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Curso Técnico em Segurança do Trabalho UC 05 -Executar ações de investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores; Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; eSocial. UC 03 -Realizar avaliação e medidas de controle de riscos ergonômicos e de acidentes Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade; Conceitos de adicional, insalubridade e periculosidade; Fiscalizações de saúde e segurança do trabalho e penalidades; Tipos e características de metodologias: árvores de causas, NBR 14280/2011, Heinrich, Bird, Couto, Costella e Saurin; Técnicas de investigação: tipos e características; Análise para reabilitação de funcionários após acidentes de trabalho Legislação previdenciária : aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores. Tipos e características de metodologias: árvores de causas, Couto, Costella e Saurin. UC 05 - NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais Exemplo, a NR 18 e a NR 22 determinam a adoção de procedimentos por ocasião de acidentes e a NR 4 e a NR 5 determinam que os acidentes sejam analisados. NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI) NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Operacional (PCMSO) NR 8 – Edificações NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR 12 – Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos NR 15 – Atividades e Operações Insalubres NR 16 – Atividades e Operações Perigosas NR 17 – Ergonomia NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR 19 – Explosivos NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis NR 21 – Trabalho a céu aberto NR 23 – Proteção contra incêndios NR 24 – Condições de higiene e conforto no local de trabalho NR 33 – Espaços Confinados UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores lei previdenciária encontramos o conceito de três denominações equiparadas ao acidente do trabalho prescritas no art. 20 da Lei 8.213/91. “Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. . A Constituição Federal traz em seu art. 1º os fundamentos da República, entre os quais se destaca a “dignidade da pessoa humana” e os “valores sociais do trabalho”. Ainda no art. 170 deixou claro que “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. § 1º Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa". d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho". Nesse passo, o dispositivo legal supra apresenta o conceito de doença profissional, doença do trabalho e doença ocupacional, sendo a primeira àquela peculiar a determinada atividade ou profissão também chamada de doença profissional típica ou tecnopatia, advinda do exercício de determinada profissão, podendo produzir ou desencadear certas patologias, sendo presumido o nexo causal da doença com a atividade UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores Nexo de causalidade Para caracterização do acidente do trabalho é necessário que o infortúnio tenha relação com a atividade laboral, de modo que a incapacidade decorra dele. benefícios previdenciários com natureza acidentária Auxílio doença O benefício auxílio doença está previsto nos arts. 59 a 63 da lei de benefícios (8.213/91) tendo como escopo a cobertura do risco da incapacidade laboral temporária. “Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Aposentadoria por invalidez O benefício da aposentadoria por invalidez está previsto no art. 42 da Lei 8213/91, exige carência mínima de 12 contribuições mensais, entretanto, esta é dispensada nos casos de origem acidentária, conforme supramencionado no art. 26 da lei de benefícios. UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores Auxílio acidente O benefício de auxílio acidente está previsto no art. 86 da Lei 8213/91 e art. 104 do Decreto 3048/99. É identificado com os códigos 94 quando decorrente de acidente do trabalho e código 36 quando oriundo de acidente de qualquer natureza. O art. 18, §1º, da Lei Benefícios estabelece que terão direito a percepção do referido benefício o segurado empregado, o trabalhador avulso e segurado especial. Pensão por morte O benefício da pensão morte está previsto no art. 74 a 79 da Lei 8213/91 e art. 105 a 115 do Decreto 3048/99. É identificado com os códigos 21 para pensão por morte previdenciária e código 93 para pensão por morte de acidente do trabalho. – O beneficio previdenciário da pensão por morte destina-se aos dependentes do segurado, àqueles listado no art. 16 da Lei 8213/91, o qual estabeleceu expressamente três classes de beneficiários: “Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II – os pais; III – o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. § 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Em 1969, Frank Bird Jr criou a Pirâmide de Bird.Engenheiro e Gestor de programas de saúde e segurança do trabalho, desenvolveu um estudo para mensurar e qualificar os riscos laborais dentro das empresas. 1:10 – para cada acidente sério, existem 10 acidentes menores; 1:10:30 – para cada acidente sério, existem 10 acidentes menores e 30 acidentes com danos materiais; 1:10:30:600 – para cada acidente sério, existem 10 acidentes menores, 30 acidentes com danos materiais à propriedade e 600 acidentes menores ou quase-acidentes. UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Pirâmide de Bird UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Então, o que podemos avaliar na pirâmide? O primeiro ponto é compreender que essa proporção só foi aplicável às empresas avaliadas por Bird e que ela mudará se a avaliação for feita para uma empresa de outro porte, de outro seguimento e nos dias de hoje. Caso você queira identificar a proporção de sua empresa, é necessário realizar um cálculo exclusivo para ela, conforme as características do seu próprio negócio. Segundo a teoria, em toda pirâmide será possível identificar que são raros os eventos de maior gravidade e corriqueiros os incidentes e os “quase acidentes” e que eles ocorrem sob o chamado “efeito dominó”, onde um ocorre sob influência do outro. A pirâmide de Bird, portanto, é uma ótima ferramenta para analisar os riscos e elaborar ações preventivas, objetivando a melhoria contínua, a diminuição e até a eliminação de todos os eventos não desejados e dos seus impactos relacionados! Usuário do Windows (UdW) - Como eles ocorrem em maior volume, deverão receber maior atenção. Isso porque ações preventivas com a finalidade de evitar acidentes são muito mais bem sucedidas quando direcionadas a correção dos desvios, ou eventos que levaram a um quase acidente. Em outras palavras, deve existir uma maior preocupação com as situações que colocam em risco a saúde dos trabalhadores, pois são elas as principais causadoras dos acidentes fatais, que dominam o topo da pirâmide. UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Teoria Heinrich UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Embora Heinrich fizesse a associação de que a grande maioria dos acidentes e lesões era baseada em fatores humanos, ele também incentivava que os empregadores fizessem o controle dos riscos de suas empresas. Ele dizia: “Não importa quanto fortemente os registros estatísticos enfatizem falhas pessoais; é imperativo reconhecer a correção e a eliminação dos perigos físicos”. É também de vital importância, a atividade educativa no sentido de mostrar aos trabalhadores sobre os tipos de riscos a que eles estão expostos. Com base em todos esses estudos, foi introduzida no Brasil, em 1975, a NB 18 (Norma Brasileira 18), posteriormente substituída em fevereiro de 2001, pela NBR – 14.280 que trata do Cadastro de Acidentes do