Buscar

Globalização Cultural

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES 
ANA CAROLINA REIS SILVA (RGM Nº 11171100154); JACINTO ANTÔNIO (RGM Nº 11181100058); MAYNARA C. FORTUNATO (RGM Nº: 11171101226); NELCIMAR DE SIQUEIRA (RGM Nº: 11171502907); PALOMA CASITA DE AQUINO (RGM Nº: 11181101135); 
GLOBALIZAÇÃO CULTURAL
Mogi das Cruzes
2018
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES 
ANA CAROLINA REIS SILVA (RGM Nº 11171100154); JACINTO ANTÔNIO (RGM Nº 11181100058); MAYNARA C. FORTUNATO (RGM Nº: 11171101226); NELCIMAR DE SIQUEIRA (RGM Nº: 11171502907); PALOMA CASITA DE AQUINO (RGM Nº: 11181101135); 
GLOBALIZAÇÃO CULTURAL
Pesquisa apresentada ao Programa do curso de Direito na disciplina de Economia e Geopolítica, da Universidade de Mogi das Cruzes.
Orientadora: Professora Joana Darc Dias da Costa
Mogi das Cruzes
2018
Introdução
Neste trabalho iremos abordar o que é Globalização, quais suas fases, quais suas características, quando surgiu, quais os aspectos positivos e negativos, a globalização cultural e como algumas empresas se modificaram para se enquadrar nos requisitos desse mundo globalizado.
A globalização é um fato muito importante no mundo de hoje, pois é através desse processo que temos uma grande variedade de produtos, devido a inter-relação com outros países, a tecnologia que vem mostrando novas maneira de ver o mundo, aumento da produção e do consumo de bens e serviços, porém, contrapondo-se á isso, temos o lado negativo pois diminuíram os empregos, ocorrem guerras cibernéticas, muitas fraudes ocorrem através da internet, entre outros. 
Globalização
A globalização corresponde ao processo de integração econômica e cultural em escala mundial, promovida pela expansão do capitalismo informacional e pela evolução tecnológica dos meios de comunicação e de transporte.
Figura 1 - Mapa Mental Globalização
Fases da Globalização e Contexto Histórico
A globalização pode ser divida em quatro fases:
1ª fase (séculos XV – XVIII): Grandes Navegações e Descobertas Marítimas – Revolução Industrial.
2ª fase (séculos XVIII a XX): Revolução Industrial – 2ª Guerra Mundial: expansão do capitalismo.
3ª fase (final do século XX): 2ª Guerra Mundial – queda do Muro de Berlim, fim da União Soviética e do regime socialista, Guerra Fria.
4ª fase (século XXI): Nova Ordem Mundial: domínio do capitalismo no mundo.
A origem deste fenômeno aconteceu no século XV, no período mercantilista. As nações europeias passaram a realizar longas viagens de navio procurando novas terras e riquezas.
Com o surgimento das colônias de exploração na África e na Ásia, começaram os fluxos de força de trabalho e mercadorias entre os países e colônias e, inevitavelmente, também aconteciam trocas culturais.
Depois, durante a Revolução Industrial no século XVIII, a Globalização se expandiu. Estas mudanças ficaram mais intensas no final do século XX, após a 2ª Guerra Mundial. Pois foi aí que o neoliberalismo ganhou força e acelerou o processo de Globalização econômica.
Surgem mais pontes entre os negócios e investimentos de uma nação para outra. Assim, os mercados de diferentes países interagem, e as indústrias de um país se instalam em outros países.
Com o avanço da tecnologia, principalmente dos sistemas de comunicação e informática e o advento da internet, a globalização é cada vez mais intensa. A integração econômica e cultural entre os países ficou ainda maior.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou as tarifas sobre os produtos chineses. Ele disse que fez isso para proteger a indústria americana.
Agora, pense nos trabalhadores das indústrias da China, cujo lucro principal vinha da exportação para os EUA. Eles foram diretamente prejudicados pela decisão de outro país. E essa é uma das principais características da Globalização.
Características
Dentre as principais características da globalização, podemos ressaltar:
Integração social, econômica e política;
União de mercado mundial (relações comerciais e financeiras);
Fortalecimento das relações internacionais;
Aumento da produção e do consumo de bens e serviços;
Avanço tecnológico e dos meios de comunicação;
Instantaneidade e velocidade das informações (por exemplo, via internet);
Aumento da concorrência econômica e do nível de competição;
Surgimento dos blocos econômicos e desaparição das fronteiras comerciais;
Ampliação do uso de máquinas na execução de tarefas;
Crescimento da economia informal;
Valorização de mão-de-obra qualificada;
Privatização de empresas estatais.
