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Apostila de Artes Marciais, Lutas e Combate FMU Educação Física

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Faculdades Metropolitanas Unidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Artes Marciais, lutas e combate 
6º semestre & 8º semestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profº Drd Gustavo Allegretti J. 
INTRODUÇÃO 
A origem das artes marciais e lutas 
 
As lutas e artes marciais são inseridas desde os primórdios da civilização com 
a necessidade de sobrevivência, busca de alimentos, atividades militares ou 
guerreiras. Historicamente (escavações arqueológicas)o kung fu já existia na China há 
mais de 5.000 anos, estes conhecimentos se expandiram por quase toda a Ásia. 
Bodidarma um monge budista iniciou o treinamento físico aos monges do templo 
Shaolin durante o século V. Portanto, a origem de cada arte marcial apresenta um 
apanhado histórico e cultural do povo que a criou. 
Vale lembrar que a história da Educação Física no Brasil está fortemente 
ligada aos militares que foram os precursores do esporte no Brasil. No início do Brasil 
República incluíram a Ginástica na escola, posteriormente a Educação Física inserida 
na Constituição Brasileira tornou-se obrigatória para o ensino secundário. Dessa 
forma, as primeiras tentativas de sistematizar a ginástica dentro da escola brasileira 
ocorreu sob influência dos métodos militares (escola alemã, francesa, e sueca), na 
perspectiva eugenista/higienista. 
 
eugenia = significando "bem nascido". Galton definiu eugenia como "o estudo dos agentes sob o 
controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja 
física ou mentalmente" 
higienismo = quando os governantes começam a dar maior atenção à saúde dos habitantes 
das cidades. 
 
As Instituições Militares tentam metodizar a capoeira e uniformizar os golpes 
e técnicas para torna-la “Método Ginástico (gímnico) Brasileiro” no início do século 
XX. Além disso, a capoeira foi introduzida no ambiente escolar por intermédio de 
Inezil Penna Marinho, no qual, propôs a criação de um método nacional de Educação 
Física fundamentada nos princípios da capoeira voltado a saúde (VIANNA, 2015). 
 
gímnico = a arte ou ato de exercitar o corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade 
 
A capoeira (capoeiragem), conhecida como expressão cultural brasileira que 
mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música, criada por escravos africanos, 
caracteriza-se por golpes e movimentos complexos que se misturam ao ritmo da 
música. Os escravos praticavam a capoeira escondidos dos “senhores” (donos das 
terras com plantação de cana-de-açúcar e posteriormente café) e para disfarçar o 
treinamento da arte marcial capoeira utilizavam a música e gingado, ou seja, defesa-
dissimulação (BREDA et al., 2010). Em novembro de 2014 recebeu título de 
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas 
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Segundo de Souza SAR e de 
Oliveira AAB (2001)a capoeira foi institucionalizada como modalidade esportiva em 
1972 pelo Conselho Nacional de Desporto. 
De origem brasileira, além da capoeira, temos 15 artes marciais catalogadas 
até o presente momento. 
 
ARTES MARCIAIS DE ORIGEM BRASILEIRA 
Aipenkuit Wrestling tradicional brasileiro dos povos indígenas do Pará e Mato Grosso 
Capoeira Criada pelos escravos africanos mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música 
Esgrima crioula ou esgrima do facão, sistema de combate adaptado pelos gaúchos 
Huka – Huka luta no solo dos povos indígenas de todo Mato Grosso (Xingu, Bakairi) 
Idjassú estilo de Wrestling brasileiro dos Karajá de Tocantis 
Jiu-jitsu brasileiro Brazilian Jiu-Jitsu desenvolvido pela família Gracie, no início do século XX 
Karate Machida 
Variação do estilo Shotokan-ryu de caratê, criada pelo japonês Yoshizo 
Machida, faixa preta oitavo dan, pai do ex-campeão do UFC na categoria 
meio-pesado, Lyoto Machida 
Kombato 
fundado em 1989, sistema de segurança, defesa pessoal e arte marcial 
brasileira, baseado nos princípios das forças militares (utilizado por 
muitas companhias privadas, unidades policiais e militares) 
Luta livre esportiva 
Ou luta livre brasileira, sistema de mistura das técnicas da Luta Olímpica 
estilo greco-romana e estilo livre com as técnicas do judô, criado em 
meados do século 20 
Luta marajoara 
objetivo do combate é projetar o corpo do oponente de costas ao chão e 
domina-lo; praticado no norte do Brasil, principalmente nas festividades 
dos povoados do arquipélago do Marajó 
Artes marciais mistas mixed martial arts (MMA) são artes marciais, grande variedade de técnicas permitidas de artes marciais 
Maculelê 
manifestação cultural oriunda cidade de Santo Amaro da Purificação – 
Bahia; utilizando apenas dois pedaços de pau, uma expressão teatral que 
conta, por meio da dança e dos cânticos, a lenda de um jovem guerreiro 
que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra tribo rival 
Morganti ju-jitsu estilo de ju-jitsu idealizado por Ricardo Morganti 
Seiwakai 
Arte marcial brasileira moderna, estilo de caratê criado em 1996 pelo 
Kancho Ademir da Costa, derivado do Kyokushin (caratê-dô de 
combate) 
Vale-tudo 
modalidade de combate sem armas, na qual os lutadores utilizam apenas 
os seus corpos, poucas regras; evento que mais difundiu a modalidade 
foi o Ultimate Fighting Championship UFC 
 
 
As artes marciais são disciplinas físicas e mentais, com objetivo de defesa ou 
submeter o adversário mediante diversas técnicas. Existem diversos estilos, sistemas e 
escolas de artes marciais. O que diferencia as artes marciais de mera violência 
(briga de rua)? É a organização de suas técnicas num sistema coerente de combate e 
desenvolvimento físico, mental e espiritual. 
Na sociedade contemporânea as artes marciais contribuem para a formação do 
indivíduo holístico. Dessa forma, as artes marciais transformaram-se em arte 
educativa de competições esportivas regradas, prática da manutenção do corporal 
(controle da massa corporal, manutenção e/ou ganho de força, melhora 
cardiometabólicas) com bastante força em caminho de formação espiritual e de 
formação da personalidade (VIANNA, 2015). 
O termo artes marciais refere-se a arte da guerra, arte militar segundo a 
mitologia romana. Modalidades que têm uma origem mais marcial (kombato, krav 
magá), objetivo a defesa pessoal, situações de risco, combate corpo a corpo sem 
regras. No oriente, as lutas aparecem ligadas a outras atividades do cotidiano das 
pessoas, como escrita, culinária, etc., sendo amplamente difundida e valorizada 
(BREDA et al., 2010). No Japão, artes marciais são chamadas de Bu-Dô ou "um 
caminho educacional utilizando as lutas". 
Segundo Breda et al. (2010) os primeiros registros são datados de 5 mil anos 
a.C., a arte marcial que tinha por nome Vajramushti, palavra originada do sânscrito, 
significa “punho real ou direto”. De origem indiana a arte marcial fazia parte da 
educação militar da realeza, envolvendo técnicas de combate, meditação e variados 
estudos. A China é um dos possíveis berços das lutas disseminadas pelo príncipe 
Bodhidharma (praticante do budismo) que ensinou para os monges do Templo de 
Shaolin. Os monges transitavam por diversos mosteiros disseminando a arte de defesa 
sem o uso de armas. 
Atualmente o termo Artes Marciais significa: sistema de combate, com 
estratégia, com e sem uso de armas, sendo um sistema complexo de ensino 
aprendizagem (SCEA), que envolvem os aspectos: 
- Físicos (treinamento) 
- Filosóficos (ritual, signo, conduta ética e moral) 
- Espiritual (Shaolin – Bodidarma monge budista) 
- Psicológicos (controle da agressividade) 
 
A primeira forma esportiva de lutas desarmadas com o mínimo de regras foi o 
Pancrácio Grego (kato pancrato – em pé; ano pancrato – solo), introduzido nosJogos 
Olímpicos de 648 (a.C.). 
Entre os esportes de luta que fazem parte dos jogos olímpicos da era moderna 
o judô tornou-se popular rapidamente. Jigoro Kano, criador do judô tornou-se o 
primeiro japonês membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). 
No Brasil, o judô tornou-se muito popular no Brasil em meados dos anos 80 
sendo comum nas pré escolas (4-6 anos), impulsionado pelas conquistas dos atletas 
Douglas VIERA (1984), medalha de prata nas olimpíadas de Los Angeles e na 
olimpíada seguinte Seoul (1988) Aurélio MIGUEL FERNANDEZ medalha de ouro 
ambos na categoria 86-95kg. 
 