Trabalho – Procedimentos e Aplicação. Esse último documento é que veio aperfeiçoar as maneiras e fórmulas para um efetivo cálculo do custo dos acidentes, aposentando de vez a singela metodologia de Heinrich do 4 x 1 Livro Heinrich “Industrial Accident Prevention, A Scientific Approach”, de 1931 Heinrich é a base para a teoria da segurança baseada em comportamento, que afirma que 95% de todos os acidentes de trabalho são causados por atos inseguros Bird criou uma obra onde envolveu os dados de 1750 mil acidentes de 297 empresas, de 21 tipos de empresas diferentes. Com dados de cerca de 3 bilhões de Horas Homens de Exposição ao Risco. UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Como Fazer uma Investigação de Acidente de Trabalho Qualquer investigação de acidente, deve ocorrer através da SESMT (assim como se consta na NR 4 no item 4.12, dentro da letra H) se a empresa tiver. Passo 1 – Saiba Como é a Atuação do Local: Não existe a possibilidade de você conseguir saber como que ocorreu e onde está o erro do acidente de trabalho se você não sabe como é a função desenvolvida. Assim, é muito importante que a equipe que vai investigar o acidente descubra como o trabalhador consiga se locomover, quais são os movimentos necessários para executar o trabalho e etc. Tudo isso é importante para se fazer um bom trabalho. Outro item muito importante que devemos mencionar aqui é a importância de ter o chefe do setor do qual aconteceu o acidente pronto para ajudá-lo. Caso você consiga, envolva até mesmo a CIPA dentro da sua investigação. UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Passo 2 – Levante Todos os Dados Necessários do Ambiente Para que você consiga fazer um bom levantamento de dados, você irá precisar ser bastante eficiente. Investigação de Acidentes de Trabalho Assim, para começar, tente ser o primeiro a chegar ao local que aconteceu o acidente. Quando você chega primeiro que terceiros ao local, você consegue de forma clara, um ambiente livre sem nenhuma alteração. É claro que isso pode contribuir e muito na hora de você conseguir descobrir o que de fato aconteceu de errado no local. Lembre-se de anotar tudo o que você considerar como adequado e importante UC 05 -Acidente e incidentes: conceitos e tipos e teorias (Heinrich e Bird), metodologias de investigação e acompanhamento de ocorrências e elaboração de relatórios e formulários; Passo 3 – Tente Entrar em Contato Com as Pessoas Para que você saiba exatamente o que aconteceu, você irá precisar também entrar em contato com as pessoas envolvidas. As pessoas das quais você deve conversar devem ser tanto as que foram as vítimas, como também as pessoas que somente viram o acontecido. Lembre-se que a entrevista precisa ser informal e aberta. Não seja rígido, você pode deixar as pessoas nervosas. É claro que o primeiro contato deve ser de forma particular. Caso seja necessário falar com mais pessoas, não se acanhe e fale. Como Investigar Acidentes de Trabalho UC 05 - NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; UC 05 - NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; Atividade: Realizar atividade com preenchimento da planilha UC 05 - NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais Tipos de efeito para serem colocados na planilha de causa e efeito Aumento de acidentes de trabalho no setor de mecânica pesada a qual a empresa é especialista em mineração Aumento de absenteísmo no setor de callcenter de uma grande empresa de prestação de serviço telefônico Os colaboradores não estão participando da ginastica laboral da empresa, a qual tem ao todo tem 650 funcionários e somente 2% desse total participa. A empresa precisa incluir mais colaboradores com deficiência para atingir o que é solicitado na legislação. A organização precisa aumentar a participação dos colaboradores nos treinamentos exigidos pela Normas Regulamentadoras.O técnico de segurança precisa realizar uma palestra/algo de impacto para no meio do ambiente. UC 05 - NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais O que é Diagrama de Pareto? O objetivo do Diagrama de Pareto é destacar quais são os defeitos ou problemas que geram maior ocorrência, dentro de um grande conjunto de fatores. Na Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho geralmente podem ser representados por tipos de ocorrências no no ambiente de trabalho com maior ocorrência ou motivos mais frequentes de reclamações de colaboradores ou gestores. O diagrama de Pareto é um gráfico de colunas que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas, procurando levar a cabo o princípio de Pareto, isto é, há muitos problemas sem importância diante de outros mais graves UC 05 - NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais UC 05 - NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais UC 05 - NRs específicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativas à investigação, registro e controle de incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais Outras Ferramentas de registro e controle para incidentes, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais Histograma: O histograma, também conhecido como distribuição de frequências, é a representação gráfica em colunas ou em barras de um conjunto de dados previamente tabulado e dividido em classes uniformes ou não uniformes. Carta de Controle: A carta de controle, comumente chamada de gráfico de controle ou carta de controle estatístico de processo (CEP), é uma ferramenta que faz uso da estatística para analisar a variação de dados em um certo processo. Dessa forma, é possível determinar se as variações dele estão dentro do limite aceitável. Diagrama de dispersão: Os diagramas de dispersão ou gráficos de dispersão são representações de dados de duas ou mais variáveis que são organizadas em um gráfico. O gráfico de dispersão utiliza coordenadas cartesianas para exibir valores de um conjunto de dados. Folha de verificação: 1 - Folha de verificação para a análise da distribuição de um item de controle. 2 - Folha de verificação de itens defeituoso. 3 - Folha de verificação de identificação de causas de defeito. UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; Definições e aplicação No âmbito médico-pericial, as ações da perícia previdenciária visam a concessão de benefícios por auxílio-doença previdenciário (doenças comuns), auxílio-doença acidentário (acidentes de trabalho, acidentes de trajeto e doenças relacionadas com o trabalho), aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial e também quanto ao benefício assistencial, objeto do artigo 203, da constituição federal. O texto prevê o benefício de um salário mínimo a famílias de baixa renda que tenham um dependente com deficiência, que o incapacite para o trabalho e também para os atos de vida diária, compreendendo este conceito a incapacidade de alimentar-se, higienizar-se, comunicar-se, locomover-se e vestir-se sem a ajuda de terceiros. Demonstração do Fluxo de Acidente e Incidente da Unimed UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; Definições e aplicação O ministério da previdência social (MPS) aprovou legislação, em 2007, criando o nexo técnico epidemiológico previdenciário (NTEP) que alterou o modo de definir o benefício da previdência para os casos de afastamento do trabalho acima de 15 dias Para que uma determinada anomalia passe de auxílio-doença previdenciário para auxílio-doença acidentário, ela deve ocorrer com uma frequência alta em um determinado setor econômico. Uma dessas anomalias, reconhecida nos últimos tempos, foi o estresse relativo ao trabalho. Antes disso ser constatado oficialmente, diversos casos