Aspectos Positivos
Entre os aspectos positivos do processo de integração mundial, cabe citar:
Interdependência dos países – ampliação das relações econômicas e políticas entre os países em escala planetária, intensificando as trocas comerciais e propiciando acesso aos mais diferentes mercados;
Maior circulação de mercadorias (bens), de serviços, de capitais produtivos e financeiros e da informação em escala planetária;
Evolução dos meios tecnológicos e maior difusão do conhecimento;
Combate a epidemias com mais rapidez, em razão da troca de informações entre os cientistas/ pesquisadores, além do controle sobre as fronteiras e os fluxos de pessoas.
Debates multilaterais sobre os problemas ambientais.
Utilização da internet para apresentação de ideias de organização, de mobilização por meio de ativismo ambiental, político, social etc. Exemplo: Primavera Árabe.
Criação de novos empregos na área da tecnologia da informação;
Crescimento econômico dos países emergentes em razão do maior acesso aos mercados, antes comandados hegemonicamente pelos países desenvolvidos, e da atração de capitais produtivos e financeiros provenientes dos países ricos.
Podemos perceber que a globalização apresenta aspectos positivos relacionados fortemente ao setor econômico. Por esse motivo, o Fórum Mundial Econômico é um grande expoente da globalização, reunindo anualmente, em Davos (Suíça), líderes da economia mundial – empresários, ministros da Economia, presidentes de bancos centrais, FMI, Banco Mundial e outros organismos internacionais, para o debate de assuntos de interesse econômico.
Aspectos Negativos
Entre os aspectos negativos do processo de integração mundial, cabe citar:
Exclusão social decorrente da desigualdade socioeconômica, em que o poder e a renda concentram-se nas mãos de uma classe social minoritária, correspondendo a uma grave contradição do sistema capitalista;
Nos países do Sul (pobres), encontra-se a parcela populacional mais vulnerável aos problemas da falta de acesso à água potável, educação e saúde, infraestrutura de saneamento básico; essa população enfrenta graves epidemias, violência e conflitos, fatores que dão origem aos refugiados;
Desigual forma de acesso aos meios de comunicação, gerando a chamada exclusão digital – a população mais vulnerável socioeconomicamente é a principal parcela dos indivíduos offline.
Proliferação de epidemias nos países pobres em razão de precárias condições urbanas como a falta de acesso ao saneamento básico, à medicina preventiva etc.;
Modificação de padrões culturais em países pobres por influência dos países do Norte (ricos) – principais centros de poder.
terrorismo global, que atingiu essa dimensão ao atuar em qualquer parte do mundo, ultrapassando o controle de fronteiras e articulando-se pela internet.
utilização da internet para invadir a privacidade de pessoas e de governos.
guerra cibernética ou ciberguerra (cyberwar), que representa os ataques digitais às estruturas estratégicas ou táticas, para fins de espionagem ou sabotagem de alvos civis ou militares em qualquer país, organização ou pessoa.
rápida contaminação dos países em caso de crises econômicas por causa da interdependência econômico-financeira das nações e em blocos econômicos, exemplos: Estados Unidos em 2008 e União Europeia em 2010/2011;
facilidade de especulação financeira pela integração dos mercados,em que a tecnologia possibilita a entrada ou saída de grandes quantias de dólares em questões de minutos ou segundos, deixando os mercados vulneráveis aos fluxos de capitais;
fácil transferência de empresas e empregos entre países;
pressão para flexibilizar leis trabalhistas por parte de governos, diante do poder de barganha das grandes empresas que procuram países ou regiões com atrativos para seus investimentos, visando à redução de custos de produção e à possibilidade de ampliar sua competitividade no mercado global;
trabalhos infantis e análogos à escravidão, que são exemplos da sujeição de formas degradantes que ferem os direitos humanos, principalmente nos países do sul com populações mais vulneráveis socioeconomicamente;
desemprego conjuntural, motivado por crises econômicas internas e externas, e desemprego estrutural, gerado pela introdução de novas tecnologias ou sistemas de produção que substituem o trabalho humano, visando à redução de custos em um mercado globalizado, com automação (ex.: robótica), informatização, serviços online ;
proliferação de epidemias em razão da maior proximidade de pessoas, com sistemas de transportes mais rápidos e que integram diversas áreas diariamente, levando passageiros de um ponto a outro do planeta em questões de horas ou dias, possibilitando o surgimento de pandemias, como a causada pelo vírus Influenza H1N1, em 2009;
crescente xenofobia, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, ampliando o debate sobre o tratamento digno que os imigrantes devem receber ao procurarem melhores condições de vida nesses países.