A LUTA INSERIDO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
ESCOLAR 
 
Na Educação Física escolar, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e a 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os conteúdos estão organizados em três 
blocos a serem desenvolvidos durante o ensino fundamental: 
- 1º bloco: esporte, jogo, luta e ginástica 
- 2º bloco: atividade rítmica e expressiva 
- 3º bloco: conhecimento sobre o corpo 
 
Segundo Daólio (2007:9) a educação física deve ser a área que estuda e atua 
sobre a cultura corporal do movimento. Portanto, ao explicitas “luta” e não “lutas” o 
documento referido acima buscou apresentar uma ideia com visão mais abrangente 
socioculturalmente, no qual, não restringe às lutas como modalidade tradicional 
especifica. Em outras palavras, não nos limitamos a tratar do ensino do judô, caratê, 
boxe, capoeira ou qualquer outra modalidade embora nada impeça que isso ocorra no 
ambiente escolar. 
Dessa forma, ao inserir a luta como conteúdo da Educação Física na Educação 
Básica, os PCNs lidaram com um conceito mais amplo: as Lutas são: disputas em que 
o oponente deve ser subjugado, com técnicas e estratégias de desequilíbrio, 
contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de 
ações de ataque e defesa (PCN/ Educação Física, 1997:37). 
 
PCNs conceituam luta como: disputa em que o oponente deve ser subjugado, com técnicas e estratégias com 
regras pré estabelecidas. 
Manifestação cultural 
a luta pode ser considerada um jogo cooperativo, não no resultado final, mas considerando o processo de 
ensino e aprendizagem 
 
Segundo Vianna (2015) oponente descrito no documento acima refere-se por 
exemplo, no futebol a bola sendo essencial, é um objeto de aprendizagem. Portanto, 
na Educação Física, em especial na atividade de luta, essa função é transferida para o 
OPONENTE, sem o qual torna-se impossível a aprendizagem. 
 
oponente que permite e torna possível a aprendizagem 
suposto adversário (time ou oponente) é apenas a pessoa que vai permitir a descoberta de suas habilidades 
 
Portanto, os PCNs não visam a utilização da luta como a técnica pela técnica, as 
estratégias de metodologia da luta na visão dos PCNs será proporcionar a criança 
vivencias corporais das lutas com prazer e respeito. Dessa forma, a luta será uma 
ferramenta pedagógica na Educação Física escolar englobando aspectos de cidadania, 
pluralidade cultural, inclusão e corpolatria* com uma visão holística (integral). 
 
*corpolatria: “patologia da modernidade” preocupação extrema com o próprio corpo não no sentido da saúde, 
mas no sentido narcisístico de sua aparência ou embelezamento físico 
 
Como pode notar são inúmeras as dimensões pelas quais podemos tratar da 
inserção da luta como conteúdo da Educação Básica. Mas algumas questões são 
levantadas quando tratamos da inclusão de luta na Educação Básica: 
 
- Os professores de Educação Física conhecem e aplicam os PCNs? 
- Utilizam a prática da luta em suas aulas? De que forma? 
- O que pensam sobre as lutas na escola? 
- Quais as estratégias metodológicas utilizadas para as práticas com lutas? 
 
A primeira questão levantada sobre o conhecimento dos PCNs pelo professor 
de Educação Física, a resposta é sim, os cursos de ensino superior abordam o 
conteúdo legislativo educacional (PCNs), mas a aplicação acaba não sendo 
satisfatória pois não são todos os cursos de ensino superior que abordam o tema de 
luta em seus currículos. Contudo, os professores de Educação física que não tiveram 
em sua formação básica alguma vivência em artes marciais e luta dificilmente 
utilizaram a prática da luta em suas aulas. 
Portanto, a dúvida será: O professor de Educação física que não vivenciou a 
prática de alguma luta está apto a ministrar esse conteúdo na escola? Em outras 
palavras, existe a exigência da formação em curso superior de Educação física para 
ministrar aulas de luta na escola? 
Por jurisprudência, em academias, clubes ou centros de treinamento 
especializados em artes marciais e luta, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou 
recurso especial 101269/RS (2007), art 3; lei 9.696 (Brasil, 1998) declarando que os 
instrutores de lutas não precisam ter formação superior em Educação física quando o 
objetivo é a aprendizagem das técnicas da luta. Por outro lado, quando o objetivo for 
melhora e manutenção do condicionamento físico será exigido a formação em ensino 
superior de Educação física. 
A Jurisprudência na escola foi determinada e baseada na Diretrizes e Bases 
para a Educação Nacional (LDBEN) art. 62 “... a formação de docente para atuar na 
educação básica far-se-á em nível superior ...”. Portanto, para ministrar aulas de artes 
marciais e luta em escolas é obrigatório a formação superior em Educação física 
(plena). 
O que não fica clara pois podemos levar nossas crianças de idade escolar para 
ter aulas de artes marciais e luta em uma academia especializada e o mesmo não 
precisa ter formação em ensino superior de Educação física. Já no ambiente escolar 
haverá exigência de um diploma de nível superior para ministrar a mesma aula que 
ocorre na academia especializada de artes marciais e luta. Portanto, parece que o 
problema é o local que ocorre a atividade e não a natureza da atividade (CORREIA et 
al., 2015). 
Muitas escolas oferecem as denominadas atividades extracurriculares chamada 
de parte diversifica denotada no art. 26 da LDBEN (BRASIL, 1996) e portanto se a 
atividade de artes marciais e luta não estiver inserida no projeto pedagógico da escola 
como atividade complementar à educação formal do educando e além disso ofertando 
inclusive para crianças que não compõem a comunidade escolar a resposta é o 
professor pode ser ou não licenciado em Educação física (VIANNA, 2015). 
Diante de exposto acima, a princípio, somente os licenciados em Educação 
Física (por força da legislação) e com vivência prática em dada modalidade de luta 
(conhecimento técnico), estariam aptos a ministrar aulas de lutas nas escolas quando 
inseridos no projeto pedagógico escolar. Não é bem assim que devemos entender esse 
fato... 
Fica claro dizer que o exposto acima seria o melhor dos mundos, ou seja, o 
professor de Educação Física com graduação preta (*gokyu e kata) em dada 
modalidade ministrasse aulas de artes marciais e lutas na Educação Física Escolar. No 
entanto, devemos ressaltar que, para responder esse questão, será de fundamental 
importância a compreensão do que se concebe como luta, inserida no conteúdo na 
Educação Física Escolar. 
 
- Gokyu conjunto de 40 técnicas distribuídas em 5 grupos; 
- Kata segundo Jigoro Kano (criador do Judô) “os katas são a estética do judô sem o 
qual é impossível compreender o alcance. Para a faixa preta é exigido no exame o 
nague-no-kata 
Segundo Oliveira & Filho (2013:1) independentemente do tipo de luta 
abordada, o professor de Educação Física, a partir de seus formação pedagógica reúne 
competências e habilidades para inserir em suas aulas elementos das lutas como 
estratégia de formação do aluno holístico. 
Dessa forma, o paradoxo entre lutas (conhecimentotécnico) vs a formação no 
ensino superior de Educação Física se resolve com o entendimento de que na escola 
não estamos falando de judô, caratê, jiu-jitsu, capoeira e sim de localizar em cada 
manifestação seus benefícios fisiológicos e psicológicos e as possibilidades de 
utilização como ferramenta e/ou estratégia que mais contribua com a formação com o 
processo de ensino e aprendizagem. 
Devemos lembrar que o conceito de luta na escola e os objetivos desse 
conteúdo na matriz curricular da Educação Básica deve ser identificar de que 
maneira a luta pode contribuir com a formação das crianças em idade escolar. 
E respondendo a última questão sobre as estratégias metodológicas utilizadas 
para as práticas com luta, podemos afirmar que temos duas estratégias para o ensino 
das artes marciais e luta: a concepção fechada e concepção aberta. A concepção 
fechada coloca o professor no centro do processo ensino-aprendizagem, portanto a 
tomada de decisões é dele, sendo um modelo mais autoritarista e frequentemente 
utilizada em academias, clubes e centro de treinamento de artes marciais e luta. A 
concepção baseia-se no mecanismo de repetição e memorização (tecnicista), e o 
aluno (a) apenas executa (passivo do conhecimento). Dessa forma, os interesses, 
expectativas e as experiências anteriores dos alunos são pouco importantes para a 
organização do processo de ensino e aprendizagem e por fim tem a função 
classificatória do aluno diante do saber (demonstração técnica). 
A concepção aberta apresenta um processo de pedagogia construtivista e 
críticas de ensino e aprendizagem, ou seja, compartilhamento de poder entre aluno e 
professor facilitando o processo de ensino aprendizagem. Dessa forma, identifica os 
interesses, expectativas e experiências anteriores com o objetivo formação integral 
(holística). 
 
Características Populacionais 
 
A busca pelo aprendizado das artes marciais altera de acordo com as 
características populacionais. Portanto, as características populacionais das crianças e 
jovens púberes (adolescentes) que buscam aprender artes marciais e esportes de luta 
são: 
 
Crianças a partir dos 5 anos procuram geralmente (levada pelos pais) - 
associadas à disciplina e ao desenvolvimento motor. Ex. Judô, Kendô, Karatê, 
Taekwondô. 
 
Jovens púberes, geralmente procuram atividades de lutas que envolvam 
competição, interação social e estética. Ex. Muay Thai, Boxe, Jiu-Jitsu, 
Capoeira, Kung Fu. 
 
