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trabalho de biomedicina

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Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina
Músculos e Articulações.
Curso: Graduação em Enfermagem
Fase: 1ª Turma: 2206
Disciplina: Anatomia Sistêmica.
Acadêmicos: Ana Carolina de Souza.
Amantino Rodrigues Raulino.
Filipe Devalde de Souza.
Maria Aparecida Fernandes.
Wesley Braga.
São José, 26 de Abril de 2011.
Introdução
Este trabalho foi desenvolvido durante o curso de Enfermagem – 1ª fase, na disciplina de Anatomia Sistêmica, nele, relacionamos os conteúdos estudados em sala e pesquisados na biblioteca desta instituição de ensino superior privado, Faculdade Estácio de Sá. Tendo como base os tópicos principais dos livros de Medicina, bem como os das disciplinas desta área de estudo. O presente trabalho parte da premissa de que os músculos e articulações são aspectos fundamentais para a sustentação e locomoção do organismo. Por conta disso, procuramos chamar a atenção para as importâncias e funções das articulações e músculos explanados neste seguinte trabalho. Os músculos são elementos ativos do movimento, pois movem os ossos do esqueleto em suas articulações, já as articulações são conexões entre os ossos ou cartilagens que permitem a mobilidade e o contato entre os ossos. Sabendo de algumas funções destes elementos, abordaremos mais a fundo algumas classificações importantes dos músculos quanto à forma, à origem, à inserção e à ação. E também das classificações importantes das articulações quanto à função, morfologia e seus tipos.
Articulações
As Articulações são mecanismo através dos quais os ossos são mantidos unidos. Estas articulações são chamadas de contínuas e descontínuas. Sob a denominação das contínuas, compreende-se o grande grupo das sinartroses. A qual une dois ossos diretamente um ao outro, formando uma unidade fixa que restringe o movimento. Já as descontínuas ou sinoviais, compreende-se o grande grupo das diartroses, onde os ossos são unidos frouxamente para permitir a liberdade de movimentos.
Articulações Contínuas
 Articulações Fibrosas ou Sindesmoses.
Por sindesmose, entende-se a união entre dois ossos feita por firmes feixes paralelos de tecido conectivo com fibras colágenas ou elásticas. Uma forma especial de sindesmose são as suturas cranianas. As suturas encontram – se entre os ossos do crânio, que contém um tecido conectivo, remanescente daquele que formou o osso, intercalado entre os ossos. Apenas com o desaparecimento total deste tecido conectivo é que se completa o crescimento do crânio permanecendo então somente as suturas. Outra forma especial de sindesmose é aquela encontrada na ficção dos dentes nos processos alveolares, a gonfose, também denominada em cunha ou pino. Nela a união do dente com o osso é feita por um tecido conectivo disposto como um coxim amortecedor.
 Articulação cartilagínea ou sincondroses
O segundo grande grupo das articulações continuas é o das sincondroses que unem dois ossos por meio de cartilagem e hialina. Elas são encontradas principalmente nas cartilagens epifisiais, durante a adolescência. Cartilagens hialinas também são encontradas entre a 1ª, 6ª, 7ª costelas e esterno. A união cartilaginosa desaparece quando a função de crescimento se completa. A cartilagem epifisial é então substituída totalmente por tecido ósseo
 Sínfise
Sínfises são uniões entre dois ossos por meio de cartilagens fibrosas e tecido conectivo. São encontradas, por exemplo, entre os dois ossos do púbis, a sínfise púbica, e constituem um subgrupo das articulações cartilagíneas.
 Sinostose.
É a formação de osso onde havia articulação, como por exemplo, entre os ossos que formam o osso do quadril ou entre a epífise e a diáfise dos ossos longos após o término do crescimento. As articulações podem se ossificar quando então não se fala mais em sinostose, mas sim em anquilose. Portado uma anquilose foi anteriormente, uma articulação funcional.
Articulações Descontínuas ou Sinoviais.
As articulações sinoviais, as diartroses, apresentam: faces articulares, cápsula articular, cavidade articular entre as faces articulares e ainda formações anexas especiais (ligamentos, discos, lábios e bolsas sinoviais). Numa articulação que envolve dois ossos o osso que se desloca é denominado seguimento móvel e o que fica em relativo repouso, seguimento fixo. Pode-se estabelecer a amplitude do movimento de uma articulação pela medida do ângulo entre o ponto inicial e o ponto terminal do movimento, o qual se dá o nome de ângulo de excursão. O momento do ângulo de excursão de uma articulação pode ser restringido por vários fatores. A posição neutra de todas as articulações é considerada aquela na qual o corpo está em posição anatômica. Os movimentos são medidos nos planos sagital, frontal, transversal e de rotação.
