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Cunicultura: Origem, História e Vantagens

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Cunicultura 
ORIGEM E HISTÓRIA DO COELHO 
→ O coelho seria originário da Ásia Central e teria migrado para a África e para a Península 
Ibérica no estado selvagem. Os restos mais antigos de coelhos encontram-se na Europa e 
datam de 6 milhões de anos. O coelho selvagem proliferou na Espanha e foi chamado de 
“cuniculosa”. 
→ Os coelhos eram caçados na natureza e guardados em leporinas (parque murados) junto 
com outros animais selvagens para facilitar a caça. No final do Império Romano ele sofreu a 
primeira etapa de domesticação. Além disso, no século XII, monges franceses criavam coelhos 
para a venda desses animais e de coelhos maiores. 
→ Em 1900 foi criado o primeiro centro de pesquisa público específico para coelhos em 
Fontana, Califórnia, que funcionou até 1965. Ainda durante o século XX, houve a passagem da 
criação tradicional para a criação racional, sendo a Nova Zelândia e os EUA os lugares onde se 
criavam as duas raças mais importantes. Em 1939 já haviam mais de 60 raças de coelhos. 
→ Os trabalhos desenvolvidos por esse centro foram muito importante para o 
desenvolvimento da cunicultura, chegando as seguintes conclusões nas décadas de 50 e 60: 
 A criação em gaiolas suspensas limitava o aparecimento da coccidiose; 
 A alimentação granulada permitia oferecer uma ração completa; 
 Coelhos das raças NZB e CAL podem ser criados em gaiolas. 
→ Diferenças entre: 
 Coelhos: vivem em tocas, em famílias, gestação de 30 a 31 dias, patas posteriores mais 
curtas, nascem 6 a 10, máximo 15, com os olhos fechados e sem pelos, orelhas 
menores, crânio curto, 44 pares de cromossomos; 
 Lebres: viveu a céu aberto, gestação média de 40 dias, vivem aos casais, fazem ninho 
entre moitas de arbustos, os filhotes de 1 a 4 nascem com os olhos abertos, com pelos 
e começam a andar após o nascimento, orelhas longas, crânio mais longo, 48 
cromossomos. 
→ As principais características do coelho doméstico e selvagem são: 
A. Coelho selvagem: tamanho pequeno;temperamento arsico; pelagem “agouti”; 
hábitos noturnos; vivem em tocas, em famílias; olfato muito desenvolvido; 
marcam seu território; reproduzem-se ao acaso;coelhas fazem ninho em tocas. 
B. Coelho doméstico: temperamento dócil, tamanho cariados, várias cores; maior 
atividade durante as horas de menos luz; vivem em gaiolas ou coelheiras; 
reprodução controlada pelo homem; é preciso fornecer um ninho para que a 
coelha possa prepará-lo para ao láparos; olfato desenvolvido; quem determina a 
formação dos grupos é o homem. 
 
