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NOÇÕES SOBRE PROBABILIDADE Paulo E. Cabral Filho pauloeuzebio03@gmail.com Recife, 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E RADIOBIOLOGIA Probabilidade A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório. É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório. Experimento Aleatório Probabilidade Experimento Aleatório Jogar um dado Condição Climática para o domingo Resultado de um exame de sangue Probabilidade É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaço amostral, é S ou ꭥ. Espaço Amostral Exemplo: Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído pelos 12 elementos: S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6} Probabilidade Espaço Amostral 1. Lançamento de um dado. S= {1, 2, 3, 4, 5, 6} 2. Exame de sangue (tipo sanguíneo) . S = {A, B, AB, O} 3. Hábito de fumar. S = {Fumante, Não fumante} 4. Tempo de duração de uma lâmpada. S = {t: t ≥ 0} Probabilidade É o subconjunto do espaço amostral S. Notação: A, B, C.... Evento Exemplo: Lançamento de um dado Alguns eventos: A: sair face par A = {2, 4, 6} ⇒ ⊂ S B: sair face maior que 3 B = {4, 5, 6} ⇒ ⊂ S C: sair face 1 C = {1} ⇒ ⊂ S Operações com Eventos Probabilidade – O Conceito Probabilidade – O Conceito Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento A é: Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6 = 1/2 = 50% Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares têm probabilidades iguais de ocorrência. Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre: Probabilidade – O Conceito Pergunta: Como atribuir probabilidade aos elementos do espaço amostral? Duas maneiras: 1. Através das freqüências de ocorrências: Observamos o fenômeno aleatório n vezes e determinamos a frequência relativa com que cada resultado ocorre. Para um número grande de realizações, a frequência relativa poderia ser utilizada como probabilidade. 2. Através de suposições teóricas: Por exemplo, no lançamento de um dado, admitindo que o dado é perfeitamente equilibrado, P(face 1) = ... = P(face 6) = 1/6 Exemplo Exemplo: A tabela a seguir apresenta dados do censo demográfico de 1991 (IBGE) de 101.850 habitantes de Sergipe, na faixa etária de 20 a 24 anos com informações sobre SEXO e se SABE LER. Um jovem entre 20 e 24 anos é escolhido ao acaso em Sergipe. Exemplo Ω : conjunto de 101.850 jovens de Sergipe, com idade entre 20 e 24 anos. Definimos os eventos: M: jovem sorteado é do sexo masculino; F : jovem sorteado é do sexo feminino; L : jovem sorteado sabe ler; N : jovem sorteado não sabe ler. P(M) = 48.249/101.850 = 0,474 P(F) = ? P(L) = ? P(N) = ? Exemplo Ω : conjunto de 101.850 jovens de Sergipe, com idade entre 20 e 24 anos. Qual é a probabilidade do jovem escolhido saber ler e ser do sexo masculino? M ∩ L: jovem sorteado sabe ler e é do sexo masculino 39.577/101.850 Qual é a probabilidade do jovem escolhido saber ler ou ser do sexo masculino? M ∪ L: jovem sorteado sabe ler ou é do sexo masculino (85881 + 48249 – 39577)/101.850 Regra da Adição de Probabilidades Sejam A e B eventos de S. Então, P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) Consequências: Se A e B forem eventos disjuntos, então: P(A ∪ B) = P(A) + P(B) Para qualquer evento A de S, P(A) = 1 - P(Ac). PROBABILIDADE CONDICIONAL E INDEPENDÊNCIA Probabilidade condicional: Dados dois eventos A e B, a probabilidade condicional de A dado que ocorreu B, é representada por P(A | B) e dada por P(A | B) = P(A ꓵ B)/P(B) -> P(B) > 0 Da definição de probabilidade condicional, obtemos a regra do produto de probabilidades . (“OU”) P(A ∩ B) = P(B) × P(A|B). Analogamente, se P(A) >0, P(A ∩ B) = P(A) × P(B|A) PROBABILIDADE CONDICIONAL E INDEPENDÊNCIA Qual é a probabilidade do jovem escolhido saber ler sabendo-se que é do sexo masculino? Temos: P(L|M) = 39.577/48.249 = 0,82 Pela Definição: P(L | M) = P(L ꓵ M)/P(M) Quem vem? PROBABILIDADE CONDICIONAL E INDEPENDÊNCIA Independência de eventos: Dois eventos A e B são independentes se a informação da ocorrência (ou não) de B não altera a probabilidade de ocorrência de A, isto é, P(A ∩ B) = P(A) × P(B). “E” PROBABILIDADE CONDICIONAL E INDEPENDÊNCIA Exemplo1: A probabilidade de Jonas ser aprovado no vestibular é 1/3 e a de Madalena é 2/3. Qual é a probabilidade de ambos serem aprovados? A: Jonas é aprovado B: Madalena é aprovada P(A ∩ B) = P(A) x P(B) = 1/3 x 2/3 = 2/9 Qual a suposição considerada? 2/9 é a probabilidade de madalena ou Jonas serem aprovados. PROBABILIDADE CONDICIONAL E INDEPENDÊNCIA Exemplo2: Qual a probabilidade do primeiro filho de Marília ser do sexo feminino? Exemplo3: Qual a probabilidade do primeiro filho de Marília ser do sexo feminino e o segundo do sexo masculino?
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