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Aspectos de Segurança do Trabalho Aplicados à Construção Civil

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Aspectos de 
segurança do trabalho 
aplicados à 
construção civil 
Profº Marcus Edson 
professormarcusedson@gmail.com 
 
www.rtgespecializacao.com.br 
2 
3 
Prof. Marcus Edson de Barros 
Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho 
 
Experiência acadêmica: 
Graduação em Engenharia Elétrica e Telecomunicações 
Universidade: UEMG / dezembro de 1997 
Curso de Especialização em Segurança do Trabalho 
Universidade: PUC-GO / outubro de 2012 
Curso de Especialização Energia Solar Fotovoltaica 
Universidade: UFG / Junho de 2017 
 
Experiência de trabalho: 
Perito Judicial do TRT 18ª Região (GO) – 2016 a atual 
Professor de cursos de pós-graduação nas áreas de Eng.ª Elétrica e Eng.ª de Segurança do Trabalho – 2016 a atual 
Diretor Técnico da AGEST – Associação Goiana de Engenheiros de Segurança do Trabalho – Biênio 2016-2018 
Conselheiro da AGEST – Associação Goiana de Engenheiros de Segurança do Trabalho – Biênio 2014-2016 
Engenheiro Eletricista e Telecomunicações e Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2012 a atual 
Instrutor de cursos de Segurança do Trabalho – 2008 a atual 
Coordenador de Projetos de Telecomunicações – 2011 a 2013 
Engenheiro Eletricista – 2008 a 2010 
Engenheiro de Radiodifusão – 1997 a 2008 
4 
RESTRIÇÕES 
5 
Objetivo: 
 
Propiciar ao aluno contato com informações inerentes à segurança do trabalho na construção civil. 
 
Fornecer ao aluno ferramentas e informações para cuidados e tomada de decisão frente às exigências 
normativas de segurança do trabalho. 
 
6 
EMENTA: 
 
1. Conceitos básicos 
2. Acidente do trabalho e doença ocupacional 
3. Equiparações ao acidente de trabalho 
4. Classificações dos acidentes do trabalho 
5. Causas de Acidentes do Trabalho (NBR 14280) 
6. Investigação e Análise dos Acidentes do Trabalho 
7. Responsabilidade Civil e Criminal decorrentes dos acidentes do trabalho 
8. Custos do acidente do trabalho 
9. Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais 
10. Riscos Ambientais 
11. O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional 
 
 
7 
Bibliografia: 
 
• ARANTES, Nélio. Sistemas de Gestão Empresarial: Conceitos Permanentes na Administração de 
Empresas Válidas. São Paulo: Atlas, 1994. 
• CAMPOS, Armando Augusto Martins. Modelo Estratégico de Gestão de Segurança e Saúde no 
Trabalho. 2004. 161f. Dissertação (Mestrado Em Sistema De Gestão) – Departamento de Engenharia de 
Produção, Universidade Federal Fluminense, Niterói. 2004. 
• CARDELLA, Benedito. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes: Uma Abordagem Holística. 
São Paulo: Atlas, 1999. 
• KRAUSE, Thomas R. Segurança e Qualidade: Os Dois Lados da Mesma Moeda. São Paulo: Quality 
Progress, 2001. 
• CAIRO JÚNIOR, José. O acidente do trabalho e a responsabilidade civil do empregador. 3. Ed. São 
Paulo: LTR, 2006. 
• MTE. NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-14280 - Cadastro de acidente do trabalho 
- Procedimento e classificação. Rio de Janeiro, fevereiro de 2001. 94 p. 
• BRASIL. Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência 
Social e dá outras providências. Brasília, julho de 1991. Legislação Federal. 
 
 
 
8 
1. Conceitos básicos 
 
 
9 
Conceitos básicos: 
 
Conceito de Segurança no Trabalho: Condição ou estado que se estabelece quando um local (ou uma 
operação) está isento(a) de riscos inaceitáveis. 
 
Conceito de Risco: Possibilidade de perigo, que ameaça as pessoas ou o meio ambiente. 
 
A Segurança do Trabalho corresponde ao conjunto de ciências e tecnologias que 
tem por objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando 
minimizar e/ou evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
 
Não se deve apenas cumprir o que está na lei, deve-se praticar a proteção e 
bem estar dos trabalhadores. 
 
 
10 
Perigo: 
 
– “Uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial para causar danos às pessoas, à 
propriedade, ao meio ambiente ou à combinação desses.”(CETESB). 
 
– “Fonte, situação, ou ato com potencial de produzir danos em termos de ferimentos ou doenças, ou uma 
combinação desses” (OHSAS 18001:2007) 
 
 
 
 
 
 
 
Situação ou condição com probabilidade de causar lesão física ou danos à saúde das pessoas, à 
propriedade, equipamento e meio ambiente. 
 
11 
Risco: 
 
– “Medida de danos à vida humana, resultante da combinação entre a frequência de ocorrência e a 
magnitude das perdas ou danos (consequências).” (CETESB) 
 
– “Combinação de frequência de ocorrência dos eventos perigosos ou exposições e a severidade do 
ferimento ou doença que pode ser causada pelo evento ou exposição.” (OHSAS 18001:2007) 
 
 
 
 
 
 
 
É a avaliação do Perigo, associando-se a probabilidade da ocorrência de um evento adverso e a gravidade 
de suas consequências. 
 
12 
Perigo x Risco 
 
Normalmente o PERIGO vai sempre existir, é inerente ao ambiente. O que podemos fazer é minimizar o 
RISCO. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
O ambiente de trabalho e a atividade laboral são considerados saudáveis quando não apresentam nenhum 
fator que, agindo continuamente durante o tempo de exposição, prejudique a saúde do trabalhador. 
A saúde deve ser considerada em 3 dimensões: 
 
 
ORGÂNICA 
Funcionamento 
correto do corpo 
como um todo. 
PSÍQUICA 
Equilíbrio 
intelectual e 
emocional. 
SOCIAL 
Bem estar 
individual nas 
relações sociais. 
14 
Saúde orgânica: 
 
Saúde significa o estado de normalidade de funcionamento do organismo humano. 
 
Pela Constituição temos: 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, 
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) 
 
15 
Ainda na Constituição temos: 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo 
vedada sua vinculação para qualquer fim; 
 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
16 
Saúde psíquica: 
 
É a saúde emocional de uma pessoa. O lado psíquico da saúde cresceu de importância devido a época 
agitada em que vivemos. Inquietudes, pressa, ânsias, incertezas, indagações ante os fatos da vida, vida 
econômica, levam o indivíduo ao cansaço e a sofrimentos psicossomáticos. 
 
Um estado psíquico em desequilíbrio, pode gerar inúmeras desordens no organismo. As chamadas doenças 
psicossomáticas e desordens mentais afetam milhões de pessoas no mundo. Os transtornos mais comuns 
são os depressivos e os transtornos de ansiedade. 
17 
Saúde social: 
 
Refere-se à saúde de uma pessoa em relação à sua capacidade de interagir com outras pessoas e 
prosperar em ambientes sociais. 
 
Um ambiente onde prosperam conversas entre amigos e livre de preconceitos, respeito e proteção aos 
direitos básicos civis, políticos, socioeconômicos e culturais. 
18 
2. Acidente do trabalho e doença ocupacional 
 
 
 
19 
Acidente do trabalho - Definição Legal:Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91: 
“Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de 
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta 
Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (Redação Lei Complementar nº 150, de 2015) 
 
 
“VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural 
ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente 
ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual 
de terceiros,...” 
 
20 
 
Ainda na Lei Nº 8.213: 
 
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e 
segurança da saúde do trabalhador. 
 
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança 
e higiene do trabalho. 
 
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do 
produto a manipular. 
 
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas 
de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o 
Regulamento. 
 
 
 
 
21 
Acidente do trabalho - Definição Legal: 
 
A NBR-14280:2001 - Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento e classificação, assim descreve: 
 
“acidente do trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o 
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.” 
 
“NOTAS: 
1 O acidente inclui tanto ocorrências que podem ser identificadas em relação a um momento determinado, 
quanto ocorrências ou exposições contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de 
período de tempo provável. A lesão pessoal inclui tanto lesões traumáticas e doenças, quanto efeitos 
prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de exposições ou circunstâncias verificadas na 
vigência do exercício do trabalho. 
 
