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Sintaxe - Período composto e conjunções

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Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 03 – Sintaxe 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Arthur Scandelari 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 03 
Língua Portuguesa (Teoria e Exercícios) 
Sintaxe 
Professor Arthur Scandelari 
 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 03 – Sintaxe 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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2 
 
 
 
Olá! 
Como você sabe, as frases constituídas de uma oração são chamadas de 
período simples. Elas foram objeto do nosso estudo nas três primeiras aulas. 
Agora falarei um pouco sobre o período composto, ou seja, aquele formado por 
mais de um verbo. 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
00 Morfossintaxe do verbo 30/08 
01 Revisão morfossintática 30/08 
02 Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação 30/08 
03 Sintaxe 30/08 
04 Concordância e regência verbal 30/08 
05 Concordância e regência nominal 30/08 
06 Crase 30/08 
07 Pontuação 30/08 
08 Intelecção e interpretação de texto 30/08 
09 Ortografia oficial. Acentuação gráfica 30/08 
 
 
Aula 03 – Sintaxe 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 03 – Sintaxe 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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3 
 
 
 
Introdução .................................................................................................. 4 
Conjunção coordenativa ................................................................................ 4 
Conjunção subordinativa ............................................................................. 10 
Polissemia conjuntiva ................................................................................. 24 
Período composto ....................................................................................... 28 
Classificação das orações ............................................................................ 33 
Oração reduzida ......................................................................................... 41 
Resumo .................................................................................................... 47 
Lista das Questões Comentadas ................................................................ 50 
Gabarito ................................................................................................. 64 
 
 
Tópicos da aula 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 03 – Sintaxe 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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4 
Introdução 
A compreensão do período composto depende do conhecimento das 
conjunções, que são bastante cobradas pela FCC. Assim, acabaremos por dedicar 
boa parte da aula a elas. 
Creio que esta aula seja mais fácil do que as passadas, porque tem menos 
conteúdo. O desafio aqui é conhecer todas as conjunções. Você verá que as 
questões se repetem, sempre misturando os conectivos e pedindo para 
identificarmos o mais adequado ao contexto. 
Desse modo, você não pode sair da aula sem conhecê-los. O tema é simples, 
basta lembrar o significado das conjunções e prestar atenção ao contexto. 
 
Conjunção coordenativa 
 
1. FCC/TRE-SE/2015 
A economia moderna surgiu como disciplina específica no século XVIII, 
sobretudo com a publicação em 1776 de A riqueza das nações, livro escrito 
pelo grande pensador escocês Adam Smith. Contudo, o que motivou o 
interesse no assunto não foram os textos de economistas, mas as enormes 
mudanças na própria economia com o advento da Revolução Industrial. 
 
O termo Contudo, em destaque no segundo parágrafo, tem valor 
(A) explicativo, e equivale a Pois. 
(B) conclusivo, e equivale a Então. 
(C) final, e equivale a Para tanto. 
(D) adversativo, e equivale a Porém. 
(E) conformativo, e equivale a Conforme. 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 03 – Sintaxe 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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5 
 
Comentário: o termo destacado pertence à classe das conjunções, que apresentei 
brevemente ao final da última aula. Deixe-me retomar o que foi dito e complementar 
a explicação. 
As conjunções servem para ligar orações ou termos semelhantes da 
mesma oração. Observe um exemplo disso: 
Ele é brabo e rabugento, mas chora por qualquer motivo. 
Nele encontramos dois verbos (ser, chorar). Isso significa que existem duas 
orações na mesma frase. Trata-se, portanto, de um período composto. Ao analisar 
períodos compostos, devemos separá-los em períodos simples, conforme exposto: 
Ele é brabo e rabugento, mas chora por qualquer motivo. 
Repare que, assim, conseguimos identificar os elementos de cada oração. Na 
primeira, há um sujeito explícito (Ele), um verbo de ligação (é) e um predicativo do 
sujeito (brabo e rabugento). 
Na segunda, há um verbo intransitivo (chora) e um adjunto adverbial de causa 
(por qualquer motivo). O sujeito é recuperado pela flexão do verbo, que está na 3a 
pessoa do singular (Ele). 
Pronto. Encontramos todas as palavras que exercem função sintática na frase, 
mas duas ficaram de fora: e, mas. 
Isso ocorreu porque elas são conjunções, que não têm função sintática. 
No entanto, elas estabelecem relações semânticas entre os termos que 
conectam — de forma similar às preposições. 
Retomando o exemplo (Ele é brabo e rabugento, mas chora por qualquer 
motivo), podemos observar que a primeira conjunção liga dois adjetivos, isto é, dois 
elementos semelhantes da mesma oração, conforme a definição apresentada. Ao 
conectá-los, ela indicou valor de adição. 
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Aula 03 – Sintaxe 
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6 
A segunda, por sua vez, ligou duas orações, atribuindo valor de oposição entre 
elas, já que não esperamos que um indivíduo rigoroso e mal-humorado chore à toa. 
Ambas fazem parte do grupo das conjunções coordenativas. 
 
Dizemos que os elementos conectados pelas conjunções coordenativas são 
independentes porque um não desempenha função sintática — de sujeito, 
complemento, adjunto, etc. — em relação ao outro. 
As palavras “brabo” e “rabugento”, por exemplo, fazem parte do mesmo 
termo sintático (predicativo do sujeito) e não dependem uma da outra, assim como 
as orações a que pertencem (Ele é brabo e rabugento. Ele chora por qualquer 
motivo), que são gramaticalmente equivalentes. 
Repare que independência sintática não é igual a independência 
semântica. Retirado de seu contexto, o trecho “mas chora por qualquer motivo” 
perde o sentido. Ele, no entanto, não atua como objeto direto, complemento 
nominal, adjunto adverbial — apenas para citar algumas funções — da primeira 
frase. Dessa maneira, as orações conectadas pelas conjunções coordenativas têm 
independência sintática, mas não necessariamente semântica. 
Essas conjunções, enfim, são classificadas de acordo com a ideia que 
expressam, que pode ser de adição, oposição, alternância, conclusão ou explicação. 
Para facilitar, veja o resumo na página seguinte. 
 
 
 
 
 
Atenção! Conjunções coordenativas ligam termos ou orações 
independentes, de mesma função gramatical. 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 03 – Sintaxe 
Prof. Arthur Scandelari 
 
 
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7 
Classificação Exprime Conjunções 
Aditiva adição, soma e, nem, não só... mas também, tampouco 
Adversativa oposição,contraste 
mas, porém, contudo, todavia, no entanto, 
entretanto 
Alternativa alternância, opção 
ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja, 
nem... nem, já... já 
Conclusiva conclusão 
logo, pois (após o verbo), portanto, assim, 
então, por conseguinte 
Explicativa 
explicação, 
esclarecimento 
porque, que, pois, porquanto 
 
Voltando à questão, percebemos que o termo em destaque (Contudo) faz 
parte das conjunções adversativas. Sendo assim, é correto afirmar que ele equivale 
a “Porém”. A resposta é a letra D! 
Resposta: D 
 
2. FCC/TRF-3/2016 
 
No segmento ... nem se deve correr com estrondo atrás do sucesso, senão 
ele se assusta e foge logo, o termo sublinhado pode ser substituído, 
mantendo-se a lógica e o sentido original, por: 
(A) exceto se 
(B) salvo 
(C) do contrário 
(D) não obstante 
(E) por mais que 
 
Português para o TRE-SP (Teoria e Exercícios) 
Aula 03 – Sintaxe 
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8 
Comentário: mais uma vez, peço que você preste atenção à classe gramatical. 
Se uma palavra invariável ligar orações, estabelecendo relação semântica entre 
elas, e não exercer função sintática, será uma conjunção. 
É isso que aconteceu com a palavra “senão”. Embora não esteja listada no 
resumo acima, ela conectou duas orações e atribuiu à relação sentido de oposição. 
Note que, se alterarmos o gênero e o número dos termos da frase para 
feminino e plural (atrás das vitórias, senão elas se assustam), o “senão” não varia. 
Vejamos as alternativas. 
(A) exceto se: exprime condição. 
(B) salvo: a substituição estaria gramaticalmente incorreta. Caso fosse “salvo 
se”, exprimiria condição. 
(C) do contrário: exprime oposição. É a resposta! 
(D) não obstante: exprime concessão. 
(E) por mais que: exprime concessão. 
Resposta: C 
 
3. FCC/TRF-3/2016 
 
O segmento grifado adquire sentido de alternância em: 
(A) Uma investigação cuidadosa pode revelar causas possíveis, porém 
frequentemente não se consegue ter certeza. 
(B) Mas o que causa admiração quando se observa o mundo do alto é a 
semelhança, e não a diferença. 
(C) O acionamento inconsciente de emoções também explica por que não é 
fácil imitá-las... 
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(D) ... alguma coisa sempre falha, quer na configuração dos músculos faciais, 
quer no tom de voz. 
(E) ... a emoção humana é desencadeada até mesmo por uma música e por 
filmes banais... 
 
