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LESÕES DE CÁRIE EM SUPERFCIES OCLUSAIS

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CC I Vanessa Silveira 
 
 
CÁRIE EM SUPERFÍCIES OCLUSAIS 
 
Diagnóstico da Doença Cárie Dentária: uma nova tendência 
Processo diagnóstico da doença: 
• Fatores biológicos: substrato (dieta), microbiota, dente e tempo. 
• Fatores não biológicos: comportamento, atitudes, classe social, conhecimento, escolaridade, renda. 
 
Informando o paciente: 
• Diagnóstico e prognóstico. 
• Explicar o PAPEL DO PACIENTE no controle e tratamento da doença. 
• MOTIVAR O PACIENTE. 
 
SUPERFÍCIES OCLUSAIS: qual o verdadeiro problema? 
• Responsáveis por 80% das lesões de cárie; 
• Risco 3 x maior de desenvolver novas lesões; 
 
Fatores determinantes para a REINCIDÊNCIA DE CÁRIE NA BOCA (novas lesões): 
• Macromorfologia das fissuras; 
• Fase de erupção. 
 
>> MACROMORFOLOGIA DAS FISSURAS 
• Formação e retenção de biofilme; 
• Dificuldade de higienização e diagnóstico; 
• Molares decíduos x permanentes (anatomia mais complexa). 
 
>> MICROMORFOLOGIA DAS FISSURAS E SELAMENTO BIOLÓGICO 
• Podem haver sulcos retentivos ou mais rasos; 
• Há presença de BACTÉRIAS VIÁVEIS mais superficialmente no sulco. 
• As bactérias tornam-se inviáveis e sofrem calcificação se depositando no FUNDO DO SULCO => SELAMENTO 
BIOLÓGICO. 
 
>> FASE DE ERUPÇÃO 
Molares permanentes 
Dente Período de erupção Idade da erupção Higiene Oral 
1º Molar ±15 meses 5-6 anos Dependente 
2º Molar ±27 meses 12 anos Independente 
 
Fase de erupção = Fase de atenção 
• Fase de erupção x oclusão funcional: risco 2x maior 
 
• Posição do elemento dental no arco 
 
• Função mastigatória reduzida 
• Opérculo gengival e maior profundidade do sulco; 
 
• Acúmulo de biofilme + progressão de lesões. 
 
Molares decíduos X Molares Permanentes 
O grau de erupção é critério mais importante de avaliação de risco à cárie: 
 
Estágios de erupção: 
- Estágio 1: irrompimento na cavidade bucal –> erupção total da superfície oclusal = ±12 meses 
 
- Estágio 2: erupção total da superfície oclusal –> oclusão funcional com antagonista = ±12 meses 
 
Fase de erupção: qual a conduta? 1º passo: processo diagnóstico 
CC I Vanessa Silveira 
 
 
• Lesões de cárie – grau da doença; 
• Idade; 
• Experiência de cárie (tem restaurações, lesões de mancha branca inativa?); 
• Expectativa dos pais e do profissional; 
• Terapias anteriores; 
• Risco da doença; 
• Fatores etiológicos no processo da doença. 
 
Fase de erupção: qual a conduta? Conduta específica: 
Paciente 1 Paciente 2 
Doença cárie presente Doença cárie presente 
Controle do biofilme Higiene oral precária 
Sacarose moderada Sacarose elevada 
Sacarose em baixa frequência Sacarose em alta frequência 
 
Diagnóstico de Cárie: inspeção visual 
- Superfície limpa e seca, alterações de cor, textura e brilho; 
- Lupas, microscópios intraorais, elásticos de separação; 
- Abordagem clínica sistemática: espelho bucal, sonda OMS (ponta romba), elásticos de separação, fio dental; 
- Boa iluminação, isolamento relativo, jato de ar (superfície SECA); 
- Sonda de ponta romba – OMS: remove remanescentes de biofilme e avalia a textura das lesões; 
- Sonda exploradora: não aumenta a sensibilidade e método invasivo. 
 
Aspectos clínicos das lesões de cárie: 
Lesões sem cavitação: lesões ativas x lesões inativas / esmalte (Cárie Incipiente – mancha branca) x dentina. 
 
Lesões com cavitação: lesões ativas x lesões inativas / esmalte (microcavitações) x dentina (profunda). 
 
• Ativa: coloração amarronzada, tecido amolecido; 
• Inativa: coloração amarronzada e enegrecida, tecido duro; 
 
Lesões ativas x lesões inativas: 2 estágios estáticos? NÃO 
- Mudanças transitórias contínuas; 
 >> Lesões ativas –> lesões inativadas e superfície sadia –> lesões ATIVA (não respondeu ao tratamento) 
 >> Lesões ativas –> lesões inativadas e superfície sadia –> lesões INATIVA 
- Progressão da doença cárie rápida, lenta ou sem progressão; 
- Biofilme: equilíbrio ecológico, desafio cariogênico, resposta do hospedeiro; 
 
PROGRESSÃO DA LESÃO DE CÁRIE OCLUSAL 
• Lesão inicial – início nas paredes laterais da fissura 
• Regiões da Lesão Inicial: 
- Camada superficial (menos porosa e mais calcificada); 
- Corpo da lesão (diminuição dos cristais dos prismas e aumento da porosidade) 
- Zona escura e zona translúcida 
• Configuração anatômica: forma de cone, “lesão de natureza fechada” 
 
