478/68): 
 Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz 
competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas o parentesco 
ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência ou 
local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos 
de que dispõe. 
 §3º Se o credor comparecer pessoalmente e não indicar profissional que 
haja concordado em assisti-lo, o juiz designará desde logo quem o deva fazer. 
Obs.: Dispositivo de vigência discutível → Capacidade 
postulatória parcial. 
 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
 §2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só 
podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. 
➔ EXCEÇÕES: Microempresas (ME) e empresas de pequeno porte 
(EPP). 
CUIDADO: Em regra, o ato constitutivo de uma EIRELI 
(empresa individual de responsabilidade limitada) deverá conter o 
visto de advogado, com a indicação do nome e número de inscrição 
na Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. 
 Fica dispensado o visto de advogado no ato constitutivo de 
EIRELI que, juntamente com este, apresentar declaração de 
enquadramento como microempresa (ME) ou empresa de pequeno 
porte (EPP). 
 
 Regulamento Geral: 
 Art. 2º O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, 
indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, 
deve resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, 
de que os respectivos instrumentos preenchem a s exigências legais 
pertinentes. 
 
→ §3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. 
Art. 5º do Código de Ética: O exercício da advocacia é incompatível com 
qualquer procedimento de mercantilização. 
 
Lembrem-se que o advogado é indispensável à administração da justiça e que no 
seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social, 
prevalecendo estas função em relação ao seu interesse particular. 
No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao 
seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público 
(art. 2º, §2º). 
 * Múnus Público: Encargo decorrente de lei ou do 
Poder Público em benefício da coletividade ou da 
ordem social. 
 
A divulgação da advocacia deve se dar de forma isolada não podendo ocorrer em 
conjunto com outra atividade de qualquer natureza. O exercício profissional em conjunto 
com outra atividade também é vedado. 
A proibição tem efeito de não mercantilizar a advocacia, impedindo a captação de 
clientela e de causas. 
 
 ➔ ADVOCACIA PÚBLICA (Art. 3º, §1º): 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
Exercem atividade de advocacia os integrantes da: 
- Advocacia-Geral da União; 
- Procuradoria da Fazenda Nacional; 
- Defensoria Pública e; 
- Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. 
Art. 9º, parágrafo único do Reg. Geral.: os integrantes da advocacia pública 
são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB. 
Art. 10/Reg. Os integrantes da advocacia pública, no exercício de atividade 
privativa prevista no Art. 1º do Estatuto, sujeitam-se ao regime do Estatuto, deste 
Regulamento Geral e do Código de Ética e Disciplina, inclusive quanto às 
infrações e sanções disciplinares.Obs.: Os interessados em prestar concurso da DPU (Defensoria 
Pública da União) precisam estar inscritos na OAB, apesar de 
uma Deliberação do Conselho da DPU permitir que o defensor 
encerre sua inscrição após ser aprovado em concurso. A questão 
é polêmica na Defensoria Pública de São Paulo, onde partes dos 
integrantes da carreira são contrários a inscrição na Ordem. 
Atualmente os editais cobram a inscrição na OAB e também dois 
anos de atividade profissional. 
 O assunto é alvo de discussão no STF (Supremo Tribunal 
Federal), instigada principalmente pela decisão tomada pelo 
Conselho da DPU de que os defensores públicos não precisam ter 
inscrição na OAB depois de aprovados no concurso público. A 
Adin 4.636, do Conselho Federal da OAB, aponta a 
inconstitucionalidade na Lei da Defensoria (Lei Complementar 
132/2009) que não exige inscrição nos quadros da OAB, (Art. 4º, 
§6º A capacidade postulatória do Defensor Público decorre 
exclusivamente de sua nomeação e posse no cargo público). A 
ADIn foi proposta em 01/08/2011 e ainda aguarda julgamento da 
Liminar. 
 
 
 ➔ ESTAGIÁRIOS (Art. 3º, §2º): 
O estagiário regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 
1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade 
deste . 
- Art. 29, §1º do Regulamento: O estagiário inscrito na OAB pode 
praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado: I – 
retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; II – obter junto 
aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
curso ou findos; III – assinar petições de juntada de documentos a processos 
judiciais ou administrativos. 
Parágrafo único: Para o exercício de ATOS EXTRAJUDICIAIS, o 
estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou 
substabelecimento do advogado. 
- Art. 9º, §1º/Est.: O estágio profissional de advocacia, com duração 
de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas 
respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por 
setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo 
obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. 
Obs.: prazo de validade da carteira de identidade do estagiário não 
pode ultrapassar três anos, nem ser prorrogado (art. 35/Reg.). 
- Art. 9º, §3º/Est.: O aluno de curso jurídico que exerça atividade 
incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela 
respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a 
inscrição na OAB. 
- Art. 9º, §4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel 
em Direito que queira se inscrever na Ordem. 
 
 → VALIDADE DOS ATOS PRIVATIVOS DA ADVOCACIA 
PRATICADOS POR PESSOA NÃO INSCRITA NA OAB: 
 São NULOS, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas (art. 
4º/Est.) 
Também serão NULOS os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do 
impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com 
a advocacia. 
Art. 4º do Reg.: A prática de atos privativos de advocacia, por profissionais 
e sociedades não inscritos na OAB, constitui EXERCÍCIO ILEGAL DA 
PROFISSÃO. 
 
➔ PROCURAÇÃO: 
Art. 5º/Est.: O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. 
O mandato é sempre escrito; 
Deve ser juntado ao processo para que o advogado possa representar a parte; 
O mandato presume a existência de uma relação de prestação de serviços 
advocatícios entre o outorgante e o outorgado e, ainda, de uma fixação de honorários 
advocatícios. 
Validade: O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de 
tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento (Art. 18 do CED). 
 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
Art. 13 do CED. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-se cumprido 
e extinto o mandato. 
Art. 5º, §1º/Est.: O advogado, afirmando URGÊNCIA, pode atuar sem procuração, 
obrigando-se a apresentá-la NO PRAZO DE QUINZE DIAS, PRORROGÁVEL POR 
IGUAL PERÍODO. 
Art. 104/CPC. O advogado não será admitido a postular em juízo sem 
procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para 
praticar ato considerado urgente. 
§1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, 
independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) 
dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. 
§2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em 
cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por 
perdas e danos. 
 
