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Microeconomia Rafael Macêdo de Oliveira Mercado de trabalho de Fortaleza e RMF: Ano de 2014 Fortaleza-CE 2015 Sumário Página 1. Introdução................................................................................3 2. Perspectiva...............................................................................4 3. P.E.A. x Ocupados...................................................................4 4. Desempregados.......................................................................5 5. Homens x Mulheres..................................................................5 6. Crescimento Ocupacional........................................................6 7. Crescimento dos Assalariados.................................................6 8. Rendimentos............................................................................7 9. Distribuição dos Rendimentos..................................................7 10. O que esperar do futuro...........................................................8 11. Conclusão.................................................................................9 12. Referencias............................................................................10 3 1 Introdução O trabalho em questão é dividido em duas partes, a primeira refere-se a pesquisa do mercado de trabalha na cidade de Fortaleza e região metropolitana (RMF). Neste primeiro momento é abordado as taxas de emprego e desemprego da população economicamente ativa e passiva e os aspectos que influenciam essas taxas, tais qual: salários, formação, setor da atividade econômica e população. A segunda parte é uma síntese do conteúdo visto em sala de aula. 4 2 Perspectivas O ano de 2015 é creditado pelos especialistas como um ano de perspectivas negativas no campo econômico e por consequência no mercado de trabalho. Vários setores da atividade econômica já começaram a frear as suas atividades produtivas, afim de adequarem à nova realidade do mercado. A indústria automobilística, construção civil e comercio já iniciaram cortes no seu quadro de funcionários desde o ano passado. Parece que a década de ouro está encerrando um ciclo. Porém, vamos analisar parte deste ciclo e visualizar o que ocorreu com o mercado de trabalho em na região metropolitana de Fortaleza. 3 PEA (população economicamente ativa) x Ocupados Em 2014, o nível de ocupação na região metropolitana de Fortaleza (RMF) cresceu 3,1%, a maior elevação desde 2011 (gráfico 1). Foram gerados 51 mil postos de trabalhos, número superior ao de pessoas que entraram no mercado de trabalho na região (47mil), o que resultou na diminuição em 4 mil do número de desempregados. Nesse ano, foi estimado que 141 pessoas estavam desempregadas, as ocupadas em 1.7milhões e a população economicamente ativa (PEA) em 1.9 milhões. Fonte: Convênio IDT/Sine-CE, STDS, Fundação Seade-Dieese e MTE/FAT. Reproduzida pelo autor. 3,2 5,5 1,8 2,3 1,6 1,5 -0,3 0,7 2,6 3,1 -1 0 1 2 3 4 5 6 P EA O C U P A D O S P EA O C U P A D O S P EA O C U P A D O S P EA O C U P A D O S P EA O C U P A D O S 2010 2011 2012 2013 2014 Gráfico 1 Variação anual da população economicamente ativa e dos ocupados Região Metropolitana de Fortaleza 2010 – 2014 5 4 Desempregos A taxa média de desemprego total diminuiu de 8% em 2013, para 7,6 em 2014, a menor taxa na série histórica da pesquisa de emprego e desemprego(PED-RMF) (gráfico 2). Esse resultado ocorreu de reduções das taxas de desemprego aberto (de 6,1% para 5,9%) que é refere-se as pessoas que procuraram efetivamente trabalho nos últimos 30 dias anteriores a pesquisa; e o do desemprego oculto (de 1,9% para 1,7%) que refere-se as pessoas que realizam trabalhos eventuais ou para parentes. Fonte: Convênio IDT/Sine-CE, STDS, Fundação Seade-Dieese e MTE/FAT. Reproduzida pelo autor. 5 Homens x Mulheres A taxa de desemprego entre as mulheres (8,7) manteve-se superior a dos homens (6,7), assim como a dos jovens de 16 a 24 anos (19%) em relação as pessoas de 25 a 39 anos (6,6%) e de 40 a 49 nos (3,1%). A taxa de desemprego dos chefes de domicílio (3,7%) manteve-se abaixo dos demais membros da casa (13,1%). Os dados informados foram semelhantes para as pessoas negras (7,6%) e não negras (7,5%) no ano de 2014. 