Comentário: essa já ficou mais fácil. Basta encontrarmos a conjunção alternativa. 
Vamos aos itens. 
(A) porém: sentido de oposição. 
(B) e não: apesar de começar por “e”, o sentido é de oposição, similar a 
“mas não”. Atenção ao contexto. 
(C) por que: não é conjunção, mas advérbio interrogativo, similar a “por que 
razão”. 
(D) quer... quer: sentido de alternância, similar a “ou... ou”, “seja... seja”, 
“ora... ora”. É o item certo! 
(E) até mesmo: não é conjunção, mas expressão denotativa de inclusão, que 
mencionei no tópico “Aprofundamento” da aula 01. 
Resposta: D 
 
4. FCC/TRF-3/2016 
mas problemas não se resolvem, 
problemas têm família grande, 
e aos domingos saem todos passear 
o problema, sua senhora 
e outros pequenos probleminhas. 
 
Preservando a relação de sentido, o segundo verso da estrofe pode ser 
introduzido por: 
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(A) todavia 
(B) contudo 
(C) que 
(D) conquanto 
(E) não obstante 
 
Comentário: a FCC quer saber se você entendeu o sentido do poema e se conhece 
o significado das conjunções. Contextualmente, podemos interpretar que existe 
relação de explicação ou de causa entre os dois primeiros versos. 
A conjunção “porque” serve bem aos dois sentidos. Vejamos então qual das 
opções preserva esse sentido e equivale a “porque”. 
(A) todavia: indica oposição. 
(B) contudo: indica oposição. 
(C) que: indica explicação ou causa e pode ser substituída pela conjunção 
citada (porque). É a resposta! 
(D) conquanto: indica concessão. 
(E) não obstante: indica concessão. 
Resposta: C 
 
Conjunção subordinativa 
 
5. FCC/TRT-MT/2016 
O processo impregnado de complexidade, ao qual se sobrepõem ideias de 
avanço ou expansão intensamente ideologizadas, e que convencionamos 
chamar pelo nome de progresso, tem, dentre outros, um atributo 
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característico: tornar a organização da vida cada vez mais tortuosa, ao invés 
de simplificá-la. Progredir é, em certos casos, sinônimo de complicar. 
Para nós, o progresso transformou as cidades em confusas aglomerações, nas 
quais a opressão viceja. A cidade conspira contra o homem. As derivações da 
tecnologia fugiram, há muito, do nosso controle. 
 
Mantendo-se a coerência com o restante do texto, as duas frases sublinhadas 
acima podem ser articuladas em um único período, fazendo-se as devidas 
alterações na pontuação e entre maiúsculas e minúsculas, com o emprego de 
(A) porquanto. 
(B) no entanto. 
(C) contudo. 
(D) consoante. 
(E) conquanto. 
 
Comentário: o raciocínio utilizado na questão anterior pode ser aproveitado. Falta 
apenas conhecermos as conjunções apresentadas. 
As conjunções subordinativas, assim como as coordenativas, são 
invariáveis e não têm função sintática. No entanto, elas introduzem orações que 
desempenham função sintática em outra oração. 
 
Dizemos que os elementos conectados pelas conjunções subordinativas são 
dependentes, porque um exerce função sintática em relação ao outro. Observe 
um exemplo disso: 
Ele deseja que faça calor. 
Atenção! Conjunções subordinativas ligam orações que completam o 
sentido de outras, estabelecendo dependência. 
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Nele encontramos dois verbos (desejar, fazer). Já sabemos que esse é um 
período composto. Devemos, então, separá-lo em períodos simples: 
Ele deseja que faça calor. 
A primeira oração é composta de sujeito explícito (Ele) e verbo transitivo 
direto (deseja), mas não há uma palavra que atue como objeto direto. 
O período inteiro (Ele deseja que faça calor) corresponde a “Ele deseja algo”. 
Percebe-se, por analogia, que ambas as estruturas são formadas de sujeito, verbo 
e complemento. Nesse sentido, toda a segunda oração (que faça calor) atua como 
objeto direto, pois equivale ao complemento do verbo. 
No contexto, o “que” atua como conjunção integrante. Esse tipo de 
conjunção serve apenas para introduzir orações com valor substantivo e não 
estabelece relação semântica. 
As demais conjunções subordinativas iniciam orações de valor adverbial, que 
atuam como adjuntos adverbiais — expressando causa, concessão, tempo, entre 
outros —, e são classificadas de acordo com as circunstâncias que indicam. Para 
facilitar o estudo dessas conjunções, veja o resumo abaixo. 
Classificação Exprime Conjunções 
Causal causa, motivo porque, porquanto, uma vez que 
Comparativa 
comparação, 
confronto 
como, mais (do) que 
Concessiva concessão embora, conquanto, posto que 
Condicional condição, hipótese se, caso, desde que 
Conformativaconformidade conforme, segundo, consoante 
Consecutiva consequência tal... que, tanto... que, de forma que 
Final finalidade para que, a fim de que 
Temporal tempo quando, antes que, até que, logo que 
Proporcional proporção à proporção que, à medida que 
Integrante oração substantiva que, se 
 
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Retomando a questão, podemos considerar que o fato de as derivações da 
tecnologia terem fugido do nosso controle é a causa de a cidade conspirar contra o 
homem. Tudo o que temos de fazer é encontrar uma conjunção causal entre as 
alternativas fornecidas. 
(A) porquanto: “Porquanto” é igual a “porque”. Aqui está! 
(B) no entanto: é adversativa. 
(C) contudo: é adversativa. 
(D) consoante: é conformativa. 
(E) conquanto: é concessiva. “Conquanto” é igual a “embora”. 
Resposta: A 
 
As conjunções “porque” e “porquanto” podem ter valor de explicação ou 
causa, dependendo do contexto. Para entender a diferença, compare dois períodos. 
Exemplos: Está molhado, porque choveu. 
 Choveu, porque está molhado. 
A oração “porque choveu” é a causa de estar molhado, pois, se não chovesse, 
estaria seco. Logo, foi a chuva que molhou. 
A oração “porque está molhado”, contudo, é só uma explicação do fato de 
chover, já que ela não gerou a chuva. Estar molhado, nesse caso, representa uma 
observação. 
 
6. FCC/DPE-RR/2015 
À falta de lazareto, o navio estava obrigado à caceteação da quarentena. 
 
Mantendo-se o sentido e a coesão da frase, o segmento grifado acima pode 
ser corretamente substituído por: 
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14 
(A) De sorte que faltava o lazareto 
(B) Embora faltasse o lazareto 
(C) Uma vez que faltava o lazareto 
(D) À medida que faltasse o lazareto 
(E) Conquanto faltava o lazareto 
 
Comentário: viu como as questões se repetem? O desafio é compreender o sentido 
das frases e lembrar o significado das conjunções. 
No caso que estamos avaliando, mesmo que você não conheça todas as 
palavras usadas no texto, só precisa entender que o navio foi obrigado a fazer 
alguma coisa pela falta de algo, ou seja, por causa da falta de lazareto, o navio foi 
obrigado a passar por determinado procedimento. 
A relação estabelecida é de causa e efeito, já que um fato foi o gerador de 
outro. Avaliemos os sentidos de cada alternativa. 
(A) De sorte que: consecutivo. 
(B) Embora: concessivo. 
(C) Uma vez que: causal. Encontramos! 
(D) À medida que: proporcional. 
(E) Conquanto: estamos no início da aula, mas já é a terceira vez que o 
“conquanto” aparece. 
Para não esquecer que ele é concessivo, observe que as letras iniciais de cada 
palavra são iguais (CONquanto é CONcessivo). 
Assim obtemos CON = CON. 
Da mesma forma, podemos lembrar que “porquanto” equivale a “porque” 
olhando para as iniciais de ambas as palavras (PORquanto é PORque). 
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15 
Assim obtemos POR = POR. 
Resposta: C 
 
7. FCC/TRE-RR/2015 
Mas vou parar, que não pretendi nesta crônica escrever um manual do perfeito 
candidato. 
 
Identifica-se, no segmento sublinhado acima, 
(A) noção de causa, que justifica a decisão tomada pelo autor. 
(B) a consequência de uma ação deliberada anteriormente. 
(C) ressalva que restringe o sentido da afirmativa anterior. 
(D) uma finalidade, que reafirma as intenções do autor, expostas no texto. 
(E) condição, pois o autor conclui não ter conseguido aconselhar o candidato. 
 