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→ Cecotrofia: ingestão dos cecotrofos, os quais são ricos em nutrientes. Tanto coelhos 
selvagens quanto domésticos têm o ceco desenvolvido e funcional e neste são sintetizados 
aminoácidos, vitaminas do complexo B e Vit C, além de ácidos graxos. Para tanto, os coelhos 
produzem dois tipos de fezes: as fezes duras (pobres em nutrientes) e os cecotrofos. 
SITUAÇÃO DA CUNILTURA NACIONAL E MUNDIAL 
→ A criação de coelhos no Brasil começou na década de 80 com a importação de raças da 
Europa. Nesse mesmo período iniciou a venda para laboratórios e obtenção como animais de 
estimação. Também foi criada a ANC (Associação Nacional de Cunicultores). 
→ Na década de 70 iniciou-se a produção de carne de coelho, onde os estados considerados os 
maiores produtores foram: RS, SC, PR, SP, RJ, MG, ES e BH. Ao países maiores produtores são: 
China, Itália, França, Espanha e Rússia. A produção mundial de carne de coelho gira em torno 
de 1.800.000 toneladas por ano. 
→ O cérebro de coelho pode ser usado para formar a matéria-prima que compõe a 
tromboplastina, que é usada em exames pré-cirúrgicos e no tratamento de doenças 
circulatórias. O pó de cérebro é utilizado por vários laboratórios e é vendido até por 2.500 
dólares o kg. Grande parte do cérebros de coelho são importados dos EUA. 
VANTAGENS E DIFICULDADES DA CRIAÇÃO 
→As vantagens da criação de coelhos são: 
 A coelha tem um período de gestação de em média de 30 a 31 dias; 
 Produzem muitos filhotes: 8 a 10 por parto (até 16); 
 A coelha pode ser acasalada ainda em lactação e por isso pode ter de 06 a 07 partos 
por ano; 
 Desmamam 6 a 7 láparos por parto; 
 Ocupam pequenos espaços: 10 fêmeas, um macho e sua crias precisam de uma área 
de 20mx20m para as gaiolas e os corredores; 
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 Uma pessoa trabalhando 8h/dia pode cuidar de uma criação de até 300 matrizes em 
galpões em gaiolas de arame, fazendo todo o manejo; 
 São animais muito dóceis e os trabalhos podem ser feitos por mulheres, adolescentes 
e idosos; 
 São abatidos entre 1,80 a 3,00 kg de pesa vivo, com 60 a 90 dias de idade; 
 Baixo impacto ambiental; 
 Do coelho tudo pode ser aproveitado: sangue, patas, cérebro, orelhas, vísceras não 
comestíveis (estômago, instestinos); 
 Produzem carne de ótima qualidade; 
 Baixa necessidade de água: água de bebida dos animais e para limpeza de 
equipamentos; 
 São herbívoros; 
 Produzem esterco de ótima qualidade, sendo excelente para as plantas. 
→ Dificuldades do criador: 
o Poucas associações ou cooperativas de criadores; 
o Pouca assistência técnica; 
o Falta de vacinas nacionais (como a que previne a Mixomatose, principal doença que 
afeta a criação de coelhos no Brasil); 
o Dificuldade na obtenção de financiamento específico em instituições financeiras; 
o Falta de conhecimento sobre as qualidades da carne de coelho; 
o É preciso ter conhecimento e domínio sobre a atividade; 
o Adquirir animais para reprodução de qualidade genética e sanitária; 
o Deve ser feita uma pesquisa de mercado, para verificar o que produzir e quanto 
produzir e para quem vender; 
o Controle gerencial de todo o processo produtivo, para determinar onde há problemas; 
o Na produção de carne deve verificar onde abater os coelhos (abatedouro com 
inspeção federal). 
TIPOS DE PRODUÇÃO 
→ Há dois tipos principais de produção de coelhos: 
1) Criações caseiras: o objetivo desse tipo de produção é produzir carne para sustento da 
família. São utilizadas poucas fêmeas (5 a 10 fêmeas e 20 a 30 matrizes). As instalações 
são simples, podendo ser construídas pelo criador. Os animais não têm raça definida e 
a alimentação se dá por forragens, restos de horta e restos de culturas. A coelha é 
acasalada após a desmama dos láparos e a desmama é feita por volta de 40 dias. O 
número de parto por coelha e por ano pode ser de 2 a 4. 
2) Criações comerciais: utiliza-se mais de 40 matrizes; visa o lucro; à medida que 
aumenta o número de matrizes, o empate de capital é bem maior. As instalações 
devem ser melhoradas: galpões bem construídos, gaiolas de arame galvinizado. Devem 
ser escolhidas as melhores raças de acordo com o objetivo da criação. Deve haver o 
planejamento da produção: o que produzir? Quanto produzir? Para quem vender? Os 
animais que não reproduzem bem devem ser vendidos e substituídos por outros. A 
coelha é acasalada entre 10 a 30 dias pós parto e a desmama é feita entre 32 a 35 dias 
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de idade dos láparos. O número de partos por fêmea por ano devera ser no mínimo 6 
a 7. Se a produção for de carne, verificar onde abater os animais. Deve haver 
gerenciamento da criação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS DE UMA CUNICULTURA 
→ Os objetivos da produção de coelhos são: 
 Produção de carne; 
 Animais vivos para laboratórios e instituições de pesquisa; 
 Produção de peles; 
 Produção de lã Angorá; 
 Venda de animais para a reprodução; 
 Aproveitamento dos subprodutos; 
 Animais de estimação. 
→ Para a produção de carne o criador tem que fazer todo ciclo de criação. Ele deve ter as 
fêmeas e os machos para produzir os filhotes que após a desmama serão engordados e 
abatidos. As coelhas de raças boas para a produção de carne podem produzir de 6 a 7 partor 
por ano e levar ao abate 6 a 7 láparos por parto o que dá uma produção de 36 (6x6) a 49 (7x7) 
láparos para a venda por fêmea e por ano. 
→ Para que isso ocorra é necessário dar conforto, tranqüilidade, boa alimentação e ajudar a 
coelha a cuidar dos filhotes. Dessa forma os animais podem ser abatidos com 60 a 80 dias de 
idade, com pesos vivos de 1,80 a 2,50 kg e com uma carcaça de 1,00 a 1,50 kg. 
→ A carne de coelho apresenta as seguintes características: 
a) Possui excelente qualidade: rica em proteínas, com baixo teor de gorduras e 
colesterol; 
b) Considerada carne branca, recomendada para pessoas de que desejam uma 
alimentação saudável; 
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c) É muito parecida com a carne de frango e pode ser preparada da mesma maneira. É 
tenra, macia e saborosa; 
d) Tem uma ótima relação de ácidos graxos insaturados x saturados. 
→ As tabelas abaixo mostram algumas características específicas da carne de coelho: 
Teor de colesterol em 100g de carne (mg) 
Coelho 50 
Frango 90 
Suíno 105 
Vaca 125 
Bovino 140 
 