foram relatados, até que foi reconhecido como um auxílio acidentário, após muitos estudos realizados pelos médicos peritos UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; Nexo técnico epidemiológico previdenciário (NTEP) A previdência social estabeleceu (por meio dos anexos do decreto 6.042/2007) que algumas doenças são desencadeadas pelo trabalho, ou seja, há um suposto nexo entre a doença e a atividade desenvolvida na empresa. Na prática, o trabalhador é afastado por mais de 15 dias por doença (não acidente de trabalho). Esse trabalhador irá passar pela perícia médica da previdência social. O perito irá verificar a classificação da doença e confirmará se ela está enquadrada na classificação internacional de doenças (CID), a qual está relacionada com o cadastro nacional de atividades econômicas (CNAE 2.0) da empresa. Se o CNAE da empresa estiver referido na CID daquela doença, ela será considerada como acidente do trabalho. UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; Empresas contratadas (terceiros) Uma preocupação que o técnico em segurança no trabalho deve sempre ter no exercício da sua atividade é a de observar todos dispositivos legais referentes à contratação de empresas terceiras, pois, caso elas não cumpram essas leis, haverá uma corresponsabilidade da empresa contratante em casos trabalhistas. Fator acidentário de prevenção (FAP) O FAP surgiu como uma forma de custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. Porém, uma empresa que consegue provar diversos investimentos em segurança e saúde no trabalho consolida um SAT reduzido e, por consequência, paga menos por ele. Isso ocorre ao contrário em empresas que apresentam um valor de SAT maior. Outra mudança é a criação da trava de mortalidade e de invalidez. As empresas com óbitos ou invalidez permanente não receberão os bônus do FAP. Mas, se houver investimento comprovado em melhoria na segurança do trabalho, com acompanhamento do sindicato dos trabalhadores e dos empregadores, a bonificação poderá ser mantida. O cálculo também considera a taxa de rotatividade de empregados. O índice médio de cada empresa será calculado UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; tendo como parâmetro a média dos dois últimos anos, sempre utilizando o mínimo do número de demissões ou admissões. A atribuição de pesos diferenciados para morte e invalidez segue indicações de normas técnicas brasileiras. Além disso, a experiência internacional mostra que os procedimentos adotados visam prevenir ou reduzir, prioritariamente, acidentes com morte e invalidez. Para a empresa obter a informação do FAP atribuído a ela,deverá acessar o site da previdência social e, no final da página, acessar o link FAP. Ao abrir esse link, é preciso informar o número de cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ), então será gerado o relatório do FAP. A alíquota do fator acidentário de prevenção (FAP) é um fator que pode reduzir ou aumentar o seguro de acidente do trabalho (SAT), conforme a frequência, a gravidade e o custo gerado pela empresa para a previdência social, oriundo dos acidentes de trabalho. Por exemplo: o SAT da construção civil pode variar ente 1,5% e 6% do total da folha de pagamento. UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; Seguro de acidente do trabalho (SAT) Conforme visto anteriormente, o seguro de acidente do trabalho (SAT) é uma contribuição devida à previdência social, a título de seguro de acidente do trabalho, pago pelo empregador sobre a folha de pagamento e recolhido mediante guia da previdência social (GPS). A alíquota do seguro é determinada por meio do grau de risco da empresa. Essa alíquota poderá ser de 1%, 2% e 3%. Por exemplo, na construção civil, o grau de risco é 3 (para grande parte do setor), portanto a alíquota do SAT também é 3%, ou seja, as empresas de construção civil, em geral, recolhem o SAT na alíquota máxima: 3%. Formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR-04 Os quadros III, IV, V e VI fazem parte da NR-04 (serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho) e fazem referência às informações sobre: acidentes com vítimas, doenças ocupacionais, insalubridade e acidentes sem vítimas. UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4; UC 05 - Procedimentos legais nos acidentes de trabalho: perícias e fiscalizações (tipos, acompanhamento e assessorias), definições e aplicação – Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), Fator Acidentário de Prevenção (FAP), Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), formulários dos quadros III, IV, V e VI da NR 4 e e Social. UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Condição potencial de perdas: é a condição ou grupo de condições que, de acordo com certas situações não planejadas, podem ocasionar perdas. Assim, é um fator instável, ocasionado em função de circunstâncias, as quais favoreçam a ocorrência de acidentes. Por exemplo, ausência de treinamento; não utilização de equipamento de proteção individual, entre outras. Acidentes: é o acontecimento indesejado e não programado que produz ou pode produzir perdas. Por exemplo: falha de operação de máquinas e equipamentos. Perda real ou perda potencial (quase perda): a perda real é o resultado do acidente e pode manifestar-se como lesão ou morte de pessoas, danos aos equipamentos em geral ou descontinuação do processo de trabalho. A perda potencial (quase perda) é aquela situação que poderia ter se transformado em perda real Os profissionais do setor relacionado à saúde e à segurança do trabalho, como, por exemplo, do (SESMT) e a Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA). Precisam ficar atentos: UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Perdas para o empregado O empregado é quem mais sofre com o impacto gerado por um acidente de trabalho. Pois, quando o acidente não causa a morte, deixa sequelas. Tem mais ?? Perdas para a família A família sofre na mesma proporção que o acidentado. Em muitos casos, precisará mudar a rotina para ajudar o acidentado que está incapaz de se cuidar. Tem mais ?? Perdas para a empresa A empresa, sendo empregadora do trabalhador, além das perdas legais (depósito compulsório do FGTS, por exemplo), perde também um trabalhador produtivo. Muitas vezes, sendo difícil substituir este colaborador. Tem mais?? Usuário do Windows (UdW) - Estas que muitas vezes nem o tempo é capaz de amenizar, e o prejuízo gerado pelo acidente pode permanecer por muitos anos. Por exemplo, um trabalhador sofre um acidente de trabalho de forma a causar incapacidade total e permanente para trabalho, como a perda de um dos membros do corpo. Isso poderá ocasionar ao trabalhador depressão, rancor, entre outras consequências graves. Usuário do Windows (UdW) - Assim, as idas e vindas a hospitais, compra de medicamentos, desgaste físico, perda de um ente produtivo, entre outros, são exemplos que marcam os prejuízos causados pelos acidentes. Usuário do Windows (UdW) - Para a empresa há também perdas relacionadas ao tempo que se investe com contratação de um substituto para o funcionário que se acidentou. Nestas situações há prejuízos materiais, pagamento de indenizações, perdas de clientes – devido à má fama relacionada ao número de acidentes – interrupção de máquinas e equipamentos (para fins de perícia), entre outros. UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Esses conceitos para levantamento dos custos têm demonstrado tanta eficiência? Usuário do Windows (UdW) - O custo direto é o custo mensal do seguro de acidentes do trabalho e não tem relação direta com a ocorrência do acidente. A contribuição é calculada