2 No período destinado a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades 
fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.” 
22 
Conceito Prevencionista: 
 
Os procedimentos de prevenção buscam propiciar ao trabalhador as condições necessárias à manutenção 
da sua saúde no ambiente de trabalho. 
 
Existem dois tipos de prevenção: passiva e ativa. 
 
A prevenção passiva ou reativa é aquela que se resume a estudar os acidentes e danos que ocorreram, 
buscando as causas e implementando medidas de segurança para que os acidentes não tornem a 
acontecer. 
 
A prevenção ativa é o conjunto de esforços para, antecipadamente, identificar e tratar os riscos potenciais. 
Esses esforços são, geralmente, estudos sobre o ambiente de trabalho, os processos, os equipamentos etc. 
 
 
 
 
 
23 
Fluxo de Decisões dos Processos de Identificação de Perigo e 
Controle de Risco: 
 
 
 
 
24 
Doença ocupacional: 
 
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: 
 
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a 
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social; 
 
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais 
em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no 
inciso I. 
 
25 
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
a) doença degenerativa; 
b) a inerente a grupo etário; 
c) a que não produza incapacidade laborativa; 
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo 
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do 
trabalho. 
 
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II 
deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona 
diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho. 
 
Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º do mencionado artigo da Lei nº 
8.213/91 estabelece que, "em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação 
prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e 
com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho". 
 
26 
Doença ocupacional: 
 
• Doença profissional: produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar. Têm no 
trabalho a sua causa única. São doenças típicas de algumas atividades (silicose, leucopenia, 
tenossinovite, etc). 
 
• Doença do trabalho: assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições 
especiais, ou seja, a insalubridade no local onde o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente. São doenças provocadas pelo não uso de medidas prevencionistas (surdez, câncer de 
pele). 
 
27 
Exemplos de doenças profissionais: 
 
 
28 
Exemplos de doenças do trabalho: 
 
 
29 
Exemplos de doenças do trabalho: 
 
 
30 
31 
3. Equiparações ao acidente de trabalho 
 
 
32 
O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara a acidente de trabalho: 
 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente 
para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão 
que exija atenção médica para a sua recuperação; 
 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: 
 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; 
33 
 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; 
 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos 
para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive 
veículo de propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de 
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
 
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades 
fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 
34 
 
Nos acidentes menos graves, em que o empregado tenha que se ausentar por período inferior a quinze dias, 
o empregador deixa de contar com a mão de obra temporariamente afastadaem decorrência do acidente e 
tem que arcar com os custos econômicos da relação de empregado. O acidente repercutirá ao empregador 
também no cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP da empresa, nos termos do art. 10 da Lei nº 
10.666/2003. 
 
Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro 
Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, 
habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. A 
Previdência Social gasta R$ 10 bilhões por ano com indenizações e tratamentos decorrentes de acidentes 
de trabalho, segundo Ângelo Fabiano Farias da Costa, vice-presidente da Associação Nacional dos 
Procuradores do Trabalho (ANPT), dados publicados em abril de 2016. 
 
 
35 
Agricultura; 51; 4% 
Comércio; 149; 13% 
Construção; 298; 26% 
Educação; 7; 1% 
Hotéis/Restaurantes; 23; 
2% Ind. Alimentos; 111; 10% 
Ind. Madeira e Papel; 33; 
3% 
Ind. Metal ; 115; 10% 
Ind. Mineral; 54; 5% 
Ind. Químicos; 53; 5% 
Ind. Tecido e Couro; 16; 1% 
Indústrias - Outras; 20; 2% 
Instituições Financeiras; 3; 
0% 
Saúde; 11; 1% 
Serviços; 97; 8% 
Transporte; 90; 8% 
Outros; 25; 2% 
Acidentes Analisados 2016 
Fonte: http://trabalho.gov.br/dados-abertos/estatistica-saude-e-seguranca-do-trabalho/seguranca-trabalho-2016/item/download/7321_0c0a53907080bc8e519c4c72b19a827a 
36 
Ano 
UF 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 
Alagoas 2705 3074 2600 3040 3469 4646 4685 6189 7627 8580 9065 9308 9813 8624 6587 5902 4721 
Amazonas 2331 2481 2537 3086 3532 4328 5351 6347 8536 9484 8849 8591 9754 9186 8750 8923 8203 
Bahia 7586 10047 8933 12083 12993 15209 16269 16802 23479 26142 26483 24567 24269 23443 22000 21724 17599 
Ceará 3623 3589 3365 3744 4128 5591 5957 5965 8333 10153 11936 12270 12368 13138 13601 13434 11642 
Mato Grosso do Sul 3410 4088 4017 4832 5091 6069 6320 6614 9687 11416 10722 10102 10706 11416 11495 10973 9766 
Espírito Santo 5825 6481 7446 8553 8456 9700 11107 11970 15868 17427 15121 13730 13809 13423 13776 14821 13245 
Goiás 6601 7107 7724 8834 10110 11422 12295 13179 16200 17840 17123 15736 15650 16084 17262 17263 15495 
Maranhão 902 1026 1101 1395 1797 2064 3044 2683 3958 5810 5957 6136 6402 5358 5195 5552 4544 
Mato Grosso 3656 4105 4252 4933 5785 6881 7080 7616 11589 13832 14130 13454 13533 13372 14015 13895 12160 
Minas Gerais 47712 41211 37423 38937 41528 48913 52928 52603 68835 78265 77794 75407 77899 77714 77743 74186 62566 
Pará 4133 4323 5070 6425 6744 8641 8825 9347 11532 11926 12231 11607 11534 12530 12337 12927 11152 
Paraíba 1133 1480 1636 1789 1898 2072 2551 2643 3884 4277 4914 5026 5284 5079 5105 5460 4184 
Paraná 27445 25571 23231 27710 29180 33661 36688 37574 51470 57529 54287 52075 50824 50009 52574 52977 47337 
Pernambuco 6055 5598 5914 7066 7487 9121 10224 11198 14471 16841 18629 20285 20874 20505 20890 20618 16260 
Piauí 544 566 507 622 739 892 991 1069 1711 2612 3118 3337 3625 4012 4445 4467 3772 
Rio de Janeiro 23846 22916 19313 26119 26414 32225 35059 36439 47930 53407 50228 48365 49310 52192 51471 52186 46796 
Rio Grande do Norte 1649 1513 1856 2245 2560 3610 4055 4899 6449 8456 8923 7198 7480 7042 6889 7156 6808 
Rio Grande do Sul 35687 38008 35292 39634 40135 44197 44348 43798 52884 63396 61945 58657 57915 55397 59950 60020 52030 
Santa Catarina 23474 25450 25888 27663 26347 30379 32666 30902 41921 51297 50209 47754 46758 45174 46748 46004 38360 
São Paulo 172662 147567 133936 154767 151121 173412 185723 191426 234743 265975 249289 244714 250306 247668 251725 241829 207703 
Sergipe 1204 1158 1147 1614 1506 1894 2182 2288 2889 3082 3122 3158 3596 3387 3315 3223 2680 
Distrito Federal 3028 3420 3643 4489 4407 5654 6076 5877 7659 9351 9344 8430 8436 8678 9021 8778 7326 
Acre 193 235 224 308 305 366 422 444 652 821 1100 1114 1171 1148 1179 1195 988 
Amapá 236 217 308 293 235 326 393 494 736 642 738 673 830 951 1057 796 608 
Rondônia 1449 1839 1853 1996 2080 2377 2526 2394 3928 4719 5101 5375 5982 6149 6298 5611 4714 
Roraima 80 94 95 111 117 119 107 129 429 535 546 518 631 605 747 833 605 
Tocantins 651 704 940 783 913 1931 1808 1343 2123 2165 2461 1887 1870 1700 1489 1549 1368 
Total 387820 363868 340251 393071 399077 465700 499680 512232 659523 755980 733365 709474 720629 713984 725664 712302 612632 
Acidentes de trabalho – 1999 a 2015 
Fonte: http://www3.dataprev.gov.br/AEAT/greg/reg02/reg02.PHP 
37 
Alagoas 
1% 
Amazonas 
1% Bahia 
3% 
Ceará 
1% 
Mato Grosso do Sul 
1% 
Espírito Santo 
2% 
Goiás 
2% 
Maranhão 
1% 
Mato Grosso 
2% 
Minas Gerais 
11% 
Pará 
2% 
Paraíba 
1% 
Paraná 
7% 
Pernambuco 
2% 
Piauí 
0% 
Rio de Janeiro 
7% 
Rio Grande do Norte 
1% 
Rio Grande do Sul 
9% 
Santa Catarina 
7% 
São Paulo 
36% 
Sergipe 
0% Distrito Federal 
1% 
Acre 
0% 
Amapá 
0% 
Rondônia 
1% 
Roraima 
0% 
Tocantins 
0% 
Acidentes de trabalho – 1999 a 2015 
Fonte: http://www3.dataprev.gov.br/AEAT/greg/reg02/reg02.PHP 
38 
4. Classificações dos acidentes do trabalho 
 
 
39 
Classificações dos acidentes do trabalho: 
 
Relembrando, conforme a NBR-14280 temos: 
 
“Acidente do trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o 
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.” 
 