Para o ensinamento das artes marciais e lutas em especifico para a população 
de criança e adolescente, a aprendizagem por mimética (imitação) e emulação 
(igualar ou superar) trazem mais benefícios. Pois a criança gosta de imitar os gestos 
realizados pelos adultos e o adolescente busca a aceitação na tentativa de igual ou 
superar um colega de treinamento superior a ele. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS LUTAS 
 
Os Esportes de Lutas são compostos por diferentes movimentos, técnicas e 
características. Dessa forma, para classificar as os Esportes de Luta são utilizados 
alguns critérios como: os objetivos de um combate, tipo de contato entre 
oponentes, suas ações motoras, distância entre oponentes, tipo de meta no 
enfrentamento (GOMES et al., 2010; BRENDA et al., 2010). Segundo Espartero 
(1999), classificar os Esportes de Luta promove uma organização de elementos ou 
categorias de acordo com um determinado critério, que permite estabelecer uma 
diferenciação entre eles, o que facilitaria o ensino e a escolha do mais adequado a ser 
ensinado. 
Portanto, utilizando os critérios de: tipo de contato entre oponentes, 
distância entre os oponentes, utilização ou a não utilização de implemento 
podemos classificar os Esportes de Lutas por 
 
Esportes de luta com domínio 
- curta distância 
- derrubadas, projeções e controle no solo 
- Pode ser subdivida em decorrência da imposição inicial do agarre ou da 
não imposição desse agarre, como também pela finalidade “lutatória”: 
finalizar o combate ao projetar o oponente ao solo ou continuar a luta no 
solo após a projeção. 
 
Esportes de lutas com percussão 
- média distância: 
- com os punhos, mãos, pernas, ou todos juntos 
- subdividida de acordo com o tipo de golpe: apenas com os punhos; apenas 
com as pernas, ou mãos e pernas conjuntamente. 
 
Esportes de luta com implemento 
- longa distância: 
- tocar no oponente com o implemento, ex.: esgrima o objetivo é tocar o 
adversário com um implemento 
 
Esportes de luta mistas 
- curta e média distância: 
- derrubadas, projeções e controle no solo; com os punhos, mãos, pernas, ou 
todos juntos 
 
 
Gomes et al. (2010) 
 
ADMINISTRANDO CONFLITOS DURANTE AS ATIVIDADES DE 
LUTAS NA ESCOLA 
 
Uma situação bem comum que normalmente nos deparamos na Educação 
Física Escolar principalmente durante aulas de artes marciais e lutas, é quando um 
menino é subjugado em determinada atividade por uma menina. O grupo de meninos 
imediatamente começa a caçoar do colega com a frase “apanhou de menina”. 
O professor de Educação Física Escolar deve ser capaz de lidar com esse tipo 
de situação com a competência de discutir o tema com os alunos, (construindo as 
soluções dos conflitos), em pouco tempo essa visão discriminatória será superada. A 
ideia é fazer com que os meninos e as meninas entendam que dependendo da 
característica da atividade poderá haver ou não competência superioridade de um 
grupo sobre o outro. 
Por outro lado, na ocorrência do conflito o professor assumir de forma 
autoritária e imperial, o mesmo será resolvido por meio de submissão das crianças à 
autoridade, mas sem a compreensão da necessidade de convivência entre os 
diferentes (VIANNA, 2015). 
Outro tipo de conflito que normalmente surge com mais facilidade nas aulas 
de artes marciais e luta refere-se aos dogmas do corpo. Em disputas de imobilização, 
por exemplo, é comum que os corpos se toquem em situação não muito comuns em 
outras atividades. Esse contato pode gerar um desconforto. É importante que o 
professor atue com competência auxiliando a compreensão sobre a questão da 
sexualidade, para que as crianças superarem esses dogmas. Portanto, o desconforto 
comum nas primeiras aulas será superado e dando espaço a um respeito pelo corpo do 
parceiro ou parceira de aprendizagem (VIANNA, 2015). 
Vencer ou perder um ponto interessante a ser discutido. Devemos 
demonstrar ao aluno que vencer ou perder dependem de inúmeras circunstâncias e que 
ninguém será capaz de vencer sempre. Devemos incentivar o aluno a fazer o seu 
melhor , com satisfação por realizar uma tarefa proposta e por ter melhorado e 
progredido em comparação ao momento anterior. 
Além disso, quando propomos atividades em disputas coletivas em luta fica 
difícil apontar o responsável por exemplo em um cabo de guerra pela derrota. 
Portanto, o sentido de equipe e cooperação fica muito mais evidente, ou seja, todos 
são responsáveis pelo sucesso ou fracasso do equipe. 
Outro fator importante é o cumprimento das regras. Existe um senso 
comum que os esportes de lutas estimulam a criança ao cumprimento das regras. A 
mídia diariamente pública vídeos de esportes, por exemplo no futebol, a utilização da 
mão para marcar o gol, casos de que burlar as regras pode ser determinante para a 
vitória. Portanto, o professor deverá ser capaz de conduzir o aluno afastando do 
simples cumprir as regras pelo medo da punição, mas o cumprir as regras pela 
compreensão de que as regras são iguais as relações sociais que dependem das normas 
de conduta e convivência para que ocorra de forma harmoniosa. 
 
 
TÉCNICAS NAS LUTAS 
 
Lembramos que os PCNs definem luta como: são disputas em que osoponentes devem ser subjugados, com técnicas e estratégias. As técnicas utilizadas 
na lutas são as habilidades motoras que deverão ser estimuladas e desenvolvidas na 
criança. Quanto maior o número de experiências motoras vivenciadas aumenta o 
engrama (esquema) motora armazenado. A luta é uma ótima oportunidade de 
desenvolvimento motor devido ao fato da imprevisibilidade, por exemplo, o sumô, 
uma criança pode empurrar a outra para tentar retirar fora do circulo determinado, por 
outro lado seu oponente tem diversas opções para responder, ou seja, quando o 
oponente estiver sendo empurrado poderá puxar, empurrar ou sair do sentido do 
vetor de força. 
 
- engrama: traço ou marcas duradouras 
- essa marca, definitiva e permanente, impressa em um tecido nervoso por estímulo muito forte 
- esse traço definitivamente impresso na psique por uma experiência física 
 
Portanto algumas etapas cognitivas são comuns durante esse processo, 
conhecidos como: percepção, memória, funções executivas e funções expressivas. 
 
 
A percepção consiste na atenção 
durante a luta sendo um fator determinante, 
com função de compreender, selecionar e 
manter controle sobre a entrada de 
informações. 
 
 
 
Memória está relacionado ao fato que sempre os oponentes, durante as lutas 
dão sinais. Essas informações de cada oponente, por exemplo, as técnicas habituais, 
devem ser selecionadas, e as informações realmente relevantes devem ser 
armazenadas, fugindo e/ou antecipando a ação do oponente. 
A funções executivas consistem na volição que refere-se à vontade do 
praticante em iniciar uma ação ou responder a uma determinada ação, melhor 
programa motor a ser executado diante do objetivo. As funções expressivas referem-
se a execução em si, momento crucial, não é possível prever com exatidão qual será o 
ato proativo ou reação do oponente. 
 
JOGOS DE OPOSIÇÃO 
 
Os Jogos de Oposição aqui abordados tem como características o ato de 
confrontação que acontece entre duplas, trios ou até mesmo em grupos. Seus objetivos 
gerais são desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo e motor. Segundo Oliveira & 
dos Santos (2006), de Souza & dos Santos SLC (2010) os recursos motores tem 
como principal objetivo assegurar desenvolvimento da postura e base, controle do 
equilíbrio, coordenação dos movimentos, tirar, empurrar, apreender, levar, tocar, 
arrastar, evitar, levantar, imobilizar, voltar. Nos cognitivos, elaborar estratégias, 
construir e apropriar-se das regras de funcionamento, avaliar, decidir, observar, 
reconhecer, comparar e no sócio-afetivo, dominar as suas emoções, canalizar a sua 
agressividade, respeitar as regras, aceitar a derrota, respeitar o outro. 
 
Diferença entre Jogos de Luta e Esportes de luta 
 
Os jogos de luta como as formas não esportivizadas de Lutas, já os esportes de 
luta seriam as modalidades esportivizadas, reconhecidas por federações esportivas. 
Segundo Nakamoto et. al. (2004) baseados em autores dos Jogos Desportivos 
Coletivos (JDC) (BAYER, 1994; GARGANTA, 1995; GRAÇA, 1995; TAVARES, 
1995) consideram Luta uma categoria de jogo, regida pela lógica da oposição que 
possui como características específicas o ataque e a defesa de “alvos intrínsecos” (aos 
indivíduos) e a possibilidade de ataque simultâneo. 
 
Classificação dos jogos de oposição: 
 
Os jogos de oposição podem ser classificados em 3 grandes grupos de 
atividades: 
1. Jogos de aproximação: jogos procedentes dos esportes de combate que 
mantém contato direto (corpo a corpo). Consistem em tirar, empurrar, desequilibrar, 
projetar e imobilizar, ex.: Judô, Luta olímpica, Jiu-Jitsu, sumô etc. 
2. Jogos que mantêm o adversário á distância: característica não manter 
contato direto com seu oponente, este contato só ocorre no momento da aplicação de 
uma técnica, ex.: Karatê, Boxe, Muay Thay, taekwondo. 
3. Jogos que utilizam implemento mediador: Esgrima e Kendo. 
 