Os aspectos negativos da globalização provocam a desordem na Nova Ordem Mundial, explicitando os muitos problemas que continuam a existir no mundo ou que foram ampliados, mesmo com todas as mudanças geopolíticas decorrentes da passagem da bipolarização para a multipolarização.
Por isso, o Fórum Mundial Social, articulado por movimentos sociais, ONGs e representantes da sociedade civil, apresenta encontro anual internacional. Esse fórum é considerado antiglobalizante, ao se apresentar como importante fórum para discutir e lutar contra o neoliberalismo, o imperialismo e as desigualdades sociais, ressaltando que “outro mundo é possível”.
Globalização Cultural
Cultura é um conceito bastante complexo, no entanto é basicamente o conjunto de diversos aspectos, tais como crenças, valores, tradições, leis, morais, línguas, de uma sociedade.    Globalização é o comércio, intercâmbio realizado entre diversas multinacionais
E Globalização Cultural, é o meio em que há trocas de culturas, marcas,de um país para o outro. Globalização cultural : A cultura a serviço dos mais poderosos. 
Contexto Histórico
Ao abordar o conceito semiótico de cultura, enunciamos a ideia de que o significado não é o mero ato de uma realidade que se impõe à percepção e que, por tanto, seria igual para todos. Não é uma realidade extra semiótica a qual cria o significado. Ao contrário, o significado é o criador de realidades porque é criador de sentidos, destacando o plural porque, efetivamente, os significados da realidade, as cosmovisiões são plurais. “Chamamos cultura a todo conjunto etnográfico que desde o ponto de vista da prospecção apresenta, com relação a outros conjuntos, variações significativas” (LÉVI-STRAUSS, 1963, p. 217). As realidades construídas pela significação são múltiplas realidades. Cada grupo humano tem “uma concepção muito diferente do realmente real” (GEERTZ, 1990, p. 48).
Em 1952, Claude Lévi-Strauss, o antropólogo francês cuja obra está estreitamente relaciona- da com o Brasil, escreveu um texto para a revista francesa Les temps modernes com o título de “O suplício de Papai Noel”, o qual voltou a publicar recentemente (2013. Edição mexicana 2014) junto com outros artigos escritos para o jornal italiano La Repubblica. No texto, ao qual nos referimos, Lévi-Strauss narra que no natal de 1951 as autoridades eclesiásticas francesas denunciaram a paganismo da festa do Nascimento de Jesus devido à crescente importância concedida ao personagem do Papai Noel. Tal condenação atingiu o clímax quando a figura desse personagem foi queimada publicamente no átrio da catedral de Dijon, diante dos olhos de mais de 250 crianças.
Além do aspecto religioso do paganismo do natal, Papai Noel ou Santa Claus, ou velhinho gordo e com barba, vestido de vermelho e que viaja num trenó para entregar brinquedos às crianças, representa também a influência da cultura norte-americana a nível global. E seu suplício em Dijon diante dos olhos das crianças exemplifica os esforços inúteis para impedir a “contaminação” da cultura nacional pelos símbolos de uma cultura alheia porque, como foi mencionado por Lévi-Strauss, Papai Noel ressuscitou e goza de magnífica saúde durante as festas de natal em todo o mundo ocidental e mais recentemente em alguns países do Oriente.
Conclusão
Análise crítica da pluralidade das culturas, da diversidade de cosmovisões, de estilos de vida e de artefa- tos culturais, deriva-se a noção de identidade cultural. A identidade é um conceito relacional. É o mesmo que se faz com a identidade de uma cultura, ou melhor, é a diferença com outras culturas e não alguma qualidade essencial sempre idêntica a ela mesma, sem transformações. As cosmovisões, os estilos de vida e, e muitos casos, também o patrimônio cultural, mudam com o passar do tempo. Mas conservam sua identidade à medida que conservam sua diferença com relação a outras culturas. É essa diferença que frequentemente se percebe através da ameaça da globalização, e particularmente da invasão do patrimônio cultural, nos artefatos, nas festas e nas tradições, assim como outras culturas.