É considerado acidente de trabalho toda lesão corporal ou perturbação da capacidade funcional que, no 
exercício do trabalho, ou por motivo dele, resultar de causa externa, súbita, imprevista ou fortuita, que cause 
a morte ou a incapacidade para o trabalho, total ou parcial, permanente ou temporária. 
 
 
 
 
 
 
40 
Classificações dos acidentes do trabalho: 
 
a) Acidente típico: são os acidentes decorrentes da característica da atividade profissional 
desempenhada pelo acidentado. 
 
• Para que ocorra o acidente de trabalho típico é necessário que entre a atividade do trabalhador e o 
acidente haja uma relação, uma causa e efeito por assim dizer, o que também é chamado de nexo 
causal, ou seja, o evento deve decorrer do exercício do trabalho a serviço da empresa. 
• CAIRO JÚNIOR (2006), afirma que o acidente típico “não passa de um acontecimento determinado, 
previsível, in abstracto, e que, na maioria das vezes se pode preveni-lo, pois suas causas são 
perfeitamente identificáveis dentro do meio ambiente do trabalho, podendo ser neutralizadas e limitadas”. 
 
 
41 
Classificações dos acidentes do trabalho: 
 
b) Acidente de trajeto: Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de 
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade 
do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho. 
42 
Classificações dos acidentes do trabalho: 
 
c) Acidente com afastamento: é acidente o que provoca lesão pessoal (lesão incapacitante ou lesão 
com perda de tempo), que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou 
de que resulte incapacidade permanente. Esta lesão pode provocar incapacidade permanente parcial, 
incapacidade temporária total, incapacidade permanente total ou morte. 
43 
Classificações dos acidentes do trabalho: 
 
d) Acidente sem afastamento: é acidente o que provoca lesão pessoal que não impede o acidentado de 
voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja incapacidade permanente. 
44 
Classificações dos acidentes do trabalho: 
 
d) Incidentes ou quase acidente: É quando ocorre um evento indesejávelque não ocasiona lesões 
físicas, sendo portanto, considerado um quase acidente. 
45 
5. Causas de Acidentes do Trabalho (NBR 14280) 
 
 
46 
Causas de Acidentes do Trabalho: 
 
Conforme a NBR-14280 as causa de acidentes do trabalho podem ser: 
 
a) fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento humano, que pode 
levar à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro. 
 
b) ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a 
ocorrência de acidente. 
 
c) condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do meio que causou o acidente 
ou contribuiu para a sua ocorrência. 
 
 
 
47 
Causas de Acidentes do Trabalho: 
 
a) fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento humano, que pode 
levar à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro. 
 
• É a característica mental ou física que ocasiona o ato inseguro e que em muitos casos, também criam 
condições inseguras ou permitem que elas continuem existindo. 
 
• Exemplo: Doença familiar, estresse, falta de conhecimento das normas de segurança, nervosismo, vício, 
problemas financeiro; 
 
48 
Causas de Acidentes do Trabalho: 
 
b) ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a 
ocorrência de acidente. 
 
• Ato inseguro é a maneira pela qual o trabalhador se expõe, consciente ou inconscientemente a riscos de 
acidentes. Em outras palavras é um certo tipo de comportamento que leva ao acidente. Vemos que se 
trata de uma violação de um procedimento consagrado, violação essa, responsável pelo acidente. 
 
• Exemplo: excesso de peso, brincadeiras na hora do trabalho, ferramentas inadequadas, falta do uso dos 
EPIs, correria durante o trabalho, descumprimento de normas e leis de segurança, falta de bloqueio de 
equipamentos, negligência , etc.. 
 
49 
Causas de Acidentes do Trabalho: 
 
c) condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do meio que causou o acidente 
ou contribuiu para a sua ocorrência. 
 
• Condição insegura em um local de trabalho são as falhas físicas que comprometem a segurança do 
trabalhador, em outras palavras, as falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivos de 
segurança e outros, que põem em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas, e a própria 
segurança das instalações e dos equipamento. 
 
• Exemplo : Andaimes mal montados; falta de sinalização, falta de identificação de produtos, escadas sem 
corrimão, área sem isolamentos, falta de guarda corpo roda pé. 
 
 
 
 
50 
51 
6. Investigação e Análise dos Acidentes do Trabalho 
 
 
52 
Investigação e Análise dos Acidentes do Trabalho: 
 
A investigação e análise dos acidentes tem por objetivo descobrir as causas de acidentes para que se 
possa, por meio da eliminação das mesmas, evitar suas repetições, portanto, serve para explorar todas as 
causas que levam a ocorrência de acidentes e iniciar medidas de controle para que não ocorram mais. 
 
A investigação envolve três fases: 
• Coleta de informações; 
• Diagnóstico da ocorrência; 
• Proposta de medidas corretivas. 
 
Observação: O trabalho em uma investigação deve ser planejado com antecedência para evitar decisões de 
última hora, retardamento do trabalho e ações inadequadas. 
Vale lembrar que em certos casos as vítimas em um acidente não são apenas as que se encontravam no 
local quando ocorreu o acidente, e sim pessoas que chegam para tentar ajudar, curiosos e 
desinformados. 
 
53 
Investigação e Análise dos Acidentes do Trabalho: 
 
 
54 
Coleta de informações: 
 
Quando um acidente de trabalho acontece, vários fatores entraram em ação anteriormente para que o 
acidente acontecesse. Através da coleta de informações podemos juntar os fatores que ocorreram antes do 
acidente e teremos como montar o que chamamos de efeito dominó: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os três primeiros dominós são responsáveis pelos acidentes, sem um deles os acidentes não ocorreriam. 
55 
Coleta de informações: 
 
Quando um acidente de trabalho acontece, vários fatores entraram em ação anteriormente para que o 
acidente acontecesse. Através da coleta de informações podemos juntar os fatores que ocorreram antes do 
acidente e teremos como montar o que chamamos de efeito dominó: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os três primeiros dominós são responsáveis pelos acidentes, sem um deles os acidentes não ocorreriam. 
56 
Coleta de informações: 
 
• Ambiente social: O ambiente social do trabalhador relaciona-se com outros dois fatores principais: 
hereditariedade e influência social, as características físicas e psicológicas do individuo são 
determinadas pela hereditariedade transmitida pelos pais, por outro lado, o comportamento de cada um é 
muitas vezes influenciado pelo ambiente social em que cada um vive. 
 
• Causa pessoal: está relacionada com o conjunto de conhecimentos e habilidades que cada um possui 
para desempenhar determinada tarefa num dado momento. A probabilidade de envolvimento em 
acidentes aumenta quando as condições psicológicas não são as melhores, com por exemplo ao 
acidentado estar com depressão, ou quando não existe formação ou treino suficiente. 
 
• Causa mecânica: diz respeito ás falhas materiais existentes no ambiente de trabalho. Quando o 
equipamento não apresenta proteção, quando a iluminação é deficiente, quando não existe boa 
manutenção, os riscos de acidente aumentam consideravelmente. 
 
57 
Diagnóstico da ocorrência: 
 
• Através do diagnóstico da ocorrência iremos verificar como ocorreu o acidente e assim, teremos como 
efetuar medidas de segurança que poderá evitar um novo acidente, no entanto, o diagnóstico poderá 
também revelar falhas cuja correção pode envolver medidas que não as clássicas de engenharia de 
segurança. 
 