Composição da carne de coelho 
Água 67,86 
Proteína 25,50 
Gordura 4,01 
Sais minerais 2,13 
 
Valor nutritivo da carne (%) 
Coelho 40,15 
Frango 31,62 
Suíno 27,11 
Vitela 24,61 
Vaca 24,20 
 
→ O abate de coelhos nas criações pequenas pode ser feito pelo criador, num local limpo para 
que a carcaça não seja contaminada com sujeira e que se apresente com bom aspecto para 
preservar a qualidade da carne. Nas criações médias e industriais o abate deve ser feito em 
abatedouros com inspeção estadual ou federal, pois assim será mais fácil a comercialização do 
produto. A fases do abate são: 
 Jejum de ração; 
 Atordoamento; 
 Sangria; 
 Esfola (retirada da pele); 
 Retirada das vísceras; 
 Lavar a carcaça com água limpa; 
 Deixar escorrer; 
 Colocar na geladeira ou em câmara de resfriamento (em torno de 4°C); 
 Se houver necessidade congelar, devidamente embaladas. 
→ Os tipos de carcaça são: 
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1. Carcaça que vem com cabeça e vísceras comestíveis: as vísceras comestíveis são o 
fígado, rins, coração e pulmões. É vendida por pequenos e médios criadores. 
2. Carcaça sem cabeça e sem vísceras: vendida por abatedouros para coelhos ou grandes 
criadores que vendem o cérebro para laboratórios farmacêuticos e as vísceras 
comestíveis em bandejas separadas. 
→ O rendimento de carcaça é em torno de 60% (55 a 67%), cujo fatores que o influencia são: 
 Peso ao abate. 
 Alimentação; 
 Formas de abate; 
 Formas de apresentação da carcaça; 
 Momento da pesagem; 
 Doenças. 
→ O rendimento de carcaça é dado pela seguinte equação: 
 
→A conversão alimentar é a quantidade de ração ou alimento necessária para o animal ganhar 
um quilo de peso vivo. O animal em crescimento e engorda (da desmama ao abate) tem uma 
conversão de 2,8 a 3,5 kg para um quilo de peso vivo, dependendo do clima, da capacidade de 
conversão do animal e da qualidade da ração. 
→ Na criação de colehos o produtor tem que calcular a quantidade de ração consumida pelo 
animais por mês, por quinzena ou por semana e dividir pelos quilos de peso de coelhos 
vendidos no mesmo período. Assim ele calculará a conversão global da criação que é muito 
importante para calcular o custo de produção. Na conversão global estão incluídos os 
consumos dos animais da reprodução e dos animais em engorda (3,5 a 4,5:1). 
 
→ Exemplo: Uma criação de 100 fêmeas num mês são gastos 2500 kg de ração e são vendidos 
572 kg de coelho vivo. Usando a fórmula acima, chega-se ao resultado de 4,5. Isso quer dizer 
que para cada quilo de peso vivo produzidos houve um gaste de 4,5 kg de ração. 
 