RENÚNCIA DO MANDATO: 
Art. 5º, §3º/Est.: O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os 
DEZ DIAS seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, SALVO SE 
FOR SUBSTITUÍDO ANTES DO TÉRMINO DESSE PRAZO. 
Art. 6º do Regulamento: A notificação da renúncia será feita 
PREFERENCIALMENTE MEDIANTE CARTA COM AVISO DE RECEPÇÃO, 
comunicando, após, o Juízo. 
Art. 16, §1º/ CED: A renúncia NÃO exclui a responsabilidade pelos danos 
causados DOLOSA OU CULPOSAMENTE aos clientes ou a terceiros. 
Obs.: O advogado não será responsabilizado por omissão do cliente quanto a 
documento ou informação que lhe devesse fornecer para a prática oportuna de ato 
processual do seu interesse (Art. 16, §2º, do CED). (Novo CED) 
 
Renúncia como dever do advogado: 
- Omissão pelo cliente de outro advogado constituído (Art. 14 do CED); 
- Dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto à providências que lhe tenham 
sido solicitadas (Art. 15 do CED); 
- Conflito de interesses entre seus constituintes (Art. 19 e 20 do CED); 
- Causa contrária à validade ou legitimidade de ato jurídico em que tenha colaborado ou 
intervindo de qualquer maneira (Art. 22 do CED); 
- Imposição do cliente quanto a atuação com outro advogado (Art. 24 do CED); 
 
REVOGAÇÃO DO MANDATO: 
Art. 17 do CED: A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o 
desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de 
sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado. 
RENÚNCIA DA PROCURAÇÃO REVOGAÇÃO DA PROCURAÇÃO 
Ato de vontade ou dever do advogado Ato de vontade do cliente 
Permanece, por dez dias seguintes à 
notificação da renúncia, representando o 
mandante, salvo se for substituído antes do 
término desse prazo. 
Retira do advogado a responsabilidade 
quanto a sua representação. Porém o 
advogado permanece responsável pelos 
atos praticados anteriormente. 
 
SUBSTABELECIMENTO 
Transfere todos os poderes que lhes forem concedidos a outro advogado. Poderá 
ser: 
- COM RESERVA DE PODERES: é ato pessoal do advogado da causa (Art. 26 do 
CED). 
O substabelecente representará o cliente juntamente com o 
substabelecido, devendo este ajustar seus honorários com aquele antecipadamente (Art. 
26, §2º, do CED). 
O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar 
honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento (Art. 26 do 
Estatuto). 
 
- SEM RESERVA DE PODERES: somente o substabelecido irá representar o cliente. 
O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio 
e inequívoco conhecimentodo cliente (Art. 26, §1º, do CED). 
 
DOS DIREITOS DO ADVOGADO 
• NÃO HÁ HIERARQUIA NEM SUBORDINAÇÃO entre advogados 
(postulante), magistrados (julgador) e membros do Ministério Público (fiscal da lei). 
 
• SÃO DIREITOS DO ADVOGADO: 
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; 
- A INSCRIÇÃO PRINCIPAL do advogado deve ser feita no 
CONSELHO SECCIONAL EM CUJO TERRITÓRIO PRETENDE 
ESTABELECER O SEU DOMICÍLIO PROFISSIONAL, na forma do 
regulamento geral (Art. 10 do 
Estatuto). 
- INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR: passar a exercer HABITUALMENTE 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de CINCO 
CAUSAS POR ANO (Art. 10, §2º do Estatuto da OAB). 
Obs.1: Causa é a lide posta em juízo. Intervenção judicial, para os efeitos 
do art. 10, do Estatuto, é sempre a primeira, sendo irrelevante o acompanhamento nos 
anos subsequentes. O recebimento de substabelecimento sem reservas, com assunção do 
patrocínio da causa, importa em intervenção judicial. Em casos de procuração conjunta, 
só é caracterizada a intervenção do advogado que, efetivamente, praticar atos judiciais. 
Obs.2: A defesa em processos administrativos, em inquéritos policiais, o 
"visto" em contratos constitutivos de pessoas jurídicas, (atos extrajudiciais) não 
constituem intervenção judicial para os efeitos do art. 10, parágrafo 1º. 
Obs.3: A ausência da inscrição suplementar junto à OAB não afeta a 
capacidade postulatória do advogado nem enseja a nulidade do processo, já que se trata 
de exigência meramente administrativa. Tratando-se de questão meramente 
administrativa, o cliente não pode ser prejudicado pela infração do advogado ao Estatuto 
de sua classe. 
Obs.4: Os processos recebidos por meio de substabelecimento SEM 
reserva de poderes conta para fins de suplementar, tendo em vista que o advogado passa 
a ser integralmente responsável pelo processo substabelecido. 
Obs.5: O processo recebido por meio de substabelecimentos COM 
reserva de poderes somente contará para fins de suplementar quando o advogado 
efetivamente praticar atos judiciais. 
Obs.6: Os processos que tramitam nos Tribunais Superiores ou nos 
Tribunais Interestaduais não contam para fins de inscrição suplementar. 
 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de 
seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência ESCRITA, ELETRÔNICA, 
TELEFÔNICA E TELEMÁTICA, desde que relativas ao exercício da advocacia; 
§6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por 
parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da 
inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em DECISÃO MOTIVADA, 
expedindo mandado de busca e apreensão, ESPECÍICO E PORMENORIZADO, a ser 
cumprido na PRESENÇA DE UM REPRESENTANTE DA 
OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos 
objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais 
instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. 
- Havendo a comunicação do cumprimento do mandado de busca e 
apreensão a OAB e esta não enviar seu representante, as provas adquiridas não serão 
nulas. 
§7º A ressalva constante do §6º deste artigo NÃO se estende a clientes do 
advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes 
ou coautores pela prática do MESMO CRIME que deu causa à quebra da inviolabilidade. 
 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, MESMO 
SEM PROCURAÇÃO, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em 
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 
IV - ter a PRESENÇA DE REPRESENTANTE da OAB, quando PRESO EM 
FLAGRANTE, por motivo ligado ao EXERCÍCIO DA ADVOCACIA, para lavratura do 
auto respectivo, sob pena de NULIDADE e, nos demais casos, a COMUNICAÇÃO 
EXPRESSA à seccional da OAB; 
§3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de 
exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV 
deste artigo. 
- Havendo a comunicação da prisão do advogado e a OAB não enviar seu 
representante, o auto de prisão em flagrante não será nulo. 
 
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão 
em SALA DE ESTADO MAIOR, com instalações e comodidades condignas, e, na sua 
falta, em PRISÃO DOMICILIAR; 
- ADIn 1.127-8: Inconstitucional “assim reconhecida pela OAB”. 
- A doutrina entende Sala de Estado Maior entende que dever ser uma prisão 
especial, ou toda sala utilizada para ocupação ou detenção eventual dos oficiais 
integrantes do quartel militar respectivo. 
VI - ingressar livremente: 
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que 
separam a 
parte reservada aos magistrados; 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, 
ofícios de 
justiça, serviços notariais e de registro, e, NO CASO DE DELEGACIAS E PRISÕES, 
MESMO FORA DA HORA DE EXPEDIENTE E INDEPENDENTEMENTE DA 
PRESENÇA DE SEUS TITULARES; 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial 
ou outro 
serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao 
exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, 
desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; 
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa 
participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, DESDE QUE 
MUNIDO DE PODERES ESPECIAIS; 
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados 
no inciso anterior, independentemente de licença; 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, 
INDEPENDENTEMENTE de horário previamente marcado ou outra condição, 
OBSERVANDO-SE A ORDEM DE CHEGADA; 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
IX – Declarado inconstitucional pela ADIN 1.127-8; 
- Sustentação oral nos Tribunais: cada Tribunal irá deliberar através 
de seu Regimento como serão as sustentações orais durante suas sessões de 
julgamento. 
- Não confundir com o direito de sustentação oral no processo 
disciplinar, uma vez que o art. 53, §3º/ Estatuto continua em vigor. 
 