• O que aconteceu; 
• Como aconteceu; 
• Por que aconteceu. 
58 
Diagnóstico da ocorrência: 
 
a) Levantar os fatos: 
i. Fazer pesquisa no local de trabalho; 
ii. Fazer entrevista com pessoas envolvidas. 
 
b) Ordenar os fatos: 
i. Identificar todos os fatos ocorridos em ordem cronológica; 
ii. Identificar com detalhes precisos o último fato (acidente); 
iii. Identificar as causa perguntando: 
• O que causou o fato?; 
• Esse causador foi necessário; 
• O causador foi o único fato suficiente para se concretizar o acidente. 
 
59 
Proposta de medidas corretivas: 
 
• As propostas de medidas corretivas visam a verificar o que deve ser feito ou providenciado para evitar 
casos semelhantes. 
 
• Procurar medidas preventivas que: 
• Estejam de acordo com a lei; 
• Apresentem relação custo/benefício positiva; 
 
• Providenciar a eliminação do risco o mais rápido possível. 
 
 
60 
Atividade investigativa: 
 
Faça uma análise investigativa de um acidente a partir do fatos descritos e fotos abaixo, onde parte do 
prédio em construção desabou, fato ocorrido na Ponta Verde, em Maceió: 
 
• Parte de um prédio em construção desabou na Avenida Engenheiro Mário de Gusmão. 
• A vítima que morreu caiu do quinto andar do edifício. Ele ainda estava vivo quando os Bombeiros 
chegaram, mas não resistiu aos ferimentos. 
• Outros quatro operários envolvidos no acidente junto com a vítima, trabalhavam na construção do quinto 
andar do prédio. 
• Engenheiros da empresa responsável pela obra, estão no local fazendo uma vistoria com equipes da 
Defesa Civil. 
 
• Fonte: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/04/predio-em-construcao-desaba-no-bairro-de-ponta-verde-em-maceio.html 
61 
62 
7. Responsabilidade Civil e Criminal decorrentes dos acidentes do 
trabalho 
 
 
63 
Responsabilidade Civil e Criminal decorrentes dos acidentes do 
trabalho: 
 
No que tange a responsabilidade civil e criminal (ou penal) no acidente de trabalho não se pretende 
despertar para os cuidados para com a segurança apenas porque há o risco de uma penalização ao infrator, 
mas que se tenha essa obrigação porque se está lidando com o homem, com o cidadão que deve ter seus 
direitos individuais respeitados. 
Responsabilidade Civil e Criminal 
 
Responsabilidade é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Deve ser entendida 
como restituição ou compensação de algo que foi retirado de alguém. A responsabilidade tem por finalidade 
restituir ou ressarcir algo. 
 
 
64 
Responsabilidade Civil e Criminal 
 
Responsabilidade segundo o dicionário é oriundo do verbo latino “respondere”. O termo responsabilidade 
em sentido geral, exprime a obrigação de responder por alguma coisa. 
 
Conforme o Dicionário Jurídico da Academia Brasileira de Letras Jurídicas, vemos que este apresenta, no 
que se refere à responsabilidade, o seguinte verbete: 
 
"RESPONSABILIDADE. 
 
S. f. (Lat., de respondere, na acep. de assegurar, afiançar.) Dir. Obr. Obrigação, por parte de alguém, de 
responder por alguma coisa resultante de negócio jurídico ou de ato ilícito”. 
 
Obs.: Lembrando que a diferença entre responsabilidade civil e criminal, é que está, criminal, impõe o 
cumprimento da pena estabelecida em lei, enquanto aquela, civil, acarreta a indenização do dano causado. 
 
 65 
Responsabilidade Civil e Criminal 
 
A responsabilidade revela o dever jurídico, em que se coloca a pessoa, seja em virtude de contrato, seja em 
face de fato ou omissão, que lhe seja imputado, para satisfazer a prestação convencionada ou para suportar 
as sanções legais, que lhe são impostas. 
 
Dessa forma, onde houver a obrigação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa, de ressarcir danos, de 
suportar sanções legais ou penalidades, há a responsabilidade, em virtude da qual se exige a satisfação ou 
o cumprimento da obrigação ou da sanção. 
 
Etimologicamente, o termo responsabilidade exprime a qualidade de ser responsável, a condição de 
responder, podendo ser empregado em todo pensamento ou ideia, onde se queira determinar a obrigação, o 
encargo, o dever, a imposição de ser feita ou cumprida alguma coisa. 
 
 
 
66 
Responsabilidade Civil 
 
O Código Civil de 2002 faz referência ao ato ilícito nos artigos 186 e 187: 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
• Ação: disposição para agir; atividade, energia, movimento. 
• Omissão: ato ou efeito de não mencionar (algo ou alguém), de deixar de dizer, escrever ou fazer (algo). 
• Negligência: falta de apuro, de atenção; desleixo, desmazelo, inobservância e descuido na execução de 
ato. 
• Imprudência: inobservância das precauções necessárias (É uma das causas de imputação de culpa 
previstas na lei). 
 
 
67 
Responsabilidade Civil 
 
Negligência: 
• Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era esperada para a 
situação. Age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções. 
 
Imprudência: 
• A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa não deixa de fazer 
algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na imprudência, ela age, mas toma uma atitude 
diversa da esperada. 
 
Imperícia: 
• Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância, falta de 
qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da 
profissão. Um médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação e cause 
deformidade em alguém pode ser acusado de imperícia. 
 
 
68 
Responsabilidade Civil 
 
Negligência: 
• desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência, omissão ou inobservância do dever, em 
realizar determinado procedimento, com as precauções necessárias. 
 
Imprudência: 
• falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é a imprevidência a cerca do mal, que se 
deveria prever, porém, não previu. 
 
Imperícia: 
• falta de técnica ou conhecimento técnico necessário para a realização de certa atividade. 
 
69 
70 
IMPRUDÊNCIA 
NEGLIGÊNCIA 
IMPERÍCIA 
Responsabilidade Civil 
 
O legislador entendeu por bem que deveria editar normas a cerca da responsabilidade civil, assim prescreve 
o artigo 927 do mesmo código civil: 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
Para existir o dever de reparação deverão estar presentes os requisitos exigíveis nos casos de 
responsabilidade subjetiva, quais sejam o ato danoso e o nexo de causalidade. Somente não haverá 
necessidade de se comprovar o elemento culpa, a qual poderá estar presente, mas não será imprescindível 
para a configuração do dever de indenizar. A disposição expressa de cláusula geral de responsabilidade 
objetiva demonstra uma clara evidência de que os legisladores brasileiros, a par das inovações tecnológicas, 
da globalização e, consequentemente, do crescimento de potenciais fatores de riscos, adotaram uma 
solução mais adequada aos problemas das vítimas de danos que permaneciam sem a indenização devida. 
71 
Responsabilidade Criminal 
 
A responsabilidade penal tem quase o mesmo fundamento da responsabilidade civil, o que as difere são as 
condições em que elas surgem, porque uma é mais exigente do que a outra quanto ao aperfeiçoamento dos 
requisitos. 
 
No caso da responsabilidade penal, o agente infringe uma norma de direito público. Neste caso, o interesse 
lesado é a sociedade. Entretanto, na responsabilidade civil, o interesse tutelado é o privado, cabendo ao 
prejudicado requerer a reparação caso entenda necessário. 
 
É possível que o agente, ao infringir uma norma civil, transgrida também a lei penal tornando-se ao mesmo 
tempo, obrigado civil e penalmente. 
 
 
 
72 
Responsabilidade Criminal 
 
A responsabilidade penal distingue ainda da responsabilidade civil, pois a responsabilidade penal é pessoal, 
intransferível, ou seja, o réu responde com a privação da sua liberdade. Enquanto a responsabilidade civil é 
patrimonial de modo que, se a pessoa não possuir bens, a vítima permanecerá sem ser ressarcida. 
 
Na esfera civil, porém, é um pouco diferente e existem exceções, o que a torna menos rigorosa que o 
processo penal. Na responsabilidade civil não se trata de réu, mas de vítima. 
 
Outra exigência é a tipicidade, que é um dos requisitos genéricos do crime. É necessário que haja perfeita 
adequação do fato concreto ao tipo penal. 
 
 
 
 
73 
Responsabilidade Trabalhista 
 
A matéria é regulada pelas Leis Trabalhistas em vigor e legislação extravagante. 
 
Resulta das relações com os empregados e trabalhadores quecompreendem: 
 
Direito ao trabalho, remuneração, férias, descanso semanal e indenizações, inclusive, aquelas resultantes 
de acidentes que prejudicam a integridade física do trabalhador. 
 
O profissional só assume esse tipo de responsabilidade quando contratar empregados, pessoalmente ou 
através de seu representante ou representante de sua empresa. 
 