a partir do enquadramento da empresa em três níveis de riscos de acidentes do trabalho: 1% para as empresas de riscos de acidente considerado leve; 2% para as empresas de risco médio e 3% para as empresas de risco grave. Usuário do Windows (UdW) - o custo indireto está relacionado com o ambiente que envolve o acidentado e com as consequências geradas pelo acidente. Por exemplo: despesas no reparo de equipamentos e materiais; pagamento de horas-extras para cobrir o prejuízo causado à produção; gastos na contratação e treinamento de um substituto, entre outros gastos. UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Fundação Jorge Duprat e Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) Revelou a necessidade de se mudar os conceitos tradicionais de custos de acidentes e introduziu o conceito de custo efetivo dos acidentes. UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Controle de danos A teoria do controle de danos nasceu dos estudos de Frank Bird Júnior. Este autor estudou durante um período de mais de sete anos os acidentes ocorridos na empresa metalúrgica Luckens Steel, na qual ele próprio trabalhava. Para Bird apud Alberton (1996), utilizando a prevenção e controle dos incidentes, por meio do controle de perdas, é possível proteger com segurança as pessoas, os equipamentos, o material e o ambiente. Assim, surge um novo conceito denominado danos à propriedade, ou seja, passam a ser considerados também acidentes, quaisquer acontecimentos que gerem perdas à empresa, sejam materiais e/ou com equipamentos. Anteriormenteaos estudos de Bird, acidentes eram somente aqueles acontecimentos que resultassem em lesão pessoal. Para De Cicco e Fantazi (1986), o controle de danos, para ser introduzido em uma empresa, necessita considerar os seguintes itens: verificações iniciais, informações dos centros de controle e exame analítico. UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Verificações Iniciais Esta etapa destina-se a conhecer o que já existe na empresa, no que se refere às ações relacionadas ao controle de danos na empresa. Isto é, conhecer de que forma o controle de danos é realizado, os resultados que já foram alcançados etc. De forma detalhada, visa estabelecer contato e conhecer o departamento de manutenção, pois, segundo De Cicco e Fantazi (1986), participando deste planejamento, o serviço de manutenção passará a cooperar mais espontaneamente com o programa de controle de danos. Recomenda-se que na fase inicial do programa de controle de danos, os custos envolvidos não sejam calculados detalhadamente. Sugere-se que seja realizada uma estimativa dos custos de reposição ou reparos executados pela manutenção. Além disso, as verificações iniciais devem constatar a existência de problemas do ponto de vista humano e econômico, os quais justificam a execução do programa Informações dos Centros de Controle Nesta etapa acontece o controle concreto dos danos pela manutenção. Assim, o sistema de registro de danos à propriedade deve ser o mais simples e objetivo, de modo que melhor se adapte aos procedimentos já existentes na empresa. Como exemplos de sistema de registros de informações, pode-se citar o sistema de etiquetas e o sistema de ordens de serviço. UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Sistema de etiquetas Caracteriza-se pela implantação de etiquetas em todos os equipamentos ou instalações que precisam passar por manutenção, pois são provenientes de acidentes. Podendo constar as seguintes informações: departamento que requereu o reparo; descrição do dano, razão do reparo, data da ocorrência do acidente e assinatura do responsável (autorizado) pelo pedido. No verso da etiqueta poderá ser impresso que ela deverá ser aplicada em todo o equipamento que necessita de reparos e que a reposição de peças e/ou reparos só serão executados com a presença dela. Sistema de ordens de serviço Também conhecido como permissão para realização de serviços, determina que a necessidade de reparo de equipamento é resultante de acidente. Assim, a pessoa que solicitar a realização da manutenção deve indicar na folha de solicitação que a manutenção requerida está relacionada com a falha de um equipamento resultante da ocorrência de um acidente. Desta forma, efetua-se o registro da ocorrência do acidente. Além disso, é importante que as folhas utilizadas no registro do tempo de execução dos reparos e as de requisições de material utilizados na manutenção de equipamento sejam devidamente identificadas na ordem de serviço, por causa do acidente. Isto possibilitará, ao departamento de contabilidade, a tabulação e o registro periódico do tempo total de execução dos reparos e dos custos do material que foram utilizados para reparo dos equipamentos ou instalações. UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Outros exemplos de metodologia de controle Exame Analítico Estrutura do programa de controle dos acidentes com danos à propriedade Detecção e comunicação de acidentes Comunicação à seguradora e controle dos acidentes envolvendo bens segurados Liberação dos bens acidentados para reparo Investigação e análise de acidentes Controle dos custos dos acidentes Em Implementação e controle de execução das medidas corretivas É responsabilidade do SESMT discutir sobre o relatório de acidentes nas reuniões de segurança, para que possa estabelecer medidas a serem implantadas em cada setor. As decisões precisam ser registradas na ata de reunião como item pendente e devem ser retiradas somente após a execução. A chefia de cada setor da empresa é responsável pela implementação das medidas corretivas. UC 05 - Metodologia de avaliação e controle de perdas e danos; Quais os Benefícios da implantação de programas de prevenção e controle de danos e perdas Alguns dos benefícios mais comuns são: Controle das causas mais comuns de acidentes com danos à propriedade e com lesões aos trabalhadores Possibilidade de indicar áreas, equipamentos e procedimentos críticos que, seja pela frequência ou pela gravidade potencial dos acidentes que acontecem, possam direcionar os trabalhos para prevenção de acidentes/incidentes Resgatar o sentimento de prevenção entre os funcionários Destacar a importância das atividades de prevenção de acidentes, demonstrando o benefício econômico, social e ambiental na vida das pessoas, além do aumento da produtividade e rentabilidade da empresa devido à redução de danos Estudo voltado a formas de evitar os acidentes antes que eles ocorram UC 05 - Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade; O cálculo de estatísticas de perdas e danos dos acidentes de trabalho é uma das maneiras utilizadas para avaliar o desempenho de segurança e saúde no trabalho em determinado intervalo de tempo. A partir dele, é possível determinar as prioridades e as medidas corretivas que devem ser adotadas dentro do ambiente de trabalho. Assim, é de responsabilidade do serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT) registrar os dados atualizados de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Conforme a NBR-14280/2001, da ABNT, que trata do cadastro de acidentes do trabalho (procedimento e avaliação), há inúmeros indicadores de avaliação de acidentes, entre eles podem ser destacadas a taxa de frequência e a taxa de gravidade. Para o cálculo dessas taxas, são considerados os acidentes ocorridos na empresa ou os acidentes a serviço dela sendo que os cálculos das taxas de frequência e gravidade devem ser realizados por períodos mensais e anuais, podendo ser utilizado outro período, quando necessário. Introdução A Norma Regulamentadora 4 (NR-4) define as ações que competem aos