X - usar da palavra, PELA ORDEM, em qualquer juízo ou tribunal, mediante 
intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, 
documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação 
ou censura que lhe forem feitas; 
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou 
autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; 
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação 
coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da 
Administração Pública em geral, AUTOS DE PROCESSOS FINDOS OU EM 
ANDAMENTO, MESMO SEM PROCURAÇÃO, QUANDO NÃO ESTEJAM 
SUJEITOS A SIGILO, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; 
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, 
MESMO SEM PROCURAÇÃO, autos de flagrante e de investigações de qualquer 
natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar 
peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Redaçãodada pela Lei nº 
13.245, de 2016); 
§10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração 
para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 
2016) 
§11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá 
delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em 
andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de 
comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. (Incluído 
pela Lei nº 13.245, de 2016) 
§12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o 
fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de 
peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e 
funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com 
o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do 
advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. (Incluído pela Lei nº 13.245, 
de 2016) 
 
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, 
em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
XVI - retirar autos de PROCESSOS FINDOS, MESMO SEM 
PROCURAÇÃO, pelo prazo de DEZ DIAS; 
- §1º: Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 
1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração 
ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, 
secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido 
de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de 
devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. 
 
XVII - ser publicamente DESAGRAVADO, quando ofendido NO EXERCÍCIO 
DA PROFISSÃO OU EM RAZÃO DELA; 
- Art. 18 do Regulamento: O inscrito na OAB, quando ofendido 
comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da 
OAB, tem direito ao desagravo público PROMOVIDO PELO CONSELHO 
COMPETENTE, DE OFÍCIO, a SEU PEDIDO ou de QUALQUER pessoa. 
§1º Compete ao relator, convencendo-se da existência de prova ou 
indício de ofensa relacionada ao exercício da profissão ou de cargo da OAB, propor ao 
Presidente que solicite informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de 
QUINZE DIAS, salvo em caso de urgência e notoriedade do fato. 
§2º O relator pode propor o ARQUIVAMENTO do pedido se a OFENSA 
FOR PESSOAL, se NÃO ESTIVER RELACIONADA COM O EXERCÍCIO 
PROFISSIONAL ou com as prerrogativas gerais do advogado ou se configurar CRÍTICA 
DE CARÁTER DOUTRINÁRIO, POLÍTICO OU RELIGIOSO. 
§3º Recebidas ou não as informações e convencendo-se da procedência 
da ofensa, o relator emite parecer que é submetido ao Conselho. 
§4º Em caso de acolhimento do parecer, é designada a sessão de 
desagravo, amplamente divulgada. 
§5º Na sessão de desagravo o Presidente lê a nota a ser publicada na 
imprensa, encaminhada ao ofensor e às autoridades e registrada nos assentamentos do 
inscrito. 
§6º Ocorrendo a ofensa no território da Subseção a que se vincule o 
inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da 
Subseção, com representação do Conselho Seccional. 
§7º O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e 
prerrogativas da advocacia, NÃO DEPENDE DE CONCORDÂNCIA DO OFENDIDO, 
que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do Conselho. 
 
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou 
deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, 
MESMO QUANDO AUTORIZADO OU SOLICITADO PELO CONSTITUINTE, 
bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; 
- Art. 36 do CED: O sigilo profissional é de ordem pública, 
independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. 
§1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza 
entre advogado e cliente. 
§2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, 
conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional. 
- Hipóteses que justificam a violação do sigilo profissional - art. 
37 do CED: O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais 
que configurem justa causa, como nos casos de GRAVE AMEAÇA AO DIREITO 
À VIDA E À HONRA OU QUE ENVOLVAM DEFESA PRÓPRIA. 
 
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato 
judicial, APÓS TRINTA MINUTOS do horário designado e ao qual ainda NÃO TENHA 
COMPARECIDO A AUTORIDADE que deva presidir a ele, MEDIANTE 
COMUNICAÇÃO PROTOCOLIZADA EM JUÍZO. 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob 
pena de NULIDADE ABSOLUTA DO RESPECTIVO INTERROGATÓRIO OU 
DEPOIMENTO e, subsequentemente, de TODOS OS ELEMENTOS 
INVESTIGATÓRIOS E PROBATÓRIOS DELE DECORRENTES OU DERIVADOS, 
direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: a) 
apresentar razões e quesitos. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016). 
 
• IMUNIDADE: O advogado tem imunidade profissional, não constituindo 
INJÚRIA, DIFAMAÇÃO, ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, 
NO EXERCÍCIO DE SUA ATIVIDADE, em JUÍZO OU FORA DELE, sem 
prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer (§2º). 
- ADIN 1.127-8: Inconstitucional o desacato (art. 331/CP). 
 Obs.: A imunidade alcança também o delito civil, não podendo o advogado ser 
imputável por responsabilidade civil, inclusive, por danos morais, inclusive por ofensas 
proferidas no exercício da profissão. 
 
• DOS DIREITOS DAS ADVOGADAS GRÁVIDAS: 
Art. 7ºA. São direitos da advogada: 
I - gestante: 
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos 
de raios X; 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; 
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a 
local adequado ao atendimento das necessidades do bebê; 
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das 
sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação 
de sua condição; 
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a 
única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. 
§1º Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto 
perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. 
§2º Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante 
ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, 
de 1o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). 
§3º O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der 
à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de 
março de 2015 (Código de Processo Civil). 
 
DA INSCRIÇÃO 
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: 
I - capacidade civil; 
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em 
instituiçãode ensino oficialmente autorizada e credenciada; 
- Na falta de diploma regularmente registrado, apresenta certidão de 
graduação em direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar 
(art. 23 do regulamento). 
 
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
IV - aprovação em Exame de Ordem; 
- REALIZADO pelo Conselho Seccional (art. 58, VI, do Est.); 
- DISCIPLINADO em provimento pelo Conselho Federal (Art. 8º, §1º do 
Est.). 
 
Exceção 1: Ficam dispensados do Exame de Ordem os postulantes 
oriundos da Magistratura e do Ministério Público. (Provimento nº 167/2015 que 
alterou art. 6º do Provimento n. 144/2011). 
Obs.: O juiz classista não satisfaz os critérios exigidos, uma vez 
que a função era exercida por leigos, em conjunto com magistrado 
de carreira e não era exigida graduação em Direito ou mesmo 
conhecimento jurídico, conforme o artigo 660 e seguintes da CLT. 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
Exceção 2: Ficam dispensados do Exame de Ordem, igualmente, os 
advogados públicos aprovados em concurso público de provas e títulos realizado 
com a efetiva participação da OAB, e que estejam há mais de 05 (cinco) anos no 
exercício da profissão. (Provimento nº 167/2015 que alterou art. 6º do Provimento 
n. 144/2011). 
Os advogados enquadrados no §2º do presente artigo terão o prazo de 06 
(seis) meses, contados a partir da data da publicação do Provimento n. 
167/2015-CFOAB, para regularização de suas inscrições perante a Ordem 
dos Advogados do Brasil, sob pena de decadência do direito. 
 