No ambiente de Educação Física escolar a proposta será de jogos de oposição 
utilizando elementos das artes marciais e lutas como ferramenta de ensino e 
aprendizagem. No quadro abaixo elucidamos alguns exemplos de Jogos de oposição 
adaptados de VIANNA, (2015). 
 
 
Sumô adaptado 
Desenha um circulo no chão, dois participantes disputam no interior do 
circulo. Marca ponto quem conseguir fazer com que o oponente pise do 
lado de fora do circulo, ou toque o solo com qualquer parte do corpo que 
não seja os pés 
Braço de ferro ou 
queda de braço 
Sentados frente a frente, em duplas, colocar os cotovelos sobre o banco e 
segurar a mão do oponente. Objetivo estender o cotovelo do oponente 
até que o dorso da mão toque no banco 
Luta do saci Com os braços cruzados, saltitando em um pé, o objetivo será fazer com que o oponente desequilibre e coloque o outro pé no solo 
Cabo de guerra 
Dividir em 2 equipes iguais (números de participantes). Traçar uma 
linha divisória, e o objetivo será fazer com que a equipe oponente 
(primeiro ou último integrante) cruze a linha divisória 
Mata barata Duplas, frente a frente segurando as mãos, marca ponto quem conseguir tocar com a ponta dos pés, em um dos pés do oponente 
Luta de sapo Duplas, frente a frente, agachados e saltitando, marca ponto quem conseguir desequilibrar o oponente utilizando exclusivamente a mão 
Luta de 
imobilização 
Duplas, um dos integrante deita em decúbito dorsal, e o outro deverá 
imobilizar com as costas no chão. Vencerá a disputa quem conseguir 
manter mais tempo o oponente imobilizado (com as escápulas no chão) 
Luta do toque 
Duplas, um dos integrantes deita em decúbito dorsal, e o outro deverá 
tentar tocar a cabeça do oponente com as mão. O oponente tentara 
impedir girando e utilizando as pernas e os braços (com as escápulas no 
chão) 
Esgrima Utilizando uma folha de jornal em formato de esgrima, marcará ponto quem tocar no oponente a ponta do tubo de jornal 
Adaptado de Vianna, (2015) 
 
 
 
Quero 
Ficar 
Material necessário: Placas de Tatame, 
arco (bambolê), corda, giz, elástico. 
Execução: pequena área determinada, 
Objetivo: um dos praticantes é permanecer 
dentro da área demarcada, enquanto o 
outro procura fazê-lo deixar a área. 
Variação: Em pé, sentado, de joelhos, 
deitado. 
 
 (tirando o colega dentro do circulo) 
 
Quero Sair 
Material necessário: Placas de Tatame, 
arco (bambolê), corda, giz, elástico. 
Execução: pequena área determinada. 
Objetivo: um dos praticantes é sair da área 
demarcada, enquanto o outro procura 
impedi-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (mantendo o colega dentro do circulo) 
Pé com Pé 
Material necessário: Placas de tatames 
Execução: Alunos sentados no chão com 
os pés unidos. 
Objetivo: Fazer com que seu colega toque 
com as costas ou com as mãos no chão 
 
Mini Sumô 
Material necessário: Placas de Tatame, 
arco (bambolê), corda, giz, elástico. 
Execução: Dentro de área determinada, 
posição agachada (canguru). 
Objetivo: tentar desequilibrar o adversário 
ou movê-lo para fora da área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(em posição de cócoras, tentado tirar o 
colega de dentro do circulo) 
A Bola é 
Minha 
Material necessário: Bolas 
Execução: uma bola de basquete ou 
similar, os dois competidores assumem 
posição com as duas mãos segurando a 
bola. Ao sinal, procura-se retirar a bola do 
adversário e reter a posse de bola. 
Objetivo: Conquista da bola. 
 
 (Conquista da bola) 
A Garrafa é 
Minha 
Material necessário: Garrafas, cones 
pequenos, faixa de judô, lenço, corda ou 
similar e placas de tatames. 
Execução: Alunos amarrados pelo 
tornozelo através de uma faixa de judô, 
lenço, corda ou similar. 
Objetivo:tocar a garrafa antes do seu 
colega. 
 
Gangorra 
Material necessário: Bastão e Placas de 
tatame 
Execução: Alunos sentados nos chão com 
as pernas estendidas, pés unidos e 
segurando em um bastão com as duas 
mãos. 
Objetivo: tirar o colega da posição sentada 
ou deixá-lo na posição em pé. 
 
(Oliveira e dos Santos, 2006; Souza Jr et al., 2010) 
AS ARTES MARCIAIS vs. PROPÓSITO MERCADOLÓGICO 
(8º Semestre) 
 
Até o momento abordamos como deve ser desenvolvido o conteúdo de Luta 
e Artes Marciais no ambiente escolar. A partir de agora abordaremos as Lutas e Artes 
Marciais e Esportes de Combate no ambiente de clubes, academias, escolas 
especializadas, como ferramenta para melhora da aptidão física, estratégia nas aulas 
de personal trainer etc. 
A primeira coisa que notamos com as Artes Marciais, os Esportes de Lutas e 
Combate na atualidade está associado com os propósito mercadológico. 
No entanto, existem diferenças entre Artes marciais, Lutas e Esportes de 
Combate? A resposta para essa pergunta é bem simples, atualmente as Artes 
marciais são definidas como sistema complexo de ensino e envolve aspectos físicos, 
filosóficos, espirituais e psicológicos. As lutas e combate estão contidos nas artes 
marciais. Lutas são ações corporal afim de estabelecer dominância contra um inimigo 
ou adversário, com técnica e estratégias. Em lutas, o combate faz parte do seu 
contexto, mas, não estão contidos artes marciais. O combate pode ser definido como 
o ato ou efeito de combater. Envolvem aspectos diversos, estratégia, logística, mas, 
não estão contidos artes marciais ou lutas. 
No entanto, quando interpretamos o conceito de Luta, ficaria estranho dizer 
que queda-de-braço é uma luta? Mas, pelo conceito supracitado, a queda-de-braço 
ocorre uma ação corporal afim de estabelecer dominância contra um adversário o que 
caracteriza as Lutas. Contudo, não conseguimos visualizar variedade de golpes, 
técnicas apuradas, etc. Dessa forma, o que caracteriza a Luta são os princípios 
condicionais. 
 
os princípios condicionais 
 
Independentemente da modalidade ou especificidade da luta, os Princípios 
Condicionais das Lutas são condições indispensáveis para que uma atividade seja 
caracterizada como Luta, pois são capazes de delinear o conhecimento e diferenciá-lo 
dos demais. O modelo proposto por Bayer (1994) para os Jogos Desportivos 
Coletivos foi aspecto motivador/norteador para que se pudesse buscar a existência de 
denominadores comuns também para o fenômeno Luta. Tais denominadores são aqui 
chamados de Princípios Condicionais das Lutas: 
 
• CONTATO PROPOSITAL: pode ocorrer de várias maneiras (mãos, punhos, 
braços, pernas, do corpo inteiro ou mediado por um implemento; contínua ou 
intermitentemente) e deve acontecer para que haja Luta e para que ela se desenvolva. 
Esse princípio condicional exige que os oponentes se toquem (intenção/propósito) de 
alguma forma (técnica-tática) para conquistarem o objetivo da luta e obter êxito sobre 
os adversários. 
 
• FUSÃO ATAQUE/DEFESA: tem de haver ataque e defesa em uma luta. O que 
difere as Lutas dessas outras atividades? É a possibilidade de tais ações serem 
simultâneas. Nos esportes coletivos, enquanto um time ataca, o outro 
obrigatoriamente está defendendo. 
 
• IMPREVISIBILIDADE: condição devido à relação de interdependência entre os 
lutadores e principalmente à possibilidade de as ações ofensivas e defensivas serem 
simultâneas. Não existem estratégias sequenciais completamente previsíveis numa 
luta, pois as ações de um lutador podem ou não ser respostas às ações do adversário. 
Essa imprevisibilidade faz com que o pensar na luta seja tão importante quanto o 
realizar a ação da luta. 
 
• OPONENTE(S)/ALVO(S): isso implica dizer que o alvo, além de ser móvel, 
também pode executar ações de ataque e defesa. É essa condição que justifica o 
contato como uma exigência e que fundamenta a imprevisibilidade de um combate. 
 