Comentário: a questão 4 é similar a essa. Aliás, todas são muito parecidas. Uma 
das formas mais fáceis de encontrar o sentido é substituir a conjunção procurada 
por outra, que você conheça o sentido. 
Por exemplo, não podemos trocar o “que” por “como”, “embora”, “se” ou “para 
que”, tendo em vista que a frase ficaria incoerente. Isso significa que ela não tem 
valor comparativo, concessivo, condicional ou final, respectivamente. 
Note, porém, que conseguimos substituí-lo por “porque”, que tem valor 
explicativo ou causal. Relendo os itens, vemos que a letra A (noção de causa, que 
justifica a decisão tomada pelo autor) é exatamente o que estamos procurando! 
Resposta: A 
 
 
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16 
8. FCC/TRT-PR/2015 
Embora as esculturas ficassem longe do público, elas foram vistas por artistas 
que visitavam Picasso. 
 
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser 
substituído por: 
(A) Porquanto 
(B) Apesar de 
(C) Contudo 
(D) Conquanto 
(E) A despeito de 
 
Comentário: cuidado com o comando. Ele pediu sentido e correção. Há alternativas 
com significado igual ao de “embora”, mas inadequadas gramaticalmente. 
(A) Porquanto: explicativa ou causal, equivale a “porque”. 
(B) Apesar de: concessiva, mas não se usa com verbo no pretérito imperfeito 
do subjuntivo (ficassem). 
(C) Contudo: adversativa, equivale a “mas”. 
(D) Conquanto: de novo o “conquanto”! Ele tem valor concessivo e equivale 
a “embora”. Ambas as conjunções são usadas com verbo no subjuntivo. É a 
resposta! 
(E) A despeito de: concessiva, mas não se usa com verbo no pretérito 
imperfeito do subjuntivo (ficassem). 
Resposta: D 
 
 
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17 
9. FCC/TRT-14/2016 
O acervo do José Veríssimo estava com o marechal [Inácio José Veríssimo, 
filho do acadêmico], que era uma pessoa voltada para a literatura, apesar de 
ser militar. 
 
A passagem destacada permite concluir que, na opinião de Helena Araújo Lima 
Veríssimo, 
(A) não é muito comum haver militares interessados em literatura. 
(B) não é raro encontrar militares que entendam profundamente de literatura. 
(C) é esperado que os militares de alta patente entendam de literatura. 
(D) é natural que um filho de acadêmico se torne um militar apaixonado por 
literatura. 
(E) é frequente encontrar militares com formação especializada em literatura. 
 
Comentário: acabamos de ver essa conjunção. Tenho dito que embora, conquanto 
e apesar de têm valor concessivo, mas não expliquei bem o significado disso. 
Fazemos uma concessão quando aceitamos uma oposição. Em outras 
palavras, concessão quer dizer que um fato acontecerá mesmo em condições 
desfavoráveis. Talvez um exemplo o ajude a compreender. 
Exemplo: Embora estivesse calor, dormi agasalhado. 
Perceba que existe um contraste entre os fatos expressos, mas um não 
impede que o outro ocorra. É possível ficar coberto no calor, porém não estamos 
habituados a fazer isso. Há, assim, valor de oposição, só que ele não é impeditivo. 
Com base no texto da questão, deduzimos que, embora alguém fosse militar, 
gostava de literatura. Há aí uma contraposição: na opinião da autora, ser militar e 
gostar de literatura não são coisas comuns. A única alternativa que se adequa ao 
sentido da conjunção é a letra A! 
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18 
Resposta: A10. FCC/TRF-3/2016 
... há indícios de que a maioria das reações emocionais, se não todas... 
 
Mantendo-se o mesmo tipo de relação que estabelece na frase acima, o 
segmento sublinhado preenche corretamente a lacuna desta frase: 
(A) Todos, ...... você, riram-se do acidente. 
(B) O palestrante não obteve outra coisa ...... escárnio. 
(C) Fala três línguas, ...... quatro. 
(D) Não expressou ...... emoções negativas. 
(E) Havia um ...... em seu exame. 
 
Comentário: não confunda “senão”, escrito junto, que apareceu na segunda 
questão, com “se não”, redigido separadamente. 
Aquele é uma só palavra e foi empregado com valor adversativo, mas pode 
ter outros significados. Este é representado pela conjunção condicional “se” 
acompanhada do advérbio “não”. No contexto, ele equivale a “quando não”. 
Analisemos qual alternativa mantém essa relação. 
(A) Todos, ...... você, riram-se do acidente. 
A opção adequada seria “senão”, com valor de “a não ser”, “exceto”. 
(B) O palestrante não obteve outra coisa ...... escárnio. 
A opção adequada seria “senão”, com valor de “a não ser”, “exceto”. 
(C) Fala três línguas, ...... quatro. 
A opção adequada é “se não”, com valor de “quando não”. Eis a resposta! 
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(D) Não expressou ...... emoções negativas. 
A opção adequada seria “senão”, com valor de “mais do que”. 
(E) Havia um ...... em seu exame. 
A opção adequada seria “senão”, representando defeito ou problema. 
Resposta: C 
 
11. FCC/SEDU-ES/2016 
E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. 
 
No trecho acima, retirado de uma das falas da irmã da autora, o segmento 
grifado poderia ser substituído corretamente por: 
(A) A exceção que 
(B) Antes que 
(C) A não ser que 
(D) Assim que 
(E) Ainda que 
 
Comentário: o segmento destacado representa uma condição. Ele dá a entender 
que, se a personagem não perder algo, ela poderá mastigar a vida inteira. Temos 
de achar um item com o mesmo sentido. 
(A) A exceção que: a locução correta é “à exceção de” e equivale a “exceto”, 
“salvo”. 
(B) Antes que: valor temporal. 
(C) A não ser que: valor condicional. Achamos! 
(D) Assim que: valor temporal. 
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(E) Ainda que: valor concessivo. 
Resposta: C 
 
12. FCC/TRT-MT/2016 
Você habita o próprio centro 
de um coração que já foi meu. 
Por dentro torço por que dentro 
em pouco lá só more eu. 
 
Mantendo-se o sentido original, no verso Por dentro torço por que dentro, o 
termo sublinhado pode ser substituído por: 
(A) para que 
(B) visto que 
(C) pelo que 
(D) com que 
(E) de modo que 
 
Comentário: use o método que já aplicamos. É só tentar substituir a expressão 
grifada pelas conjunções que você conhece. Se forem similares, você 
descobrirá o sentido. 
Por exemplo, o trecho ficaria incoerente se o reescrevêssemos com qualquer 
uma das seguintes conjunções: “torço e dentro”, “torço mas dentro”, “torço portanto 
dentro”, “torço pois dentro”, “torço como dentro”, “torço embora dentro”, “torço se 
dentro”, “torço conforme dentro” ou “torço quando dentro”. 
Isso significa que o termo “por que” não tem valor aditivo, adversativo, 
conclusivo, explicativo, comparativo, concessivo, condicional, conformativo ou 
temporal, respectivamente. 
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Pelo contexto, nota-se que ele indica finalidade, objetivo. O autor torce para 
que algo aconteça. Avaliemos os itens. 
(A) para que: similar a “a fim de que”, exprime finalidade. É a resposta! 
(B) visto que: similar a “porque”, exprime causa. 
(C) pelo que: não é conjunção, a substituição seria inadequada semântica e 
gramaticalmente. 
(D) com que: não é conjunção, a substituição seria inadequada semântica e 
gramaticalmente. 
(E) de modo que: similar a “de maneira que”, exprime consequência. 
Resposta: A 
 
13. FCC/TRT-23/2016 
De quati 
Aparece um quati escoteiro. Decerto perseguido de cachorro. No chão é ente 
insuficiente o quati. Imita ser baleado. O rabo desequilibra de tanto rente na 
terra. 
Agora, se alcança árvore, quati arma banzé1. Arreganha. Monta episódio. E 
até xinga cachorro. 
Igual é o tamanduá. Fora do mato, no limpo, tamanduá nega encrenca. Porém 
se encontra zamboada2, vira gente. E desafia cachorro, onça-pintada, tenente. 
 