 Faces Articulares
Uma articulação sinovial é composta de no mínimo duas faces articuladas. Elas são quase sempre revestidas por cartilagem hialina e raramente por cartilagem fibrosa ou tecido conectivo com deposição de cartilagens fibrosas.
 Cápsula Articular
A cápsula articular pode ser tensa ou frouxa e se insere próximo à superfície cartilaginosa das faces articulares dos seguimentos ósseos. É composto por duas camadas uma interna, a membrana sinovial, e uma externa a membrana fibrosa. A membrana sinovial contém fibras elásticas, vasos e nervos. A quantidade de vasos está diretamente relacionada às atividades da articulação. A membrana fibrosa de espessura variável, tem poucas fibras elásticas, mais é rica em fibras colágenas.
 Cavidade Articular
A cavidade articular é um espaço capilar em forma de fenda que contém um líquido articular lubrificante, a sinovia ou líquido sinovial.
 Ligamentos
São denominados segundo sua função, ligamentos de reforço (para cápsula articular), ligamentos de orientação (nos movimentos ) ou ligamentos de limitação (que restringem os movimentos).
 Discos ou Meniscos Articulares.
São estruturas constituídas de tecido conectivo colágeno e tecidas cartilaginoso fibrosas. Discos tem a função de orientar e melhorar o contato das superfícies articulares, podendo até separar a cavidade articular em duas câmaras articulares distintas, como no caso das articulações temporomandibulares e esternoclavicular.
 Lábios Articulares
Os lábios articulares são formados por tecido conectivo colágeno com algumas células cartilaginosas disseminadas e servem para ampliar uma superfície articular.
 Bolsas Sinoviais
Podem se comunicar com a cavidade articular. Podem ter as formas de sacos maiores ou menores, revestidos por membrana sinovial, sendo um ponto fraco da articulação, porém, ampliam a cavidade articular.
 Forças de Contato
O momento de força que age nas duas faces que se articulam no sentido de mantê-las em contato é de natureza diversa. As articulações também estão sujeitas ao envelhecimento que faz a cartilagem articular perde sua elasticidade. Encontram-se atrofias por envelhecimentos nas superfícies articulares, afetando a mobilidade e comprometendo a função da articulação.
Classificação das articulações sinoviais.
As articulações sinoviais podem ser classificadas por vários critérios. Um desses as classifica em relação ao número de eixos de movimento tendo assim as articulações uni, bi ou multiaxiais. Outra classificação considera os graus de liberdade, de acordo com a mobilidade recíproca dos elementos articulares, isto é o numero de eixos nos quais é realizado o movimento. Outra classificação baseia-se no número de elementos que constituem uma articulação, podendo-se ter articulações simples e compostas. A articulação simples é formada por dois elementos articulares unidos por uma cápsula, encontrando-se mais dois elementos contidos numa mesma cápsula, chama-se articulação composta. Além disso, as articulações podem ser classificadas pela forma das superfícies articulares:
 Articulação Plana: tem duas superfícies articulares planas e apresenta diferentes movimentos de deslizamentos.
 O Gínglimo: uma articulação em dobradiça, é formado por uma superfície articular convexa e outracôncava, são conceituados como articulações cilíndricas.
 A Articulação Trocoidea: são as articulações em pivô e cilíndrica. São uniaxiais.
 A Articulação Elipsoidea ou Condilar: possuem uma superfície articular côncava e uma superfície articular convexa, as duas elípticas e é muito móvel.
 A articulação Selar: compreende duas superfícies articulares em forma de sela, cada uma delas com uma convexidade e uma concavidade. É muito móvel sendo possível realizar os movimentos de circuncisão (por exemplo, articulação carpometacarpal do polegar).
 A Articulação Esperóidea: multiaxial, apresenta uma superfície articular arredondada e uma concavidade correspondente (por exemplo, a articulação do ombro).
Músculos
São estruturas individualizadas que cruzam com uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas, denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.
Funções:
 Produção dos movimentos corporais: movimentos globais do corpo, como andar e correr.
 Estabilização das posições corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.