• REGRAS: as Lutas dependem das regras para sua legitimidade e elas devem ser 
respeitadas para que aconteça um combate. O que é permitido ou proibido tende a 
determinar as técnicas e táticas usadas pelos lutadores e a classificação da luta 
 
Hoje em dia, a procura por atividades de Lutas para melhora da saúde, 
melhora da estética está em alta devido a popularidade das lutas (fenômeno 
contemporâneo). Pouco tempo atrás, seria muito difícil encontrar mulheres praticando 
lutas em academias especializadas devido a diversos pré conceitos que foram 
extinguindo com tempo. Outro fator determinante para o crescimento rápido das 
atividades de luta foi devido aos grandes eventos televisionados que ganharam com o 
tempo maior aceitação (ñ do público) como esporte e espetáculo. 
Além disso, houve um processo de esportivização das lutas, ou seja, novas 
formas de prática das lutas com objetivos mais de condicionamento físico, estético, a 
prática de uma atividade física, etc. 
Com mais eventos sendo televisionados, ganhando destaque em jornais e 
revistas, também houve o aumento da discussão sobre o aspecto das lutas associado 
com a violência principalmente de jovens. 
Em pesquisa realizada com praticantes de artes marciais caratecas, 
capoeiristas e lutadores de jiu-jitsu) (menos de seis meses) com idade entre 13-17 
anos no estado do Rio de Janeiro, a principal motivação para a busca das lutas foi em 
relação a autodefesa, aumento de autoconfiança. 
 
Outros benefícios relatados pelos participantes foram: 
- construção de personalidade 
- modelando hábitos 
- comportamentos dos praticantes 
- saúde (estéticos) 
- autorrealização (maestria e concentração) 
 
As pesquisas demonstraram que os desequilíbrios são mais frequentes com 
os alunos iniciantes que procuram as lutas por participarem de grupos sociais e 
praticam atos de violência. Em relação a influência os caratecas procuravam a luta por 
iniciativa própria (73%) e os lutadores de jiu jitsu e capoeristas (58%) influenciados 
por amigos. 
Devemos ressaltar que a característica populacional também influenciará 
sobre os objetivos que buscam nas artes marciais 
 
- Público Feminino: objetivo principal a redução do percentual de gordura e 
melhora do tônus muscular; defesa pessoal e auto confiança. 
 
- Adultos e 3ª idade: estão à procura de atividades de lutas com o objetivo de 
aumentar a qualidade de vida e saúde, diminuam os níveis de estresse, mantenham 
a funcionalidade corporal, diminuam o percentual de gordura, ampliem as relações 
sociais e atribuam concomitantemente à uma filosofia . Ex. Aikidô, Tai Chichuan, 
Kendô, Kyudô. 
 
DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS NAS ARTES 
MARCIAIS E LUTAS 
 
As aulas de Artes Marciais e Lutas após sofrerem o processo civilizatório 
que resultou na utilização das técnicas, movimentos e conhecimentos que integraram 
a Educação Física, esporte e promoção da saúde. 
Dessa forma, durante as aulas de Artes Marciais e Lutas é importante 
comtemplar o máximo de capacidades físicas e capacidades motoras para o 
desenvolvimento de crianças e adultos. As capacidades físicas são definidas como 
todo atributo físico treinável e capacidades motoras são pressupostos dos 
movimentos que permitem que as qualidades inatas de uma pessoa, como um talento, 
ou um potencial se evidenciem. 
As capacidades físicas (atualmente nomeadas de capacidades biomotoras) 
treináveis são: agilidade, flexibilidade, força, resistência, velocidade, equilíbrio e 
coordenação motora (destreza). No quadro abaixo apresentamos a definição 
conceitual de cada das capacidades físicas supracitadas. 
 
Capacidade 
físicas Conceito 
Agilidade Capacidade de executar movimentosrápidos e ligeiros com mudança de direção 
Flexibilidade Capacidade de realizar movimentos em certas articulações com amplitude de movimento apropriada 
Força Capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por meio de ações musculares 
Regime 
isotônica 
(dinâmica) 
Significa dizer que ocorre em movimento 
Regime 
isométrica 
(estática) 
Significa dizer que não ocorre movimento 
Manifestação Força máxima / Força explosiva - potencia 
Resistência Capacidade de sustentar uma dada carga de atividade o mais longo tempo possível sem fadiga 
Aeróbica Esforço em que o consumo de O2 equilibra-se 
Anaeróbica Permite manter por um determinado período de tempo, um esforço em que o consumo de O2 é superior a sua absorção 
Velocidade Capacidade de executar movimentos cíclicos na mais alta velocidade individual possível 
Tipos de 
Velocidade Deslocamento - reação 
Equilíbrio 
É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações 
musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre 
uma base, contra a lei da gravidade 
Estado de 
Equilíbrio Estático (estável), dinâmico (ou instável) ou recuperativo 
Coordenação 
motora 
Capacidade física que permite realizar uma sequência de 
exercícios de forma coordenada 
 
Frequentemente as aulas de artes marciais e lutas realizadas em clubes, 
academias ou centro de treinamento são divididas em 3 momentos: parte inicial, parte 
principal e parte final, popularmente conhecidos como: aquecimento, parte técnica e 
esfriamento. No entanto, a palavra “aquecimento” vem sendo bastante questionada e 
discutida pela comunidade cientifica em relação a sua eficiência e conceito 
(BATISTA et al., 2010). 
Segundo Batista et al. (2010) o aquecimento convencional era dividido em: 
1) exercício de caráter geral com componente aeróbio, como correr, pedalar ou 
nadar; 2) exercícios de alongamento; 3) movimentações típicas da modalidade 
com intensidade diminuída. 
O principal objetivo do “aquecimento” por exemplo, utilizando corrida induz 
aumento do consumo de oxigênio no início da atividade subsequente. Como 
consequência, esse aumento faz diminuir a quantidade de trabalho realizado em 
déficit de oxigênio no início do exercício principal, poupando a reserva de energia 
proveniente da via anaeróbia. 
A outra proposta de benefícios do “aquecimento” estava relacionada no 
aumento da temperatura muscular induzido pela realização de exercícios (diatermia), 
que poderia reduzir a resistência passiva articular, reduzir a rigidez das fibras 
musculares ao alongamento (stiffness). Sendo essas duas alterações poderiam explicar 
a melhora (PEQUENAS) no desempenho da força e potência. Além disso, o 
incremento da temperatura muscular resultaria em melhora da velocidade de 
transmissão dos impulsos nervosos, no entanto, poucos estudos comprovaram esse 
benefício (BISHOP, 2003a; 2003b; STEWART et al., 2003). 
No “aquecimento” são realizados exercícios de alongamento. Segundo 
estudos (KOKKONEN et al., 1998; CHURCH et al., 2001; CORNWELL et al., 2001; 
FLETCHER; JONES, 2004; VETTER, 2007) o alongamento passivo realizado em 
alta intensidade ou longa duração pode PREJUDICAR a produção de força e 
potência musculares. 
O alongamento deve fazer parte do “aquecimento”? Há, anos coaches e 
atletas tratam o alongamento como parte do aquecimento; a teoria alegada (reduz 
lesões). Pesquisas entre 1970-1990 chegaram em um consenso que o alongamento não 
previne lesão nem ajuda no desempenho. Estudos de Badaro et al. (2007) o 
alongamento estático pode até prejudicar; reduz a produção de força (redução da 
ativação muscular) e mecanismos inibitórios do Sistema Nervoso Central (SNC). Por 
outro lado, o alongamento dinâmico demonstrou ser o método mais efetivo para 
melhora do desempenho dinâmico quando utilizado como aquecimento; não induz o 
relaxamento das fibras; não altera o ciclo de alongamento-encurtamento; não reduz a 
ativação muscular nem inibição dos mecanismos do SNC. 
Como pode ser observado exercícios de “aquecimento” convencionais 
podem não ser eficientes ou apropriados. 
Recentemente, alguns estudos em que se utilizaram exercícios de força no 
“aquecimento” demonstraram importantes melhoras em atividades como: salto e 
arremesso, como também na velocidade de movimentos cíclicos. O aumento no 
desempenho, provocado pelo “aquecimento” com exercícios de força, tem sido 
referido de forma generalizada como potencialização. 
O que é a potencialização? Quando realizamos um estimulo de contração 
muscular voluntaria antes do principal gesto esportivo, ou seja, ativação prévia do 
músculo. Essa ativação muscular tem consequências em sua capacidade de gerar força 
nos minutos seguintes, podendo gerar, mas pode também induzir melhora temporária 
na capacidade de gerar força. Essa melhora temporária é referida como 
potencialização pós ativação (PPA). 
O mecanismo fisiológico principal causador da potencialização é a 
fosforilação da miosina regulatória de cadeia leve (RCL). A fosforilação da miosina 
RCL altera a conformação das pontes cruzadas, o que coloca as cabeças globulares 
em posição mais próxima dos filamentos finos de actina. A ativação da quinase da 
miosina RCL é feita pelo complexo cálcio/calmodulina, formado quando o cálcio 
(Ca2+) é liberado pelo retículo sarcoplasmático (RS). No entanto, o papel do cálcio é 
considerado regulatório. 
 