 
• Dificulta o diagnóstico, favorece crescimento bacteriano, acelera destruição do tecido 
• Extensão real da lesão: lesão de cárie oculta – “Se o exame clínico de cárie não for acompanhado pelo 
bitewing, um número substancial de lesões cariosas será subestimado.” 
Prevenção e controle das lesões de cárie em superfícies oclusais 
Que técnica eu uso agora? 
Histórico de métodos para prevenção de cárie oclusal 
Século XIX Black – extensão preventiva 
• HYATT (1923) Odontomia profilática 
• BODECKER (1929) Erradicação de fissuras 
CC I Vanessa Silveira 
 
 
• SIMONSEN (1978) Restauração preventiva e selamento invasivo 
Década de 90 – observação e controle 
 
TRATAMENTO NÃO INVASIVO: ABORDAGEM ATUAL 
• Fatores etiológicos, Doença passível de controle, Remissão de sinais incipientes 
• Lesão de cárie – inibição: orientação de higiene bucal e dieta / selantes de fossas e fissuras / plano de 
tratamento 
• Preventivo e não restaurador: controle da doença, terapêutico e preventivo 
• Levantamentos epidemiológicos: redução da Cárie Dental, Redução da velocidade de progressão, 
Grande número de lesões iniciais e menos lesões cavitadas 
• Princípios do tratamento não invasivo: promoção de saúde bucal 
• Realizado antes da perda de estrutura dentária 
• Controle dos fatores etiológicos da doença 
• Prevenção da doença cárie 
• Reversão do quadro de doença instalada 
• Acompanhamento individual 
• Métodos e procedimentos: observação e controle, uso racional do flúor, selantes de fossas e fissuras 
• Indicações básicas: Dentes clinicamente hígidos, Lesões de cárie ativas iniciais, Lesões de cárie em 
dentina, Lesões de cárie inativas 
• Observação e controle: Orientação de dieta, Orientação de higiene bucal, Uso racional do flúor 
• Promoção de saúde: técnica mais fácil e mais difícil ao mesmo tempo 
• Orientação de higiene bucal e efetividade de escovação 
• Escovação + dentifrício fluoretado: controle da lesão de cárie / evita novas lesões 
• Técnica transversal e escova unitufo: indicadas para superfícies oclusais em erupção 
• Uso racional do flúor: água de abastecimento + dentifrício fluoretado – prevenção e controle da lesão 
de cárie 
• Meios adicionais: avaliação do risco e da atividade de cárie 
 
• Pacientes sem atividade de cárie: não há necessidade obrigatória; água de abastecimento + dentifrício 
fluoretado – prevenção e controle da lesão de cárie 
• Orientação: Baixa concentração e alta frequência, Concentração no dentifrício: 1100 ppm, Quantidade 
reduzida, utilização supervisionada e após grandes refeições 
 
• Pacientes com atividade de cárie: Baixa concentração e alta frequência, Aplicação tópica profissional 
(alta concentração e baixa frequência), Formas de aplicação: verniz, mousse, gel e cariostático 
 
SELANTES DE FOSSAS E FISSURAS – tomando decisões 
• Tempo de erupção do dente (selante ionomérico – capuz gengival); 
• Morfologia da superfície oclusal; 
• Experiência de cárie do paciente; 
• Atividade de cárie do paciente; 
• Risco atual de cárie do paciente; 
• Motivação do paciente e núcleo familiar; 
Superfície hígida: acompanhamento ou selamento? 
• Dentes em erupção: Lesões de mancha branca ativa, Pacientes de alto risco, Histórico da doença cárie 
– SELAMENTO IONOMÉRICO - Barreira mecânica ao biofilme, Menos sensível à umidade, Possui flúor 
recarregável, Durabilidade: média de 6 meses, Partículas de CIV retidas no interior das fissuras – 
protocolo clínico
• SELAMENTO RESINOSO 
• Uso clínico vem diminuindo, Barreira mecânica ao biofilme 
• INDICAÇÕES: Paralização da lesão, Pacientes e núcleos familiares não colaboradores, Dentes 
completamente irrompidos 
 
 
 
 
CC I Vanessa Silveira 
 
 
TOMANDO DECISÕES 
• SUPERFÍCIES HÍGIDAS; 
• LESÕES INATIVAS EM ESMALTE; 
• LESÕES INATIVAS MICROCAVITADAS: observação e controle; 
• LESÕES ATIVAS EM ESMALTE; 
• LESÕES ATIVAS MICROCAVITADAS: observação e controle, vernizes / civ / cariostático, 
Autoaplicação de flúor; 
• LESÕES EM DENTINA: procedimentos restauradores, observação e controle, vernizes / civ / 
cariostático, aplicação tópica de flúor; 
 
E O QUE FAZER DEPOIS DE TRATAR? Acompanhamento individual 
Retorno do paciente de acordo com o risco e atividade da doença atual 
Reavaliação dos sinais da doença 
Progressão ou regressão 
IMPORTÂNCIA DOS REGISTROS 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
• Evidências científicas 
• Tratamento não invasivo 
• Lesões de cárie ativas: avaliar atividade da doença e risco de novas lesões 
• Lesões de cárie inativas: risco de novas lesões 
• Lesões de cárie não cavitadas 
AVALIAÇÃO 
- Processo contínuo, avaliação dos conteúdos apresentados e da metodologia desenvolvida. 
 
 Bibliografia Básica 
1 - Fejerskov e Kidd. Cárie dentária: a doença e seu tratamento clínico. 2ª Ed São paulo, 2013. 
2- Imparato JCP. Odontopediatria Clínica, Integrada e Atual - Anuário 01. Ed Napoleão, 2014. 
Bibliografia Complementar 
1-Jorge AOC. Microbiologia e Imunologia Oral. Elsevier Brasil, 2012.

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