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→ O coelho é muito utilizado como animal de laboratório por ser dócil e ocupar pequenos 
espaços. Os cursos de medicina, veterinária e zootecnia prinicpalmente os utilizam em 
experimentos. Alguns compram coelhos recém desmamados e outros mais velhos. 
→ As peles provenientes dos animais abatidos para a produção de carne a maioria é de cor 
branca. São peles de tamanho pequenos porque o coelho para é carne é abatido antes dos 90 
dias. Essas peles podem ser curtidas e utilizadas para artesanato, tendo pouco valor comercial. 
Podem ser vendidas secas, congeladas ou curtidas para artesão. 
→ A raça a criar depende do objetivo de criação. 
1. Carne: coelhos de porte médio e gigante; 
2. Peles: porte grandes, e em menor grau as médias. Em países desenvolvidos os coelhos 
de pequeno porte são comercializados por sua beleza. 
→ Raças gigantes (mais de 5 kg): 
o Fêmeas começam a reprodução a a partir dos 6 meses e os machos 7 meses; 
o São mais difícieis de encontrar no Brasil e seu custo pode chegar a 4 vezes mais que as 
raças médias; 
o As fêmeas das raças gigantes são menos prolíferas e menos férteis que as boas raças 
médias; 
o O macho pode ser cruzado com fêmeas de raça média; 
o São exemplo: Gigante branco de Bouscat, Gigante branco alemão, gigante de Flandres, 
Chinchila gigante, etc. 
→ Raças médias (3,5 a 5,0 kg): 
a) Fêmeas começam a reprodução com 4 meses e os machos com 5 meses; 
b) Produzem em média 8 a 10 láparos por parto e desmamam 6 a 7 filhotes por parto; 
c) Crescem e engordam bem; 
d) Tem carne de ótima qualidade. São muito adaptadas as nossas condições; 
e) As peles podem ser aproveitadas; 
f) São eles: Nova Zelândia branca, California, Fulvo ou Leonado de Brogonha, Broboleta 
médio, Chinchila, Prateado Champanhe, Azul de Viena, etc. 
→ As raças para produção de peles são: 
 Podem ser gigantes ou médias e até pequenas sendo que as peles maiores são mais 
valiosas; 
 São raças difíceis de encontrar no Rio de Janeiro puras; 
 As ralas brancas também tem pele valorizada quando são de tamanho grande. 
 São elas: Azul de Viena, Castor Rex, Prateado Champanhe, Chinchila, Borboleta, etc. 
→ Raças pequenas (menos de 3,5 kg): 
 Fêmeas começam a reprodução com 3 meses e meio e 4 meses e meio os machos; 
 São animais muito bonitos, existindo muitas criações brasileiras, misturadas com 
outras raças mais criadas. 
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 São elas: Japonês, Negro e fogo, Havana, Holandês, Pequenos prateados, Pequenos 
Bélier, etc. 
→ A raça para produção de lã é o Angorá. 
→ Os fatores a se considerarpara começar uma cunicultura são: 
1. Objetivo da criação: criação de raças, venda para pets, produção de carne; 
2. Pesquisa de mercado: deve haver um mercado consumidor acessível; 
3. Escolha do local. 
4. Estudo do clima. 
→ Cuidados na escolha do local: 
 Próximo ao mercado consumidor; 
 Longe de outras criações de coelho (distância mínima de 3 km). 
 Pesquisa sobre a existência de doenças graves; 
 Situar-se em áreas rurais; 
 Terrenos secos bem drenados que permitam a construção das instalações a custo 
baixo; 
 Que tenha luz e água potável. 
→ Com relação ao clima é ideal que as temperaturas ideias para criação de coelhos estejam de 
15 a 30°C no interior das instalações (15 a 26°C). Abaixo de 15°C o consumo de alimento 
aumentará, o que aumentará o custo de produção e acima de 26/C consumirão menos, 
ganhando menos peso tendo que aumentar a duração da engorda. 
→ As temperaturas muito baixas causam mortalidade alta dos recém-nascidos que precisam 
de 30 a 32°C dentro do ninho nos primeiros 15 dias de vida. O coelhos consomem mais e o 
custo da alimentação aumenta. 
→ O calor influencia negativamente causando problemas digestivos e morte em temperaturas 
elevadas. Em relação a reprodução, diminui a fertilidade. Acima de 30°C ocorrem alterações na 
produção espermática dos machos que podem ficar temporariamente estéreis, diminui a libido 
dos animai, sendo mais difícil executar as coberturas. Fêmeas pouco receptivas ao macho. 
→ Umidades ambientes devem estar entre 60 a 80%. Ambientes muito úmidos ocorrem 
doenças como fungos e problemas respiratórios em ambientes muito secos problemas de 
alergia respiratória. 
→ A ventilação tem como finalidade renovar o ar viciado gerado no interior das instalações 
(excesso de amoníaco: mais de 10mmp detectado pelo olfato humano e dos animais). A baixa 
ventilação leva a nível elevado de vapor de água, fornece ambiente propício ao 
desenvolvimento de doenças respiratórias e fungos, e leva a pior conversão alimentar e menos 
crescimento dos láparos. 
→ Alguns cuidados devem ser tomados para evitar que os animais não sintam cheiro de urina, 
evitem correntes de ar sobre eles, proporcione instalações bem construídas que podem 
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manter a temperatura, umidade e ventilação adequadas as necessidades e conforto e saúde 
dos animais. 
→ Nos tipos de coelheiras para coelhos são: 
1. Coelheiras ao ar livre (as primeiras a surgir no Brasil e no exterior) 
2. Galpões semi-abertos com gaiolas de arame. 
→ As coelheiras ao ar livre precisam de certos cuidados: 
 No verão devem ser protegidas do sol aberto (já que são abertas e incidência de sol é 
direta nos animais); 
 O comprimento deve ser no sentido leste-oeste; 
 Os matérias podem ser de madeira, alvenaria, bambus; 
 As telhas podem ser de barro (mais recomendável, pois é mais fresca no verão), 
amianto pintadas de branco por fora, sapê, etc. 
 Piso descontínuo para eliminação de dejetos; quando gaiolas de dois andares, o 
telhado do andar inferior deve haver um declive e ser liso, para que caem no chão; 
 É mais trabalhoso o manejo dos animais e por isso tornou-se obsoleto; 
 