A fosforilação da miosina RCL induz alterações na fase de desenvolvimento 
de tensão do ciclo das pontes cruzadas. A fase de desenvolvimento de tensão do ciclo 
das pontes cruzadas é compreendida por 2 momentos: 
 
• ligação fraca para o estado de ligação forte 
• transição é reversa, ligação forte para o estado de ligação fraca. 
• Obs: a fosforilação da miosina RCL provoca aumento na taxa de transição do 
estado de ligação fraca para o forte 
 
De modo geral o chamado aquecimento que refere-se a parte inicial na 
verdade é um treinamento de diversas capacidades físicas importantes durante a luta 
como: flexibilidade com exercícios de alongamento; resistência aeróbica com 
exercícios de “polichinelo”, corridas, saltos; força com exercícios de resistência 
localizada muscular (ex.: flexão de braços, agachamentos) e assim por diante. 
Na parte principal popularmente conhecida como parte técnica, treinamento 
de diversas capacidades motoras. Momento que o professor demonstra algumas 
técnicas (golpes) detalhadamente, ensinando aos alunos que posteriormente deverão 
realiza-la repetitivamente com objetivo de praticar e assimilar os movimentos e a 
técnica. Na parte final da aula (esfriamento) é o momento que normalmente é 
destinado para exercícios de força dos grupos musculares estabilizatórios da coluna 
popularmente conhecidos como CORE (reto abdome, oblíquos, eretores da coluna, 
multífidos). O motivo desses exercícios terem sido deixados para a parte final da aula 
não tem nenhuma relação com esfriamento, e sim com a utilização desses grupos 
musculares estabilizatórios da coluna durante diversos gestos técnicos exigidos 
durante os golpes na luta. Portanto, evitar a fadiga antecipada auxiliará na manutenção 
de boa postura durante os movimentos mais técnicos destinados a parte principal. 
Além dos exercícios de coluna destinados a parte final, os exercícios de flexibilidade 
com mais intensidade com objetivos de ganhos de amplitude articular do movimento 
também são realizados ao final do treinamento. O objetivo da amplitude articular 
auxiliará posteriormente na execução dos golpes e técnicas com maior facilidade e 
ainda prevenindo lesões. 
Portanto, notamos que o universo das artes marciais e lutas pode abranger 
diversas capacidade físicas ao mesmo tempo. Dessa forma, quandoutilizamos as lutas 
como ferramenta de trabalho é importante que o professor defina os objetivos do 
aluno de acordo com sua capacidade individual (principio da individualidade 
biológica) traçando metas a serem alcançadas. 
Vale ressaltar que cada público terá um objetivo em especial à ser alcançado, 
por exemplo, o público feminino de modo geral quando busca praticar alguma arte 
marcial ou luta tem como objetivo principal a redução do percentual de gordura e 
melhora do tônus muscular, defesa pessoal e auto confiança. Por outro lado, o público 
do sexo masculino de idade entre 18-30 anos também procura as artes marciais e 
lutas com objetivos estéticos, mas muitas vezes associado a rendimento, ou seja, a 
execução dos golpes durante os combates com objetivos claros de subjugar o 
oponente. 
Quando falamos de adultos (acima dos 30 anos) e 3º idade à procura de 
atividades de lutas tem o objetivo de aumentar a qualidade de vida e saúde, diminuir 
os níveis de estresse, manter a funcionalidade corporal, diminuir o percentual de 
gordura, ampliar as relações sociais e atribuir concomitantemente à uma filosofia. 
Dessa forma, a montagem da sessão de treinamento com atividades de lutas 
deverá estar associada aos objetivos do público e periodizada de forma adequada para 
o alcance dos objetivos propostos. 
 
Periodização nas atividades de luta 
 
A principal finalidade da periodização nas atividades de luta será alcançar o 
objetivo ao final de uma macrociclo de treinamento. No entanto, para a montagem de 
treinamento periodizado deve-se levar em consideração: 
 
- tipo de periodização (exemplo: linear, não linear, ondulatória) 
- os objetivos de cada mesociclos de treinamento, bem como as capacidades físicas 
que serão desenvolvidas ao longo do período 
- a avaliação que será realizada para verificar se as metas estão sendo alcançadas 
- o público 
 
Em relação a escolha do tipo de periodização (linear; não linear; ou 
ondulatória) estudos de Pinto et al. (2009) comparam as variações do volume 
expiratório e potência muscular de membros inferiores, como consequência do 
treinamento pré-competitivo em atletas de kung fu divididos em dois grupos: grupo 
com periodização ondulatória e linear. Como principal achado ambos os grupos 
desenvolveram volume expiratório e potência muscular de membros inferiores mas 
não houve diferença significante entre os grupos (linear vs ondulatória). 
Quando pensamos nos objetivos de cada mesociclos de treinamento, bem 
como as capacidades físicas que serão desenvolvidas ao longo do período força, 
potência, e resistência são algumas das capacidades físicas a serem trabalhadas 
durante o mesociclo. Podemos dizer que há algumas décadas atrás existia uma certa 
resistência por parte de preparadores físicos, técnicos e atletas em utilizar o 
treinamento de força (também chamado de treinamento com peso, contra-resistido, 
musculação) para a preparação física dos atletas. Dessa forma, era bem comum 
associarem o treinamento de força com redução da flexibilidade, agilidade, 
velocidade, precisão. Embora em primeiro momento algumas dessas citações 
anteriores pareçam fazer sentido, devemos colocar na balança a relação benefícios vs 
prejuízos, no exemplo da natação, temos sim o aumento de área corporal, redução da 
flutuabilidade, aumento do atrito contra a água, contrapartida, temos o aumento de 
força, potência, que acabam compensado e superando as perdas, para ilustrar essa 
situação é só observar o perfil morfofuncional dos atletas de natação. 
Atualmente é muito difícil algum atleta não realizar treinamentos de força em 
sua preparação, no entanto, em alguns casos e situação temos que analisar o quanto 
isso será benéfico, por exemplo, um volume corporal aumentando (hipertrofia) para 
um atleta de muay thai categoria de massa corporal 62kg já não seria tão interessante. 
Mas o atleta de muay thai também deve treinar força ? A resposta é sim, contudo a 
característica do treinamento de força deverá ser diferente. Iremos ilustrar a situação 
utilizando exemplo de outras modalidades esportivas, ou seja, podemos ver o mesmo 
fato quando visualizamos um atleta de basquete vs atleta de vôlei. No caso o atleta de 
basquete necessita de um volume corporal aumentado, já o atleta de vôlei não, mas 
ambos dependem de uma melhoria da força, contudo, com características diferentes. 
E poderíamos falar aqui sobre diversos exemplos, para efeito de discussão e 
uma breve visão dos benefícios do treinamento de força na preparação física de atletas 
e entusiastas dos esportes de alto rendimento. 
Dessa forma, podemos notar a importância das capacidades físicas serem 
desenvolvidas nas atividades de luta, mas outra questão deve ser levantada como 
avaliar por exemplo, a força nos esportes de lutas? Estudos de Guerra Filho et al. 
(2014) verificaram a validade de diferentes equações de predição da carga máxima em 
atletas de artes marciais mistas (MMA), e concluíram que as equações preditivas de 
Adams e O’Conner (1-RM = carga × [1 + (0,025 × reps)] são válidas em atletas de 
MMA. 
 
 
 
Quando montamos uma periodização devemos levar em consideração o 
grupo populacional que será atendimento (supracitado). Estudos Neto et al. (2011) 
verificaram os benefícios das artes marciais na população idosa, concluindo que as 
artes marciais auxiliaram o fortalecimento muscular, prevenção de queda, aumento de 
flexibilidade, redução do risco de osteoporose, ñ�autonomia no dia-dia, aumentando 
a expectativa de vida. 
 
 
AULAS PRÁTICAS 
(6º semestre) 
 
Técnicas de Proteção de Quedas 
 
Ukemi-No-Waza 
 
Importante lembrar que as crianças e adolescente estão em um período de 
desenvolvimento corporal, na qual, ocorrem diversas alterações e mudanças 
morfológicas (tamanho e distribuição da massa corporal) e fisiológicas (por ex.: 
hormonal) do corpo. Essas alterações morfológicas acabam alterando também o 
equilíbrio e por conta disso pode ocorrer quedas. Portanto, aprender a amortecer 
queda pode evitar lesões, rompimentos articulares e fraturas. Na modalidade judô o 
equilíbrio é fundamental para o sucesso esportivo. 
Na modalidade judô vence a luta quem conseguir projetar o oponente 
(derrubar) no solo encostando por completo as costas. Portanto, no judô é primordial 
aprender a cair no solo para evitar machucados (lesões, rompimentos articulares e 
fraturas) o Jigoro Kano (criador do judô) desenvolveu técnicas de defesa de queda 
(amortecimento) chamado ukemi-no-waza. 
Para apreender a cair “Saber cair” é necessário treino metódico e perseverante, 
para vencer o medo da queda. 
 
São direções fundamentais para ukemi: 
 
Ushiro-ukemi 
queda para trás 
 
Mae-ukemi 
queda para frente 
 
Yoko-ukemi 
queda lateral, para esquerda 
ou direita (migui e hidari) 
 
Zempo-Kaiten-Ukemi ou 
Zepo-Kaiten-Mae 
 rolamento 
 
 Imagens retiradas: http://sinesiorgomes.blogspot.com.br/2009/07/ukemi-waza-
queda-no-judo-aula-09_9.html 
 
O rolamento para frente (zempo-kaiten-ukemi ou simplesmente ukemi) é o 
rolamento mais importante do judô utilizado para defesa de queda evitando acidentes 
e/ou qualquer tipo de lesão. Utilizando a técnica de rolamento do Ukemi o individuo é 
capaz de se proteger de quedas do alto ou quando for projetado para frente com força 
por exemplo por um golpe. Deve ser treinado tanto do lado direito quanto do lado 
esquerdo, até aprender a rolar com suavidade, sem machucar os ombros e/ou bater as 
costas e cabeça no tatame. 
Para o ensinamento do rolamento em especial o ukemi nas aulas de educação 
física escolar, devemos realizar de forma didática iniciando por rolamentos de frente(cambalhotas), depois para trás em seguida iniciamos o ukemi. 
 