1. confusão, tumulto 
2. moita formada por galhos e ramagens de árvores, cipós, trepadeiras 
(BARROS, Manoel de. Livro de pré-coisas. In: Poesia completa. São Paulo, 
Leya, 2010, p. 235) 
 
Um segmento que expressa ideia de causa, com relação ao trecho que o 
antecede imediatamente, está sublinhado em 
(A) No chão é ente insuficiente o quati. 
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(B) Agora, se alcança árvore, quati arma banzé. 
(C) Fora do mato, no limpo, tamanduá nega encrenca. 
(D) Monta episódio. E até xinga cachorro. 
(E) O rabo desequilibra de tanto rente na terra. 
 
Comentário: já sabemos o sentido que procuramos, basta encontrá-lo nas frases 
sugeridas. 
(A) No chão é ente insuficiente o quati. 
Podemos interpretar que, se estiver no chão, o quati é insuficiente. O trecho 
sublinhado é consequência da condição expressa pelo “se”. 
(B) Agora, se alcança árvore, quati arma banzé. 
Novamente, o trecho sublinhado é consequência da condição expressa (se 
alcançar a árvore). 
(C) Fora do mato, no limpo, tamanduá nega encrenca. 
Podemos interpretar que, se estiver fora do mato, o tamanduá nega encrenca. 
O trecho sublinhado é, mais uma vez, consequência da condição expressa pelo “se”. 
(D) Monta episódio. E até xinga cachorro. 
Pelo contexto, o trecho é consequência da condição expressa anteriormente 
(se alcança árvore). 
(E) O rabo desequilibra de tanto rente na terra. 
Essa é a típica estrutura consecutiva. As orações consecutivas expressam 
a consequência de uma causa. Na maioria das vezes, são formadas por “tão... 
que” ou “tanto... que”, como em “Correu tanto, que machucou os pés”. 
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Nesse exemplo, machucar os pés é consequência de correr em excesso. Logo, 
a oração iniciada pelo “que” é consecutiva. Como foi o ato de correr que gerou o 
ferimento, ele representa a causa. 
Assim, as orações consecutivas são a consequência de um fato. E foi o que 
ocorreu na letra E. O rabo do quati fica tão rente ao solo, que desequilibra. Se o 
desequilíbrio é a consequência, ficar rente é aquilo que o causou. Aqui está a 
resposta! 
Resposta: E 
 
14. FCC/TRT-14/2016 
Atente para esta sequência de frases que compõem um período de texto: 
I. O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, 
II. o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, 
III. a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras. 
 
Não se altera o sentido do período acima introduzindo-se as frases II e III, 
respectivamente, com as seguintes expressões: 
(A) uma vez que − ainda que 
(B) ao passo que − por conseguinte(C) desde que − mesmo que 
(D) conquanto − porquanto 
(E) portanto − entretanto 
 
Comentário: perceba que a FCC associa conjunções e interpretação de texto. 
Examinemos as frases. 
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Entre a primeira e a segunda, não há ideia de causa, condição, concessão ou 
conclusão, pois, o fato de o ouvinte sentir que o narrador se interessa não gera, 
impõe ou contraria o fato de o próprio narrador saber-se valorizado. 
Essas ações ocorrem paralelamente, sendo possível indicar noção de 
simultaneidade. Enquanto o ouvinte sente que o narrador se interessa por sua 
escuta, o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve. Tal sentido é 
expresso pelas conjunções proporcionais, o que nos leva à letra B! 
Ainda falta, contudo, analisar a relação estabelecida pela última frase, que é 
mais fácil de identificar. Se o ouvinte sente que o narrador se interessa e se o 
narrador também percebe que é valorizado, a consequência lógica, ou a conclusão, 
é a narrativa atuar como laço de vozes e de palavras entre eles. 
Só para ajudá-lo a fixar as conjunções, vejamos cada alternativa. 
(A) uma vez que − ainda que: causal e concessiva. 
(B) ao passo que − por conseguinte: proporcional e conclusiva. É a resposta! 
(C) desde que − mesmo que: condicional (ou temporal) e concessiva. 
(D) conquanto − porquanto: concessiva e causal (ou explicativa). Olhe a FCC 
tentando confundir com “conquanto” e “porquanto”. 
(E) portanto – entretanto: conclusiva e adversativa. 
Resposta: B 
 
Polissemia conjuntiva 
 
15. FCC/Manausprev/2015 
Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar 
Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. 
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da 
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Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 
1940. Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram” que a 
descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição de agricultores 
andinos”. 
 
Mantendo-se o sentido original, na frase Como não conseguiram achar 
Miracanguera..., o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído 
por: 
(A) De modo que 
(B) Uma vez que 
(C) Por mais que 
(D) Conforme 
(E) Ainda que 
 
Comentário: o significado das conjunções altera-se de acordo com o contexto. Essa 
mudança de sentido é chamada de polissemia. Nesses casos, a classificação das 
conjunções também se modifica, já que elas são organizadas conforme o sentido 
que expressam. 
Todavia, você não precisa se preocupar com isso, pois a forma de descobrir o 
significado de qualquer conjunção é a mesma que temos utilizado até agora: basta 
substituir por aquelas que conhecemos. 
Na frase “Como não conseguiram achar Miracanguera, decidiram...”, a 
conjunção não está atuando com seu significado tradicional, de comparação, mas 
pode ser substituída por “porque”, que indica causa ou explicação. Vamos às 
alternativas. 
(A) De modo que: consecutiva. 
(B) Uma vez que: causal. É a resposta! 
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(C) Por mais que: concessiva. 
(D) Conforme: conformativa. 
(E) Ainda que: concessiva. 
Resposta: B 
 
Com base nos exemplos abaixo, note que o sentido das conjunções depende 
do contexto em que elas se inserem. 
Exemplos: Como estava com preguiça, não foi à escola. 
 Aquele moço é eficaz como um soldado. 
 Agiu bem depressa, como solicitado. 
Embora as palavras sublinhadas sejam iguais, elas assumem valores 
diferentes em cada contexto. Dessa maneira, a primeira é causal, a segunda é 
comparativa e a terceira é conformativa. Elas equivalem a “porque”, “como” e 
“conforme”, respectivamente. 
 
16. FCC/TRT-MT/2016 
 
O termo “que” sublinhado NÃO é um pronome em: 
(A) ... eu me abaixava e estendia a mão para tocar o pequeno grão, que por 
causa da ponta preta... 
(B) ... procurei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira 
e que também é conhecido pelo nome de flor-de-coral. 
(C) ... Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia 
imponente que vai dar no chafariz. 
(D) ... a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me 
restava na palma da mão na hora de ir para casa. 
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(E) ... Lembro bem com que alegria eu me abaixava... 
 
Comentário: na aula 02, aprendemos que pronomes se referem a substantivos e 
podem substituí-los, mas o comando pediu para acharmos o elemento que não é 
um pronome. 
(A) o pequeno grão, que: pronome relativo, substituível por “o qual”. 
(B) descobri que ... e que: o verbo é transitivo direto (quem descobre 
descobre algo). 
Para identificar o objeto direto, pergunte “o que foi descoberto?”, e a resposta 
será “que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo nome 
de flor-de-coral”. O termo grifado, portanto, introduz o complemento do verbo e é 
conjunção integrante. 
(C) aleia imponente que vai dar no chafariz: pronome relativo, substituível 
por “a qual”. 
(D) quantidade de mulungus que me restava: pronome relativo, substituível 
por “a qual”. 
(E) Lembro com que alegria: pronome indefinido, substituível por “qual”. 
Resposta: B 
 
Repare que as conjunções da letra B podem ser substituídas por ISTO, como 
se a autora dissesse “descobri isto e isto”. Essa é a marca das conjunções 
integrantes. Explicando de outra forma, as conjunções integrantes sempre 
podem ser substituídas por ISTO ou suas variações (NISTO, DISTO). 
 
 
Atenção! As conjunções integrantes (que, se) são substituíveis por ISTO. 
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28 
Período composto 
 
17. FCC/TRF-3/2016 
Quando os Beatles se separaram, essa magia se rompeu. 
 
Considerado o contexto, a oração subordinada da frase acima estabelece 
noção de 
(A) conformidade. 
(B) tempo. 
(C) comparação. 
(D) proporcionalidade. 
(E) consequência. 
 