 Movimento de substâncias dentro do corpo: as contrações dos músculos lisos das paredes dos vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linha e o retorno do sangue para o coração.
 Produção de calor: quando o tecido muscular contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.
Classificação dos Músculos
Músculos Superficiais ou Cutâneos: estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar). Ex: Platisma.
Músculos Profundos os Subaponeuróticos: são músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizadas abaixo da fáscia superficial. Ex: Pronador quadrado.
Músculos longos: são encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Ex: Bíceps braquial.
Músculos curtos: encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não inclui força nem especialização. Ex: músculos da mão.
Músculos largos: caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Ex: Diafragma.
Classificação quanto à origem:
Quando o músculo possui dois tendões de origem, é classificado como Bíceps. Já se o número de tendões são três, sua classificação é Tríceps e quando este número de origem passa a ser quatro tendões seu nome é Quadríceps.
Classificação quanto à inserção:
Quando o músculo possui dois tendões de inserção, chama-se de Bicaudado. Quando este número passa de três dar-se-á o nome de Policaudado.
Observação: Para classificar o músculo deve-se sempre levar em consideração o número de tendões de origem. Ex.: Músculo com dois tendões de origem e dois tendões de inserção, seu nome continuará sempre Bíceps.
Classificação quanto à ação do músculo: Dependendo do movimento que realizam, podem ser classificados em:
• Flexão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, reduz o ângulo entre duas partes do corpo;
• Extensão: realizado no plano sagital e ao redor do eixo transversal, retorno da flexão ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo;
• Abdução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, afasta parte do corpo do plano mediano ou aumenta o ângulo entre duas partes do corpo.
• Adução: realizado no plano coronal e ao redor do eixo sagital, aproxima parte do corpo do plano mediano ou diminui o ângulo entre duas partes do corpo.
• Rotação: girar em torno do próprio eixo, ou seja, realizado ao redor do eixolongitudinal, podendo ser, lateral ou medial;
• Supinação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando lateralmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado posteriormente e a palma anteriormente (posição anatômica);
• Pronação: movimento de rotação do antebraço com o rádio girando medialmente ao redor de seu próprio eixo; o dorso da mão fica voltado anteriormente e a palma posteriormente;
Tipos de Músculos
	Músculos Estriados Esquelético: contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico.
Músculos Lisos: localizados nos vasos sanguíneos, vias aéreas e na maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pelvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo.
Músculo Estriado Cardíaco: representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – auto ritmada.
Músculos Esqueléticos
Nos músculos esqueléticos há sempre um ponto de origem e um ponto de inserção. A origem sempre está no osso fixo durante o movimento, já a inserção encontra-se no osso que se desloca. É na origem que frequentemente encontramos a cabeça do músculo, contínua ao ventre do músculo, terminando no seu tendão. Os músculos se diferenciam conforme a relação da fibra muscular com o tendão:
 Músculo Fusiforme: é composto de fibras longas que possibilitam a realização de movimentos amplos, porém menos vigorosos tendo, o seu tendão, relativamente curto.
 Músculo Semipeniforme: possui um longo tendão que perpassa todo o músculo e no qual se inserem, em um dos lados, as curtas fibras do músculo. Com isso conseguem uma força muscular maior.
 Músculo Peniforme: tem a mesma estrutura do músculo semipeniforme, exceto pelas fibras que se inserem em ambos os lados do tendão.
 Músculos Multipeniformes: quando o músculo apresenta várias disposições peniformes.
Podemos ainda descrever diversas origens para o mesmo músculo, diferenciando músculos com duas, três ou quatro cabeças. Essas cabeças unem-se em seguida para formar o ventre do músculo e terminam num tendão comum. Exemplos deste tipo de músculos são os músculos bíceps e os músculos tríceps do braço. Os músculos que possuem a mesma ação em determinado movimento são os músculos sinergistas e aqueles que realizam o movimento inverso são os antagonistas. Para a função muscular são necessários alguns anexos:
 Fáscias: membranas de tecido conectivo fibroso que envolve músculos ou feixes musculares e possibilitam o deslizamento de uns em relação aos outros.
 Bainhas Tendíneas: permitem o melhor deslizamento entre os tendões.
 Cartilagens Sesamóides e Ossos Sesamóides: encontrados nas regiões onde o tendão é mais exposto à tração.
 Corpos Adiposos: situam-se entre os músculos individuais e também possuem função de deslizamento.