74 
Responsabilidade Trabalhista 
 
Por lei, a empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e 
segurança da saúde do trabalhador, devendo prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da 
operação a executar e do produto a manipular, conforme artigo 157 da CLT: 
 
Art. 157. Cabe às empresas: 
 
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; 
 
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar 
acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; 
 
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; 
 
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. 
75 
Responsabilidade Trabalhista 
 
Ainda conforme CLT artigo 158, deve-se inclusive punir o empregado que, sem justificativa, recusar-se a 
observar as referidas ordens de serviço e a usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pela 
empresa. 
 
Art. 158. Cabe aos empregados: 
 
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II 
do artigo anterior; 
 
II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. 
 
Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: 
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; 
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. 
 
 
 
 
76 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
A. Morte do acidentado 
 
Fundamento legal 
 
O artigo 121, parágrafo terceiro, do Código Penal, define o crime de homicídio culposo, no qual se 
compreende, também, a hipótese da morte provocada pelo acidente do trabalho. Logo, no acidente do 
trabalho, a culpa pela morte do trabalhador pode ser imputada à chefia imediata ou mediata ou a qualquer 
preposto, ou ainda a qualquer colega de trabalho, que tenham, por imprudência, imperícia ou negligência, 
contribuído na eclosão do evento morte. 
 
 
 
 
 
77 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
A. Morte do acidentado 
 
A culpa decorre não da vontade do agente em causar o evento morte, mas de ato seu de negligência, ou 
imprudência, ou imperícia. Assim, a não observância de uma norma técnica na realização de um trabalho, 
decorrendo, em consequência, da morte de um empregado (ou terceiro), os responsáveis podem ser 
penalizados. Ainda que no acidente tenha havido culpa recíproca (da vítima e da chefia, por exemplo), isto 
não exclui a responsabilidade daquele que tenha contribuído para o fato, tenha ou não sido atingido pelo 
acidente. 
 
Assim, mesmo na hipótese do acidente provocar a morte do empregado e ferimentos em quem contribuiu 
para a morte do colega, este responderá pelo evento fatal. 
 
 
 
 
 
78 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
A. Morte do acidentado 
 
Pena 
Detenção de um a três anos. 
 
Aumento da pena 
A pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou 
ofício, ou se o agente deixar de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do 
seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Assim, se um engenheiro eletricista descuida de norma 
técnica e, por isso, ocorre o acidente com vítima, a pena é agravada conforme especificado. 
 
 
 
 
79 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
B. Lesão corporal culposa 
 
Fundamento legal 
 
É culposa a lesão corporal decorrente de imprudência, negligência ou imperícia do agente. 
 
Esse delito está previsto no artigo 129, do Código Penal, sendo a modalidade culposa descrita no parágrafo 
sexto. 
 
 
 
 
 
80 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
B. Lesão corporal culposa 
 
Pena 
Detenção de dois meses a um ano, não importando a gravidade da lesão corporal. 
 
Aumento da pena 
A pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou 
ofício, ou se o agente deixar de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do 
seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Assim, se um engenheiro eletricista descuida de norma 
técnica e, por isso, ocorre o acidente com vítima, a pena é agravada conforme especificado. 
 
 
 
 
81 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
C. Perigo para a vida ou saúde do empregado 
 
Fundamento legal 
 
Está previsto no artigo 132 do Código Penal, que prescreve: "Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo 
direto e iminente”. A exposição de motivos do Código Penal cita, como exemplo, o caso do empregador que, 
para poupar-se ao dispêndio com medidas técnicas de prudência, na execução de obra, expõe o operário ao 
risco de grave acidente. 
 
 
 
 
 
82 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
C. Perigo para a vida ou saúde do empregado 
 
O artigo 190 da Constituição do Estado de São Paulo prescreveu: “O transporte de trabalhadores urbanos e 
rurais devem ser feito por ônibus, atendidas as normas de segurança estabelecidas em lei.” 
 
São exemplos, também capitulados nesse dispositivo: a exposição do empregado a substâncias tóxicas, a 
exposição do empregado a máquinas perigosas sem proteção, obrigar que empregado menor execute 
atividades de risco proibidas por lei, etc. Aqui não se fala em culpa, mas em dolo. O empregador deixa de 
oferecer as condições de segurança por descaso na tomada de medidas de prevenção. Assim age por 
vontade, não de causar o acidente, mas de economizar recursos com os dispêndios de segurança para os 
empregados, assumindo os riscos de expor os mesmos a grave perigo. 
 
Esse tipo de crime é considerado subsidiário, pois, se consumar o resultado mais gravoso (acidente do 
trabalho com morte ou lesão corporal) o agente responderá por homicídio ou lesão corporal (e não mais pela 
exposição de outrem a periclitação de vida ou saúde). 
 
 
83 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
C. Perigo para a vida ou saúde do empregado 
 
Pena 
Detenção de três meses a um ano, se o fato não constituir crime mais grave. 
 
Aumento da pena 
A pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou 
ofício, ou se o agente deixar de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do 
seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Assim, se um engenheiro eletricista descuida de norma 
técnica e, por isso, ocorre o acidente com vítima, a pena é agravada conforme especificado. 
 
 
 
 
84 
Responsabilidade quando da ocorrência do acidente 
 
Quem pode ser responsabilizado criminalmente 
 
Pode ser a chefia imediata ou a chefia mediata do empregado acidentado, ou mesmo o colega de trabalho e 
também, os responsáveis pela segurança do acidentado. Nada impede que haja a coautoria. 
 
Assim, por exemplo, se a Gerência determina que um trabalho específico seja feito sob condições 
totalmente inadequadas, no que se refere ao aspecto de segurança, sendoessa posição ratificada pelas 
chefias intermediárias, resultando, daí, acidente do trabalho com vítima, todos os culpados estarão sujeitos a 
responder pelo dano causado. 
 
 
 
 
 
85 
Responsabilidade Previdenciária 
 
Nos termos da Lei Nº. 9.032, de 29/04/95, para fins do custeio das despesas decorrentes do acidente do 
trabalho, o empregador deve efetuar, mensalmente, uma contribuição de: 
 
• 1% (um por cento) sobre o valor da folha de pagamento, para as empresas em cuja atividade 
preponderante, seja considerado risco leve; 
• 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante, seja considerado risco médio; 
• 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante, seja considerado risco grave. 
 
O Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá alterar estes percentuais, com base nas estatísticas 
de acidentes do trabalho, apuradas em inspeção, o enquadramento de empresas para efeito da contribuição, 
a fim de estimular investimentos em prevenção de acidentes. 
 
 
 
 
 
86 
Responsabilidade Previdenciária 
 
Nos termos da Lei Nº. 9.032, de 29/04/95, para fins do custeio das despesas decorrentes do acidente do 
trabalho, o empregador deve efetuar, mensalmente, uma contribuição de: 
 
• 1% (um por cento) sobre o valor da folha de pagamento, para as empresas em cuja atividade 
preponderante, seja considerado risco leve; 
• 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante, seja considerado risco médio; 
• 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante, seja considerado risco grave. 
 
O Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá alterar estes percentuais, com base nas estatísticas 
de acidentes do trabalho, apuradas em inspeção, o enquadramento de empresas para efeito da contribuição, 
a fim de estimular investimentos em prevenção de acidentes. 
 
 
 
 
 
87 
Responsabilidade Previdenciária 
 
Em tese, o empregador pode ser tanto beneficiado como penalizado, financeiramente, de acordo com os 
critérios aplicados aos índices de acidentes ocorridos na respectiva empresa; esta opção é do legislador 
(apenamento pecuniário). No passado, foram relatados casos de acidentes que eram "escondidos" como 
forma de obtenção imediata deste tipo de benefício, gerando por vários anos mudanças na legislação agora 
retomada. A omissão desses indicadores, nesse sentido, pode gerar responsabilidade administrativa, 
trabalhista e até penal para todos os envolvidos. 
 
 
 
 
 
 
88 
Responsabilidade Previdenciária 
 
Em caso de acidente a empresa deverá: 
 
• Comunicar o acidente ao INSS por meio da CAT até o 1º dia útil seguinte; 
 
• Em caso de morte, de imediato a autoridade competente, sob pena de multa. 
 