Comentário: ficou fácil, não é? A conjunção temporal clássica é “quando”. Ela 
indica o momento em que algo ocorreu. No contexto, mostrou que a magia se 
rompeu na ocasião em que os Beatles se separaram. A resposta é a letra B! 
Resposta: B 
 
Desta vez, o comando da questão não pediu para identificarmos o sentido de 
uma palavra, mas de toda a oração. Além disso, ele informou que se tratava de 
oração subordinada. 
Vejamos alguns tipos de orações: 
a) Absoluta; 
b) Coordenada; 
c) Subordinada; 
d) Principal. 
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29 
A oração absoluta é o período simples, que você já conhece das outras aulas. 
Ela recebe esse nome porque é a única oração do período. Nosso foco agora é o 
período composto, isto é, aquele formado por mais de uma oração. 
O período composto por coordenação apresenta orações sintaticamente 
independentes,pois não exercem função sintática em relação a outras orações. 
Observe a frase abaixo. 
Exemplo: Ele acordou, levantou e trocou de roupa. 
Nela existem três orações (acordar, levantar, trocar), e todas estão completas 
(Ele acordou. Ele levantou. Ele trocou de roupa), de maneira que nenhuma atua 
sintaticamente na outra. 
Fato diverso ocorre no período composto por subordinação, o qual 
apresenta pelo menos uma oração atuando como termo de outra, ou seja, 
desempenhando função de sujeito, complemento verbal, complemento nominal, 
adjunto adnominal, adjunto adverbial, entre outros. 
Nesse sentido, as orações subordinadas não têm autonomia gramatical. Veja 
a frase seguinte, para ajudar na compreensão. 
Exemplo: Ele disse que vai à padaria. 
Existem duas orações no período (dizer, ir), e nenhuma está completa sem a 
outra (Ele disse o quê? ... que vai à padaria). A oração introduzida pela conjunção 
(que) é subordinada à primeira, pois atua como objeto direto do verbo “dizer”. 
A oração que tem seu sentido completado pela subordinada chama-se oração 
principal. Ela recebe esse nome porque contém a informação mais importante do 
período. Note que um de seus termos sempre aparecerá sobre a forma de oração 
(com verbo). 
No último exemplo, a oração principal é “Ele disse”. É importante ressaltar 
que esse tipo de oração só ocorre em períodos compostos por subordinação. 
Além disso, ela é sintaticamente incompleta. 
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De modo prático, podemos afirmar que o período composto por coordenação 
é formado de orações coordenadas, enquanto o período composto por subordinação 
é constituído de oração principal e oração subordinada. 
Aqui vai um resumo das informações que você precisa saber sobre as orações. 
Oração Características 
Coordenada é autônoma, tem independência sintática de outras orações 
Subordinada depende de outra oração, corresponde a uma função sintática 
Principal 
contém a declaração mais importante do período, é incompleta 
e não aparece na coordenação 
 
Fica a dica: para saber quantas orações existem em um período, basta 
contar a quantidade de verbos e de locuções verbais que você encontrar. Se 
houver dois verbos e uma locução, por exemplo, o período terá três orações. 
Lembre-se de que expressões expletivas, como “é que”, não constituem 
oração e podem ser retiradas da frase. 
Em alguns casos, o período composto pode ser formado por coordenação e 
subordinação. 
Exemplo: Ele acordou, levantou, trocou de roupa e disse que vai à padaria. 
Existem cinco orações no período acima (acordar, levantar, trocar, dizer, ir). 
As quatro primeiras são coordenadas entre si. A última (ir) é subordinada à 
penúltima (dizer), pois atua como objeto direto. 
 
18. FCC/TRF-3/2016 
A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu 
parece assim desempenhar um papel de pacificação social. 
 
Mantendo-se, em linhas gerais, o sentido original, caso a segunda frase seja 
subordinada à primeira, o período resultante será: 
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(A) Como a violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida, o 
museu parece desempenhar um papel de pacificação social. 
(B) A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida, de 
maneira que o museu parece desempenhar um papel de pacificação social. 
(C) A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida; 
portanto, o museu parece desempenhar um papel de pacificação social. 
(D) O museu parece desempenhar um papel de pacificação social, uma vez 
que a violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. 
(E) Conquanto o museu pareça desempenhar um papel de pacificação social, 
a violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. 
 
Comentário: outra vez temos que interpretar as frases e descobrir a conjunção 
que reflete o sentido existente entre elas (causa e efeito). A novidade é a 
necessidade de subordinar períodos independentes. 
Como a oração subordinada é introduzida por conjunção subordinativa 
e desempenha função sintática na oração principal, o primeiro período (A violência 
de que participavam, ou que combatiam, é esquecida) não pode conter conjunção 
e deve ser complementado pelo segundo (O museu parece assim desempenhar um 
papel de pacificação social). 
Vejamos qual alternativa preenche tais requisitos. 
(A) Como a violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida, o 
museu parece desempenhar um papel de pacificação social. 
A primeira oração do texto original começa por conjunção. Ela está 
subordinada à segunda, ao contrário do que foi solicitado pelo comando. 
(B) A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida, de 
maneira que o museu parece desempenhar um papel de pacificação social. 
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32 
A segunda oração do texto original está subordinada à primeira, conforme 
exigido pelo comando, e indica consequência do fato expresso, de acordo com o 
sentido original. É a opção correta! 
(C) A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida; 
portanto, o museu parece desempenhar um papel de pacificação social. 
A segunda oração do texto original está coordenada à primeira, 
diferentemente do que foi exigido pelo comando. Lembre-se de que “portanto” é 
conjunção coordenativa. 
(D) O museu parece desempenhar um papel de pacificação social, uma vez 
que a violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. 
Atenção às pegadinhas! A FCC alterou a ordem das frases, mas colocou 
conjunção na primeira oração do texto original. Assim, ela está subordinada à 
segunda, ao contrário do que foi solicitado pelo comando. 
(E) Conquanto o museu pareça desempenhar um papel de pacificação social, 
a violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. 
A segunda oração do texto original está subordinada à primeira, conforme 
exigido pelo comando, mas indica concessão, diferentemente do sentido original. 
Resposta: B 
 
19. FCC/TRF-3/2016 
 
Na frase Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria 
interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado, a oração 
sublinhada complementa o sentido de 
(A) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa indireta. 
(B) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa direta. 
(C) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa indireta. 
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33 
(D) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa direta. 
(E) um advérbio, e pode ser considerada como interrogativa indireta. 
 
Comentário: tenha em mente que o período composto funciona como o 
período simples. A diferença é que um de seus termos aparece representado por 
oração. 
Se você compreendeu a estrutura do período simples (SVC), que estudamos 
na aula 01, conseguirá identificar os termos do composto. 
Na frase “seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado”, 
perceba a existência de um verbo transitivo direto (desvendar) ligado a seu 
complemento (seria interessante desvendar algo). 
Nesse sentido, você pode eliminar as letras A, D eE, por afirmarem que a 
oração sublinhada complementa o sentido de substantivo ou advérbio. A diferença 
entre as alternativas restantes é considerar a oração grifada como interrogativa 
direta ou indireta. 
Se você está lembrado da última aula, sabe que perguntas diretas são feitas 
com ponto de interrogação, enquanto as indiretas não contêm tal pontuação e 
apresentam dúvida subentendida. Considerando que a frase analisada não termina 
em ponto de interrogação, mas demonstra necessidade de descobrir algo, a letra 
correta é a C (um verbo, e pode ser considerada como interrogativa indireta). 
Resposta: C 
 
Classificação das orações 
 
20. FCC/TRT-14/2016 
Atente para as seguintes frases: 
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34 
I. Ele ama os joguinhos eletrônicos, que vê como desafios. 
II. Ele se vicia em joguinhos eletrônicos, independentemente do grau de 
dificuldade que ofereçam. 
III. Ele sente especial atração pelos joguinhos eletrônicos difíceis, nos quais 
vem se aprimorando. 
 
A supressão da vírgula altera o sentido do que está APENAS em 
(A) I. 
(B) I e II. 
(C) I e III. 
(D) II e III. 
(E) III. 
 
Comentário: esse tipo de questão é comum em diversas bancas. Embora o 
comando fale de vírgula e sentido, para resolvê-la precisamos aprofundar nosso 
conhecimento sobre o período composto e os tipos de orações. Comecemos pelas 
coordenadas. 
As orações coordenadas podem ser assindéticas (sem conjunção) ou 
sindéticas (com conjunção). Retomemos uma frase já utilizada. 
Exemplo: Ele acordou, levantou e trocou de roupa. 
As duas primeiras orações (acordou, levantou) são assindéticas, pois não 
contêm conectivos. A terceira é sindética aditiva, porque é iniciada por conjunção 
(e) e indica soma. 
Note que o período composto pode ocorrer independentemente da existência 
de conjunção. Basta que haja mais de uma oração, isto é, mais de um verbo, para 
que ele seja considerado composto. 
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35 
Assim como as próprias conjunções, as orações coordenadas sindéticas 
são classificadas de acordo com o sentido que expressam. Elas podem ser aditivas, 
adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas, conforme listado abaixo. 
Classificação Exprime Exemplo 
Aditiva adição, soma Ele acordou e trocou de roupa. 
Adversativa oposição, contraste Ele acordou, mas não abriu os olhos. 
Alternativa alternância, opção Ele acordou ou continuou dormindo? 
Conclusiva conclusão Ele acordou, portanto sairá conosco. 
Explicativa explicação Ele acordou, pois ouvi sua voz. 
 