 
 
 
 
 
 
→ O galpão para coelhos deve ter as seguintes características: 
 Deve ser fechados nas cabeceiras onde se localizarão as portas no sentido leste-oeste; 
 A altura das paredes laterais pode variar de 0,5m a 1,40 m; 
 O pé direito de galpão (altura que vai do chão até o encontro com o telhado) pode ser 
de 2,20 a 3,50m dependendo da largura do galpão; 
 Os espaços sem paredes devem ter tela (proteger contra animais predadores que 
assustem os animais ou animais que somem a comida); 
 A largura pode variar de 4 a 10 m; 
 Galpões com paredes muito baixas devem ter cortinas (finalidade de aclimatação, 
onde no frio deve ser abaixada e no calor deve-se subir a cortina); 
→ A relação entre as medidas entre largura e pé direito são: 
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→ O piso do galpão: 
I. Deve ter corredores cimentados entre as gaiolas e uma valeta ou fossa de terra de 
areia para que armazenar a urina e as fezes. A fossa serve de esterqueira; 
II. A valeta ou fosse deve ter 40 a 50 cm de profundidade para o depósito dos objetos; 
III. No fundo pode ter “filtro”: areia, carvão e pedra brita (15 a 20 cm cada camada); 
IV. Se o galpão tover piso todo cimentado vai ser necessa´rio varrer as fezes e lavar o piso 
a cada dois ou três dias e retirar a água com rodo para que aumente a umidade 
ambiente. É muito trabalhoso. 
V. A limpeza dos dejetos pode ser feita uma vez por mês até a cada 6 meses; 
 
 
 
 
 
 
 
→ As gaiolas: 
 São de tela de arame galvanizado. A tela de piso deve ser resistente e com arame mais 
grossos que a das laterais. A porta se localiza na frente. A gaiola pode ter manjedoura 
para colocar o capim; 
 Tamanhos: 0,70 de frente x 0,50 a 0,60 m de profundidade por 0,35 a 0,45m de altura 
(maior altura para machos e fêmeas em reprodução); 
 O espaço de piso por animal será: 
I. De 0,90 x 0,60 = 54 m2: 
II. De 0,80 x 0,60 = 0,48 m2; 
III. De 0,85 x 0,70m = 0,59m2; 
 Nessas gaiolas podemos colocar: 1 macho ou 1 fêmea ou 4 a 6 coelhos em engorda. 
 
 
 
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→ Os ninhos: 
1. Pode ser colocado por fora (externo)(é o melhor pois não é necessário manusear a 
coelha par se chegar na coelha) ou dento da gaiola (interno); 
2. Pode ser feito de madeira, de chapa ou de plástico. No Brasil o mais usado é o de 
madeira, interno; 
3. Podem ser semi-fechados para que a coelha se sinta mais protegida; 
4. Tamanho: 0,40 a 0,45m de profundidade x 0,30m de frente x 0,30m de altura na parte 
de trás e 0,15m de altura na parte da frente. 
5. Se for de madeira o fundo do ninho deve ter pequenos furos para ajudar na saída da 
unidade da urina dos filhotes. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Comedouros e bebedouros: nas criações pequenas podem ser usados vasilhames de barro 
pesados para colocar a ração e a água. Em criações que usem gaiolas de arame, o comedouro 
de chapa já vem com a gaiola. O melhor bebedouro é o automático que ser colocado num 
cano de PVC que passa nas gaiolas, uma por gaiola. É preciso ter uma caixa de água para o 
galpão e ela deve ser colocada na sombra para que a água não esquente no verão. 
 