Empresas e suas Adaptações Culturais
O processo de globalização influenciou muitas empresas a se adequarem as novas formas de vida das populações. Nesse contexto, a cultura de países tornou-se um meio de gerar lucros as potências mundiais , empresas multinacionais se adaptaram aos costumes e gosto de certas sociedades e conquistaram um mercado mais competitivo o que leva a um processo de globalização das multiculturas.
McDonald’s
NOVA DELI - O McDonald's abriu a sua primeira lanchonete vegetariana em Amritsar, na Índia. A rede americana de restaurante fast food mais famosa do mundo substituiu os seus tradicionais hambúrgueres como o Big Mac por opções sem carne, para respeitar a tradição local.
Os Hindus são 80% dos 1,2 bilhão da população da Índia e consideram as vacas animais sagrados. Para os muçulmanos, o consumo de carne de porco é proibido pelo Corão.
Nos demais detalhes, todos os padrões tradicionais foram mantidos, como o símbolo do 'M', as cores vermelha e amarela e até o mascote Ronald Mc'Donald sentado no banco na porta de entrada.
O primeiro McDonald's vegetariano foi aberto próximo ao Templo Dourado, o mais sagrado dos santuários em Amritsar.
O McDonald's tem  271 restaurantes na Índia. No mundo inteiro são 33 mil. Segunda maior cadeia de restaurantes do mundo depois do Subway adaptou seus menus na Índia para atender a tradição local.
Oportunidade. Rajesh Kumar Maini, porta-voz do McDonald no norte da Índia, explicou a iniciativa: "Há uma grande oportunidade para os restaurantes vegetarianos na Índia, pois muitos indianos são vegetarianos".
Após a abertura em Amritsar, a cadeia dos EUA tem planos de abrir uma outro restaurante vegetariano perto do santuário da caverna Vaishno Devi, no noroeste da Caxemira indiana, um local de peregrinação hindu reverenciado que atrai centenas de milhares de adoradores ano.
 A maior parte dos restaurante McDonald's na Índia já oferecem 50% do cardápio vegetariano. O hambúrguer McAloo Tikki à base de batata temperada é o mais vendido, respondendo por um quarto das vendas totais. Entre as ofertas de carne de frango, o Maharaja Mac também é o favorito.
"A presença na Índia ainda é pequena, mas quando você olha para o potencial de crescimento, é um dos países de prioridade máxima e estamos preparando o terreno para ganhar este mercado", disse o dirigenteda rede.
Chocolates Hershey’s
Nosso passado (e presente) como produtores de cana-de-açúcar sempre fez com que o chocolate brasileiro fosse mais doce que o estrangeiro. Mas ninguém avisou a Hershey’s quando a marca veio para cá, em 1998. Seus chocolates “amargaram” quatro anos de baixa venda. A virada só rolou em 2002, quando a empresa adocicou os produtos.
Skol
Figura 2 - Skol - Edição Parintins
No município de Parintins, a 369km de Manaus, o amor aos bumbás Garantido e Caprichoso é tão forte que influencia até mesmo produtos internacionais e nacionais. As cores dos bois, vermelho e azul, tomam conta da cidade, mas dificilmente se misturam. Para não perder a clientela, diversas empresas mudam de marcas apenas na cidade.
Já imaginou beber uma Coca-Cola de lata azul? Ligar de um celular da Tim com a marca vermelha? E que tal sacar dinheiro em uma agência do Bradesco dividida entre as cores vermelha e azul? Em Parintins, isto é possível.
No município de Parintins, a 369km de Manaus, o amor aos bumbás Garantido e Caprichoso é tão forte que influencia até mesmo produtos internacionais e nacionais. As cores dos bois, vermelho e azul, tomam conta da cidade, mas dificilmente se misturam. Para não perder a clientela, diversas empresas mudam de marcas apenas na cidade.
Já imaginou beber uma Coca-Cola de lata azul? Ligar de um celular da Tim com a marca vermelha? E que tal sacar dinheiro em uma agência do Bradesco dividida entre as cores vermelha e azul? Em Parintins, isto é possível.
Figura 3 - Marca azul da Coca-Cola
Há 19 anos participando do Festival Folclórico de Parintins, a Coca-Cola decidiu adaptar seus produtos para melhor atender à toda a população local. "Quem é azul não compra nada vermelho. Sendo assim, só chegávamos a parte da população", explicou o vice-presidente da Coca-Cola Brasil, Marco Simões.