As orações subordinadas, por sua vez, têm funções equivalentes às dos 
substantivos, advérbios ou adjetivos. Assim, elas são classificadas de acordo com a 
função exercida na oração principal, conforme explicitado a seguir. 
a) Substantivas: exercem função de sujeito, objeto direto, objeto 
indireto, complemento nominal, predicativo ou aposto; 
b) Adverbiais: exercem função de adjunto adverbial; 
c) Adjetivas: exercem função de adjunto adnominal. 
De forma resumida, apresento uma tabela para cada tipo de oração 
subordinada, seguida de explicações sucintas. Comecemos pelas orações 
subordinadas substantivas. 
Classificação Função Exemplo 
Subjetiva sujeito É importante que nos ajudemos. 
Objetiva direta objeto direto Perguntou se gostava do frio. 
Objetiva indireta objeto indireto Não duvidava de que viria. 
Completiva nominal compl. nominal Tive dúvidas de que viria. 
Predicativa predicativo O melhor é que você responda hoje. 
Apositiva aposto Pediu algo: que o deixe em paz. 
 
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Repare que, em todos os exemplos, as orações subordinadas substantivas 
podem ser substituídas por ISTO, NISTO ou DISTO. 
 
Podemos identificar as orações subjetivas de três formas práticas: 
a) Após verbo unipessoal (só se conjuga na 3a pessoa e aparece antes 
do sujeito, como consta, urge, parece, convém, basta) 
Exemplos: Urge que assine o documento. 
 Convém que seja cuidadoso. 
b) Após voz passiva 
i. analítica (SER + particípio) 
Exemplo: Foi dito que a Terra era plana. 
ii. sintética (VTD + SE): 
Exemplo: Sabe-se que a Terra é azul. 
c) Após SER + adjetivo 
Exemplos: É necessário que você sorria. 
 É claro que ouvi. 
A oração subordinada substantiva objetiva indireta é introduzida por 
preposição e ocorre depois de verbo transitivo indireto (VERBO + PREPOSIÇÃO). 
A oração subordinada substantiva completiva nominal é introduzida por 
preposição e completa o sentido de um nome (NOME + PREPOSIÇÃO). 
A oração subordinada substantiva predicativa completa o sentido do 
verbo “ser” e atribui qualidade ao sujeito (SUJEITO + SER). Repare que, neste caso, 
o verbo aparece depois do sujeito, diferentemente do que ocorre na oração 
substantiva, na qual o verbo vem antes. 
A oração subordinada substantiva apositiva geralmente ocorre depois de 
dois-pontos. 
Veja agora exemplos das orações subordinadas adverbiais. 
Atenção! As orações subordinadas substantivas são quase sempre 
introduzidas por conjunção integrante (que, se). 
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Classificação Exemplo 
Causal Agasalhou-se porque estava com frio. 
Comparativa Passou rápido como um raio. 
Concessiva Embora chova, saiu sem guarda-chuva. 
Condicional Se me vir passando, acene. 
Conformativa Caiu de pé, conforme previsto. 
Consecutiva É tão feio, que dá medo. 
Final Sinalizou para que fosse notado. 
Temporal Quando abriu os olhos, ficou surpreso. 
Proporcional À medida que ria, ficava vermelho. 
 
As orações subordinadas adverbiais são introduzidas pelas conjunções 
subordinativas, que você já conhece, e atribuem circunstâncias específicas às 
orações principais. 
Por último, temos as orações subordinadas adjetivas. Observe os 
exemplos. 
Classificação Exemplo 
Explicativa Teresina, que é a capital do Piauí, fica longe do mar. 
Restritiva O teatro onde passamos a noite será reformado. 
 
As orações subordinadas adjetivas não são introduzidas por conjunção, mas 
por pronome relativo. Lembre-se de que os pronomes se referem a termos 
antecedentes de valor substantivo. 
 
Assim, ao se relacionar com um termo antecedente, essas orações explicam 
ou restringem seu significado e são classificadas como: 
Atenção! As orações adjetivas são introduzidas por pronome relativo. 
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a) Explicativas: acrescentam informação adicional ao antecedente. 
Podem ser retiradas do texto sem prejuízo ao sentido. Sempre são 
separadas por pontuação. 
Exemplo: Elis, cujo talento era notável, viveu pouco. 
 
b) Restritivas: restringem ou especificam o sentido do antecedente. Não 
podem ser retiradas do texto. Não são separadas por vírgula. 
Exemplo: A notícia que ele escreveu parece ótima. 
No primeiro exemplo, perceba que a retirada da oração adjetiva (cujo talento 
era notável) não muda o sentido da oração principal (Elis viveu pouco). Situação 
diversa ocorre no segundo exemplo, poiso termo destacado é essencial à 
compreensão do período. Afirmar “A notícia parece ótima” modifica o sentido da 
frase original, que especificava qual era a notícia — não era qualquer uma, mas 
aquela que ele escreveu. 
Voltando à questão, precisamos avaliar os casos em que a supressão da 
vírgula altera o sentido dos períodos. Vejamos. 
I. Ele ama os joguinhos eletrônicos, que vê como desafios. 
O termo sublinhado é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Caso a 
vírgula seja retirada, ele passará a atuar como oração restritiva, o que alteraria o 
sentido da frase, pois apenas os joguinhos vistos como desafios seriam amados, 
não mais qualquer joguinho eletrônico. Achamos uma! 
II. Ele se vicia em joguinhos eletrônicos, independentemente do grau de 
dificuldade que ofereçam. 
O termo sublinhado atua como adjunto adverbial, que pode ser 
facultativamente separado por vírgula, sem alteração de sentido. 
III. Ele sente especial atração pelos joguinhos eletrônicos difíceis, nos quais 
vem se aprimorando. 
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O termo sublinhado é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Caso a 
vírgula seja retirada, ele passará a atuar como oração restritiva, o que alteraria o 
sentido da frase, pois apenas os joguinhos difíceis nos quais ele se aprimora 
passariam a ser atrativos, não mais qualquer joguinho difícil. Achamos outra! 
A resposta é a letra C (I e III). 
Resposta: C 
 
21. FCC/TRF-3/2016 
Mas, apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos 
num dos centros do comércio internacional, o local conserva uma beleza 
secreta; à medida que o barco penetra lentamente por entre as ilhas, 
experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos. 
 
No período acima, as duas orações que não se subordinam a nenhuma outra 
contêm os seguintes verbos: 
(A) conserva − experimento 
(B) terem ocorrido − conserva 
(C) tornaram − penetra 
(D) tornaram − experimento 
(E) conserva − penetra 
 
Comentário: o examinador quer que você encontre orações principais ou orações 
coordenadas, já que nenhuma delas se subordina a outras. Analisemos os itens. 
(A) conserva − experimento 
O primeiro verbo constitui oração principal, assim como o segundo. Logo, 
nenhum deles faz parte de oração subordinada. Aqui está a resposta! 
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(B) terem ocorrido – conserva 
A locução verbal (terem ocorrido) integra oração subordinada adverbial 
concessiva, introduzida pela locução “apesar de”. 
(C) tornaram – penetra 
O primeiro verbo integra oração subordinada adjetiva restritiva, introduzida 
por pronome relativo (que), e o segundo faz parte de oração subordinada adverbial 
proporcional, introduzida por locução conjuntiva (à medida que). 
(D) tornaram – experimento 
O primeiro verbo integra oração subordinada adjetiva restritiva, introduzida 
por pronome relativo (que). 
(E) conserva – penetra 
O segundo verbo integra oração subordinada adverbial proporcional, 
introduzida por locução conjuntiva (à medida que). 
Resposta: A 
 
22. FCC/TRT-SP/2008 
Não há dúvida de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas 
preferências ao fazer uso dos meios de comunicação: querem se divertir ou 
se distrair, querem se informar ou tomar parte em debates públicos. 
 
Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar: 
(A) A oração principal do período é Não há dúvida. 
(B) A oração subordinada de que leitores, ouvintes e espectadores seguem 
suas preferências tem função sintática de objeto indireto. 
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(C) As orações que se seguem aos dois-pontos constituem um conjunto de 
quatro orações coordenadas, formando dois grupos de orações de sentido 
alternativo. 
(D) A oração ao fazer uso dos meios de comunicação denota noção de tempo, 
sendo equivalente a quando fazem uso. 
(E) O sujeito de querem – verbo repetido nas orações após os dois-pontos – 
está anteriormente expresso numa das orações subordinadas do período. 
 