Para realizar o ukemi o aluno deverá posicionar-se da seguinte forma: 
 
- as duas mãos apoiadas no solo 
- pernas em médio afastamento (largura do ombro) 
- pé direto pequeno passo a frente próxima a mão direita 
- mão direita, será o lado do rolamento, deverá realizar uma rotação medial do 
punho plano frontal em direção ao rádio (chamado de desvio radial) 
- o rolamento deverá acontecer suavemente 
 
Para facilitar o rolamento ukemi utilizamos somente como sugestão uma 
metodologia desenhando no solo a posição dos pés e mãos, bem como a direção que 
será realizado, como mostrar as figuras abaixo: 
 
 
 
 
Técnicas de domínio no solo 
 
Katame-waza é o nome dado as técnicas de domínio no solo, consistem em 
explorar imobilizações, estrangulamentos, torções articulares com o objetivo de 
restringir a liberdade de movimento do adversário. 
 
Estas técnicas são divididas em três grupos: 
 
- Osaekomi-waza (técnicas de manter-se no local imobilização) 
- Shime-waza (técnicas de estrangulamento) 
- Kansetsu-waza (técnicas de luxação bloqueio conjuntos). 
 
Na Educação Física Escolar utilizamos as técnicas do primeiro grupo 
osaekomi-waza (técnicas de manter-se no local imobilização) com o objetivo de 
aumentar o acervo motor, a consciência corporal, além de aspectos cognitivos, 
afetivos, sociais e culturais da criança e adolescente. 
No judô as técnicas são chamadas de waza (técnicas), tori quem aplicará as 
técnicas e uke aquele que a técnica é aplicada. 
Dessa forma, descreveremos de maneira didática o posicionamento que os 
alunos devem realizar na técnica de imobilização (osaekomi-waza), HON-GESA-
GATAME a primeira técnica que é ensinada no judô para alunos iniciantes. 
 
Hon-Gesa-Gatame 
 
- oponente deitado (uke) 
- (tori) deverá abraçar a cabeça do oponente e segurar a gola do *kimono 
- segurar com a outra mão a manga do kimono um palmo acima do cotovelo 
 
*Kimono (着物) (quimono): ki = "vestir" e mono = "coisa", vestimenta tradicional 
japonesa e especifica de algumas artes marciais, por exemplo, judô, jiu-jitsu, karatê, etc. 
 
 
 
Técnica de imobilização osaekomi-waza 
 
 
 
 
Imagens retiradas: http://sinesiorgomes.blogspot.com.br/2009/07/ukemi-waza-queda-no-judo-aula-09_9.html 
 
 
 
Tate-ushiro-gatame 
 
https://br.pinterest.com/pin/810859107880910197/ 
 
Alguns exemplos de jogos de oposição que podem ser utilizados para ensinar 
e praticar as técnicas de imobilização. 
 
Judô adaptado: técnica de quedas 
Ajoelhados, em duplas, frente a frente o 
objetivo será desequilibrar o oponente 
tocando qualquer parte do corpo no solo 
(mãos, costas, ombro) 
Judô adaptado: técnica de imobilização 
Ajoelhados, em duplas, frente a frente o 
objetivo será colocar o oponente de costas 
nos solo e imobiliza-lo 
Luta de imobilização 
Duplas, um dos integrantes deita em 
decúbito dorsal, e o outro deverá 
imobilizar com as costas no chão. Vencerá 
a disputa quem conseguir manter mais 
tempo o oponente imobilizado (com as 
escápulas no chão) 
Luta do toque Duplas, um dos integrantes deita em 
decúbito dorsal, e o outro deverá tentar 
tocar a cabeça do oponente com as mão. O 
oponente tentara impedir girando e 
utilizando as pernas e os braços (com as 
escápulas no chão) 
 
Técnicas de projeção 
 
Nague-waza 
 
São conjunto de técnicas (40 técnicas) com o objetivo de projeção e/ou 
arremesso do oponente. As técnicas de nage-waza são normalmente ensinadas em 
cinco fases, conhecidas por gokyo-no-waza. Essas fases começam pelas técnicas 
básicas, prosseguindo até as mais avançadas. 
 
Dai-ikyo 
- De-ashi-barai 
- Hiza-guruma 
- Sassae-tsurikomi-ashi 
- Uki-goshi 
- O-soto-gari 
- O-goshi 
- O-uchi-gari 
- Seoi-nage 
Dai-nikyo 
- Kosoto-gari 
- Ko-uchi-gari 
- Koshi-guruma 
- Tsurikomi-goshi 
- Okuriashi-harai 
- Tai-otoshi 
- Harai-goshi 
- Uchimata 
Dai-sankyo 
- Kosoto-gake 
- Tsuri-goshi 
- Yoko-otoshi 
- Ashi-guruma 
- Hane-goshi 
- Harai-tsurikomi-ashi 
- Tomoe-nage 
- Kata-guruma 
Dai-yonkyo 
- Sumi-gaeshi 
- Tani-otoshi 
- Hane-makikomi 
- Sukui-nage 
- Utsuri-goshi 
- O-guruma 
- Soto-makikomi 
- Uki-otoshi 
Dai-gokyo 
- O-soto-guruma 
- Uki-waza 
- Yoko-wakare 
- Yoko-guruma 
- Ushiro-goshi 
- Ura-nage 
- Sumi-otoshi 
- Yoko-gake 
 
Na Educação Física Escolar utilizaremos as técnicas do primeiro grupo Ikyo 
por serem técnicas mais simples de serem realizadas e de fácil aprendizagem. Vale 
ressaltar que as técnicas do Ikyo são técnicas de fácil defesa de queda auxiliando o 
aluno que apresenta medo de cair ou que ainda não desenvolveu uma técnica (ukemi) 
apurada de defesa de queda. 
Selecionamos cinco golpes de fácil didática e aplicação e todos de técnicas de 
ashi-waza e koshi-waza: 
- De-ashi-baraí 
- Sassae-tsurikomi-ashi 
- O-soto-gari 
- O-uchi-gari 
- Ko-uchi-gari 
- Seio-nague 
- Ippon-seio-nague 
- O-goshi 
 
Antes de realizarmos as técnicas, devemos ressaltar a importância da pegada 
ou também chamada de Kumi-kata. Todas as técnicas de projeção devem iniciar com 
a pegada no kimono de forma correta, sendo para indivíduos destros: mão direta na 
gola (altura do mamilo), mão esquerda na manga (altura do cotovelo); canhotos: mão 
esquerda na gola (altura do mamilo), mão direita na manga (altura do cotovelo). 
Quando não houver kimono para segurar apenas apoiar as mãos. 
 
De-ashi-baraí 
 
 
 
 Fonte da imagem: http://barbabjj.blogspot.com.br/2013/10/tecnica-de-lancamentoqueda-de-ashi-
barai.html 
Sassae-tsurikomi-ashi 
 
 Fonte da imagem: http://cmac-judo.com/gokyo-no-waza/nage-waza-throwing-yechniqu/dai-ikkyo---yellow-
belt/sasae-tsurikomi-ashi.html 
O-soto-gari 
 
 
 Fonte da imagem: https://judomododeusar.wordpress.com/2011/11/30/osoto-gari/ 
O-uchi-gari 
 
 Fonte da imagem: https://www.pinterest.com/pin/527624912569877815/ 
Ko-uchi-gari 
 
 Fonte da imagem: https://judomododeusar.wordpress.com/2011/12/05/kouchi-gari/ 
Ogoshi 
 
 
 
Seoi-nague 
 
 
Ippon-seoi-nague 
 
 
 
 
AULAS PRÁTICAS 
(8º semestre) 
 
Técnicas de ataque e de defesa 
 
Técnicas de chutes (kicks) 
 
O chute (kicks) consiste em técnicas de ataque, na qual, ocorre a transferência 
do peso corporal para uma das pernas (perna de apoio), sendo de fundamental 
importância que o apoio seja feito pelo antepé (Figura), e no momento do chute 
realize um giro com o retropé (Figura) (região do calcanhar) na direção interna 
(medial), ou seja, o calcanhar perde contato com o solo. A perna que realizará o chute 
deverá elevar o joelho a altura do alvo, seguidamente com a extensão dos joelhos. 
 