 
 
 
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→ Bebedouros automático medem em torno de 4 cm, podendo ser de metal ou plástico. 
Possui uma extremidade, o pino, onde o animal empurra e a água sai. 
→ Outros equipamentos incluem: 
 Manjedoura: é o local na gaiola usado para colocar o capim; 
 Nas coelheiras se não houver manjedoura deve-se amarra o capim em pequenos 
molhos e pendurá-lo; 
 Tatuador: é usado para tatuar o número na orelha das fêmeas e dos machos para 
reprodução nas criações médias e grandes; 
 Vassoura de fogo ou lança chamas: usado para queimar os pelos e poeira que se 
acumula nas instalações de coelhos; 
 Balança: usada para pesar os animais e a ração. 
 Inchada; 
 Carrinho de mão 
 Arquivos ou computador para dados 
 Transporte de coelho; 
 Área aberta para limpeza e desinfecção. 
 Esterqueira coberta e com piso cimentado (sehouver necessidade); 
 Depósito de ração e equipamentos. 
→ A maneira mais correta ao segurar um coelho é pelo dorso, nunca pelas patas traseiras ou 
pelas orelhas. 
 
→ Há alguns pré-requisitos no momento de escolha dos reprodutores: 
 Cuniculturas idôneas: ou seja, em condições adequadas; 
 Qualidade genética dos animais: esses animais definirão a produção dos 
descendentes; 
 Fêmeas não podem ser parentes dos machos: a fim de evitar a consanguinidade, que 
pode levar a problemas de cunho genéticos; 
 Qualidade sanitária: evitar animais sujos, que se cocem constantemente, etc. 
 Transporte dos animais: deve-se ir a ouros Estados onde se encontra os maiores 
reprodutores; machos e fêmeas devem ficar separados e deve haver aclimatação, 
como a instalação de ar condicionada no transporte; 
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 Quarentena e adaptação: tempo necessária para se evitar a ocorrência de que animais 
doentes contaminem outros animais; 
 Idade de compra: em torno de 4 meses, que normalmente o animal alcança o peso 
que representa 80% dp peso padrão da raça. Deve comprar pelo menos um mês antes 
de começar a reprodução. Não se deve comprar animais com 7 ou 8 meses. 
→ Algumas das características e produtivas da fêmea são: 
 A ovulação é provocada pela monta (10 a 12 horas após): não ocorre, nas coelhas, 
ovulação espontânea. 
 Apresenta dois úteros e dois cervix que desembocam na vagina; 
 O melhor momento para o acasalamento é durante o cio, mas pode ser acasalada fora 
do cio e ficar gestante; 
 Pode ser acasalada ainda em lactação: pois a coelha ainda tem cio em lactação, mas 
não se faz já que nessa a fase a fêmea não está fisicamente pronta para nova gestação; 
 Preparar o ninho para os láparos arrancando os pelos do ventre; 
 Amamenta os láparos uma só vez num período de 24 horas. 
→ Existe uma correlação entre o tamanho e cor da vulva da fêmea com a possibilidade de 
gestação. Em verdade, essa é a principal forma de saber o momento do cruzamento, uma vez 
que alterações comportamentais às vezes são discretas. As alterações são: 
1. Vulva branca e pequena: coelha não receptiva ao macho e de zero a 3% de 
possibilidade de gestação na monta forçada; 
2. Vulva rosa, ligeiramente aumentada de tamanho: coelha não receptiva ao macho, em 
torno de 30% de gestação na monta forçada; 
3. Vulva vermelha e tumefeita: coelha muito receptiva ao macho, 80% de gestações na 
monta natural e presença de cio; 
4. Vulva roxa e muito aumentada: coelha menos receptiva ao macho, 50% de gestações 
na monta forçada. 
 → Um dos métodos para sincronizar o cio das coelhas ou aumentar sua receptivadade 
envolve o bio-estímulo ou controle da lactação, que consiste no acesso da coelha ao 
ninho limitado, de 20 30 minutos pela manhã durante os 9 a 10 primeiros dias pós 
parto. No décimo ou décimo primeiro dia ela não amamenta, o que vai fazer com que 
ocorra retenção de leite e diminuição da produção de prolactina (hormônio que induz 
a produção de leite) e liberação de FSH (hormônio folículo estimulante). No dia 
seguinte após amamentar os láparos ela é levada ao macho. O ninho pode ficar aberto 