Comentário: atenção ao comando. Temos de assinalar a opção errada. 
A única afirmativa inadequada é a da letra B, pois a oração subordinada 
indicada (de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências) tem 
função sintática de complemento nominal, não de objeto indireto. 
 
No trecho, ela se refere a um substantivo abstrato (dúvida) e veio depois de 
preposição (de). 
Todas as demais afirmativas estão corretas. Repare que a letra D apresenta 
uma oração reduzida, que será objeto do último tópico da aula. 
Resposta: B 
 
Oração reduzida 
 
23. FCC/TRF-3/2016 
[...] Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas abruptas 
protegeram dos ataques do homem essa floresta virgem tão rica que para 
Lembrete: O complemento nominal é o termo que se liga a adjetivo, 
advérbio ou substantivo abstrato e sempre aparece preposicionado. 
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encontrarmos igual a ela teríamos de percorrer vários milhares de quilômetros 
para norte, junto da bacia amazônica. 
Enquanto o carro geme em curvas que já nem poderíamos qualificar como 
“cabeças de alfinete”, de tal modo se sucedem em espiral, por entre um 
nevoeiro que imita a alta montanha de outros climas, posso examinar à 
vontade as árvores e as plantas estendendo-se perante o meu olhar como 
espécimes de museu. 
 
As orações reduzidas ... para encontrarmos igual a ela... e ... estendendo-se 
perante o meu olhar..., no contexto em que ocorrem, podem ser distendidas 
da seguinte forma: 
(A) para que tivéssemos encontrado igual a ela / de modo que se estendem 
perante o meu olhar 
(B) para que encontremos igual a ela / as quais se estendem perante o meu 
olhar 
(C) para que encontrássemos igual a ela / que se estendem perante o meu 
olhar 
(D) para que encontrássemos igual a ela / quando se estendem perante o meu 
olhar 
(E) para que encontremos igual a ela / desde que se estendam perante o meu 
olhar 
 
Comentário: as orações subordinadas podem aparecer de duas formas diferentes, 
conforme expresso a seguir. 
a) Orações desenvolvidas: são introduzidas por conjunção ou pronome 
relativo e apresentam verbo conjugado; 
Exemplo: Quando chegou lá, notou que algo estava diferente. 
 
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b) Orações reduzidas: não se iniciam por conjunção nem pronome 
relativo e apresentam verbo em uma das formas nominais (infinitivo, 
gerúndio ou particípio). 
Exemplo: Chegando lá, notou que algo estava diferente. 
As orações desenvolvidas são aquelas que já estudamos. A única informação 
nova são as reduzidas. 
No segundo exemplo, o termo sublinhado (Chegando lá) não foi introduzido 
por conjunção, apresenta verbo no gerúndio e indica valor temporal. Portanto, é 
uma oração subordinada adverbial, reduzida de gerúndio. 
Note que a classificação de ambos os períodos é equivalente, o que muda é o 
acréscimo da informação “reduzida de...”, para identificar a estrutura da oração. Se 
o verbo estiver no infinitivo(terminado em -ar, -er ou -ir), a oração receberá a 
designação “reduzida de infinitivo”; se estiver no gerúndio (terminado em -ndo), 
será “reduzida de gerúndio”; se estiver no particípio (geralmente terminado em -
ado e -ido), será “reduzida de particípio”. 
Quase todas as orações reduzidas podem ser desenvolvidas. É isso que 
você precisa saber fazer, porque é o que a FCC cobra. 
Para desenvolver uma oração, precisamos: 
a) Identificar o sentido; 
b) Inserir conjunção ou pronome relativo; 
c) Conjugar o verbo. 
Exemplo: Assustado, pulou ao ouvir o barulho. 
No período acima, há três orações (assustar, pular, ouvir). A primeira é causa 
da segunda, pois o sujeito só pulou porque estava assustado. A terceira indica o 
momento em que ele pulou, ou seja, quando ouviu o barulho. 
As conjunções que devemos inserir, portanto, são “porque” (causal) e 
“quando” (temporal). E os verbos devem ser conjugados em tempos que 
mantenham a correlação verbal. Veja a oração desenvolvida abaixo. 
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Exemplo: Porque estava assustado, pulou quando ouviu o barulho. 
 
Em sentido inverso, também é possível reduzir orações. Basta retirar a 
conjunção ou o pronome relativo e colocar o verbo em uma das formas nominais. 
No exemplo “É necessário que você sorria”, obtemos a oração reduzida “É 
necessário sorrir”. 
Retomando a questão, o comando pediu para distendermos, isto é, 
desenvolvermos as duas orações reduzidas. Para fazer isso, é necessário interpretá-
las no contexto em que ocorrem. 
A primeira (para encontrarmos igual a ela) exprime finalidade, sendo uma 
oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo. A segunda (estendendo-
se perante o meu olhar) restringe o sentido dos seus antecedentes, sendo uma 
oração subordinada adjetiva restritiva, reduzida de gerúndio. 
A primeira exprime uma hipótese no passado. Logo, o verbo deve ser 
conjugado no pretérito do subjuntivo. A segunda indica momento real, que ocorre 
no presente. Então o verbo deve ser conjugado no presente do indicativo. Avaliemos 
as alternativas. 
(A) para que tivéssemos encontrado igual a ela / de modo que se estendem 
perante o meu olhar 
A primeira frase apresenta locução verbal, o que não ocorre no texto original. 
(B) para que encontremos igual a ela / as quais se estendem perante o meu 
olhar 
A primeira frase apresenta verbo no presente do subjuntivo, o que prejudica 
a correlação verbal. 
(C) para que encontrássemos igual a ela / que se estendem perante o meu 
olhar 
Lembrete: correlação verbal significa que os verbos devem estar no 
mesmo tempo ou expressar sentidos similares (certeza, possibilidade). 
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Ambas as frases estão adequadas. A letra C é a resposta! 
(D) para que encontrássemos igual a ela / quando se estendem perante o meu 
olhar 
A segunda frase apresenta conjunção temporal. 
(E) para que encontremos igual a ela / desde que se estendam perante o meu 
olhar 
A primeira frase apresenta verbo no presente do subjuntivo, o que prejudica 
a correlação verbal, e a segunda exibe conjunção condicional. 
Resposta: C 
 
24. FCC/TRE-PB/2015 
Ao distender-se a oração reduzida presente no segmento Num distante longo 
feriado, visitando uma família querida na costa oeste americana, me 
surpreendi..., de acordo com o contexto, deve-se acrescentar a seguinte 
conjunção: 
(A) porque. 
(B) na medida em que. 
(C) conquanto. 
(D) quando. 
(E) ainda que. 
Comentário: a FCC trabalha bastante com o sentido das orações. Novamente 
temos que identificá-lo, para depois escolher a conjunção correta. 
No trecho apresentado, existem dois verbos (visitando, surpreendi), isto é, 
duas orações. Trata-se, portanto, de período composto. O primeiro está em uma 
das formas nominais do verbo (gerúndio) e não contém conjunção, logo, é a oração 
reduzida que procuramos. 
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O sentido que ela expressa no trecho é temporal, indicando que o personagem 
se surpreendeu no momento em que visitava uma família. Portanto, a letra que 
contém uma conjunção temporal é a D (quando). 
Resposta: D 
 
25. FCC/Manausprev/2015 
Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande 
necrópole indígena contendo vasta gama de peças em cerâmica de incrível 
perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida 
em nosso país. Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio 
de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma 
vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la 
adquirido de um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que 
dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari. 
 
Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço... 
Ao desenvolver a oração reduzida presente no segmento acima, tem-se: 
(A) Este informante disse que a tinha adquirido de um mestiço... 
(B) Este informante a disse ter adquirido de um mestiço... 
(C) Este informante disse como ela fora adquirida de um mestiço... 
(D) Este informante a disse quando tinha adquirido de um mestiço... 
(E) Este informante disse que a tivesse adquirido de um mestiço... 
 