Exceção 3: Portugueses - Tratado de reciprocidade entre OAB (regulado 
pelo Provimento 129/2008 do Conselho Federal da OAB) e Ordem Portuguesa, 
(artigo 194 do Estatuto luso). 
 
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI 
- idoneidade moral; 
- Art. 8º, §3º: A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve 
ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo DOIS TERÇOS DOS VOTOS 
DE TODOS OS MEMBROS DO CONSELHO COMPETENTE, em procedimento que 
observe os termos do processo disciplinar. 
- Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido 
condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial (art. 8º, §4º). 
Obs.: Crime infamante: “denominação dada ao crime que, devido 
aos meios empregados e às circunstâncias em que se realizou, 
ocasiona no meio social uma reprovabilidade maior manifestada 
sobre o autor do crime e que o desonra, rebaixa e avilta, 
principalmente levando-se em conta os motivos que levaram o 
agente a delinquir e que causam repulsa." (Enciclopédia Saraiva do 
Direito , v. 21, p. 398). 
 
VII - prestar compromisso perante o conselho. 
- É indelegável, por sua natureza solene e personalíssima (Art. 20, §1º, do 
Regulamento). 
 
 O estrangeiro ou brasileiro, quando NÃO GRADUADO EM DIREITO NO 
BRASIL, deve fazer PROVA DO TÍTULO DE GRADUAÇÃO, obtido em instituição 
estrangeira, devidamente REVALIDADO, além de atender aos demais requisitos 
previstos neste artigo. (Art. 8º, §2º). 
 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo 
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento 
geral. (Art. 10/Est.) 
 § 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, 
prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. (Art. 10, §1º/Est) 
 O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição 
suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra 
ela representando ao Conselho Federal. 
 
- Da inscrição como estagiário: - Requisitos: Art. 9º, caput: 
a) Incisos I (capacidade civil), III (título de eleito e quitação de serviço 
militar), V (não exercer atividade incompatível), VI (idoneidade moral) e VII 
(prestar compromisso) do art. 8º; 
b) ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. 
- Local de inscrição: A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo 
território se localize seu curso jurídico. (Art. 9º, §2º) 
 
DA INCOMPATIBILIDADE E DO IMPEDIMENTO: 
- A INCOMPATIBILIDADE determina a PROIBIÇÃO TOTAL, e o 
IMPEDIMENTO, a PROIBIÇÃO PARCIAL do exercício da advocacia (art. 27/Est.). 
 
→ Art. 28. A advocacia é incompatível, MESMO EM CAUSA PRÓPRIA, com 
as seguintes atividades: 
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder 
Legislativo e seus substitutos legais; 
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, 
dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, 
juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em 
órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; 
Obs.: ADIn 1.127-8: Juízes eleitorais e seus suplentes, com assento na 
vaga do quinto constitucional, podem advogar. Contudo, estarão impedidos de 
atuação advocatícia eleitoral, judicial ou extrajudicial. 
EMENTA – CONSULTA FORMULADA 
 SOBRE OS LIMITES E RESTRIÇÕES IMPOSTOS AOS 
ADVOGADOS MEMBROS-JURISTAS DE TRIBUNAIS 
ELEITORAIS E JUÍZES SUPLENTES NÃO REMUNERADOS. 
DECISÃO DO STF DETERMINANDO A COMPATIBILIDADE 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
DESSAS FUNÇÕES COM O AMPLO EXERCÍCIO DO MUNUS 
PRIVADO DA ADVOCACIA. LIMITES QUE SÓ PODEM SER 
 IMPOSTOS DECORRENTES DE QUESTÕES 
PROCESSUAIS E ÉTICAS. IMPOSSIBILIDADE DE OS 
REFERIDOS MAGISTRADOS ADVOGAREM PERANTE O 
PRÓPRIO TRIBUNAL ELEITORAL EM QUE ATUAM E 
OUTROS JUÍZOS OU TRIBUNAIS ELEITORAIS, 
CONCLUSÃO QUE NÃO SE APLICA AOS DEMAIS 
TRIBUNAIS, INCLUSIVE DA UNIÃO. NÃO HÁ 
RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO ADVOGADOS EM 
FEITOS CRIMINAIS. HÁ IMPEDIMENTO PARA ATUAR 
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA DA UNIÃO QUE OS 
REMUNERA. POSSIBILIDADE DE EXERCER A 
ADVOCACIA PÚBLICA E IMPOSSIBILIDADE DE 
EXERCER ATIVIDADES POLÍTICO-PARTIDÁRIAS. 
APLICÁVEL A QUARENTENA PREVISTA NA 
CONSTITUIÇÃO UNICAMENTE NAS HIPÓTESES EM QUE 
A ADVOCACIA É EXERCIDA NO PRÓPRIO TRIBUNAL 
ELEITORAL DO QUAL SE AFASTOU. APLICÁVEL AS 
RESTRIÇÕES DO ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO 
IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EVENTUAL 
RESTRIÇÃO SOBRE O RECEBIMENTO, A QUALQUER 
TÍTULO OU PRETEXTO, AUXÍLIOS OU CONTRIBUIÇÕES 
DE PESSOAS FÍSICAS, ENTIDADES PÚBLICAS OU 
PRIVADAS, RESSALVADAS AS EXCEÇÕES PREVISTAS 
EM LEI, DEVEM SER ANALISADAS À LUZ DO CASO 
CONCRETO. IMCOMPETÊNCIA DO CNJ PARA 
PRONUNCIAR SOBRE CONSULTA EM QUE SE INDAGA 
SOBRE A 
POSSIBILIDADE DE AS SOCIEDADES INTEGRADAS POR 
MEMBROS DE TRIBUNAIS SUPERIORES ATUAREM EM 
FEITOS QUE SE SUBSUMAM ÀS HIPÓTESES 
ANTERIORES. QUESTIONAMENTOS RESPONDIDOS, OS 
QUAIS SE APLICAM IN TOTUM AOS JUÍZES SUPLENTES 
 NÃO REMUNERADOS. (CNJ - PEDIDO DE 
PROVIDÊNCIAS N. 200710000014851) 
 
 
III - ocupantes de CARGOS OU FUNÇÕES DE DIREÇÃO em Órgãos da 
Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas 
controladas ou concessionárias de serviço público; 
§2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder 
de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente 
da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao 
magistério jurídico. 
 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados DIRETA OU 
INDIRETAMENTE a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem SERVIÇOSNOTARIAIS E DE REGISTRO; 
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a 
atividade policial de qualquer natureza; 
VI - militares de qualquer natureza, NA ATIVA; 
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, 
arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; 
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, 
INCLUSIVE PRIVADAS. 
 
§1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função 
deixe de exercê-lo TEMPORARIAMENTE. 
 
→ Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e 
dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional 
são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que 
exerçam, durante o período da investidura. → Causa de IMPEDIMENTO 
ESPECIAL. 
 
→ Art. 30. São IMPEDIDOS de exercer a advocacia: 
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, CONTRA 
a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; 
Exceção: Docentes de cursos jurídicos (parágrafo único). 
 
II - os membros do Poder Legislativo, em seus DIFERENTES NÍVEIS, 
CONTRA OU A FAVOR das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas 
concessionárias ou permissionárias de serviço público. 
 
 Obs.: Estão impedidos de concederem o visto em atos constitutivos de pessoas jurídicas, 
indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, os advogados que 
prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da 
unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições 
administrativas competentes para o mencionado registro (artigo 2º, parágrafo único, do 
Regulamento Geral). 
 
DO CANCELAMENTO E DO LICENCIAMENTO: 
 
• CANCELAMENTO: Art. 11 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
I - assim o requerer; 
II - sofrer penalidade de EXCLUSÃO; 
- Novo pedido de inscrição dependerá de provas de reabilitação. 
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido QUALQUER sanção 
disciplinar requerer, UM ANO APÓS SEU CUMPRIMENTO, a reabilitação, em face de 
PROVAS EFETIVAS DE BOM COMPORTAMENTO. 
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da PRÁTICA DE 
CRIME, o pedido de reabilitação depende também 
 da correspondente REABILITAÇÃO CRIMINAL. 
 
III - falecer; 
IV - passar a exercer, em CARÁTER DEFINITIVO, atividade 
incompatível com a advocacia; 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para 
inscrição. 
 
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve 
ser promovido, DE OFÍCIO, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação 
por QUALQUER pessoa. 
§ 2º Na hipótese de NOVO PEDIDO de inscrição - que NÃO RESTAURA O 
NÚMERO DE INSCRIÇÃO ANTERIOR - deve o interessado fazer prova dos 
requisitos dos incisos I (capacidade civil), V (não exercer atividade incompatível), VI 
(idoneidade moral) e VII (prestar novo compromisso) do art. 8º. 
 
• LICENCIAMENTO: Art. 12. 
I - assim o requerer, por motivo JUSTIFICADO; 
II - passar a exercer, em caráter TEMPORÁRIO, atividade 
incompatível com o exercício da advocacia; 
III - sofrer doença mental considerada CURÁVEL. 
 
DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
 
Forma de sociedade → Art. 15, caput: Os advogados podem reunir-se em 
SOCIEDADE SIMPLES de prestação de serviços de advocacia ou constituir 
SOCIEDADE UNIPESSSOAL de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no 
regulamento geral. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016) 
 
Personalidade Jurídica → Art. 15, §1º: A sociedade de advogados e a sociedade 
unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
seus atos constitutivos no CONSELHO SECCIONAL DA OAB EM CUJA BASE 
TERRITORIAL TIVER SEDE. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016) 
 
Registro → Art. 16, §3º: É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de 
pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras 
finalidades, a atividade de advocacia. 
 
Procurações → Art. 15, §3º: As procurações devem ser outorgadas 
INDIVIDUALMENTE aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. 
 
Advogado integrante de mais de uma sociedade ou filial → Art. 15, §4º: 
Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais 
de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade 
de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na 
MESMA ÁREA TERRITORIA DO RESPECTIVO CONSELHO SECCIONAL. 
(Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016) 
 
Filiais → Art. 15, §5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da 
sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o 
titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. (Redação dada 
pela Lei nº 13.247, de 2016) 
 
Clientes com interesses opostos → Art. 15, §6º: Os advogados sócios de uma 
mesma sociedade profissional NÃO podem representar em juízo clientes de 
INTERESSES OPOSTOS. 
 
Sociedade por quotas → Art. 15, §7º: A sociedade unipessoal de advocacia pode 
resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, 
independentemente das razões que motivaram tal concentração. (Incluído pela Lei nº 
13.247, de 2016) 
 
Vedações para constituição da Sociedade → Art. 16: Não são admitidas a 
registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que 
apresentem forma ou características de SOCIEDADE EMPRESÁRIA, que adotem 
DENOMINAÇÃO DE FANTASIA, que realizem atividades ESTRANHAS à 
advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia 
PESSOA NÃO INSCRITA como advogado ou TOTALMENTE PROIBIDA de 
advogar. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016) 
 
Razão Social → Art. 16, §1º: A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome 
de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, PODENDO PERMANECER 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
O DE SÓCIO FALECIDO, DESDE QUE PREVISTA TAL POSSIBILIDADE NO ATO 
CONSTITUTIVO. 
- Art. 16, §4º: A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve 
ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a 
expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. (Incluído pela Lei nº 13.247, de 
2016) Incompatibilidade temporária do sócio → Art. 16, §2º: O licenciamento do 
sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter 
TEMPORÁRIO deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua 
constituição. 
 
Responsabilidade → Art. 17: Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade 
individual de advocacia respondem SUBSIDIÁRIA e ILIMITADAMENTE pelos danos 
causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da 
responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. (Redação dada pela Lei nº 13.247, 
de 2016) 
 
DO ADVOGADO EMPREGADO 
 Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção 
técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. 
- Art. 25 do CED: É DEFESO ao advogado funcionar no mesmo processo, 
simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. 
 
Parágrafoúnico. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços 
profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. 
 Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da 
profissão, não poderá exceder a DURAÇÃO DIÁRIA DE QUATRO HORAS 
CONTÍNUAS e a de vinte horas semanais, SALVO acordo ou convenção coletiva OU 
em caso de dedicação EXCLUSIVA. 
- Art. 12 do Regulamento: considera-se dedicação exclusiva o regime de 
trabalho que for expressamente previsto em contrato individual de trabalho. 
Parágrafo único. Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas 
como extraordinárias as horas trabalhadas que excederem a jornada normal de oito 
horas diárias. 
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em 
que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, 
no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas 
com transporte, hospedagem e alimentação. 
§ 2º As horas trabalhadas que EXCEDEREM A JORNADA NORMAL são 
remuneradas por um adicional NÃO INFERIOR A CEM POR CENTO sobre o valor da 
hora normal, mesmo havendo contrato escrito. 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
§ 3º As horas trabalhadas no período das VINTE HORAS DE UM DIA ATÉ AS 
CINCO HORAS do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional 
de VINTE E CINCO POR CENTO. 
 
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos 
honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. 
(Art. 22 do Estatuto da OAB) 
 
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o 
direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de 
sucumbência. 
(...) 
§ 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início 
do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final. 
(...) 
§ 6º O disposto neste artigo aplica-se aos honorários assistenciais, compreendidos 
como os fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição 
processual, sem prejuízo aos honorários convencionais. NOVO 
(Incluído pela Lei nº 13.725, de 2018) 
§ 7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em 
substituição processual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários que, ao 
optarem por adquirir os direitos, assumirão as obrigações decorrentes do contrato 
originário a partir do momento em que este foi celebrado, sem a necessidade de mais 
formalidades. NOVO (Incluído pela Lei nº 13.725, de 2018) 
 
Elementos observados para fixação de honorários: 
Art. 49 do CED: - Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, 
atendidos os elementos seguintes: 
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões 
versadas; 
II - o trabalho e o tempo necessários; 
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em 
outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; 
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito 
para ele resultante do serviço profissional; 
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente 
avulso, habitual ou permanente; 
VI - o lugar da prestação dos serviços, fora ou não do domicílio do 
advogado; 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
VII - a competência e o renome do profissional; VIII - a praxe do foro 
sobre trabalhos análogos. 
 