desde então. 
→ Características do macho são: 
 Sêmen concentrado 150 a 300 milhões de espermatozoides pó mL; 
 Volume médio 0,6 a 0,8 mL; 
 Os testículos só descem para as bolsas escrotais entre dois a três meses; 
 A espermatogênese só se completa em temperaturas abaixo de 30°C; 
 A proporção macho/fêmea: 1 para 8 a 10. Isso porque um único macho pode cruzar 
com várias fêmeas. 
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→ O manejo da cobertura da coelha se dá por: 
 Verificar o peso da coelha: coelhas muito magras ou muito gordas dificilmente são 
fecundadas e fêmeas muito magras não são aptas a iniciarem uma gestação; 
 Verificar que ela esteja saudável: uma vez que pode haver doenças que passarão ao 
macho e ao filhotes, e além disso uma coelha doente não tem condições de ter uma 
gestação de forma eficiente; 
 Olhar a vulva da coelha que deve estar colorida e inchada: vermelha é o melhor 
momento para cobrir a coelha, pois corresponde ao cio; 
 Levar a fêmea até a gaiola do macho: uma vez que, do contrário, o macho pode 
estranhar o local e demorar a cobrir a coelha; 
 Presenciar a cobertura (pois é necessário anotar a data de cobertura). Se necessário 
ajudar segurando a fêmea para que o macho possa cobri-la. 
 O macho cai para um dos lados arrancando pelos da nuca da fêmea; 
 Uma monta só já é suficiente (uma vez que o sêmen do macho é concentrado e outras 
montas podem estar destinadas a cobrir outras fêmeas ao invés de uma única); 
 Retirar a fêmea da gaiola e anotar nas fichas do macho e da fêmea; 
→ A sexagem é normalmente feita com lupa. 
→ O transporte deve ser feito segurando-se o animal corretamente, pelo dorso, com uma mão 
e com a outra apoiar e segurar com as patas traseiras, a fim de evitar arranhões. 
→ Diagnóstico da gestação pode ser feito apalpando com cuidado o ventre da coelha por fora 
para sentir os fetos. É feita entre 10 a 15 dias após a monta. É preciso praticar muito para 
poder ter certeza se a coelha está gestante. Deve ser feito com delicadeza para evitar abortos. 
Como a gestação da coelha dura em média 30 a 31 (ou de 28 a 34 dias) o pequenos criador 
muitas vezes não faz a palpação. Outra alternativa é o uso de ultrassom, mas na cunicultura, 
principalmente no Brasil, onde há predominantemente pequenos e médio criadores, esse 
método ainda não é uma realidade. 
→ Os cuidados durante a gestação são: 
 Local tranquilo (para não estressar a fêmea), conforto, limpeza, boa alimentação e 
água; 
 As coelhas não devem estar nem muito magras nem muito gordas durante a gestação; 
 Temperatura e umidade do ar dentro da faixa recomendada. 
 Não se deve interferir no parto da coelha; 
→ Dois a três dias antes do parto deve-se colocar o ninho com cama na gaiola da fêmea 
gestante. No dia do parto a coelha arranca pelo da barriga parra forrar o ninho para os láparos. 
Ela prepara um ninho quente, pois eles nascem sem pelo, com os olhos fechados. 
→ A coelha não precisa de ajuda durante o parto, que geralmente ocorre durante a noite, de 
madrugada ou de manhã bem sedo. Após o parto, com todo o cuidado para não espantar a 
coelha, pegar o ninho e com as mãos limpas e sem cheiros estranhos, contar a ninhada, 
retirando os mortos e anotando na ficha da coelha. 
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→ No que diz respeito à lactação e comportamento dos láparos, pode-se dizer que: 
 As coelhas produzem leite rico em proteína, gordura e sais minerais; 
 A produção de leite aumenta no momento do parto; atinge o pico com 21 dias e 
depois começa a diminuir; 
 Se a coelha não for acasalada após o parto a lactação dura em média 42 dias; 
 A primeira mamada ocorre logo após o parto. Depois a maioria das coelhas amamenta 
uma vez num período de 24 horas. A coelha não fica dentro do ninho com os filhotes. 
→ O comportamento dos láparos se dá por: 
o Nos primeiros 15 dias vivem dentro do ninho. Depois já começam a entrar e sair dele. 