Comentário: atenção à correlação verbal. O texto narra fato passado, que já 
aconteceu — não se trata de probabilidade, mas de algo certo. Nesse sentido, a 
alternativa correta deve conter verbo no pretérito do indicativo e ser introduzida por 
conjunção que complete o sentido de “dizer”. Examinemos as opções. 
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(A) Este informante disse que a tinha adquirido de um mestiço... 
A conjunção (integrante) e o tempo verbal (pretérito imperfeito do indicativo) 
estão corretos. Aqui está a resposta! 
Note que, em caso de locução verbal (ter adquirido), é o verbo auxiliar (ter) 
que mostra o tipo de oração reduzida (de infinitivo) e o tempo verbal no período 
desenvolvido (tinha). 
(B) Este informante a disse ter adquirido de um mestiço... 
Não há conjunção, e o verbo está no infinitivo. A oração continua reduzida. 
(C) Este informante disse como ela fora adquirida de um mestiço... 
O advérbio (como) altera o sentido da frase, e o verbo está no pretérito mais-
que-perfeito, indicando passado anterior a outro passado. 
(D) Este informante a disse quando tinha adquirido de um mestiço... 
Tanto a antecipação do “a” quanto o advérbio (quando) alteram o sentido da 
frase, mas o tempo verbal (pretérito imperfeito do indicativo) está adequado. 
(E) Este informante disse que a tivesse adquirido de um mestiço... 
A conjunção (integrante) está adequada, mas o tempo verbal (pretérito 
imperfeito do subjuntivo) prejudica a correlação, pois reforça a ideia de 
probabilidade. 
Resposta: A 
 
Resumo 
Período simples: uma oração. 
Período composto: mais de uma oração. 
Conjunção 
Conecta palavras ou orações, sem função sintática. 
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Conjunção coordenativa:liga termos com funções equivalentes. 
a) Aditiva: e, nem, tampouco; 
b) Adversativa: mas, porém, contudo, todavia; 
c) Alternativa: ou, quer... quer, seja... seja; 
d) Conclusiva: logo, pois (após o verbo), portanto; 
e) Explicativa: porque, que, pois, porquanto. 
Conjunção subordinativa: liga orações, uma completa o sentido da outra. 
a) Causal: porque, porquanto; 
b) Comparativa: como; 
c) Concessiva: embora, conquanto, posto que; 
d) Condicional: se, caso; 
e) Conformativa: conforme, segundo, consoante; 
f) Consecutiva: tão... que, tanto... que; 
g) Final: para que, a fim de que; 
h) Temporal: quando; 
i) Proporcional: à medida que; 
j) Integrante: que, se (orações substantivas). 
Polissemia: o significado das conjunções pode mudar conforme o contexto. 
Período composto 
a) Oração coordenada: sintaticamente independente; 
b) Oração subordinada: atua como termo sintático de outra; 
c) Oração principal: incompleta, só ocorre na subordinação. 
Oração substantiva: substituível por ISTO. 
a) Subjetiva 
i. após verbo unipessoal (Convém que...) 
ii. após voz passiva (Sabe-se que...) 
iii. após SER + adjetivo (É importante que...) 
b) Objetiva indireta: verbo + preposição; 
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49 
c) Completiva nominal: nome + preposição; 
d) Predicativa: após sujeito + SER; 
e) Apositiva: após dois-pontos. 
Oração adverbial: introduzida por conjunção subordinativa. 
Oração adjetiva: introduzida por pronome relativo. 
a) Explicativa: com vírgula; 
b) Restritiva: sem vírgula. 
Oração reduzida 
Oração desenvolvida: com conjunção e verbo conjugado. 
Oração reduzida: sem conjunção, verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio. 
 
 
Espero que você tenha aprendido todas as conjunções. Ressalto a importância 
de revisá-las na véspera da prova do TRE-SP. 
Abraço! 
Arthur Scandelari 
 
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1. FCC/TRE-SE/2015 
A economia moderna surgiu como disciplina específica no século XVIII, sobretudo 
com a publicação em 1776 de A riqueza das nações, livro escrito pelo grande 
pensador escocês Adam Smith. Contudo, o que motivou o interesse no assunto não 
foram os textos de economistas, mas as enormes mudanças na própria economia 
com o advento da Revolução Industrial. 
 
O termo Contudo, em destaque no segundo parágrafo, tem valor 
(A) explicativo, e equivale a Pois. 
(B) conclusivo, e equivale a Então. 
(C) final, e equivale a Para tanto. 
(D) adversativo, e equivale a Porém. 
(E) conformativo, e equivale a Conforme. 
 
2. FCC/TRF-3/2016 
 
No segmento ... nem se deve correr com estrondo atrás do sucesso, senão ele se 
assusta e foge logo, o termo sublinhado pode ser substituído, mantendo-se a lógica 
e o sentido original, por: 
(A) exceto se 
(B) salvo 
(C) do contrário 
(D) não obstante 
(E) por mais que 
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51 
3. FCC/TRF-3/2016 
 
O segmento grifado adquire sentido de alternância em: 
(A) Uma investigação cuidadosa pode revelar causas possíveis, porém 
frequentemente não se consegue ter certeza. 
(B) Mas o que causa admiração quando se observa o mundo do alto é a semelhança, 
e não a diferença. 
(C) O acionamento inconsciente de emoções também explica por que não é fácil 
imitá-las... 
(D) ... alguma coisa sempre falha, quer na configuração dos músculos faciais, quer 
no tom de voz. 
(E) ... a emoção humana é desencadeada até mesmo por uma música e por filmes 
banais... 
 
4. FCC/TRF-3/2016 
mas problemas não se resolvem, 
problemas têm família grande, 
e aos domingos saem todos passear 
o problema, sua senhora 
e outros pequenos probleminhas. 
 
Preservando a relação de sentido, o segundo verso da estrofe pode ser introduzido 
por: 
(A) todavia 
(B) contudo 
(C) que 
(D) conquanto 
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(E) não obstante 
 
5. FCC/TRT-MT/2016 
O processo impregnado de complexidade, ao qual se sobrepõem ideias de avanço 
ou expansão intensamente ideologizadas, e que convencionamos chamar pelo nome 
de progresso, tem, dentre outros, um atributo característico: tornar a organização 
da vida cada vez mais tortuosa, ao invés de simplificá-la. Progredir é, em certos 
casos, sinônimo de complicar. 
Para nós, o progresso transformou as cidades em confusas aglomerações, nas quais 
a opressão viceja. A cidade conspira contra o homem. As derivações da tecnologia 
fugiram, há muito, do nosso controle. 
 
Mantendo-se a coerência com o restante do texto, as duas frases sublinhadas acima 
podem ser articuladas em um único período, fazendo-se as devidas alterações na 
pontuação e entre maiúsculas e minúsculas, com o emprego de 
(A) porquanto. 
(B) no entanto. 
(C) contudo. 
(D) consoante. 
(E) conquanto. 
 
6. FCC/DPE-RR/2015 
À falta de lazareto, o navio estava obrigado à caceteação da quarentena. 
 
Mantendo-se o sentido e a coesão da frase, o segmento grifado acima pode ser 
corretamente substituído por: 
(A) De sorte que faltava o lazareto 
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(B) Embora faltasse o lazareto 
(C) Uma vez que faltava o lazareto 
(D) À medida que faltasse o lazareto 
(E) Conquanto faltava o lazareto 
 
7. FCC/TRE-RR/2015 
Mas vou parar, que não pretendi nesta crônica escrever um manual do perfeito 
candidato. 
 
Identifica-se, no segmento sublinhado acima, 
(A) noção de causa, que justifica a decisão tomada pelo autor. 
(B) a consequência de uma ação deliberada anteriormente. 
(C) ressalva que restringe o sentido da afirmativa anterior. 
(D) uma finalidade, que reafirma as intenções do autor, expostas no texto. 
(E) condição, pois o autor conclui não ter conseguido aconselhar o candidato. 
 
8. FCC/TRT-PR/2015 
Embora as esculturas ficassem longe do público, elas foram vistas por artistas que 
visitavam Picasso. 
 
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser 
substituído por: 
(A) Porquanto 
(B) Apesar de 
(C) Contudo 
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Aula 03 – Sintaxe 
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(D) Conquanto 
(E) A despeito de 
 
9. FCC/TRT-14/2016 
O acervo do José Veríssimo estava com o marechal [Inácio José Veríssimo, filho do 
acadêmico], que era uma pessoa voltada para a literatura, apesar de ser militar. 
 
A passagem destacada permite concluir que, na opinião de Helena Araújo Lima 
Veríssimo, 
(A) não é muito comum haver militares interessados em literatura. 
(B) não é raro encontrar militares que entendam profundamente de literatura. 
(C) é esperado que os militares de alta patente entendam de literatura. 
(D) é natural que um filho de acadêmico se torne um militar apaixonado por 
literatura. 
(E) é frequente encontrar militares com formação especializada em literatura. 
 
10. FCC/TRF-3/2016 
... há indícios

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