"Obviamente teríamos que nos adequar à cor dos bois. Claro que jamais desrespeitaríamos isso colocando a cor normal da Coca-Cola, vermelha, em manifestações do Caprichoso. Para isso tivemos que ter uma autorização especial da rede internacional. Parintins é o único local no Brasil onde isto acontece", disse Simões.
Há também quem mude as marcas para cores neutras. A Skol, que usa fonte vermelha, resolveu dar um toque 'Garanchoso' à sua lata. A marca mudou para a cor amarela e os dois bumbás aparecem juntos.
No banco, a surpresa é diferente: uma entrada traz a marca do Bradesco em vermelho, e outra metade da agência é azul, ficando assim uma agência adequada para cada marca.
Figura 4 - Bradesco tem entradas com marcas diferentes: uma azul e outra vermelha.
Apesar do padrão, em Parintins até alguns carros de Bombeiros mudam de cor: deixam o vermelho e ganham a cor amarela. A população brinca: "talvez se fosse só vermelho, o torcedor do Caprichoso ia preferir perder tudo no fogo a ser salvo por um caminhão do contrário".
Ninho 
Figura 5 - Leite Ninho – Edição Especial Parintins
O Ninho, da Nestlé, é outro que, como a Coca-Cola e a Kaiser, veste roupas vermelhas e azuis em homenagem ao Festival Folclórico de Parintins, em Manaus. Pelo segundo ano consecutivo, a marca lança uma edição comemorativa em homenagem à festa. Em 2010, quem se enfeita é a tradicional embalagem amarela do leite em pó.
As latas de 1 Kg, criadas pela Pande Design Solutions, vêm decoradas com personagens e cores que representam cada boi: Bumbas Caprichoso, com a cor azul e a estrela, e Garantido, com a cor vermelha e o coração
Kaiser
Figura 6 - Cerveja Kaiser - Edição Especial Parintins
A disputa entre os bois Caprichoso, representado pela cor azul, e Garantido, de cor vermelha, motivou a criação de embalagens estilizadas da Kaiser para a Festa de Parintins. Desde o ano 2000, a Kaiser é a cerveja oficial do festival folclórico que acontece em Manaus, na ilha de Parintins, em pleno Rio Amazonas.
As latas trazem impressas ilustrações e textos explicativos sobre a cultura da festa e vem ainda com gravuras dos bois Garantido e Caprichoso. Também em homenagem ao festival, o tradicional "K" das embalagens primárias deixa de ser somente vermelho e passa a ter a metade azul.
Cantora Anitta
Nos últimos três anos, Anitta deixou de ser (somente) uma funkeira. Ela ainda se conecta com o funk, como deixou claro no show feito em junho no Rock in Rio Lisboa e como explicitou a batida aliciante do single Vai malandra(Isaac Daniel, Anitta e Brandon Green, 2017).
Mas Anitta quer mais do que a glória de ter feito recentemente show no nobre Royal Albert Hall, uma das casas de shows mais emblemáticas de Londres, epicentro da Inglaterra.
A artista quer nada menos do que o mundo – e Medicina, composição de Anitta com Jon Leone, Maurício Montaner (da emergente dupla venezuela Mau & Ricky), Mario Cáceres e Andy Clay formatada com produção de Jon Leone, vem bem a calhar neste momento pós-Rock in Rio Lisboa e pós-show no Royal Albert Hall.
Medicina é dançante música em espanhol que segue a receita rítmica de Paradinha (Anitta, Jefferson Junior e Umberto Tavares, 2017) – single também composto em espanhol e lançado em 31 de maio do ano passado – e pode provocar o mesmo efeito viral.
O clipe filmado sob direção de Harold impõe tom globalizado à gravação, com imagens que remetem ao Brasil periférico, à Índia, ao Japão, à Colômbia e à Rússia, entre outros países.
Tudo, claro, com alta e sobressalente dose de latinidade, pois Medicina é música indicada primordialmente para o público dos países de língua hispânica, imponentes no mapa-múndi do universo pop. 
Críticas à Globalização Cultural
Com a Globalização, ampliaram-se as facilidades de comunicação e, consequentemente, a transmissão dos valores culturais. Assim, observa-se que as diferentes culturas e os diferentes costumes podem se interagir sem a necessidade de uma integração territorial. Entretanto, observa-se também que esse processo não se dissemina de forma igualitária, de modo que alguns centros economicamente dominantes transmitem em maior número os seus elementos culturais.