profissionais do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho). UC 05 - Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade; NR-15. Os seguintes subitens do item 4.12 referem-se a esse assunto: h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s); i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador manter a documentação à disposição da inspeção do trabalho; j) manter os registros de que tratam as alíneas ‘h’ e ‘i’ na sede do SESMT ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas ‘h’ e ‘i’ por um período não inferior a 5 (cinco) anos; [...] UC 05 - Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade Medidas de avaliação de frequência e gravidade No que se refere às medidas de avaliação de frequência e gravidade, estas devem ser realizadas em função do número de acidentes e em função do tempo computado dos acidentes, respectivamente, em relação às horas-homem de exposição ao risco ou às horas-homem trabalhadas (HHT). Cálculo de horas-homem de exposição ao risco Para calcular o total de horas-homemde exposição ao risco, basta a realização do somatório das horas em que os empregados à disposição do empregador, em determinado período e obedecendo aos seguintes critérios: a) Cálculo das horas-homem, em certo período, considerando que todos os empregados trabalham o mesmo número de horas. É preciso multiplicar o número de funcionários pelo número total de horas. Para uma empresa com 200 funcionários e uma jornada mensal de 220 horas, têm-se: Exemplo: No que se refere às medidas de avaliação de frequência e gravidade, estas devem ser realizadas em função do número de acidentes e em função do tempo computado dos acidentes, respectivamente, em relação às horas-homem de exposição ao risco ou às horas-homem trabalhadas (HHT). Medidas de avaliação de frequência e gravidade HHT = 200 × 220 = 44.000 Ou seja, 200 funcionários trabalham 220 horas por mês, totalizando 44.000 horas-homem por mês. UC 05 - Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade No caso dessa mesma empresa ter 20% de horas extras, esse valor seria: 44.000 × 20% = 8.800 Assim, o total de horas-homem corresponde ao somatório das horas-homem (HHT) com as horas extras do período: 44.000 + 8.800 = 52.800 b) Quando o número de horas varia de grupo para grupo. Para esse caso, calculam-se os vários produtos que posteriormente devem ser somados para se obter o resultado final. Considere que, em uma empresa, trabalham 100 homens. Desses, 50 trabalhadores trabalham 200 horas por mês; 20 trabalhadores, 120 horas e 30 deles trabalham 80 horas. Para 50 homens, jornada 200 horas/mês > 50 × 200 = 10.000 Para 20 homens, jornada 120 horas/mês > 20 × 120 = 2.400 Para 30 homens, jornada 80 horas/mês > 30 × 80 = 2.400 Total = 10.000 + 2.400 + 2.400 = 14.800 HHT UC 05 - Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade Horas de exposição ao risco O valor das horas de exposição ao risco deve ser consultado nas folhas de pagamento ou em qualquer outra forma de registro de ponto implantados pela empresa. Devem ser consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as horas extras. Horas não trabalhadas Horas de trabalho de empregado residente em propriedade da empresa Horas de trabalho de empregado com horário de trabalho não definido Horas de trabalho de plantonista Dias perdidos por incapacidade temporária Dias a debitar Dias perdidos por incapacidade permanente parcial UC 05 - Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade Cálculo da taxa de frequência A taxa de frequência é uma maneira da empresa determinar qual a previsão de acidentes para um milhão de horas trabalhadas. Assim, pode ajudar as empresas a verifcar como está a gestão de segurança e saúde do trabalho. O resultado do cálculo da taxa de frequência deve ser expresso com aproximação de centésimos, isto é, deve ser feita a aproximação até a segunda casa decimal. O cálculo da taxa de frequência é dado pela seguinte fórmula: F = ( N × 1.000.000 ) ÷ HHT A fórmula da taxa de frequência indica quantos acidentes iriam ocorrer se fossem trabalhadas 1.000.000 horas. Assim, por meio desse número, é possível efetuar a comparação da taxa de frequência de empresas de mesmo segmento ou setores de mesmo risco, considerando o tempo que os trabalhadores ficaram expostos aos riscos (HHT) e fazendo uma projeção para 1.000.000 de horas. UC 05 - Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade Calcular a taxa de frequência de uma empresa com 200 funcionários que em determinado mês registrou 10 acidentes típicos de trabalho, com afastamento. Considere a jornada de trabalho mensal de 200 horas. HHT = 200 × 200 = 40.000 F = ( N × 1.000.000 ) ÷ HHT F = ( 10 × 1.000.000 ) ÷ 40.000 F = 250 Cálculo da taxa de gravidade A taxa de gravidade visa demonstrar, em relação a um milhão de horas-homem de exposição ao risco, os dias perdidos por todos os acidentados vítimas de incapacidade temporária total mais os dias debitados relativos aos casos de morte ou incapacidade permanente. Deve car claro que, em casos de morte ou incapacidade permanente, não se considera os dias perdidos, mas apenas os dias debitados, a não ser se o acidentado perder número de dias maiores àqueles a debitar pela lesão permanente sofrida. Assim, esse dado visa auxiliar a empresa a determinar qual é o tempo de trabalho que se perde em função dos acidentes que ocorreram em um determinado período, que pode ser, por exemplo, um mês. É possível também, mediante a comparação destes dados com as medidas de segurança que estão sendo adotadas pela empresa, verificar se elas estão sendo eficientes ou o que é necessário ser adotado para que acidentes não venham acontecer no ambiente de trabalho. UC 05 - Cálculos: de perdas e danos, estatísticas, taxa de frequência e gravidade Antes de iniciar o cálculo, é importante notar que, no acidente em que houve a perda da mão, os dias perdidos (120) serão substituídos pelos dias debitados (3.000), pois este último valor é maior. Os dias debitados somente são analisados para o cálculo da taxa de gravidade. O tempo computado é a soma dos dias perdidos e dos dias debitados: Quantidade de dias debitados: 3.000 Quantidade de dias perdidos: (1x3) + (1x5) + (3x12) = 44 G = ( Tempo computado × 1.000.000 ) ÷ HHT G = [( Dias debitados+Dias perdidos ) × 1.000.000 ] ÷ HHT G = [( 3.000 + 44 ) × 1.000.000 ] ÷ 50.000 G = 60.880 G = ( DP × 1.000.000 ) ÷ H G = ( 200 × 1.000.000 ) ÷ 200.000 G = 1.000 A taxa de gravidade foi de 60.880 para cada milhão de HHT (Horas-homem de exposição ao risco). UC 05 - Conceitos de adicional, insalubridade e periculosidade A legislação trabalhista brasileira antecipa o pagamento de adicional sobre o salário para os casos em que seja constatado que o trabalhador exerce suas atividades exposto a riscos. Na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, artigo 189, está definido que: Art. 189 – Serão consideradas atividades ou operações insalubres, aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. São consideradas atividades ou operações insalubres, aquelas que são desenvolvidas acima dos limites de tolerância. Anexo n.º 1 Limites de tolerância para – ruído contínuo ou intermitente Anexo n.º 2 – Limites de tolerância para ruídos de impacto Anexo n.º 3 – Limites de tolerância para exposição ao calor Anexo n.º 5 – Radiações ionizantes Anexo n.º 6 – Trabalho em condições hiperbáricas Anexo n.º 11 – Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho UC 05 - Conceitos de adicional, insalubridade e periculosidade Anexo n.º 12 – Limites de tolerância para poeiras minerais Anexo n.º 13 – Agentes químicos Anexo n.