Da tabela de honorários: 
a) Competência: 
Compete privativamente ao Conselho Seccional fixar a tabela de honorários, 
válida para todo o território estadual (Artigo 58, inciso V, do Estatuto da OAB) 
 
b) Valores inferiores ao estabelecido na tabela: 
Art. 48, §5º, do CED: É vedada, em qualquer hipótese, a diminuição dos 
honorários contratados em decorrência da solução do litígio por qualquer mecanismo 
adequado de solução extrajudicial. (Novo CED). 
Art. 48, §6º, do CED: Deverá o advogado observar o valor mínimo da Tabela de 
Honorários instituída pelo respectivo Conselho Seccional onde for realizado o serviço, 
inclusive aquele referente às diligências, sob pena de caracterizar-se aviltamento de 
honorários. (Novo CED). 
 
➔ Da advocacia pro bono: 
Art. 30 do CED: No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como 
defensor nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a 
dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e 
confie no seu patrocínio. 
§1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e 
voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins 
econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de 
recursos para a contratação de profissional. 
§2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais 
que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio 
sustento, contratar advogado. 
§3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins 
políticopartidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais 
objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela. 
 
Do contrato de honorários: 
a) Forma: 
Art. 48 do CED. A prestação de serviços profissionais por advogado, 
individualmente ou integrado em sociedades, será contratada, 
PREFERENCIALMENTE, POR ESCRITO. (Novo CED). 
 
b) Cláusulas básicas: 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
Art. 48, §1º do CED: O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige 
forma especial, devendo estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu objeto, os 
honorários ajustados, a forma de pagamento, a extensão do patrocínio, esclarecendo se 
este abrangerá todos os atos do processo ou limitar-se-á a determinado grau de jurisdição, 
além de dispor sobre a hipótese de a causa encerrar-se mediante transação ou acordo. 
(Novo CED). 
 
c) Despesas extras: 
Art. 48, §3º do CED: O contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a 
forma de contratação de profissionais para serviços auxiliares, bem como sobre o 
pagamento de custas e emolumentos, os quais, na ausência de disposição em contrário, 
presumem-se devam ser atendidos pelo cliente. Caso o contrato preveja que o advogado 
antecipe tais despesas, ser-lhe-á lícito reter o respectivo valor atualizado, no ato de 
prestação de contas, mediante comprovação documental. (Novo CED). 
 
d) Cláusulas quota litis: 
Art. 50 do CED: Na hipótese da adoção de CLÁUSULA QUOTA LITIS, os 
honorários devem ser NECESSARIAMENTE REPRESENTADOS POR PECÚNIA e, 
quando acrescidos dos de honorários da sucumbência, não podem ser superiores às 
vantagens advindas em favor do constituinte ou do cliente. 
 
Formas de pagamento dos honorários: 
a) Recebimento de bens do cliente como pagamento: 
Art. 50, §1º, do CED: A participação do advogado em BENS PARTICULARES 
do cliente só é admitida em caráter EXCEPCIONAL, quando esse, comprovadamente, 
NÃO tiver condições pecuniárias de satisfazer o débito de honorários e ajustar com o seu 
patrono, em INSTRUMENTO CONTRATUAL, tal forma de pagamento. 
 
b) Cartão de crédito: 
Art. 53. É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, para o 
recebimento de honorários, sistema de cartão de crédito, mediante credenciamento junto 
a empresa operadora do ramo. (Novo CED). 
 
c) Vedação de Título de crédito de natureza mercantil:Art. 52, do CED: O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado 
autônomo, seja de sociedade de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou 
qualquer outro título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser emitida fatura, 
quando o cliente assim pretender, com fundamento no contrato de prestação de serviços, 
a qual, porém, não poderá ser levada a protesto. 
 
d) Protesto: 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
Art. 52, parágrafo único, do CED: Pode, todavia, ser levado a protesto o cheque 
ou a nota promissória emitido pelo cliente em favor do advogado, depois de frustrada a 
tentativa de recebimento amigável. (Novo CED). 
 
Falta de fixação de honorários sucumbenciais: 
Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por 
ARBITRAMENTO JUDICIAL, em remuneração compatível com o trabalho e o valor 
econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada 
pelo Conselho Seccional da OAB. (Art. 22, §2º, do Estatuto da OAB) 
 
Nomeação Ad hoc ou advogado dativo: 
O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, 
no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, TEM 
DIREITO AOS HONORÁRIOS FIXADOS AOS HONORÁRIOS 
FIXADOS PELO JUIZ, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e 
PAGOS PELO ESTADO. (Art. 22, § 1º, do Estatuto da OAB) 
 
Da execução dos honorários: 
A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que 
tenha atuado o advogado, se assim lhe convier. (Art. 24, § 1º, do Estatuto da OAB) 
 
a) Execução autônoma: 
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, 
pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, 
podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. (Art. 
23 do Estatuto da OAB) 
 
Art. 48, §7º do CED: O advogado promoverá, preferentemente, de forma 
destacada a execução dos honorários contratuais ou sucumbenciais. (Novo CED). 
 
Art. 51 do CED: Os honorários da sucumbência e os honorários contratuais, 
pertencendo ao advogado que houver atuado na causa, poderão ser por ele executados, 
assistindo-lhe direito autônomo para promover a execução do capítulo da sentença que os 
estabelecer ou para postular, quando for o caso, a expedição de precatório ou requisição 
de pequeno valor em seu favor. 
 
b) Honorários Sucumbenciais: 
Art. 24, §3º, do Estatuto da OAB: É nula qualquer disposição, cláusula, 
regulamento ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao 
recebimento dos honorários de sucumbência. ADI 1194 (o advogado da parte 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
vencedora poderá negociar a verba honorária da sucumbência com seu 
constituinte.) 
 
Art. 51, §1º, do CED: No caso de substabelecimento, a verba correspondente aos 
honorários da sucumbência será repartida entre o substabelecente e o substabelecido, 
proporcionalmente à atuação de cada um no processo ou conforme haja sido entre eles 
ajustado. (Novo CED). 
Art. 51, §2º, do CED: Quando for o caso, a Ordem dos Advogados do Brasil ou 
os seus Tribunais de Ética e Disciplina poderão ser solicitados a indicar mediador que 
contribua no sentido de que a distribuição dos honorários da sucumbência, entre 
advogados, se faça segundo o critério estabelecido no § 1º. (Novo CED). 
Art. 51, §3º, do CED: Nos processos disciplinares que envolverem divergência 
sobre a percepção de honorários da sucumbência, entre advogados, deverá ser tentada a 
conciliação destes, preliminarmente, pelo relator. (Novo CED). 
 