Esse processo de integração iniciou-se no período das Grandes Navegações, através do comércio, viagens e “descobrimentos”. Relações políticas, econômicas e culturais passaram a se estabelecer, mas não com tanta eficiência como a partir da Segunda Guerra Mundial e da Revolução Tecnológica. “A revolução da tecnologia da informação foi essencial para a implementação de um importante processo de reestruturação do sistema capitalista a partir da década de 1980. No processo, o desenvolvimento e as manifestações dessa revolução tecnológica foram moldados pela lógica e interesses do capitalismo avançado” (CASTELLS,1999, P.50).
Esse modelo vigente é possível devido o uso crescente de técnicas que, cada dia mais encurta relações entre as pessoas e mescla suas culturas e hábitos. “[...] graças ao progresso fulminante da informação, o mundo fica mais perto de cada um, não importa onde esteja. O outro, isto é, o resto da humanidade, parece estar próximo. Cria-se para todos a certeza e, logo depois, a consciência de ser o mundo e de estar no mundo, mesmo se ainda não o alcançarmos em plenitude de material ou cultural” (SANTOS, 2010, p.172).
Um exemplo disso é a chamada Indústria cultural, termo criado por sociólogos no início do século XX, mas que se mantém atual. Essa indústria é capaz de gerar e controlar os padrões de comportamento e os costumes das pessoas, como as roupas, os padrões de etiqueta e comportamento, as atividades de lazer que exercem etc.
Por esse motivo, muito se fala em uma homogeneização das culturas, isto é, a padronização dos modos de ser e agir dos indivíduos com base em uma referência dominante, fazendo sucumbir os valores locais e tradicionais. Nesse sentido, muitos acusam o processo de globalização de ser um sistema perverso, uma vez que ele não se democratiza inteiramente e só atinge os setores economicamente dominantes do mundo e das sociedades.
Por outro lado, à medida que os sistemas de comunicação, informação e transporte vão elevando asua capacidade de disseminação, observamos também a possibilidade dos costumes e valores locais se interporem aos elementos globais. Isso ocorre a partir do momento em que comunidades tradicionais ou culturas regionais conseguem disseminar e divulgar para além de suas fronteiras as suas características. Com base nessas concepções, há quem diga que a Globalização, na verdade, promove uma heterogeneização cultural.
Não há como desconsiderar, atualmente, a mistura de povos em ritmo acelerado. As pessoas se deslocam com a mesma facilidade com que o sistema de informação se expande ao redor do mundo, e levam consigo tradições, inserindo naquele espaço de destino, novos costumes. Milton Santos (2010) faz uma reflexão sobre a troca de aprendizado a partir dessa mistura de povos, os meios de comunicação alcançam pessoas nas mais distantes e isoladas áreas do globo. Podemos ver e acompanhar fatos que ocorrem em qualquer lugar do mundo exatamente na hora que eles acontecem. A mídia está presente do cotidiano das pessoas de todas as classes sociais e é a grande responsável por transmitir a cultura global, divulgando músicas, filmes, informações, formas de se vestir, falar, alimentar.
É interessante e necessário para o mercado que os consumidores tenham lazer, leiam revistas e jornais, ouçam músicas, se alimentem e se vistam de forma semelhante. De modo geral, que possuam um modo de vida parecido em qualquer lugar do mundo. Assim, é inviável discutir a influência da cultura global em nosso cotidiano, deixando de lado o papel da mídia, através da qual esses modos de vida são compartilhados e seguidos.
Por fim, é necessário observar que há uma hierarquia nos sistemas de comunicação. Apesar do advento da internet e da possibilidade de expressão por parte de inúmeras pessoas, ainda algumas formas de pensamento e ideias socialmente dominantes sobrepõem-se às demais, através do uso preferencial sobre os elementos midiáticos, a exemplo do que ocorre com filmes e seriados, geralmente mantidos sob um padrão e influenciando os estereótipos comportamentais. Nesse sentido, muitos são os que afirmam que, na verdade, o que ocorre é uma hegemonização cultural na globalização.
Mas antes de tirarmos uma conclusão definitiva sobre os elementos culturais e suas transformações na mundialização das sociedades, é necessário estarmos sempre atentos aos eventos e informações, sempre com a preocupação de compreender e assimilar os fatores modernos da sociedade, sem negar ou sobrepor os valores tradicionais dela constitutivos.