º 14 – Agentes biológicos As atividades ou operações insalubres, comprovadas por meio de laudo de inspeção do local de trabalho, constam em determinados anexos da NR -15. São eles: Anexo n.º 7 – Radiações não ionizantes Anexo n.º 8 – Vibrações Anexo n.º 9 – Frio Anexo n.º 10 – Umidade Mas, como é possível eliminar ou neutralizar a insalubridade? Com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância. Com a utilização de equipamento de proteção individual UC 05 - Conceitos de adicional, insalubridade e periculosidade Periculosidade São consideradas atividades e operações perigosas as que constam nos anexos da NR-16. Logo, o exercício de trabalho, em condições de periculosidade, assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. Mas, e quando o empregado tiver direito ao dois adicionais (periculosidade e insalubridade), ele poderá optar pelo adicional de insalubridade, Quem é o responsável pelacaracterização ou a descaracterização da periculosidade? É de responsabilidade do empregador realizar essa caracterização, mediante laudo técnico, elaborado por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, nos termos do artigo 195, da CLT. Para os fins da NR-16, são consideradas atividades ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos às seguintes situações: Degradação química ou auto catalítica Ação de agentes exteriores: calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos UC 05 - Conceitos de adicional, insalubridade e periculosidade Portando, os adicionais são definidos para os casos em que o trabalhador desenvolva atividades em exposição a riscos. No adicional de insalubridade, o trabalhador, ao longo de sua jornada de trabalho, permanece exposto a locais insalubres ou se mantém em contato com substâncias que podem causar adoecimento. Com relação ao adicional de periculosidade, o risco é mais iminente, pois o tipo de atividade desenvolvida pelo trabalhador acarreta em risco de morte imediata. UC 05 - Fiscalizações de saúde e segurança do trabalho e penalidades; Como Funcionam as Fiscalizações de Segurança do Trabalho? Na NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – é destacado que “o não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho acarretará a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.”. As fiscalizações são diretamente cobertas pela NR 28, norma que tem como objetivo trabalhar com as regulamentações das devidas fiscalizações em segurança do trabalho no ambiente e suas multas, resultantes do descumprimento das demais NRs. E, para saber o valor da multa, deve-se consultar o dimensionamento delas, presente na NR 28, que cobre as fiscalizações e penalidades. UC 05 - Fiscalizações de saúde e segurança do trabalho e penalidades; Fiscalização A visita durante uma fiscalização funciona como uma avaliação geral de todo o ambiente de trabalho, onde o agente da inspeção do trabalho analisa e identifica qualquer inconformidade ou irregularidade, averiguando se todas as Normas Regulamentadoras estão sendo atendidas e respeitadas pelo empregador. Ao ser realizada toda a avaliação do ambiente de trabalho, o agente da inspeção do trabalho então notifica todos os pontos que estão sendo descumpridos e solicita ao empregador para que todas as irregularidades sejam resolvidas em um período limitado no máximo a 60 dias, podendo ser prorrogado com a apresentação de motivos relevantes por 120 dias. É permitido também “que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho.”, conforme destacado pela NR 01. UC 05 - Fiscalizações de saúde e segurança do trabalho e penalidades; Notificações Se irregularidades ou o descumprimento das normas forem identificados, o agente da inspeção do trabalho responsável pela avaliação emite alerta para o empregador, indicando que foram identificadas irregularidades que devem ser corrigidas. A partir disso, um prazo de no máximo 60 dias é estabelecido para que as correções sejam feitas, período esse que pode variar dependendo do qual será a correção e qual o grau da infração. Embargo ou Interdição Quando for verificada uma situação de grave ou iminente risco à saúde e/ou integridade física do trabalhador, com base em critérios técnicos definidos na NR 03 – Embargo e Interdição, o agente de inspeção do trabalho deverá propor a imediata interdição do local de trabalho, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo parcial ou total da obra, indicando as medidas preventivas que devem ser adotadas para corrigir as irregularidades ou situações de riscos ocupacionais. Para a caracterização do grave e iminente risco, o agente de inspeção do trabalho ou Auditor Fiscal do Trabalho deve considerar: (a) a consequência, como o resultado ou resultado potencial esperado de um evento, conforme Tabela 3.3; e (b) a probabilidade, como a chance de o resultado ocorrer ou estar ocorrendo, conforme Tabela 3.4, descritas na NR 03. O embargo ou interdição será suspenso quando for elaborado um relatório circunstanciado que comprove a implantação das soluções que corrigem as situações identificadas em desacordo com as exigências legais ou previstas pelas Normas Regulamentadoras. UC 05 - Fiscalizações de saúde e segurança do trabalho e penalidades; Penalidades O valor da multa depende do dimensionamento descrito na NR 28. As penalidades financeiras são aplicadas sobre as irregularidades identificadas e calculadas conforme o Quadro de Gradação de Multas do Anexo I e obedecem as infrações previstas no Quadro de Classificação das Infrações do Anexo II da NR 28. Além disso, podem ocorrer outros tipos de penalização, pois os métodos podem variar de acordo com a infração, como quando a ocorrência se repete e se prazo de correção foi cumprido dentro do período proposto, por exemplo. Sistema de Multas e Penalidades Como dito anteriormente, as multas não possuem um valor fixo. A variação dos valores das multas depende da gravidade da infração, do tipo dela e da quantidade de colaboradores que a empresa possui. As empresas precisam impedir estas ocorrências, não somente para evitar autuações ou embrago ou interdição, mas principalmente para manter seus trabalhadores seguros. Para isso os cuidados com a Segurança do Trabalho devem ser constantes e se tornar uma cultura dentro da empresa. Inspeções de segurança servem exatamente para isso, é bom manter uma periodicidade nelas, para que qualquer irregularidade seja identificada o quanto antes e não acabe virando uma multa ou, pior, um acidente de trabalho. UC 05 - Fiscalizações de saúde e segurança do trabalho e penalidades; Fiscalização do Trabalho e a COVID-19 Neste período de COVID-19 e com o objetivo de esclarecer as Medidas Provisórias n° 927/2020 e n° 936/2020, que trouxeram novas regras para o mercado de trabalho, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho – SINAIT e a Comissão Técnica – Covid-19/SINAIT trazem, em forma de perguntas e respostas, uma publicação com pontos específicos sobre direitos trabalhistas e Normas Regulamentadoras: Direitos Trabalhistas Durante a Pandemia Causada pela COVID-19. Fique atento com as mudanças que estão ocorrendo diariamente no governo federal, estadual e municipal visto que qualquer estratégia adotada para enfrentar à COVID-19 gera consequências para os trabalhadores e procedimentos adotados no âmbito da Segurança e Saúde do Trabalhador. Usar a tecnologia para o processo de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho auxilia a implantação, avaliação e controle das medidas preventivas e, ao mesmo tempo, o cumprimentos dos requisitos das Normas Regulamentadoras. Além disso, a tecnologia reduz os custos de manutenção dos documentos da SST e facilita o acesso documental durante