Músculos Lisos
As fibras musculares lisas são consideravelmente menores em comprimento e em diâmetro do que as fibras musculares esqueléticas. E são afiladas em ambas as extremidades. Dentro de cada fibra a um único núcleo oval, de localização central. Além dos filamentos espessos e delgados, as fibras musculares lisas também contem filamentos intermediários. Uma vez que os diversos filamentos não têm um padrão de superposição, o músculo liso não apresenta bandas claras e escuras alternantes e, desse modo, parece não estriado ou liso. Os filamentos intermediários estendem-se entre estruturas denominadas corpos densos, que são similares ao disco z, encontrado nos músculos estriados. Alguns corpos densos estão fixadosno sarcolema; outros são dispersos no sarcoplasma na contração, aqueles fixados no sarcolema causam um encurtamento da fibra no comprometimento. O tecido liso não tem estriações – parece “liso”- porque os filamentos espessos e delgados, bem como os filamentos intermediários, estão dispostos irregularmente. A função (contração) da musculatura lisa é involuntária. O músculo liso de cada órgão é diferente da maioria dos outros órgãos em vários aspectos: dimensão física, organização em feixes ou lâminas, resposta a diferentes tipos de estímulos, características de inervação e função. Entretanto, por questões de simplicidade, em geral o músculo liso pode ser dividido em dois tipos principais: o músculo liso multiunitário e o músculo liso unitário. O músculo liso multiunitário: esse tipo de músculo liso é constituído por fibras musculares lisas distintas. Cada fibra opera independentemente das outras e com frequência, é inervada por uma só terminação nervosa, como ocorre com as fibras musculares esqueléticas. Além disso, as superfícies externas dessa fibra, como a das fibras musculares esqueléticas são cobertas por fina camada de substâncias semelhantes a membrana basal, uma mistura de delicadas fibrilas de colágeno e de glicoproteínas que ajuda a isolar as fibras umas das outras. A característica mais importante das fibras musculares lisas multiunitárias, é que cada uma delas pode se contrair independentemente das outras, e seu controle é exercido principalmente por sinais neurais. O estímulo de uma única fibra muscular lisa multiunitária, causa a contração somente daquela fibra. O tecido muscular liso multiunitário é encontrado nas paredes das grandes artérias, das grandes vias aéreas para os pulmões, nos músculos eretores do pelo fixado nos folículos pilosos e nos músculos intrínseco do bulbo do olho. Comparado à contração em uma fibra muscular esquelética, a contração em uma fibra muscular lisa, começa mais lentamente e dura muito mais tempo. O tecido muscular liso pode assim, sustentar o tônus de longo prazo que é importante nas paredes dos vasos sanguíneos e dos órgãos que mantêm pressão sob os seus conteúdos. Finalmente, o músculo liso pode tanto encurtar ou estender em uma amplitude maior que os outros. A extensibilidade permite que os músculos lisos se expandam a medida que o seu conteúdo aumenta, ao mesmo tempo em que ainda retém capacidade pra contrair-se. As maiorias das fibras de músculo liso contraem-se ou relaxam em resposta aos impulsos nervosos. Além disso, muitas fibras musculares lisas contraem - se ou relaxam em resposta a distensão, aos hormônios ou fatores locais. O músculo liso unitário: este termo “unitário” é impreciso, pois não significa fibras musculares únicas, pelo contrário, significa que toda a massa de centenas a milhares de fibras musculares lisas que se contraem juntas, como uma só. Em geral as fibras estão agregadas em lâminas ou feixes e suas membranas celulares aderem umas as outras em múltiplos pontos, de forma que a força gerada em uma só fibra muscular pode ser transmitida para a próxima. Além disso, as membranas celulares são unidas por muitas junções abertas, através das quais os íons podem fluir livremente de uma célula para a outra, de forma que os potenciais de ação, o simples fluxo iônico, possam dirigir-se de uma fibra para a próxima e possa acarretar a contração simultânea das fibras musculares. Assim como o músculo cardíaco, o músculo liso unitário é auto rítmico. Pelo fato desse músculo ser encontrado nas paredes da maioria das vísceras do corpo, incluindo o intestino, os ductos biliares, os ureteres, o útero e muitos vários vasos sanguíneos, ele é denominado, com frequência de músculo visceral.