Conclusão
O estudo sobre a globalização nos permite analisar que devemos analisar os dois lados, tanto o positivo como o negativo, que qualquer evolução deve ser em prol de melhorias, se adaptando de acordo com cada requisito. 
A globalização seguida da tecnologia nos permite conhecer um mundo diferente, onde podemos acompanhar cada evolução em diferentes lugares, vemos nossa economia crescendo devido a fácil relação entre os comércios de países distintos, temos preocupações com nosso ambiente, os países emergentes estão conseguindo se erguer, pois estão tendo acessos aos mecanismos que possibilitaram melhoras em suas administrações.
Só não podemos deixar com que a globalização tome conta de tudo, tirando de todas as nações sua própria identidade, deixando que seja necessário o contato direto com diversos tipos de pessoas, que haja essa mistura de povos, que a essência de cada um não vire mero agregado diante de tanta tecnologia. 
Referências
G1 (Brasil). Marcas internacionais mudam de cor para agradar dois
bois, em Parintins. 2012. Disponível em:
<http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2012/07/marcas-internacionais-mudam-de-cor-para-agradar-dois-bois-em-parintins.html>. Acesso em: 10 nov. 2018.
G1 (Brasil). Anitta segue bula da globalização no clipe de 'Medicina',
música de forte efeito viral. 2018. Disponível em: <g1.globo.com/pop-
arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2018/07/21/anitta-segue-bula-da-globalizacao-no-clipe-de-medicina-musica-de-forte-efeito-viral.ghtml>. Acesso em: 10 nov. 2018.
ESTADÃO. McDonald's abre sua primeira loja vegetariana do mundo
na Índia. 2014. Disponível em: </economia.estadao.com.br/noticias/geral,mcdonalds-
abre-sua-primeira-loja-vegetariana-do-mundo-na-india,181959e>. Acesso em: 10 nov.2018.
EXAME (Brasil). Kaiser – edição especial Parintins. 2016. Disponível
em: <exame.abril.com.br/marketing/kaiser-edicao-especial-parintins-574462/>. Acesso em: 10 nov. 2018.
EXAME. Ninho – edição especial Parintins. 2016. Disponível em:
<exame.abril.com.br/marketing/ninho-edicao-especial-parintins-574514/>. Acesso em: 10 nov. 2018.
SUPER INTERESSANTE (Brasil). Chocolates Hershey’s. 2018.
Disponível em: <super.abril.com.br/mundo-estranho/13-marcas-gringas-que-tiveram- que-adaptar-seus-produtos-ao-brasil/>. Acesso em: 10 nov. 2018.
BRITO, Raquel (Comp.). O que é Globalização? Entenda tudo sobre esse processo e sua influência no mundo. 2018. Disponível em: <https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/12/o-que-e-globalizacao/>. Acesso em: 08 nov. 2018.
GLOBALIZAÇÃO. 201-. Disponível em: <https://www.coladaweb.com/geografia/globalizacao>. Acesso em: 08 nov. 2018.
BEZERRA, Juliana (Comp.). Globalização. 201-. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/globalizacao/>. Acesso em: 08 nov. 2018.
PENA, Rodolfo F. Alves. "Vantagens e desvantagens da Globalização"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/pos-contras.htm>. Acesso em 18 de novembro de 2018. 
LIMA, Luana Pereira; NASCIMENTO, Rane Gomes do; FARIAS, Wagner da Silva. Influência da globalização nos hábitos culturais. Disponível em: <https://eventos.set.edu.br/index.php/enfope/article/viewFile/2106/800>. Acesso em: 16 nov. 2018.
PENA, Rodolfo F. Alves. Cultura e Globalização. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/cultura-globalizacao.htm>. Acesso em: 16 nov. 2018.
RICARD0, Colégio Cassiano; SICA, Prof Orientador: Nicolás Alejandro Bianchi; 5, Grupo. Globalização Cultural - A cultura a serviço dos mais poderosos. Disponível em: https://sites.google.com/site/pinterglobalizacaocultural/>. Acesso em: 17 nov. 2018.
ZALPA, Genaro; AUGUSTO, Tradução: Thiago. PATRIMÔNIO CULTURAL E GLOBALIZAÇÃO. Disponível em: <http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/>. Acesso em: 17 nov. 2018.

Continue navegando