Figura. Partes do pé 
 
 
Fases do chute 
 
Segundo Piemontez et al. (2013) o chute é dividido em 3 fases ataque, 
contato e retorno: 
 
- Ataque: 
- preparação do chute 
- pé de apoio deve ser feito pelo metatarso falangeana do quinto artelho 
(antepé) 
- calcanhar perde contato com o solo 
- realizar giro do pé para lateral no sentido do chute 
 
- Contato: 
- Realização do chute propriamente dito 
- Quadril e o tronco deverá girar no sentido do chute (semicircular) 
- membro superior (MS) do lado do chute deverá realizar um movimento de 
extensão 
- MS oposto deverá flexionar, colocando a mão a frente do rosto (proteger) 
- Cabeça, olhar sobre o ombro do lado do chute 
- o tempo de contato deve ser breve, de modo que se retome a base para o 
próximo golpe 
 
- Retorno: 
- após o contato com o adversário, preocupação especialcom o retorno do 
atleta para a base de luta, permite ao atleta tomar sua próxima decisão 
- Obs: a força do chute está no giro do quadril! 
 
A fase de retorno é uma fase muito importante na luta e faz parte tanto das 
aulas quanto dos treinamentos, enfatizando a importância da retomada da base de luta 
para as próximas ações (defesa ou ataque) (POZO et al., 2008; PIEMONTEZ et al., 
2013) 
 
Figura. Fases do chute (imagem retirada do estudo de Marques Jr , 2011) 
 
 2. ATAQUE 3. CONTATO 4. 
RETORNO 
 
 
Direções do chute 
 
 
A aplicação do chute em treinos/competições, corresponde a três pontos, 
quando aplicados na direção da cabeça do oponente, na direção do abdome e na 
direção da perna (POZO et al., 2008; MARQUES Jr , 2011; PIEMONTEZ et al., 
2013). Dessa forma, podemos direcionar os chutes em: 
 
 
- na direção da cabeça do oponente (Alto) 
 
- na direção do abdome (costela) (Médio) 
 
- na direção da perna conhecido como chute circular na coxa (Baixo) 
 
- podendo ser na parte interna ou externa da coxa 
 
Variações dos chutes 
 
Nas artes marciais, lutas e esportes de combates existem diversas variações de 
técnicas que utilizam membros inferiores para atacar ou se defender do oponente, 
dentre elas citaremos algumas: 
 
- frontal 
- lateral (facão) 
- giratório 
- trocando de base 
- semicircular 
- com o calcanhar 
- joelhadas 
 
Atualmente as joelhadas vem sendo muito utilizadas nos esportes de luta 
como kickbox, muay thai, MMA, UFC, entre outros. A técnica de golpear com os 
joelhos pode ser realizada em curta distância na maioria das vezes, por exemplo no 
clinch, mas também pode ser executada com saltos ou troca de base (finta). 
As joelhadas são indiscutivelmente a “arma” mais perigosa do muay thai. 
Quando o lutador consegue aperfeiçoar essa técnica, pode facilmente terminar a luta 
de forma rápida. Além disso, a joelhada pode ser utilizada defensivamente. 
 
Técnicas de socos (punches) 
 
A potência (força) dos golpes tradicionais nas artes marciais dependem da 
massa combinada com a aceleração do braço ou perna e parte do tronco através de 
uma dada distância para gerar impulso e transferência de força para o alvo. Portanto, 
os socos consistem em técnicas de ataque, na qual, a potência (força) dos socos 
dependem da massa combinada com a aceleração. Além disso, a transferência do peso 
corporal para uma das mãos, associada a uma pequena rotação de parte do tronco e 
quadril. As pernas deverão ficar posicionadas em média abertura, antero-posterior. 
Indivíduos destro deverão posicionar a perna esquerda à frente, já indivíduos canhotos 
deverão posicionar a perna direita à frente. 
 
Fases do soco 
 
O soco é dividido em 3 fases ataque, contato e retorno: 
 
- Ataque: 
- preparação do soco 
- posicionamento dos mãos em guarda (protegendo o rosto) 
- as pernas abertura média antero-posterior 
- joelhos semi-flexinados 
 
- Contato: 
- realização do soco propriamente dito 
- quadril e o tronco deverá girar no sentido do soco 
 
- Retorno: 
- após o contato com o adversário, preocupação especial com o retorno do 
atleta para a base de luta, permite ao atleta tomar sua próxima decisão. 
 
- Obs: o giro do quadril pode auxiliar a potência do soco (por exemplo direto, 
hook. 
 
 
TIPOS DE SOCOS 
 
Os socos podem ser de 3 formas: em linha reta, variação do direto (ângulo, 
sentido e direção) e socos giratórios 
 
SOCOS EM LINHA RETA: 
 
- Jab: é um soco rápido e de longo alcance, 
- mão (punhos) da frente, referente à sua base 
- objetivo: afastar o oponente, medir distância 
 
 
fonte das imagens:http://blogdomuaythai.blogspot.com.br/2011/08/socos-jeb-e-
direto.html 
 
- Direto: é mais forte, 
- mão (punhos) atrás da guarda 
- objetivo: levar o oponente ao chão (nocaute) 
 
 
fonte das imagens:http://blogdomuaythai.blogspot.com.br/2011/08/socos-jeb-e-
direto.html 
 
 
 
 
VARIAÇÃO DO DIRETO: 
 
- Cruzado (cross): 
 
- rotação dos ombros a 90º 
- desferido lateralmente 
- pode ser realizado com a mão da frente ou mão de trás da guarda 
- objetivo: levar o oponente ao chão (nocaute) 
 
 
fonte das imagens:: http://muaythai.16mb.com/golpes-de-
soco-mais-usados-no-muay-thai/ 
 
 
- Upper cult: 
 
- em direção ao oponente de baixo para cima (acertar o queixo) 
- golpe é muito potente e capaz de levar ao nocaute 
 
 
fonte das imagens:: http://muaythai.16mb.com/golpes-de-soco-
mais-usados-no-muay-thai/ 
 
 
 
- Hook: 
 
- geralmente aplicado na linha da cintura 
- o soco parte da lateral cruzando a linha frontal do lutador 
- pode nocautear, mas o principal obj é minar a resistência do oponente 
 
 
imagem retirada: https://www.youtube.com/watch?v=68EKTLf3wBs 
 
 
SOCO GIRATÓRIO 
 
- realizado com um giro 
- deve manter o pé da frente como base (apoio) 
- o giro será realizado com a perna de trás no sentido anti-horário 
- executado com as costas ou lateral da mão, após o giro completo do corpo 
 
 
 
imagem retirada: 
https://theartofcombatdotnet.wordpress.com/2012/10/14/soco-
giratorio/ 
 
 
TÉCNICAS DE DEFESA 
 
As técnicas de defesa são fundamentais para proteção de um golpe e até para 
o contra golpe. Geralmente são utilizados os membros superiores e inferiores para 
defesa de golpes em direção a cabeça, tronco, e coxa. No entanto, movimentos 
rápidos, no qual, o praticante desvia-se do golpe também devem ser utilizados 
nomeadamente as esquivas ou o ato de desviar os golpes da direção inicialmente 
intencionada. 
A técnica de defesa bloqueio consiste em utilizar os membros do corpo 
como escudo impedindo a passagem dos golpes. Por exemplo no muay thai, ou boxe, 
as mãos estão com luvas e são comumente utilizadas para proteger a cabeça dos 
golpes do oponente, bem como, os antebraços são utilizados para bloquear ataques, na 
cabeça e tronco, protegendo o concorrente de chutes, socos, joelhadas e cotoveladas. 
As pernas são também são utilizadas para técnicas de defesa bloqueando os 
ataques, por exemplo, quando são desferidos circulares baixos (low-kick) ou circulares 
médios (ao tronco) estes são obstruídos normalmente com a canela, flexionando a 
articulação do joelho e elevando a perna ao encontro do cotovelo do lado 
correspondente. 
Os chutes circulares médios são frequentemente agarrados, travando o 
oponente, e assim permitindo um ataque para derrubá-lo ou mesmo golpear o 
oponente à distância. 
PROVA PRÁTICA 8º SEMESTRE 
 
SOCOS: 
 
Jab 
 
Direto 
 
Jab.Direto 
 
Cruzados 
 
Upers cult 
 
CHUTES 
 
Teep 
 
Thai Teep 
 
Diagonal perna de trás caindo na frente (os dois lados) 
 
Diagonal perna da frente (os dois lados) 
 
Joelhadas frontal perna de trás caindo na frente (os dois lados) 
 
Joelhadas lateral perna de trás caindo na frente (os dois lados) 
 
Bloqueio de canela perna da frente (os dois lados) 
 
Bloqueio de canela perna de trás cruzando o joelho no cotovelo da frente (os 
dois lados) 
 
COMBINAÇÕES 
 
teep jab.direto 
 
Thai teep caindo na frente jab.direto 
 
Diagonal perna de trás caindo na frente jab.direto 
 
Diagonal perna da frente caindo na frente soco direto mão de trás 
 
Jab.direto, joelhada frontal (os dois lados) 
 
Jab.direto, joelhada lateral perna de trás (os dois lados) 
 
Socos cruzados, joelhada lateral perna de trás 
 
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6º semestre: 
Correia WR. Educação Física Escolar e Artes Marciais: entre o combate e o debate. 
Rev Bras Educ Fís Esporte. 29(2):337-344, 2015.

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