 
 
 
 
 
 
89 
Responsabilidade Previdenciária 
 
Deverão ser comunicadas ao INSS as seguintes ocorrências: 
 
 
 
 
 
 
90 
Ocorrências: Tipos de CAT: 
a) acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional 
ou do trabalho; 
CAT inicial; 
b) reinicio de tratamento ou afastamento por agravamento de 
lesão de acidente do trabalho ou doença profissional ou do 
trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS; 
CAT reabertura; 
c) falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou 
do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial. 
CAT comunicação 
de óbito. 
Responsabilidade Previdenciária 
 
Estabilidade Provisória no Emprego para Vítima de Acidente do Trabalho (Lei nº 8.213/91): 
 
O segurado tem garantida pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato, após a cessação 
do auxílio-doença acidentário. 
 
 
 
 
 
 
91 
Responsabilidade Previdenciária 
 
Auxílio-Doença Acidentário: 
 
Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 dias 
consecutivos. 
 
Valor do Benefício: 
Corresponde a 91% do 
salário de benefício. 
 
 
 
 
 
92 
Responsabilidade Previdenciária 
 
Auxílio-Acidente: 
 
Benefício concedido, como indenização, ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes 
de qualquer natureza que impliquem redução funcional. 
 
Valor do Benefício: 
Corresponde a 50% do salário de 
benefício que deu origem ao 
auxílio-doença corrigido até o 
mês anterior ao do início do 
auxílio-acidente. 
 
 
 
 
93 
94 
 
BENEFÍCIOS 
 
BENEFICIÁRIOS 
CONDIÇÕES P/ 
CONCESSÃO 
 DATA DE 
INÍCIO 
DATA DA CESSAÇÃO 
 
VALOR 
Auxílio-Doença 
Acidentário 
 
Acidentado do trabalho 
afastamento do 
trabalho por 
incapacidade 
laborativa 
temporária por 
acidente do 
trabalho. 
16º dia de 
afastamento 
consecutivo 
para 
empregado; 
 
data do 
afastamento 
demais 
segurados. 
morte; 
concessão de auxílio-
acidente ou 
aposentadoria; 
 
cessação da 
incapacidade; 
 
alta médica; 
 
volta ao trabalho. 
91% do 
salário 
benefício 
Auxílio-Acidente Acidentado do trabalho 
redução da 
capacidade 
laborativa por lesão 
acidentaria. 
dia seguinte a 
cessação do 
auxílio-doença. 
concessão de 
aposentadoria; 
 
óbito. 
50% do 
salário 
benefício 
95 
96 
8. Custos do acidente do trabalho 
 
 
97 
Custos do acidente do trabalho: 
 
 
Em todo caso de afastamento laboral, após o período de 15 dias, o trabalhador segurado acometido de 
doença ou acidente deve ser encaminhado à Previdência Social, que arcará, após esse período inicial, com 
os custos dos benefícios previdenciários até o retorno do trabalhador à sua atividade ocupacional. 
 
Entidades ligadas à Organização Mundial do Trabalho estimam que as despesas com acidentes de trabalho 
consumam cerca de 4% da economia mundial, incluindo despesas com saúde, previdência, indenizações, 
etc. 
 
O INSS poderá cobrar indenizações de acidentes de trabalho das empresas que está regulamentada pela 
Lei n° 8.213/91. O artigo 120 desta norma estabelece que "nos casos de negligência quanto às normas, 
padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência 
Social proporá ação regressiva contra os responsáveis“. 
 
 
98 
Custos do acidente do trabalho: 
 
A constituição federal, em seu artigo 7º, inciso XXVIII, declara que é direito dos trabalhadores o seguro 
contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, 
quando incorrer em dolo ou culpa. 
 
 
 
 
 
Custos diretos 
Custos indiretos 
99 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Custos diretos dos acidentes de trabalho: 
 
• Transporte do acidentado durante o tratamento quando o estado crítico exigir; 
• Todas as despesas ligadas diretamente ao atendimento do acidentado, que não de responsabilidade do 
INSS, despesas médicas, odontológicas, hospitalares, farmacêuticas, incluída cirurgia reparadora; 
• Despesas de reabilitação médica e ocupacional; 
• Salário pago por afastamento até o auxílio INSS; 
• Seguro de acidente e indenizações. 
 
 
 
 
 
 
100 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Custos indiretos dos acidentes de trabalho: 
 
• Salários pagos durante o tempo perdido por outros trabalhadores que não o acidentado; 
• Salários adicionais pagos por trabalhos em horas extras ou por substituição do acidentado; 
• Despesas com o treinamento do substituto do acidentado; 
• Salários pagos a funcionários durante o tempogasto na investigação do acidente; 
• Custo do material ou equipamento danificado no acidente; 
• Outros (aluguel de equipamento, multas contratuais, custo de admissão de novos empregados, 
dificuldades com as autoridades e má fama para a empresa, processos judiciais e indenizações e danos 
a imagem da empresa). 
 
 
 
 
 
101 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Custos total dos acidentes de trabalho: 
 
O custo total dos acidentes de trabalho deve ser calculado pela soma das seguintes parcelas: 
• Custo direto e indireto dos acidentes com lesões médias e graves. 
• Custo direto e indireto dos acidentes com lesões leves. 
• Custo indireto de acidentes sem lesão com dano exclusivo sobre o equipamento ou com simples 
interrupção do trabalho. 
• Custo investido em acidentes de baixa frequência, porém de alta gravidade. 
• Custo do trauma psicológico produzido nos funcionários de uma empresa devido a ocorrência de um 
acidente grave. 
 
 
 
 
102 
Custos do acidente do trabalho: 
 
 
 
 
103 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Para o levantamento dos custos não segurado, devem ser levados em consideração, entre outros, os 
seguintes elementos: 
 
a) despesas com reparo ou substituição de máquina, equipamento ou material avariado; 
b) despesas com serviços assistenciais não segurados; 
c) pagamento de horas extras em decorrência do acidente; 
d) despesas jurídicas; 
e) complementação salarial ao empregado acidentado; 
f) prejuízo decorrente da queda de produção pela interrupção do funcionamento da máquina ou da 
operação de que estava incumbido o acidentado, ou do impacto emocional que o acidentado causa aos 
companheiros de trabalho; 
g) desperdício de material ou produção fora de especificação, em virtude de anormalidade no estado 
emocional causada pelo acidente; 
104 
Custos do acidente do trabalho: 
 
h) redução da produção pela baixa do rendimento do acidentado, durante certo tempo, após o regresso 
ao trabalho; 
i) horas de trabalho dispendidas pelos empregados que interrompem seu trabalho normal para ajudar o 
acidentado; 
j) horas de trabalho dispendidas pelos supervisores e por outras pessoas: 
- na ajuda ao acidentado; 
- na investigação das causas do acidente; 
- em providências para que o trabalho do acidentado continue a ser executado; 
- na seleção e preparo de novo empregado; 
- na assistência jurídica; 
- na assistência médica para os socorros de urgência; 
- no transporte do acidentado. 
 
 
 
105 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo direto dos acidentados (CD): 
 
O custo direto representa os acidentados com afastamento e acidentados sem afastamentos,ambos com 
lesões leves, médias ou graves, além do pagamento do seguro acidente do trabalho. 
 
Define-se acidentado sem afastamento aquele trabalhador que sofreu lesão com tratamento inferior a 15 
dias. 
 
Define-se acidentado com afastamento aquele trabalhador que fica afastado por mais de 15 dias e vai para 
o seguro do INSS. 
 
106 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo direto dos acidentados (CD): 
 
Toda empresa de acordo com sua atividade e grau de risco já definidos em seu objetivo social recolhe as 
seguintes taxas ao INSS para terem direito ao tratamento pelo seguro de seus trabalhadores acidentados 
conforme segue: 
T.S.A.T = Taxa de Seguro Acidente do Trabalho 
1% - Risco Leve 
2% - Risco Médio 
3% - Risco Grave 
 
Obs: Todo trabalhador acidentado com tempo inferior a 15 dias a empresa arca com todos os custos 
ambulatoriais de tratamento médico que devem ser calculados e colocados no custo direto. 
 
107 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo direto dos acidentados (CD): 
 
Assim sendo o custo segurado será calculado pela seguinte fórmula: 
CS = TSAT x TFSC / 100, onde: 
CS = Custo segurado 
TSAT = Taxa de Seguro Acidente do Trabalho 
TFSC = Total da Folha de Salário Contribuição 
 
CD = CS + CAmb, onde: 
CAmb = Custo ambulatorial que é arcado pela empresa que trata diretamente esse trabalhador. 
 