Aos20 dias os ninhos podem ser retirados das gaiolas (ninhos internos). 
o O láparos nascem sem pelos e com os olhos fechados. Por volta do 10° dia estarão 
com os olhos abertos e já terão pelo. 
o Em torno de 20 dias os láparos começam a comer ração, mas ainda mamam. 
o São marcados com brincos, para identificação; 
→ A adoção de láparos recém nascidos deve ser feita quando as coelhas tem mais de 10 
filhotes ou de 1 a 3. A coelha aceita os filhotes da outra desde que não deixemos cheiros 
estranhos no seu ninho. A adoção de recém nascidos deve ser feita logo após o parto. A 
diferença de idade entra as ninhadas deve ser no máximo 72 horas. Os ninhos dever ser 
olhados diariamente para retirar os mortos e verificar se a temperatura está correta e se a 
ninhada está fria e úmida. O ninho sujo e frio pode fazer com que toda a ninhada morra. 
→ Desmama nas criações médias e grandes é feira com 32 a 35 dias de idade ou quando o 
láparo pesa pelo menos 600 g. Nas criações pequenas os láparos podem ser desmamados com 
até 40 dias de idade. O ninho pode ser retirado da gaiola da fêmea 20 dias após o parto. 
→ A formação de lotes para a venda de animais vivos ou abatidos se dá por: 
 Por ninhada: machos e fêmeas podem se criados na mesma gaiola até os 90 dias; 
 As fêmeas que forem escolhidas para reprodução podem ficar juntas até 3 meses e 
meio. Depois devem ficar sozinhas numa gaiola; 
 Os machos para reprodução aos 90 dias devem ficar sozinhos porque eles brigam. 
 Mistura de ninhadas: ninhadas pequenas podem ser misturadas na gaiola de engorda; 
→ Nas criações pequenas, como a desmama é feita com cerca de 40 dias a nova cobertura da 
coelha é feita alguns dias depois da desmama. O criador terá 3 a 4 partos por fêmea por ano. 
Nas criações médias e grandes a cobertura é feita entre 10 a 30 dias após o parto com a coelha 
ainda amamentando os láparos e a desmama é feira com 32 a 35 dias. O criador terá 6 a 7 
partos por fêmea por ano. 
→ Medidas para evitar doenças na criação: 
 Vacinar contra as principais doenças (feita normalmente via subcutânea através de 
seringas comuns ou via intramuscular por seringas automáticas); 
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 Fazer quarentena SOS animais comprados para a reprodução e daqueles que saírem 
para a exposições e tiverem que voltar para a criação; 
 Manter os coelhos em instalações limpas e confortáveis; 
 Temperaturas amenas; 
 Locais tranquilos; 
 Não podem ser criados com outros animais. 
→ Outros cuidados são: 
I. Não oferecer verde quente e úmido aos animais. 
II. Oferecer rações de boa qualidade; 
III. Não podem ser criados sobre suas fezes e urina; 
IV. Devem ter água limpa e à vontade (vassoura de fogo ajuda na desinfecção do local e 
das gaiolas); 
V. As instalações devem ser bem construídas longe de outras criações (mínimo de 3 km); 
VI. Os cadáveres dos animais mortos devem ser queimados ou enterrados; 
VII. Usar pedilúvio na porta do galpão. 
→ Formas de alimentação de coelhos: 
I. Mista: Ração balanceada e forrageiras verdes ou fenadas 
II. Forragens e restos de horta e de culturas 
III. Rações balanceadas de qualidade 
 
→ Escolha das rações é importante e deve-se escolher uma ração de qualidade. A 
ração deve ser granulada e o tamanho do grânulo deve ser de 2,5 a 5 mm. O 
armazenamento deve ser feito adequadamente para evitar distúrbios nutricionais e 
doenças. 
→ No Brasil é fornecida uma única ração para todas as categorias que deveria ter : 
 15 a 18% de PB 
 12 a 15% de FB 
 2500 Kcal de ED por kg de peso vivo 
 
→ Consumo de ração: 
 Láparos em crescimento-engorda: 
Idade/dias g/dia 
15-21 zero a 20 
22-35 15-40 
36-42 40-80 
43-49 80-110 
50-63 110-160 
63 até o abate 140-180 
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 Animais de reprodução: 
I. Fêmeas: 
Jovens até a monta: 120 a 140 g 
Só em gestação: 120 (início) a 220g (final) 
Lactação: à vontade 
Lactação e nova gestação: à vontade 
II. Machos: 100 a 120g/dia.

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