Art. 24, §2º, do Estatuto da OAB: Na hipótese de falecimento ou incapacidade 
civil do advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, 
são recebidos por seus sucessores ou representantes legais. 
 
Art. 21 do Estatuto da OAB: Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa 
por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados 
empregados. 
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado 
empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, 
na forma estabelecida em acordo. 
 
c) Compensação de valores: 
Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-
se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos 
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar 
que já os pagou (Art. 22 §4º, do Estatuto da OAB). 
 
Art. 48, §2º do CED: A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias 
devidas ao cliente, somente será admissível quando o contrato de prestação de serviços a 
autorizar ou quando houver autorização especial do cliente para esse fim, por este firmada. 
(Novo CED). 
 
d) Ordem de credores: 
A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os 
estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial. (Art. 24, do Estatuto da 
OAB). 
e) Cobrança judicial: 
Art. 54 do CED. Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança 
judicial de honorários, deve o advogado renunciar previamente ao mandato que recebera 
do cliente em débito. 
 
Do prazo prescricional: 
a) Ação de cobrança de honorários - Art. 25, do Estatuto da OAB: 
Prescreve em CINCO ANOS a ação de cobrança de honorários de advogado, 
contado o prazo: 
I - do vencimento do contrato, se houver; 
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
III - da ultimação do serviço extrajudicial; 
IV - da desistência ou transação; 
V - da renúncia ou revogação do mandato. 
 
b) Ação de prestação de contas ao cliente - Art. 25-A, do Estatuto da OAB: 
Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas 
pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI). 
 
 
DA ÉTICA DO ADVOGADO 
Art. 32. Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será 
SOLIDARIAMENTE (≠ subsidiária) responsável com seu cliente, desde que coligado 
com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria. 
 
DA PUBLICIDADE 
Art. 39 do CED: A publicidade profissional do advogado tem CARÁTER 
MERAMETE INOFRMATIVOA e deve primar pela DISCRIÇÃO E SOBRIEDADE, 
não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão. 
 
- O que deve conter no anúncio? O nome completo do advogado ou da 
sociedade de advogados e o número da inscrição na OAB (art. 44, caput, do CED). 
 
- O que pode conter no anúncio? Títulos acadêmicos do advogado e as 
distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas 
de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os 
idiomas em que o cliente poderá ser atendido (art. 44, §1º, do CED). 
 
- É vedada a participação do advogado em programas de rádio e 
televisão? Não, desde que tenha como objetivos exclusivamente ilustrativos, 
educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados 
pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão (Art.43, caput, do CED). 
Obs.: Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e 
forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o 
advogado evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, 
bem como o debate de caráter sensacionalista. (Art. 43, parágrafo único, do CED). 
 
- O que é vedado? 
- Art. 40 do CED. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão 
de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: (Novo 
CED) 
I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; 
II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de 
publicidade; 
III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em 
qualquer espaço público; 
IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras 
atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; 
V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, 
em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na 
imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou 
televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência 
a e-mail; 
VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas 
assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela. 
 
- Art. 42 do CED: É vedado ao advogado: (Novo CED) 
I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, 
nos meios de comunicação social; 
II - debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o 
patrocínio de outro advogado; 
III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e 
da instituição que o congrega; 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e 
demandas; V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas. 
 
- Art. 44, §2º do CED: É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de 
terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, 
cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de 
professor universitário. (Novo CED) 
 
- O que é permitido? 
- Art. 40, parágrafo único do CED: Exclusivamente para fins de 
identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis 
luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no 
artigo 39. (Novo CED) 
 
- Art. 45 do CED: São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio 
de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de 
boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, 
desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico. (Novo 
CED) 
 
- Art. 46, parágrafo único, do CED: A telefonia e a internet podem ser 
utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a 
destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou 
representem forma de captação de clientela. (Novo CED) 
Obs.: As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação 
social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar 
nem promover, dessa forma, captação de clientela. (Art. 41 do CED). (Novo 
CED). 
 
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES 
 
Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o 
seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; 
II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei; 
III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber; 
IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; 
Consiste na infração através da qual o advogado utiliza-se de quaisquer meio 
para angariar ou captar clientes, com ou sem a intervenção de terceiro. 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
Significa que o profissional não pode oferecer seus serviços como se fosse 
uma mercadoria. A publicidade deve ser exercida com certa moderação. 
Observar-se-á, para o exercício moderado da publicidade o disposto no 
Código de Ética e Disciplina da OAB, especialmente no capítulo IV, 
intitulado "Da publicidade". 
Assim, não é admissível nenhuma forma de captação de clientela. A título 
exemplificativo, têm-se algumas ementas do Tribunal de Ética e Disciplina, 
retiradas do site da OAB – SP, relacionadas com esse tipo de infração: 
 PUBLICIDADE – MATÉRIA JORNALÍSTICA – ADVOCACIA 
GRATUITA – IMODERAÇÃO – CAPTAÇÃO, MERCANTILIZAÇÃO E 
CONCORRÊNCIA DESLEAL – ANÚNCIO E PRÁTICA CONJUNTA 
COM OUTRAS PROFISSÕES COM QUEBRA DO SIGILO 
PROFISSIONAL - INFRAÇÃO DISCIPLINAR. 
Escritório de advocacia não deve incentivar e permitir que matéria jornalística 
informe e exalte seu trabalho, principalmente com a menção de consultas 
gratuitas para empresários, com clara insinuação a possíveis clientes. A 
situação caracteriza mercantilização, captação e concorrência desleal, além 
de exercício da advocacia em conjunto com outras profissões, com graves 
riscos ao princípio do sigilo profissional. Registre-se e elogie-se a conduta do 
acadêmico de Direito que apresentou a dúvida, revelando a prática de 
infrações estatutárias e éticas por quem deveria ser exemplo de austeridade. 
Remessa dos autos às Turmas Disciplinares para conhecimento e abertura do 
devido processo disciplinar. (Proc. E-2.702/03 – v.u. em 20/03/03 do parecer 
e ementa do Rel. Dr. JOÃO TEIXEIRA GRANDE – Rev. Dr. LAFAYETTE 
POZZOLI – Presidente Dr. ROBISON BARONI). 
PUBLICIDADE IMODERADA POR SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
PROMOVIDA ATRAVÉS DE DEPOIMENTOS E FOTOS DE CLIENTES 
- INFRINGÊNCIA AOS DISPOSITIVOS ÉTICOS VIGENTES - 
REMESSA AS TURMAS DISCIPLINARES PARA APURAÇÃO E 
APENAMENTO. 
Sociedade de Advogados que promove a publicidade de suas atividades 
excedendo os parâmetros de discrição e moderação impostos pelo Código de 
Ética e Disciplina, e interpretados reiteradamente por este Sodalício, além da 
censura protocolar cabível, enseja a apuração e apenamento devidos. As 
regras éticas têm como fundamento maior o zelo pelo interesse de toda a 
classe advocatícia, pelo que se impõem à objetividade normativa e o seu 
cumprimento. Infringência lamentável subestimando a eficácia desta 
normatividade, determinando a apuração e penalidades legais (CED, arts. 28 
a 34 e 48). (Proc. E-2.077/00 - v.u. em 13/04/00 do parecer e ementa da Rel.ª 
Dr.ª MARIA CRISTINA ZUCCHI - Rev. Dr. LICÍNIO DOS SANTOS 
SILVA FILHO - Presidente Dr. ROBISON BARONI). 
PUBLICIDADE – MALA DIRETA – PANFLETAGEM ENCARTADA EM 
JORNAL – DENÚNCIA DE CASO CONCRETO – REMESSA AS 
TURMAS DISCIPLINARES. 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial 
que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; 
VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando 
fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em 
pronunciamento judicial anterior; 
O advogado que postular contra orientação pacífica dos tribunais sobre 
determinada matéria, sem advertir o seu cliente do insucesso na causa, 
recebendo honorários. 
É importante ressaltar que quando o profissional da advocacia age com boafé 
no combate a lei que considera manifestamente inconstitucional ou injusta, 
não se configura a infração, de maneiraque a busca da Justiça é a razão maior 
da atividade advocatícia. 
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
Pune-se o advogado que viola o sigilo, sem justa causa, ou seja, sem a devida 
autorização do seu cliente, ou quando não autorizado, deve proteger 
interesses relevantes. 
Remetendo-se ao Código de Ética e Disciplina, encontramos os interesses 
considerados relevantes que implicam na quebra do sigilo: grave ameaça ao 
direito à vida; grave ameaça à honra ao próprio advogado ou à terceiro; 
quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa 
própria, tenha que revelar o segredo, dentro dos limites necessários à defesa 
(arts. 25 a 27). 
 