uma Fiscalização da Segurança e Saúde do Trabalho. UC 05 - Fiscalizações de saúde e segurança do trabalho e penalidades; Demonstração da Planilha UC 05 - Técnicas de investigação: tipos e características; Quais são os objetivos e princípios da investigação de acidente de trabalho? Os propósitos da investigação de acidente de trabalho são bastante variados, mas o principal intuito é criar um programa preventivo baseado em fatos concretos para reduzir ou eliminar os riscos na rotina laboral. Afora isso, essas apurações servem para cumprir a legislação, para mensurar as perdas financeiras, para avaliar o grau de obediência da companhia às NRs (Normas Regulamentadoras) do Ministério do Trabalho e até mesmo como prova em eventual processo trabalhista. A seguir, confira outras metas dessas averiguações! Educar A investigação de acidente de trabalho tem um objetivo educacional, desde que as verificações sejam feitas a fundo e realmente divulgadas entre os profissionais. Tomando por exemplo o funcionário com a caixa de ferramentas pesadas, o gestor poderia passar um vídeo explicativo, usar o depoimento davítima como um alerta e impor regras para que nada seja deixado fora de ordem dentro das instalações da organização. Monitorar Quando um acidente de trabalho é apurado como se deve, é possível olhar para o conjunto de fatores que desencadeou esse evento e, a partir disso, criar uma tática coletiva de monitoramento constante. Usuário do Windows (UdW) - Por exemplo: se um trabalhador sofreu um choque elétrico, a empresa pode ensinar toda a equipe a agir com mais responsabilidade ao lidar com a fonte de energia. Assim, qualquer funcionário poderá alertar o profissional da segurança do trabalho ao identificar alguma ameaça semelhante. UC 05 - Técnicas de investigação: tipos e características; Corrigir Os elementos informacionais de uma investigação de acidente de trabalho também são fontes ricas de orientação para os próprios gestores. Dessa forma, ao analisar as razões de uma eventualidade, a empresa consegue iniciar as providências para estancar esses fatores de risco. Quando a investigação é necessária e por que deve ser feita? A investigação de acidente de trabalho deve acontecer sempre que uma eventualidade for registrada. Aliás, o ideal, como já explicamos, é que as causas de incidentes e de quase acidentes também passem por verificações profundas. Eventos de risco durante a jornada trazem prejuízos para todas as partes envolvidas na cadeia produtiva. Em uma análise macro, os acidentes são ruins para a economia: as empresas perdem sua capacidade produtiva, amargam danos financeiros e deixam de fazer novos investimentos pela perda de tempo e de recursos. Em outras palavras, novos empregos e riqueza deixam de ser gerados, o que atrapalha o crescimento do país. Além disso, um trabalhador aposentado precocemente traz impacto sobre as contas da Previdência Social. Usuário do Windows (UdW) - A morte de um funcionário acarreta males incomensuráveis para os parentes dessa vítima, que vão desde a questão emocional e psicológica, chegando até as dificuldades econômicas, principalmente no caso de essa pessoa ser o provedor ou a provedora da casa Usuário do Windows (UdW) - Enfim, os acidentes precisam ser investigados por incontáveis motivos e muitos trabalhadores que sofrem com os efeitos de um ambiente de trabalho no qual essas apurações não ocorrem. Vale recordar que o objetivo desses exames minuciosos não deve ser encontrar culpados, e sim conseguir identificar os motivos que levaram a tal situação perigosa. Seres humanos erram, e isso deve ser encarado com naturalidade. Mais do que descobrir quem cometeu a falha, é importante saber por que essa pessoa se equivocou. UC 05 - Técnicas de investigação: tipos e características; Quais as principais etapas de investigação? Muitos líderes na área de segurança do trabalho se preocupam com a possibilidade de serem acusados de negligência, imprudência ou imperícia. O medo é até justificado quando se leva em consideração os riscos, que vão de multas, processos e até possíveis prisões. O segredo para evitar problemas desse tipo é ter muita organização em todos os itens que envolvam a proteção das pessoas e do patrimônio nas atividades ocupacionais. Com a investigação do acidente de trabalho não é diferente. Nesse contexto, o desafio é superar o dia a dia corrido. Muitas vezes, fica complicado demais pôr a disciplina em prática. Para ajudá-lo nisso, preparamos algumas dicas com as principais etapas desse processo, que servirão como um guia para detectar os motivos dos acidentes na sua empresa. Observe! Coleta de dados Recursos humanos Ambiente de trabalho Máquinas, equipamentos e acessórios de proteção Exames médicos Entrevistas Interpretação dos fatos UC 05 - Técnicas de investigação: tipos e características; Como evitar os acidentes de trabalho? É importante ter a consciência de que nem sempre é possível impedir que os acidentes aconteçam. Independentemente disso, ao implementar políticas de prevenção e segurança, os números de ocorrências caem de forma expressiva. A companhia que não cumpre a legislação está sempre sujeita a penalidades, como multas e interdições, pesadelo de qualquer gestor, principalmente os da segurança do trabalho. Nesse sentido, há muitas práticas que podem ser adotadas para deixar a situação mais tranquila. Confira, logo a seguir, algumas delas! Domine os processos produtivos a fundo: Porque? Use os acidentes, os incidentes e os quase acidentes para educar o time: Porque? Defina planos para eliminar os perigos: Porque? UC 05 - Análise para reabilitação de funcionários após acidentes de trabalho Regras gerais de reabilitação profissional pelo INSS e a consequência para o trabalhador com baixa instrução A principal hipótese de reabilitação profissional é quando o segurado está temporariamente incapacitado para realizar as suas atividades profissionais na empresa e recebendo o benefício de auxílio-doença. É necessário pontuar alguns elementos que dão ensejo à reabilitação profissional estabelecido pela lei de benefícios previdenciários. Vejamos: segurado que esteja recebendo auxílio-doença; impossibilitado de obter uma recuperação para voltar a trabalhar na mesma atividade; enquanto não houver a reabilitação do segurado o auxílio-doença não poderá ser cessado; segurado após passar pelo processo de reabilitação profissional deverá ser capacitado para exercer outra atividade que lhe garanta a subsistência. UC 05 - Análise para reabilitação de funcionários após acidentes de trabalho Não podemos considerar que um trabalhador esteja totalmente reabilitado para voltar a prestar serviço quando a sua nova atividade para o qual foi designado não seja compatível com as suas habilidades, assim como o valor pago a título de remuneração dessa nova atividade deve ser equiparada à que o trabalhador percebia antes da reabilitação. Infelizmente na prática o trabalhador reabilitado é designado para uma tarefa ou atividade de menor relevância e muitas vezes a empresa aceita esse trabalhador por imposição do INSS que cessa o auxílio-doença e alega que esse trabalhador já pode retornar ao trabalho, mesmo sem ter condições clínicas de realizar qualquer atividade laboral. É nesse momento que a situação se agrava, pois ao tentar retornar ao mercado de trabalho esse trabalhador que em algumas hipóteses não possui um grau de qualificação adequado, simplesmente não consegue uma nova oportunidade de trabalho por contar com duas restrições: baixa qualificação profissional; limitação física e psíquica para realizar algumas atividades. UC 05 - Análise para reabilitação de