Nota: O custo segurado cobre despesas médicas hospitalares, indenização e o transporte do acidentado. 
 
108 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
O cálculo do custo indireto depende basicamente da percepção que o Analista do Acidente possuir. 
 
Depende de uma série de variáveis conforme o tipo de acidente que se materializou. 
 
Está associado aos valores calculados para a produção que na realidade não foram alcançados os 
respectivos índices. 
 
Representa portanto a Improdutividade gerada. 
 
 
109 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
Para melhor equacionamento aditamos os seguintes cálculos: 
 
CI = TI + HP + PñE + OD + MPC +DME + LC + CF + CS, onde: 
TI = taxa de improdutividade 
HP =Horas perdidas 
PñE = Produção não efetuada 
OD = Outras despesas 
MPC = Investimentos em medidas de proteção coletiva 
DME = Danos à máquinas e equipamentos 
LC = Lucro Cessante 
CF = Custo Fixo 
CS = Custo Social 
 
 
110 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
1. Horas Perdidas = HP 
• Esse cálculo é feito para cada acidente que o trabalhador ou a máquina ficaram parados ou ambos 
conforme o caso. É portanto, a soma de todas horas paradas por acidente que foram pagas ao 
trabalhador, mais as horas de máquina parada por acidente de trabalho. 
 
2. Taxa de Improdutividade = TI 
• Ela é medida pela seguinte fórmula: TI = HP/HT x 100 
 HT = Horas totais do mês 
• Esse cálculo representa a improdutividade do setor. Essa improdutividade jamais poderá ser 
recuperada, apesar de ser possível a recuperação da produção calculada, desde que a empresa 
abra mão do seu lucro. 
 
111 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
3. Outras Despesas = OD 
• Esses valores dependem do grau de percepção de quem investiga o acidente causado, e 
consegue ter acesso à informação dos valores desejados. 
 
4. Produção não Efetuada = PñE 
• Esse cálculo deverá medir o índice de produtividade. Como tanto a mão de obra como 
equipamentos e máquinas estão parados, deve-se colocar esses índices como não realizados pois 
caracterizam as perdas do processo produtivo. 
 
112 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
5. Medidas de Proteção Coletiva = MPC 
• São valores que devem ser alocados, para se proteger o trabalhador das máquinas e 
equipamentos. 
• Geralmente é um investimento necessário para que não se produza o acidente. 
 
6. Danos a Máquinas e Equipamentos = DME 
• Esse é o custo que a empresa arca, decorrente de acidente com equipamento. 
• São dados pelos seguintes valores: 
• Custo de reparos; 
• Horas de máquinas e equipamentos não trabalhadas, e programada no planejamento para 
estar em operação. 
113 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
7. Custo de Responsabilidades = CR 
• É o custo decorrente das obrigações e responsabilidades cíveis e penais. 
• Em alguns casos a indenização cível, é julgada em “Ad Perpetuam”, ou seja, o valor julgado que a 
empresa tem de arcar é o tempo de vida que existir do reclamante. 
• Por outro lado toda ação cível gera uma ação penal, cuja pena, é o da prisão daquele que deu 
causa. Assim sendo, precisamos estar bem atentos aos processos que geram as ações 
indenizatórias, que obrigam as empresasarcarem com os custos dela decorrentes. 
114 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
8. Custo Fixo = CF 
• Esse é o custo decorrente da mão-de-obra, equipamentos e materiais necessários à proteção de 
máquinas e dos trabalhadores em geral. 
• Considera-se mão-de-obra: a contratação dos componentes dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança do Trabalho e em Medicina do Trabalho (SEESMT). 
• Considera-se Equipamentos e Materiais: 
• Os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários a cada tarefa executada pelos 
trabalhadores. 
• Dispositivos de proteção coletiva 
• Despesas ambulatoriais – remédios mais equipamentos necessários ao atendimento dos 
trabalhadores. 
115 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
8. Custo Fixo = CF 
 
• Obs.: Esse custo, é um investimento para se fazer a proteção dos trabalhadores, a fim de 
minimizar a lesão. 
• Toda empresa tem que investir esse valor por dois motivos conforme segue: 
• Evitar o agravamento do custo social 
• Evitar o aumento das despesas empresariais com o chamado aumento da produtividade. 
 
• É portanto, o valor que trata do investimento versus o retorno, ou simplesmente chamado de custo 
versus benefício. 
 
116 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
9. Lucro Cessante = LC 
 
• Toda a vez em que ocorrer esses eventos, a empresa deixa de faturar o calculado e em 
consequência o lucro perdido, e para isto não há retorno nunca, pois a produtividade, ou seja, os 
resultados calculados e esperados nunca se concretizarão. Esse valor sempre tem que ser aferido 
de acordo com a situação se apresenta e o histórico das empresas nessa área. 
 
117 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Cálculo do custo indireto dos acidentados (CI): 
 
10. Custo Social = CS 
 
• É o custo decorrente de indenização aos acidentados por incapacidade permanente ou parcial nos 
locais de trabalho, bem como os acidentados com óbito. 
• Esse custo onera a Previdência Social, aumentando o déficit público com impacto negativo no 
chamado superávit primário e portanto, com grande prejuízo à Nação Brasileira, que vê os seus 
investimentos sociais serem diminuídos reduzindo a capacidade do governo investir nas chamadas 
obras de infra estrutura, necessárias ao desenvolvimento do país. Em consequência há uma maior 
taxação dos impostos que a sociedade terá que arcar e pagar, e portanto com grande perda de seu 
poder aquisitivo. É um ciclo vicioso, pois esse custo só é administrado pelo governo, mas pago por 
toda a sociedade. 
 
118 
Custos do acidente do trabalho: 
 
Portanto, podemos definir a fórmula real do custo de um acidente do trabalho, como segue: 
 
CA = CD + CI, onde: 
CA = custo de acidente do trabalho 
CD = custo direto dos acidentados no trabalho 
CI = custo indireto dos acidentes do trabalho 
119 
9. Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais 
 
 
120 
Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais: 
 
Por que devemos prevenir os acidentes e doenças decorrentes do trabalho? 
 
Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os acidentes e doenças decorrentes do trabalho 
apresentam fatores extremamente negativos para a empresa, para o trabalhador acidentado e para a 
sociedade. 
 
Anualmente, as altas taxas de acidentes e doenças registradas pelas estatísticas oficiais expõem os 
elevados custos e prejuízos humanos, sociais e econômicos que custam muito para o País, considerando 
apenas os dados do trabalho formal. 
 
O somatório das perdas, muitas delas irreparáveis, é avaliado e determinado levando-se em consideração 
os danos causados à integridade física e mental do trabalhador, os prejuízos da empresa e os demais 
custos resultantes para a sociedade. 
 
 
 
121 
Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais: 
 
A normas regulamentadoras NR-07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e, 
NR-09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, tratam da prevenção de acidentes e 
doenças ocupacionais através dos programas de controle e prevenção, tendo como o objetivo a promoção e 
preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 
 
 
 
 
122 
PPRA PCMSO 
Segurança do Trabalho 
Analisa os riscos: 
Físicos, Químicos, 
Biológicos, Acidente. 
Indica as prevenções a 
serem executadas. 
Medicina do Trabalho 
Indica os exames 
(Admissionais e Periódicos ) 
que deverão serem 
realizados e quando 
serão realizados. 
ASO 
Exames 
Médicos 
123 
Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais: 
 
Os procedimentos de prevenção buscam propiciar ao trabalhador as condições necessárias à manutenção 
da sua saúde no ambiente de trabalho. 
 
Existem dois tipos de prevenção: passiva e ativa. 
 
 
 
 
 
A prevenção Passiva (ou Reativa) é aquela que 
se resume a estudar os acidentes e danos que 
ocorrem, buscando as causas e implementando 
medidas de segurança para que os acidentes 
não tornem a acontecer. 
A prevenção Ativa é o conjunto de esforços para, 
antecipadamente, identificar e tratar os riscos 
potenciais. Esses esforços são, geralmente, 
estudos sobre o ambiente de trabalho, os 
processos, os equipamentos etc. 
124 
Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais: 
 
Uma das técnicas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais é chamada de Análise de Riscos. 
 