Músculo Estriado Cardíaco
As fibras cardíacas são ricas em sarcoplasma e estão dispostas em rede. Existe estriação transversal, porém sarcômeros são mais curtos. O núcleo das fibras musculares cardíacas é de localização central. Além, disso a musculatura cardíaca apresenta estrias restringentes. A maior parte do coração é composta de tecido muscular cardíaco assim como músculo esquelético, o músculo cardíaco também é estriado, mais sua ação é involuntária: ciclos alternados de contração e relaxamento que não são controlados conscientemente. Com frequência, as fibras musculares cardíacas são ramificadas, tem comprimento mais curto e diâmetro maior do que as fibras musculares esqueléticas e tem um único núcleo de localização central. As fibras musculares cardíacas interconectam-se uma com as outras por meio de espaçamentos transversos irregulares do sarcolema chamado de discos intercalares esses discos mantém unidas as fibras e contém junções comunicantes, que prometem que os potenciais de ação musculares se propaguem rapidamente de uma fibra muscular cardíaca a outra, a principal diferença entre os músculos esqueléticos e os músculos cardíacos é a fonte de estimulação. Vimos que o tecido muscular esquelético se contrai somente quando estimulado pela acetilcolina liberado pelo impulso nervoso em um neurônio motor. Ao contrário, o coração bate por algumas fibras musculares cardíacas, agem como um marca passo, para iniciar a compressão cardíaca. O ritmo integrante ou intrínseco, das contrações cardíacas é denominado auto – ritmicidade. Vários hormônios e neurotransmissores podem aumentar ou diminuir a frequência cardíaca, tornando mais rápido ou mais lento o marca passo do coração. Em condições normais de repouso, o tecido muscular cardíaco se contrai e relaxa em média cerca de 75 vezes por minuto. Assim, o tecido muscular cardíaco requer um suprimento constante de oxigênio e nutrientes. As mitocôndrias nas fibras musculares cardíacas são maiores e mais numerosas do que as existentes nas fibras musculares esqueléticas e produzem a maior parte do ATP, por meio da respiração celular aeróbica. Além disso, as fibras musculares cardíacas podem usar o ácido lático, liberado pelas fibras musculares esqueléticas, durante o exercício, para geração de ATP.
Considerações Finais
Ao término desta explanação, diante do conhecimento adquirido a respeito da anatomia sistemática da musculatura humana e suas articulações, foi possível analisar a complexidade do corpo humano dentro deste aspecto estudado, onde analisamos as funções, tipos e particularidades de cada músculo e articulações.	Compreendemos algumas curiosidades adquiridas, sobre o assunto abordado neste trabalho acadêmico, onde entendemos que as articulações permitem maior ou menor mobilidade aos ossos que unem e algumas, são completamente fixas como as do crânio, as articulações sindesmoses, outras podendo ser móveis como as do joelho. Que o tecido muscular pode ser liso, estriado esquelético ou estriado cardíaco e, que a contração muscular voluntária é controlada pelo sistema nervoso, pois, cada célula muscular está conectada com um nervo e se o nervo envia um sinal, a fibra se contrai e depois se relaxa e ainda, se este nervo envia dois sinais seguidos, a fibra muscular mantém-se contraída, sem relaxar-se até que produza fadiga.	Chegamos a inevitável conclusão de que os dois sistemas, o sistema articular e o sistema muscular, estão interligados de uma maneira ou de outra, para poderem desempenhar suas funções biológicas. E por ser um sistema interligado, qualquer alteração ou trauma em um músculo ou uma articulação pode prejudicar, direta ou indiretamente, à perda de mobilidade, função e comprometendo o movimento articular e muscular.
Bibliografia
PLATZER, Werner. Anatomia: texto e atlas./ Werner Platzer; tradução Geraldo José Medeiros Fernandes. – 9ª edição rev. – Porto Alegre: Artmed, 2008.
TORTORA, Gerard J. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia/Gerard J. Tortora, Sandra Reynolds Grabowski; tradução Maria Regina Borges Osório. – 6ª edição – Porto Alegre: Artmed, 2006.
HALL, Jonh E. Fisiologia Médica./ Jonh E Hall, Arthur C Guyton. – 10ª edição – Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogani, 2002.
KENDALL, Florence Peterson. Músculos, provas e funções/ Florence Peterson Kendall, Elizabeth KendallMcCreary, Patrícia Geise Provance; tradução Lilia Breternitz Ribeiro. – 1ª edição brasileira – São Paulo: Editora Manole, 1995.

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