PROCESSO DISCIPLINAR – SIGILO – CÓPIAS E / OU CERTIDÕES – 
JUNTADA – RESTRIÇÕES. A regra do § 2o. do art. 72 do EAOAB deve 
ser entendida como não limitando o sigilo ali referido à fase de tramitação do 
processo, mas, antes, de observar até mesmo após o seu encerramento. 
Questões disciplinares entre advogados, processados e julgados pela OAB, 
constituem matéria interna corporis, vedado seu acesso, divulgação ou 
conhecimento, salvo às partes envolvidas e seus defensores. A OAB presta 
serviço público sem que isso a confunda com órgão público, não estando, por 
isso, obrigada a fornecer documentação de assuntos internos, máxime sobre 
os que têm competência exclusiva, como é o caso da tutela disciplinar. O 
sigilo do processo e a negativa de informações decorrem não só do § 2o. 
citado, mas encontram eco no inciso X do art. 5o. da Constituição Federal, na 
defesa da honra e, por extensão, no resguardo da honorabilidade e segurança 
de toda a classe de advogados. (Proc. E-2.370/01 – v.u. em 21/06/01 do 
parecer e ementa do Rel. Dr. ERNESTO LOPES RAMOS – Rev. ª Dr. ª 
ROSELI PRÍNCIPE THOMÉ – Presidente Dr. ROBISON BARONI). 
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou 
ciência do advogado contrário; 
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; 
Consiste no prejuízo causado ao interesse do cliente, desde que causado por 
culpa grave, ou seja, com negligência extraordinária, que se aproxima do 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
dolo, não se confundindo com ele por faltar à intenção de prejudicar. Um 
exemplo é a perda do prazo para contestar ou recorrer. 
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do 
processo em que funcione; 
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da 
comunicação da renúncia; 
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado 
em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; 
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses 
ou relativas a causas pendentes; 
Consiste em especificação do inciso IV, que dispõe sobre a captação de 
clientela. Exige habitualidade e não configuração de interesse público. 
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem 
como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir 
o adversário ou iludir o juiz da causa; 
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a 
terceiro de fato definido como crime; 
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou 
de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de 
regularmente notificado; 
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei 
ou destinado a fraudá-la; 
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita 
ou desonesta; 
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do 
mandato, sem expressa autorização do constituinte; 
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si 
ou interposta pessoa; 
Locupletamento consiste no enriquecimento ou benefício indevido do 
profissional, que se dá nas seguintes hipóteses, dentre outras: quando obtém 
proveito desproporcional com os serviços prestados; com a cobrança de 
honorários abusivos; quando participa vantajosamente no resultado 
patrimonial do caso; obtendo vantagens excedentes do contrato de 
honorários; quando se apropria de bens ou valores que seriam destinados ao 
cliente; e quando recebe honorários do cliente para promover a ação e não a 
promove. 
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas 
dele ou de terceiros por conta dele; 
A prestação de contas tardia e motivada pela representação disciplinar faz 
desaparecer o débito, mas não a falta disciplinar. 
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança; 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
A retenção ocorre quando o advogado excede o prazo para devolução dos 
autos, excetuando-se nos casos de caso fortuito e força maior. Há o requisito 
da abusividade para que exista retenção, ou seja, deve o advogado ter a 
intenção de obter vantagem, de tirar proveito indevido. Também no extravio 
há de ser provada a intenção do agente, devendo este ter procedido 
culposamente. Para tanto serão analisadas as circunstâncias de cada caso 
concreto. A retenção abusiva pode se configurar em crime previsto no art. 
356 do Código Penal ("inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir 
autos, documento ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de 
advogado ou procurador: pena – detenção, de seis meses a três anos, e 
multa"). Para que seja configurado o delito faz-se necessária a retenção além 
do prazo legal e que o advogado não atenda a intimação judicial para 
devolução do caderno processual. 
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à 
OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo; 
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; 
Trata-se da hipótese em que o advogado demonstra falta de conhecimento 
mediano para a atuação profissional ou do idioma pátrio. Seriam erros 
grosseiros de linguagem ou decursos desarticulados. 
Deve existir a reiteração para se configurar a infração, podendo estar presente 
numa mesma peça processual. A suspensão perdurará até que o advogado seja 
aprovado em exames de habilitação aplicados pela OAB, que envolvem 
técnica jurídica e linguagem. 
 
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia; 
Será incompatível toda conduta que reflita prejudicialmente na reputação e 
na dignidade da classe profissional 
- Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível: 
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; 
b) incontinência pública e escandalosa; 
c) embriaguez ou toxicomania habituais. 
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; 
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; 
XXVIII - praticar crime infamante; 
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. 
 
Art. 35. As sanções disciplinares consistem em: I 
– censura (Art. 36); 
- Art. 36, pg. único: A censura pode ser convertida em ADVERTÊNCIA, 
ESTATUTO DA OAB COMENTADO 
Professora Ana Paula Correia de Souza 
em ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente 
CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE (Art. 40 - rol exemplificativo). 
DIFERENÇA: 
 CENSURA ADVERTÊNCIA 
Publicidade NÃO NÃO 
Registro SIM NÃO 
Forma ESCRITA ORAL 
 
II – suspensão (Art. 37); 
- Art. 37, §1º A suspensão acarreta

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