Nessa análise deve-se responder às seguintes perguntas: 
• O que pode dar errado? 
• Quais são as possíveis causas desses erros? 
• Qual a chance dos erros ocorrerem? 
• Qual é a consequência associada a cada erro? 
• Os riscos são toleráveis? 
• As medidas de segurança existentes são suficientes? 
 
 
125 
Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais: 
Segurança 
(ação abrupta / 
repentina) 
Técnica aplicada à prevenção dos acidentes de trabalho, atuando sobre 
equipamentos, instalações, locais de trabalho e processos. A prevenção pode ser 
ativa ou reativa. 
Higiene 
(ação continua) 
Técnica aplicada contra os possíveis agentes geradores de doenças 
ocupacionais, avaliando a presença de agentes químicos, físicos, biológicos e 
possíveis tensões psicológicas e sociais presentes no ambiente de trabalho. 
Ergonomia 
Técnica que estuda e promove a adaptação do trabalho às condições 
psicológicas e fisiológicas do trabalhador, avaliando e (re)projetando os postos de 
trabalho, seus processos e equipamentos, de acordo com as características e as 
necessidades do trabalhador. 
Psicossociologia 
Técnica que estuda os danos psicológicos que um trabalhador pode sofrer no seu 
ambiente de trabalho, assim como os fatores que geram insatisfações. 
126 
Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais: 
 
Curva de Acidentes x Experiência 
127 
Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais: 
 
Uma das técnicas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais é chamada de Análise de Riscos. 
 
Nessa análise deve-se responder às seguintes perguntas: 
• O que pode dar errado? 
• Quais são as possíveis causas desses erros? 
• Qual a chance dos erros ocorrerem? 
• Qual é a consequência associada a cada erro? 
• Os riscos são toleráveis? 
• As medidas de segurança existentes são suficientes? 
 
 
128 
10. Riscos Ambientais 
 
 
129 
Riscos Ambientais: 
 
 
Riscos Físicos 
Ruídos; 
Temperaturas extremas; 
Pressões anormais; 
Vibrações; 
Radiações. 
130 
Riscos Ambientais: 
 
 
Riscos QuímicosPoeiras; 
Operações de pintura e uso de solventes; 
Impermeabilizantes e substâncias químicas; 
Manuseio de álcalis; 
Asfixia química por inalação de gases tóxicos. 
131 
Riscos Ambientais: 
 
 
Riscos Biológicos 
Bactérias e Fungos; 
Bacilos e Parasitas; 
Protozoários e Vírus. 
132 
Riscos Ambientais: 
 
 
Riscos de Acidentes 
Quedas; 
Choque Elétrico; 
Soterramento. 
133 
Riscos Ambientais: 
 
 
 
 
134 
11. O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional 
 
 
135 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
A incorporação das boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho no âmbito das empresas 
contribui para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo 
acidentes e doenças e diminuindo consideravelmente os custos, tornando a empresa mais competitiva, 
auxiliando na sensibilização de todos para o desenvolvimento de uma consciência coletiva de respeito à 
integridade física dos trabalhadores e melhoria contínua dos ambientes de trabalho. 
 
A mentalidade de segurança e saúde ocupacional deve ser o objetivo de todos os colaboradores da 
empresa, do chão de fábrica até a presidência, todos tem que participar para que o programa de GSSO 
funcione. 
 
 
136 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Exemplo de GSSO: 
 
137 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
1. Liderança e Administração 
i. Política de SST e Meio Ambiente. 
ii. Comitê de SST e de Meio Ambiente. 
 
2. Responsabilidades 
i. Definição de Estrutura e Responsabilidades 
ii. Sistema Informatizado de Gerenciamento de Riscos 
138 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
3. Participação, Envolvimento e Motivação do Corpo Gerencial 
i. Objetivos e metas de Segurança e Meio Ambiente. 
ii. Reuniões gerenciais. 
iii. Treinamentos gerenciais. 
iv. Programa de observação do trabalho em Segurança, Higiene e Meio Ambiente. 
v. Visitas Técnicas de Sensibilização e Valorização do Diferencial Competitivo. 
vi. Programas de Organização e Limpeza. 
139 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
4. Legislação 
i. Identificação de legislação aplicável, análise da conformidade legal em Segurança do 
Trabalho, Higiene e Meio Ambiente. 
ii. Licenciamento Ambiental. 
 
 
140 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
5. Comunicação 
i. Identificação e Controle de Riscos através das Instruções Operacionais. 
ii. Diálogos Diários sobre Segurança e Meio Ambiente ou assemelhado. 
iii. Biblioteca Técnica mínima de suporte. 
iv. Mapa de Risco de Segurança e Meio Ambiente. 
v. SIPAT. 
vi. Semana do Meio Ambiente. 
vii. Palestras de Segurança, Higiene e Meio Ambiente. 
 
141 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
5. Comunicação 
viii. Folders Informativos de Segurança, Higiene do Trabalho e Proteção Ambiental. 
ix. Manual de Segurança e Meio Ambiente da Supervisão. 
x. Manual de Segurança e Meio Ambiente dos Empregados. 
xi. Comunicação com agências de governos: definição de responsabilidades. 
xii. Programa de Acidentes Fora do Trabalho. 
xiii. Palestras Externas, Seminários e Congressos. 
xiv. Programa de Rotulagem de Produtos Perigosos. 
 
 
142 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
6. Avaliação de Desempenho e Eficácia 
i. Relatórios mensais e anuais – Programa de Indicadores à vista de SST e Meio Ambiente 
através de itens de identificação controle de sucesso (positivos). 
ii. Atitudes pessoais. 
iii. Utilização de EPIs – Programa de Observação e Utilização. 
iv. Identificação e solução de riscos potenciais – Programa de Identificação de Riscos. 
v. Organização e limpeza das áreas de trabalho. 
vi. Postura no trabalho. 
143 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
6. Avaliação de Desempenho e Eficácia 
vii. Treinamento genérico e específico. 
viii. Organização e Limpeza. 
ix. Análise Crítica Anual da Gestão de Segurança e Higiene do Trabalho. 
x. Análise Crítica Anual da Gestão de Meio Ambiente. 
xi. Auditorias Internas de avaliação de conformidade em relação aos padrões operacionais e 
legislação aplicável de SST e Meio Ambiente. 
xii. Auditorias externas de avaliação dos Sistemas de Gestão de Segurança no Trabalho e Meio 
Ambiente. 
144 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
7. Controle de Documentos 
i. Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho – LTCAT. 
ii. Perfis Profissiográficos Previdenciário – PPP. 
iii. CIPA 
iv. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. 
v. Programa de Proteção Respiratória – PPR. 
145 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
7. Controle de Documentos 
vi. Programa de Proteção Auditiva – PCA. 
vii. Análise e Investigação de Acidentes e Incidentes. 
viii. Licenciamento Ambiental e Monitoramento Ambiental. 
ix. Extintores de Incêndio. 
x. Estatísticas Legais. 
146 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
A. ORGANIZACIONAL 
 
7. Controle de Documentos 
xi. Normas Técnicas ABNT. 
xii. Sistema de Gestão da Qualidade. 
xiii. Programa de Condições e Melhorias do Ambiente de Trabalho da Construção Civil – PCMAT. 
xiv. Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR. 
xv. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. 
147 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
B. GERENCIAMENTO OPERACIONAL 
 
1. Investigação e Análise de Acidentes. 
2. Prevenção e Combate a Incêndios. 
3. Preparação para Emergências. 
4. Inspeções de Segurança. 
5. Permissão de Trabalho. 
6. Análise de Risco de Tarefa “Críticas”. 
 
148 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
B. GERENCIAMENTO OPERACIONAL 
 
7. Novos projetos e alterações nos projetos existentes. 
8. Equipamentos de Proteção Individual. 
9. Identificação de Aspectos e Impactos Ambientais. 
10. Identificação de Fatores de Riscos e Riscos do Trabalho. 
11. Folha de Dados de Segurança de Produto. 
12. Folha de dados de Segurança de Matéria Prima. 
 
149 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
B. GERENCIAMENTO OPERACIONAL 
 
13. Segurança com Eletricidade. 
14. Bloqueio para Garantia de Energia Nula. 
15. Programa de Observação do Trabalho. 
16. Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR. 
17. Segurança, Saúde, Higiene e Meio Ambiente para Contratadas. 
18. Trabalho em Espaço Confinado. 
 
 
150 
O programa de gestão de segurança e saúde ocupacional: 
 
Elementos estruturais de um sistema de GSSO: 
 
B. GERENCIAMENTO

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