7 5,9 6,1 6,5 6,1 5,9 4,4 3,6 2,8 2,4 1,9 1,7 0 2 4 6 8 10 12 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Gráfico 2 Taxa de desemprego total, segundo tipo Região Metropolitana de Fortaleza 2009 – 2014 Aberto Oculto 6 6 Crescimento Ocupacional O crescimento do nível ocupacional (3,1%) foi resultado da maior oferta de vagas de trabalho nos setores da construção (8 mil ou 5,6%), comercio e reparação de veículos e motocicletas (9 mil ou 2,3 %) e o de serviços (44 mil ou 5,6%). Em contrapartida a indústria de transformação reduziu os postos de trabalho (-7mil ou -2,2%), entre 2013 e 2014 (tabela 1). Tabela 1 Estimativas do Número de Ocupados, segundo Setores de Atividade Econômica Região Metropolitana de Fortaleza 2013-2014 Setores de Atividade Estimativas (em mil pessoas) Variação Relativa (%) 2013 2014 2013/2014 Total 1668 1719 3,1 Industria de transformação 315 308 -2,2 Construção Civil 142 150 5,6 Comercio 397 406 2,3 Serviços 781 825 5,6 Fonte: Convênio IDT/Sine-CE, STDS, Fundação Seade-Dieese e MTE/FAT. Reproduzido pelo autor. 7 Crescimento dos Assalariados A quantidade de assalariados cresceu 4,3% em 2014, resultado do crescimento do emprego no setor privado (36 mil ou 4%) e público (9 mil ou 6,8%). Na iniciativa privada, elevou-se o número de assalariados com carteira assinada (41 mil ou 5,7%) e recuou daqueles que não possuíam (-5 mil ou 2,7%). O número de empregadores apresentou redução (-1mil ou 2,4%), já de empregados domésticos não variou e o dos trabalhadores autônomos aumentou (6 mil ou 1,4%) (tabela 2). 7 Tabela 2 Estimativas do Número de Ocupados, segundo Posição de Ocupação Região Metropolitana de Fortaleza 2013-2014 Possição na Ocupação Estimativas (em mil pessoas) Variação Relativa (%) 2013 2014 2013/2014 Total 1668 1719 3,1 Total de assalariados 1041 1086 4,3 Autônomos 434 440 1,4 Empregadores 42 41 -2,4 Empregados domésticos 113 113 0 Demais posições (1) 38 39 2,6 Fonte: Convênio IDT/Sine-CE, STDS, Fundação Seade-Dieese e MTE/FAT. Reproduzido pelo autor. (1) Incluem donos de negócios familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais. 8 Rendimentos Entre os anos de 2013 e 2014, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 1,8%, enquanto o dos assalariados sofreu retração de 0,7%, os quais equivale R$ 1.993,00 e R$ 1.220,00 respectivamente. Essa redução foi reflexo dos comportamentos diferenciados dos assalariados do setor público (-6,6%) e privado (0,8%). No setor privado, contraiu-se o rendimento médio dos assalariados sem carteira assinada (-2,2%), enquanto elevou-se dos com carteira (0,9%). O rendimento médio dos trabalhadoresautônomos apresentou a maior elevação entre os demais (10,1%) (tabela 3). 9 Distribuição dos Rendimentos A distribuição dos rendimentos do trabalho seguiu a tendência dos últimos anos e teve uma leve desconcentração. Em 2014, 50% dos ocupados com menor renda se apropriaram de 25,6 da massa de rendimento do trabalho, percentual superior a 2013 (24,3%). Assim reduziu-se a parcela pertencente 8 aos 10% mais ricos (de 35,1% para 32,7%, 2013/2014 respectivamente), sinalizando uma distribuição menos desigual dos rendimentos do trabalho. Tabela 3 Rendimento Médio Real (1) dos Ocupados, segundo Posição na Ocupação Região Metropolitana de Fortaleza 2013-2014 Posição na Ocupação Rendimento Médio Anual Variação Relativa (%) 2013 2014 2013/2014 Total 1172 1193 1,8 Total de assalariados 1229 1220 -0,7 Setor privado 1053 1062 0,8 Com carteira assinada 1111 1121 0,9 Sem carteira assinada 820 802 -2,2 Setor público 2243 2282 -6,6 Autônomos 917 1010 10,1 Fonte: Convênio IDT/Sine-CE, STDS, Fundação Seade-Dieese e MTE/FAT. (1) Inflator utilizado - INPC/RMF - IBGE. Valores em Reais de Novembro de 2014. 10 O que esperar do futuro? Segundo Marinaldo Braga (técnico de análise do mercado de trabalho): Três fatores devem ser observados na atual conjuntura do país e nos próximos vinte anos, que é o estado de mudanças do padrão demográfico da população: a queda na taxa natalidade e fecundidade; do outro lado da pirâmide etária, o aumento da expectativa de vida, crescendo o contingente de idosos e, por último, continua a tendência de expansão da nossa população economicamente ativa até meados da década de 2030. (http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2015/01/29/noticiasjornalopiniao,3384563/mercad o-de-trabalho-os-numeros-de-hoje-e-o-mundo-do-amanha.shtml) 9 Conclusão A década de ouro para o mercado de trabalha aparenta estar perdendo folego a partir de 2015 e os próximos anos serão desafiadores para o mercado de trabalho e economia como o todo. A disponibilidade de novas vagas de emprego está caindo e os profissionais terão que se adequar a esta nova realidade. Esse novo cenário poderá mudar a relação empregado x emprego que conhecíamos na última década. 10 Referencias Balanço anual de 2014: pesquisa de emprego e desemprego na região metropolitana de Fortaleza 2014. 7. Ed. Brasil: DIEESE,2015. BRAGA, Marinaldo Clementino. Mercado de trabalho: os números de hoje e o mundo do amanhã. Fortaleza: O Povo, 29/01/2015.
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