funcionários após acidentes de trabalho Negligência do Poder Público na fiscalização É determinado pela própria legislação previdenciária no § 2ª do artigo 89 da lei 8.213/91 que compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados. O Ministério da Saúde juntamente com os Ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, com a Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho, objetivam a ampliação de suas ações visando à inclusão de todos os trabalhadores no sistema de promoção e proteção da saúde, a harmonização de suas normas e ações neste sentido, a reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança do trabalho e incentivo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores, dentre outras. UC 05 - Análise para reabilitação de funcionários após acidentes de trabalho Mecanismos jurídicos disponíveis para o trabalhador que após ser reabilitado pelo INSS é recusado pela empresa: Nesse passo o trabalhador precisa procurar o Poder Judiciário e tomar duas providências. A primeira está relacionado com a sua incapacidade laboral, pois na hipótese desse trabalhador se considerar inválido, permanentemente ou temporariamente,para exercer qualquer tipo de trabalho, deverá ingressar com ação judicial pleiteando a concessão ou o restabelecimento do benefício de auxílio-doença, bem como poderá pedir o auxílio-acidente e até mesmo a aposentadoria por invalidez. A segunda providência que esse mesmo trabalhador pode tomar, separadamente ou concomitantemente com a primeira é ingressar com ação trabalhista contra empresa que eventualmente não tenha respeitado a estabilidade após o retorno, ou ainda não tenha recebido o trabalhador após a cessação do benefício de auxílio-doença, UC 05 - Análise para reabilitação de funcionários após acidentes de trabalho Embora a Previdência Social devesse proporcionar ao trabalhador todas as condições necessárias com tratamento digno e eficaz viabilizando uma recolocação no mercado de trabalho, infelizmente na prática isso não ocorre, prejudicando não apenas os trabalhadores, mas a sociedade como um todo, levando-se ainda em consideração os aspectos sociais. O programa de reabilitação profissional, atualmente disponibilizado pela Previdência Social, necessita com urgência ser modernizado e reestruturado. Isso para atender às exigências das mudanças na esfera produtiva, o que representaria um enorme ganho para toda a sociedade, pois não podemos deixar a cargo exclusivo do empregador essa função. UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores. Fato es te que s e agrava com o alto índice de acidentes de trabalho, pois eles implicam em danos sociais imediatos. Estas ocorrências c om promete a saúde e a integridade física do empregado, prejudicando o desenvolvimento do trabalho. O reflexo também pode ser contatado nos dependentes que podem eventualmente perder a base de sustentação familiar. Sem falar dos custos que ocorrem nas áreas sociais, m ais especificamente na saúde e na previdência social. Entre junho de 2001 e outubro d e 2014, os auditores fiscais do trabalho concluíram 22.796 análises de acidentes e doenças do trabalho, com intuito de identificar condições e fatores de risco que levam à ocorrência de agravos à saúde do trabalha dor. Estes especialistas também verificaram a ocorrência de infrações às normas trabalhistas de proteção à segurança e saúde no trabalho (Brasil, 20 14). UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores. Segundo o ministério do trabalho e emprego, entre 1988 e 2011, ocorreram 82.171 mortes, no Brasil, relacionadas com práticas laborais. Esse número continua aumentando, segundo estatísticas oficiais, ocorrem 2.800 mortes por ano. Este índice é considero inaceitável, pois a grande maioria dos casos registrados é resultado de acidentes e doenças plenamente evitáveis (Brasil, 2014). Ao longo das unidades curriculares estamos enfatizando a importância da prevenção e da preservação da integridade física do trabalhador, já que, frente ao vínculo empregatício, existe a possibilidade da ocorrência do acidente do trabalho, pois é indispensável à participação da mão-de-obra humana nas relações de emprego, exercida pela figura do empregado conforme prevê a CLT em seu artigo 3.º: Art. 3 - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores. Embora estejamos abordando a temática legislação sobre os acidentes do trabalho, não podemos nos esquecer de que esta legislação também prevê direitos que antecipam um acidente de trabalho. São eles: A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular. Ministério do trabalho e da previdência social fiscalizará, e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores. UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores. Os agravos à saúde decorrentes de acidentes de trabalho (AT) podem ou não resultar em incapacidade laboral, quer seja temporária ou permanente, estas incapacidades repercutem na atualidade por meio de um problema social, econômico e de saúde pública. Complementando essas informações, a Lei n.º 8.213/91 trata de acidente do trabalho também em seu artigo 21, as seguintes ocorrências: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; UC 05 - Legislação previdenciária sobre acidentes do trabalho: aspectos referentes aos direitos dos trabalhadores. Todo acidente deve ser comunicado à previdência social por meio da comunicação de acidente do trabalho (CAT). Este é um documento emitido para reconhecer um acidente de trabalho ou de trajeto e também uma doença ocupacional. UC 05 - Tipos e características de metodologias: árvores de causas, Couto, Costella e Saurin. Checklist de hudson couto: A ferramenta utilizada para analisar o posto de trabalho foi o Check-List de Couto proposto por Couto (1996), que consiste em realizar uma avaliação simplificada do fator biomecânico no risco para distúrbios musculoesqueléticos de membros superiores relacionados ao trabalho Usuário do Windows (UdW) - Critério de interpretação 10 pontos - condição ergonômica em geral excelente 7 a 9 pontos- boa condição ergonômica 5 ou 6 pontos - condição ergonômica razoável 3 ou 4 pontos - condição ergonômica ruim 0,1 ou 2 pontos - péssima condição ergonômica UC 05 - Tipos e características de metodologias: árvores de causas, Couto, Costella e Saurin. Árvores de Causas: A árvore de causas é uma metodologia utilizada para a Investigação de Acidente de Trabalho. O método da árvore de causas baseia-se na Teoria de Sistemas, a qual aborda o acidente de trabalho como um fenômeno complexo. Deve-se registrar apenas os fatos, também denominados fatores de acidente. UC 05 - Tipos e características de metodologias: árvores de causas, Couto, Costella e Saurin. ATIVIDADE: UC 05 - Tipos e características de metodologias: árvores de causas, Couto, Costella e Saurin. UC 05 - Tipos e características de metodologias: árvores de causas, Couto, Costella e Saurin. UC 05 - Tipos e características de metodologias: árvores de causas, Couto, Costella e Saurin. O método proposto por Costella e Saurin (2005) consiste em analisar o acidente através de um questionário guiado pelo fluxograma O uso do fluxograma facilita o trabalho dos avaliadores. Nesse modelo, é considerada a classificação de erros humanos de Rasmussen (2003). O método de Costella e Saurin (2005) permite identificar se houve erro humano e, em caso positivo, conduz à classificação do tipo de erro. Fonte: COSTELLA, F. C. SAURIN, T. A. Proposta de método para identificação de erros humanos, XXV Encontro Nac. de Eng. da Produção, Porto Alegre, 2005. UC 05 - Tipos e características de metodologias: árvores de causas, Couto, Costella e Saurin.